Plano Contingencia 23.11.22 - Final

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APRESENTAÇÃO

A atuação da Vigilância em Saúde está, em grande parte, baseada na análise permanente da situação de
saúde da população, e no desenvolvimento contínuo de ações destinadas ao controle de determinantes,
riscos e danos à saúde de populações que vivem em determinados territórios, garantindo-se a integralidade
da atenção, que inclui tanto a abordagem individual como coletiva dos problemas de saúde.

Intimamente relacionadas à dinâmica populacional em todas as suas dimensões, sejam elas estruturais,
socioculturais ou econômicas, as ações de prevenção e controle das arboviroses urbanas (dengue,
chikungunya e Zika) são consideradas de difícil implantação por seu caráter de atuação global, que
transcende o setor saúde.

Com o propósito de aprimorar sua capacidade de resposta frente a ocorrência das doenças transmitidas pelo
Aedes aegypti e sua eficiência no planejamento e desenvolvimento de ações para distintos cenários de risco,
a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (ESP), em parceria com os demais níveis de gestão do Sistema
Único de Saúde (SUS) no estado, formula o “Plano Estadual de Contingência das Arboviroses Urbanas:
Dengue, Chikungunya e Zika 2023-2024”, propondo medidas a serem implementadas de forma oportuna,
qualificada e integrada com os demais eixos de atenção à saúde, buscando minimizar o impacto de sua
ocorrência na saúde da população paulista.
1. INTRODUÇÃO

Ao lado de outras doenças infecciosas de transmissão vetorial, as arboviroses urbanas, em especial a dengue,
constitui importante causa de morbimortalidade no país e no mundo. A partir de 2016 a circulação
simultânea dos vírus da dengue (DENV1/DENV2/DENV3/DENV4), chikungunya (CHIKV) e Zika (ZIKV) no ESP,
torna a questão ainda mais desafiadora em função do risco acrescido de ocorrência de transmissões de
grande magnitude por qualquer uma das três doenças.

Muito embora as transmissões importantes de chikungunya e Zika tenham ficado restritas às regiões de
saúde da Baixada Santista (2021) e Região Metropolitana do ESP (2016), respectivamente, a ocorrência
dengue tem sido motivo de grande preocupação por parte do poder público estadual, pela ocorrência
frequente de transmissões em nível epidêmico, com aumento dos registros de casos graves e óbitos,
causando enorme dano à sua população.

Sendo de notório saber que o controle da transmissão destes agravos envolve uma sequência de ações
diferenciadas, planejadas e executadas de acordo com cenário epidemiológico, de forma integrada,
articulada e coordenada intra e intersetorialmente e com a participação da sociedade civil, o presente
documento, construído a partir da experiência no enfrentamento das transmissões anuais de dengue, muitas
delas de grande magnitude, norteia as ações dos principais eixos envolvidos no controle das arboviroses:
vigilâncias epidemiológica, laboratorial e sanitária, controle vetorial, a assistência à saúde,
educação/comunicação e mobilização social, para os diversos cenários de transmissão, tanto municipal
quanto regional e estadual.

2. OBJETIVOS

2.1 Geral

• Reduzir a morbimortalidade por dengue, chikungunya e Zika, e o impacto das epidemias na


população paulista.

2.2 Específicos:

• Sistematizar o desenvolvimento das ações de maneira integrada e articulada nos diferentes


períodos e cenários de transmissão, para melhor direcionamento dos processos, atividades e
de tomada de decisão, de modo a garantir o desenvolvimento das ações no estado.
3. ÁREAS TÉCNICAS ENVOLVIDAS NO ENFRENTAMENTO DAS ARBOVIROSES

3.1 – GESTÃO
• Instituições responsáveis: Coordenadoria de Controle de Doenças (CCD/SES-SP)

Embora o cenário epidemiológico das arboviroses urbanas seja caracterizado, principalmente, pela
sazonalidade na sua ocorrência, os níveis de transmissão são distintos em diferentes regiões, e cenários
epidêmicos, quando os agravos se comportam com incidência acima da esperada para o período, são cada
vez mais frequentes, podendo, muitas vezes, serem caracterizados como cenários de emergência em saúde
pública, quando a capacidade de resposta dos serviços de saúde, é ultrapassada.

Buscando garantir a execução de atividades de contingência planejadas para o enfrentamento de


surtos/epidemias por arboviroses em território paulista, compete à Secretaria da Saúde do ESP, conforme o
estabelecido nas diretrizes da Política Nacional de Vigilância em Saúde (PNVS), coordenar, em âmbito de
suas atribuições, as ações de vigilância nas emergências em saúde pública de importância estadual, bem
como cooperação com municípios em situação de emergências em saúde pública.

3.2 VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA


• Instituição responsável: Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE/CCD/SES-SP)

A Portaria de Consolidação GM/MS n.º 4, de 28 de setembro de 2017, que consolida as normas sobre os
sistemas e os subsistemas do SUS, estabelece, no Anexo 5, o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica,
e define a compulsoriedade da notificação de casos suspeitos de dengue, chikungunya e Zika a todos os
níveis de gestão do SUS em até sete dias. Já para casos suspeitos de Zika em gestantes (níveis estaduais e
municipais) e óbitos de ambas as doenças, o prazo máximo para notificação é de 24 horas após a suspeita
inicial.

A vigilância epidemiológica da dengue, chikungunya e Zika tem como principal objetivo detectar
precocemente a circulação das doenças, adotando medidas para evitar novas infecções, bem como risco de
evolução para formas graves e óbitos, principalmente em situações de surtos e epidemias. Nesse sentido, a
informação é ferramenta primordial para o planejamento e desenvolvimento das ações. Garantir a agilidade
na geração de dados, nas análises, e na transmissão de informação entre os diversos atores envolvidos na
prevenção e controle das arboviroses é essencial para detecção precoce da transmissão da doença e da
circulação viral, assim como para garantir a ação rápida e oportuna de prevenção e controle.
3.3 VIGILÂNCIA LABORATORIAL
• Instituição responsável: Instituto Adolfo Lutz (IAL/CCD/SES-SP)

O diagnóstico laboratorial das arboviroses urbanas será realizado de acordo com a suspeita clínica e cenário
epidemiológico de qualquer uma das três arboviroses, utilizando-se a técnica mais oportuna, segundo
momento da coleta e ocorrência de sinais de gravidade ou óbito. Para o diagnóstico serão utilizadas
metodologias sorológicas (pesquisa de anticorpos IgM – ELISA comercial ou MAC-ELISA) e moleculares
(detecção de genoma viral - RT-PCR em Tempo Real) e, em casos de óbitos, histopatologia, seguida de
pesquisa de antígenos virais por imunohistoquímica.

3.4 MANEJO INTEGRADO DO VETOR

• Instituição responsável: Área Técnica de Vigilância e Controle do Vetor (CVE/CCD/SES-SP)

A execução das ações de manejo integrado do mosquito Aedes aegypti, visam a redução da infestação como
forma de minimizar o risco de ocorrência das doenças por eles transmitidas. A vigilância entomológica
objetiva a continua observação e avaliação das informações originadas nas características biológicas e
ecológicas dos vetores, e permitem calcular indicadores de infestação que proporcionem o conhecimento
para detecção de qualquer mudança no perfil de transmissão das doenças.

Compete ao nível estadual estabelecer as diretrizes, a coordenação e execução das ações de capacitação,
orientação técnica, gestão da logística e de estoques de praguicidas e equipamentos para o controle químico
e execução de ações de controle complementares quando o cenário epidemiológico aponta para a
necessidade dessa intervenção conjunta.

3.5 VIGILÂNCIA SANITÁRIA

• Instituição responsável: Centro de Vigilância Sanitária (CVS/CCD/SES-SP)

As inspeções sanitárias para avaliar e gerenciar cenários de risco à saúde decorrentes da presença de
criadouros dos mosquitos vetores das arboviroses não se limitam aos lotes residenciais, abrangendo também
o comércio, as indústrias, os prédios institucionais e outras edificações ou espaços nos quais estejam
favorecidas as condições para proliferação do mosquito.
A Vigilância Sanitária, investida que é de poder de polícia administrativa, pode ser demandada quando da
identificação, pelas equipes de controle de endemias ou agentes comunitários de saúde, de situações mais
críticas e persistentes da presença de criadouros de larvas ou mosquitos transmissores da dengue.

Os pontos estratégicos (PE) e os imóveis especiais (IE) são locais que podem estar sujeitos à inspeção
sanitária, seja no contexto do licenciamento sanitário (Portaria CVS 1, de 22 de julho de 2022) ou quando da
constatação de reincidência nas irregularidades detectadas pelo controle de vetores municipal.

O Centro de Vigilância Sanitária (CVS) participa ativamente das iniciativas estaduais de saúde para o controle
da dengue, elaborando normas que são referências para as equipes de saúde em âmbito estadual e
municipal e que devem ser aplicadas durante as inspeções sanitárias.

3.6 REDE DE ATENÇÃO

• Instituições responsáveis: Coordenadoria das Regiões de Saúde (CRS)

A concomitante circulação no ESP de arboviroses, cujas apresentações clínicas se confundem e têm


repercussões diferentes a curto, médio e longo prazo, impõe desafios à organização da assistência com
amplas variações entre os municípios. Enquanto a dengue caracteriza-se pelo potencial de gravidade, a
infecção por chikungunya exige adequações na rede de assistência à saúde dado o potencial de gravidade da
doença, bem como da cronicidade e a intensidade dos sintomas, exigindo readequações nos fluxos de acesso
aos medicamentos tanto do Componente Básico da Assistência Farmacêutica (CBAF) quanto dos ofertados
nas farmácias de medicamentos especializados do Estado de São Paulo, importantes no manejo clínico
adequado da doença. A infecção por Zika, exige a criação de uma linha de cuidado específica para o
atendimento às gestantes e aos portadores da Síndrome Congênita do Zika. Além disso, faz-se necessário
absorver a demanda hospitalar gerada pelas possíveis manifestações agudas graves, como a Síndrome de
Guillain-Barré, entre outras, comuns as três arboviroses urbanas.

3.6.1 – Atenção Primária e Atenção Especializada

A atenção primária é a principal porta de entrada para a atenção aos casos suspeitos de dengue,
chikungunya e Zika, tanto na fase aguda quanto nas situações de evolução prolongada, como é o caso de
chikungunya. Cabe à atenção primária (como também à rede de urgência) classificar os casos, realizar o
atendimento inicial e o seguimento dos casos sem gravidade ou necessidade de internação, referenciando
aquelas situações de agravamento que exigem a atenção hospitalar (enfermaria e UTI).

Nas situações de cronificação dos casos de chikungunya em que o controle clínico dos sintomas articulares
fracassa, é necessário também referenciar para a rede ambulatorial especializada.
A organização das ações de assistência no enfrentamento das arboviroses é de fundamental importância no
planejamento de sua contingência. As ações de nível básico, bem como as de média e alta complexidade, são
executadas pelos níveis municipal e estadual, de maneira pactuada.

As ações da Atenção Básica devem ser desenvolvidas por equipe multidisciplinar, abrangendo ações de
promoção, prevenção e porta de entrada para a atenção aos casos de dengue, chikungunya e Zika, tanto na
fase aguda, reconhecendo as situações de agravamento, como no acompanhamento das evoluções mais
prolongadas.

O Agente Comunitário de Saúde (ACS) e o Agente de Controle de Endemias (ACE) desempenham papéis
fundamentais, pois se constituem como elos entre a comunidade e os serviços de saúde. Assim como os
demais membros da equipe, tais agentes devem ter corresponsabilidade com a saúde da população de sua
área de abrangência. Devem desenvolver ações de promoção, prevenção, seja nos domicílios ou nos demais
espaços da comunidade.

No processo de trabalho, estes dois atores, ACS e ACE, devem integrar suas atividades de maneira a
potencializar o trabalho e evitar a duplicidade das ações que, embora distintas, se complementam.

Um dos fatores fundamentais para o êxito do trabalho é a integração das bases territoriais de atuação dos
Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Agentes de Controle de Endemias (ACE). O gestor municipal, junto às
equipes de saúde, deve organizar seus serviços de saúde e definir suas bases territoriais, de acordo com sua
realidade, perfil epidemiológico, aspectos geográficos, culturais e sociais, entre outros.

Em relação ao atendimento dos casos suspeitos ou confirmados de arbovirose, a atenção básica deve
realizar:

• Acolhimento
• Avaliação de gravidade
• Diagnóstico diferencial entre as arboviroses e entre outras doenças infecciosas
• Tratamento, conforme classificação de risco, e segundo as recomendações estabelecidas para
manejo clínico de cada doença
• Referenciamento dos casos graves para atenção de urgência e/ou hospitalar
• Notificação dos casos
• Acompanhamento dos casos até a alta, incluindo os de evolução prolongada.
3.6.2 – Redes de Urgência e Emergência

Os planos de ação da Rede de Atenção à Urgência (RAU) das distintas Redes Regionais de
Atenção à Saúde (RRAS) devem mapear todos os serviços de saúde existentes nas regiões, de
modo a articular em rede todos os componentes da RAU: serviços pré-hospitalares (móvel e fixo),
hospitalares e pós-hospitalares. As grades de referências que organizam os fluxos por
complexidade de maneira a permitir que um paciente seja transferido para um serviço mais
adequado ou de maior complexidade quando a situação exigir devem ser revistas periodicamente.

Assim como a Atenção Básica, a RAU é porta de entrada para o atendimento dos casos, devendo
também realizar:

• Acolhimento
• Avaliação de gravidade
• Diagnóstico diferencial entre as arboviroses e entre outras doenças infecciosas
• Tratamento, conforme classificação de risco, e segundo as recomendações estabelecidas para
manejo clínico de cada doença
• Notificação dos casos
• Referenciamento dos casos conforme previsto no manual de manejo clínico, para a Atenção Básica,
ou para a atenção hospitalar.

3.6.3 – Regulação

O objetivo da Regulação de Urgência e Emergência é garantir o acesso de usuários em situação de urgência


quando atendidos em um estabelecimento de saúde onde a capacidade resolutiva seja insuficiente para
atendimento integral e oportuno.

A Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde Estadual (CROSS) atua de forma integrada e
articulada com as demais Centrais de Regulação de Urgência e Emergência das distintas RRAS. Assim, na
necessidade do acesso a equipamentos hospitalares dentro de um determinado município, esse se dará por
intermédio da respectiva Central de Urgência e Emergência de cada RRAS.
3.7 EDUCAÇÃO, COMUNICAÇÃO SOCIAL E MOBILIZAÇÃO SOCIAL:

A educação, comunicação e mobilização social são fatores fundamentais para adesão e a participação da
população nas ações de vigilância e controle do vetor.

Sendo assim, o papel destas áreas implica na elaboração de estratégias para envolvimento da população de
maneira contínua e o estabelecimento de parcerias com entidades públicas, privadas e da sociedade civil em
geral, para ações integradas e a divulgação de informações para gestores, profissionais de saúde e para
público em geral.

4. ATIVIDADES PREPARATÓRIAS

4.1 – Diagnóstico Situacional atual

O Estado de São Paulo possui 645 municípios com características e capacidades distintas em relação à
estrutura populacional; estrutura de saúde; infraestrutura de saneamento básico; condição socioambiental e
socioeconômica, que influenciam diretamente no nível de transmissão, tanto local quanto regional, e do
estado como um todo, e na capacidade de resposta.

Ter o diagnóstico loco-regional (cenário epidemiológico e capacidade de resposta) será o ponto de partida
para o planejamento e desenvolvimento das ações de apoio ao território, no contingenciamento da
transmissão.

Do total de municípios do estado, somente em um município, Campos do Jordão, não foi identificado a
presença do vetor Aedes aegypti. No entanto esta situação é dinâmica e poderá sofrer alteração ao longo do
tempo.

4.1.1 – Cenário Epidemiológico Dengue

O ano de 1987 marcou o início da transmissão de dengue no estado de São Paulo. A partir de
então ocorreram casos de dengue em todos os anos, em epidemias sequenciais, com aumento
gradual do número de casos coincidente com o período mais propício à proliferação do vetor,
ou seja, final de primavera e o verão.
O gráfico abaixo (Figura 1) mostra a evolução da transmissão de dengue na série histórica
desde 2010 e parcial até a 2022 no qual o ESP apresentou variação na intensidade de
transmissão, alternando anos endêmicos e epidêmicos. A maior taxa de incidência do
período foi registrada no ano de 2015, 1.597,16 casos por 100 mil habitantes, com
709.084 casos confirmados, seguido do ano 2019, o segundo maior risco da série, com
taxa de incidência de 896,48 casos por 100 mil habitantes (411.654 casos
confirmados), e do ano de 2022 onde até SE 44 a taxa de incidência está em 648,6
casos por 100 mil habitantes (319.360 casos confirmados).

No período, os anos com menores taxas de incidência foram 2012 (61,98 casos por
100.000 habitantes – 25.970 casos confirmados); 2017 (14,29 casos por 100.000
habitantes – 6.443 casos confirmados) e 2018 (34,71 casos por 100.000 habitantes-
15.805 casos confirmados.

Fonte: Sinan Online – Dados atualizados em novembro/2022.


*2022 dados até SE 44/2022. Dados sujeitos a alteração

FIGURA 1 - Casos confirmados e taxa de incidência de dengue, segundo ano


de iníciodos sintomas, ESP, 2010 – 2022.
Com o aumento no número de casos observa-se também o aumento no número de óbitos,
destacando-se o ano de 2015 com elevado número de óbitos confirmados por dengue, 514
óbitos no total. (Figura 2)
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O óbito por dengue deve ser considerado como um evento sentinela e marcador de
qualidade da assistência, merecendo atenção especial durante a investigação dos fatores de
risco que levaram o paciente a esta evolução com o objetivo de identificar pontos críticos no
acesso, na gestão e na capacidade técnica dos profissionais durante o processo, pretendendo
assim evitar ocorrências semelhantes.

Fonte: Sinan Online – Dados atualizados em novembro/2022.


*2022 dados até SE 44/2022. Dados sujeitos a alteração

Figura 2 – Número de casos e óbitos confirmados de dengue e , segundo ano de


início dos sintomas, ESP, 2010 – 2022.

O histórico de circulação de mais de um sorotipo em uma mesma região pode proporcionar


aumento na ocorrência de casos graves, bem como de óbitos. Diante disso, é fundamental
que o estado e os municípios monitorem a circulação viral e se organizem principalmente no
que se refere a sua estrutura assistencial. A Figura 3 apresenta os sorotipos circulantes no
estado de São Paulo no período entre 2010 e 2022, segundo as regiões de saúde (RS).

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Fonte: Sinan Online – Dados atualizados em novembro/2022.
*2022 dados até SE 44/2022. Dados sujeitos a alteração

Figura 2 –Distribuição dos sorotipos de dengue, segundo RS de residência, ano de início dos
sintomas, ESP, 2010 – 2022.

4.1.2 – Cenário Epidemiológico Chikungunya

A chikungunya teve sua introdução no ESP em 2014, com identificação de casos


importados. Em 2015 foram confirmados os primeiros casos de transmissão local. A
partir de então o ESP apresenta baixa intensidade de transmissão, com casos
confirmados em várias de suas regiões, à exceção do ano de 2021 com transmissão
epidêmica na região da Baixada Santista e com registro de sete casos de óbito.
No ESP as taxas de incidência da doença variaram entre 0,07 e 32,30 casos por
100 mil habitantes, com valores entre 0,07 e 1,56 até 2020, atingindo sua maior taxa
(32,3 casos por 100 mil habitantes) em 2021.
No ano de 2022, até a SE 44 o ESP registra taxa de incidência 1,6 casos por 100
mil habitantes, 782 casos distribuídos em 104 municípios, sem ocorrência de óbitos.

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4.1.3 – Cenário Epidemiológico Zika

O Estado de São Paulo começou a registrar casos de Zika Vírus em 2015, desde então ha

confirmação da circulação de ZIKV no estado, até o ano de 2022, 50 (79%) das 63


Regiões de Saúde têm registrado casos suspeitos da doença.
A doença aguda pelo Zika vírus na maioria dos casos as manifestação clinicas são
brandas e autolimitadas, mas pode evoluir para quadros mais graves com disturbios
neurologicos e o vírus mostrou-se potencialmente teratogênico, estando associado a casos
graves de malformações congênitas.

4.2 Cenários de Transmissão

Os períodos de menor ou maior ocorrência das arboviroses urbanas, junho a novembro e


dezembro a maio, respectivamente, estão diretamente relacionadas às condições ambientais e
climáticas que favorecem a proliferação dos mosquitos e, consequentemente, a transmissão
dos vírus e a exposição de indivíduos suscetíveis a situações de risco, assim o período de
menor ocorrência das doenças é o momento indicado para o desenvolvimento de atividades
preparatórias para o contingenciamento da transmissão.

A fim de favorecer a organização das ações de vigilâncias epidemiológica e laboratorial, de


controle de vetores e assistencial, bem como, a rápida tomada de decisões e instalação
oportuna das medidas de contenção, o estado de São Paulo utilizará, para a implementação
das ações, cenários de risco definidos de acordo com o nível de transmissão loco-regional.

A identificação dos cenários de risco será norteada pelas ferramentas do monitoramento de


transmissão, diagrama de controle e histograma, descritos nas “Diretrizes para a Prevenção e
Controle das Arboviroses Urbanas no Estado de São Paulo”. A esfera estadual irá acompanhar
os indicadores epidemiológicos regional: planilhas de monitoramento de transmissão de
dengue, curvas epidemiológicas semanais de Chikungunya e Zika, identificando regiões e
municípios vulneráveis à ocorrência de transmissões de grande intensidade de dengue,

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chikungunya e Zika. A classificação dos cenários de risco para dengue, conforme ilustrado no
quadro abaixo (Quadro 1), irão direcionar as ações de resposta a serem implementadas em
momentos distintos da curva de transmissão da doença.

Quadro 1 – Parâmetros para classificação dos cenários de risco para dengue:


CENÁRIO FAIXA DE INCIDÊNCIA
SILENCIOSO Município sem notificação de suspeitos ou com incidência* abaixo
do limite inferior esperado pelo diagrama de controle.
RISCO INICIAL Município com incidência* acumulada das quatro últimas semanas
epidemiológicas inferior a 20% do limite estabelecido para seu
porte populacional (Histograma), ou com incidência* entre o limite
inferior e a mediana esperados pelo diagrama de controle.
RISCO MODERADO Município com incidência* acumulada das quatro últimas semanas
epidemiológicas maior ou igual a 20% do limite estabelecido para
seu porte populacional (Histograma), ou com incidência* entre a
mediana e limite superior esperados pelo diagrama de controle.
ALTO RISCO Município que atingiu o limite de incidência* acumulada das
quatro últimas semanas epidemiológicas estabelecido para seu
porte populacional (Histograma), ou com incidência* acima do
limite superior, esperados pelo diagrama de controle.
Fonte: Divisão de Dengue, Chikungunya e Zika/CVE.
* Incidência calculada com base em casos prováveis (todo caso notificado com exceção dos que já foram descartados), de acordo
com o monitoramento proposto em Nota Técnica CIB, com deliberação em 16.12.2016.
Nota 1: a ocorrência de um óbito suspeito por qualquer uma das arboviroses urbanas, em
qualquer cenário de transmissão, será considerada um evento sentinela e merecerá
investigação adequada, que deve ser feita utilizando-se a Ficha de Investigação de Casos
Graves e Óbitos Suspeitos de Arboviroses Urbanas do Estado de São Paulo.

4.3 Análise dos cenários de transmissão

Ressalta-se que após a classificação dos cenários de risco deve-se considerar a análise de
outros indicadores para tomada de decisões e implementação das medidas de contingência,
conforme parâmetros estabelecidos no documento das “Diretrizes de Prevenção e Controle
das Arboviroses Urbanas no Estado de São Paulo”:

• Curva de incidência dos casos prováveis de dengue (planilha de acompanhamento


da incidência - Histograma ou DC) por SE, atentando-se para a ocorrência em
períodos não habituais de ascendência (por exemplo, por epidemia, introdução de
novo sorotipo ou vírus, falha no controle vetorial) ou descendência (por exemplo,
por subnotificação), com intervenção adequada e oportuna;

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• Positividade dos exames específicos realizados (por exemplo, positividade inferior
a 50% em períodos sazonais pode indicar circulação de outro vírus, enquanto a alta
positividade em períodos intersazonais pode indicar baixa sensibilidade da
assistência e subnotificação);
• Índices de infestação vetorial (por exemplo, buscar divergências entre ocorrência
de casos suspeitos e índices de infestação, a fim de se avaliar os indicadores
considerados na análise);
• Monitoramento dos sorotipos do vírus da dengue;
• Monitoramento da circulação de outros arbovírus, sobretudo chikungunya e Zika,
comparando a ocorrência de casos no ano em curso, por semana epidemiológica
(SE), com a transmissão registrada no ano anterior (curvas epidemiológicas);
• Distribuição espaço-temporal dos casos (atenção aos riscos associados ao
saneamento do meio: problemas no abastecimento de água ou na coleta de lixo,
imóveis fechados, abandonados ou com acesso não permitido pelo proprietário);
• Ocorrência de óbitos suspeitos ou confirmados, que devem ser considerados como
marcadores de gravidade do contexto epidemiológico local, sendo imprescindível a
investigação de seus fatores condicionantes e imediata intervenção sempre que
passíveis de correção (por exemplo, manejo clínico inadequado).

4.4 Atividades Preparatórias

Nos cenários iniciais da transmissão, cenário silencioso e de risco inicial (Quadro 1), período de
menor ocorrência de casos, as ações estarão voltadas às atividades preparatórias, e
diretamente relacionadas a:

• Sistemas de Vigilância em Saúde – aprimorar a sensibilidade, a oportunidade e a


qualidade dos dados do sistema de vigilância;

• Logística de insumos estratégicos – garantir oferta de insumos estratégicos no


desenvolvimento das ações: laboratoriais; de controle vetorial; assistenciais;

• Vigilância das arboviroses – capacitar/atualizar os profissionais de vigilância em saúde


(epidemiológica, ambiental, entomológica), de laboratórios de saúde pública, de
atenção e assistência à saúde, de controle vetorial e comunicação de risco;

• Rede de Atenção às arboviroses – revisar os protocolos de manejo clínico; organizar a


rede de serviços de saúde para atuação intensificada durante o período sazonal das
doenças; articular os fluxos de informação e protocolos entre os setores, instituições e
serviços; dimensionar a capacidade da oferta de cuidados;

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• Articulação e Integração Intra e Intersetorial – articulação e integração de diferentes
áreas técnicas do setor saúde com outros setores, principalmente com as áreas de
saneamento, educação, meio-ambiente, assistência social, entre outros (Salas de
Situação para Arboviroses), visando uma resposta integrada;

• Comunicação de risco – ampla divulgação do cenário de transmissão, situações e áreas


de risco, eliminação de criadouros, principais sintomas da doença, entre outras;

• Monitoramento da transmissão – utilização das ferramentas de monitoramento


(diagrama de controle/histograma) para identificação dos cenários de risco para
dengue, bem como na identificação precoce de alterações do cenário de transmissão
de chikungunya e Zika, com avaliação do nível de risco regional e dos municípios da
área de abrangência.

5. AÇÕES PARA O ENFRENTAMENTO DA DENGUE, CHIKUNGUNYA E ZIKA NA ESFERA


ESTADUAL, SEGUNDO CENÁRIOS DE TRANSMISSÃO:

As ações descritas a seguir deverão ser desenvolvidas de maneira integrada entre os eixos de
vigilância epidemiológica, entomológica, sanitária e laboratorial, o controle do vetor, a rede de
assistência à saúde e a educação/comunicação social, considerando o cenário de risco e
transmissão em que se encontram os municípios.

O monitoramento da transmissão ocorre por análises de indicadores epidemiológicos, que são


direcionadores das atividades nos diferentes níveis:

• Diagramas de controle/histogramas (dengue);


• Curvas epidemiológicas (chikungunya e Zika);
• Ocorrência de óbitos e casos graves dos 3 agravos;
• Positividade laboratorial dos agravos;
• índices de infestação larvária
• Aumento na demanda por atendimento nas unidades de saúde da atenção primária –
UBS/PA/OS.

5.1 Cenário 1: Nível Silencioso – município sem notificação de suspeitos ou com


incidência abaixo do limite inferior esperado pelo diagrama de controle.

Nesta fase as ações serão preparatórias e estruturadas conforme preconizado para a


manutenção da rotina dos trabalhos de prevenção e controle, mediante estratégias das

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Diretrizes para a Prevenção e Controle das Arboviroses Urbanas no Estado de São Paulo.
Podemos destacar a importância da manutenção das reuniões periódicas das salas de situação
(níveis central e regional), de forma integrada entre os diversos órgãos da administração
estadual e municipal e outras instituições de interesse, para monitoramento do cenário de
transmissão das doenças e dos índices de infestação do mosquito transmissor nas regiões do
estado, para apoio técnico imediato em áreas de maior vulnerabilidade.

Ação permanente – salas de situação estadual, níveis central e regional.

Ações de destaque – organização, avaliação e planejamento das ações rotineiras de controle


de vetores, vigilância epidemiológica, sanitária, entomológica e laboratorial, e da rede de
atenção à saúde. As ações de controle vetorial nesse cenário visam à redução da
infestação como forma de minimizar o risco de ocorrência das doenças por eles
transmitidas.

Ações para o período:

• Prover o abastecimento dos insumos estratégicos para garantir o desenvolvimento das


ações de prevenção e controle das arboviroses urbanas (laboratorial, controle vetorial,
assistencial, de comunicação);
• Sinalizar as vigilâncias epidemiológicas municipais sobre a importância da identificação
precoce de casos suspeitos, bem como da notificação e digitação oportuna de casos e óbitos
suspeitos no Sinan;
• Realizar e apoiar capacitações no nível loco-regional, na identificação precoce de casos
suspeitos e no manejo clínico de dengue, chikugunya e Zika, esclarecendo e disponibilizando
os protocolos;
• Monitorar transmissão das doenças através das ferramentas de monitoramento de
transmissão de casos: Diagrama de Controle e Histograma – dengue / curvas epidemiológicas
de incidência – chikungunya e Zika, para identificação de cenários de risco;
• Capacitar municípios na identificação de cenários de risco;
• Identificar arbovírus circulantes – Unidades Sentinelas;
• Reforçar os fluxos de exames laboratoriais específicos ao laboratório de saúde pública
– IAL: tempo de coleta do material para cada metodologia, envio do material ao laboratório,
liberação dos resultados oportunamente), visando identificar nível de transmissão;

• Elaborar e disseminar para os serviços da rede pública e privada os protocolos de


prevenção, controle e manejo clínico das arboviroses urbanas;
• Manter o fluxo de informações epidemiológicas e de infestação com as demais áreas
técnicas;

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• Estimular município a realizar avaliações da densidade larvária (ADL) em áreas do
município;
• Apoiar análise dos indicadores entomológicos: Índice Predial, Breteau, infestação nos
imóveis de risco (especiais e pontos estratégicos), indicadores operacionais: cobertura das
visitas domiciliares, pendência em imóveis fechados, rendimento das equipes;
• Estimular o incremento de formação de brigadistas em imóveis especiais e prédios
públicos;
• Apoiar/realizar a manutenção e revisão dos equipamentos aspersores de inseticidas
(frota estadual e municipal);
• Realizar/apoiar capacitação de pessoal contratado pelo nível local para as ações de
controle do vetor;
• Analisar a produção do procedimento relativo ao SIVISA, criadouro de artrópodes
nocivos, vetores e hospedeiros- inspeções sanitárias voltadas ao controle do vetor;
• Manter o fluxo de informações epidemiológicas e de infestação com as demais áreas
técnicas;
• Divulgar informações sobre prevenção e características clínicas de cada doença,
índices de infestação, medidas de controle e outros, através dos meios de comunicação
definidos pela SES, para a população em geral;
• Fornecer subsídios técnicos aos municípios para o desenvolvimento de ações de
comunicação e mobilização social;
• Revisar/atualizar o plano de contingência estadual;

• Estimular e orientar os municípios na elaboração e formalização de seus planos de


contingência;
• Estruturar o Comitê Estadual (níveis central e regional) de investigação dos suspeitos
de doença grave e óbitos por estes agravos;
• Acompanhar o desenvolvimento de ações municipais consideradas estratégicas para
esse cenário, a saber:

ü Alimentação oportuna do SINAN;

ü Estruturação da sala de situação local;

ü Participação nas salas de situação regionais;

ü Estrutura/atuação das equipes de vigilância epidemiológica e de controle do vetor;

ü Desenvolvimento de ações de controle de vetor em áreas de maior infestação: Pontos


Estratégicos e Imóveis Especiais;

ü Desenvolvimento de ações de controle de criadouros a partir da notificação do caso


suspeito;

ü Realização de análises conjuntas de cenários de potenciais riscos à proliferação vetorial,


tais como: abastecimento de água, coleta de resíduos e rede de esgoto;

18
ü Utilização dos instrumentos sanitários vigentes para o enfrentamento das situações de
risco;

ü Elaboração/Aplicação dos planos de contingência locais;

ü Capacidade e organização da rede de atenção;

ü Disponibilização dos protocolos de manejo clínico das arboviroses urbanas em toda a


rede de atenção;

ü Capacitação sobre vigilância e manejo clínico da dengue, chikungunya e Zika, para a rede
de atenção local (pública e privada);

ü Utilização da estratégia de treinamento rápido em serviço para profissionais da


assistência;

ü Desenvolvimento de ações de mobilização e comunicação social esclarecendo a


população sobre a importância da oportunidade para a eliminação de criadouros
existentes.

5.2 Cenário 2: Risco Inicial – Município com incidência acumulada das quatro
últimas semanas epidemiológicas inferior a 20% do limite estabelecido para seu porte
populacional (Histograma), ou com incidência entre o limite inferior e a mediana
esperados pelo diagrama de controle.

Neste cenário, as ações deverão ser estabelecidas com o objetivo de evitar que a transmissão
persista e ultrapasse os limites esperados de incidência para o município, além de reduzir a
ocorrência de casos graves e óbitos.

Ação permanente – salas de situação estadual, níveis central e regional.

Ações de destaque – vigilância epidemiológica, laboratorial, sanitária, controle de vetores e


organização da assistência.

Ações para o período:

• Prover o abastecimento dos insumos estratégicos para garantir o desenvolvimento das


ações de prevenção e controle das arboviroses urbanas (laboratorial, controle vetorial,
assistencial, de comunicação);
• Identificar arbovírus circulantes - Unidades Sentinelas;

• Garantir realização e agilidade no resultado dos exames laboratoriais específicos para


avaliação do cenário epidemiológico; alertando sobre regiões com maior proporção de
confirmação e/ou introdução de novos vírus ou sorotipos circulantes;
19
• Monitorar a evolução dos indicadores epidemiológicos para a identificação
(ferramentas de monitoramento) e análise dos cenários de transmissão;
• Consolidar/analisar as informações epidemiológicas regionalmente, para divulgá-las
discuti-las nas reuniões das salas de situação estadual e regional para monitoramento
do cenário no estado;
• Estabelecer em Salas de Situação, estadual e regional, a prioridade no apoio aos
municípios, sempre considerando a distribuição espacial dos casos prováveis e
confirmados, para as atividades de controle do vetor;
• Emitir alertas regionais ou diretamente aos municípios, de acordo com a análise dos
indicadores, durante a realização das salas de situação;
• Avaliar a efetividade do bloqueio de transmissão em amostra de municípios acima de
100 mil habitantes;
• Gerenciar a logística de distribuição de inseticidas e equipamentos;
• Realizar/apoiar a capacitação de pessoal dos municípios para ações de intensificação e
de controle de transmissão;

• Realizar supervisão das atividades de rotina desenvolvidas pelos municípios, nas áreas
de interesse do programa: vigilância, controle de vetores, assistência ao paciente e
mobilização social;

• Estabelecer estratégias de controle de vetor, de acordo com estrutura e cenário local,


em conjunto com o município;

• Acompanhar os níveis de infestação e propor ações para redução de criadouros


potenciais;
• Instrumentalizar os municípios com legislação sanitária vigente, para o enfrentamento
das situações de risco;
• Apoiar a avaliação do cenário local para implementação de medidas propostas no
plano de contingência municipal;
• Participar das salas de situação no nível local quando solicitado, como apoio técnico
para a adoção de medidas que visem a interrupção da transmissão;
• Orientar e acompanhar a organização da assistência pública e privada nos municípios
para o atendimento dos casos suspeitos;
• Apoiar a realização de treinamentos loco-regionais para o manejo clínico do caso de
dengue, chikugunya e Zika, esclarecendo e disponibilizando os protocolos;
• Acompanhar implementação dos protocolos e fluxos no nível local;
• Apoiar os municípios na investigação dos casos graves e óbitos por dengue e utilizar a
informação para a melhoria na assistência ao paciente;
• Manter articulação permanente entre as áreas técnicas e de comunicação para a
produção de material informativo;

• Divulgar as ações de prevenção e controle por meio de interlocutores definidos pela


SES;
20
• Acompanhar o desenvolvimento de ações municipais consideradas estratégicas para
esse cenário, a saber:

ü Notificação/digitação oportuna de casos novos e atualização dos campos de


investigação dos casos notificados anteriormente no SINAN;

ü Participação ativa nas salas de situação regionais;

ü Monitoramento dos indicadores locais para identificação do cenário de


transmissão, com divulgação nas salas de situação loco-regional;

ü Análise conjunta do cenário epidemiológico nas salas de situação local para


implementação de ações de contingenciamento;

ü Notificação de casos graves e óbitos como instrumento de análise para


identificação cenários de maior gravidade;

ü Investigação de óbitos baseada em três pontos críticos: gestão, capacitação e


acesso, para ajustes na organização de serviços e nos protocolos de manejo clínico
do paciente;

ü Desenvolvimento de ações de controle de criadouros e alados de forma oportuna;

ü Manutenção da frequência das vistorias em imóveis de risco;

ü Manutenção das ações de redução de pendências de imóveis fechados;

ü Manutenção das atividades de remoção de recipientes em eventos estratégicos


para efetivar o apoio da população, baseando-se nas avaliações de densidade
larvária;

ü Monitoramento do fluxo de pacientes nos serviços de saúde da atenção primária;

ü Avaliação da capacidade de absorção da demanda pela assistência do município;

ü Adoção dos protocolos de atendimento, observando medidas para identificar a


gravidade por dengue;

ü Divulgação ampla dos indicadores de pesquisas larvárias à população em geral;

ü Articulação permanente entre as áreas de vigilância, assistência e de comunicação;

5.3 Cenário 3: Risco Moderado – Município com incidência* acumulada das


quatro últimas semanas epidemiológicas maior ou igual a 20% do limite estabelecido
para seu porte populacional (Histograma), ou com incidência* entre a mediana e limite
superior esperados pelo diagrama de controle.

Neste cenário, o estado deverá rever suas ações de rotina e incrementar ações de contingência
que proporcionem atendimento adequado aos pacientes, principalmente os que apresentem

21
risco de gravidade, minimizando a ocorrência de óbitos. Anexo a este plano, apresentamos os
parâmetros para implantação de unidades de hidratação (Anexo2), que servirá de referência
para o trabalho de apoio junto aos municípios que optarem por essa estratégia.

Ação permanente – salas de situação estadual, níveis central e regional.

Ações de destaque – adequação da assistência e comunicação social.

Ações para o período:

• Prover o abastecimento dos insumos estratégicos para garantir o desenvolvimento das


ações de prevenção e controle das arboviroses urbanas (laboratorial, controle vetorial,
assistencial, de comunicação);

• Monitorar a evolução dos indicadores epidemiológicos para a identificação


(ferramentas de monitoramento) e análise dos cenários de transmissão e
implementação de ações de contingenciamento;
• Manter identificação de arbovírus circulantes - Unidades Sentinelas;
• Garantir prioritariamente a investigação laboratorial de casos graves e óbitos;

• Intensificar ações de capacitação sobre o manejo clínico da dengue, chikungunya e


Zika;

• Apoiar tecnicamente o nível municipal, na organização/reorganização dos serviços de


saúde diante do aumento no número de casos;

• Apoiar municípios na implantação e monitoramento das unidades de hidratação,


quando indicado;

• Apoiar o município na comunicação à população sobre a implantação de unidades de


hidratação: endereço, horário de funcionamento e serviços que serão prestados;

• Apoiar a investigação de óbitos baseada nos três pontos críticos: gestão, capacitação e
acesso, como instrumento de análise para identificação cenários de maior gravidade;

• Estabelecer nas Salas de Situação, estadual e regional, a prioridade no apoio aos


municípios nas atividades de organização de serviços de saúde e assistência ao
paciente com suspeita de dengue, chikungunya e Zika;

22
• Emitir alertas regionais ou diretamente aos municípios, de acordo com a análise dos
indicadores, durante a realização das salas de situação;

• Avaliar a efetividade do bloqueio de transmissão em amostra de municípios acima de


100 mil habitantes;

• Gerenciar a logística de distribuição de inseticidas e equipamentos;


• Apoiar a capacitação de pessoal contratado pelos municípios para ações de
intensificação de controle vetorial;

• Monitorar atividades desenvolvidas pelos municípios, nas áreas de interesse do


programa: vigilância, controle de vetores, assistência ao paciente e mobilização social;

• Realizar análises em conjunto com as SMS das estratégias de controle de vetores


propostas para esse cenário;

• Convocar coletivas de imprensa para que os interlocutores da SES informem sobre o


cenário epidêmico e as medidas de proteção e controle necessárias a serem adotadas
por gestores e pela população;

• Intensificar a divulgação de sinais e sintomas da dengue, chikungunya e zika para a


população em geral, nas diversas mídias;

• Divulgar amplamente dados epidemiológicos, laboratoriais e entomológicos por meio


de Boletins Informativos;

• Manter articulação permanente com as áreas de comunicação, informando sobre o


cenário epidemiológico e contribuindo para a produção do material de divulgação;

• Acompanhar o desenvolvimento de ações municipais consideradas estratégicas para


esse cenário, a saber:

ü Notificação/digitação oportuna de casos novos e atualização dos campos de


investigação dos casos notificados anteriormente no SINAN

ü Participação ativa nas salas de situação regionais;

ü Sala de situação local ativa, com intensificação da frequência da análise conjunta


do cenário de transmissão para desencadeamento das ações propostas nos planos
de contingência;

ü Ocorrência de casos novos em áreas com baixa transmissão;

ü Notificação de casos graves e óbitos;

23
ü Investigação de óbitos;

ü Desenvolvimento de ações de controle de criadouros e alados;

ü Manutenção da frequência das vistorias em imóveis de risco;

ü Monitoramento do abastecimento de insumos nas unidades de hidratação


implantadas;

ü Divulgação de informação para a população com destaque para os sinais e


sintomas de dengue, chikungunya e Zika e de suas formas graves, conforme
cenário epidemiológico presente;

ü Informação à população sobre o atendimento das arboviroses nos diversos


equipamentos de saúde;

ü Comunicação à população sobre a implantação de unidades de hidratação, quando


for o caso, informando endereço, horário de funcionamento e esclarecendo os
serviços que ali serão prestados;

ü Utilização das mídias locais e regionais para a comunicação social;

ü Produção ou reprodução de material de comunicação sobre sintomas e sinais de


gravidade da dengue, chikungunya e Zika.

5.4 Cenário 4: Alto Risco – Município que atingiu o limite de incidência*


acumulada das quatro últimas semanas epidemiológicas estabelecido para seu porte
populacional (Histograma), ou com incidência* acima do limite superior, esperados
pelo diagrama de controle.

Nesse cenário as ações deverão ser estabelecidas considerando a substituição de parte


das ações de rotina por ações emergenciais e de contenção, com o objetivo de evitar que a
transmissão, já epidêmica, tenha como consequências alta morbimortalidade.

Ação permanente – salas de situação regionais e municipais em atividade

Ações de destaque – intensificação das ações do cenário 3, priorizando a organização da


assistência aos pacientes.

Ações para o período:

• Prover o abastecimento dos insumos estratégicos para garantir o desenvolvimento das


ações de prevenção e controle das arboviroses urbanas (laboratorial, controle vetorial,
assistencial, de comunicação);
24
• Monitorar a evolução dos indicadores epidemiológicos para a identificação
(ferramentas de monitoramento) e análise dos cenários de transmissão e
implementação de ações de contingenciamento;

• Monitorar a notificação de óbitos suspeitos por arboviroses;

• Manter identificação de arbovírus circulantes - Unidades Sentinelas;

• Garantir prioritariamente a investigação laboratorial de casos graves e óbitos;

• Acompanhar e orientar os municípios no processo de investigação de casos graves e


óbitos para ajustes na organização de serviços e nos protocolos de manejo clínico do
paciente;
• Estabelecer nas Salas de Situação a prioridade no apoio aos municípios nas atividades
de reorganização de serviços de assistência ao paciente com suspeita de dengue,
chikungunya e Zika;

• Monitorar a ocorrência de casos novos em municípios com baixa transmissão;

• Avaliar a efetividade do bloqueio de transmissão em amostra de municípios acima de


100 mil habitantes;
• Gerenciar a logística de distribuição de inseticidas e equipamentos;
• Estabelecer em Salas de Situação Regionais a prioridade no apoio aos municípios nas
atividades de combate ao vetor, considerando distribuição espacial dos casos;

• Monitorar o desenvolvimento das ações de vigilância, controle de vetores, assistência


ao paciente e mobilização social, propostas nos planos de contingência para o cenário;

• Apoiar municípios na implantação de unidades de hidratação e no monitoramento do


abastecimento de insumos das já implantadas;
• Estimular municípios a realizarem ações de mobilização social;
• Divulgar cenário epidemiológico, cuidados necessários e medidas tomadas pelo Estado
para conter a transmissão e/ou ocorrência de óbitos;
• Intensificar a divulgação de dados epidemiológicas e entomológicas por meio de
Boletins Informativos;
• Manter articulação permanente com as áreas de comunicação, informando sobre o
cenário epidemiológico e contribuindo para a produção do material de divulgação;
• Convocar coletivas de imprensa para que os interlocutores da SES informem sobre o
cenário epidêmico e as medidas de proteção e controle necessárias a serem adotadas
por gestores e pela população;

• Intensificar a divulgação de sinais e sintomas da arbovirose nas diversas mídias;

25
• Garantir a distribuição de material gráfico específico sobre sinais e sintomas de
dengue, chikungunya e Zika, incluindo as possíveis manifestações de gravidade a
serem entregues aos pacientes pelos profissionais de saúde após suspeita diagnóstica;

• Acompanhar o desenvolvimento de ações municipais consideradas estratégicas para


esse cenário, a saber:

ü Alimentação do SINAN com os dados de notificação de maneira oportuna;

ü Manutenção da frequência e regularidade das vistorias em imóveis de risco;

ü Salas de Situação ativa e frequentes, para análises conjuntas da situação,


priorizando as ações de assistência, ocorrência de óbitos e subsequente
investigação;

ü Monitoramento da ocorrência de casos novos em áreas com baixa transmissão;

ü Ampliação do bloqueio controle de criadouros a partir da notificação do caso


suspeito;

ü Ampliação das ações de controle químico de alados;

ü Implantação das ações previstas em plano de contingência para a assistência,


definido em cenário anterior;

ü Monitoramento da rotina das redes assistenciais, revendo prioridades de regiões


onde a capacidade de atendimento adequado dos casos tenha sido extrapolada;

ü Abastecimento das unidades de saúde com insumos suficientes para o


atendimento dos casos;

ü Monitoramento do funcionamento das unidades de hidratação;

ü Avaliação da necessidade de permanência ou desativação das unidades de


hidratação implantadas;

ü Investigação de óbitos;

ü Participação ativa das salas de situação regionais;

ü Intensificação das salas de situação municipal;

ü Interlocução frequente com equipe técnica do nível regional do estado;

ü Divulgação permanente de informação à população sobre cenário epidemiológico


e sinais e sintomas de dengue, chikungunya e Zika;

ü Divulgação das unidades de atendimento para arboviroses;

ü Utilização das mídias locais e regionais para a comunicação social.

26
6 – PLANOS DE CONTINGÊNCIA MUNICIPAIS PARA O ENFRENTAMENTO DA DENGUE,
CHIKUNGUNYA E ZIKA:

As Salas de Situação Regionais deverão desencadear as discussões para a elaboração dos


Planos de Contingência Municipais no segundo semestre de cada ano. Os municípios deverão
ser estimulados e orientados na elaboração de seus planos de contingência, tendo como
referência o plano estadual, que em seus anexos (Anexo 2) apresenta alguns modelos de
planilhas que poderão colaborar com a estruturação dos mesmos. São eles: modelo de
planilha para o diagnóstico situacional local, de preenchimento simples e objetivo, que servirá
de base para o planejamento das ações; modelo de documento para formalização e pactuação
do plano junto ao Conselho Municipal de Saúde e à CIR e modelo de monitoramento das ações
propostas.

De posse das informações sobre estrutura e capacidade existente para o enfrentamento da


transmissão de dengue, chikungunya e zika, o município deverá elaborar seu planejamento
estratégico para medicamentos, insumos, equipamentos, serviços, leitos, entre outros, tendo
como base a população local.

O diagnóstico e planejamento dos municípios servirão de base para o nível estadual estimar a
capacidade de resposta loco-regional a um possível aumento de transmissão das arboviroses
urbanas, utilizando essa informação para o seu planejamento.

Nota 4: É facultativo ao município elaborar seu plano de contingência utilizando os modelos de


documentos propostos acima (Anexos 1, 2 e 3).

27
7 – ANEXOS

ANEXO 1 – MODELO PARA FORMALIZAÇÃO DO PLANO DE CONTINGÊNCIA MUNICIPAL


ANEXO 2 – DIAGNÓSTICO SITUACIONAL E PREVISÃO DE RECURSOS
ANEXO 3 – MONITORAMENTO E ACIONAMENTO DO PLANO DE CONTINGÊNCIA MUNICIPAL

28
ANEXO 1 – MODELO PARA FORMALIZAÇÃO DO PLANO DE CONTINGÊNCIA MUNICIPAL

Portaria Municipal nº______________

O Prefeito/Gestor Municipal da Saúde, no uso das atribuições,

Considerando,
A ocorrência da Dengue no Estado de São Paulo, desde 1987;
A introdução dos vírus chikungunya e Zika;
A possibilidade de aparecimento de formas graves e óbitos pelas doenças;
A necessidade de:
- detectar precocemente as epidemias;
- controlar as epidemias em curso;
- reduzir o risco de transmissão de dengue, chikungunya e Zika;
- reduzir a gravidade e letalidade da doença mediante diagnóstico precoce e tratamento oportuno e
adequado;
- garantir fluxo imediato de informação dos suspeitos de dengue, chikungunya e Zika entre as vigilâncias
municipais, seus serviços de controle de vetores, grupos de vigilância estadual e SUCEN regionais;
- garantir fluxo imediato de informação entre os serviços de atendimento e as vigilâncias municipais de
todos os suspeitos das doenças;
- garantir preenchimento diário do SINAN pelos serviços de vigilância municipal dos suspeitos das
doenças;
E que cabe ao Sistema Único de Saúde local organizar os serviços de vigilância e controle do vetor, de
vigilância epidemiológica e da assistência à saúde para minimizar ou eliminar os riscos existentes.

RESOLVE:

Art. 1° - Fica instituído o Plano de Contingência Municipal para Epidemias de Dengue, Chikungunya e
Zika

Art. 2° - O Plano a que se refere o art. 1° define-se como um conjunto de atividades relacionadas à
vigilância epidemiológica, sanitária, laboratorial e entomológica, controle da população do vetor e
assistência médica, cuja intensificação e integração devem resultar em maior eficiência e eficácia no
controle da dengue, chikungunya e Zika no município.

Parágrafo 1º – O Plano deverá ser elaborado por equipe intersetorial:

I – Secretário/Diretor Municipal de Saúde


II – Vigilância Epidemiológica
III – Vigilância Entomológica / Controle Vetorial
IV – Vigilância Sanitária
V – Atenção Básica / Estratégia de Saúde da Família
VI – Assistência Laboratorial (pública e privada)
VII – Assistência Ambulatorial (pública e privada)
VIII – Assistência Hospitalar (pública e privada)
IX – Setores de Educação, Obras, Saneamento, Meio Ambiente, Planejamento, Avaliação, Orçamento,
Finanças e outros.

Art. 3° - A equipe intersetorial descrita no Art. 2º deverá atuar mediante orientações das publicações
“Diretrizes para Prevenção e Controle das Arboviroses Urbanas do Estado de São Paulo”, e “Plano de
Contingência para Controle das Arboviroses Urbanas no Estado de São Paulo”, homologados pelas

29
Resoluções CIB/SUS-SP nºXXXXX de XX de novembro de 2016 e CIB/SUS-SP nºXXXXX de XX de novembro
de 2016, respectivamente.

Art. 4° - Aos outros Setores da Prefeitura Municipal cabe:


Educação –
Obras –
Saneamento –
Meio ambiente –
Planejamento, Avaliação e Orçamento –
Finanças –
Outros...

Art. 5° - Fica determinada através desta Portaria a criação da Sala de Situação, que será formada pelo
Gestor de Saúde do Município e pelos representantes dos setores elencados no artigo 2º.
Parágrafo 1º - A Sala de Situação terá como atribuições acompanhar a transmissão de dengue,
chikungunya e Zika com periodicidade semanal no período de alta transmissão e quinzenal, no período
de baixa transmissão. Será responsável também pelas revisões do Plano de Contingência anualmente e
a solicitação dos ajustes.
Parágrafo 2º - As ações deverão ser realizadas com integração com o nível regional da Secretaria de
Estado da Saúde.

Art. 6° - A estrutura do município para enfrentamento da transmissão de Dengue, Chikungunya e Zika


deverá ser representada na Planilha constante do ANEXO 1 deste documento.

Art. 7° - O ANEXO 2 refere-se à situação epidemiológica de transmissão de dengue no período referente


às 4 semanas anteriores e deverá ser preenchida na mesma frequência de reuniões da Sala de Situação.
Deverá ser levada a essa reunião para discussão e planejamento das ações necessárias à contingência.

Art. 8° - O Plano deverá ser aprovado no Conselho Municipal de Saúde e divulgado para a População.

Art. 9° - DO COMPROMISSO:

Eu, __________________, secretário municipal de saúde de ______________________, me


comprometo a executar as ações descritas neste Plano de Contingência Municipal contra dengue,
chikungunya e zika, de acordo com a disponibilidade de recursos municipais informada e com as
propostas de ações descritas no Anexo 1 deste termo de compromisso.
Eu, __________________, prefeito de ______________________, me comprometo a executar as ações
descritas neste Plano de Contingência Municipal contra dengue, chikungunya e Zika, de acordo com a
disponibilidade de recursos municipais informada e com as propostas de ações descritas no Anexo 1
deste termo de compromisso.

______________ - SP, ____ de ____________ de 2017.

_____________________________________________

Assinatura e carimbo do Secretário Municipal de Saúde

____________________________________________

Assinatura e carimbo do Prefeito

30
ANEXO 2 – DIAGNÓSTICO SITUACIONAL E PREVISÃO DE RECURSOS

PLANILHA 1 - PLANO DE CONTINGÊNCIA MUNICIPAL CONTRA DENGUE, CHIKUNGUNYA e ZIKA


Município: Data:
Número de Habitantes: Nº de Casos Previstos: 0

CONTROLE DE VETORES
Indicador Valores
Nº de Agentes de Controle de Endemias
Nº de Agentes comunitário de saúde atuando no controle do vetor
Último Indice de Infestação Predial realizado Data: IIP:
Nº de Imóveis existentes no município #DIV/0!
Nº de atomizadores costais Nº de equipamentos de nebulização acoplados a veículo (NAV)
Nº de IE e PE cadastrados IE= PE=
Vigilância Sanitária atuando no controle vetorial? (SIM/NÃO)
Percentual de pendências (imóveis recusados e fechados)
Equipe de Controle de Endemia capacitada? (SIM/NÃO)
Nº de veículos para atividades de controle vetorial
COMUNICAÇÃO E MOBILIZAÇÃO SOCIAL
Indicador Sim Não
Há equipes de educação em saúde ou referência em dengue, chikungunya e zika?
Há ações regulares de Mobilização Social?
Há divulgação regular da situação epidemiológica das arboviroses no município?
Há Sala de Situação Municipal?
Há ECOPONTO no município?
Há mobilização inter setorial?
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA (VE)
Indicador de Estrutura da Equipe de Vigilância Epidemiológia Municipal SIM/NÃO
Há Enfermeiros?
Há Médicos?
Há Médicos Veterinários?
Há Digitador?
Computador específicos para digitação no SINAN?
Computador específicos para VE?
Unidades Basicas notificadoras
Tem referência para SVO?
Investigação de casos graves e óbitos de arboviroses no FORMSUS?
ASSISTÊNCIA AO PACIENTE - ESTRUTURA E RECURSOS HUMANOS
Indicador Sim Não
1 - Município possui enfermeiro capacitado para atuar na assistência das arboviroses?
2 - Município possui médico capacitado na assistência das arboviroses?
Nos casos acima (1 e 2) e no item 6, o quantitativo é suficiente e se há como aumentar o quantitativo em caso de epidemias?
3 - Município coleta amostras para sorologia de dengue, chikungunya e zika?
4 - Município realiza hemograma na sua sede?
5 - Municipio capaz de disponibilizar resultado de hemograma no mesmo dia da coleta?
6 - Município dispõe de equipamento de saúde com enfermaria para internação (observação acima de 12hs)?
7 - Município dispõe de serviço de urgência e emergência 24hs (UPA's Policlínicas, etc)?
8 - Município dispõe de leitos de UTI (referenciado ou não)?
9 - Município dispõe de espaço físico para montar Unidade de Hidratação?
10 - Município dispõe de equipe/estrutura para montar Unidade de Hidratação?
12 - Frente a casos suspeitos a equipe de saude utiliza os protocolos de manejo clinico?
13 - Município tem estrutura de transporte sanitário para pacientes? (rotina e urgência)
14 - Ultima capacitação realizada para assistência: Data:
ASSISTÊNCIA AO PACIENTE - FLUXO DE ATENDIMENTO
Unidade de Referência para Dengue - em funcionamento ou não
Nº Nome da Unidade de Referência Endereço da Unidade de Referência para Arboviroses Responsável da Unidade Contato da Unidade
1
2
REGULAÇÃO DE LEITOS DE INTERNAÇÃO
Unidade de Saúde do município ou de referência que solicita internação no CROSS
UPA: HOSPITAL:
PREVISÃO DE RECURSOS NECESSÁRIOS EM CASO DE EPIDEMIA
Leitos Leitos Leitos Exames Insumos Materiais
Paracetamol comprimidos 750mg ou dipirona comprimidos 500 mg
Dipirona ou Paracetamol - frasco solução
Soro Fisológico 0,9% - frascos de 500mls

Dispositivo Intravenoso Periférico nº 16

Dispositivo Intravenoso Periférico nº 18

Dispositivo Intravenoso Periférico nº 20

Dispositivo Intravenoso Periférico nº 22

Dispositivo Intravenoso Periférico nº 24


Sais de Reidratação Oral - sachê

Metoclopramida (EV) ampola


Dipirona (EV) - ampola

Cartão Dengue
Hemograma
Enfermaria

Enfermaria

Enfermaria

Equipo
CTI

CTI

CTI
Atenção Primária
Não Estruturada

31
ANEXO 3 – MONITORAMENTO E ACIONAMENTO DO PLANO DE CONTINGÊNCIA
MUNICIPAL

PLANILHA 2 - PLANO DE CONTINGÊNCIA MUNICIPAL CONTRA DENGUE, CHIKUNGUNYA E ZIKA


SISTEMA DE MONITORAMENTO E ACIONAMENTO DO PLANO DE CONTINGÊNCIA MUNICIPAL

Semana Semana Semana Semana Cenário


Casos prováveis nas últimas 4 semanas

SILENCIOSO, ou
Incidência acumulada de casos prováveis nas últimas 4 semanas (por 100.000hab) 0
RISCO INICIAL, ou
Informar posição da Informar posição da Informar posição da Informar posição da RISCO
Incidência em relação aos limites do Diagrama de Controle curva em relação aos curva em relação aos curva em relação aos curva em relação aos MODERADO, ou
limites limites limites limites
ALTO RISCO
Ocorrência de óbitos suspeitos

Ações a serem desencadeadas


CONTROLE DE VETORES

ASSISTÊNCIA

VIGILÂNCIA
EPIDEMIOLÓGICA

MOBILIZAÇÃO SOCIAL

32
33

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