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RIO PARANAÍBA
MINAS GERAIS – BRASIL
2016
THIAGO PICINATTI RAPOSO
Dedico
ii
AGRADECIMENTOS
iii
ÍNDICE
RESUMO.........................................................................................................................v
ABSTRACT....................................................................................................................vi
1. INTRODUÇÃO...........................................................................................................01
2. MATERIAL E MÉTODOS.........................................................................................01
3. RESULTADOS...........................................................................................................05
4. DISCUSSÃO...............................................................................................................14
5. CONCLUSÕES...........................................................................................................16
5.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................16
iv
RESUMO
v
ABSTRACT
The population of plants and the planting arrangement of lines can change the shape,
mass and number of cloves per bulb, which in turn influences productivity. Thus aimed
to evaluate the productivity and bulbs size depending on population and garlic plant
arrangements cultivar Ito. The experiments were conducted in the municipality of Rio
Paranaiba - MG, in the years 2014 and 2015. Two experiments in 2014 and two in
2015. The treatments consisted of five populations 280, 320, 360, 400 and 440 000
plants ha-1 and two arrangements of plants or simple double rows in a factorial scheme
(5 x 2), block design with four replications. We evaluated the number of green leaves
per plant, pseudostem diameter, nutrient concentration in leaves, classification of bulbs
and productivity. There was a significant difference to the neck diameter, commercial
classification and productivity in relation to population. They observed lower and
higher values in the neck diameter in high crops and low plant population, respectively.
The variation of plant population changes the productivity and commercial
classification of garlic bulbs, where the higher the smallest population is the average
diameter of the bulbs and the smaller the larger population is the average diameter of
the bulbs. The best populations of plants, seeking the table market are 280,000 and
320,000 plants ha-1 as produced most of the bulbs in grades 6 above.
vi
1. Introdução
O consumo nacional de alho (Allium sativum L.) está em torno de 300 mil
toneladas por ano, onde 95% é destinado ao consumo in natura. Deste total apenas 40%
é fornecido pela produção interna os outros 60% são provindos, principalmente de
importações da China e Argentina (Epagri, 2016).
Uma das estratégias para tornar o mercado nacional de alho mais competitivo, é
utilizar técnicas agronômicas a fim de se aumentar a produtividade e a qualidade dos
bulbos produzidos (Petrazzini, 2013). Dentre elas pode-se destacar a alteração da
população e arranjo de plantas (Asgharipour & Arshadi, 2012; Vázquez et al., 2014;
Vidya, 2015).
A população de plantas e o arranjo das linhas de plantio, podem modificar o
formato, a massa e o número de bulbilhos por bulbo. A população e o arranjo de plantas
alteram a eficiência de interceptação luminosa pelas folhas, absorção de água e
nutrientes pelas raízes (Moravčević et al., 2011; Vidya, 2015), o que leva à
modificações na produtividade e no tamanho dos bulbos produzidos. Em função disto,
diversos estudos foram conduzidos a fim de determinar a população e o arranjo
adequados para essa cultura (Reghim et al., 2004; Moravčević et al. 2011; Resende et
al., 2013; Vázquez et al., 2014; Vidya, 2015).
Entretanto, poucos são os estudos com a cultivar Ito pertencente ao grupo de
alhos nobres, que produz maior percentagem de bulbos da classe 7 dentre os cultivares
nobres (Resende et al., 2013). Outro aspecto pouco abordado é a variação do arranjo de
plantas, pois na maioria dos países produtores o cultivo do alho é feito utilizando
fileiras simples ao contrário do utilizado no Brasil, onde destaca-se o arranjo de fileiras
duplas (Reghim et al., 2004).
O arranjo em fileiras simples com menor população pode propiciar melhor
captação de radiação solar, aproveitamento de água e nutrientes, maiores bulbos de
maior massa e consequentemente maior produtividade. Assim, objetivou-se avaliar a
produtividade e tamanho de bulbos em função de populações e arranjos de plantas de
alho da cultivar Ito.
2. Material e métodos
Os experimentos foram conduzidos na região de Rio Paranaíba - MG, entre os
anos de 2014 e 2015. Onde dois experimentos foram instalados em 2014: experimento 1
plantado em 05/04/2014, colhido em 01/08/2014 e localizado em 19029’20” S -
46015’08” O e experimento 2 plantado em 09/05/2014, colhido em 13/09/2014 e
1
localizado em 19017’06” S – 46017’56” O; e dois experimentos instalados em 2015:
experimento 3 plantado em 01/04/2015, colhido em 17/07/2015 e localizado em
19015’28” S – 46004’44” O e experimento 4 plantado em 30/04/2015, colhido em
22/08/2015 e localizado em 19015’52” S – 46018’24” O. Os tipos de solo dos locais
foram classificados como Latossolo Amarelo, para o experimento 1 e 2 e Latossolo
Vermelho-Amarelo para os experimentos 3 e 4 (Embrapa 2013). Foi utilizada a cultivar
Ito, com suas sementes submetidas à vernalização em câmara fria por 50 dias, em
temperatura de 3 a 4 0C, a fim de homogeneizar seu brotamento e garantir a indução da
diferenciação das gemas de formação dos bulbilhos (Macedo et al., 2006; Hurtado et al.,
2013). Em seguida os bulbos de alho foram debulhados e seus bulbilhos classificados de
acordo com sua massa. Os bulbilhos com massa entre 5 e 7 g foram selecionados, a fim
de se padronizar as plantas no local de estudo (Macedo et al., 2006).
O preparo de solo consistiu de uma gradagem, duas subsolagens e incorporação
da adubação com rotoencanteiradora. As adubações foram a lanço e seguiram os
padrões do produtor. As adubações e os atributos químicos para cada local de
implantação dos experimentos estão detalhados na tabela 1. O plantio foi realizado
manualmente com o ápice dos bulbilhos voltados para cima. O cultivo foi irrigado por
pivô central e quando as plantas estavam com 45 dias após o plantio (DAP), fase de
diferenciação (início da formação das gemas dos bulbilhos), foram submetidas a leve
estresse hídrico com lâmina de irrigação baixa, 5 milímetros a cada três dias durante 20
dias, isto é, dos 45 aos 65 DAP, a fim de reduzir o “superbrotamento”, brotamento das
gemas dos bulbilhos dando origem a folhas (Macedo et al., 2006).
2
Tabela 1. Atributos químicos e fertilização nos locais de implantação dos experimentos
1 e 2 (2014), 3 e 4 (2015).
2014 2015
Variáveis
Experimento
1 2 3 4
pH (água) 5,90 5.90 5,90 6,20
P-disp. (mg dm-3) 38,60 27,10 51,10 10,00
P-rem (mg L-1) 4,70 4,30 5,40 4,20
K (cmolc dm-3) 0,16 0,28 0.17 0,06
-3
Ca (cmolc dm ) 3,40 3,90 3,70 4,40
Mg (cmolc dm-3) 0,60 1,00 0,90 1,50
S (mg dm-3) 10,00 48,00 23,00 15,00
B (mg dm-3) 0,65 1,25 0,71 0,62
Cu (mg dm-3) 3,30 1,60 3,60 1,30
Fe (mg dm-3) 38,00 35,00 43,00 43,00
-3
Mn (mg dm ) 2,10 2,00 2,90 3,70
Zn (mg dm-3) 3,50 12,90 7,10 1,10
Al+3 (cmolc dm-3) 0,00 0,00 0,00 0,00
H + Al+3 (cmolc dm-3) 3,17 3,53 3,28 2,63
M.O. (g dm-3) 31,00 27,00 24,00 42,00
S.B. (cmolc dm-3) 4,16 5,18 4,77 5,96
-3
T (cmolc dm ) 7,33 8,71 8,05 8,59
V (%) 56,80 59,50 59,30 69,40
Fertilizações
N (kg ha-1) 360,00 360,00 270,00 310,00
P2O5 (kg ha-1) 1.250,00 1.320,00 1.140,00 1.538,00
-1
K2O (kg ha ) 527,00 527,00 515,00 515,00
-1
B (kg ha ) 4,00 4,00 5,00 5,00
Cu (kg ha-1) 0,00 0,00 2,50 2,50
Zn (kg ha-1) 2,00 6,00 6,00 7,50
P e K – Melich-1; Ca, Mg e Al – KCl 1 mol L-1; S-SO4 – Fosfato monobásico de Ca 0,01 mol L-1; B –
água quente; Cu, Fe, Mn e Zn – DTPA pH 7.3; H+Al – Solução tampão SMP a pH 7,5; Mat. Orgânica –
Walkley-Black.
3
Os tratamentos consistiram de cinco populações de plantas combinadas com
dois arranjos distribuídos em esquema fatorial (5 x 2), o delineamento foi o em blocos
ao acaso com quatro repetições. As populações testadas foram 280, 320, 360, 400 e 440
mil plantas ha-1 e os arranjos de plantas foram os de fileiras duplas ou simples, dispostas
em canteiros de 2 m de largura. Para o arranjo de fileiras duplas a primeira distava 0,25
m da borda do canteiro, 0,27 m da primeira para a segunda, 0,48 m da segunda para a
terceira, 0,27 m da terceira para a quarta e 0,25 m da quarta para a borda do canteiro, a
distância entre as fileiras duplas foi de 0,12 m. Para o arranjo de fileiras simples a
primeira distava 0,25 m da borda do canteiro, em seguida quatro fileiras com 0,17 m
entre elas, 0,48 m entre a quarta e a quinta, depois quatro fileiras com 0,17 m de
distância entre elas e por fim 0,25 m da oitava até a borda do canteiro. E para a
obtenção das populações alterou-se a distância entre os bulbilhos na fileira de plantio,
sendo 0,14 m para a população 280 mil plantas ha-1, 0,125 m para a população 320 mil
plantas ha-1, 0,11 m para a população 360 mil plantas ha-1, 0,10 m para a população 400
mil plantas ha-1 e 0,09 m para a população 440 mil plantas ha-1. As parcelas foram
compostas por um canteiro de 2 m de largura por 5 m divididas em blocos com quatro
parcelas em cada bloco.
Para verificar o efeito da população e arranjos de plantas, avaliou-se o número
de folhas verdes por planta, diâmetro do pseudocaule, teores de nutrientes na folha
índice, produtividade e classificação por tamanho dos bulbos de alho.
O número de folhas verdes foi obtido com a contagem direta de todas as folhas
totalmente expandidas e totalmente verdes, isto é, sem nenhuma lesão ocasionada por
insetos ou doenças, ou com início de senescência de dez plantas por parcela.
O diâmetro do pseudocaule foi obtido com o auxílio de um paquímetro digital,
medindo-se o pseudocaule de dez plantas por parcela a uma altura de 0,03 m do solo. E
os teores de nutrientes contidos na folha índice foram obtidos a partir da coleta da folha
índice, folha mais jovem totalmente expandida, de dez plantas por parcela no início do
período de diferenciação, o qual ocorreu aos 45 dias após plantio (DAP), para
determinar os nutrientes na folha índice as mesmas foram lavadas em água corrente e
limpas com algodão embebido em solução de detergente neutro (0,1 %). Após isto as
amostras foram secas em estufa com circulação de ar forçada a 70°C por 72 h, em
seguida foram pesadas e mantidas na estufa até que o peso se mantivesse constante. Por
fim, as folhas secas, foram trituradas em moinho do tipo Wiley equipado com peneira
de 1,27 mm. E os teores dos nutrientes N, P, K e S (g kg-1) foram determinados segundo
Malavolta et al. (1997).
4
A produtividade foi determinada ao final do ciclo da cultura, quando as plantas
estavam com cinco a seis folhas verdes restantes. Nesta fase efetuaou-se a colheita de
forma manual dispondo todas as plantas da parcela em fileiras com as folhas protegendo
os bulbos para o processo de pré-secagem, em seguida amontoadas e protegidas por
lona plástica em um invólucro denominado camaleão. Este processo, denominado cura,
foi realizado durante 30 dias. Em seguida separou-se as folhas, raízes e bulbos com
auxílio de uma tesoura. Por fim os bulbos foram levados ao laboratório para pesagem e
determinação da produtividade (t ha-1) e a classificação comercial.
A classificação comercial foi obtida a partir da medida do diâmetro do bulbo em
sua parte mais externa, e em função desta medida classificado por classes sendo elas:
classes 1 a 3 (≤ 37 mm), classe 4 (> 37 e ≤ 42 mm), classe 5 (>42 e ≤47 mm), classe 6
(>47 e ≤56 mm), classe 7 (>56 e ≤66 mm) e classe 8 (> 66mm) (Luengo et al., 1999).
Após verificadas as pressuposições da ANOVA, os dados foram submetidos a
ANOVA, e as médias comparadas pelo teste de Tukey a p≤0,05. As análises estatísticas
foram realizadas no programa Assistat versão 7.7 beta.
3. Resultados
5
Tabela 2. Número de folhas verdes por planta em função da variação da população de
plantas (mil ha-1) e do arranjo de plantas, fileiras (simples e dupla) aos 100 dias após
plantio (DAP) nos experimentos 1, 2 (2014), 3 e 4 (2015).
6
Tabela 3. Diâmetro do pseudocaule (mm), em função da variação da população de
plantas (mil ha-1) e do arranjo de plantas, fileiras (simples e dupla) aos 100 dias após
plantio (DAP) nos experimentos 1 e 2 (2014), 3 e 4 (2015).
7
experimentos 1 (F(4;27)=3,05; p<0,05), onde o menor acúmulo de P foi de 11,89 g kg-1 na
população de 400 mil ha-1 e no arranjo duplo e no experimento 4 (F(4;27)=4,02; p<0,05),
o menor acúmulo de P foi de 2,45 g kg-1 na população de 440 mil ha-1 no arranjo
simples (Tabela 5).
8
Tabela 4. Teores de N e K (g kg-1) em função da variação da população de plantas (mil
ha-1) e do arranjo de plantas, fileiras (simples e dupla) contidos na folha índice, nos
experimentos 1 e 2 (2014), 3 e 4 (2015).
10
A interação entre a população de plantas e arranjo das fileiras de plantio
apresentou diferença significativa apenas para a classe ≤ 3 no experimento 4
(F(4;27)=3,01; p<0,05). Na interação, a menor percentagem foi de 15,39% dos bulbos na
população de 280 mil ha-1 no arranjo de plantio em fileiras duplas e a maior na
população de 400 mil ha-1 no arranjo de plantio em fileiras simples com 23,21 %
(Tabela 7).
11
Tabela 6. Classificação comercial dos bulbos de alho (%), em função da variação da
população de plantas (mil ha-1) e do arranjo de plantas, fileiras (simples e dupla) nos
experimentos 1 e 2 (2014), 3 e 4 (2015).
12
Tabela 7. Desdobramento da interação entre a variação da população de plantas e
arranjo das fileiras de plantio para os bulbos da classe ≤ 3 no experimento 4.
13
Tabela 8. Produtividade total de bulbos (t ha-1) em função da variação da população de
plantas (mil ha-1).
4. Discussão
O número de folhas verdes por planta é uma variável eficiente para se estimar a
atividade fotossintética de plantas, pois é com uma área foliar adequada que a
interceptação dos raios solares será mais eficiente e consequentemente sua atividade
fotossintética será maior (Yao et al., 2015). Em plantas de alho, por produzirem poucas
folhas ao longo do ciclo, em torno de oito folhas em sua máxima atividade por volta dos
90 DAP, esta característica se torna ainda mais importante para o ponto de vista de alta
produção de fotoassimilados (Moravčević et al., 2011).
No presente estudo esta variável, número de folhas verdes por planta, não foi
sensível aos tratamentos aplicados, ao contrário do encontrado por Vydia, (2015) e
Moravčević et al., (2011). O mesmo acontecendo com o arranjo das fileiras de plantio
contradizendo Karaye & Yakubu. (2006). Isto se deve ao fato de que todos os
experimentos foram conduzidos em áreas comerciais de cultivo, com uso frequente de
fungicidas e inseticidas, minimizando as perdas de folhas causadas por aumento da
incidência de patógenos e pragas causado pela alteração da população de planas.
Observaram-se valores menores e maiores no diâmetro do pseudocaule nos
cultivos de alta e baixa população de plantas, respectivamente. Com o aumento do
número de plantas a competição por nutrientes, luz e concentração de CO2, no
microambiente avaliado, pode ser mais acirrada ocasionando menor acúmulo de
fotoassimilados e consequentemente um menor acúmulo de biomassa. Por se tratar de
14
uma planta C3, esta competição torna-se ainda mais sensível ao seu acúmulo de
biomassa, pois necessitam de maior concentração de carbono atmosférico para ativar a
Rubisco (Shimono, 2011; Yao et al., 2015).
A mensuração do diâmetro do pseudocaule é bastante utilizada para
caracterização de cultivares, pois o mesmo expressa valores similares ao do diâmetro do
bulbo, embora não seja um órgão de interesse ele permite estimar o comportamento do
bulbo antes de se efetuar a colheita (Wang et al., 2014). Sendo assim, este fator é um
importante indicador da dinâmica fotossintética e do acúmulo de biomassa em sistemas
de cultivo de alho.
O acúmulo de nutrientes na folha índice, apesar de em alguns experimentos
apresentar valores significativamente distintos, não se pode concluir que este parâmetro
foi alterado em função da imposição dos tratamentos, pois na maioria dos experimentos
esta característica manteve-se imutável.
O órgão de interesse comercial do alho é o bulbo e para tal quanto maior o seu
tamanho maior será o valor pago por ele (Resende et al., 2013). Sendo assim, para se
alcançar uma produtividade satisfatória necessita-se de um alto acúmulo individual de
biomassa, pois cada planta produz apenas um bulbo. Com um comportamento
semelhante ao do pseudocaule, o tamanho do bulbo apresentou-se maior em cultivos
com baixas populações e menor onde as populações foram maiores, condizendo com os
resultados obtidos por Reghin et al., (2004); Karaye & Yakubu, (2006); Vydia, (2015).
Além do aumento da porcentagem de bulbos graúdos, a utilização de baixas
populações, também contribuiu para melhorar o formato e a aparência. Bulbos mais
uniformes e bem empalhados são mais fáceis de classificar e menos susceptíveis a
debulha. A população de 280 mil plantas por hectare destacou-se das demais, pois
apresentou menores porcentagens de bulbos da classe ≤ 3 e maiores nas classes 6 e 7+8.
Sendo assim, acredita-se que quando a interceptação luminosa for maior e a competição
por nutrientes for menor, maior é a chance de se aumentar o acúmulo individual de
biomassa e consequentemente maior bulbo por planta (Asgharipour & Arshadi, 2012;
Yao et al., 2015; Liu et al., 2015).
Semelhante ao ocorrido ao diâmetro do pseudocaule, a competitividade entre as
plantas de alho, imposta pela alteração da população de plantas no ambiente de cultivo,
alterou significativamente a produtividade total de bulbos de alho em todos os locais e
nos dois anos de avaliação. Sendo a maior produtividade em torno de 23,50 t ha-1 na
população de 440 mil plantas ha-1 e a menor próximo de 15,00 t ha-1 na população de
280 mil plantas ha-1. Esta alteração na produtividade se deve ao fato de que quanto
15
maior a população menor é o acúmulo individual de fotoassimilados (Vázquez et al.,
2014; Yao et al., 2015; Liu et al., 2015; Vidya, 2015; Testa et al., 2016).
5. Conclusões
A variação da população de plantas altera a produtividade e a classificação
comercial dos bulbos de alho, onde quanto maior a população menor é o diâmetro
médio dos bulbos e quanto menor a população maior é o diâmetro médio dos bulbos.
As melhores populações de plantas, buscando-se o mercado de mesa são
280.000 e 320.000 plantas ha-1, pois produziram maior parte dos bulbos nas classes 6
acima.
6. Referências bibliográficas
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