Universidade Federal Do Paraná: Modelagem Eletromagnética de Um Motor de Indução Trifásico
Universidade Federal Do Paraná: Modelagem Eletromagnética de Um Motor de Indução Trifásico
Universidade Federal Do Paraná: Modelagem Eletromagnética de Um Motor de Indução Trifásico
CURITIBA
2019
MATHEUS LANGENDYK PROENÇA
CURITIBA
2019
TERMO DE APROVAÇÃO
À Profª. Dra. Juliana L. M. Iamamura, por ter aceitado me orientar, ter dedicado
tempo e esforço para o melhor resultado possível, e ter sido uma verdadeira amiga
nesse tempo todo.
À empresa WEG S.A., pela doação do motor estudado, bem como pelo
fornecimento de seus dados, sem os quais não seria possível a realização desse
projeto.
Figura 12 – Máquina simulada sem imposição direta das condições de contorno ...... 33
Figura 18 – Variação temporal das correntes induzidas nas barras do rotor ............... 43
Figura 24 – Gráfico das tensões trifásicas em relação ao tempo para simulação com o
Sliding Band ............................................................................................................... 49
Figura 25 – Parâmetros analisados para um ponto para as duas técnicas de
movimento .................................................................................................................. 50
LISTA DE TABELAS
Tabela 2 – Valores das correntes para os circuitos das bobinas do estator ................ 36
2D – Bidimensional
3D – Tridimensional
CA – Corrente Alternada
CC – Corrente Contínua
FEM – Método dos Elementos Finitos (do inglês Finite Element Method)
T – Tesla
Φ – Fluxo
𝜑 – Defasagem angular
𝑐𝑜𝑠 – Cosseno
𝑓 – Frequência nominal
𝑓𝑠 – Frequência do escorregamento
𝐼 – Corrente nominal
𝐼𝑎 – Corrente do circuito A
𝐼𝑏 – Corrente do circuito B
𝐼𝑐 – Corrente do circuito C
𝑗 – Unidade imaginária
𝑘 – Número da barra
𝑃 – Potência nominal
𝑝 – Número de polos
𝑛 –Velocidade nominal
𝑛𝑠 –Velocidade síncrona
𝑠 – Escorregamento
𝑠𝑒𝑛 – Seno
𝑡 – Tempo
𝑇 – Torque
𝑉 – Tensão nominal
𝜔 – Frequência angular
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 14
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................................................. 17
6 REFERÊNCIAS .................................................................................................... 54
1 INTRODUÇÃO
1.1 CONTEXTO
Para conduzir o projeto, a empresa WEG S.A., responsável pelo motor que
será analisado, forneceu dados fundamentais, tais como as dimensões do dispositivo
e as características magnéticas do material utilizado em sua fabricação.
1.2 OBJETIVOS
16
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
𝑛𝑠 − 𝑛
𝑠= (1)
𝑛𝑠
uma malha onde são definidos vértices e arestas, como mostra a Figura 2, na qual a
grandeza de estudo deve ser definida no próprio vértice do elemento finito.
O FEM foi desenvolvido nos anos 50 para estudos mecânicos com aplicações
em aeronáutica, mas só a partir dos anos 70 começou a ser usado em
eletromagnetismo (BASTOS, 2004), sendo atualmente amplamente difundido entre
engenheiros, cientistas e estudantes.
Condições de contorno são condições que devem ser impostas nas fronteiras
do domínio de estudo para que a resolução da formulação seja correta e forneça uma
solução única. São considerados dois tipos de condições de contorno:
(Fonte: O autor)
3 MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 MATERIAIS
(Fonte: O autor)
(Fonte: O autor)
28
• Número de polos: 𝑝 = 4;
• Velocidade síncrona: 𝑛𝑠 = 1800 rpm;
• Torque nominal: 𝑇= 4,14 N.m.
3.1.2 Softwares
O programa apresenta uma região interativa, a qual contém uma interface para
a descrição da geometria do problema a ser resolvido e para a definiçãodas
29
propriedades dos materiais e das condições de contorno. Uma vantagem é que ele
permite a importação de documentos de desenho do software Autocad (não utilizado
neste trabalho), assim facilitando a representação geométrica. Na resolução do
problema, é gerada uma malha de elementos triangulares, e dependendo do caso
escolhido, é acionado um solucionador que, ao analisá-lo, resolve as equações
diferenciais parciais relevantes (MEEKER, 2018a).
É utilizado então o software Scilab que, além de possuir sua própria linguagem
computacional de alto nível, permite a integração de outras linguagens em sua
interface, gerando assim uma solução dinâmica (SCILAB, 2019). Uma dessas
linguagens é a LUA, utilizada pelo FEMM. Pode-se então alterar os valores impostos
na fonte a cada passo, e em seguida, ler através do Scilab os resultados obtidos em
cálculos no FEMM. Além disso, o Scilab é um programa gratuito, disponibilizado
também para outros sistemas operacionais além do Windows, como Linux e Mac Os.
3.2 MÉTODOS
3.2.1 Pré-Processamento
(Fonte: O autor)
31
Eixo Ar
Entreferro Ar
(Fonte: O autor)
(Fonte: O autor)
(Fonte: O autor)
(Fonte: O autor)
1800 − 1730
𝑠=
1800
𝑠 = 0,0389
35
𝑓𝑠 = 𝑠 ∗ 𝑓 (2)
𝑓𝑠 = 0,0389 ∗ 60
𝑓𝑠 = 2,334 𝐻𝑧
𝐼𝑎 = 𝐼∠0° (3)
(Fonte: O autor)
36
𝐼𝑏 = 𝐼∠120° (4)
𝐼𝑐 = 𝐼∠ − 120° (5)
A 2,4749
B -1,2374 + j*2,1433
C -1,2374 – j*2,1433
(Fonte: O autor)
Para esta aplicação, foi elaborado um código em linguagem Lua no Scilab, que
se encontra no Anexo I. Com o auxílio de suas funções, foi possível a determinação de
gráficos para analisar a variação do torque e das tensões nas três fases, levando em
conta o movimento do rotor.
(Fonte: O autor)
𝜕Φ
𝑉=− (6)
𝜕𝑡
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
(Fonte: O autor)
80
60
40
CORRENTE [A]
20 Real
0 Imaginário
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43
Módulo
-20
-40
-60
-80
-100
BARRAS
(Fonte: O autor)
Visto que seu formato é de uma senoide, as correntes induzidas (𝐼𝑏𝑘 ) inseridas
para a simulação magnetostática seguem a equação 7:
Na Tabela 3 são expostos esses valores referentes aos gráficos da Figura 17,
para as dez primeiras barras, com intuito de ilustrar seu comportamento.
42
(Fonte: O autor)
A barra 1 foi tida como referência para os cálculos, cujos dados estão
destacados na Tabela 3. Sua defasagem (𝜑1 ), em radianos, foi calculada através da
equação 8:
𝐼𝑚{𝐼𝑏1 } 𝜋
𝜑1 = arctan ( )− (8)
𝑅𝑒{𝐼𝑏1} 2
Como visto pelo gráfico da parte real da Figura 17, aproximadamente a cada
11 barras a senoide completa meio período. Logo, os demais ângulos referentes às
outras barras, também expressos em radianos, podem ser calculados pela equação 9:
𝜋
𝜑𝑘 = 𝜑𝑘−1 − (9)
11
𝐼0 = 90,9 𝐴
43
(Fonte: O autor)
(Fonte: O autor)
46
Após todos os passos terem sido simulados, o Scilab gerou dois gráficos a
partir dos comandos inseridos anteriormente, um do torque variando com o tempo
para toda a simulação, e outro das tensões trifásicas também em função do tempo.
Esses gráficos são ilustrados pelas Figura 20 e Figura 21, respectivamente.
(Fonte: O autor)
(Fonte: O autor)
47
(Fonte: O autor)
(Fonte: O autor)
(Fonte: O autor)
50
(Fonte: O autor)
do caso clássico foram levemente maiores que as do outro caso. Isso ocorre porque a
permeabilidade varia em função do campo magnético, que é diferente nos dois casos.
5.1 CONCLUSÃO
6 REFERÊNCIAS
LAI, H.; RODGER, D. Modelling Rotor Skew in Induction Machines Using 2D and
3D Finite Element Schemes. [S.I.], 1997. Acesso em: 04/03/2019.
MEEKER, D. Finite Element Method Magnetics: Version 4.2 - User’s Manual. [S.I],
2018a.
for k=0:n
opendocument("3 - Motor TCC.FEM")
tta=k*dtta*(1-s);
t = dt*k;
wt = 2*%pi*k*Ang_simu*(Polos/4)/(n*180); // para correntes do estator
wt2 = 2*%pi*k*Ang_simu*s*(Polos/4)/(n*180); // para correntes induzidas
//CORRENTES NO ESTATOR
mi_modifycircprop('A',1,Im*sin(wt));
mi_modifycircprop('B',1,Im*sin(wt-(2*%pi/3)));
mi_modifycircprop('C',1,Im*sin(wt+(2*%pi/3)));
57
arquivo="Motor_"+string(k)+".fem";
mi_saveas(arquivo)
mi_createmesh()
mi_analyze(1)
mi_loadsolution()
//TORQUE
//torque=[torque,mo_gapintegral("mySlidingBand",0)]; //movimento sliding band
mo_groupselectblock(2); //movimento manual
torque=[torque,mo_blockintegral(22)]; //movimento manual
mo_zoomnatural();
mo_clearblock();
A=mo_getcircuitproperties('A');
B=mo_getcircuitproperties('B');
C=mo_getcircuitproperties('C');
FluxoA=[FluxoA,A(3)];
FluxoB=[FluxoB,B(3)];
FluxoC=[FluxoC,C(3)];
tempo=[tempo,k*dt];
mo_showdensityplot(1,0,2,0,"bmag");
arquivo="Motor_"+string(k)+".bmp";
mo_savebitmap(arquivo);
mi_close();
mo_close();
end
FluxoA=[FluxoAFluxoA(length(FluxoA))];
FluxoB=[FluxoBFluxoB(length(FluxoB))];
58
FluxoC=[FluxoCFluxoC(length(FluxoC))];
//TENSÕES
Va=diff(FluxoA)/dt;
Vb=diff(FluxoB)/dt;
Vc=diff(FluxoC)/dt;