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Caroline Thérèse Aygadoux Martins , Mariana Matz Gutknecht , Juliana Maria
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Fachinetto
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Trabalho realizado junto ao grupo PET-Biologia pelo curso de Ciências Biológicas (bacharelado).
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Bolsista PET; estudante do curso de Ciências Biológicas.
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Bolsista PET; estudante do curso de Ciências Biológicas.
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Professora
RESUMO
A ornitofauna do Rio Grande do Sul é bastante grande e diversificada, apresentando
espécies das mais variadas cores e características, adaptadas aos diferentes biomas do estado.
Durante os anos de 2019 a 2021, foi desenvolvido pelo grupo PET-Biologia do curso de
Ciências Biológicas da Unijuí um projeto de revitalização das trilhas situadas nas
dependências e cercanias do Campus. Ao longo do trabalho de revitalização, foi feito o
levantamento de flora e fauna locais, observando-se a evidente variedade de espécies de aves,
as quais encontram-se descritas e listadas no presente trabalho.
INTRODUÇÃO
Não é desconhecido que as aves consistem em elementos vitais para a manutenção
dos ecossistemas; seja integrando as cadeias alimentares - tanto como presas, quanto como
predadores ou mesmo carniceiros -, agindo na dispersão de frutos e sementes, interagindo de
forma cooperativa ou competitiva com outras espécies e mesmo auxiliando no ciclo da
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matéria orgânica através de seus dejetos, essa classe do filo Chordata evoluiu do grupo dos
Arcossauros e se adaptou a todos os ambientes do planeta, incluindo os polos e o mar aberto.
No Rio Grande do Sul, a avifauna é vasta e compreende tanto espécies endêmicas
quanto aquelas que podem ser encontradas por todo o país, e mesmo no continente. São
variadas em tamanho e forma, adaptadas aos mais diversos habitats e hábitos alimentares.
Durante o ano de 2018, durante o levantamento de fauna e flora para o laudo ambiental das
áreas de preservação ambiental do Campus Unijuí, em Ijuí, e nos anos de 2019 a 2021, com o
projeto de revitalização de uma das trilhas nas dependências do Campus Unijuí, foram
listadas as principais espécies encontradas na cidade e entornos. Os resultados foram
posteriormente utilizados na produção de material didático para a população do município.
METODOLOGIA
Os dados foram obtidos a partir do laudo ambiental de 2018, de consulta
bibliográfica e atividades de observação in loco, durante as atividades de limpeza, sinalização
e identificação realizados na trilha, para a implantação da trilha e produção de material
didático voltado à população do município.
As espécies de Chordata presentes na trilha foram identificadas por observação e
bibliografia, procedendo-se à confecção de fichas informativas, as quais podem ser acessadas
por meio de escaneamento dos QR codes disponibilizados para os visitantes; dos dados
obtidos e organizados, procedeu-se à seleção da avifauna como tema de interesse deste
resumo, devido à maior abundância de táxons, com a compilação dos resultados e organização
na forma de tabela.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Durante as observações, foram apontadas 16 espécies de aves, agrupadas em 6
ordens (Apodiformes, Cuculiformes, Galliformes, Passeriformes, Piciformes e
Trogoniformes), 11 famílias (Cracidae, Cuculidae, Furnariidae, Icteridae, Mimidae,
Passarilidae, Picidae, Thraupidae, Trochilidae, Trogonidae, Tyrannidae) e 16 gêneros.
A ordem Apodiformes compreende os andorinhões e beija-flores, consistindo em
aves de pequeno porte, com bicos longos e afilados e metabolismo extremamente rápido. Com
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dieta variando de insetos a néctar, são controladores de hexápodes e agentes polinizadores.
Representada entre as espécies locais pelo gênero Hylocharis.
Os Cuculiformes incluem cucos e espécies afins, distribuídas por todo o globo. No
Brasil, tem-se Cuculidae como família representante; aves de porte pequeno a médio e hábito
arborícola, com elevada frequência de espécies que depositam seus ovos nos ninhos de outras
aves, para que estas criem os filhotes estranhos, em vez dos próprios. Os gêneros locais são
Piaya e Coccyzus.
Galliformes são aves cujo porte varia de médio a grande. Sua coloração é variável e
muitas espécies apresentam crista e papo de cores intensas. Possuem bico de formato
arredondado, com uma dieta onívora, incluindo outras aves e pequenos mamíferos, garras
aptas para escavar o solo em busca de alimento e caudas de tamanho quase nulo até um metro
de comprimento, como no caso dos pavões. Na região, encontra-se a família cracidae, do
gênero Penelope.
A ordem Passeriformes compreende os animais que se convencionou chamar de
“passarinhos”, sendo a maior ordem da classe. São quase todas espécies canoras e de pequeno
porte, com alimentação onívora e nichos ecológicos muito distintos. Podem apresentar
coloração intensa ou não. A maior parte dos gêneros encontrados em Ijuí pertencem a essa
ordem (Furnarius, Myiophobus, Pitangus, Mimus, Zonotrichia, Molothrus, Paroaria, Sicalis,
Coryphospingus e Cacicus).
Piciformes são uma ordem composta, no Brasil, por aves das famílias Ramphastidae
(Tucanos, Araçaris e afins), Capitonidae (Capitães) e Picidae (Pica-paus). Destacam-se pelos
bicos grandes e robustos, como o dos tucanos e araçaris. Possuem uma dieta onívora, sendo
que algumas espécies caçam filhotes e ovos em ninhos de outras aves. A maior parte dos
membros da ordem possuem dois dedos para a frente e dois para trás, uma característica
vantajosa para as aves que passam a maior parte do tempo em árvores. O gênero representante
encontrado na região é Colaptes.
Os Trogoniformes se destacam pela intensa coloração, variando em tons de amarelo,
azul, vermelho e verde, presente inclusive nas fêmeas. Possuem caudas longas e bicos curtos e
encurvados, propícios para uma dieta composta por insetos e outros pequenos invertebrados.
Os ninhos são construídos pelo casal, que escava uma cavidade em troncos de árvore. O
gênero representativo é Trogon.
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A diversidade da avifauna observada em um pequeno trecho evidencia como as
espécies apresentam os mais variados nichos ecológicos - pois é decorrente da não-
sobreposição excessiva de nichos ecológicos, uma vez que o contrário tenderia a reduzir o
número de espécies presentes, por competição - e integram, portanto os mais variados níveis
tróficos e funções ecológicas, sendo essenciais na manutenção e equilíbrio do meio através
das interações interespecíficas e com os fatores abióticos.
Embora a maioria das espécies observadas não se encontre ameaçada de extinção, é
perceptível que sua variedade não é particularmente acentuada, em comparação com trechos
mais vastos de áreas preservadas da floresta subtropical. O isolamento em região urbana é um
dos fatores mais marcantes e certamente influentes, visto que a maioria das espécies
encontradas é conhecida por sua adaptabilidade ao meio urbano. O avanço da cidade e a
redução das áreas preservadas pode acarretar, fatalmente, no desaparecimento da maioria da
avifauna nativa, ante a perda de hábitat.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Há de se notar que a perda de hábitat tem sido elemento decisivo no processo de
extinção das espécies vegetais e animais, contudo, essa perda não se dá apenas mediante o
avanço da cidade, mas também com a gradual mudança de clima, que elimina espécies
animais e vegetais das quais a maioria das aves depende para sua sobrevivência. Não é errado,
portanto, afirmar que graves reduções de biodiversidade serão observadas em todas as classes
de vertebrados, e muito notadamente na ornitofauna, a menos que medidas drásticas sejam
adotadas para a manutenção do hábitat e das condições ambientais necessárias à perpetuação
desses animais, sem os quais muitos ecossistemas são incapazes de perdurar.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Conforme normas da ABNT.
https://www.ufrgs.br/faunadigitalrs/animais-catalogados/classe-aves/
https://www.wikiaves.com.br/index.php
https://www.ufrgs.br/faunadigitalrs/ordem-apodiformes/
https://www.ufrgs.br/faunadigitalrs/ordem-cuculiforme/
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