Panleucopenia Infecciosa Felina, FIV e FeLV

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Panleucopenia infecciosa felina

Vírus da leucemia felina (FeLV)


Vírus da imunodeficiência felina (FIV)
B R U N O PA J E Ú
Panleucopenia felina
Etiologia
Definição
◦ Doença infectocontagiosa de curso agudo, que
acomete felídeos domésticos e selvagens.
Também pode ser chamada de enterite felina,
cinomose felina, panleucopenia maligna

Parvovírus felino
DNA vírus não envelopado
O parvovírus canino também pode causar
doença
Pode haver recombinação genética entre CPv-
2 e FPV;
Etiologia
O vírus é capaz de sobreviver até 1 ano no São inativados por:
ambiente em material orgânico ◦ Hipoclorito de sódio a 5,25%
O calor acelera sua desativação ◦ Formaldeído a 4%
◦ Ácido para-acético
Sobrevive a: ◦ Glutaraldeído a 1% durante 10min a
◦ 56°C por 30 min temperatura ambiente
◦ Álcool 70% ◦ 90°C por 10 min
◦ Diluições de iodo, fenóis e compostos de amônia
quartenária
Epidemiologia
Todos os felinos são susceptíveis
Há inúmeros relatos em gatos domésticos
A maioria dos gatos se contaminam no
primeiro ano de vida
Houve um declínio de casos, provavelmente
devido ao aumento da vacinação
Infecções por CPV-2 podem causar imunidade
cruzada
Epidemiologia
Acomete filhotes ≤ 1 ano (2-4meses) Incidência: 100% populações susceptíveis
◦ Mortalidade: 50-90%
Animais longevos: forma subclínica
Adultos: Infecção assintomática Infecções inaparentes

Vias de infecção: 75% dos felinos não vacinados possuem


anticorpos
◦ Oral
◦ Transplacentária
◦ Fômites
◦ Vetores
Período de eliminação x Vias de eliminação
◦ Curto
◦ Papel dos vetores
Patogenia
Replicação
Infecção viral do
tecido TGI, SNC, MO,
pela via Viremia TL
oronasal linfoide do
TRS

18-24 h pós infecção 2-7 dias pós


infecção
Dano ao TL

Desdobramentos neurológicos

Destruição das células da cripta

Consequências em gestantes

Infecções bacterianas 2ª
Sinais clínicos
Forma hiperaguda
◦ Filhotes não vacinados
◦ Infecção intrauterina ou nos primeiros dias de vida
◦ Depressão, coma e morte súbita
◦ 2-5 meses
Forma aguda
◦ Febre
◦ Protrusão da terceira pálpebra
◦ Diarreia fétida, pastosa e líquida
◦ Desidratação
◦ Espessamento intestinal na palpação
◦ Perda da acuidade visual
◦ Degeneração da retina
◦ Prostração geral
Diagnóstico
Diferencial Clínico
◦ Intoxicação ◦ Sinais clínicos
◦ Parasitismo ◦ Leucopenia severa (50-3000 céls./mcl)
◦ Toxoplasmose ◦ Neutropenia (inicio da infecção)
◦ FeLV ◦ Anemia
◦ Septicemia ◦ ALT e AST
Epidemiológico
Laboratorial
◦ Inibição da hemaglutinação (HI)
◦ ELISA
◦ Isolamento viral
◦ PCR
◦ Anatomopatológico
◦ Histopatológicas
Profilaxia
Terapia de suporte Limpeza e higienização do ambiente
◦ Manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico
Colostro
◦ Antieméticos
◦ Fluidoterapia Vacina
◦ Transfusão de plasma ou sangue ◦ 1ª dose: 60 dias
◦ Vitamina B
◦ 1º reforço: 3-4 sem
◦ Auxiliar na recuperação do epitélio intestinal
◦ 2º reforço: 4-5 meses de vida
◦ Evitar infecções bacterianos secundárias
◦ Revacinação anual
◦ Antimicrobianos de amplo espectro
Vírus da
leucemia felina
(FeLV)
Etiologia
Definição
◦ Doença infectocontagiosa transmitida entre felinos
por contágio direto ou intrauterina, que acarreta
em uma série de síndromes clínicas, doenças
degenerativas e coinfecções.
RNA virus
Subfamília: Oncornavírus
Retrovirus
Vírus da leucemia Felina (FeLV)
Incorpora o DNA no genoma da célula
Subgrupos:
◦ FeLV-A
◦ FeLV-B
◦ FeLV-C
◦ FeLV-T
Epidemiologia
Distribuição cosmopolita
Contágio direto é a principal via de
transmissão
Fatores de risco:
◦ Idade
◦ Acesso ao ambiente externo

Brasil: 3 anos
Grupo de risco
◦ 2-8% de animais sadios infectados
◦ Brasil: 12,5-29% de animais infectados
Epidemiologia
Transmissão

• Fonte de infecção
• Portas de entrada
• Vias de eliminação
• Vias de transmissão
• Forma iatrogênica
Patogenia
Animais jovens:
◦ Lesões de SNC
◦ Miocardites

Atinge muitos tecidos


Manifestações diversas
Integração do
Altos níveis Citotoxidade provirus no Divisão
de FeLV linfócitos T DNA celular
cromossomal

Eliminação viral de
9-16 meses (30m)
Partículas virais
não são
produzidas

Imunossupressão

Resultados falso
negativos em
Mielossupressão e Reativação da testes de rotina
tumores infecção latente
Sinais clínicos
Maior causa de tumores em gatos
Abortiva
Infecções secundárias • Ocorre em felino imunocompetentes, param a
◦ Bacteriana: Mycoplasma haemofilus replicação viral antes da integração com o DNA do
◦ Viral: Coronavirus hospedeiro;
◦ Parasitária: Giardia sp., T. gondii Regressiva
◦ Fúngicas: Sporothrix schenkii
• Ocorre uma viremia transitória seguida de
infecção latente (ocorre replicação viral em
Trato digestório leucócitos, porém, não chega à medula óssea);
◦ Úlceras e inflamação da gengiva
◦ Enterite hemorrágica Progressiva
◦ Perda de peso e desidratação • Viremia persistente, infecção de medula óssea e
permanência do vírus no hospedeiro pelo resto de
sua vida;
Sinais clínicos
Falhas reprodutivas
◦ Abortos
◦ Morte embrionária
◦ Síndrome de definhamento do filhote
◦ Desidratação, hipotermia, má digestão
◦ Morte com poucas semanas de vida

Neurológicos
◦ Cegueira
◦ Síndrome de Horner
◦ Tumores
◦ Vocalizações
◦ Paresia
Diagnóstico
ELISA
Ensaio imunocromatográfico
Imunofluorescência indireta
PCR
Isolamento viral
Profilaxia
Terapia de suporte Medidas gerais de cuidado com
manipuladores
Terapia antiviral
◦ AZT: 5mg/kg 3vezes ao dia Prevenção
◦ PMEA ◦ Vacinação
◦ Interferon 2 alfa recombinante humano: 30UI ao ◦ Testagem
dia/7dias ◦ Segregação
◦ Filgrastina: 5mcg/kg 2 vezes ao dia diluida em
5% de glicose Eutanasia (Ø)
◦ Propionibacterium acnes: 0,5ml, 1-2X/sem
◦ Acemanann: 100mg/dia
Vírus da
imunodeficiência
felina (FIV)
Etiologia
Imunodeficiência dos felinos é uma síndrome
que acomete os felinos domésticos,
caracterizada pela queda de linfócitos T,
causando disfunção imunológica que resulta
numa maior susceptibilidade a infecções
secundárias, debilidade e, consequentemente,
morte.
RNA vírus envelopado
Família: Retroviridae
Gênero: Lentivirus
Subtipos:
◦ A, B, C, D e E
AeB

AeB
A, B, C e D

B
AeE
A
Epidemiologia
Fontes de infecção
Hospedeiros suscetíveis
Portas de entrada
Vias de eliminação
Vias de transmissão
Arranhadura, Infecção de
mordedura e macrófagos e Disseminação SNC
congênita linfócitos B e T

Patogenia Diminuição de CD4+


Replicação no TL (timo, baço e
Aumento da
Clínica linfonodos)
viremia

Viremia Infecção aguda


Imunossupressão

Resposta Resposta
Infecção Diminuição eficiente ineficiente Clínica
inaparente da carga viral
Replicação
Sinais clínicos
Fase aguda

• Dias a semanas

Fase assintomática

• 8 anos

Fase terminal
PIF, criptococose ou
Calicivirus toxoplasmose

Outros sinais:

• Linfadenopatia
• Insuficiência renal
• Rinite crônica
• Perda de peso
• Paresia
• Neoplasias
• Linfomas
• Síndrome do depauperamento
Toxoplasma gondii Cryptosporidium spp.
Diagnóstico
Clinica
Hemograma
◦ Neutropenia e linfopenia: Fase aguda
◦ Anemia, trombocitopenia

Bioquímica
◦ Azotemia

Sorologia
◦ ELISA
◦ 2-4 semanas pós infecção
◦ Falsos positivos e negativos
Diagnóstico
PCR
Anatomopatológico
Histopatológico
Isolamento viral
Profilaxia
Terapia antiviral Gatos infectados
◦ Zidovudina (AZT): 5mg/kg 2vezes ao dia ◦ Ambientes internos
◦ PMEA ◦ Boa nutrição
◦ Interferon 2 alfa recombinante humano: 30UI ao ◦ Consultas periódicas ao veterinário
dia/7dias ◦ Aumento da sobrevida
◦ Estomatites graves
Terapia de suporte
◦ Extração de dentes
◦ Antimicrobianos
◦ Vacinações
◦ Antifúngicos
◦ CUIDADO!!!
◦ Hidratação
Isolamento
Castração de animais positivos
Dentre os agentes virais aqui abordados, correlacione os patógenos às
respectivas doenças

Que papel a resposta imune apresenta em cada uma das diferentes


Faz o teu, cabra, infecções?

e vévi tua vida De que forma a idade pode influenciar na resposta imunológica e na
gravidade da doença?

Como é a ocorrência das enfermidades em âmbito nacional?

Como os agentes são transmitidos e quais as principais portas de


entrada e vias de eliminação de cada um?

Como se dá a patogenia de cada uma das infecções virais?

Quais das doenças são mais graves e por quê?

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