Dissertacao - Marcelo Magiero

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRICULTURA TROPICAL

MARCELO MAGIERO

PARCELAMENTOS E DOSES DE NITROGÊNIO E


POTÁSSIO APLICADOS NO CAFEEIRO CONILON,
VIA FERTIRRIGAÇÃO

São Mateus, ES
Maio de 2013
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRICULTURA TROPICAL

PARCELAMENTOS E DOSES DE NITROGÊNIO E


POTÁSSIO APLICADOS NO CAFEEIRO CONILON,
VIA FERTIRRIGAÇÃO

MARCELO MAGIERO

Dissertação apresentada à Universidade


Federal do Espírito Santo, como parte das
exigências do Programa de Pós-
Graduação em Agricultura Tropical, para
obtenção do título de Mestre em
Agricultura Tropical.

Orientador: Prof. Dr. Robson Bonomo

São Mateus, ES
Maio de 2013
Dados Internacionais de Catalogação-na-publicação (CIP)
(Biblioteca Central da Universidade Federal do Espírito Santo, ES, Brasil)

Magiero, Marcelo, 1981-


M194p Parcelamentos e doses de nitrogênio e potássio aplicados no
cafeeiro Conilon, via fertirrigação / Marcelo Magiero. – 2013.
49 f. : il.

Orientador: Robson Bonomo.


Coorientador: Fábio Luiz Partelli.
Dissertação (Mestrado em Agricultura Tropical) –
Universidade Federal do Espírito Santo, Centro Universitário
Norte do Espírito Santo.

1. Café - Crescimento. 2. Café – Rendimento. 3. Café –


Adubação. 4. Café – Irrigação. 5. Fertirrigação. 6. Café conilon. I.
Bonomo, Robson. II. Partelli, Fábio Luiz, 1979-. III. Universidade
Federal do Espírito Santo. Centro Universitário Norte do Espírito
Santo. IV. Título.

CDU: 63
PARCELAMENTOS E DOSES DE NITROGÊNIO E
POTÁSSIO APLICADOS NO CAFEEIRO CONILON,
VIA FERTIRRIGAÇÃO

MARCELO MAGIERO

Dissertação apresentada à Universidade


Federal do Espírito Santo, como parte das
exigências do Programa de Pós-
Graduação em Agricultura Tropical, para
obtenção do título de Mestre em
Agricultura Tropical.

Aprovada em 27 de maio de 2013.

Prof. Dr. Edvado Fialho dos Reis Prof. Dr. Ivoney Gontijo
Universidade Federal do Espírito Santo Universidade Federal do Espírito Santo

________________________________ ________________________________
Prof. Dr. Fábio Luiz Partelli Prof. Dr. Robson Bonomo
Universidade Federal do Espírito Santo Universidade Federal do Espírito Santo
(Co-orientador) (Orientador)
ii

Agradecimentos

A Deus pela saúde e pela luz de cada dia que me iluminou durante a
execução das atividades.
A minha família, em especial a meus pais Geuza e Roberto pela
oportunidade e apoio para alcançar o objetivo deste trabalho.
A minha esposa Geruza pelo auxilio durante as avaliações do experimento e
pelo apoio nos momentos de dificuldade que ocorreram durante esse período.
A minha família por ter cedido a área para instalação do experimento.
A Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(CAPES), pela concessão da bolsa de estudo.
Ao orientado professor Robson Bonomo, pela disponibilidade, apoio,
paciência, amizade e pela confiança que me foi depositada para condução desse
trabalho.
Ao co-orientador Fábio Luiz Partelli pela amizade, apoio e pelas dicas.
A Universidade Federal do Espírito Santo/ CEUNES pela oportunidade de
realização do curso de pós-graduação em Agricultura Tropical.
Aos colegas de Mestrado, Diego e Joabe pelo auxilio e colaboração durante
esse período.
Aos professores do PPGAT e colegas de turma que de alguma forma
colaboraram para realização desse curso de pós-graduação.
iii

SUMÁRIO

RESUMO ....................................................................................................................iv
ABSTRACT ................................................................................................................vi
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................01
2. REVISÃO DE LITERATURA .................................................................................03
3. MATERIAL E MÉTODOS ......................................................................................08
3.1. Caracterização do local ..................................................................................08
3.2. Delineamento experimental ...........................................................................10
3.3. Distribuição dos fertilizantes .........................................................................11
3.4. Caracterização do sistema de injeção e sistema de irrigação ......................14
3.5. Manejo da irrigação .......................................................................................14
3.6. Metodologia de avaliação das variáveis de desenvolvimento vegetativos....18
3.7. Metodologia de avaliação da produtividade ...................................................18
3.8. Análise estatística...........................................................................................19
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO .............................................................................20
4.1. Crescimento vegetativo em centímetros.........................................................20
4.2. Crescimento vegetativo, emissão de entrenós...............................................25
4.3. Produção de café nas safras 2012 e 2013 ....................................................29
5. CONCLUSÕES .....................................................................................................36
6. REFERÊNCIAS .....................................................................................................38
iv

RESUMO
MAGIERO, Marcelo; M.Sc.; Universidade Federal do Espírito santo; Maio de 2013;
Parcelamentos e doses de nitrogênio e potássio aplicados no cafeeiro conilon,
via fertirrigação; Orientador: Robson Bonomo, Co-orientador: Fábio Luiz Partelli.

O Estado do Espírito Santo é o maior produtor de café Conilon e segundo maior


produtor de café do Brasil, com cerca de 77% e 25% da produção nacional
respectivamente, sendo de grande importância para a economia do Estado, estando
presente em 68% das propriedades rurais, com produção atual em torno de 12,5
milhões de sacas, sendo 75% Conilon e 25% Arábica. Destaca-se o predomínio de
pequenas propriedades de base familiar, com destaque para a região norte do
Estado do Espírito Santo, onde grande parte do cafeeiro Conilon é irrigado,
empregando diversos sistemas de irrigação existentes no mercado. O objetivo deste
trabalho foi avaliar diferentes parcelamentos das adubações e doses de fertilizantes
feitas por fertirrigação no cultivo do cafeeiro Conilon irrigado. O trabalho foi
conduzido em uma lavoura comercial de café Conilon (Coffea canephora),
coordenadas: lon: 40° 2’ 34’’; lat: 18° 40’ 27’’, localizada no município de São
Mateus, ES, altitude de 80m e precipitação média anual de 1080mm. A cultura foi
implantada em abril de 2010, irrigada por microaspersão, espaçamento 3,0 X 0,8m.
O experimento foi conduzido em um delineamento inteiramente ao acaso, em
parcelas subdivididas e quatro repetições, entre setembro de 2011 e janeiro de
2013, onde as parcelas corresponderam ao parcelamento das adubações anuais
sendo: três, nove, quinze e vinte e uma vezes no período de julho a abril de cada
ano safra, as subparcelas corresponderam às diferentes doses de nitrogênio e
potássio, estabelecidas de acordo com a 5ª aproximação do manual de calagem e
adubação para o Estado do Espírito Santo, sendo aplicado 60%, 80%, 100%, 120%,
140% e 160% da dose recomendada. Foi medido o crescimento vegetativo dos
ramos ortotrópico e plagiotrópico a cada 90 dias, realizada a contagem dos entrenós
dos mesmos e quantificado a produtividade e rendimento da safra 2012. Para o
parcelamento das adubações (parcela), apenas o crescimento e número de entrenós
do ramo plagiotrópico I não foi significativo e para os dados de produção, referentes
à safra de 2012, apenas a granulometria não foi significativa para os diferentes
parcelamentos das adubações. As diferentes doses influenciaram apenas o
v

crescimento do ramo plagiotrópico III (CPIII), as demais variáveis avaliadas não


apresentaram variação significativa. Para a interação foi significativo o crescimento
do ramo plagiotrópico II e o número de grãos nos ramos plagiotrópico I, II e III, ao
nível de 5% de probabilidade pelo teste de Tukey. Os dados demonstram que o
aumento no parcelamento das adubações tem efeitos positivos, no crescimento e
produção do cafeeiro Conilon. Para as doses dos nutrientes, houve diferença
significativa apenas para o crescimento do ramo plagiotrópico III, para os demais
tratamentos não houve diferença provavelmente em função da adubação residual do
cultivo anterior e o curto período de avaliação dos tratamentos, sendo necessário,
portanto, um período maior de avaliação para que se tenham dados mais
conclusivos.

Palavras-chave: Coffea canephora, Crescimento vegetativo, rendimento, adubação,


irrigação.
vi

ABSTRACT
MAGIERO, Marcelo; M.Sc.; Universidade Federal do Espírito santo; May 2013;
Installments and doses of nitrogen and potassium applied in conilon coffee,
fertigation; Advisor: Bonomo Robson, Co-advisor: Fábio Luiz Partelli.

The state of Espírito Santo is the largest coffee Conilon producer and the second
major coffee producer of Brazil, with about 77% and 25% of national production
respectively, occupying 68% of all rural proprieties, reaching approximately 12,5
million bags, being 75% Coffea canephora and 25% C. arabica. Being of great
importance for state economy. Stand out familiar properties, mainly on the north of
Espírito Santo, where the varieties of irrigation systems are largely used in coffee
plantations. The purpose of this work was to evaluate different subdivisions of
fertilization and fertilizers doses on coffee Conilon plantation irrigated, by
fertirrigation. The work was conducted in a commercial coffee Conilon farm (C.
canephora), coordinates: lon. 40° 2’ 34’’; lat. 18° 40’ 27’’, located on São Mateus ,
ES, Brazil, height 80m and average annual rainfall 1080mm. The coffee was planted
in April 2010, irrigated by drip irrigation system, with spacing 3,0 X 0,8m. The
experiment was carried out in a completely randomized design, in subdivided plot
and four repetitions, between September 2011 and January 2013, where the parcels
corresponded the to the different divisions of the annual fertilization, being: three,
nine, fifteen and twenty-one times within period of July and April of each year. The
sub parcels corresponded to the different doses of Nitrogen and Potassium, being:
60%, 80%, 100%, 120%, 140% and 160% of recommended doses by the 5 th
approach manual liming and fertilization for the State of Espírito Santo. Was
measured vegetative growth of orthotropic and plagiotropic branches every 90 days,
the counting of their internodes and quantified yield and productivity of 2012 harvest.
For the parcels (subdivisions), only the growth and internodes number of the
plagiotropic branch I, didn’t was significant, in 2012 harvest just granulometry didn’t
was significant to different divisions of the annual fertilization. The different fertilizers
doses only influenced the growth of plagiotropic branch III (CPIII), the other assessed
variables showed no significant variation. For interaction was significant the growth of
plagiotropic branch II and the number of grains on plagiotropic branch I, II and III,
vii

compared by Tukey’s test at 5% of probability. The data demonstrate that increase of


divisions of fertilizer, have positive effects on growth of Conilon coffee plant. For the
different doses of Nitrogen and Potassium, there was significant difference to growth
of plagiotropic branch III, however all others treatments showed no significant
variation. It is likely to be due the residual fertilization of last crop and the short period
of treatment evaluation, being necessary a larger time of evaluation, in order to have
more conclusive data.

Key-words: Coffea canephora, Vegetative growth, Yield, Fertilization, Irrigation.


1

1. INTRODUÇÃO

O Estado do Espírito Santo possui a segunda maior área plantada de café,


totalizando 491,5 mil hectares sendo 62% desta cultivada com Conilon e 38% com
Arábica, destacando-se como maior produtor nacional da variedade Conilon. Em
2012 foram produzidas 12,5 milhões de sacas beneficiadas, um incremento de 8%
no volume total comparado ao ano anterior, aumento obtido através da renovação e
revigoramento do parque cafeeiro (CONAB, 2013). O Estado destaca-se como o
segundo maior produtor de café do Brasil, com cerca de 25% da produção nacional,
com grande importância para o cenário econômico e social, com geração de
emprego e renda para os produtores, garantindo a fixação do homem no campo e
receita para o Estado (FASSIO & SILVA, 2007). O café é produzido em
aproximadamente 68% das propriedades rurais do Espírito Santo, com destaque
para o predomínio de pequenas propriedades de base familiar de onde tiram o
sustento (CETCAF, 2013).
O desenvolvimento de novas técnicas de cultivo e variedades melhoradas,
foram os grandes responsáveis pelo aumento da produtividade e qualidade do café
Conilon produzido no Estado (FERRÃO et al., 2007), com um incremento de 100%
na produção total sem aumento de área em dez anos, sendo esse resultado
2

alcançado apenas com aumento de produtividade, destacando-se no cenário


nacional com valores superiores a outros Estados e da média nacional (CONAB,
2013).
Para o norte do Estado do Espírito Santo que se caracteriza pela ocorrência
de veranicos que impossibilitam altas produtividades, o uso da irrigação tem
minimizado seus efeitos, possibilitando incrementos em produtividade que podem
variar de 20% a 260% dependendo do material genético usado (SILVA & REIS,
2007), com o suprimento da necessidade hídrica do cafeeiro. Para isso diferentes
sistemas de irrigação são empregados para a cultura.
Grande parte da cafeicultura do norte do Estado do Espírito Santo está
associada à irrigação, que além de suprir as necessidades hídricas das plantas,
possibilitam a aplicação de insumos via água de irrigação. A aplicação dos
fertilizantes via água de irrigação é uma das práticas muito usada, denominada
fertirrigação. O uso da fertirrigação tem grande potencial para a região cafeeira do
norte do Estado do Espírito Santo, onde estima que encontra-se de 60 a 65% da
área de café irrigado do país apresentando inúmeras vantagens, com redução de
mão de obra, além de maximizar o aproveitamento dos fertilizantes, reduzindo as
perdas.
Apesar das vantagens que a fertirrigação pode trazer, não existem
informações referendadas por pesquisas que possam ser usadas para
recomendação de adubação do cafeeiro Conilon para aplicação dos fertilizantes via
fertirrigação, considerando a maximização do aproveitamento dos nutrientes
associada a melhor metodologia de aplicação, que pode gerar uma economia de
insumos.
Para o sucesso dessa técnica, os sistemas de irrigação devem ser bem
dimensionados, pois a eficiência da adubação via irrigação está diretamente
relacionada à eficiência da irrigação e ao bom funcionamento do sistema, além da
determinação da quantidade de água que deve ser aplicada, considerando a água
um recurso escasso em determinadas regiões e épocas do ano, ressaltando que o
excesso pode levar a perdas de nutrientes por percolação. Baseada na realidade e
necessidade da região, o presente trabalho tem por objetivo avaliar para o cafeeiro
Conilon irrigado, o parcelamento e as diferentes doses de nitrogênio e potássio para
a cultura.
3

2. REVISÃO DE LITERATURA

Diante da crescente necessidade de produzir mais alimentos, de forma


sustentável, o melhoramento genético e o uso de novas técnicas têm impulsionado o
aumento da produção total de café em grandes proporções, sem o incremento de
novas áreas (FERRÃO et al., 2007) e (CETCAF, 2013). No Estado do Espírito Santo
ocorreu em treze anos um incremento na produção de 8,5 milhões de sacas
beneficiadas, apenas com aumento de produtividade, passando de uma
produtividade média de café de 7,6 sc ha -1, para 27,8sc ha-1 beneficiadas de café,
sendo a produtividade média de café Conilon de 34,68 sc ha -1 e 16,40 sc ha-1 para o
Arábica (CONAB,2013).
O desenvolvimento de novas técnicas de implantação e condução das
lavouras do cafeeiro Conilon tem viabilizado o aumento da produtividade, sendo
essas novas técnicas de cultivo aderidas pelos produtores em suas propriedades. A
busca de alta produtividade da lavoura deve ser cercada de alguns cuidados,
iniciando com mudas de alta qualidade, que devem ser adquiridas de viveiristas
idôneos, que possuam jardins clonais com os materiais genéticos com maior
potenciais de produção e adaptadas ao Estado (FONSECA et al., 2007). Outro ponto
de grande importância, é o preparo do solo para a instalação da lavoura, que
refletirá diretamente no sucesso da mesma. O preparo do solo visa melhorar as
4

condições de instalação da cultura, preservando os solos e as recomendações de


adubação devem ser baseadas nas análises do solo da área a ser implantada a
lavoura (LANI et al., 2007).
O uso da poda programada de ciclo nas lavouras de Conilon, tem garantido
maior longevidade às lavouras, uniformizando as áreas e reduzindo custos com mão
de obra para a poda e também no processo de colheita, além de garantir aumento
de produtividade e qualidade do Conilon (INCAPER, 2010).
Outro fator de grande importância no incremento de produtividade das
lavouras de Conilon é a irrigação, que permite suprir a demanda hídrica das plantas
nos períodos de déficit hídrico. No Estado do Espírito Santo, 58% das áreas
produtoras apresentam déficit hídrico, principalmente a região norte do Estado, que
podem comprometer o bom desenvolvimento da cultura (PEZZOPANE et al., 2010).
Com o uso da irrigação, além do suprimento adequado de água, o manejo
da adubação pode ser melhor ajustado, possibilitando distribuir melhor os nutrientes
durante o ano safra da cultura, reduzindo o intervalo entre as adubações
maximizando o aproveitamento dos nutrientes pelas plantas.
Alves et al. (2000), em experimento realizado com café Arábica, sob
diferentes regimes hídricos e parcelamentos das adubação, verificou que o uso da
irrigação influenciou positivamente na avaliação de fatores diretamente ligados à
produtividade, o parcelamento produziu efeito apenas para o crescimento do
primeiro ramo plagiotrópico, sendo o parcelamento em três vezes superior aos
demais para esse parâmetro.
Para o uso da irrigação, é recomendado que seja adotado um método de
manejo de irrigação para quantificar quando e quanto irrigar, pois os recursos
hídricos são escassos e o excesso de água pode causar distúrbios de natureza
química ou biológica nas plantas. Outro fator de grande importância como já citado,
é o parcelamento das adubações, diante disso deve ser ressaltada a importância do
uso dessas técnicas, que garantem, um melhor vigor, desenvolvimento das plantas,
e aumento na produtividade.
Na irrigação do cafeeiro, em geral, são usados sistemas pressurizados que
permitem fazer a aplicação dos fertilizantes via água de irrigação. A fertirrigação
apesar da falta de dados estatísticos que comprovem, está sendo muito usada pelos
produtores de frutas e verduras da região nordeste (VILLAS BÔAS & SOUZA, 2008),
o mesmo tem sido observado no cafeeiro Conilon, porém existem poucos trabalhos
5

científicos sobre o tema voltado para o cafeeiro Conilon, que sirva de suporte técnico
para orientação dos produtores. De modo geral, a fertirrigação aumenta a eficiência
no uso dos fertilizantes, reduzindo as perdas (VIEIRA et al., 2001).
Apesar de poucos estudos que auxiliam na determinação de quanto aplicar,
sabe-se que com essa prática reduz-se a necessidade de mão de obra, aumenta-se
a eficiência do uso dos fertilizantes levando a altas produtividades quando
comparado a sistemas convencionais de adubação (BRAGANÇA et al., 2007). As
recomendações de adubação via fertirrigação têm sido feitas com base nos
circulares de recomendação para adubação convencional, não dispondo de
informações específicas para cada cultura (VILLAS BÔAS & SOUZA, 2008). Diante
dessas observações, conclui-se que as altas produtividades observadas nas
lavouras fertirrigadas, estão associadas ao aumento na eficiência dos fertilizantes
promovido pela aplicação do mesmo via água de irrigação. Outro ponto que deve ser
observado é que, se o aumento na eficiência dos fertilizantes tem aumentado a
produtividade das lavouras, significa que mesmo sem o uso da aplicação dos
fertilizantes via irrigação, a cultura tem um potencial de produção maior que os
usados nos parâmetros para recomendação de adubação, salientando que um bom
cronograma de adubação associado à irrigação pode dar respostas significativas
aumentando as doses de fertilizantes ou reduzindo custo com as doses que
realmente devem ser aplicadas.
Para um bom cronograma de nutrição do cafeeiro Conilon, considerando as
necessidades e fatores econômicos, o passo inicial é fazer a análise do solo.
Comparando os valores obtidos com os tabelados, em função da produção esperada
e estágio de desenvolvimento das plantas, determina-se as quantidades de
nutrientes a serem aplicados (PREZOTTI et al., 2007). Neste momento é
considerado o fator econômico, principalmente quando a adubação é feita através
de fertirrigação, onde os produtos específicos para esse fim são de alto custo, se
tornando muitas vezes inviáveis economicamente (PREZOTTI et al., 2007). Como
fonte alternativa, os produtos mais usados são a uréia (45% N) e o cloreto de
potássio branco (60% K2O), pois são fontes utilizadas também em adubações
convencionais e apresentam solubilidade que satisfazem os requisitos para
fertirrigação. Além da uréia, fonte de nitrogênio e cloreto de potássio, fonte de
potássio, os demais nutrientes não podem deixar de ser considerados, inclusive os
6

micro nutrientes que são requeridos em pequenas quantidades, mas são limitantes
em ausência.
Os adubos com alta solubilidade, especialmente os nitrogenados, devem
ser aplicados no momento de necessidade da planta. No caso específico do
cafeeiro, existe uma demanda contínua durante seu ciclo, variando apenas em
quantidade para cada estágio (FULLIN et al., 2007). Diante dessas observações,
constata-se que o parcelamento das adubações, aplicadas via fertirrigação, é de
grande importância para lavouras altamente produtivas, onde são utilizadas altas
doses dos fertilizantes, assim maximiza-se o seu aproveitamento estando os
mesmos, sempre disponíveis para as plantas, reduzindo as perdas.
Vieira et al., (2001), em experimento com café Arábica concluiu que o uso da
fertirrigação aumentou significativamente a produtividade da lavoura e também
observou resultados positivos quanto à resposta da lavoura ao aumento nas doses
de nitrogênio e potássio, acima do recomendado pela literatura, não podendo ser
conclusivo devido o ciclo bianual do mesmo, sendo que as avaliações
compreenderem apenas um ano safra. As avaliações compreenderam os seguintes
tratamentos: T1: 400 kg de N + 400 kg de K2O; T2: 440 kg de N + 440 kg de K2O;
T3: 480 kg de N + 480 kg de K2O; T4: 560 kg de N + 560 kg de K2O; T4: 600 kg de N
+ 600 kg de K2O e NI: 400 kg de N + 400 kg de K2O, não irrigado. O tratamento 4
apresentou os melhores resultados para produtividade, apesar de baixa, 31 sacas
ha-1.
Em experimento conduzido no sul de Minas Gerais, com cafeeiro Arábica,
Guimarães et al., (2010), avaliaram diferentes doses de nitrogênio e potássio,
aplicados via fertirrigação, variando de 70% à 190% da recomendação para
cafeeiros não irrigados e dois parcelamentos, quatro e doze aplicações mais as
testemunhas sem irrigação com quatro aplicações dos fertilizantes. Para o
crescimento das plantas, o parcelamento em doze parcelas foi superior, quanto às
doses não houve diferença estatística. Com base nos dados, observa-se que com o
uso da fertirrigação, pode-se reduzir as doses de fertilizantes recomendadas para
70% da recomendação básica feita para cultivo em sequeiro, distribuídos em doze
parcelas anuais.
Esses resultados reforçam as observações feitas por vários autores, que a
adubação via fertirrigação e o parcelamento das mesmas, maximizam o
aproveitamento dos nutrientes pelas plantas, resultando em ganho de crescimento,
7

produtividade e redução de custos com fertilizantes. As recomendações de


adubação ainda são pouco específicas para cada tipo de cultivo, sendo diferido
apenas cultivo de sequeiro e irrigado para algumas culturas. Devido à ausência de
dados científicos para uma melhor apresentação, para café Arábica. Coelho et al.,
(2004), avaliou diferentes parcelamentos da adubação por fertirrigação, adubação
convencional, época de irrigação e testemunha sem irrigação para o café Arábica,
os resultados mostraram que apenas o uso da irrigação com adubação convencional
e aplicação dos fertirrigação por fertirrigação foram superiores em 92% e 186%
respectivamente, comparados a testemunha sem irrigação. O parcelamento em:
quatro, doze, vinte e quatro e trinta e seis vezes não diferiram entre si.

Nas pesquisas cafeeiras foram desenvolvidos vários trabalhos que servem


de suporte para a condução das lavouras, buscando novas técnicas para
recomendação de adubação, com base no grau tecnológico e realidade de cada
lavoura. Por outro lado, observar-se que a fertirrigação é uma técnica já bastante
usada, com grande potencial de emprego em novas áreas, podendo agregar
aumento na produtividade e redução de custos com mão de obra e otimização no
uso dos insumos. Porém, poucos trabalhos foram realizados para servir de base
para recomendação aos usuários desta tecnologia.
8

3. MATERIAL E MÉTODOS

3.1. Caracterização do local.

O experimento foi conduzido em uma lavoura comercial de café Conilon


(Coffea canephora). A área está localizada no município de São Mateus, ES,
coordenadas: long. 40° 2’ 34’’; lat. 18° 40’ 27’’, altitude de 80 m, precipitação média
anual de 1.080mm e temperatura média anual do ar de 25,5ºC, valores estes,
médios do período de 2003 a 2012, observados em uma estação agrometeorológica
instalada a 500 metros do local do experimento.
Na condução do experimento foi avaliado um único clone, selecionado na
própria região, que tem apresentado alto potencial produtivo e adaptação ao clima,
identificado como “Bamburral”. A área foi transplantada em abril de 2010,
espaçamento 3,0m x 0,8m, irrigada por microaspersão, (microaspersores 40Lh -1, a
200 kPa), com uma lateral para irrigar duas linhas do cafeeiro. O cultivo foi feito em
linha, com quatro linhas composta de clones únicos (Bamburral), intercaladas com
uma linha composta por uma mistura de clones, que garante a polinização e boa
produtividade da lavoura.
9

O solo do local é um latossolo vermelho amarelo, de textura argila arenosa,


predominando topografia plana, com declividade inferior a 1%. Foi retirada uma
amostra composta de solo da área para a realização da análise química às
profundidades de 0-20 e 20-40 cm, antes da aplicação dos tratamentos segundo as
metodologias descritas em EMBRAPA (1997), para a recomendação para safra
2012, foi realizada análise do solo a profundidade 0-20 cm, TABELA 1.

TABELA 1: Dados análise de solo safra 2012 e 2013:


Parâmetro Safra 2012 Safra 2013
Unidade
analisado 0-20 cm 20-40 cm 0-20 cm
Fósforo mg/ dm3 55 19 58
Potássio mg/ dm3 130 97 95
Enxofre mg/ dm3 138 - 11
Cálcio cmol 2,3 1,8 2,1
Magnésio cmol 0,5 0,4 0,4
Alumínio cmol 0,0 0,0 0,2
pH em H2O - 5,7 5,7 5,5
Matéria orgânica dag kg-1 1,6 1,1 1,7
Ferro mg/ dm3 41 - 30
Zinco mg/ dm3 8,6 - 12,2
Cobre mg/ dm3 2,5 - 2,3
Manganês mg/ dm3 88 - 52
Boro mg/ dm3 0,52 - 0,79
Sódio mg/ dm3 50 38 45
CTC efetiva cmol 3,1 2,4 2,9
CTC a pH 7 cmol 5,3 4,2 5,3
Saturação de bases % 58,7 57,6 51,3
10

3.2. Delineamento experimental.

O experimento foi instalado em um delineamento inteiramente casualizado


(DIC), em parcelas subdivididas, com quatro parcelas (parcelamento das
adubações), seis subparcelas (doses do fertilizante), e quatro repetições. Cada
subparcela foi composta por três plantas. Para as avaliações de desenvolvimento
vegetativo foram usadas duas plantas e para as avaliações de produtividade foram
colhidas as três plantas, de cada repetição.
Nas avaliações de desenvolvimento vegetativo, foram identificados dois
ramos ortotrópicos em cada uma das duas plantas, localizados em lados opostos em
cada uma das plantas, (leste x oeste). Para avaliação do ramo plagiotrópico, foram
identificados três ramos em cada planta: o ramo plagiotrópico I, identificado em
setembro de 2011; o ramo plagiotrópico II, identificado em dezembro de 2011; e o
ramo plagiotrópico III, identificado em março de 2012.
Nas parcelas os adubos foram distribuídos em quatro diferentes
parcelamentos e nas subparcelas foram aplicadas seis diferentes doses de N e K 2O.
PARCELAS: Parcelamento da adubação anual.
- Nível 1: Três parcelas (P3).
- Nível 2: Nove parcelas (P9).
- Nível 3: Quinze parcelas (P15).
- Nível 4: Vinte e uma parcelas (P21).
SUBPARCELAS: Diferentes doses de N e K2O, estabelecidas de acordo
com o Manual de Calagem e Adubação para o Estado do Estado do Espírito Santo,
5ª Aproximação (PREZOTTI et al., 2007).
- Subnível 1: 60% da dose recomendada (NK60).
- Subnível 2: 80% da dose recomendada (NK80).
- Subnível 3: 100% da dose recomendada (dose padrão) (NK100).
- Subnível 4: 120% da dose recomendada (NK120).
- Subnível 5: 140% da dose recomendada (NK140).
- Subnível 6: 160% da dose recomendada (NK160).
11

3.3. Distribuição dos fertilizantes.

As quantidades de fertilizantes a serem aplicadas, foram determinadas pelo


manual de calagem e adubação para o Estado do Estado do Espírito Santo, 5ª
aproximação (PREZOTTI et al., 2007). Para os nutrientes nitrogênio e potássio, as
doses para cada nível foram determinadas, tendo como dose padrão, a dose 100%
(NK100), aplicada no subnível 3 das subparcelas, sendo a produtividade esperada
para recomendação também estimada nesta subparcela. Para os demais nutrientes,
não foi feita alteração na dosagem recomendada, sendo aplicada a mesma
quantidade anual, para todos os tratamentos.
A recomendação de adubação para safra 2012 foi baseada em uma
produtividade esperada de 80 sc ha-¹ de café beneficiado e para safra 2013,
estimou-se uma produtividade de 120 sc ha-1 (TABELA 2).

TABELA 2. Recomendação de adubação com nitrogênio e potássio, para as safras


2012 e 2013.
Nível 1 à 4 → (P3, P9, P15 e P21)
kg ha-1 nutriente safra 2012 kg ha-1 nutriente safra 2013
Subníveis ↓
N K2O N K2O
NK60 264 162 300 240
NK80 352 216 400 320
NK100 440 270 500 400
NK120 528 324 600 480
NK140 616 378 700 560
NK160 704 432 800 640
Recomendação de acordo a 5ª aproximação para o Estado do Estado do Espírito Santo,
produtividade esperada 80 sc ha-1 safra 2012 e 120 sc ha-1 safra 2013.

Os fertilizantes foram distribuídos durante o ano safra iniciando, entre julho e


abril de cada período, conforme cronograma para a safra 2012 (TABELA 3) e safra
2013 (TABELA 4).
12

TABELA 3. Cronograma de adubação para cada nível de parcelamento para a safra


2012.
Níveis de parcelamento → P3 P9 P15 P21

Intervalo médio → 76 dias 25 dias 15 dias 11 dias

N° de adubações Data adubações 2011/2012

1ª 15/9 15/9 15/9 15/9


2ª 30/11 10/10 30/9 25/9
3ª 14/2 4/11 15/10 6/10
4ª 30/11 30/10 17/10
5ª 25/12 14/11 28/10
6ª 19/1 30/11 8/11
7ª 14/2 15/12 19/11
8ª 10/3 30/12 30/11
9ª 4/4 14/1 10/12
10ª 29/1 21/12
11ª 14/2 1/1
12ª 29/2 12/1
13ª 15/3 23/1
14ª 30/3 3/2
15ª 14/4 14/2
16ª 24/2
17ª 6/3
18ª 17/3
19ª 28/3
20ª 8/4
21ª 19/4
13

TABELA 4. Cronograma de adubação para cada nível de parcelamento para a safra


2013.
Níveis de parcelamento → P3 P9 P15 P21

Intervalo médio → 76 dias 25 dias 15 dias 11 dias

N° de adubações Data adubações 2012/2013

1ª 15/8 15/8 15/8 15/8


2ª 9/11 12/9 1/9 27/8
3ª 3/2 11/10 18/9 8/9
4ª 9/11 5/10 20/9
5ª 7/12 22/10 3/10
6ª 5/1 9/11 15/10
7ª 3/2 26/11 27/10
8ª 3/3 13/12 9/11
9ª 1/4 30/12 21/11
10ª 16/1 3/12
11ª 3/2 15/12
12ª 20/2 28/12
13ª 9/3 9/1
14ª 26/3 21/1
15ª 12/4 3/2
16ª 15/2
17ª 27/2
18ª 11/3
19ª 24/3
20ª 5/4
21ª 17/4
14

3.4. Caracterização do sistema de injeção e sistema de irrigação.

Para injeção dos fertilizantes, foi usada uma bomba de diafragma com
alimentação elétrica por bateria de 12V, acoplada a um reservatório capacidade 20
L, onde os fertilizantes ureia (N) e cloreto de potássio branco (K2O), foram diluídos,
filtrados e posteriormente injetados. As injeções de fertilizantes foram feitas com um
tempo médio de injeção de aproximadamente 20 minutos para cada subnível das
doses, em cada nível de parcelamento dos nutrientes.
O sistema de irrigação usado foi microaspersão, vazão do emissor 40L h-1,
pressão de serviço 200 kPa. Os emissores foram instalados em linhas alternadas as
de plantio, espaçamento 6m entre linhas laterais e 3m de espaçamento entre os
emissores, com uma intensidade de aplicação de água de 2,22 mm h -1 com uma
lateral de emissores para irrigar duas linhas de plantio de cafeeiro. A água para
irrigação foi captada no rio São Mateus, submetida à filtragem em filtro de areia e de
disco para eliminar as impurezas que causam entupimento, que poderiam
comprometer o bom desenvolvimento do sistema.

3.5. Manejo da irrigação.

O manejo de água de irrigação foi feito em turno variável, sendo realizado


até duas irrigações por semana de acordo com a época do ano. A lâmina de
irrigação a ser aplicada, foi determinada a partir dos valores da evapotranspiração
de referência estimados pela equação de Hargreaves e Samani (ALLEN et al.,
1998).
ETo= 0,0023*(Tmax.- Tmin.)0,5*(Tmed.+17,8)*Ra*0,408
Em que:
- ETo: Evapotranspiração de referência, em mm.
15

- Tmax: Temperatura máxima diária em °C.


- Tmin: Temperatura mínima diária em °C.
- Tmed: Temperatura média diária em °C.
- Ra: Radiação no topo da atmosfera, em MJ m-2 dia-1.
A evapotranspiração da cultura do cafeeiro para as condições locais de
cultivo irrigado por microaspersão foi determinada da seguinte forma:
ETloc = ETo*Kc*Kl
Em que:
- ETloc: Evapotranspiração média para irrigação localizada.
- ETo: Evapotranspiração potencial de referência, em mm.
- Kc: Coeficiente da cultura (utilizado o valor constante de 0,90).
- Kl: Fator de ajuste devido à aplicação localizada da água.
O valor do coeficiente para irrigação localizada (Kl) foi estimado segundo
metodologia de Keller e Bliesner (1990), na seguinte forma:
Kl = 0,1 P0,5
Em que:
- P: porcentagem de área sombreada ou molhada, utilizando a que
for maior.
Na tabela 5 estão apresentados os valores de temperatura e precipitação
ocorridos no período de setembro de 2011 à janeiro 2013, bem como, os valores de
lâminas de irrigações aplicadas (FIGURA 1 e 2).
16

TABEALA 5. Dados meteorológicos e de irrigação medidos e aplicados no período


de setembro de 2011 à janeiro 2013.
Temperatura °C
Precipitação Irrigação Total
Mês Máxima Mínima
Média mm mm mm
média média

set/11 28,3 16,7 22,5 14,6 66,1 80,7


out/11 27,7 20,3 24,0 124,5 17,8 142,2
nov/11 27,7 19,6 23,7 171,3 17,8 189,0
dez/11 30,4 22,1 26,2 138,5 17,8 156,3
jan/12 31,0 22,2 26,6 87,6 38,6 126,2
fev/12 32,2 22,6 27,4 49,0 48,8 97,8
mar/12 32,7 21,9 27,3 36,4 68,2 104,5
abr/12 32,3 21,7 27,0 19,8 88,1 108,0
mai/12 28,6 19,7 24,2 41,6 13,3 54,9
jun/12 29,2 19,8 24,5 35,6 0,0 35,6
jul/12 28,4 17,8 23,1 51,3 17,8 69,0
ago/12 26,7 17,8 22,2 175,5 17,8 193,3
set/12 28,8 18,8 23,8 44,6 51,1 95,6
out/12 30,6 19,9 25,3 27,5 51,1 78,5
nov/12 29,6 22,0 25,8 184,3 17,8 202,0
dez/12 34,0 22,5 28,2 19,6 81,5 101,1
jan/13 33,0 22,5 27,8 156,6 78,8 235,4
Total 1.378 692 2.070
17

35
33
31
29
Temperatura °C

27
25
23
21
19
17
15
nov/11
out/11

fev/12
jan/12

jun/12

jan/13
mai/12

dez/12
nov/12
jul/12
set/11

out/12
dez/11

abr/12

ago/12
set/12
mar/12

Temparatura máxima Temperatura mínima Temperatura média

FIGURA 1: Temperaturas máxima, mínima e media observadas entre setembro de


2011 e janeiro de 2013.

260
240
Milimetros de chuva e irrigação

220
200
180
160
140
120
100
80
60
40
20
0
nov/11
out/11

fev/12
jan/12

jun/12

jan/13
mai/12

dez/12
nov/12
jul/12
set/11

out/12
dez/11

ago/12
abr/12

set/12
mar/12

Precipitação mm Irrigação mm Total mm


FIGURA 2: Precipitação, irrigação e lamina total de água aplicada na área por
irrigação mais chuva ocorrida no período.
18

3.6. Metodologia de avaliação das variáveis de desenvolvimento


vegetativos.

As avaliações foram realizadas trimestralmente, iniciando em setembro de


2011, quando foram identificados para cada repetição, quatro ramos ortotrópicos e
quatro plagiotrópicos, (plagiotrópico I), em dezembro de 2011, foi identificado o
segundo ramo plagiotrópico (plagiotrópico II) e em março de 2012 o terceiro ramo
plagiotrópico (plagiotrópico III).
O crescimento e contagem dos entrenós, dos ramos ortotrópicos e
plagiotrópicos previamente identificados, foram realizados em dezembro de 2011,
março de 2012, julho de 2012, outubro de 2012 e janeiro de 2013. Em dezembro de
2011, foi avaliado o ramo ortotrópico, o plagiotrópico I e marcado o último
plagiotrópico (plagiotrópico II), em março de 2012, foi avaliado o ramo ortotrópico, o
plagiotrópico I e plagiotrópico II, e marcado o último plagiotrópico (plagiotrópico III),
emitido até a data. Em julho de 2012, outubro de 2012 e janeiro de 2013, foi avaliado
o ramo ortotrópico, plagiotrópico I, plagiotrópico II e o plagiotrópico III.

3.7. Metodologia de avaliação da produtividade.

Para determinação da produtividade, da safra 2012, foram colhidas


separadamente três plantas de cada repetição, mediu-se a produção em L planta-1,
foi coletada uma amostra de 4 litros de café maduro, secada ao sol, beneficiada e a
partir destes valores foram determinadas: a relação sacos de oitenta litros de café
maduro (“café da roça”) para cada saca de 60 kg beneficiada; a produtividade em
sacas beneficiada por hectare; e a granulometria dos grãos, considerando peneiras
no 13 ou superior.
19

Para a estimativa da produtividade da safra 2013, foi feita uma avaliação,


colhendo e contando os frutos dos ramos plagiotrópicos I, II e III, identificados nas
avaliações de desenvolvimento vegetativo e estimado a produção para a safra 2013
em número de grãos presentes nos ramos plagiotrópicos marcados de cada planta.
Considerando que o número de grãos está diretamente relacionado com a
produtividade da planta.

3.8. Análise estatística.

Para análise estatística, os dados foram submetidos à análise de variância.


Para os fatores onde houve significância foi feita análise de regressão para os
resultados referentes às diferentes doses de nitrogênio de potássio (subníveis) e as
médias dos níveis referente aos parcelamentos das adubações foram comparadas
pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Nas análises foi usado o programa
ASSISTAT, versão 7,6 beta (SILVA, 2012).
20

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1. Crescimento vegetativo em centímetros.

Os níveis dos diferentes parcelamentos das adubações apresentaram


variações significativas para as avaliações de crescimento do ramo plagiotrópico II
(CPII) e plagiotrópico III (CPIII), para o crescimento do ramo ortotrópico (CO), porém
para o crescimento do ramo plagiotrópico I (CPI) a análise de variância não foi
significativa (TABELA 1). Para os níveis de parcelamento das adubações que as
avaliações foram significativas, os dados mostram a importância do parcelamento
das adubações. Para o crescimento do ramo plagiotrópico II, os maiores
crescimentos foram obtidos para o parcelamento das adubações em nove e vinte e
uma vezes, que foram superiores, no entanto iguais entre si (TABELA 2).
21

TABELA 1. Quadrados médios da análise de variância das variáveis de


desenvolvimento das plantas crescimento ortotrópico (CO), crescimento do ramo
plagiotrópico I (CPI), II (CPII) e III (CPIII) referente aos tratamentos parcelamentos e
doses de nitrogênio e potássio.
QM
FV GL
CO CPI CPII CPIII
Trat. A 3 677,38 ns 10,96 ns 138,32** 324,98**
Resíduo A 12 282,87 42,50 17,90 38,07
Trat. B 5 87,80 - 77,01 - 24,38 - 46,28 -
Int. TAxTB 15 90,99 ns 30,81 ns 27,91* 20,33 ns
Resíduo B 60 61,72 38,41 12,81 15,94
- Os tratamentos são quantitativos. O Teste F não se aplica.
** significativo ao nível de 1% de probabilidade.
* significativo ao nível de 5% de probabilidade.

Para o crescimento do ramo plagiotrópico III, o parcelamento em nove,


quinze e vinte e uma vezes foram superiores, no entanto os mesmos não diferiram
entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade (TABELA 2). Pôde ser observado
que o aumento no número de parcelas, que os fertilizantes foram distribuídos, levou
a um maior desenvolvimento das plantas, sendo os melhores resultados observados
para os parcelamentos igual ou superiores a nove vezes.
No entanto, para o crescimento do ramo plagiotrópico I, os tratamentos não
diferiram, isso pode ser explicado pela idade do ramo, pois os ramos plagiotrópicos,
apresentam uma maior taxa de crescimento na fase inicial de desenvolvimento
(FIGURA 1) reduzindo com o tempo (PARTELLI et al., 2010). Esse ramo foi
identificado no início da aplicação dos tratamentos, não sendo possível os
tratamentos influenciarem seu desenvolvimento, uma vez que o mesmo já se
encontrava na fase de maior taxa de crescimento, , disto somente pôde ser
observada diferenças significativas nos demais ramos plagiotrópico II e III. A curva
de crescimento dos ramos plagiotrópicos, corroboram com os dados de PARTELLI
et al., 2010, que concluiu que os ramos apresentam altas taxas de crescimento na
fase inicial apresentando redução no crescimento quando mais velhos.
22

TABELA 2. Média das variáveis de crescimento vegetativo para os diferentes níveis


de parcelamento das adubações.
Variável Níveis de parcelamento das adubações
CV%
avaliado P3 P9 P15 P21
comprimento (cm)
CO 88,30 a 96,94 a 94,46 a 100,99 a 17,66
CPI 72,54 a 73,44 a 73,52 a 74,19 a 8,88
CPII 52,38 c 56,92 ab 53,44 bc 57,08 a 7,70
CPIII 39,21 b 45,94 a 43,26 ab 47,65 a 14,02
Médias de crescimento do ramo ototrópico (CO), crescimento do ramo plagiotrópico I (CPI),
crescimento do ramo plagiotrópico II (CPII) e crescimento do ramo plagiotrópico III (CPIII), seguidas
peça mesma letra na linha não diferem entre si pelo teste de TUKEY à 5% de probabilidade

Os padrões de crescimento dos ramos ortotrópico e plagiotrópicos I (CPI), II


(CPII) e III (CPIII), podem ser observados na figura 1. Observa-se uma maior taxa de
crescimento na fase inicial nos ramos plagiotrópicos, comparado ao ortotrópico, que
apresenta um crescimento mais constante, com redução em sua taxa de
crescimento apenas no período de março a julho que coincide com a queda na
temperatura média e período final de maturação do fruto do cafeeiro.

100
90
Crescimento médio em cm

80
70
CO
60
50 CPI
40
CPII
30
20 CPIII
10
0

Periodo das avaliações


FIGURA 1. Curva de crescimento médio dos ramos ortotrópico (CO) e plagiotrópico I
(CPI), II (CPII) e III (CPIII) para os períodos avaliado.
23

Os subníveis dos tratamentos correspondentes às diferentes doses de N e


K2O, aplicadas nas subparcelas do experimento, com o objetivo de determinar a
melhor dose de adubação a ser aplicada no cafeeiro Conilon, não resultou em
diferenças significativas para a variável crescimento total do ramo ortotrópico (CO),
crescimento total do ramo plagiotrópico I (CPI), e crescimento do ramo plagiotrópico
III (CPIII), não sendo possível ajustar um modelo que descreva o desenvolvimento
das plantas submetidas a diferentes doses de nitrogênio e potássio (FIGURA 2).

100
90
Ŷ CO = 4,1711x + 90,585 R² = 0,4439ns
80
Crescimento (cm)

70
60 Ŷ CPI= -10,063x2 + 20,897x + 63,788 R² = 0,2963ns
50
40
30 Ŷ CPIII= 9,7145x2 - 19,414x + 52,484 R² = 0,5752ns

20
10
0
60% 80% 100% 120% 140% 160%
Diferentes doses de N e K 2O
Média CO Média CPI Média CPIII

FIGURA 2. Modelo ajustado para média do crescimento total do ramo ortotrópico


(CO), média de crescimento do ramo plagiotrópico I (CPI) e III (CPIII) em função dos
diferentes níveis de parcelamento submetidos aos diferentes subníveis de nitrogênio
e potássio.

As avaliações do crescimento do ramo plagiotrópico II marcado em


dezembro de 2011, apresentou interação significativa para os diferentes
parcelamentos e doses, para os subníveis NK60, NK100, NK120 e NK160.
Analisando os subníveis que foram significativas, as melhores médias observadas
para o subnível NK60 foram os níveis P3, P9 e P21, para o subnível NK100 os
níveis P15 e P21 e para o subnível NK160 os níveis P9 e P21 foram os superiores,
no entanto, para ambos parcelamentos as médias são estatisticamente iguais entre
si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade (TABELA 3).
24

TABELA 3. Teste de média do crescimento, em cm, do ramo plagiotrópico II, para a


interação dos diferentes parcelamentos e doses de nitrogênio e potássio.
Níveis de Subníveis das doses de N e K20
parcelamento NK60 NK80 NK100 NK120 NK140 NK160
P3 56,2 a 52,5 a 51,4 b 51,6 b 52,2 a 50,3 b
P9 60,7 ab 54,9 a 51,5 b 59,7 a 55,5 a 59,2 a
P15 50,6 b 52,6 a 54,1 ab 56,3 ab 53,9 a 52,1 b
P21 60,8 a 55,3 a 58,5 a 54,8 ab 58,1 a 54,9 ab
Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de TUKEY à 5% de
probabilidade.

Para o crescimento do ramo plagiotrópico II (CPII), os tratamentos com as


diferentes doses de nitrogênio e potássio foram significativos para os níveis onde os
fertilizantes foram distribuídos em três e quinze vezes, sendo os dados
representados por equações de segundo grau (FIGURA 3). Para o parcelamento em
três vezes (P3) e quinze vezes (P15) os modelos ajustados para o crescimento do
ramo plagiotrópico II apresentam um ponto de mínimo para a dose 140% para P3 e
máximo crescimento para a dose 115% para P15 (FIGURA 3).

65
Crescimento do ramo plagiotrópico II

60

55
(cm)

50
P3 = 7,0871x2 - 19,94x + 64,917 R² = 0,782*
P9 = 19,987x2 - 43,59x + 78,357 R² = 0,3793ns
45
P15 = -17,15x2 + 39,528x + 32,716 R²=0,9222*
P21 = -3,5952x + 61,038 R²=0,3043ns
40
60% 80% 100% 120% 140% 160%
Diferentes doses de N e K2O
P3 P9 P15 P21
FIGURA 3. Modelo ajustado para o crescimento total do ramo plagiotrópico II (CPII),
em função dos diferentes níveis de parcelamento submetidos aos diferentes
subníveis de nitrogênio e potássio.
25

4.2. Crescimento vegetativo, emissão de entrenós.

Para a determinação do desenvolvimento vegetativo baseado no número de


entrenós emitidos pelos ramos ortotrópico e plagiotrópicos, foram avaliados o
número de entrenós do ramo ortotrópico (NGO) e dos ramos plagiotrópicos I (NGPI),
II (NGPII) e III (NGPIII). Observou-se, assim como para o crescimento, efeito
significativo no número de entrenós emitidos para os diferentes números de
parcelamento que os fertilizantes foram distribuídos durante o ano safra do cafeeiro,
que resultou em maior emissão de entrenós.
As análises foram significativas para o número de entrenós emitidos pelos
ramos plagiotrópico II (NGPII) e III (NGPIII), para o número de entrenós emitidos
pelos ramos ortotrópico (NGO) e plagiotrópico I (NGPI) as análises não foram
significativas, não sendo observada diferença entre os diferentes níveis de
parcelamento das adubações durante o ano safra (TABELA 3).
TABELA 3. Quadrados médios da análise de variância das variáveis de
desenvolvimento vegetativo das plantas: número de gemas dos ramos ortotrópico
(NGO), plagiotrópico I (NGPI), II (NGPII) e III (NGPIII) referente aos tratamentos
parcelamentos e doses de nitrogênio e potássio.
QM
FV GL
NGO NGPI NGPII NGPIII
Trat. A 3 17,13 ns 3,64 ns 2,81 * 7,38*
Resíduo A 12 5,93 2,40 0,91 1,59
Trat. B 5 2,42 - 2,76 - 0,88 - 1,12-
Int. TAxTB 15 1,14 ns 1,86 ns 1,44 ns 0,74 ns
Resíduo B 60 1,50 1,92 0,94 0,72
- Os tratamentos são quantitativos. O Teste F não se aplica.
** significativo ao nível de 1% de probabilidade.
* significativo ao nível de 5% de probabilidade.

Para o número de entrenós emitidos pelos ramos plagiotrópico II (NGPII)


houve variação significativa, sendo as melhores médias observadas para o os
parcelamentos em três, nove e vinte e uma vezes, não havendo diferença entre as
médias desses tratamentos. Para o ramo plagiotrópico III (NGPIII), os maiores
valores para emissão de entrenós foram observados quando parcelou-se os
26

fertilizantes em nove, quinze e vinte e uma vezes, não diferenciando os valores entre
si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade (TABELA 4).
Verificou-se, portanto, que em geral, o aumento no parcelamento das
adubações promove um maior crescimento das plantas, quando compara-se os
tratamentos onde foram usados três, nove, quinze e vinte e uma aplicações dos
fertilizantes, no entanto, o parcelamento em nove ou mais vezes não diferiram
estatisticamente (TABELA 4).

TABELA 4. Média das variáveis de emissão de entrenós para os diferentes níveis de


parcelamento das adubações.
Variável Parcelamento das adubações
CV%
avaliada P3 P9 P15 P21
NGO 20,5 a 22,1 a 21,6 a 22,5 a 11,23
NGPI 17,5 a 16,9 a 16,6 a 16,8 a 9,12
NGPII 14,5 ab 14,8 a 14,0 b 14,4 ab 6,61
NGPIII 9,7 b 11,0 a 10,4 ab 10,8 a 11,99
Média do total de entrenós emitidos pelos ramos ortotrópico (NGO), plagiotrópico I (NGPI),
plagiotrópico II (NGPII), e plagiotrópico III (NGPIII) seguidas pela mesma letra na linha não diferem
entre si pelo teste de TUKEY à 5% de probabilidade.

A emissão de entrenós dos ramos ortotrópico e plagiotrópicos I, II e III estão


ilustrada na figura 4, onde pode ser analisado a curva de emissão de entrenós
semelhante a curva de crescimento em centímetros. Para o ramo ortotrópico, a
variação observada é causada pela variação climática durante o ano, diferente dos
ramos plagiotrópicos que apresentam uma alta taxa de crescimento na fase inicial,
reduzindo posteriormente, corroborando com os dados de Partelli et al., 2010.
27

24
22
Número médio de entrenós

20
18
16 NGO
14
12 NGPI
10
NGPII
8
6
NGPIII
4
2
0

Periodo das avaliações


FIGURA 4. Curva de crescimento para a média de entrenós emitidos pelos ramos
ortotrópico (NGO) e plagiotrópico I (NGPI), II (NGPII) e III (NGPIII), para os períodos
avaliados.

Os subníveis dos tratamentos correspondentes às diferentes doses de N e


K2O, aplicadas nas subparcelas do experimento, com o objetivo de determinar a
melhor dose dos nutrientes a ser aplicada no cafeeiro Conilon não resultou em
diferenças significativas para as variáveis: número de entrenós do ramo ortotrópico
(NGO), plagiotrópico I (NGPI) e do ramo plagiotrópico II (NGPII), não sendo possível
ajustar um modelo que descreva o comportamento das plantas submetidas a
diferentes doses de nitrogênio e potássio (FIGURA 5).

Para a variável número de entrenós do ramo plagiotrópico III (NGPIII), os


tratamentos foram significativos para as diferentes doses dos nutrientes aplicados. O
modelo ajustado está representado por uma equação do segundo grau com ponto
de menor desenvolvimento para 77% da dose recomendada de nitrogênio e potássio
feita com base na 5ª aproximação para o Estado do Espírito Santo (FIGURA 5).
28

24

20
Número de gemas

16

12

8 Ŷ NGO = -0,8812x2 + 2,6731x + 19,922 R² = 0,5591ns


Ŷ NGPI = Ῡ NGPI
4 Ŷ NGPII = Ῡ NGPII
Ŷ NGPIII = 0,8696x2 - 1,3469x + 10,86 R² = 0,7693*
0
60% 80% 100% 120% 140% 160%
Diferentes doses de N e K 2O
Média NGO Média NGPI Média NGPII Média NGPIII
Figura 5. Analise de regressão para o número total de entrenós dos ramos ototrópico
(NGO), plagiotrópico I (NGPI), II (NGPII) e III (NGPIII) em função dos diferentes
níveis de parcelamento que as diferentes doses de nitrogênio e potássio foram
aplicados.

Para o desenvolvimento das plantas, medido pelo crescimento em


centímetros e contagem do número de entrenós nos ramos ortotrópico e
plagiotrópicos, pode ser observado que o parcelamento dos fertilizantes é de grande
importância. Os resultados obtidos, mostram que o uso da fertirrigação e o número
de parcelas que os fertilizantes vão ser distribuídos geram incrementos positivos em
crescimento que está diretamente relacionado à produtividade, no entanto,
parcelamentos superiores a nove vezes não diferiram do mesmo. Os resultados
corroboram com os resultados de Vieira et al. (2001) que em experimento com café
Arábica, conclui que a fertirrigação aumenta a eficiência no uso dos fertilizantes,
reduzindo as perdas e Guimaraes et al. (2010), que avaliaram diferentes doses de
nitrogênio e potássio, aplicados via fertirrigação, concluindo que com o uso da
fertirrigação associada a um parcelamento em doze vezes, as doses não geraram
diferenças significativas, gerando uma economia de fertilizantes.
29

4.3. Produção de café nas safras 2012 e 2013.

As avaliações das variáveis de produção, produção em litros de café maduro


(“café da roça”) por planta (PLP), produtividade em sacas de 60 kg de café
beneficiado por hectare (PROD), relação sacos de oitenta litros de café maduro
necessário para o beneficiamento de uma saca de café de 60 kg (RMP) relativas à
produção da safra 2012 e a variável estimativa de produção da safra 2013 pela
contagem dos frutos presente nos ramos plagiotrópicos I, II e III (NGRP), foram
significativas para o teste F a 5 % de probabilidade. A análise da variável
granulometria determinada com peneira 13 e superior não foi significativa para os
tratamentos aplicados (TABELA 5).

TABELA 5. Quadrados médios da análise de variância das variáveis de produção,


produção L planta-1 de café maduro (PLP), produção sacas beneficiadas ha-1
(PROD), relação sacos de oitenta litros de café maduro para cada saca beneficiada
(RMP), granulometria peneira 13 e superior (P13) e estimativa de produção safra
2013 (NGRP), referentes aos tratamentos parcelamentos e doses de nitrogênio e
potássio.
QM
FV GL
PLP PROD RMP P13 NGRP
Trat. A 3 70,63** 17160,39** 14,02** 7,36 ns 23509,6**
Resíduo A 12 7,65 660,97 1,02 4,75 1222,62
Trat. B 5 1,35 - 231,35 - 0,348 - 2,92 - 7638,34 -
Int. TAxTB 15 2,54 ns 296,03 ns 0,496 ns 2,68 ns 9273,63*
Resíduo B 60 2,89 301,66 0,367 4,34 4201,31
- Os tratamentos são quantitativos.
** significativo ao nível de 1% de probabilidade.
* significativo ao nível de 5% de probabilidade.

Para a produção em litros de café maduro (“café da roça”) por planta (PLP),
as maiores médias foram alcançadas para o parcelamento em três e quinze
parcelamentos dos fertilizantes, assim como o mesmo pode ser observado para a
produtividade em sacas de café beneficiado por hectare (PROD) (TABELA 6). Para
a relação sacos de oitenta litros de café maduro necessário para o beneficiamento
de uma saca de café de 60 kg (RMP), a relação aumentou com o aumento no
30

número de parcelamento das adubações, sendo o parcelamento em nove e vinte e


uma vezes, os que apresentaram os maiores valores, no entanto, para essa variável
esse aumento não é desejável, pois quanto menor o valor dessa relação, menor
será o custo de colheita, beneficiamento e maior produtividade, sendo assim o
aumento no parcelamento para essa variável não foi benéfico, sendo o
parcelamento em três e quinze parcelas os que apresentaram os melhores
resultados iguais estatisticamente (TABELA 6).
Para a variável estimativa de produtividade safra 2013, houve variação
significativa para os diferentes parcelamentos, no entanto as melhores estimativas
de produtividade esperada foram para o parcelamento em três, nove e vinte e uma
parcelas que foram iguais estatisticamente, podendo ser observado que não houve
incremento na produtividade estimada, comparando o menor e maior parcelamento
que os fertilizantes foram distribuídos (TABELA 6).

TABELA 6. Teste de média para as variáveis de produção da safra 2012 e 2013, em


função dos diferentes parcelamentos das adubações.
Variável Níveis de parcelamento das adubações
CV%
avaliado P3 P9 P15 P21
PLP 10,87 a 7,87 bc 9,60 ab 7,05 c 31,27
PROD 115,55 a 66,72 b 100,60 a 59,78 b 30,01
RMP 4,91 b 6,20 a 4,98 b 6,33 a 18,04
P13 95,59 a 95,56 a 95,35 a 94,42 a 2,29
NGRP 247,08 a 265,25 a 199,58 b 266,50 a 14,29
Médias seguidas pela mesma letra na linha não diferem entre si pelo teste de TUKEY à 5% de
probabilidade.

Os tratamentos referentes às diferentes doses de N e K 2O, aplicados por


fertirrigação, determinadas com base em uma dose de referência 100% (subnível
NK100), determinada com base na análise de solo e produtividade esperada, a
análise da variável de produção, produção litros de café maduro planta -1 (PLP), foi
significativa para a média dos parcelamentos em três vezes, nove vezes, quinze
vezes e vinte e uma vezes, os dados são representados por um modelo de segundo
grau onde estima-se uma produção máxima em litros de café maduro por planta
para 128% da dose referência de nitrogênio e potássio (FIGURA 6).
31

Produção em litros de café maduro por 9,40

9,20

9,00
planta

8,80

8,60

8,40
Ŷ= -1,4416x2 + 3,7102x + 6,682
8,20 R² = 0,7735*

8,00
60% 80% 100% 120% 140% 160%
Diferentes doses de N e K 2O
PLP

FIGURA 6. Análise da variável produção em litros de café maduro por planta da


safra 2012 (PLP).

A variável de produção, produtividade média em sacas beneficiadas por


hectare (PROD), está diretamente relacionada à variável produção litros de café
maduro planta-1 (PLP). A análise para PROD, assim como para PLP, foi significativa
para a média dos diferentes parcelamenos, os dados são representados por um
modelo de segundo grau com produção de café beneficiado, máxima estimada para
a dose de 126%, valor bem próximo da PLP, confirmando a relação direta entre as
duas variáveis (FIGURA 7).
32

90
89
88
Produtividade média em sacas

87
86
beneficiadas ha-1

85
84
83
82
81
80
79
78
77 Ŷ= -23,29x2 + 58,758x + 51,927
76 R² = 0,9956*
75
60% 80% 100% 120% 140% 160%
Diferentes doses de N e K2O
PROD
FIGURA 7. Analise da variável produtividade média de café da safra 2012 em sacas
beneficiadas por hectare (PROD).

As análises das variáveis relação sacos de oitenta litros de café maduro


necessário para o beneficiamento de uma saca de café de 60 kg (RMP), e a variável
análise granulométrica (P13), determinada com peneira 13 e superiores, não foram
significativas para a análise de regressão, não sendo possível ajustar um modelo
que ilustre as variáveis analisadas aplicando-se diferentes doses de nitrogênio e
potássio (FIGURA 8 e 9).
33

Relação sacos de 80L de café maduro 6,0


para cada saca de café beneficiada 5,9
5,8
5,7
5,6
5,5
5,4
5,3
Ŷ= 0,8995x2 - 2,1403x + 6,7686
5,2 R² = 0,5943ns
5,1
5,0
60% 80% 100% 120% 140% 160%
Diferentes doses de N e K2O
RMP

FIGURA 8. Analise da variável relação de sacos de oitenta litros de café maduro


necessários para o beneficiamento de uma saca de café de 60kg (RMP).

100
% de grãos peneira 13 e superior

99
98
97
96
95
94
93
92 Ŷ= -0,7161x + 96,019
91 R² = 0,3931 ns

90
60% 80% 100% 120% 140% 160%
Diferentes doses de N e K2O
P13

FIGURA 9. Analise da variável granulometria dos grão da safra 2012, determinada


com peneira 13 acima (P13).
34

A inferência quanto à produção para a safra 2013, feita pela contagem dos
grãos dos ramos plagitrópicos usados para as avaliações de desenvolvimento
vegetativo, apresentou interação significativa entre os tratamentos parcelamento e
doses dos fertilizantes, para as doses NK60 e NK120. Para o tratamento NK60, os
níveis P3, P9 e P21 foram os que apresentaram os maiores e melhores valores, que
no entanto não difererem estatísticamente entre si. Para o tratamento NK120, os
níveis que apresesntaram os melhores resultados foram: P3, P9 e P21, que não
difererem estatísticamente entre si pelo teste de tukey a 5% de probabilidade, assim
como havia ocorrido com o subnível NK60 (TABELA 7).

TABELA 7. Teste de média da estimativa de produtividade, em número de grãos dos


ramos plagiotrópicos I, II e III para a interação dos diferentes parcelamentos e doses
de nitrogênio e potássio.
Parcelamento Diferentes doses de N e K20
das adubações NK60 NK80 NK100 NK120 NK140 NK160
P3 245 a 174 a 241 a 292 ab 280 a 249 a
P9 277 a 245 a 236 a 375 a 257 a 201 a
P15 124 b 186 a 206 a 179 b 273 a 227 a
P21 322 a 266 a 278 a 267 a 230 a 233 a
Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de TUKEY à 5% de
probabilidade.

A análise de regressão da variável estimativa da produção da safra 2013


pela contagem dos grãos dos ramos plagiotrópicos I, II e III (NGPR), foi significativa
para os tratamentos diferentes parcelamentos e doses de nitrogênio e potássio. A
análise dos parcelamentos foi significativa para os parcelamentos quinze (P15) e
vinte e uma parcelas (P21); para três e nove parcelas a análise não foi significativa.
Para os dois parcelamentos, os modelos ajustados foram equações do segundo
grau, para P15, o modelo ajustado estima uma máxima produção para a dose
NK158, parcelado em quinze vezes. Para P21, o modelo ajustado é representado
por uma equação linear com inclinação negativa, demonstrando uma redução na
produtividade estimada quando a dose dos nutrientes foram aumentadas (FIGURA
10).
35

400

350
Número de grãos nos ramos
plagiotrópicos I, II e III
300

250

200

150 ŶP3 = 55,5x + 186,03 R² = 0,2542ns


100 ŶP9 = -29,5x + 297,7 R² = 0,0346ns
ŶP15 = -109,71x2 + 348,65x - 38,38 R² = 0,6983*
50
ŶP21 = = -80,429x + 354,97 R² = 0,8016*
0
60% 80% 100% 120% 140% 160%
Diferentes doses de N e K2O
P3 P9 P15 P21

FIGURA 10. Inferência da produtividade da safra 2013, feita pela contagem dos
grãos dos ramos plagiotrópico I, II e III (NGRP).

Por se tratar de um cultivo em área com adubação residual de cultivo


anterior com pimenta-do-reino e por ser o cafeeiro uma cultura perene, é necessário
a aplicação dos tratamentos por mais anos para que se possa obter resultados mais
representativos para os dados produtivos. Também deve ser considerado que os
dados referentes à produção da safra 2012, são respostas, principalmente, quanto
ao crescimento das plantas submetidas aos tratamentos feitos na condução da
lavoura no ano safra anterior ao início dos tratamentos de que trata esse trabalho.
36

5. CONCLUSÕES

Para o desenvolvimento vegetativo, o aumento no parcelamento das


adubações foi significativo para a maioria das variáveis avaliadas.
O parcelamento em nove vezes já foi suficiente para que as variáveis de
crescimento vegetativo apresentarem os melhores resultados.
Para os dados de produção da safra 2012, o aumento no parcelamentos dos
fertilizantes influenciou negativamente os resultados, com exeção da granulometria
que não diferiu.
Para as variáveis de crescimento vegetetaivo as doses de N e K2O foram
significativas para o crescimento do ramo plagiotrópico II, com menor crescimento
para a dose 140% parcelado em três vezes e máximo crescimento para a dose
115%, parcelada em quinze vezes.
Para as variáveis de produção safra 2012 as doses foram significativas para
os dados médios da produção em litros de café maduro por planta (PLP),
produditividade em sacas beneficiadas por hectare (PROD) e para a variável
estimativa de produtividae safra 2013 (NGRP), com produção máxima estimada para
37

a dose 158% parcelada em quinze vezes e menor produção para a dose 198%
parcelada em vinte e uma vezes.
Os resultados apontam para uma maximização do aproveitamento dos
nutrientes aplicados por fertirrigação, indicando que as doses de fertilizantes para
fertirrigação podem ser reduzidas sem perdas na produção.
Apesar dos resultados demonstrarem que a redução das dose de N e K 2O,
não acarretou em redução de desenvolvimento e produção para algumas variáveis,
as avaliações devem ser prosseguidas na área, pois residual de nutrientes da
cultura anterior podem ter influenciando nos resultados.
Por se tratar de um cultivo em área com adubação residual de cultivo
anterior com pimenta-do-reino e por ser o cafeeiro uma cultura perene, é necessária
a aplicação dos tratamentos por mais anos para que se possa obter resultados mais
representativos para os dados de produção.
38

6. REFERÊNCIAS

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39

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