Prova Direito Tributário 31.08
Prova Direito Tributário 31.08
Prova Direito Tributário 31.08
PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS
IMUNIDADES
SISTEMA TRIBUTÁRIO
TRIBUTOS EM ESPÉCIE
1 - PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS
“Os princípios tributários são limitações constitucionais ao poder de tributar”
Garante que o cidadão não seja surpreendido por tributos inesperados ou por
aumentos tributários não autorizados por lei. Todas as obrigações tributárias devem
estar previstas em lei. Do mesmo modo que é necessária lei para exigir ou aumentar
tributo, também é necessária lei para extinguir ou reduzir.
Regra: criação por Lei Ordinária - aprovada por maioria simples - exigida
de modo residual, nos casos em que não houver a expressa exigência de lei
complementar.
Exceção: criação por Lei Complementar - aprovada por maioria absoluta -
exigida em matérias específicas da Constituição:
ALÍQUOTA
BASE DE CÁLCULO
SUJEITO PASSIVO
MULTA
FATO GERADOR
Note que o prazo para pagamento não compõe a lista, sendo, portanto, item não
adstrito à reserva legal.
(...)
Conforme preceitua o art. 153, § 1.º, da CF, existem quatro impostos federais
que poderão ter suas alíquotas majoradas, ou reduzidas, por ato do Poder Executivo,
o que se dá por decreto presidencial ou portaria do Ministro da Fazenda.
Exemplo: Lei do Imposto de Exportação (IE) estipula alíquota de 20% para um certo
bem exportável. Pode o Poder Executivo reduzi-la para dez (10%) e, se quiser, retorná-
la a seu patamar máximo (20%).
Com efeito, tais impostos, ditos “flexíveis”, abrem-se para o manejo de alíquotas
no intuito de regulação do mercado ou da economia do País. Daí se dizer que tais
exações são gravames regulatórios ou reguladores de mercado.
5 - CIDE – Combustível, conforme o art. 149, § 2.º, II, c/c art. 177, § 4.º, I,b,
parte inicial, ambos da CF (Contribuição Federal): o Poder Executivo Federal poderá
reduzir e reestabelecer as alíquotas do tributo por meio de ato próprio (decreto
presidencial). Dessa forma, não pode ultrapassar este patamar originário de alíquota;
(...)
(...)
EM RESUMO:
Além disso, ressalte-se que o disposto no art. 144, § 2.º, do CTN, da mesma
maneira que o parágrafo que o antecede, afasta a aplicação do caput do disposto em
análise, ou seja, o próprio princípio da irretroatividade tributária.
Refere-se a situações adstritas aos tributos lançados por período certo de tempo
ou com fatos geradores periódicos, como IPTU, IPVA e ITR.
a) lei interpretativa (art. 106, I, do CTN), em qualquer caso, que é aquela que se
limita a explicar o entendimento ofertado à outra norma jurídica. É
conhecida por interpretação autêntica, legal ou legislativa;
b) Lei mais benéfica (art. 106, II, a, b, e c, do CTN), no âmbito do direito
tributário penal, desde que o ato não esteja definitivamente julgado, ou seja,
já decidido na órbita administrativa e/ou na judicial, conforme a orientação do
STJ. Trata-se da aplicação da lex melius ou retroatio in melius.
O princípio tributário do non olet ou “dinheiro não tem cheiro” impõe que a
hipótese de incidência tributária seja compreendida, independentemente da licitude
ou ilicitude peculiares à atividade exercida.
o princípio do “non olet” é geralmente invocado para afirmar que o fisco pode
cobrar impostos independentemente da origem do rendimento ou da
transação, mesmo que seja de uma fonte ilícita. Isso significa que, mesmo se o dinheiro
for obtido através de atividades ilegais, ainda está sujeito à tributação. Sobre isso dispõe
a lei do Imposto de Renda (Lei n. 4.506/64), veja:
Artigo 118 do Código Tributário Nacional (CTN) nos esclarece sobre isso.
IPTU (art. 156, § 1.º, I e II, da CF c/c art. 182, § 4.º, II, da CF);
A ideia central por trás deste princípio é garantir que a carga tributária de um
contribuinte não seja tão alta a ponto de privá-lo do uso, gozo ou disposição de seus
bens. O princípio da vedação ao confisco busca assegurar um equilíbrio entre a
necessidade do Estado de arrecadar receitas e o direito do contribuinte à
propriedade e à capacidade econômica.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 70: “É inadmissível a interdição de estabelecimento como meio coercitivo
para cobrança de tributo”.
Súmula 323: “É inadmissível a apreensão de mercadorias como meio coercitivo
para pagamento de tributos”.
Súmula 547: “Não é lícito à autoridade proibir que o contribuinte em débito
adquira estampilhas, despache mercadorias nas alfândegas e exerça suas
atividades profissionais”.