Artigo o Brasil No Conselho de Direitos Humanos Da ONU

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Candidate for the

Brasil
Human Rights Council
2024-2026

Candidato ao Candidat au Conseil des


Conselho de Direitos Humanos Droits de l’Homme
2024-2026 2024-2026

Candidato al Consejo de
Derechos Humanos
2024-2026
Capa
Ilustração vetorial
Maria Luiza Rodrigues dos Anjos
Compromissos voluntários do
Brasil para candidatura ao CDH
(2024-2026)

I. Introdução

É com grande honra e sentido de responsabilidade que o Brasil apresenta sua candi-
datura ao Conselho de Direitos Humanos (CDH) para o mandato 2024-2026. Estamos
comprometidos com a promoção e a proteção dos mais altos padrões de direitos
humanos. Nossa candidatura ao CDH reflete a absoluta centralidade dos direitos hu-
manos em nossa inserção no mundo, como um país democrático e plural, alicerçado
na garantia de dignidade e direitos para todas e todos.
O Brasil tem feito relevantes contribuições ao Conselho de Direitos Humanos, no qual,
ao longo dos seus dezessete anos de história, exerceu cinco mandatos. Acreditamos
que o sistema internacional de direitos humanos pode ser fortalecido através da
efetiva promoção e proteção de todos os direitos humanos, para todas e todos,
sem discriminação, e com base nos princípios da universalidade, da indivisibilidade,
da imparcialidade, da objetividade e da não seletividade, assim como do diálogo
construtivo e da cooperação internacional.
Pretendemos, caso eleitos, aprofundar nossa contribuição à efetividade do Conselho de
Direitos Humanos e fortalecer seu papel na prevenção e no enfrentamento das causas
estruturais conducentes a situações de graves violações dos direitos humanos, fazendo
uso de todas as ferramentas à disposição do órgão, com particular ênfase no diálogo
e na cooperação. Queremos manter nosso alto nível de interlocução com o Escritório
do Alto Comissário e o nosso irrestrito apoio ao mecanismo de Revisão Periódica Uni-
versal (RPU). Honraremos, igualmente, nosso convite permanente a visitas de titulares

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de procedimentos especiais, estendido desde 2001, prova de nosso compromisso em
enfrentar com seriedade nossos próprios desafios, certos de que assim contribuímos
para a construção de um Brasil – e de um mundo – mais livre, justo e solidário.

II. Passado, presente e futuro: os direitos humanos no Brasil

O compromisso do Brasil com a democracia, o estado de direito, os direitos humanos


e o desenvolvimento sustentável é inabalável. Preservar a democracia, respeitar os
direitos humanos, garantir o estado de direito e promover o desenvolvimento de forma
sustentável são princípios basilares de nossa Constituição Federal. Nossa história e
formação estão forjados por lutas por direitos, igualdade e democracia. Os recentes
ataques à democracia verificados em diferentes partes do mundo representam um
alerta e reforçam nosso compromisso de fortalecer os valores democráticos e de
promover a dignidade para as gerações presentes e futuras.
Nossa Constituição Federal estabelece o caminho, ao assentar a dignidade da pessoa
humana e a cidadania como fundamentos da República (artigo 1º); o bem de todos,
sem discriminação, como um de seus objetivos (artigo 3º); e a prevalência dos direitos
humanos e o repúdio ao racismo entre os princípios da política externa brasileira (artigo
4º). Ao amplo rol de direitos e garantias fundamentais assentados no texto constitucional
(artigos 5º, 6º e 7º), os tratados internacionais de direitos humanos ratificados pelo país
têm status de normas supralegais ou de emenda constitucional, (artigo 5º, § 2º).
Para implementar esses compromissos constitucionais e internacionais, o Brasil conta
com ampla gama de instituições na esfera jurídica, política e social. Destaca-se, no
âmbito federal, a criação de novos ministérios para implementação de políticas rela-
cionadas à realização dos direitos humanos. Além do Ministério dos Direitos Humanos
e da Cidadania, o país, desde janeiro de 2023, passou a contar com os Ministérios das
Mulheres; da Igualdade Racial; e dos Povos Indígenas. Com estrutura inédita e compe-
tências ampliadas, essas pastas são responsáveis por fazer dos direitos humanos o eixo
da política governamental, o que significa olhar primeiro para pessoas em situação de
vulnerabilidade e dar voz e vez a quem, por razões históricas, viu seus direitos nega-
dos ou restringidos. Têm prioridade, sob esse olhar, as mulheres, as pessoas negras, os
povos indígenas, as pessoas com deficiência, as pessoas LGBTQIA+, crianças, adoles-
centes e idosos, pessoas em situação de rua, defensores de direitos humanos, vítimas

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e testemunhas ameaçadas e outros grupos cuja situação de vulnerabilidade requeira a
atenção especial do Estado.
Com renovada determinação, o Brasil está decidido a enfrentar seriamente seus desafios
no campo dos direitos humanos, o que implica atuar nas três dimensões do tempo:
passado, presente e futuro, que estão entremeadas e são indissociáveis.
Começamos pelas lutas por memória, verdade e justiça, relacionadas não apenas
a violações ocorridas durante o regime militar, mas também ao triste capítulo da
escravidão e de suas consequências.
Reforçamos nosso compromisso com a democracia, a participação social e a luta de
grupos vítimas de injustiças e de opressões, em favor da realização efetiva dos direitos
econômicos, sociais e culturais; do combate à tortura e aos problemas estruturais da
violência; da luta contra o racismo, a discriminação racial e a LGBTQIA+fobia; do com-
bate à fome e à pobreza, bem como a toda forma de desigualdade, discriminação e
violência baseadas no gênero; do enfrentamento da letalidade juvenil e do trabalho
infantil; da retomada do papel proeminente já ocupado pelo país no campo da vaci-
nação infantil e do oferecimento de proteção a crianças e adolescentes órfãos e órfãs
em decorrência da pandemia da COVID-19; do apoio à luta de defensores e defensoras
de direitos humanos, com particular atenção a ambientalistas; da adoção de medidas
efetivas para a prevenção e o enfrentamento do trabalho forçado ou em condições
análogas à escravidão, inclusive por meio da instalação de processos de devida diligên-
cia em direitos humanos por empresas.
Olhando para o futuro, reafirmamos o direito ao desenvolvimento como um direito
humano e estamos comprometidos com a inter-relação entre direitos humanos e mu-
dança do clima.
Esse esforço contará com a participação de toda a sociedade. A formulação, imple-
mentação e avaliação de políticas públicas contará com ativa participação popular,
da sociedade civil e de organizações não governamentais, por meio de conselhos e
mecanismos específicos, em vários níveis de governo e com o apoio das assessorias de
participação social e diversidade, recém-criadas em todos os ministérios do Governo
Federal.

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III. O Brasil e o sistema internacional dos direitos humanos

No cenário internacional, o compromisso do Brasil com a promoção dos direitos huma-


nos remonta à própria fundação da ONU. O Brasil, representado por Bertha Lutz, e ao
lado de outros parceiros latino-americanos, foi responsável pela inclusão das mulheres
na Carta da ONU. Tivemos, igualmente, papel relevante na negociação da Declaração
Universal de Direitos Humanos. O Brasil teve atuação destacada no grupo de trabalho
que elaborou a Convenção sobre os Direitos da Criança, em 1989, e liderou os esforços
que resultaram na aprovação, em 2009, das Diretrizes da ONU sobre Cuidados Alter-
nativos para Crianças. Assumimos papel importante na negociação da Declaração e
do Programa de Ação da Conferência Internacional de Direitos Humanos, realizada em
Viena, em 1993. Somos um dos 23 países que ratificaram, em 2002, a Convenção nº 169
da OIT sobre Povos Indígenas e Tribais. Nossa participação na Conferência de Durban,
em 2001, estimulou a criação de legislação e políticas públicas de combate ao racismo
e à discriminação racial. A Convenção das Nações Unidas e o Protocolo Opcional sobre
os Direitos de Pessoas com Deficiência foram incorporadas ao ordenamento jurídico
brasileiro, em 2008, com status de Emenda Constitucional.
No âmbito regional, temos ampliado nosso engajamento junto à Corte e à Comissão
Interamericanas de Direitos Humanos. Em agosto de 2022, a convite do governo brasi-
leiro, sediamos, em Brasília, período ordinário de sessões da Corte Interamericana, cuja
jurisdição obrigatória reconhecemos desde 1998.
O Brasil apoia, além disso, o fortalecimento do multilateralismo e defende um Conse-
lho de Direitos Humanos (CDH) efetivo, legítimo e imparcial. Além de sermos membros
fundadores do CDH, integramos diversos grupos de países coautores de resoluções
adotadas pelo órgão, em temas tão variados quanto a realização do direito humano à
saúde, o respeito ao direito à privacidade, a incompatibilidade entre a democracia e o
racismo e a promoção da cooperação técnica em direitos humanos, entre outros.
Nossa candidatura ao Conselho reflete, portanto, a absoluta centralidade dos direitos
humanos em nossa Constituição, além do nosso compromisso político, como país de-
mocrático e plural, em favor da garantia de dignidade e direitos para todas e todos.

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IV. Compromissos voluntários

• Mecanismos internacionais de direitos humanos


º Fortalecer e aprimorar o sistema internacional de direitos humanos e o CDH,
de forma integral e abrangente, com base em seus princípios fundadores
(resolução 60/251).
º Engajar-se em discussões para promover maior eficácia e efetividade nos tra-
balhos do CDH, inclusive nas tratativas sobre a possível elevação do status do
órgão.
º Privilegiar enfoque preventivo e cooperativo no CDH, favorecendo o diálogo
e a cooperação internacional, a assistência técnica e a criação de capacida-
des, em lugar da instrumentalização, da polarização e da seletividade.
º Apoiar o mecanismo de Revisão Periódica Universal (RPU), os procedimen-
tos especiais e o Escritório do Alto Comissário para os Direitos Humanos
(EACDH).
º Apoiar os órgãos de tratados e manter o compromisso de apresentar os res-
pectivos relatórios periódicos tempestivamente, de participar em alto nível e
construtivamente de seus exames e de monitorar e implementar suas reco-
mendações.

• Tratados internacionais de direitos humanos


º Avançar o processo de ratificação de instrumentos internacionais de direitos
humanos objeto de recomendações aceitas pelo Brasil no âmbito da RPU, in-
clusive do Protocolo Opcional ao Pacto Internacional de Direitos Econômicos,
Sociais e Culturais, e de convenções da OIT.
º Acelerar os procedimentos internos com vistas a ratificar o Acordo Regional
sobre Acesso à Informação, Participação Pública e Acesso à Justiça em As-
suntos Ambientais na América Latina e no Caribe, também conhecido como
Acordo de Escazú, assinado pelo país em 2018.
º Envidar esforços para também avançar o processo de ratificação de instrumentos
internacionais de direitos humanos, inclusive da Convenção Interamericana sobre

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a Proteção dos Direitos Humanos dos Idosos, da Convenção Interamericana
contra Toda Forma de Discriminação e Intolerância e da Convenção Internacional
sobre a Proteção dos Direitos dos Trabalhadores Migrantes e Membros de suas
Famílias.

• Direitos civis e políticos


º Em contexto de crescentes ameaças à democracia no país e no mundo, com-
bater todas as formas de violência associadas a discursos de ódio e ao extre-
mismo e promover ambiente propício para o pleno exercício da liberdade de
expressão.
º Continuar a apresentar, apoiar e copatrocinar projetos de resolução relativos
aos direitos civis e políticos, tais como o direito à privacidade na era digital,
os direitos humanos na Internet, o respeito às liberdades de expressão e de
opinião e a proteção de jornalistas, entre outros.
º Promover iniciativas que estimulem uma maior participação de pessoas ne-
gras, mulheres, indígenas, LGBTQIA+ e demais populações marginalizadas
em funções e processos decisórios.
º Apoiar iniciativas e resoluções de prevenção e combate à tortura no âmbito
de foros e mecanismos internacionais de direitos humanos.
º Avançar na proteção on-line dos mesmos direitos protegidos off-line.
º Apoiar resoluções dedicadas à promoção e à proteção das liberdades de
religião ou crença, à luz da rica diversidade de tradições, crenças, religiões e
culturas presentes no Brasil.
º Avançar na constituição de mecanismos de combate à violência política, mo-
tivada por fatores relacionados ao gênero e à raça, contra populações histo-
ricamente excluídas de espaços de poder.
º Promover ações de prevenção e enfrentamento à disseminação de fake news
e a violações dos direitos humanos perpetradas por meio de robôs e de fer-
ramentas de inteligência artificial.

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º Apoiar e copatrocinar iniciativas de combate a todas as formas de violência,
preconceito, discriminação e intolerância.

• Direitos das mulheres e meninas


º Apoiar iniciativas e resoluções dedicadas à promoção da igualdade de gêne-
ro, em particular na garantia de equiparação salarial e de fortalecimento da
participação ativa de mulheres em todas as instâncias de poder e de tomada
de decisão, bem como na renovação do mandato da relatora especial.
º Promover, defender e apoiar políticas que contemplem, de maneira coor-
denada, o enfrentamento de toda forma de discriminação baseada em raça
e gênero, visando, com isso, melhorar as condições de vida e a inserção de
meninas e mulheres negras no Brasil e no mundo.
º Redobrar esforços internacionais direcionados ao combate a todas as formas
de violência contra mulheres e meninas, com ênfase na prevenção e no com-
bate ao feminicídio e à violência política, assim como na proteção a mulheres
em situação de vulnerabilidade.
º Aplicar enfoque transversal e interseccional sobre a igualdade de gênero a
todas as iniciativas no âmbito do CDH.
º Promover e proteger os direitos das mulheres, inclusive por meio de ações
relacionadas à promoção do direito à saúde e dos direitos sexuais e repro-
dutivos.
º Buscar aumentar a participação feminina em delegações brasileiras, assim
como em todas as instâncias do CDH e da ONU.
º Apoiar, copatrocinar e organizar eventos, seminários, declarações conjuntas e
resoluções para a promoção da igualdade de gênero no CDH.

• Direitos dos povos indígenas


º Promover e apoiar iniciativas que fortaleçam as condições necessárias à
garantia efetiva de direitos dos povos indígenas, inclusive no que respeita
a processos de demarcação de terras, de gestão territorial e ambiental e

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de mecanismos efetivos de consulta e participação, em plena observância
dos direitos dos povos indígenas e conforme estabelecido pela Constituição
Federal.
º Reforçar e elevar o nível do engajamento com o tema no CDH e promover
eventos como diálogos e o compartilhamento de melhores práticas e lições
aprendidas, assegurando-se o protagonismo dos povos indígenas/originários
das diversas partes do globo.
º Apoiar resoluções e iniciativas sobre direitos dos povos indígenas e sobre o
mandato do relator especial.
º Aumentar o engajamento em discussões sobre a participação dos povos in-
dígenas no CDH.
º Apoiar iniciativas que reconheçam o papel exercido pelos povos indígenas
em favor da proteção do meio ambiente e da biodiversidade e no combate à
exploração ilegal ou predatória de suas terras.

• Igualdade racial e combate ao racismo


º Priorizar iniciativas de combate ao racismo estrutural e à violência policial,
tanto no âmbito doméstico, quanto internacional.
º Zelar pela efetiva implementação da Declaração e do Programa de Ação de
Durban contra o racismo, a discriminação racial, a xenofobia e as formas cor-
relatas de intolerâncias (DDPA), nos planos interno e internacional.
º Contribuir e promover ações para a implementação efetiva do Programa de
Atividades da Década Internacional dos Afrodescendentes (2015-2024).
º Propor e apoiar iniciativas, resoluções e eventos dedicados ao combate a to-
das as formas de racismo, discriminação racial, xenofobia e formas correlatas
de intolerância no âmbito do CDH.
º Apoiar a renovação de mandatos de relatores especiais e de peritos e promo-
ver a visita de procedimentos especiais dedicados ao tema.
º Participar ativamente da negociação da Declaração das Nações Unidas para
a Promoção e o Pleno Respeito dos Direitos Humanos dos Afrodescendentes.

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º Apoiar o trabalho dos mecanismos de seguimento da Conferência de Durban
e do Fórum Permanente sobre Afrodescendentes.
º Promover a troca de experiências e a cooperação com os demais países do
hemisfério em favor da implementação da Convenção Interamericana contra
o Racismo, a Discriminação Racial e Formas Correlatas de Intolerância.

• Direitos das crianças, adolescentes e jovens


º Apoiar e participar de iniciativas, resoluções e eventos dedicados à promoção
e à proteção dos direitos da criança e do adolescente no CDH, zelando pela
garantia do melhor interesse das crianças.
º Contribuir ativamente às atividades do grupo de países coautores dos pro-
jetos de resolução sobre direitos da criança, liderados pelo GRULAC e pela
União Europeia.
º Conferir prioridade absoluta aos direitos de crianças e adolescentes, assim
como aos direitos de jovens, incluindo na esfera digital, por meio de políticas
públicas e de recursos orçamentários compatíveis com esse reconhecimento.
º Apoiar iniciativas voltadas ao combate à violência e à exploração sexual de
crianças e adolescentes.
º Promover iniciativas abrangentes de promoção da segurança alimentar e nu-
tricional e da saúde integral de crianças e adolescentes, com vistas, especial-
mente, à redução da desnutrição e da mortalidade infantil.
º Apoiar e participar de iniciativas e estratégias voltadas para a erradicação do
trabalho infantil e a promoção do trabalho decente para a juventude.
º Apoiar estratégias que ampliem oportunidades reais de participação plena,
efetiva e construtiva de pessoas jovens na sociedade brasileira e no plano
internacional, incluindo no âmbito da ONU.
º Fomentar a aplicação de um enfoque transversal e interseccional a políticas
públicas dedicadas a crianças, adolescentes e jovens.
º Contribuir para aumentar a participação de crianças, adolescentes e jovens
brasileiros em eventos pertinentes – inclusive em delegações oficiais – no

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CDH e em outras instâncias das Nações Unidas, bem como apoiar esforços
em favor do aumento dessa representação junto a outras delegações.
º Apoiar medidas voltadas para garantir o acesso efetivo e a permanência de
crianças, adolescentes e jovens negros, ao longo de todo o ciclo educacional,
inclusive no ensino superior.
º Promover e apoiar iniciativas voltadas para a redução da violência letal e das
vulnerabilidades sociais sofridas pela juventude negra, bem como para o en-
frentamento do racismo estrutural.

• Direitos das pessoas idosas


º Avançar propostas, no plano internacional, de proteção e promoção dos di-
reitos das pessoas idosas, reconhecendo as múltiplas velhices e sua contri-
buição para a sociedade, valorizando as práticas e os trabalhos de cuidado
e considerando as diferentes circunstâncias que podem afetar a garantia de
direitos desse grupo.
º Promover iniciativas de combate a todas as formas de discriminação e violên-
cia contra pessoas idosas, favorecendo sua autonomia e a participação plena
e efetiva na vida econômica, política e social, assim como a implementação
de políticas transversais, intersetoriais e locais de envelhecimento saudável.
º Apresentar e apoiar iniciativas e resoluções relativas ao tema, além de parti-
cipar do grupo de amigos de pessoas idosas, inclusive no que diz respeito à
renovação do mandato do perito independente.
º Promover ações de apoio à implementação do Programa de Atividades para
a Década do Envelhecimento Saudável (2021 a 2030), declarada pela Assem-
bleia Geral da ONU.
º Apoiar a negociação de instrumento juridicamente vinculante sobre os direi-
tos das pessoas idosas no âmbito da ONU.

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• Direitos das pessoas com deficiência
º Avançar iniciativas, resoluções e eventos voltados para pessoas com deficiên-
cia, em linha com o marco legal e a política nacional dedicados ao tema.
º Assegurar o protagonismo, a inclusão e a plena participação de pessoas com
deficiência na formulação e implementação de iniciativas no CDH e demais
atividades da ONU.
º Apoiar a aplicação de perspectiva transversal e interseccional sobre os direi-
tos das pessoas com deficiência, em todos os temas tratados pelo CDH.
º Promover, tanto domesticamente quanto no âmbito de organismos multilate-
rais, campanhas contra o capacitismo.
º Promover a implementação de um sistema unificado de avaliação da defi-
ciência, sob a perspectiva biopsicossocial, e apoiar iniciativas de cooperação
técnica e de criação de capacidades voltadas para esse fim.

• Direitos das pessoas LGBTQIA+


º Apoiar e promover iniciativas no plano internacional de proteção e promoção
dos direitos da população LGBTQIA+, em linha com prioridades nacionais
nessa matéria.
º Aderir ao Grupo de Amigos sobre orientação sexual e identidade de gênero
(SOGI, na sigla em inglês), em Genebra, assim como à iniciativa “Equal Rights
Coalition”.
º Propor e apoiar iniciativas no âmbito do grupo de países coautores da reso-
lução sobre o combate à violência e à discriminação baseadas na orientação
sexual e na identidade de gênero, inclusive no que diz respeito à renovação
do mandato do perito independente, assim como em iniciativas similares,
constituídas junto a outros órgãos da ONU e da OEA.
º Apoiar as atividades do Perito Independente sobre o tema e promover pos-
sível visita ao Brasil.

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• Direitos das pessoas migrantes, refugiadas e apátridas
º Apoiar e promover iniciativas no plano internacional de proteção e promoção
dos direitos da população migrante, refugiada e apátrida, em linha com as
prioridades nacionais sobre a matéria.
º Apoiar iniciativas de combate a todas as formas de violência, de preconceito,
de discriminação e de intolerância.
º Promover os princípios e diretrizes previstos no Pacto Global para a Migração
e no Pacto Global sobre Refugiados.
º Favorecer enfoque transversal e interseccional sobre os direitos das pessoas
migrantes e deslocadas internas no âmbito da CDH.

• Direito ao desenvolvimento
º Apoiar debates e iniciativas relacionadas ao direito ao desenvolvimento, in-
clusive no que se refere à reflexão sobre a elaboração de documento juridica-
mente vinculante sobre a matéria, assim como no marco da implementação
dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

• Direitos econômicos, sociais e culturais


º Promover a realização equitativa dos direitos econômicos, sociais e cultu-
rais, particularmente daqueles relacionados à inclusão e à justiça social, ao
combate à fome e à pobreza, assim como à garantia dos direitos humanos à
educação, à saúde, à alimentação e à moradia adequada.
º Continuar a apresentar, apoiar e copatrocinar projetos de resolução relativos
aos direitos econômicos, sociais e culturais, tais como direito à moradia ade-
quada e sobre cooperação técnica em direitos humanos.
º Apoiar iniciativas e resoluções relacionadas à promoção do direito humano
ao trabalho decente, em especial no tocante à prevenção e ao enfrentamento
do trabalho infantil e do trabalho forçado.

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º Promover o direito humano à alimentação adequada, tendo presente o im-
perativo de superar a insegurança alimentar e nutricional no mundo.
º Mobilizar o governo em todos os níveis (federal, estadual e municipal), bem
como a sociedade brasileira, no enfrentamento da fome e da má-nutrição
em todas as suas formas, por meio de um conjunto de políticas públicas e
iniciativas que promovam o direito humano a uma alimentação adequada e
saudável, com especial atenção aos grupos e pessoas mais vulneráveis.

• Direito à saúde
º Promover iniciativas internacionais de promoção e proteção do direito hu-
mano ao mais elevado nível de saúde física e mental, baseadas na ciência,
no diálogo com a sociedade civil e no trabalho colaborativo, em linha com
princípios que informam o Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil.
º Promover o fortalecimento da atenção à saúde dos povos indígenas, da saú-
de da população negra e do combate ao racismo estrutural no acesso à
saúde.
º No contexto de recuperação pós-pandemia de COVID-19, continuar a apre-
sentar e apoiar projetos de resolução com vistas a reforçar o tratamento das
temáticas de acesso a vacinas e medicamentos como componente do direito
humano à saúde; direitos humanos e saúde mental; e redução do estigma e
da discriminação a pessoas vivendo com HIV/AIDS.
º Cooperar com o procedimento especial sobre o direito humano à saúde e
definir, conjuntamente, possíveis datas para a realização de visita ao Brasil.

• Esportes e Direitos Humanos


º Apoiar o aperfeiçoamento das melhores práticas internacionais e promover
a prevenção e o combate ao racismo e a qualquer tipo de discriminação nas
diferentes modalidades de esportes, em especial, em eventos esportivos de
ampla divulgação.

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º Incentivar programas esportivos voltados para comunidades instaladas em
condições desfavoráveis ou que ocupem as periferias de centros urbanos,
seja no âmbito de escolas ou de equipamentos comunitários criados com
esse fim.
º Propor seguimento, no âmbito do CDH, à resolução sobre esporte, estilos
de vida saudáveis e direito à saúde, com vistas a mobilizar maior atenção à
contribuição positiva da promoção de atividades físicas sobre a saúde e o
bem-estar de todos.

• Direito humano a um meio ambiente limpo, saudável e sustentável


º Apoiar o pleno reconhecimento do direito humano a um meio ambiente lim-
po, saudável e sustentável, em bases equitativas e não discriminatórias.
º Integrar o tratamento dos direitos humanos ao cumprimento dos ODS, com
o aproveitamento de sinergias entre instâncias multilaterais.
º Apoiar que as discussões sobre o direito humano a um meio ambiente limpo,
saudável e sustentável estejam baseadas nos três pilares do desenvolvimento
sustentável (econômico, social e ambiental) e na cooperação internacional,
em linha com os instrumentos multilaterais pertinentes.
º Apoiar a efetiva implementação de acordos e convenções internacionais so-
bre o meio ambiente, como instrumentos relevantes a também promover a
realização dos direitos humanos.
º Apoiar iniciativas dedicadas a combater a exploração ilegal ou predatória da
natureza, assim como os impactos sobre os direitos humanos decorrentes
desses processos.

• Defensores de direitos humanos


º Fortalecer o Programa Nacional de Proteção aos Defensores e Defensoras de
Direitos Humanos, Comunicadores e Ambientalistas (PPDDH), com o reesta-
belecimento de seu Conselho Deliberativo, composto, de forma paritária, por
representantes de órgãos públicos e da sociedade civil.

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º Promover o estabelecimento de uma Política Nacional de Proteção aos De-
fensores e Defensoras de Direitos Humanos, Comunicadores e Ambientalistas
e o fortalecimento normativo do Programa;
º Monitorar, com especial atenção, a situação de defensores ambientalistas,
indígenas e quilombolas, e desenhar medidas para sua proteção.
º Apoiar o diálogo com procedimentos especiais e mecanismos internacionais
e receber a possível visita da relatora especial sobre defensores dos direitos
humanos.

• Empresas e direitos humanos


º Participar ativamente da negociação de um instrumento juridicamente vincu-
lante sobre empresas e direitos humanos.
º Participar e promover eventos, fóruns e debates sobre empresas e direitos
humanos, garantindo a plena participação de organizações da sociedade ci-
vil, de sindicatos e do setor privado.
º Apoiar debates e iniciativas relacionados ao respeito à devida diligência.

• Cooperação internacional
º Priorizar iniciativas de cooperação, assistência técnica e diálogo entre países
no CDH, com base nos princípios fundadores do órgão (resolução 60/251).
º Favorecer o monitoramento não seletivo de situações de países, com base
na cooperação internacional, na construção de capacidades nacionais e no
diálogo construtivo com o país concernido.
º Apoiar e propor iniciativas no âmbito do grupo de países coautores da reso-
lução sobre cooperação técnica em direitos humanos, integrado pelo Brasil.

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• Combate ao trabalho escravo
º Desenvolver o 3º Plano Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo
(III PNETE), com recorte de gênero e raça.
º Fortalecer a implementação do Fluxo Nacional de Atendimento às Vítimas de
Trabalho Escravo.
º Contribuir para o debate sobre estratégias de enfrentamento e erradicação
do trabalho escravo doméstico.

• Memória, verdade e justiça


º Inspirado em experiências internacionais exitosas, fortalecer políticas domés-
ticas e mecanismos institucionais dedicados à garantia do direito humano à
memória, à verdade, à justiça e à reparação, assim como a garantias de não
repetição.
º Apoiar o mandato do relator especial sobre o tema e organizar possível visita
ao Brasil.
º Apoiar e propor iniciativas, resoluções e eventos dedicados à promoção do
direito humano à memória, à verdade, à justiça, à reparação e a garantias de
não repetição, no âmbito da ONU, da OEA e do Mercosul.
º Apoiar a ampliação da agenda relacionada ao direito humano à memória, à
verdade, à justiça e à reparação, com vistas a incorporar as dimensões racial
e de gênero, assim como a relativa à situação de pessoas no campo e dos
povos indígenas.
º Acompanhar e prestar apoio a iniciativas de busca e identificação de pessoas
vítimas de desaparecimento forçado, inclusive por meio de iniciativas interna-
cionais de cooperação.

• Combate à tortura e a graves violações de direitos humanos


º Elaborar e zelar pela efetiva implantação do II Pacto Federativo para a Preven-
ção e o Combate à Tortura.

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º Elaborar e fomentar a criação e a instauração de mecanismos e comitês esta-
duais de prevenção e combate à tortura.
º Aperfeiçoar a legislação existente nos estados que implementaram os comitês e
mecanismos estaduais, nos termos do Protocolo Opcional à Convenção contra
a Tortura e a Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes.
º Apoiar o aperfeiçoamento dos órgãos e mecanismos internacionais dedicados
à prevenção e ao combate à tortura.

• Proteção a vítimas e testemunhas ameaçadas


º Apoiar e fomentar mecanismos de garantia dos direitos das vítimas de crimes
e de proteção de vítimas e testemunhas ameaçadas.
º Fortalecer os programas especializados de proteção a vítimas e testemunhas
ameaçadas.
º Ampliar o acesso, fortalecer e qualificar o Programa Federal de Assistência a
Vítimas e Testemunhas Ameaçadas.
º Promover a elaboração de marcos regulatórios, com vistas a assegurar o
acesso seguro de vítimas e testemunhas ameaçadas a políticas públicas, bus-
cando, assim, contribuir para a garantia integral de seus direitos.

• Engajamento com a sociedade civil


º Organizar eventos, promover contatos permanentes e estabelecer diálogo e
consulta com representantes da sociedade civil, em consonância com o fortale-
cimento dos Conselhos Nacionais e do Sistema Nacional de Participação Social.
º Apoiar as atividades do Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) e de
outros órgãos colegiados nacionais relevantes para o monitoramento, a ava-
liação, a formulação e o seguimento de medidas dedicadas à promoção e à
proteção dos direitos humanos.
º Avaliar iniciativas em favor do estabelecimento de Instituição Nacional de Direi-
tos Humanos, em conformidade com os Princípios de Paris.

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Voluntary Commitments of Brazil for its
candidature to the UN Human Rights Council
(2024-2026)

I. Introduction

With great honor and sense of responsibility, Brazil presents its candidature to the Unit-
ed Nations Human Rights Council (UNHRC) for the 2024-2026 term. We are committed
to promoting and protecting the highest standards of human rights. Our candidacy re-
flects the absolute centrality of human rights in our country’s international insertion as a
democratic and pluralistic nation, founded on the guarantee of dignity and rights for all.
Brazil has made significant contributions to the UNHRC. In the Council’s 17-year history,
Brazil has served five terms. We believe that the international human rights system can
be strengthened through the effective promotion and protection of all human rights
for all, without discrimination, based on the principles of universality, indivisibility, im-
partiality, objectivity, non-selectivity, as well as constructive dialogue and international
cooperation.
If elected, we intend to deepen our contribution to the effectiveness of the UNHRC and
strengthen its role in preventing and addressing the structural causes of serious human
rights violations, using all tools available to the council, especially dialogue and coop-
eration. We want to maintain a high degree of interaction with the Office of the High
Commissioner and our unrestricted support for the Universal Periodic Review (UPR)
mechanism. Also, we will honor our standing invitation to special procedures mandate
holders, extended since 2001, a proof of our commitment to seriously address our own
challenges, in order to build a freer, more just and solidary Brazil—and also the world.

21
II. Past, Present and Future: Human Rights in Brazil

Brazil’s commitment to democracy, the rule of law, human rights, and sustainable de-
velopment is unwavering. Preserving democracy, respecting human rights, ensuring the
rule of law, and promoting sustainable development are fundamental principles of our
Federal Constitution. Our history and evolution as a nation were forged by struggles
for rights, equality, and democracy. Recent attacks on democracy in many parts of the
world serve as a warning and reinforce our commitment to strengthening democratic
values and promoting dignity for the present generation and future ones.
Our Federal Constitution paves the way, by establishing human dignity and citizenship
as the foundations of the Republic (Article 1); the well-being of all, without discrimina-
tion, as one of its objectives (Article 3); and the prevalence of human rights and the
repudiation of racism among the principles of Brazilian foreign policy (Article 4). In ad-
dition to the wide range of fundamental rights and guarantees established in the con-
stitutional text (Articles 5, 6, and 7), international human rights treaties ratified by Brazil
have the status of supra-legal norms or constitutional amendments (Article 5, § 2).
To implement these constitutional and international commitments, Brazil has a wide
range of institutions in legal, political, and social spheres. At the federal level, new min-
istries have been created for implementing human rights policies. In addition to the
Ministry of Human Rights and Citizenship, since January 2023, Brazil has the Ministries
of Women; of Racial Equality; and of Indigenous Peoples. With an unprecedented struc-
ture and expanded authority, these ministries are responsible for making human rights
the axis of all public policies, which means looking first to people in vulnerable situations
and giving a voice and place to those who, for historical reasons, have seen their rights
denied or restricted. In this sense, priority is given to women, Black people, Indigenous
peoples, persons with disabilities, LGBTQIA+ people, children, adolescents and older
persons, people in situation of homelessness, human rights defenders, victims and wit-
nesses under threat, and other groups whose situation of vulnerability requires special
attention from the State.
With renewed determination, Brazil is committed to seriously address its human rights
challenges, which implies acting in the three dimensions of time: past, present, and fu-
ture, intertwined and inseparable.

22
We start with the struggle for memory, truth, and justice, related not only to violations
that occurred during the military regime but also to the sad history of slavery and its
consequences.
We emphasize our commitment to democracy, social participation, and the struggle
of groups victimized by injustices and oppression, in favor of effectively realizing eco-
nomic, social, and cultural rights; combating torture and structural violence problems;
fighting racism, racial discrimination, and LGBTQIA+ phobia; combating hunger and
poverty, as well as all forms of gender-based inequality, discrimination, and violence;
addressing violence against youth and child labor; resuming the prominent role the
country has already played in the field of child vaccination and providing protection to
orphaned children and adolescents as a result of the COVID-19 pandemic; supporting
the struggle of human rights defenders, especially environmentalists; adopting effec-
tive measures to prevent and combat forced labor or slavery-like conditions, including
through the establishment of due diligence processes on human rights by businesses.
Looking forward, we reaffirm the right to development as a human right and we re-
main committed to recognizing the interrelationship between human rights and climate
change.
This effort will involve the participation of the whole society. The formulation, imple-
mentation, and evaluation of public policies will have active popular participation from
civil society and non-governmental organizations to councils and specific mechanisms,
at various levels of government and with the support of social participation and diver-
sity advisors, recently created in all ministries of the federal government.

III. Brazil and the international human rights system

In the international arena, Brazil’s commitment to the promotion of human rights dates
to the very foundation of the UN. Brazil, represented by Bertha Lutz, and along with
other Latin American partners, was responsible for the inclusion of women in the UN
Charter. We also played a significant role in the negotiation of the Universal Declara-
tion of Human Rights. Brazil played a prominent role in the working group that drafted
the Convention on the Rights of the Child in 1989, and led efforts that resulted in the
approval of the UN Guidelines for the Alternative Care of Children in 2009. We played
an important role in the negotiation of the Declaration and Programme of Action of

23
the International Conference on Human Rights held in Vienna, in 1993. We are one of
the 23 countries that ratified, in 2002, ILO Convention No. 169 on Indigenous and Tribal
Peoples. Our participation in the Durban Conference in 2001 encouraged the creation
of legislation and public policies to combat racism and racial discrimination. The United
Nations Convention and Optional Protocol on the Rights of Persons with Disabilities
were incorporated into Brazilian law in 2008, with the status of a constitutional amend-
ment.
At the regional level, we have expanded our engagement with the Inter-American Court
and Commission on Human Rights. In August 2022, at the invitation of the Brazilian
government, we hosted, in Brasília, the ordinary session of the Inter-American Court,
whose mandatory jurisdiction we recognize since 1998.
Brazil also supports the strengthening of multilateralism and advocates for an effective,
legitimate, and impartial Human Rights Council (HRC). In addition to being a founding
member of the HRC, we take part in several groups of countries co-authoring resolu-
tions adopted by the body on varied topics, such as the human right to health, respect
for the right to privacy, the incompatibility between democracy and racism, and the
promotion of technical cooperation in human rights, among others.
Therefore, our candidature for the Council reflects the absolute centrality of human
rights in our Constitution, as well as our political commitment, as a democratic and
pluralistic country, to guaranteeing dignity and rights for all.

IV. Voluntary commitments

• International human rights mechanisms


º Strengthen and improve the international human rights system and the HRC,
in a comprehensive and integral manner, based on its founding principles
(Resolution 60/251).
º Engage in discussions to promote greater effectiveness and efficiency in the
work of the HRC, including in the negotiations on the possible elevation of the
status of the body.

24
º Prioritize a preventive and cooperative approach in the HRC, favoring dia-
logue and international cooperation, technical assistance, and capacity build-
ing instead of instrumentalization, polarization, and selectivity.
º Support the Universal Periodic Review (UPR) mechanism, special procedures,
and the Office of the High Commissioner for Human Rights (OHCHR).
º Support treaty bodies and maintain the commitment to submit timely period-
ic reports, participate constructively and with a high level delegation in their
reviews, and monitor and implement their recommendations.

• International human rights treaties


º Advance the ratification process of international human rights instruments subject
to recommendations accepted by Brazil under the UPR, including the Optional
Protocol to the International Covenant on Economic, Social and Cultural Rights,
and ILO conventions.
º Accelerate internal procedures to ratify the Regional Agreement on Access to
Information, Public Participation, and Access to Justice in Environmental Matters
in Latin America and the Caribbean, also known as the Escazú Agreement, signed
by Brazil in 2018.
º Strive to advance the ratification process of international human rights instruments,
including the Inter-American Convention on the Protection of the Human Rights of
Older Persons, the Inter-American Convention against All Forms of Discrimination
and Intolerance, and the International Convention on the Protection of the Rights
of All Migrant Workers and Members of Their Families.

• Civil and political rights


º In the context of increasing threats to democracy in Brazil and the world, com-
bat all forms of violence associated with hate speech and extremism, and pro-
mote an environment conducive to the full exercise of freedom of expression.
º Continue to present, support, and co-sponsor draft resolutions related to civil
and political rights, such as the right to privacy in the digital age, human rights

25
on the Internet, respect for freedom of expression and opinion, and the pro-
tection of journalists, among others.
º Promote initiatives that encourage greater participation of Black people, wom-
en, Indigenous people, LGBTQIA+ individuals and other marginalized groups
in decision-making functions and processes.
º Support initiatives and resolutions to prevent and combat torture within inter-
national human rights forums and mechanisms.
º Advance the online protection of the same rights protected offline.
º Support resolutions dedicated to promoting and protecting freedom of reli-
gion or belief, in light of the rich diversity of traditions, beliefs, religions, and
cultures that exist in Brazil.
º Advance the establishment of mechanisms to combat political violence mo-
tivated by gender and race factors against populations historically excluded
from positions of power.
º Promote actions to prevent and address the dissemination of fake news and
human rights violations perpetrated through robots and artificial intelligence
tools.
º Support and co-sponsor initiatives to combat all forms of violence, prejudice,
discrimination, and intolerance.

• Rights of Women and Girls


º Support initiatives and resolutions dedicated to promoting gender equality,
particularly in ensuring pay parity and strengthening women’s active partici-
pation in all power and decision-making instances, as well as in renewing the
mandate of the special rapporteur.
º Promote, defend, and support policies that comprehensively address all forms
of discrimination based on race and gender, aiming to improve the living
conditions and integration of Black girls and women in Brazil and around the
world.

26
º Redouble international efforts aimed at combating all forms of violence
against women and girls, with emphasis on the prevention and fight against
feminicide and political violence, as well as the protection of women in vul-
nerable situations.
º Apply a cross-cutting and intersectional approach to gender equality in all
initiatives within the HRC.
º Promote and protect women’s rights, including through actions related to
promoting the right to health and sexual and reproductive rights.
º Seek to increase women’s participation in Brazilian delegations, as well as in all
instances of the HRC and the UN.
º Support, co-sponsor, and organize events, seminars, joint declarations, and
resolutions for the promotion of gender equality in the HRC.

• Rights of Indigenous Peoples


º Promote and support initiatives that strengthen the necessary conditions for
the effective guarantee of Indigenous peoples’ rights, including processes of
land demarcation, territorial and environmental management, and effective
mechanisms of consultation and participation, fully respecting the rights of
Indigenous Peoples and in accordance with the Brazilian Federal Constitution.
º Strengthen and increase engagement with the topic in the HRC and pro-
mote events such as discussions and the sharing of best practices and lessons
learned, ensuring the participation and leadership of Indigenous/native peo-
ples from various parts of the globe.
º Support resolutions and initiatives on Indigenous Peoples’ rights and the
mandate of the special rapporteur.
º Increase engagement in discussions on the participation of Indigenous Peo-
ples in the HRC.
º Support initiatives that recognize the role played by Indigenous Peoples in
protecting the environment and biodiversity and in combating illegal or pred-
atory exploitation of their lands.

27
• Racial equality and fight against racism
º Prioritize initiatives to combat structural racism and police violence, both do-
mestically and internationally.
º Ensure the effective implementation of the Durban Declaration and Program
of Action against racism, racial discrimination, xenophobia, and related intol-
erance (DDPA), both domestically and internationally.
º Contribute to and promote actions for the effective implementation of the
Program of Activities of the International Decade for People of African De-
scent (2015-2024).
º Propose and support initiatives, resolutions, and events dedicated to combat-
ing all forms of racism, racial discrimination, xenophobia, and related intoler-
ance within the HRC.
º Support the renewal of the mandates of special rapporteurs and experts, as
well as promote the visit of special procedures dedicated to the topic.
º Actively participate in the negotiation of the United Nations Declaration on the
promotion and full respect of the human rights of People of African Descent.
º Support the work of the Follow-up Mechanisms of the Durban Conference
and of the Permanent Forum on People of African Descent.
º Promote the exchange of experiences and cooperation with other countries in
the hemisphere to further the implementation of the Inter-American Conven-
tion against Racism, Racial Discrimination, and Related Forms of Intolerance.

• Rights of children, adolescents, and youth


º Support and participate in initiatives, resolutions, and events dedicated to
promoting and protecting the rights of children and adolescents in the HRC,
ensuring the best interests of the child.
º Actively contribute to the activities of the group of co-authoring countries of
draft resolutions on the rights of the child, led by GRULAC and the European
Union.

28
º Give absolute priority to the rights of children, adolescents, and youth, in-
cluding in the digital sphere, through public policies and budget resources
compatible with this recognition.
º Support initiatives aimed at combating violence and sexual exploitation of
children and adolescents.
º Promote comprehensive initiatives to promote food and nutritional security
and the comprehensive health of children and adolescents, especially to re-
duce malnutrition and infant mortality.
º Support and participate in initiatives and strategies aimed at eradicating child
labor and promoting decent work for youth.
º Support strategies that increase real opportunities for full, effective, and con-
structive participation of young people in Brazilian society and at the interna-
tional level, including within the UN.
º Promote the application of a cross-cutting and intersectional approach to
public policies dedicated to children, adolescents, and youth.
º Increase the participation of Brazilian children, adolescents, and youth in rel-
evant events, including official delegations, at the HRC and other UN bodies,
as well as support efforts to increase this representation among other dele-
gations.
º Support measures aimed at ensuring effective access and retention of Black
children, adolescents, and youth throughout the education cycle, including
higher education.
º Promote and support initiatives aimed at reducing lethal violence and social
vulnerabilities suffered by Black youth, as well as confronting structural racism.

• Rights of older persons


º Advance proposals, at the international level, for the protection and promotion
of the rights of older persons, recognizing “multiple ways of ageing” and their
contribution to society, valuing care practices and work, and considering the
different circumstances that can affect the guarantee of rights for this group.

29
º Promote initiatives to combat all forms of discrimination and violence against
the elderly, favoring their autonomy and full and effective participation in eco-
nomic, political, and social life, as well as the implementation of cross-cutting,
intersectoral, and local policies for healthy aging.
º Present and support initiatives and resolutions pertaining to this topic, and
participate in the Group of Friends of the elderly, including with regard to re-
newing the term of the independent expert.
º Promote actions to support the implementation of the Program of Activities
for the Decade of Healthy Aging (2021 to 2030), declared by the UN General
Assembly.
º Support the negotiation of a legally binding instrument on the rights of older
persons within the UN.

• Rights of Persons with Disabilities


º Advance initiatives, resolutions and events aimed at persons with disabilities,
in line with the legal framework and national policy dedicated to the subject.
º Ensure the leadership, inclusion, and full participation of persons with disabil-
ities in the formulation and implementation of initiatives in the HRC and other
UN activities.
º Support the application of a cross-cutting and intersectional perspective on
the rights of persons with disabilities in all topics addressed by the HRC.
º Promote campaigns against ableism, both domestically and at multilateral
organizations.
º Promote the implementation of a unified disability assessment system, from a
biopsychosocial perspective, and support technical cooperation initiatives and
capacity-building aimed at this goal.

• Rights of LGBTQIA+ people


º Support and promote initiatives at the international level to protect and pro-
mote the rights of LGBTQIA+ people, in line with national priorities in this regard.

30
º Join the Group of Friends on Sexual Orientation and Gender Identity (SOGI) in
Geneva, as well as the “Equal Rights Coalition” initiative.
º Propose and support initiatives within the group of co-authoring countries of
the resolution on combating violence and discrimination based on sexual ori-
entation and gender identity, including with regard to renewing the mandate
of the independent expert, as well as in similar initiatives, formed together
with other UN and the Organization of American States bodies.
º Support the activities of the independent expert on the subject and promote
a possible visit to Brazil.

• Rights of migrants, refugees, and stateless persons


º Support and promote initiatives at the international level to protect and pro-
mote the rights of migrant, refugee, and stateless populations, in line with
national priorities on the subject.
º Support initiatives to combat all forms of violence, prejudice, discrimination,
and intolerance.
º Promote the principles and guidelines set out in the Global Compact for Mi-
gration and the Global Compact on Refugees.
º Foster a cross-cutting and intersectional approach to the rights of migrants
and internally displaced persons within the HRC.

• Right to development
º Support debates and initiatives related to the right to development, including
with regard to reflecting on the drafting of a legally binding document on the
subject, as well as in the framework of implementing the Sustainable Devel-
opment Goals (SDGs).

31
• Economic, social, and cultural rights
º Promote the equitable realization of economic, social, and cultural rights, par-
ticularly those related to inclusion and social justice, the fight against hunger
and poverty, as well as the guarantee of human rights to education, health,
food, and adequate housing.
º Continue to present, support, and co-sponsor draft resolutions regarding
economic, social, and cultural rights, such as the right to adequate housing
and on technical cooperation in human rights.
º Support initiatives and resolutions related to promoting the human right to
decent work, especially with regard to the prevention and combating of child
labor and forced labor.
º Promote the right to adequate food, bearing in mind the need to overcome
food and nutritional insecurity around the word.
º Mobilize government, at all levels (federal, state, and local), as well as Brazilian
society to confront hunger and all forms of malnutrition, through public poli-
cies and initiatives that promote the right to adequate and healthy food, with
special attention given to the most vulnerable groups and people.

• Right to health
º Promote international initiatives to promote and protect the human right to
the highest attainable standard of physical and mental health, based on sci-
ence, dialogue with civil society, and collaborative work, in line with principles
that inform Brazil’s Unified Health System (SUS).
º Promote the strengthening of health care for Indigenous peoples, the health
of the Black population, and the fight against structural racism in access to
health.
º In the context of post-COVID-19 recovery, continue to present and support
draft resolutions aimed at strengthening the treatment of topics such as ac-
cess to vaccines and medicines as a component of the human right to health;

32
human rights and mental health; and reduction of stigma and discrimination
against people living with HIV/AIDS.
º Cooperate with the special procedure on the human right to health and jointly
define possible dates for a visit to Brazil.

• Sports and human rights


º Support the improvement of international best practices and promote the
prevention and the fight against racism and any form of discrimination in
different sports modalities, especially in major sports events.
º Encourage sports programs aimed at communities living in unfavorable con-
ditions or occupying the outskirts of urban centers, whether in schools or
community facilities created for this purpose.
º Propose, within the HRC, to follow-up the resolution on sport, healthy life-
styles, and the right to health, with a view to mobilizing greater attention to
the positive contribution of promoting physical activities to the health and
well-being of all.

• Human right to a clean, healthy and sustainable environment


º Support the full recognition of the human right to a clean, healthy and sus-
tainable environment, on an equitable and non-discriminatory basis.
º Integrate the treatment of human rights to the achievement of the SDGs, by
taking advantage of synergies between multilateral fora.
º Support that discussions on the human right to a clean, healthy and sustain-
able environment are based on the three pillars of sustainable development
(economic, social and environmental) and international cooperation, in line
with relevant multilateral instruments.
º Support the effective implementation of international agreements and con-
ventions on the environment, as relevant instruments that can also promote
the realization of human rights.

33
º Support initiatives aimed at combating illegal or predatory exploitation of na-
ture, as well as the impacts on human rights resulting from these processes.

• Human Rights Defenders


º Strengthen the National Program for the Protection of Human Rights De-
fenders, Communicators, and Environmentalists (PPDDH), by reinstating its
Deliberative Council, composed in a parity-based manner by representatives
of public agencies and civil society.
º Promote the establishment of a National Policy for the Protection of Human
Rights Defenders, Communicators, and Environmentalists and the normative
strengthening of the Program.
º Monitor, with special attention, the situation of environmentalists, indigenous
peoples, and quilombola defenders, and design measures for their protection.
º Support dialogue with special procedures and international mechanisms and
receive the possible visit of the special rapporteur on human rights defenders.

• Businesses and Human Rights


º Actively participate in the negotiation of a legally binding instrument on busi-
ness and human rights.
º Participate in and promote events, forums, and debates on business and hu-
man rights, ensuring the full participation of civil society organizations, unions,
and the private sector.
º Support debates and initiatives related to the respect for due diligence.

• International cooperation
º Prioritize initiatives for cooperation, technical assistance, and dialogue be-
tween countries in the HRC, based on the founding principles of the body
(resolution 60/251).

34
º Favor non-selective monitoring of country situations, based on international
cooperation, national capacity building, and constructive dialogue with the
concerned country.
º Support and propose initiatives within the group of co-author countries of
the resolution on technical cooperation in human rights, of which Brazil is a
member.

• Combating forced labor


º Develop the 3rd National Plan for the Eradication of Forced Labor (III PNETE),
with a gender and race perspective.
º Strengthen the implementation of the National Flow of Assistance for Victims
of Forced Labor.
º Contribute to discussions on strategies to confront and eradicate domestic
forced labor.

• Memory, truth, and justice


º Strengthen domestic policies and institutional mechanisms dedicated to en-
suring the human right to memory, truth, justice, and reparation, as well as
guarantees of non-repetition, learning from successful international experi-
ences.
º Support the mandate of the special rapporteur on this issue and organize a
possible visit to Brazil.
º Support and propose initiatives, resolutions, and events dedicated to promot-
ing the human right to memory, truth, justice, reparation, and guarantees of
non-repetition within the UN, OAS, and Mercosur.
º Support the expansion of the agenda related to the human right to memory,
truth, justice, and reparation, with a view to incorporating racial and gender
dimensions, as well as those related to the situation of people in rural areas
and Indigenous peoples.

35
º Monitor and provide support for initiatives to search for and identify victims
of enforced disappearance, including through international cooperation ini-
tiatives.

• Combating torture and serious human rights violations


º Develop and ensure the effective implementation of the Second Federal Pact for
the Prevention and Combat of Torture.
º Develop and promote the creation and establishment of state mechanisms and
committees for the prevention and combat of torture.
º Improve existing legislation in states that have implemented state committees
and mechanisms in accordance with the Optional Protocol to the Convention
against Torture and Other Cruel, Inhuman or Degrading Treatment or Punish-
ment.
º Support the improvement of international mechanisms and organizations ded-
icated to the prevention and combat of torture.

• Protection of threatened victims and witnesses


º Support and promote mechanisms to guarantee the rights of victims of crimes
and the protection of threatened victims and witnesses.
º Strengthen specialized protection programs for threatened victims and wit-
nesses.
º Expand access, strengthen, and qualify the Federal Program for Assistance to
Threatened Victims and Witnesses.
º Promote the development of regulatory frameworks to ensure secure access
of threatened victims and witnesses to public policies, thereby contributing to
the full guarantee of their rights.

36
• Engagement with civil society
º Organize events, promote contacts, and establish permanent dialogue and
consultation with representatives of civil society, in line with strengthening Na-
tional Councils and the National System of Civil Participation.
º Support the activities of the National Council for Human Rights (CNDH) and of
other relevant national collegial bodies for monitoring, evaluation, formulation,
and follow-up of measures dedicated to the promotion and protection of hu-
man rights.
º Review initiatives that favor the establishment of a National Human Rights Insti-
tution, in accordance with the Paris Principles.

37
Engagements volontaires du
Brésil en vue de sa candidature au CDH
(2024-2026)

I. Introduction

C’est avec grand honneur et sens des responsabilités que le Brésil présente sa candida-
ture au Conseil des droits de l’homme (CDH) pour le mandat 2024-2026. Nous sommes
engagés en faveur de la promotion et de la protection des plus hauts standards en
matière de droits humains. Notre candidature au CDH reflète la centralité absolue de la
question des droits de l’homme dans notre insertion dans le monde, en tant que pays
démocratique et pluriel, fondé sur la garantie de la dignité et des droits pour toutes et
tous.
Le Brésil a apporté d’importantes contributions au Conseil des droits de l’homme, au
sein duquel il a exercé cinq mandats, au long des dix-sept ans d’existence. Nous sommes
convaincus que le système international des droits de l’homme peut être renforcé par
la promotion et de la protection effectives de tous les droits humains, pour toutes et
tous, sans discrimination, et sur la base des principes d’universalité, d’indivisibilité, d’im-
partialité, d’objectivité et de non sélectivité, ainsi que du dialogue constructif et de la
coopération internationale.
Nous avons l’intention, si nous sommes élus, d’approfondir notre contribution à l’effica-
cité du Conseil des droits de l’homme et de renforcer son rôle dans la prévention et le
traitement des causes structurelles conduisant à des situations de graves violations des
droits de l’homme, en employant tous les outils dont dispose cet organisme, en par-
ticulier le dialogue et la coopération. Nous voulons conserver notre dialogue de haut
niveau avec le Bureau du Haut-Commissaire et notre soutien total au mécanisme d’Exa-

39
men Périodique Universel (EPU). Nous honorerons, également, notre invitation perma-
nente adressée aux titulaires de mandat au titre des procédures spéciales depuis 2001,
preuve de notre compromis de faire face avec sérieux à nos propres défis, convaincus
que nous contribuons ainsi à la construction d’un Brésil – et d’un monde – plus libre,
plus juste et plus solidaire.

II. Passé, présent et avenir : les droits humains au Brésil

L’engagement du Brésil envers la démocratie, l’État de droit, les droits humains et le dé-
veloppement durable est inébranlable. Préserver la démocratie, respecter les droits hu-
mains, garantir l’État de droit et promouvoir le développement de manière durable sont
des principes fondamentaux de notre Constitution fédérale. Notre histoire et notre for-
mation ont été forgés par les luttes pour les droits, l’égalité et la démocratie. Les récents
assauts contre la démocratie constatés dans divers endroits du monde constituent un
avertissement et renforcent notre détermination à consolider les valeurs démocratiques
et à promouvoir la dignité pour les générations présentes et à venir.
Notre Constitution fédérale en indique le chemin, en établissant la dignité de la per-
sonne humaine et la citoyenneté comme fondements de la République (article pre-
mier), le bien de tous sans discrimination comme l’un de ses objectifs (article 3), et la
primauté des droits humains et le refus du racisme parmi les principes de la politique
étrangère brésilienne (article 4). À la longue liste des droits et garanties fondamentaux
inscrits dans le texte constitutionnel (articles 5, 6 et 7), les traités internationaux relatifs
aux droits de l’homme ratifiés par le Brésil ont le statut de normes supra-légales ou
d’amendement constitutionnel (article 5, paragraphe 2).
Pour mettre en œuvre ces engagements constitutionnels et internationaux, le Brésil
s’appuie sur une large palette d’institutions dans les sphères juridique, politique et
sociale. La création, au niveau fédéral, de nouveaux ministères destinés à la mise en
œuvre de politiques visant à la réalisation des droits de l’homme est à souligner. Outre
le ministère des Droits humains et de la Citoyenneté, le Brésil dispose désormais, depuis
janvier 2023, du ministère des Femmes, du ministère de l’Égalité Raciale et du ministère
des Peuples Autochtones. Dotés d’une structure inédite et de compétences élargies,
ces portefeuilles ont pour responsabilité de faire des droits humains l’axe de la politique
gouvernementale, ce qui signifie se tourner d’abord vers les personnes en situation
de vulnérabilité et donner la parole et place à ceux qui, pour des raisons historiques,
ont vu leurs droits niés ou limités. De ce point de vue, sont prioritaires les femmes, les

40
personnes noires, les peuples autochtones, les personnes handicapées, les personnes
LGBTQIA+, les enfants, adolescents et personnes âgées, les personnes sans-abri, les
défenseurs des droits de l’homme, les victimes et témoins menacés et d’autres groupes
dont la situation de vulnérabilité exige une attention particulière de la part de l’État.
C’est avec une volonté renouvelée que le Brésil est déterminé à affronter avec sérieux
ses défis dans le domaine des droits de l’homme, ce qui implique d’agir sur les trois
dimensions du temps : passé, présent et avenir, qui sont entremêlées et indissociables.
Nous commençons par les luttes pour le travail de mémoire, la vérité et la justice, en
rapport non seulement avec des violations ayant eu lieu au cours du régime militaire
mais également lors du triste chapitre de l’esclavage et de ses conséquences.
Nous renforçons notre engagement envers la démocratie, la participation sociale et
la lutte des groupes victimes d’injustices et d’oppressions, en faveur de la réalisation
effective des droits économiques, sociaux et culturels, de la lutte contre la torture et
les problèmes structurels de la violence, de la lutte contre le racisme, la discrimination
raciale et la LGBTQIA+phobie, de la lutte contre la faim et la pauvreté, ainsi que de
toute forme d’inégalité, de discrimination et de violence fondée sur le genre, de la lutte
contre la mort violente chez les jeunes et le travail des enfants, de la reprise du rôle de
premier plan qu’occupait le pays en matière de vaccination des enfants et de l’offre de
protection aux enfants et adolescents orphelins et orphelines en raison de la pandémie
de COVID-19, du soutien à la lutte des défenseuses et défenseurs des droits humains,
avec une attention particulière accordée aux environnementalistes, et de l’adoption de
mesures concrètes pour la prévention et la lutte contre le travail forcé ou en situation
analogue à l’esclavage, y compris à travers l’instauration de processus de diligence rai-
sonnable en matière de droits de l’homme par les entreprises.
En nous tournant vers l’avenir, nous réaffirmons le droit au développement en tant que
droit humain et sommes engagés envers la question de l’interrelation entre droits de
l’homme et changement climatique.
Cet effort reposera sur la participation de la société dans son ensemble. La formulation,
la mise en œuvre et l’évaluation de politiques publiques s’appuieront sur une partici-
pation populaire active, de la part de la société civile et d’organisations non gouver-
nementales, par le biais de conseils et de mécanismes spécifiques, à divers niveaux de
gouvernement et avec le soutien des bureaux de la participation sociale et de la diver-
sité, récemment créés au sein de tous les ministères du gouvernement fédéral.

41
III. Le Brésil et le système international des droits de l'homme

Sur la scène internationale, l’engagement du Brésil envers la promotion des droits de


l’homme remonte à la fondation de l’ONU. Le Brésil, représenté par Bertha Lutz, aux
côtés d’autres partenaires latino-américains, a été le responsable de l’inclusion des
femmes dans la Charte des Nations Unies. Nous avons également joué un rôle impor-
tant dans la négociation de la Déclaration universelle des droits de l’homme. Le Brésil
s’est illustré au sein du groupe de travail qui a élaboré la Convention relative aux droits
de l’enfant, en 1989, et a mené les efforts qui ont abouti à l’approbation, en 2009, des
Lignes directrices de l’ONU relatives à la protection de remplacement pour les enfants.
Nous avons assumé un rôle important dans la négociation de la Déclaration et du
Programme d’action de la Conférence internationale des droits de l’homme, réalisée
à Vienne, en 1993. Par ailleurs, nous faisons partie des 23 pays ayant ratifié, en 2002,
la Convention n°169 de l’OIT relative aux peuples indigènes et tribaux. Notre partici-
pation à la Conférence de Durban, en 2001, a stimulé la création d’une législation et
de politiques publiques de lutte contre le racisme et la discrimination raciale. Enfin, la
Convention des Nations unies et le protocole facultatif relatifs aux droits des personnes
handicapées ont été incorporés à l’ordre juridique brésilien, en 2008, avec un statut de
révision constitutionnelle.
Au niveau régional, nous avons étendu notre engagement auprès de la Cour et de
la Commission interaméricaines des droits de l’homme. En août 2022, à l’invitation
du gouvernement brésilien, nous avons accueilli, à Brasilia, une période ordinaire de
sessions de la Cour interaméricaine, dont nous reconnaissons la juridiction obligatoire
depuis 1998.
Le Brésil soutient, de plus, le renforcement du multilatéralisme et défend un Conseil
des droits de l’homme efficace, légitime et impartial. Nous sommes non seulement un
des membres fondateurs du CDH, mais nous faisons également partie des différents
groupes de pays coauteurs de résolutions adoptées par cet organisme, sur des thèmes
aussi variés que la réalisation du droit humain à la santé, le respect du droit à la vie
privée, l’incompatibilité entre démocratie et racisme et la promotion de la coopération
technique dans le domaine des droits de l’homme, entre autres.
Notre candidature au Conseil reflète donc l’absolue centralité des droits humains dans
notre Constitution, outre notre engagement politique, en tant que pays démocratique
et pluriel, en faveur de la garantie de la dignité et des droits pour toutes et tous.

42
IV. Engagements volontaires

• Mécanismes internationaux des droits de l’homme


º Renforcer et améliorer le système international des droits de l’homme et le
CDH, de manière intégrale et globale, sur la base de ses principes fondateurs
(résolution 60/251).
º Participer à des débats en vue de rendre les travaux du CDH plus efficaces et
effectifs, y compris dans les pourparlers concernant une possible élévation du
statut de l’organisme.
º Privilégier une approche préventive et coopérative au sein du CDH, en favo-
risant le dialogue et la coopération internationale, l’assistance technique et
la création de capacités, plutôt que l’instrumentalisation, la polarisation et la
sélectivité.
º Soutenir le mécanisme de Examen Périodique Universel (EPU), les procédures
spéciales et le Haut-Commissariat pour les droits de l’homme (HCDH).
º Soutenir les organes de traités et maintenir l’engagement de soumettre leurs
rapports périodiques respectifs en temps voulu, d’avoir une participation de
haut niveau et constructive à leurs examens et de suivre et mettre en œuvre
leurs recommandations.

• Traités internationaux des droits de l’homme


º Faire avancer le processus de ratification des instruments internationaux relatifs
aux droits de l’homme qui font l’objet de recommandations acceptées par le
Brésil dans le cadre du EPU, notamment du Protocole facultatif se rapportant
au Pacte international relatif aux droits économiques, sociaux et culturels, et
des conventions de l’OIT.
º Accélérer les procédures internes visant à ratifier l’Accord régional sur l’Accès
à l’information, la participation publique et l’accès à la justice à propos des
questions environnementales en Amérique latine et dans les Caraïbes, connu
égalment sous le nom d’Accord d’Escazú, signé par le pays en 2018.
º S’efforcer également de faire avancer le processus de ratification des instru-
ments internationaux relatifs aux droits de l’homme, notamment la Conven-

43
tion interaméricaine sur la protection des droits fondamentaux des personnes
âgées, la Convention interaméricaine contre toutes les formes de discrimina-
tion et intolérance et la Convention internationale sur la protection des droits
de tous les travailleurs migrants et des membres de leur famille.

• Droits civils et politiques


º Dans un contexte de menaces croissantes à la démocratie dans le pays et
dans le monde, lutter contre toutes les formes de violence associées à des
discours de haine et à l’extrémisme et promouvoir un environnement propice
au plein exercice de la liberté d’expression.
º Continuer à soumettre, soutenir et coparrainer des projets de résolution re-
latifs aux droits civils et politiques, tels que le droit à la vie privée à l’ère du
numérique, les droits de l’homme en ligne, le respect des libertés d’expression
et d’opinion et la protection des journalistes, entre autres.
º Promouvoir des initiatives qui encouragent une plus grande participation des
noirs, des femmes, des autochtones, des LGBTQIA+ et des autres populations
marginalisées à des fonctions et des processus de décision.
º Soutenir les initiatives et les résolutions visant à prévenir et à lutter contre la
torture dans le cadre de forums et de mécanismes internationaux de droits
de l’homme.
º Avancer dans la protection en ligne des mêmes droits protégés hors ligne.
º Soutenir les résolutions consacrées à la promotion et à la protection des liber-
tés de religion ou de croyance, compte tenu de la riche diversité des tradi-
tions, des croyances, des religions et des cultures présentes au Brésil.
º Avancer dans la constitution de mécanismes de lutte contre la violence po-
litique, motivée par des facteurs liés au genre et à la race, à l’encontre des
populations historiquement exclues des espaces de pouvoir.
º Promouvoir des actions de prévention et de lutte contre la diffusion de fausses
informations (fake news) et les violations des droits humains au moyen de
robots et d’outils d’intelligence artificielle.
º Soutenir et coparrainer des initiatives visant à lutter contre toutes les formes
de violence, de préjugés, de discrimination et d’intolérance.

44
• Droits des femmes et des filles
º Soutenir les initiatives et les résolutions consacrées à la promotion de l’égalité
de genre, notamment concernant la garantie de l’égalité salariale et du ren-
forcement de la participation active des femmes dans toutes les instances de
pouvoir et de prise de décision, ainsi que le renouvellement du mandat de la
rapporteuse spéciale.
º Promouvoir, défendre et soutenir les politiques qui prennent en compte, de
manière coordonnée, la lutte contre toute forme de discrimination fondée sur
la race et le genre, en vue d’améliorer les conditions de vie et l’insertion des
filles et des femmes noires au Brésil et dans le monde.
º Redoubler les efforts internationaux déployés pour lutter contre toutes les
formes de violence à l’égard des femmes et des filles, en mettant l’accent sur
la prévention et la lutte contre le féminicide et la violence politique, ainsi que
sur la protection des femmes en situation de vulnérabilité.
º Appliquer une approche transversale et intersectionnelle de l’égalité de genre
à toutes les initiatives au sein du CDH.
º Promouvoir et protéger les droits des femmes, notamment par le biais d’ac-
tions en rapport avec la promotion du droit à la santé et des droits sexuels et
reproductifs.
º Veiller à augmenter la participation féminine dans les délégations brésiliennes,
ainsi que dans toutes les instances du CDH et de l’ONU.
º Soutenir, coparrainer et organiser des événements, des séminaires, des décla-
rations conjointes et des résolutions pour la promotion de l’égalité de genre
au sein du CDH.

• Droits des peuples autochtones


º Promouvoir et soutenir les initiatives qui renforcent les conditions nécessaires
à la garantie effective des droits des peuples autochtones, notamment en ce
qui concerne les processus de démarcation de terres, de gestion territoriale et
environnementale et les mécanismes réels de consultation et de participation,
dans le plein respect des droits des peuples autochtones et conformément
aux dispositions de la Constitution fédérale.

45
º Renforcer et élever le niveau d’engagement envers cette question au sein
du CDH et promouvoir des événements tels que des dialogues et le partage
des meilleures pratiques et des enseignements tirés, en veillant à ce que les
peuples indigènes/autochtones de différentes parties du monde soient par-
ties prenantes.
º Soutenir les résolutions et les initiatives concernant les peuples autochtones et
le mandat du rapporteur spécial.
º Augmenter l’engagement dans les discussions sur la participation des peuples
autochtones au CDH.
º Soutenir les initiatives qui reconnaissent le rôle des peuples autochtones dans
la protection de l’environnement et de la biodiversité et dans la lutte contre
l’exploitation illégale ou prédatrice de leurs terres.

• Égalité raciale et lutte contre le racisme


º Donner la priorité aux initiatives visant à lutter contre le racisme structurel et
la violence policière, tant au niveau national qu’international.
º Veiller à la mise en œuvre effective de la Déclaration et du Programme d’Ac-
tion de Durban contre le racisme, la discrimination raciale, la xénophobie et
l’intolérance qui y est associée (DPAD), sur le plan national et international.
º Contribuer à et promouvoir des actions visant à la mise en œuvre effective du
Programme d’activités de la Décennie internationale des personnes d’ascen-
dance africaine (2015-2024).
º Proposer et soutenir des initiatives, des résolutions et des événements consa-
crés à la lutte contre toutes les formes de racisme, de discrimination raciale,
de xénophobie et d’autres formes d’intolérance au sein du CDH.
º Soutenir le renouvellement des mandats des rapporteurs spéciaux et des ex-
perts et encourager la visite de procédures spéciales consacrées au sujet.
º Participer activement à la négociation de la Déclaration des Nations unies sur
la promotion et le plein respect des droits de l’homme des personnes d’as-
cendance africaine.

46
º Soutenir le travail des mécanismes de suivi de la Conférence de Durban et de
l’Instance permanente pour les personnes d’ascendance africaine.
º Promouvoir l’échange d’expériences et la coopération avec les autres pays de
l’hémisphère en faveur de la mise en œuvre de la Convention interaméricaine
contre le racisme, la discrimination raciale et les formes connexes d’intolé-
rance.

• Droit des enfants, des adolescents et des jeunes


º Soutenir et participer aux initiatives, résolutions et événements consacrés à la
promotion et à la protection des droits des enfants et des adolescents au sein
du CDH, en veillant à ce que l’intérêt supérieur des enfants soit garanti.
º Contribuer activement aux activités du groupe de pays coauteurs des projets
de résolution sur les droits des enfants, menés par le GRULAC et par l’Union
Européenne.
º Accorder une priorité absolue aux droits des enfants et des adolescents, ainsi
qu’aux droits des jeunes, y compris dans la sphère numérique, par le biais
de politiques publiques et de ressources budgétaires compatibles avec cette
reconnaissance.
º Soutenir les initiatives visant à lutter contre la violence et l’exploitation sexuelle
des enfants et des adolescents.
º Promouvoir des initiatives globales de promotion de la sécurité alimentaire et
nutritionnelle et de la santé intégrale des enfants et des adolescents, en vue,
en particulier, de la réduction de la malnutrition et de la mortalité infantile.
º Soutenir et participer aux initiatives et stratégies visant à éradiquer le travail
des enfants et à promouvoir le travail décent pour les jeunes.
º Soutenir les stratégies qui augmentent les possibilités réelles de participation
pleine, effective et constructive des jeunes dans la société brésilienne et sur le
plan international, y compris dans le cadre de l’ONU.
º Favoriser l’application d’une approche transversale et intersectionnelle aux
politiques publiques consacrées aux enfants, aux adolescents et aux jeunes.

47
º Contribuer à accroître la participation des enfants, des adolescents et des
jeunes brésiliens aux événements pertinents – y compris au sein des déléga-
tions officielles – au Conseil des droits de l’homme et d’autres instances des
Nations Unies, et soutenir les efforts visant à augmenetr cette représentation
auprès d’autres délégations.
º Soutenir les mesures ayant pour objectif de garantir l’accès effectif et la per-
manence des enfants, des adolescents et des jeunes noirs, tout au long du
cycle éducatif, y compris dans l’enseignement supérieur.
º Promouvoir et soutenir les initiatives destinées à réduire la violence létale et
les vulnérabilités sociales dont souffre la jeunesse noire, ainsi qu’à lutter contre
le racisme structurel.

• Droit des personnes âgées


º Avancer des propositions, au niveau international, pour protéger et promou-
voir les droits des personnes âgées, en reconnaissant les vieillesses multiples
et leur contribution à la société, en valorisant les pratiques et les travaux du
soin et en prenant en compte les différentes circonstances qui peuvent affec-
ter la garantie des droits de ce groupe.
º Promouvoir des initiatives de lutte contre toutes les formes de discrimina-
tion et de violence contre les personnes âgées, en favorisant leur autonomie
et leur pleine et effective participation dans la vie économique, politique et
sociale, et la mise en œuvre de politiques transversales, intersectorielles et
locales pour un vieillissement en bonne santé.
º Présenter et soutenir des initiatives et des résolutions sur ce sujet, et participer
au groupe des amis des personnes âgées, y compris en ce qui concerne le
renouvellement du mandat de l’expert indépendant.
º Promouvoir des actions de soutien à la mise en œuvre du Programme d’acti-
vités pour la décennie du vieillement en bonne santé (2021 à 2030), déclarée
par l’Assemblée Générale des Nations Unies.
º Soutenir la négociation d’un instrument juridiquement contraignant sur les
droits des personnes âgées dans le cadre de l’ONU.

48
• Droits des personnes handicapées
º Proposer des initiatives, des résolutions et des événements destinés aux per-
sonnes handicapées, conformément au cadre législatif et à la politique natio-
nale consacrés à ce sujet.
º Garantir le rôle, l’inclusion et la pleine participation des personnes handica-
pées dans la formulation et la mise en place d’initiatives au CDH et autres
activités de l’ONU.
º Soutenir l’application d’une vision transversale et intersectionnelle des droits
des personnes handicapées, à tous les sujets abordés par le CDH.
º Promouvoir, tant au niveau national que dans le cadre des organismes multi-
latéraux, des campagnes contre le validisme.
º Promouvoir la mise en œuvre d’un système unifié d’évaluation du handicap,
dans une perspective biopsychosociale, et soutenir les initiatives de coopéra-
tion technique et de création de capacités à cette fin.

• Droits des personnes LGBTQIA+


º Soutenir et encourager les initiatives internationales pour protéger et promou-
voir les droits des personnes LGBTQIA+, conformément aux priorités nationales
sur ce sujet.
º Adhérer au groupe des amis du mandat sur l’orientation sexuelle et l’identité
de genre (OSIG), à Genève, ainsi qu’à l’initiative Coalition pour les droits égaux
(ERC).
º Proposer et soutenir des initiatives au sein du groupe de pays coauteurs de la
résolution sur la lutte contre la violence et la discrimination en raison de l’orien-
tation sexuelle et de l’identité de genre, y compris en ce qui concerne le renou-
vellement du mandat de l’expert indépendant, ainsi que dans le cadre d’initia-
tives similaires, mises en place dans d’autres organismes de l’ONU et de l’OEA.
º Soutenir les activités de l’Expert Indépendant sur ce sujet et encourager une
éventuelle visite au Brésil.

49
• Droit des personnes migrantes, réfugiées et apatrides
º Soutenir et promouvoir les initiatives sur le plan international visant à protéger
et à promouvoir les droits des migrants, des réfugiés et des apatrides, confor-
mément aux priorités nationales en la matière.
º Soutenir les initiatives visant à lutter contre toutes les formes de violence, de
préjugés, de discrimination et d’intolérance.
º Promouvoir les principes et les lignes directrices prévus dans le Pacte mondial
sur les migrations et le Pacte mondial sur les réfugiés.
º Favoriser une approche transversale et intersectionnelle des droits des mi-
grants et des déplacés internes dans le cadre du CDH.

• Droit au développement
º Soutenir les débats et les initiatives relatives au droit au développement, no-
tamment en ce qui concerne la réflexion sur l’élaboration d’un document ju-
ridiquement contraignant sur ce sujet, ainsi que dans le cadre de la mise en
œuvre des Objectifs de développment durable (ODD).

• Droits économiques, sociaux et culturels


º Promouvoir la réalisation équitable des droits économiques, sociaux et cultu-
rels, en particulier ceux relatifs à l’inclusion et à la justice sociale, à la lutte
contre la faim et la pauvreté, ainsi qu’à la garantie des droits humains à l’édu-
cation, à la santé, à l’alimentation, et au logement convenable.
º Continuer à proposer, soutenir et coparrainer des projets de résolution relatifs
aux droits économiques, sociaux et culturels, tels que le droit au logement
convenable et à la coopération technique en matière de droits humains.
º Soutenir les initiatives et les résolutions relatives à la promotion du droit hu-
main au travail décent, en particulier quant à la prévention et à la lutte contre
le travail des enfants et le travail forcé.

50
º Promouvoir le droit humain à une alimentation adéquate, en gardant à l’es-
prit l’impératif de surmonter l’insécurité alimentaire et nutritionnelle dans le
monde.
º Mobiliser le gouvernement à tous les niveaux (fédéral, des États fédérés et
municipal), ainsi que la société brésilienne dans la lutte contre la faim et la
malnutrion dans toutes ses formes, au moyen d’un ensemble de politiques
publiques et d’initiatives qui promeuvent le droit humain à une alimentation
adéquate et saine, avec une attention particulière portée aux groupes et per-
sonnes les plus vulnérables.

• Droit à la santé
º Promouvoir les initiatives internationales visant à la promotion et à la protec-
tion du doit humain à jouir de la meilleure santé physique et mentale possible,
fondées sur la science, le dialogue avec la société civile et le travail collaboratif,
conformément aux principes qui sous-tendent le Système Unique de Santé
(SUS) du Brésil.
º Promouvoir le renforcement de l’attention portée à la santé des peuples au-
tochtones, à la santé de la population noire et à la lutte contre le racisme
structurel dans l’accès à la santé.
º Dans le contexte de la reprise post-pandémie de COVID-19, continuer à pré-
senter et à soutenir des projets de résolution visant à renforcer le traitement
de thèmes tels que l’accès aux vaccins et aux médicaments en tant qu’élément
du droit humain à la santé, les droits humains et la santé mentale, et la ré-
duction de la stigmatisation et de la discrimination à l’encontre des personnes
vivant avec le VIH/SIDA.
º Coopérer avec la procédure spéciale sur le droit humain à la santé et convenir
de possibles dates pour la réalisation d’une visite au Brésil.

• Sports et droits humains


º Soutenir l’amélioration des meilleures pratiques internationales et promouvoir
la prévention et la lutte contre le racisme et toute forme de discrimination
dans les différentes disciplines sportives, en particulier lors des événements
sportifs de grande envergure.
51
º Encourager les programmes sportifs destinés aux communautés vivant dans
des conditions défavorables ou à la périphérie des centres urbains, que ce soit
dans les écoles ou dans les installations communautaires créées à cet effet.
º Proposer un suivi au sein du CDH de la résolution sur le sport, les modes de
vie sains et le droit à la santé, en vue de mobiliser une plus grande attention
sur la contribution positive de la promotion de l’activité physique sur la santé
et le bien-être de tous.

• Droit humain à un environnement propre, sain et durable


º Soutenir le plein développement du droit humain à un environnement propre,
sain et durable, sur des bases équitables et non discriminatoires.
º Intégrer le traitement des droits de l’homme dans la réalisation des ODD, en
profitant des synergies entre les instances multilatérales.
º Encourager que les discussions sur le droit humain à un environnement
propre, sain et durable s’appuyent sur les trois piliers du développement du-
rable (économique, social et environnemental) et la coopération internatio-
nale, conformément aux instruments multilatéraux pertinents.
º Soutenir la mise en œuvre effective des accords et conventions internationales
sur l’environnement, en tant qu’instruments pertinents pour promouvoir éga-
lement la réalisation des droits humains.
º Soutenir les initiatives consacrées à la lutte contre l’exploitation illégale ou pré-
datoire de la nature et les impacts sur les droits humains en découlant.

• Défenseurs des droits humains


º Renforcer le Programme national de protection des défenseurs et défenseuses
des droits humains, des journalistes et des environnementalistes (PPDDH), en
rétablissant son Conseil délibératif, composé, de manière paritaire, de repré-
sentants d’organismes publics et de la société civile.
º Promouvoir l’établissement d’une politique nationale de protection des dé-
fenseurs et défenseuses des droits humains, des journalistes et des environne-
mentalistes, ainsi que le renforcement réglementaire du programme.

52
º Suivre, avec une attention particulière, la situation des défenseurs de l’envi-
ronnement, des autochtones et des habitants des quilombos, et concevoir des
mesures pour leur protection.
º Soutenir le dialogue avec les procédures spéciales et les mécanismes interna-
tionaux et recevoir la visite éventuelle du rapporteur spécial sur les défenseurs
des droits de l’homme.

• Entreprises et droits humains


º Participer activement à la négociation d’un instrument juridiquement contrai-
gnant sur les entreprises et les droits humains.
º Participer et promouvoir des événements, des forums et des débats sur les
entreprises et les droits humains, en s’assurant de la pleine participation des
organisations de la société civile, des syndicats et du secteur privé.
º Soutenir les débats et les initiatives liés au respect du processus de diligence
raisonnable.

• Coopération internationale
º Donner la priorité aux initiatives relatives à la coopération, à l’assistance tech-
nique et au dialogue entre les pays au sein du CDH, sur la base des principes
fondateurs de l’organisme (résolution 60/251).
º Favoriser le suivi non sélectif des situations des pays, fondé sur la coopération
internationale, la construction de capacités nationales et le dialogue construc-
tif avec le pays concerné.
º Soutenir et proposer des initiatives dans le cadre du groupe des pays coau-
teurs de la résolution sur la coopération technique en matière de droits de
l’homme, dont le Brésil fait partie.

• Lutte contre l’esclavage moderne


º Développer le 3e Plan national pour l’éradication de l’esclavage moderne
(III PNETE), axé sur le genre et la race.

53
º Renforcer la mise en œuvre du Flux National d´Assistance aux Victimes de
l’Esclavage Moderne.
º Contribuer au débat sur les stratégies visant à lutter contre le travail domes-
tique forcé et à l’éradiquer.

• Mémoire, vérité et justice


º Inspiré par les’expériences internationales réussies, renforcer les politiques
nationales et les mécanismes institutionnels consacrés à la garantie du droit
humain au travail de mémoire, à la vérité, à la justice et à la réparation, ainsi
qu’aux garanties de non-répétition.
º Soutenir le mandat du rapporteur spécial sur la question et organiser une
éventuelle visite au Brésil.
º Soutenir et proposer des initiatives, des résolutions et des événements consa-
crés à la promotion du droit humain au travail de mémoire, à la vérité, à la jus-
tice et à la réparation, ainsi qu’aux garanties de non-répétition dans le cadre
de l’ONU, de l’OEA et du Mercosur.
º Soutenir l’élargissement de l’agenda relatif au droit humain au travail de mé-
moire, à la vérité, à la justice et à la réparation, en vue d’y intégrer les aspects
raciaux et de genre, ainsi que la situation des personnes vivant en zone rurale
et des peuples autochtones.
º Suivre et soutenir les initiatives visant à chercher et à identifier des personnes
victimes de disparition forcée, notamment au moyen de projets internatio-
naux de coopération.

• Lutte contre la torture et les graves violations des droits humains


º Élaborer et veiller à la mise en œuvre effective du II Pacte fédératif pour la pré-
vention et la lutte contre la torture.
º Élaborer et encourager la création et la mise en place de mécanismes et de co-
mités pour la prévention et la lutte contre la torture au niveau des États fédérés.

54
º Améliorer la législation existante dans les États fédérés qui ont mis en place
leurs comités et mécanismes, dans le cadre du Protocole facultatif se rapportant
à la Convention contre la torture et autres peines ou traitements cruels, inhu-
mains ou dégradants.
º Soutenir l’amélioration des organismes et mécanismes internationaux consacrés
à la prévention et à la lutte contre la torture.

• Protection des victimes et des témoins menacés


º Soutenir et encourager les mécanismes visant à garantir les droits des victimes
de crimes et à protéger les victimes et les témoins menacés.
º Renforcer les programmes spécialisés de protection des victimes et des té-
moins menacés.
º Élargir l’accès, renforcer et qualifier le Programme fédéral d’assistance aux
victimes et témoins menacés.
º Promouvoir l’élaboration de cadres reglementaires, visant à garantir l’accès
en toute sécurité des victimes et témoins menacés aux politiques publiques,
contribuant ainsi à la pleine garantie de leurs droits.

• Engagement vis-à-vis de la société civile


º Organiser des événements, encourager les contacts et établir un dialogue et
des consultations permanentes avec des représentants de la société civile, en
accord avec le renforcement des Conseils nationaux et du Système national de
participation sociale.
º Soutenir les activités du Conseil national des droits de l’homme (CNDH) et
d’autres organismes collégiaux nationaux pertinents pour le suivi, l’évaluation,
la formulation et le maintien de mesures consacrées à la promotion et à la pro-
tection des droits humains.
º Examiner les initiatives en faveur de la création d’une institution nationale des
droits de l’homme, conformément aux Principes de Paris.

55
Compromisos voluntarios del
Brasil para la candidatura al CDH
(2024-2026)

I. Introducción

Con gran honor y sentido de responsabilidad Brasil presenta su candidatura al Consejo


de Derechos Humanos (CDH) para el mandato 2024-2026. Estamos comprometidos
con la promoción y la protección de los más altos estándares de derechos humanos.
Nuestra candidatura al CDH refleja la centralidad absoluta de los derechos humanos
en nuestra inserción en el mundo, como un país democrático y plural, cimentado en la
garantía de la dignidad y los derechos de todas y todos.
Brasil ha hecho relevantes contribuciones al Consejo de Derechos Humanos, en el cual,
a lo largo de sus diecisiete años de historia, ejerció cinco mandatos. Creemos que el sis-
tema internacional de derechos humanos se fortalece a través de la efectiva promoción
y la protección de todos los derechos humanos, para todas y todos, sin discriminación,
y con base en los principios de la universalidad, la indivisibilidad, la imparcialidad, la
objetividad y la no selectividad, así como del diálogo constructivo y la cooperación
internacional.
Pretendemos, de ser elegidos, profundizar nuestra contribución a la efectividad del
Consejo de Derechos Humanos y fortalecer su papel en la prevención y el enfrenta-
miento de las causas estructurales que conducen a situaciones de graves violaciones
de los derechos humanos, haciendo uso de todas las herramientas a disposición del
organismo, con particular énfasis en el diálogo y en la cooperación. Queremos mante-
ner nuestro alto nivel de diálogo con la Oficina del Alto Comisionado y nuestro apoyo
irrestricto al mecanismo del Examen Periódico Universal (EPU). Igualmente honraremos

57
nuestra invitación permanente a visitas de titulares de procedimientos especiales, pre-
sentada en 2001, prueba de nuestro compromiso en enfrentar con seriedad nuestros
propios desafíos, seguros de que así contribuimos a la construcción de un Brasil – y de
un mundo – más libre, justo y solidario.

II. Pasado, presente y futuro: los derechos humanos en el Brasil

El compromiso del Brasil con la democracia, el estado de derecho, los derechos huma-
nos y el desarrollo sostenible es inquebrantable. Preservar la democracia, respetar los
derechos humanos, garantizar el estado de derecho y promover el desarrollo de ma-
nera sostenible son principios básicos de nuestra Constitución Federal. Nuestra historia
y formación están forjadas por las luchas por los derechos, la igualdad y la democracia.
Los recientes ataques a la democracia sucedidos en diferentes partes del mundo repre-
sentan un alerta y refuerzan nuestro compromiso de fortalecer los valores democráti-
cos y de promover la dignidad para las generaciones presentes y futuras.
Nuestra Constitución Federal fija el camino al establecer la dignidad de la persona hu-
mana y la ciudadanía como fundamentos de la República (artículo 1º); el bien de todos,
sin discriminación, como uno de sus objetivos (artículo 3º); y la prevalencia de los de-
rechos humanos y el repudio del racismo entre los principios de la política exterior bra-
sileña (artículo 4º). A la amplia lista de derechos y garantías fundamentales asentados
en el texto constitucional (artículos 5º, 6º y 7º), los tratados internacionales de derechos
humanos ratificados por el país tienen estatus de normas supralegales o de enmienda
constitucional (artículo 5º, § 2º).
Para implementar esos compromisos constitucionales e internacionales, Brasil cuenta
con una amplia gama de instituciones en la esfera jurídica, política y social. A nivel
federal se destaca la creación de nuevos ministerios para implementar políticas relacio-
nadas con la realización de los derechos humanos. Además del Ministerio de Derechos
Humanos y Ciudadanía, el país cuenta, desde enero de 2023, con los Ministerios: de las
Mujeres; de la Igualdad Racial y de los Pueblos Indígenas. Con una estructura inédita
y competencias ampliadas, estas carteras son responsables de hacer de los derechos
humanos el eje de la política gubernamental, lo que significa mirar primero a las perso-
nas en situación de vulnerabilidad y darle voz a quien, por razones históricas, ha visto
sus derechos negados o restringidos. Bajo esa mirada, tienen prioridad las mujeres, las
personas negras, los pueblos indígenas, las personas con discapacidad, las personas

58
LGBTQIA+, los niños, adolescentes y ancianos, personas en situación de calle, defen-
sores de los derechos humanos, víctimas y testigos amenazados y otros grupos cuya
situación de vulnerabilidad requiera especial atención por parte del Estado.
Con renovada determinación, el Brasil está decidido a enfrentar con seriedad sus desa-
fíos en el campo de los derechos humanos, lo que implica actuar en las tres dimensio-
nes del tiempo: pasado, presente y futuro, que están entrelazadas y son indisociables.
Comenzamos con las luchas por memoria, verdad y justicia, relacionadas no sólo con
las violaciones ocurridas durante el régimen militar, sino también con el triste capítulo
de la esclavitud y sus consecuencias.
Reforzamos nuestro compromiso con la democracia, la participación social y la lucha
de los grupos víctimas de injusticias y opresiones, a favor del cumplimiento efectivo de
los derechos económicos, sociales y culturales; del combate a la tortura y a los proble-
mas estructurales de la violencia; de la lucha contra el racismo, la discriminación racial
y la LGBTQIA+fobia; del combate al hambre y a la pobreza, así como a toda forma de
desigualdad, discriminación y violencia por motivos de género; del enfrentamiento de
la letalidad juvenil y del trabajo infantil; de retomar el papel preeminente ya ocupado
por el país en el campo de la vacunación infantil y del ofrecimiento de protección a
niños y adolescentes huérfanas y huérfanos como consecuencia de la pandemia de
COVID-19; del apoyo a la lucha de defensoras y defensores de los derechos humanos,
con particular atención a los ambientalistas; de la adopción de medidas efectivas para
la prevención y el enfrentamiento del trabajo forzado o en condiciones análogas a la
esclavitud, inclusive mediante la instalación de procesos de debida diligencia en mate-
ria de derechos humanos por parte de las empresas.
Mirando hacia el futuro, reafirmamos el derecho al desarrollo como un derecho hu-
mano y estamos comprometidos con la interrelación entre los derechos humanos y el
cambio climático.
Ese esfuerzo contará con la participación de toda la sociedad. La formulación, imple-
mentación y evaluación de las políticas públicas contará con la activa participación
popular, de la sociedad civil y de las organizaciones no gubernamentales, a través de
consejos y mecanismos específicos, en los distintos niveles de gobierno y con el apoyo
de las asesorías de participación social y diversidad, recientemente creadas en todos los
ministerios del Gobierno Federal.

59
III. El Brasil y el sistema internacional de derechos humanos

En el escenario internacional, el compromiso del Brasil con la promoción de los dere-


chos humanos se remonta a la misma fundación de la ONU. Brasil, representado por
Bertha Lutz, y junto con otros países latinoamericanos, fue responsable por la inclusión
de las mujeres en la Carta de la ONU. También tuvimos un papel relevante en la nego-
ciación de la Declaración Universal de los Derechos Humanos. Brasil tuvo una actuación
destacada en el grupo de trabajo que elaboró la Convención sobre los Derechos del
Niño en 1989, y lideró los esfuerzos que resultaron en la aprobación, en 2009, de las
Directrices de la ONU sobre las Modalidades Alternativas de Cuidado de los Niños.
Asumimos un papel importante en la negociación de la Declaración y del Programa de
Acción de la Conferencia Internacional de Derechos Humanos, celebrado en Viena en
1993. Somos uno de los 23 países que ratificaron, en 2002, la Convención nº 169 de la
OIT sobre Pueblos Indígenas y Tribales. Nuestra participación en la Conferencia de Dur-
ban, en 2001, estimuló la creación de legislación y políticas públicas de combate al ra-
cismo y a la discriminación racial. La Convención de las Naciones Unidas y el Protocolo
Facultativo sobre los Derechos de las Personas con Discapacidad fueron incorporados
al ordenamiento jurídico brasileño en 2008, con estatus de Enmienda Constitucional.
A nivel regional, hemos aumentado nuestro compromiso con la Corte y la Comisión
Interamericanas de Derechos Humanos. En agosto de 2022, por invitación del gobier-
no brasileño, fuimos la sede en Brasilia, del período ordinario de sesiones de la Corte
Interamericana, cuya jurisdicción obligatoria reconocemos desde 1998.
Brasil apoya, también, el fortalecimiento del multilateralismo y defiende un Consejo
de Derechos Humanos (CDH) efectivo, legítimo e imparcial. Además de ser miembros
fundadores del CDH, integramos diversos grupos de países coautores de resoluciones
adoptadas por el organismo, en temas tan variados como el cumplimiento del derecho
humano a la salud, el respeto al derecho a la privacidad, la incompatibilidad entre de-
mocracia y racismo y la promoción de la cooperación técnica en derechos humanos,
entre otros.
Nuestra candidatura al Consejo, por lo tanto, refleja la absoluta centralidad de los dere-
chos humanos en nuestra Constitución, además de nuestro compromiso político, como
país democrático y pluralista, a favor de garantizar la dignidad y los derechos a todas
y todos.

60
IV. Compromisos voluntarios

• Mecanismos internacionales de derechos humanos


º Fortalecer y mejorar el sistema internacional de derechos humanos y el CDH,
de manera amplia e integral, con base en sus principios fundacionales (reso-
lución 60/251).
º Participar en discusiones para promover una mayor eficiencia y eficacia en el
trabajo del CDH, incluyendo las tratativas sobre la posible elevación del esta-
tus del organismo.
º Priorizar un enfoque preventivo y cooperativo en el CDH, favoreciendo el diá-
logo y la cooperación internacional, la cooperación técnica y el fomento de
la capacidad, en lugar de la instrumentalización, polarización y selectividad.
º Apoyar el mecanismo del Examen Periódico Universal (EPU), los procedimien-
tos especiales y la Oficina del Alto Comisionado para los Derechos Humanos
(ACNUDH).
º Apoyar a los órganos de tratados y mantener el compromiso de presentar
los respectivos informes periódicos en tiempo y forma, participar de manera
constructiva y en alto nivel en sus exámenes, y monitorear e implementar sus
recomendaciones.

• Tratados internacionales de derechos humanos


º Avanzar en el proceso de ratificación de los instrumentos internacionales de
derechos humanos sujetos a las recomendaciones aceptadas por Brasil en el
ámbito del EPU, incluyendo el Protocolo Facultativo del Pacto Internacional de
Derechos Económicos, Sociales y Culturales y los convenios de la OIT.
º Acelerar los procedimientos internos con miras a ratificar el Acuerdo Regional
sobre el Acceso a la Información, Participación Pública y el Acceso a la Justicia
en Asuntos Ambientales en América Latina y el Caribe, también conocido
como Acuerdo de Escazú, suscrito por el país en 2018.
º Realizar esfuerzos para avanzar también en el proceso de ratificación de los
instrumentos internacionales de derechos humanos, incluyendo la Conven-

61
ción Interamericana sobre la Protección de los Derechos Humanos de las
Personas Mayores, la Convención Interamericana contra Toda Forma de Dis-
criminación e Intolerancia y la Convención Internacional sobre la Protección
de los Derechos de los Trabajadores Migrantes y de sus Familiares.

• Derechos civiles y políticos


º En el contexto de crecientes amenazas a la democracia en el país y en el
mundo, combatir todas las formas de violencia asociadas a discursos de odio
y al extremismo y promover un entorno propicio para el pleno ejercicio de la
libertad de expresión.
º Continuar presentando, apoyando y copatrocinando proyectos de resolución
relacionados con los derechos civiles y políticos, como el derecho a la pri-
vacidad en la era digital, los derechos humanos en Internet, el respeto a la
libertad de expresión y opinión, y la protección de periodistas, entre otros.
º Promover iniciativas que fomenten una mayor participación de las personas
negras, mujeres, indígenas, LGBTQIA+ y otros grupos marginados en funcio-
nes y procesos de toma de decisiones.
º Apoyar iniciativas y resoluciones para prevenir y combatir la tortura en el mar-
co de los foros y mecanismos internacionales de derechos humanos.
º Avanzar en la protección online de los mismos derechos protegidos offline.
º Apoyar resoluciones dedicadas a la promoción y protección de las libertades
de religión o creencia, a la luz de la rica diversidad de tradiciones, creencias,
religiones y culturas presentes en Brasil.
º Avanzar en la constitución de mecanismos para combatir la violencia política,
motivada por factores relacionados con el género y la raza, contra poblacio-
nes históricamente excluidas de los espacios de poder.
º Impulsar acciones para prevenir y enfrentar la difusión de fake news y viola-
ciones de derechos humanos perpetradas a través de robots y herramientas
de inteligencia artificial.

62
º Apoyar y copatrocinar iniciativas para combatir todas las formas de violencia,
prejuicio, discriminación e intolerancia.

• Derechos de las mujeres y las niñas


º Apoyar iniciativas y resoluciones dedicadas a la promoción de la igualdad
de género, en particular para garantizar la igualdad salarial y fortalecer la
participación activa de mujeres en todas las instancias de poder y toma de
decisiones, así como en la renovación del mandato de la relatora especial.
º Promover, defender y apoyar políticas que aborden, de forma coordinada, el
enfrentamiento de todas las formas de discriminación por motivos de raza y
género, con el objetivo de mejorar las condiciones de vida y la inserción de
niñas y mujeres negras en Brasil y en el mundo.
º Redoblar los esfuerzos internacionales dirigidos a combatir todas las formas
de violencia contra mujeres y niñas, con énfasis en la prevención y combate
al femicidio y la violencia política, así como la protección de las mujeres en
situación de vulnerabilidad.
º Aplicar un enfoque transversal e interseccional sobre la igualdad de género a
todas las iniciativas bajo el CDH.
º Promover y proteger los derechos de las mujeres, incluso a través de accio-
nes relacionadas con la promoción del derecho a la salud y de los derechos
sexuales y reproductivos.
º Buscar aumentar la participación femenina en las delegaciones brasileñas, así
como en todas las instancias del CDH y de la ONU.
º Apoyar, copatrocinar y organizar eventos, seminarios, declaraciones conjun-
tas y resoluciones para promover la igualdad de género en el CDH.

• Derechos de los pueblos indígenas


º Promover y apoyar iniciativas que fortalezcan las condiciones necesarias para
garantizar efectivamente los derechos de los pueblos indígenas, incluso en lo
que se refiere a procesos de demarcación de tierras, de gestión territorial y

63
ambiental, y de mecanismos efectivos de consulta y participación, en pleno
cumplimiento de los derechos de los pueblos indígenas y según lo estableci-
do por la Constitución Federal.
º Reforzar y elevar el nivel de compromiso con el tema en el CDH y promo-
ver eventos como diálogos y el intercambio de mejores prácticas y lecciones
aprendidas, asegurándose el protagonismo de los pueblos indígenas/origina-
rios de diferentes partes del mundo.
º Apoyar resoluciones e iniciativas sobre los derechos de los pueblos indígenas
y sobre el mandato del relator especial.
º Aumentar la participación en los debates sobre la participación de los pue-
blos indígenas en el CDH.
º Apoyar iniciativas que reconozcan el papel que juegan los pueblos indígenas
a favor de la protección del medio ambiente y la biodiversidad y en el com-
bate a la explotación ilegal o depredadora de sus tierras.

• Igualdad racial y lucha contra el racismo


º Priorizar iniciativas para combatir el racismo estructural y la violencia policial,
tanto a nivel nacional como internacional.
º Velar por la implementación efectiva de la Declaración y el Programa de Ac-
ción de Durban contra el racismo, la discriminación racial, la xenofobia y las
formas conexas de intolerancia (DPAD), a nivel nacional e internacional.
º Contribuir y promover acciones para la implementación efectiva del Progra-
ma de Actividades del Decenio Internacional de los Afrodescendientes (2015-
2024).
º Proponer y apoyar iniciativas, resoluciones y eventos dedicados a combatir
todas las formas de racismo, discriminación racial, xenofobia y formas relacio-
nadas de intolerancia en el ámbito del CDH.
º Apoyar la renovación de mandatos de relatores especiales y expertos y pro-
mover la visita de procedimientos especiales dedicados al tema.

64
º Participar activamente en la negociación de la Declaración de las Naciones
Unidas para la Promoción y el Pleno Respeto de los Derechos Humanos de
las Personas Afrodescendientes.
º Apoyar el trabajo de los mecanismos de seguimiento de la Conferencia de
Durban y el Foro Permanente de los Afrodescendientes.
º Promover el intercambio de experiencias y la cooperación con los demás
países del hemisferio a favor de la implementación de la Convención Inte-
ramericana contra el Racismo, la Discriminación Racial y Formas Conexas de
Intolerancia.

• Derechos de los niños, los adolescentes y los jóvenes


º Apoyar y participar en iniciativas, resoluciones y eventos dedicados a la pro-
moción y protección de los derechos de la niñez y la adolescencia en el CDH,
velando por el interés superior del niño.
º Contribuir activamente a las actividades del grupo de países coautores de
proyectos de resolución sobre los derechos del niño, liderados por el GRULAC
y la Unión Europea.
º Dar prioridad absoluta a los derechos de la niñez y la adolescencia, así como
a los derechos de los jóvenes, incluso en el ámbito digital, a través de políticas
públicas y recursos presupuestarios compatibles con este reconocimiento.
º Apoyar iniciativas dirigidas a combatir la violencia y la explotación sexual de
niñas, niños y adolescentes.
º Impulsar iniciativas integrales para promover la seguridad alimentaria y nu-
tricional y la salud integral de la niñez y la adolescencia, especialmente con
miras a reducir la desnutrición y la mortalidad infantil.
º Apoyar y participar en iniciativas y estrategias dirigidas a erradicar el trabajo
infantil y promover el trabajo digno para los jóvenes.
º Apoyar estrategias que amplíen oportunidades reales para que los jóvenes
participen de manera plena, efectiva y constructiva en la sociedad brasileña y
a nivel internacional, incluso en el ámbito de la ONU.

65
º Fomentar la aplicación de un enfoque transversal e interseccional de las polí-
ticas públicas dedicadas a la niñez, la adolescencia y la juventud.
º Contribuir para aumentar la participación de niños, adolescentes y jóvenes
brasileños en eventos relevantes, incluso en delegaciones oficiales, en el CDH
y en otras instancias de las Naciones Unidas, así como apoyar los esfuerzos
para aumentar esa representación en otras delegaciones.
º Apoyar medidas encaminadas a garantizar el efectivo acceso y la permanen-
cia de niños, adolescentes y jóvenes negros a lo largo de todo el ciclo educa-
tivo, inclusive en el nivel superior.
º Promover y apoyar iniciativas dirigidas a reducir la violencia letal y las vulnera-
bilidades sociales que sufren los jóvenes negros, así como enfrentar el racismo
estructural.

• Derechos de las personas mayores


º A nivel internacional, avanzar con propuestas para la protección y promoción
de los derechos de las personas mayores, reconociendo las múltiples vejeces
y su aporte a la sociedad, valorando las prácticas y los trabajos del cuidado
y considerando las distintas circunstancias que puedan afectar la garantía de
derechos para este grupo.
º Impulsar iniciativas para combatir todas las formas de discriminación y violen-
cia contra las personas mayores, favoreciendo su autonomía y participación
plena y efectiva en la vida económica, política y social, así como la implemen-
tación de políticas transversales, interseccionales y locales para el envejeci-
miento saludable.
º Presentar y apoyar iniciativas y resoluciones relativas al tema además de par-
ticipar en el grupo de amigos de las personas mayores, inclusive en lo que
respecta a la renovación del mandato del perito independiente.
º Impulsar acciones para apoyar la implementación del Programa de Activida-
des para la Década del Envejecimiento Saludable (2021 a 2030), declarada por
la Asamblea General de la ONU.

66
º Apoyar la negociación de un instrumento legalmente vinculante sobre los
derechos de las personas mayores en el ámbito de la ONU.

• Derechos de las personas con discapacidad


º Impulsar iniciativas, resoluciones y eventos dirigidos a personas con discapa-
cidad, en consonancia con el marco legal y la política nacional dedicada al
tema.
º Asegurar el protagonismo, la inclusión y la plena participación de las personas
con discapacidad en la formulación e implementación de iniciativas en el CDH
y otras actividades de la ONU.
º Apoyar la aplicación de una perspectiva transversal e interseccional a los de-
rechos de las personas con discapacidad, en todos los temas tratados por el
CDH.
º Promover, tanto a nivel nacional como en organismos multilaterales, campa-
ñas contra el capacitismo.
º Promover la implementación de un sistema unificado de evaluación de la
discapacidad, desde una perspectiva biopsicosocial, y apoyar las iniciativas de
cooperación técnica y desarrollo de capacidades dirigidas a este fin.

• Derechos de las personas LGBTQIA+


º Apoyar y promover iniciativas a nivel internacional para la protección y promo-
ción de los derechos de la población LGBTQIA+, en línea con las prioridades
nacionales en esta materia.
º Adherirse al Grupo de Amigos sobre Orientación Sexual e Identidad de
Género (SOGI, la sigla en inglés) en Ginebra, así como a la iniciativa «Equal
Rights Coalition».
º Proponer y apoyar iniciativas en el ámbito del grupo de países coautores
de la resolución sobre el combate a la violencia y a la discriminación por la
orientación sexual y la identidad de género, inclusive en lo que respecta a la

67
renovación del mandato del Experto Independiente, así como en iniciativas
similares puestas en marcha con otros organismos de la ONU y la OEA.
º Apoyar las actividades del Experto Independiente en el tema y promover una
posible visita al Brasil.

• Derechos de los migrantes, refugiados y apátridas


º Apoyar y promover iniciativas a nivel internacional para la protección y pro-
moción de los derechos de la población migrante, refugiada y apátrida, en
consonancia con las prioridades nacionales en la materia.
º Apoyar iniciativas para combatir todas las formas de violencia, prejuicio, dis-
criminación e intolerancia.
º Promover los principios y lineamientos establecidos en el Pacto Mundial para
la Migración y en el Pacto Mundial sobre los Refugiados.
º Favorecer un enfoque transversal e interseccional de los derechos de las per-
sonas migrantes y desplazadas internas en el ámbito del CDH.

• Derecho al desarrollo
º Apoyar debates e iniciativas relacionadas con el derecho al desarrollo, incluso
en lo que respecta a la reflexión sobre la elaboración de un documento jurí-
dicamente vinculante sobre la materia, así como en el marco de la implemen-
tación de los Objetivos de Desarrollo Sostenible (ODS).

• Derechos económicos, sociales y culturales


º Promover la realización equitativa de los derechos económicos, sociales y
culturales, en particular los relacionados con la inclusión y la justicia social,
la lucha contra el hambre y la pobreza, así como la garantía de los derechos
humanos a la educación, la salud, la alimentación y la vivienda adecuada.
º Continuar presentando, apoyando y copatrocinando proyectos de resolución
relativos a los derechos económicos, sociales y culturales, tales como el de-

68
recho a la vivienda adecuada y sobre cooperación técnica en derechos hu-
manos.
º Apoyar iniciativas y resoluciones relacionadas con la promoción del derecho
humano al trabajo digno, especialmente en lo que se refiere a la prevención
y lucha contra el trabajo infantil y el trabajo forzoso.
º Promover el derecho humano a la alimentación adecuada, teniendo presente
el imperativo de superar la inseguridad alimentaria y nutricional en el mundo.
º Movilizar al gobierno en todos los niveles (federal, estadual y municipal), así
como a la sociedad brasileña, en el enfrentamiento del hambre y de la mal-
nutrición en todas sus formas, mediante un conjunto de políticas públicas e
iniciativas que promuevan el derecho humano a una alimentación adecuada
y saludable, con especial atención a los grupos y personas más vulnerables.

• Derecho a la salud
º Promover iniciativas internacionales de promoción y protección del derecho
humano al más elevado nivel de salud física y mental, basadas en la ciencia,
en el diálogo con la sociedad civil y en el trabajo conjunto, en sintonía con los
principios del Sistema Único de Salud (SUS) del Brasil.
º Promover el fortalecimiento de la atención de la salud de los pueblos indíge-
nas, la salud de la población negra y la lucha contra el racismo estructural en
el acceso a la salud.
º En el contexto de la recuperación post pandemia de COVID-19, continuar
presentando y apoyando proyectos de resolución con miras a reforzar el tra-
tamiento del acceso a vacunas y medicamentos como un componente del
derecho humano a la salud; derechos humanos y salud mental; y reducir el
estigma y la discriminación contra las personas que viven con el VIH/SIDA.
º Cooperar con el procedimiento especial sobre el derecho humano a la salud
y definir, conjuntamente, posibles fechas para la realización de una visita al
Brasil.

69
• Deporte y Derechos Humanos
º Apoyar la optimización de las mejores prácticas internacionales y promover
la prevención y la lucha contra el racismo y cualquier tipo de discriminación
en las distintas modalidades deportivas, especialmente en eventos deportivos
de gran difusión.
º Fomentar programas deportivos dirigidos a comunidades instaladas en con-
diciones desfavorables o que ocupen la periferia de los centros urbanos, ya
sea en el ámbito de escuelas o de equipamientos comunitarios creados para
tal efecto.
º Proponer el seguimiento, en el ámbito del CDH, de la resolución sobre depor-
te, estilos de vida saludables y derecho a la salud, con miras a movilizar una
mayor atención sobre la contribución positiva de la promoción de actividades
físicas en la salud y el bienestar de todos.

• Derecho humano a un medio ambiente limpio, saludable y sostenible


º Apoyar el pleno reconocimiento del derecho humano a un medio ambiente
limpio, saludable y sostenible, sobre una base equitativa y no discriminatoria.
º Integrar el tratamiento de los derechos humanos en el cumplimiento de los
ODS, aprovechando sinergias entre instancias multilaterales.
º Apoyar que el debate sobre el derecho humano a un medio ambiente lim-
pio, saludable y sostenible se base en los tres pilares del desarrollo sostenible
(económico, social y ambiental) y en la cooperación internacional, en línea
con los instrumentos multilaterales pertinentes.
º Apoyar la implementación efectiva de los acuerdos y convenciones interna-
cionales sobre el medio ambiente, como instrumentos relevantes también
para promover el respeto a los derechos humanos.
º Apoyar iniciativas dedicadas a combatir la explotación ilegal o predatoria de
la naturaleza, así como los impactos en los derechos humanos derivados de
estos procesos.

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• Defensores de los derechos humanos
º Fortalecer el Programa Nacional para la Protección de los Defensores de los
Derechos Humanos, Comunicadores y Ambientalistas (PPDDH), con el res-
tablecimiento de su Consejo Deliberante, integrado de forma paritaria, por
representantes de los organismos públicos y de la sociedad civil.
º Promover el establecimiento de una Política Nacional para la Protección de
los Defensores y Defensoras de Derechos Humanos, Comunicadores y Am-
bientalistas y el fortalecimiento normativo del Programa.
º Monitorear, con especial atención, la situación de los defensores ambientalis-
tas, indígenas y «quilombolas», y diseñar medidas para su protección.
º Apoyar el diálogo con procedimientos especiales y mecanismos internacio-
nales y recibir la posible visita de la Relatora Especial sobre la situación de los
defensores de los derechos humanos.

• Empresas y derechos humanos


º Participar activamente en la negociación de un instrumento jurídicamente
vinculante sobre empresas y derechos humanos.
º Participar y promover eventos, foros y debates sobre empresas y derechos
humanos, asegurando la plena participación de organizaciones de la socie-
dad civil, sindicatos y sector privado.
º Apoyar debates e iniciativas relacionados con el respeto a la debida diligencia.

• Cooperación internacional
º Priorizar iniciativas de cooperación, asistencia técnica y diálogo entre países en el
CDH, con base en los principios fundacionales del organismo (resolución 60/251).
º Favorecer el seguimiento no selectivo de las situaciones de los países, con base
en la cooperación internacional, la construcción de capacidades nacionales y el
diálogo constructivo con el país involucrado.

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º Apoyar y proponer iniciativas en el ámbito del grupo de países coautores de la
resolución sobre cooperación técnica en derechos humanos, que integra el Brasil.

• Lucha contra el trabajo esclavo


º Desarrollar el 3er Plan Nacional para la Erradicación del Trabajo Esclavo (III
PNETE), con enfoque de género y raza.
º Fortalecer la implementación del Flujo Nacional de Asistencia a las Víctimas
del Trabajo Esclavo.
º Contribuir al debate sobre estrategias para enfrentar y erradicar el trabajo
esclavo doméstico.

• Memoria, verdad y justicia


º Con base en experiencias internacionales exitosas, fortalecer políticas internas
y mecanismos institucionales destinados a garantizar el derecho humano a
la memoria, la verdad, la justicia y la reparación, así como a garantizar la no
repetición.
º Apoyar el mandato del relator especial sobre el tema y organizar una posible
visita al Brasil.
º Apoyar y proponer iniciativas, resoluciones y eventos dedicados a la promo-
ción del derecho humano a la memoria, la verdad, la justicia, la reparación y a
las garantías de no repetición, en el marco de la ONU, la OEA y el Mercosur.
º Apoyar la ampliación de la agenda relacionada con el derecho humano a la
memoria, la verdad, la justicia y la reparación, con miras a incorporar las di-
mensiones raciales y de género, así como aquella relativa a la situación de las
personas en el campo y los pueblos indígenas.
º Acompañar y prestar apoyo a iniciativas de búsqueda e identificación de per-
sonas víctimas de desaparición forzada, incluso a través de iniciativas interna-
cionales de cooperación.

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• Lucha contra la tortura y las graves violaciones de los derechos humanos
º Desarrollar y asegurar la implementación efectiva del II Pacto Federativo para
la Prevención y el Combate a la Tortura.
º Desarrollar y promover la creación y establecimiento de mecanismos y comi-
tés estatales para prevenir y combatir la tortura.
º Mejorar la legislación existente en los estados que implementaron comités y
mecanismos estatales, bajo los términos del Protocolo Facultativo de la Con-
vención contra la Tortura y Otros Tratos o Penas Crueles, Inhumanos o De-
gradantes.
º Apoyar la mejora de los organismos y mecanismos internacionales dedicados
a prevenir y combatir la tortura.

• Protección de víctimas y testigos amenazados


º Apoyar y promover mecanismos para garantizar los derechos de las víctimas
de crímenes y proteger a las víctimas y testigos amenazados.
º Fortalecer los programas especializados de protección de víctimas y testigos
amenazados.
º Ampliar el acceso, fortalecer y calificar el Programa Federal de Asistencia a
Víctimas y Testigos Amenazados.
º Promover el desarrollo de marcos regulatorios, con miras a garantizar a las
víctimas y testigos amenazados el acceso seguro a las políticas públicas, bus-
cando, de esta forma, contribuir a la garantía integral de sus derechos.

• Compromiso con la sociedad civil


º Organizar eventos, promover contactos y establecer diálogos y consultas
permanentes con representantes de la sociedad civil, en consonancia con el
fortalecimiento de los Consejos Nacionales y del Sistema Nacional de Partici-
pación Social.

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º Apoyar las actividades del Consejo Nacional de Derechos Humanos (CNDH)
y demás órganos colegiados nacionales pertinentes para la supervisión, eva-
luación, formulación y seguimiento de las medidas destinadas a la promoción
y protección de los derechos humanos.
º Evaluar iniciativas a favor del establecimiento de Institución Nacional de Dere-
chos Humanos, en conformidad con los Principios de París.

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