03 ProdutoInterno

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3.

Espaços Vetoriais com


Produto Interno
LOB 1037 – Álgebra Linear
Profa. Paula C P M Pardal
1. Produto Interno

 Soma vetorial e multiplicação de um vetor por um escalar ➔


conceitos estendidos a espaços vetoriais abstratos (ℝ𝑛 , matrizes,
polinômios, funções contínuas, entre outros).

 Os conceitos de produto interno, norma, ortogonalidade e projeção


também podem ser estudados no contexto desses espaços
vetoriais.

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DEFINIÇÃO:

Seja 𝑉 um espaço vetorial real. Um produto interno em 𝑉 é uma função,


que a cada par ordenado de vetores 𝑢 , 𝑣Ԧ ∈ 𝑉 associa um escalar, denotado
por 𝑢, 𝑣Ԧ , e que satisfaz as seguintes propriedades:

1) Simetria: 𝑢, 𝑣Ԧ = 𝑣,
Ԧ 𝑢 , ∀ 𝑢, 𝑣Ԧ ∈ 𝑉.

2) Positividade: 𝑢, 𝑢 ≥ 0, ∀ 𝑢 ∈ 𝑉 ➔ 𝑢, 𝑢 = 0 ⇔ 𝑢 = 0.

3) Distributividade: 𝑢 + 𝑤, 𝑣Ԧ = 𝑢, 𝑣Ԧ + 𝑤, 𝑣Ԧ , ∀ 𝑢, 𝑣,
Ԧ 𝑤 ∈ 𝑉.

4) Homogeneidade: 𝛼𝑢, 𝑣Ԧ = 𝛼 𝑢, 𝑣Ԧ , ∀ 𝑢, 𝑣Ԧ ∈ 𝑉, 𝛼 ∈ ℝ.

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Utilizando as propriedades (1), (3) e (4), tem-se:

 𝑢, 𝑣Ԧ + 𝑤 = 𝑢, 𝑣Ԧ + 𝑢, 𝑤 , ∀ 𝑢, 𝑣,
Ԧ 𝑤 ∈ 𝑉.

 𝑢, 𝛼 𝑣Ԧ = 𝛼 𝑢, 𝑣Ԧ , ∀ 𝑢, 𝑣Ԧ ∈ 𝑉, 𝛼 ∈ ℝ.

Assim, o produto interno em um EV real é uma transformação linear nas


duas variáveis ou transformação bilinear.

Um espaço vetorial 𝑉 real em que se define um produto interno, denotado


por (𝑉, ∙,∙ ), é também conhecido como Espaço Vetorial Euclidiano.

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EXEMPLOS

1) Seja 𝐵 = 𝑒1 , ⋯ , 𝑒𝑛 a base canônica do ℝ𝑛 : todo vetor 𝑣Ԧ = 𝑣1 , … , 𝑣𝑛 ∈ ℝ𝑛


𝑣1
pode ser associado a uma matriz coluna 𝑉 = ⋮ ∈ 𝑀 𝑛, 1 , pois os EVs são
𝑣𝑛
isomorfos.

➔ Produto interno usual do ℝ𝑛 , ∙,∙ , também denominado produto interno


Euclidiano (ou produto escalar), pode ser escrito como:

𝑢, 𝑣Ԧ = ෍ 𝑢𝑖 𝑣𝑖 = 𝑉 𝑇 𝑈 = 𝑉 𝑇 𝐼𝑈, ∀ 𝑢, 𝑣Ԧ ∈ ℝ𝑛
𝑖=1

em que 𝐼 ∈ 𝑀 𝑛, 𝑛 é a matriz identidade.

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2) Considere o EV real 𝒞 𝑎, 𝑏 das funções contínuas 𝑓: 𝑎, 𝑏 → ℝ. O produto interno usual
é definido da seguinte forma:

𝑓, 𝑔 = න 𝑓 𝑥 𝑔 𝑥 d𝑥, ∀𝑓, 𝑔 ∈ 𝒞 𝑎, 𝑏
𝑎

3) No EV real 𝑀(𝑛, 𝑛) das matrizes quadradas de ordem 𝑛, o produto interno usual é definido
da seguinte forma:
𝐴, 𝐵 = tr 𝐵𝑇 𝐴 , ∀ 𝐴, 𝐵 ∈ 𝑀(𝑛, 𝑛)

4) Dada uma matriz 𝐴 ∈ 𝑀(𝑛, 𝑛), o OL 𝑇𝐴 está associado à matriz 𝐴 e é definido como:
𝑦Ԧ = 𝑇𝐴 𝑥Ԧ , ∀ 𝑥Ԧ ∈ 𝑉 (ou, na forma matricial: 𝑌 = 𝐴𝑋).

➔ Considere 𝑉 = ℝ𝑛 com produto interno usual. Se 𝐴 é uma matriz simétrica, então:

𝑇𝐴 𝑥Ԧ , 𝑦Ԧ = 𝑥, Ԧ 𝑦Ԧ ∈ ℝ𝑛
Ԧ 𝑇𝐴 𝑦Ԧ , ∀ 𝑥,

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2. Norma
DEFINIÇÃO:

Seja 𝑉 um espaço vetorial real com produto interno. Uma norma em 𝑉 é uma
função ∙ que, a todo elemento 𝑣Ԧ ∈ 𝑉 associa um número real 𝑣Ԧ , não-negativo,
definido como:

𝑣Ԧ = 𝑣,
Ԧ 𝑣Ԧ

Observações:

1) Se 𝑣Ԧ = 1, o vetor 𝑣Ԧ é dito unitário ➔ nesse caso, 𝑣Ԧ está normalizado.

𝑣
Ԧ não-nulo, pode ser normalizado ➔ 𝑢 =
2) Todo vetor 𝑣, .
𝑣

3) Se 𝑣Ԧ = 𝑥, 𝑦, 𝑧 ∈ 𝑉 = ℝ3 ➔ produto interno usual ➔ 𝑣Ԧ = 𝑥 2 + 𝑦2 + 𝑧 2.

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EXEMPLO

Considere 𝑉 = ℝ3 um EV com o produto interno:

𝑣1 , 𝑣2 = 3𝑥1 𝑥2 + 2𝑦1 𝑦2 + 𝑧1 𝑧2 ,

tal que 𝑣1 = 𝑥1 , 𝑦1 , 𝑧1 e 𝑣2 = 𝑥2 , 𝑦2 , 𝑧2 . Dado 𝑤 = −2,1,2 ∈ ℝ3 , calcule a norma


de 𝑤 e o normalize (caso necessário), segundo:

a) O produto interno acima definido;

b) O produto interno usual;

c) A quais conclusões levam os resultados obtidos?

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Propriedades da Norma

Seja 𝑉 um EV real com produto interno. Para todo 𝑢, 𝑣Ԧ ∈ 𝑉, tem-se:

I. Desigualdade de Cauchy-Schwarz: 𝑢, 𝑣Ԧ ≤ 𝑢 𝑣Ԧ .

II. Desigualdade Triangular: 𝑢 + 𝑣Ԧ ≤ 𝑢 + 𝑣Ԧ .

III. Continuidade da Norma: 𝑢 − 𝑣Ԧ ≤ 𝑢 − 𝑣Ԧ .

IV. Identidades Polares: 𝑢 + 𝑣Ԧ 2 − 𝑢 − 𝑣Ԧ 2 = 4 𝑢, 𝑣Ԧ .

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EXERCÍCIOS

1. Em cada um dos casos abaixo, mostre que ∙,∙ define um produto interno no espaço vetorial 𝑉 dado:

a) 𝑢, 𝑣Ԧ = 2𝑥1 𝑥2 − 𝑥1 𝑦2 − 𝑥2 𝑦1 + 2𝑦1 𝑦2 , com 𝑢 = 𝑥1 , 𝑦1 , 𝑣Ԧ = 𝑥2 , 𝑦2 ∈ 𝑉 = ℝ2 .

𝑥1 𝑥2 𝑦1 𝑦2
b) 𝑢, 𝑣Ԧ = + , com 𝑢 = 𝑥1 , 𝑦1 , 𝑣Ԧ = 𝑥2 , 𝑦2 ∈ 𝑉 = ℝ2 e 𝑎, 𝑏 ∈ ℝ e não nulos.
𝑎2 𝑏2

c) 𝑓, 𝑔 = σ𝑛𝑖=0 𝑎𝑖 𝑏𝑖 , com 𝑓 𝑡 = σ𝑛𝑖=0 𝑎𝑖 𝑡 𝑖 e 𝑔 𝑡 = σ𝑛𝑖=0 𝑏𝑖 𝑡 𝑖 ∈ 𝑉 = 𝑃𝑛 𝑡 .

2. Seja o EV real ℝ3 com o produto interno usual. Determine 𝑎 ∈ ℝ tal que 𝑢 = 6, 𝑎, −1 e ‖𝑢‖ = 41.
𝑎 = ±2

3. Considere o EV real ℝ4 com o produto interno usual. Para que valores de 𝑘 ∈ ℝ, tem-se ‖𝑘 𝑣‖
Ԧ = 5,
5
dado 𝑣Ԧ = (−2,3,0,6)? 𝑘=±
7

4. Sejam 𝑢 e 𝑣Ԧ vetores de um espaço vetorial euclidiano tais que ‖𝑣‖


Ԧ = 1, ‖𝑢‖ = 1 e ‖𝑢 − 𝑣‖
Ԧ = 2.
Determine 𝑢, 𝑣Ԧ . 𝑢, 𝑣Ԧ = −1

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3. Ortogonalidade
DEFINIÇÃO:

Seja 𝑉 um espaço vetorial real com produto interno.

1) Se 𝑢, 𝑣Ԧ ∈ 𝑉 tal que 𝑢, 𝑣Ԧ = 0, então 𝑢 e 𝑣Ԧ são dois vetores ortogonais: 𝑢 ⊥ 𝑣.


Ԧ

2) Se 𝐵 ⊂ 𝑉 é um subconjunto não vazio de 𝑉 tal que, para todo par 𝑣𝑖 e 𝑣𝑗 , 𝑖 ≠ 𝑗,

de 𝐵 tem-se 𝑣𝑖 , 𝑣𝑗 = 0, então 𝐵 é um conjunto ortogonal de vetores.

Teorema (1):

Se 𝐵 = 𝑣1 , ⋯ , 𝑣𝑛 é um conjunto ortogonal de vetores não-nulos, então 𝐵 é LI.

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EXEMPLOS

1) Considere o EV 𝑉 = ℝ3 com o produto interno usual.

O conjunto 𝐵 = 1,1,1 , −1,1,0 , −1, −1,2 ∈ ℝ3 é ortogonal.

2) Considere o EV 𝑉 = 𝒞 𝑎, 𝑏 das funções contínuas em ℝ no intervalo 𝑎, 𝑏 , com o


produto interno usual.

a) 𝑓 𝑥 = 1 e 𝑔(𝑥) = 𝑥 são funções ortogonais em relação ao produto interno usual de


𝒞 −1,1 .

b) 𝐵1 = sen 𝑥 , sen 2𝑥 , … , sen 𝑛𝑥 , … e 𝐵2 = {1, cos(𝑥), cos(2𝑥), … , cos(𝑛𝑥), … }


são conjuntos ortogonais em relação ao produto interno usual de 𝒞 −𝜋, 𝜋 .

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4. Projeção Ortogonal
Teorema (2):

Seja 𝑉 um espaço vetorial real com produto interno. Dado 𝑣Ԧ ∈ 𝑉, 𝑣Ԧ ≠ 0, então a


projeção ortogonal de qualquer 𝑢 em 𝑣Ԧ existe e é um único vetor 𝑝Ԧ tal que:

1) 𝑝Ԧ ∥ 𝑣Ԧ

2) 𝑢 − 𝑝Ԧ ⊥ 𝑣Ԧ 𝑢 − 𝑝Ԧ

Então: 𝑝Ԧ 𝑣Ԧ

𝑢, 𝑣Ԧ
𝑝Ԧ = proj𝑣 𝑢 = 𝑣Ԧ
𝑣,
Ԧ 𝑣Ԧ

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Teorema (3):

Se 𝐵 = 𝑣1 , 𝑣2 , ⋯ , 𝑣𝑛 é uma base ortogonal de 𝑉 e 𝑤 ∈ 𝑉, então:

𝑤 = proj𝑣1 𝑤 + proj𝑣2 𝑤 + ⋯ + proj𝑣𝑛 𝑤

Observação:
𝑣𝑖 , 𝑣𝑗 = 0, se 𝑖 ≠ 𝑗
Se 𝐵 = 𝑣1 , 𝑣2 , ⋯ , 𝑣𝑛 for uma base ortonormal ൞ , então:
𝑣𝑖 , 𝑣𝑗 = 1, se 𝑖 = 𝑗

𝑤= 𝑤, 𝑣1 𝑣1 + 𝑤, 𝑣2 𝑣2 + ⋯ + 𝑤, 𝑣𝑛 𝑣𝑛

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EXERCÍCIOS
1. Considere o EV 𝑉 com produto interno. Calcule o ângulo entre os elementos de 𝑉:

a) 𝑉 = ℝ4 : 𝑢 = 1,1,1,0 ; 𝑣Ԧ = 2,1, −2,1 . Produto interno usual. 30


𝜃 = arccos( 30 )

b) 𝑉 = 𝑃2 𝑥 : 𝑝 = −1 + 5𝑥 + 2𝑥 2 ; 𝑞 = 2 + 4𝑥 − 4𝑥 2 . 𝑝, 𝑞 = σ𝑛𝑖=0 𝑎𝑖 𝑏𝑖 . 30
𝜃 = arccos( 18 )

2 4 −3 1 870
c) 𝑉 = 𝑀 2,2 : 𝐴 = ;𝐵 = . Produto interno usual. 𝜃 = arccos( 174 )
−1 3 4 2

2. Verifique se os vetores a seguir são ortogonais em relação ao produto interno definido para o EV 𝑉:

a) 𝑉 = ℝ4 : 𝑢 = −4,6, −10,1 ; 𝑣Ԧ = 2,1, −2,9 . Produto interno usual. Não.

b) 𝑉 = 𝑃2 𝑥 : 𝑝 = 1 − 𝑥 + 2𝑥 2 ; 𝑞 = 2𝑥 + 𝑥 2 . 𝑝, 𝑞 = σ𝑛𝑖=0 𝑎𝑖 𝑏𝑖 . Sim.

2 1 1 1
c) 𝑉 = 𝑀 2,2 : 𝐴 = ;𝐵 = . Produto interno usual. Sim.
−1 3 0 −1

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3. Em um EV euclidiano 𝑉 = ℝ3 em que 𝑢 = 𝑎, 𝑏, 𝑐 e 𝑣Ԧ = 𝑑, 𝑒, 𝑓 , o produto interno é
definido como 𝑢, 𝑣Ԧ = 𝑎𝑓 + 𝑏𝑒 + 𝑐𝑑. 𝐵 = 1,1,1 , 𝛼, 0, −1 , 1, 𝛽, 1 é uma base desse
espaço. Quais os valores de 𝛼 e 𝛽 para que 𝐵 seja uma base seja ortogonal?
𝛼 = 1; 𝛽 = −2

4. Calcule a distância entre o ponto 𝑃(0,2,3) e a reta 𝑟 que passa pela origem e tem a direção
174
do vetor 𝑣Ԧ = 1,2,1 . 𝛿 𝑃, 𝑟 =
6

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5. Processo de Ortogonalização de
Gram-Schmidt
 Aqui, será mostrado que a partir de uma base qualquer de um EV com produto
interno, é possível encontrar uma base ortonormal, desde que o primeiro vetor da
nova base seja combinação linear do primeiro vetor da base antiga.
 Inicialmente, esse processo será descrito para uma base 𝐵 = 𝑣1 , 𝑣2 ⊂ ℝ2 e,
posteriormente, será generalizado.
 Seja 𝑤1 = 𝑣1 .
 A partir de 𝑣2 , encontrar um novo vetor 𝑤2 , ortogonal a 𝑤1 ➔ 𝑤2 , 𝑤1 = 0.
−𝛼𝑤1
𝑤2
𝑣2

𝛼𝑤1 𝑣1 = 𝑤1

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 Para tanto:

 Seja 𝑤2 = 𝑣2 − 𝛼𝑤1 , tal que 𝛼 ∈ ℝ é escolhido de acordo com o vínculo:


𝑣2 ,𝑤1
𝑤2 , 𝑤1 = 0, ou seja, 𝑣2 − 𝛼𝑤1 , 𝑤1 = 0. Isso significa que 𝛼 = .
𝑤1 ,𝑤1

 Tem-se então:

 𝑤1 = 𝑣1 .

𝑣2 ,𝑤1
 𝑤2 = 𝑣2 − 𝑤1 = 𝑣2 − proj𝑤1 𝑣2
𝑤1 ,𝑤1

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 Os vetores 𝑤1 e 𝑤2 são não nulos (formam uma base) e podem ser normalizados ➔
𝑤𝑖
𝑢𝑖 = , 𝑖 = 1,2 ➔ obtendo-se uma base ortonormal 𝐵′ = 𝑢1 , 𝑢2 ⊂ ℝ2 .
𝑤𝑖

 O processo de ortogonalização de uma base de dois vetores pode ser generalizado


para uma base 𝐵 = 𝑣1 , ⋯ , 𝑣𝑛 :

 𝑤1 = 𝑣1

 𝑤2 = 𝑣2 − proj𝑤1 𝑣2

 𝑤3 = 𝑣3 − proj𝑤1 𝑣3 − proj𝑤2 𝑣3

 Logo: 𝑤𝑛 = 𝑣𝑛 − proj𝑤1 𝑣𝑛 − proj𝑤2 𝑣𝑛 − ⋯ − proj𝑤𝑛−1 𝑣𝑛

𝑤𝑖
 Normalizando: 𝑢𝑖 = , 𝑖 = 1, … , 𝑛 ➔ 𝐵′ = 𝑢1 , … , 𝑢𝑛
𝑤𝑖

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EXEMPLO

Considere o espaço vetorial real 𝑉 = ℝ3 com produto interno e


𝐵 = { 1,2,1 , 0,3,0 , 1,0, −1 } uma base ordenada de 𝑉. A partir de 𝐵,
obtenha uma base ordenada ortonormal 𝐵′ para ℝ3 , com relação ao
produto interno usual.

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