Vias de Administração Dos Fármacos

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Vias de administração dos Fármacos

Martha Eunice de Bessa


Outubro de 2017
• Efeito biológico;

• Transporte pelos fluidos;

• Barreiras biológicas;

• Resistir ao ataque metabólico;

• Concentrações adequadas nos sítios de ação;

• Interagir de modo específico, causando uma alteração na função fisiológica.


(ADME) - absorção, a distribuição, a metabolização e eliminação

São processos dinâmicos que ocorrem desde a ingestão do


medicamento até a sua completa eliminação.

Velocidade com que esses processos ocorrem afetam o início, a


intensidade e a duração de ação.
Substância ativa

Características físicas e químicas

A biodisponibilidade nos lipídeos, no grau de ionização e no tamanho


molecular – determinam sua capacidade de produzir atividade biológica.
A absorção é determinada pelo grau de ionização no momento em que
a substância é apresentada às barreiras membranares.

Membrana celular é mais PERMEÁVEL às formas NÃO-IONIZADAS

Para ser absorvido, o fármaco tem que estar dissolvido no fluido do


sítio de absorção.
Fatores que afetam na biodisponibilidade – uso oral

Propriedades Físico-químicas

• Tamanho da partícula

• Forma do sal

• Hidratação

• Solubilidade lipídica ou aquosa

• pH ou pKa
Adjuvantes farmacotécnicos
Desintegrantes
Materiais de Diluentes
Lubrificantes
revestimento Aglutinantes

Conservante
Características da forma farmacêutica

• Velocidade de desintegração (comprimidos)


• Tempo de dissolução do fármaco na FF
• Idade do produto e condições de armazenamento
Fatores biológicos e características do paciente

• Tempo de esvaziamento gástrico


• Tempo de trânsito intestinal
• Condições gastrintestinais anormais ou patológicas
• Conteúdo gástrico
• Outros fármacos Alimentos
• Fluidos pH do TGI
• Metabolismo do fármaco
Fármaco exercerá efeito:

• Local: com aplicação direta no local de ação desejado

• Sistêmico: com a entrada do fármaco na circulação sistêmica e o seu


transporte para o sítio de ação desejado
Vias de administração e principais formas farmacêuticas

Comprimidos Xaropes
Cápsulas Elixires
Oral Soluções Suspensões

Magmas
Géis
Pós
Retal Soluções Pomadas Supositórios

Comprimidos
Sublingual Pastilhas
Gotas (soluções)
• Parenteral : Soluções, Suspensões.

• Percutânea, transdérmica: Pomadas, Cremes, Pastas, Emplastros,


Pós, Aerossóis, Loções, Adesivos ,transdérmicos, discos.

• Nasal: Soluções, Sprays ,Inalantes.

• Pulmonar: Aerossóis
• Ocular/auricular: Soluções, Suspensões.

• Conjutival Inserts: lentes de contato, Pomadas.


• Vaginal : Soluções, Pomadas, Espumas, Géis, Comprimidos,
Supositórios, esponjas, inserts.

• Uretral: Soluções, Supositórios.


• Via oral: Promove efeito sistêmico, através da absorção no TGI
(poucos são os fármacos orais de ação local, ex. antiácidos).

Desvantagens: Resposta terapêutica lenta.


Variações na absorção depende: das características do indivíduo e do
esvaziamento gástrico, da destruição do fármaco por conta da acidez
ou da ação de enzimas do TGI.
Sublingual:

• Rápida absorção
• Não sofre metabolismo de primeira passagem
• Pequenas doses
Estomacal

• Depende do esvaziamento gástrico


• Pode exigir complexação do fármaco para ele ter retardo na sua
liberação.
• Ácidos fracos são bem absorvidos – não-ionizados
Intestinal
• Intestino delgado: pH adequado (6,5) e grande área de superfície

Via retal
• Efeito local ou sistêmico
• Em caso de emese e insconsciência
• 50% do fármaco passa pelo fígado
• Soluções, supositórios ou pomadas
Desvantagens: Modo inconveniente de administração , Absorção irregular.
Via parenteral
Injetado por agulha, diferentes locais e diferentes profundidades:
Subcutânea
Intramuscular
Intravenosa
Intracardíaca
Intraespinal/tecal

Para fármacos destruídos pelo TGI ou pouco absorvidos , Absorção


rápida/emergencial ,Baixa perda de dose , Para pacientes difíceis,
inconscientes e intolerantes
• Desvantagens: Não tem como retroceder a dose administrada,
Exigência de esterilidade, Mais cara, Exige pessoal, treinado para
administração.

• Formas farmacêuticas: Soluções e suspensões estéreis em água ou


óleo vegetal
Intravenosa:

• Solução aquosa .
• Único volume ou infusão controlada.
• Fármaco deve permanecer em solução após injeção, e não precipitar
(para evitar embolia).
Subcutânea (hipodérmica)
• Volumes > 2 mL (insulina).
• Permeia por difusão para capilares sanguíneos.
• Administrado com adição de vasoconstritor, para diminuir a absorção
(anestésicos locais com epinefrina).
Intramuscular:
• Administrada no músculo esquelético (glúteo, região lombar)
• Usada para fármacos irritantes da via SC Volume de 2 a 5 mL Soluções
aquosas, oleaginosas e suspensões
Intradérmica:
• No interior da pele
• Volume: 0,1 mL
• Para fins de diagnóstico
Ação local ou sistêmica
• Absorção maior:
• Fármacos em solução
• Coeficiente de partição O/A favorável
• Sem eletrólitos

Absorção pelos poros, glândulas sudoríparas e outras estruturas


anatômicas
Via cutânea
• Liberação transdérmica: adesivos e patchs
• Pomadas
• Cremes
• Pastas
• Emulsões
• Pós medicinais
• Loções
Via nasal

• São mais absorvidas, podem exercer efeito sistêmico


• Soluções ou suspensões (gotas ou aerossol)
Via auricular

• Efeito mais local


• Formas farmacêuticas mais viscosas
• Para amolecer cera, aliviar dor e combater infecção local
Via ocular

• Efeito mais local


• Soluções e suspensões estéreis
• Pomadas livres de partículas sólidas
• Diferentes formas: ocurset e lentes de contato
Via respiratória
• Pulmão: ótima superfície para administração de gases e aerossóis
• Alvéolos:
• Grande área de superfície (25 m²)
• Rápida absorção
• Efeito terapêutico comparado a I.V.
• Tamanho da partícula influencia na ação local ou sistêmica
Vias vaginal e uretral

• Efeito local, pode ocorrer sistêmico


• Comprimidos, pomadas, supositórios/óvulos, espumas, gel, solução

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