Thamara 2
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Thamara 2
CAMPINA GRANDE – PB
2023
Ana Virgínia dos Santos Ferreira
Guilherme Quintans
José Arthur Barbosa Leite
José Bruno Correia Melo
Levi José Guimarães da silva
Renan Eufrásio de Andrade
Análise situacional
Cerca de metade da população mundial vive em risco constante de contrair algum vírus da
dengue. A dengue representa a arbovirose urbana mais comum nas Américas, destacando-se
sobretudo no Brasil. Trata-se de uma enfermidade febril que tem assumido significativa
relevância em termos de saúde pública nos últimos anos. Até agosto de 2023, a Secretaria
Municipal de Saúde (SMS) da Prefeitura de João Pessoa registrou 3.513 casos confirmados de
arboviroses entre os residentes da Capital. Deste número, 2.937 foram casos de dengue, que
representa um desafio significante para a saúde pública. (Instituto Butantan, 2022 – Prefeitura
de João Pessoa, 2023 – Ministério da Saúde).
Outro aspecto alarmante para a capital é que, um estudo da UFPB mostra que João Pessoa tem
condições socioambientais favoráveis ao Aedes aegypti, transmissor da dengue, por aspectos
relacionados à ecologia, microclima, epidemiologia, transporte de mercadorias e pessoas, bem
como as condições sociais e urbanas. (Universidade Federal da Paraíba, 2022).
A doença se manifesta de forma leve ou assintomática na maioria dos casos, no entanto, uma
em cada 20 pessoas pode desenvolver a forma grave, também chamada de dengue
hemorrágica. No ano de 2023 foi notificado um óbito causado por dengue em João Pessoa e
33 casos graves na Paraíba. (Instituto Butantan, 2022 – Secretaria de Estado da Saúde, 2023).
Diante desse cenário, é crucial adotar uma abordagem mais crítica em relação à propagação
da dengue, visto que esta doença pode resultar em fatalidades e em enfermidades mais graves.
Portanto, torna-se imperativo tomar medidas para reverter essa situação e promover o controle
da propragação do mosquito e controle da doença na capital paraibana.
Diagnóstico
O diagnóstico para avaliar uma epidemia de dengue envolve a coleta e análise de diversos
dados e informações relevantes. Alguns dos principais aspectos a serem considerados
incluem:
6. Avaliação das Medidas de Controle: A análise da eficácia das medidas de controle, como
ações de redução de criadouros de mosquitos e campanhas de conscientização pública, é
fundamental para determinar a efetividade das estratégias adotadas.
Com base nesses dados e análises, é possível avaliar a situação da epidemia de dengue,
identificar áreas prioritárias para intervenção, alocar recursos de forma eficiente e
implementar estratégias direcionadas para controlar a propagação da doença.
Além disso, a colaboração entre as entidades de saúde, a comunicação eficaz com a população
e a coordenação de esforços em níveis locais, regionais e nacionais são essenciais para uma
resposta integrada e eficaz diante de uma epidemia de dengue.
Objetivos
Vale ressaltar que os dados coletados através da vigilância, contribuem para a pesquisa
epidemiológica, o que permite a realização de estudos sobre a dinâmica da doença e o
impacto de políticas de controle, desenvolvimentos de estratégias adequadas e eficazes de
quando não for possível extinguir, ao menos minimizar a incidência da doença;
Ações
A dengue é caracterizada como uma doença infecciosa febril aguda, pode ser apresentada
como benigna ou grave, alguns fatores podem influenciar no agrave da dengue entre eles
estão: o vírus envolvido, infecção anterior pelo vírus da dengue e também fatores individuais
como, diabetes, asma, bronquite entre outros. O vírus da dengue é transmitido pela fêmea do
mosquito aedes aegypti, não a transmissão pelo contato direto com o infectado ou contato
com suas secreções, o vírus pertence à família do flavivirus que é classificado cientificamente
como um arbovírus. Apresentam alguns sintomas como, febre, dor de cabeça, náuseas, o
aparecimento de manchas vermelhas, sangramento gengival ou nasal, e dor abdominal pode
indicar um alerta de gravidade.(Fundação Oswaldo Cruz, 2007).
Ação de prevenção da dengue, por não existir vacina contra a dengue, a primeira prevenção
da dengue só pode realmente ser efetivada nas áreas sob riscos, quando a vigilância
entomológica ou o combate ao vetor antecede a introdução do vírus. Quando a circulação de
um ou mais sorotipos em uma região, as medidas de combate e prevenção da dengue tem
baixa efetividade e os órgãos responsáveis intentam diversas dificuldades.(Glória Teixeira,
1999)
Ações de saneamento, tem como objetivo reduzir os criadouros potenciais doadores mosquito
Aedes Aegypti, mediante: a eliminação adequada de água para evitar o seu indevido
armazenamento em recipientes que servem para a oviposição, proteção de recipientes úteis,
reciclagem ou destruição de recipiente que não servem para uso, tratamento e eliminação de
criadouros naturais e indevidos. Com a estratégia correta e a meta do programa, os
componentes citados pode ser restritos às atividades específicas que são desenvolvidas pelos
recursos humanos do próprio programa por meio de orientações aos moradores da região
afetada.( Glória Teixeira, 55,57. /12/1999).
Ações de educação, comunicação e informação, podem ser feitas com a atuação dos agentes
de saúde em cada residência ou bairro, podem ser associados ou não a alguma campanha de
educação ou comunicação em massa. As campanhas de educação podem ser abrangentes com
a participação de setores sociais e governamentais, e a busca da participação das comunidades
presentes no processo de prevenção.( Glória Teixeira, 55,57. /12/1999).
Ação de combate físico e químico consiste no tratamento focal, que elimina o foco do vetor
(Aedes Aegypti) na sua forma imatura, ocorre a aplicação de larvicidas nos recipientes de uso
doméstico que não podem ser destruídos, reciclados ou tratados de outra forma, tratamentos
perifocais, que tem uma certa dúvida diante da sua eficácia, por ser utilizado a aspersão de
inseticida em torno do foco, sem ação residual.( Glória Teixeira 55,56. /12/1999).
Ação de controle biológico consiste no uso de organismos vivos que são capazes de competir
e eliminar as larvas do Aedes Aegypti. Os peixes larvicidas da espécie Gambusia Afinis ou
poecilia spp, tem sido os mais utilizados e tem o uso mais amplo nos programas de combate,
ainda não se tem experiência em grande escala com a ação biológica. (Glória Teixeira, 55.
/12/1999).
Um plano de ação como o trabalho dos agentes de endemias é bastante eficaz, que além de
alimentar o foco do mosquito que transmite a dengue, também leva a informação sobre
prevenção e combate à dengue, para a população.(Medeiros, 2023).
Como ação nas ruas, o carro da fumacê é uma ação bastante utilizada, consiste em um carro
que combate o mosquito que transmite a dengue, os motoristas conduzem o carro com
bombas para a aplicação do tratamento de ultra baixo volume.(Ribeiro, 2021).
Cronograma
Instrumento de Avaliação
Existem vários instrumentos de avaliação que podem ser usados para avaliar uma epidemia de
dengue. Alguns dos principais instrumentos incluem:
1. Índice de Breteau: Este índice é utilizado para estimar a densidade de larvas de mosquito
Aedes aegypti. Ele envolve a contagem de recipientes com água que contenham larvas do
mosquito por 100 casas inspecionadas. Este índice pode fornecer informações sobre o
potencial de propagação da doença em uma determinada área.
2. Índice de Infestação Predial (IIP): O IIP é um indicador que mede a proporção de imóveis
positivos para larvas do mosquito Aedes aegypti. Ele ajuda a identificar áreas ou localidades
com maior infestação de mosquitos, possibilitando a priorização de intervenções e alocação
de recursos para o controle do vetor.
3. Índice de Amadurecimento de Parque (IAP): Este índice é utilizado para avaliar o estágio
de desenvolvimento das larvas do mosquito Aedes aegypti, sendo uma ferramenta
complementar ao índice de infestação predial.
4. Índice de Densidade Larvária (IDL): O IDL é calculado com base na contagem de larvas de
Aedes aegypti por recipiente positivo. Esse índice fornece uma medida direta da densidade
larvária dos mosquitos, ajudando a identificar áreas de maior risco para transmissão de
dengue.
Metas
métodos de contenção:
No Brasil, os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Agentes de combate a
Endemias (ACE), em parceria com a população, são responsáveis por promover o controle
mecânico e químico do vetor, cujas ações são centradas em detectar, destruir ou destinar
adequadamente reservatórios naturais ou artificiais de água que possam servir de depósito
para os ovos do Aedes. (J. E. M. Pessanha, 2009)
Indicadores
Alguns indicadores serão utilizados a fim de monitorar o progresso das ações, como a redução
da incidência de casos a cada 100 mil habitantes, aumento na detecção precoce, e índice de
infestação predial.
Recursos
REFERENCIAS
Dengue. Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/d/dengue>.
Acesso em: 2 dez. 2023.
Saúde divulga boletim epidemiológico dos casos de dengue, zika e chikungunya no estado.
Disponível em: <https://paraiba.pb.gov.br/noticias/saude-divulga-boletim-epidemiologico-
dos-casos-de-dengue-zika-e-chikungunya-no-estado>. Acesso em: 2 dez. 2023.
Estudo da UFPB mostra que João Pessoa tem condições socioambientais favoráveis ao Aedes
aegypti. Disponível em: <https://www.ufpb.br/ufpb/contents/noticias/estudo-da-ufpb-mostra-
que-joao-pessoa-tem-condicoes-socioambientais-favoraveis-ao-aedes-aegypti>. Acesso em: 2
dez. 2023.
https://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-16731999000400002
https://bvsms.saude.gov.br/dengue-16/
https://www.joaopessoa.pb.gov.br/noticias/secretarias-e-orgaos/sms-noticias/prefeitura-
reforca-acoes-contra-dengue-e-alerta-populacao-para-/
https://funesa.se.gov.br/events/carro-fumace-ubv-73/#:~:text=O%20UBV
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%20operar%20o%20equipamento
Conselho Nacional de Secretaria de Saúde. Guia de apoio a gestão estadual do sus. DENGUE:
INDICADORES EPIDEMIOLOGICOS. Disponível em:
<https://www.conass.org.br/guiainformacao/notas_tecnicas/NT14-DENGUE-Indicadores-
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