Diabetes Mellitus

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ESCOLA TÉCNICA EGÍDIO JOSÉ DA SILVA

CURSO: TECNICO EM ENFERMAGEM

Daisy Ramos
Diana Siqueira
Ethiene Souza
Genifer Esteves
Janaina reichardt
Raian Campos

DIABETES MELLITUS

TEÓFILO OTONI/ MG
2024
ESCOLA TÉCNICA EGÍDIO JOSÉ DA SILVA

CURSO: TECNICO EM ENFERMAGEM

Daisy Ramos
Diana Siqueira
Ethiene Souza
Genifer Esteves
Janaina reichardt
Raian Campos

DIABETES MELLITUS

Trabalho apresentado para obtenção de nota


na matéria de Nutrição e Dietética.
Professor: Emanuelle Figueiredo

TEÓFILO OTONI/ MG
2024
RESUMO

O Diabetes mellitus (DM) é considerada uma doença crônica, mas não transmissível
e vem caracterizando-se como uma epidemia mundial. Caracteriza-se como uma
síndrome metabólica de múltiplas consequências para a vida de seus portadores.
Neste sentido, este trabalho tem por objetivo compreender esta doença, identificando
sua origem, causas, tratamento e formas de prevenção. Os resultados evidenciaram
que as principais causas da doença estão ligadas aos hábitos de vida e alimentação
que tem preocupado profissionais da área da saúde. Observa-se o aumento do
sedentarismo e alimentação inadequada que tem provocado o aumento da doença.
Também é importante a orientação para pré-diabéticos e pessoas pré-dispostas a
desenvolverem a doença, através de hábitos saudáveis é possível evitar que a doença
se desenvolva.
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO....................................................................................................... 5
DESENVOLVIMENTO ........................................................................................... 6
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 13
REFERENCIAS ................................................................................................... 14
5

INTRODUÇÃO

O atual cenário vem passando por grandes mudanças, entre elas, na


alimentação e nos hábitos de vida, o que tem preocupado profissionais da área da
saúde. Observa-se o aumento do sedentarismo e a alimentação inadequada, tem
provocando várias doenças, entre elas as diabetes mellitus (DM) (COSTA, 2011).
Segundo Barbosa e Lima (2006), a DM representa uma doença crônica, de difícil
diagnóstico precoce e de evolução silenciosa. Os profissionais da saúde encontram
grandes dificuldades em convencerem os portadores da doença em aderirem ao
tratamento.
Atualmente, o DM configura-se como uma epidemia mundial devido a sua
crescente incidência e a dificuldade de cura, traduzindo-se em um grave desafio para
o sistema de saúde pública de todo o mundo (GUIMARÃES, 2017). Caracterizada por
ser um processo patológico que está envolvido com distúrbios no metabolismo de
diversos nutrientes e por defeitos na secreção de insulina, em sua ação ou em ambas,
com consequente hiperglicemia (MASSUCATTI; PEREIRA; MAIOLI, 2012).
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) (2019) o DM é a
terceira maior causa de morte no mundo, sendo uma doença séria, que requer
cuidados especiais. A desinformação em conjunto com o sedentarismo e os maus
hábitos alimentares são os responsáveis pelo agravamento do quadro desta doença.
Estudos apontam a necessidade que o portador de diabetes tem em adotar
atitudes de autocuidado que permitam controlar a doença, por isso, quanto maior o
acesso à informação e ao conhecimento sobre a patologia, maior será sua capacidade
de realizar uma ação de maneira competente que irá refletir diretamente na melhoria
de sua qualidade de vida. A educação terapêutica contínua e o apoio efetivo dos
profissionais de saúde são necessários para fornecer ao indivíduo conhecimentos,
habilidades, atitudes e motivação para o autocuidado e autocontrole da doença
(TORRES, 2011).
Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi de identificar formas de
conscientização, sintomas, prevenção e tratamento do diabetes mellitus em todas as
faixas etárias.
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DESENVOLVIMENTO

1. O que é diabetes mellitus?

O diabetes mellitus (DM) é uma doença crônica não transmissível, com


nenhuma cura disponível ou conhecida. Embora alguns diabéticos apresentem
sintomas, muitos não os apresentam, desconhecendo a presença da doença e
permanecendo com os mesmos hábitos de vida (MALFACINI, 2016).
O DM é uma doença na qual o nível de um açúcar, chamado glicose, está
alterado no sangue devido à deficiência de insulina, ou seja, um hormônio produzido
pelo pâncreas. A principal função da insulina é fazer com que o açúcar proveniente
dos alimentos possa entrar nas células transformando-se em energia, em casos de
diabetes, esse açúcar absorvido pelo intestino e levado para o sangue não consegue
entrar nas células devido à falta de insulina, aumentando sua quantidade no sangue
causando a hiperglicemia, que é a principal manifestação da doença (MINISTÉRIO
DA SAÚDE, 2020).
Complementando, Faria (2008) relata que o DM é uma doença que persiste por
toda a vida, e, no transcorrer, surgem múltiplas complicações, como problemas de
visão (retinopatia), nos rins (nefropatia), neurológicos (neuropatia) e algumas vezes
podem vir acompanhadas de outras doenças crônicas. Segundo a SBD (2019) a
cefaleia, inquietude, irritabilidade, palidez, sudorese, taquicardia, confusões mentais,
desmaios, convulsões e até o coma são consequências da doença se não controlada.
A ausência ou déficit de tratamento, a logo prazo, aumentam as chances de ocorrerem
complicações (CINGOLANI; HOUSSAY, 2003).
Os pacientes com DM não tratados podem resultar com problemas de
coagulação sanguínea e consequentemente problemas na cicatrização, podendo
culminar em amputação de membros. Outra consequência do não tratamento correto
é o déficit de irrigação dos vasos sanguíneos dos olhos, promovendo a retinopatia
diabética, podendo estar associada também ao glaucoma e a catarata, contribuindo
para a perda parcial ou total da visão. Alterações renais também são comuns, tais
como a insuficiência renal e a nefropatia diabética, o dano nas artérias renais que faz
com que os rins falhem no papel de eliminação de impurezas e armazenamento de
nutrientes (CINGOLANI; HOUSSAY, 2003).

2. Tipos De Diabetes Mellitus


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O DM se diferencia por dois tipos: tipos 1 e 2. Ambos possuem diferenças nos


sintomas e tratamento, além de se diferenciarem na população atingida (GRAÇA;
BURD; MELLO FILHO, 2000). A SBD (2019) afirma que o tipo 1 atinge principalmente
crianças a partir de 6 anos de idade e adolescentes, mas pode ocorrer, de forma mais
rara, em qualquer idade.
O tipo 2 atinge principalmente adultos, entre 30 e 69 anos e representa o maior
percentual, cerca de 90 a 95% dos casos. De acordo com a SBD (2019) em algumas
pessoas, o sistema imunológico ataca equivocadamente as células-beta (β). Logo,
pouca ou nenhuma insulina é liberada para o corpo, consequentemente a glicose
permanece no sangue, ao invés de ser utilizada como energia. Esse é o processo que
caracteriza o tipo 1, acarretando entre 5 e 10% do total de pessoas. Essa variedade é
sempre tratada com insulina, medicamentos, planejamento alimentar e atividades
físicas, para ajudar no controle do nível de glicose do sangue.
Segundo Smeltzer e Bare (2002) o tipo 1 é o mais agressivo e acarreta no
emagrecimento de forma rápida, causando destruição autoimune das células β das
Ilhotas de Langerhans, produzindo anticorpos contra insulina, tecidos glutâmicos,
descarboxilase e contra tirosina fosfatase consequentemente os indivíduos não
produzem insulina, consequentemente, não entra glicose nas células e o nível de
glicose no sangue aumenta.
O DM do tipo 2 é o mais comum, geralmente surge devido ao estilo de vida,
ao sedentarismo, à alimentação inadequada, a hereditariedade dentre outros fatores
que predispõem adquirir esse agravo. As pessoas com mais de 30 anos de idade,
geralmente são as mais afetadas por esta doença, porém pode ocorrer em qualquer
faixa etária, decorrente da resistência à insulina e do aparecimento da obesidade
(SMELTZER; BARE, 2002). Para SBD (2019) dependendo da gravidade, a doença
pode ser controlada com atividade física e planejamento alimentar, mas em outros
casos, exige o uso de insulina ou outros medicamentos para controlar a glicose.
O DM gestacional, segundo Weinert et al. (2011, p. 1) é o grau de redução da
tolerância à glicose que ocorre durante a gravidez. Complementando, os autores
dizem que o diagnóstico é realizado por busca ativa, com testes provocativos que
empregam sobrecarga de glicose a partir do segundo trimestre da gestação.
Segundo Massucatti; Pereira e Maioli (2012) o metabolismo energético das
gestantes não diabéticas sofrem por profundas alterações no decorrer dos meses,
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sendo a glicose materna a maior fonte de energia para o feto.


Os níveis circulantes de glicose, aminoácidos, ácidos graxos livres, cetonas e
triglicerídeos podem sofrer elevações conforme a evolução da gestação, ao passo que
a secreção de insulina, em resposta à glicose, pode aumentar, podendo desenvolver
a diabetes gestacional. Após o parto, aproximadamente entre três a sete dias, os
valores da glicemia materna normalizam, mas as gestantes portadoras de diabetes
gestacional apresentam probabilidade de até 50% para desenvolver DM do tipo 2, em
anos subsequentes além de ter o maior risco de doenças cardiovasculares (SANTOS,
2018).

3. Epidemiologia

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) (2018) são mais de 422


milhões de pessoas no mundo com a doença, no Brasil este número aumentou 61,8%
entre os anos de 2006 a 2016, passando de 5,5% da população em 2006 para 8,9%
em 2016. Atualmente, segundo dados do Atlas de Diabetes da International Diabetes
Federation (IDF) (2019), aproximadamente 9% da população mundial possuem DM e
metade delas desconhecem.
Nesse contexto, o Brasil é o quinto país com maior número de pessoas com a
condição. De acordo com o mesmo relatório, 79% das pessoas com DM vivem em
países em desenvolvimento, como o Brasil, isso se deve a condição de vida, de forma
geral, a hábitos de vida não saudáveis, falta de atividade física e obesidade. O que é
mais preocupante de acordo com as projeções do IDF (2019) até o ano de 2030 é
estimado que 578 milhões de pessoas no mundo desenvolvam a doença.
O número pode chegar a 700 milhões de adultos até o ano de 2045 (pouco
mais de 10% da população mundial). Segundo projeções, a doença e suas
complicações, no ano de 2019, levaram à morte 4,2 milhões de pessoas adultas.
Estimativas apontam que a doença está associada a 11% de todas as mortes
ocorridas entre os 20 e 79 anos. O tipo da doença que prevalece no mundo é o DM
do tipo 2, que está se tornando uma epidemia mundial e se caracteriza por ser um
sério problema de saúde pública (OMS, 2019).
4. Prevenção

Há inúmeros fatores envolvidos no controle da DM, muitos dependem da


adesão do paciente, medidas terapêuticas como dieta, exercício físico e, em alguns
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casos o uso de medicamentos são indicadas. O estado nutricional dos pacientes, seus
hábitos alimentares, sua constituição emocional e seus ambientes familiares,
profissionais e sociais também interferem, dificultando na identificação dos fatores que
podem ser responsáveis pela a deterioração do controle clínico e metabólico. Esses
fatores, na maioria das vezes estão diretamente relacionados ao comportamento dos
pacientes, o que se torna evidente que a conquista de um controle clínico e metabólico
em longo prazo pode ser uma das consequências de um processo complexo que
envolve simultaneamente fatores psicossociais, endócrinos e farmacológicos
(ASSUNÇÃO, 2002).
Segundo as diretrizes da SBD 2019-2020 (2019) ao contrário do DM1 que não
pode ser evitado, o DM 2 pode ser retardado ou evitado por meio de modificações do
estilo de vida, que incluem alimentação saudável e atividade física. O DM 2 pode ser
considerada a principal doença crônica que podem ser evitadas por meio de
mudanças no estilo de vida e intervenção não farmacológica. Estudos epidemiológicos
e intervencionistas apontam que a perda de peso é principal forma de reduzir o risco
de diabetes.
Para o Ministério da Saúde (MS) (2020) a melhor forma de prevenir o diabetes
é a prática de hábitos saudáveis, o incentivo para uma alimentação saudável e
balanceada e a prática de atividades físicas é fundamental. Barreto (2005) relata que
os pacientes prédiabéticos possuem um risco menor de desenvolverem DM tipo 2
caso aderirem medidas de controle, por exemplo, praticarem atividades físicas
regulares e manterem uma dieta com baixa calorias e gorduras.
Complementando, segundo as diretrizes da SBD 2019-2020 (2019) o controle
do diabetes gestacional é realizado, na maioria das vezes, com a orientação
nutricional adequada. Para cada período da gravidez, uma quantidade correta de
nutrientes. A prática de atividade física é uma medida de grande eficácia para redução
dos níveis glicêmicos, porém quando autorizada pelo médico, pois é contraindicado
em gestantes com risco de trabalho de parto prematuro. Gestantes que não atingem
o nível glicêmico indicado através da dieta e atividade física podem associar uso de
insulinoterapia, se recomendado.

5. Diagnóstico

Segundo a SBD (2019) o paciente com os níveis de glicose entre 70 e 99 mg/dl


são considerados normais, entre 100 e 125 mg/dl são pré-diabéticos e níveis acima
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de 126 mg/dl são diabéticos.


De acordo com as diretrizes da SBD 2019-2020 (2019) o controle em pacientes
gestantes que desenvolveram o diabetes gestacional se assemelha aos outros tipos
de diabetes, incluindo uma dieta individualizada e a prática de atividade física, quando
autorizado pelo médico e, quando necessário, o uso de medicação. É recomendado,
após 2 semanas de dieta, caso os níveis glicêmicos permanecerem elevados (jejum
acima de 95 mg/dL e 1 hora pós-prandial acima de 180 mg/dL ou 2 horas pós-
prandiais acima de 1550 mg/dL), deve-se iniciar tratamento farmacológico.
Para diagnosticar a diabetes gestacional a SBD (2019) recomenda o emprego
do TTG 75 g com coleta de três pontos, havendo necessidade de dois pontos elevados
para diagnosticar o diabetes gestacional, sendo considerados valores de referência
jejum: 95 mg/dL; 1h: 180 mg/dL; 2h: 155 mg/dL.
O diagnóstico laboratorial do DM de acordo com as diretrizes da SBD 2019-
2020 (2019) pode ser realizado por meio de glicemia de jejum, glicemia 2 horas após
teste oral de tolerância à glicose (TOTG) e hemoglobina glicada (HbA1c).
Na Glicemia em jejum é coletado o sangue periférico após jejum calórico de no
mínimo 8 horas, já no TOTG coleta-se uma amostra de sangue em jejum para
determinação da glicemia e coleta-se outra amostra então após 2 horas da sobrecarga
oral (ingestão de 75 g de glicose dissolvida em água), neste caso a dieta deve ser a
habitual e sem restrição de carboidratos pelo menos nos 3 dias anteriores à realização
do teste. O teste de Hemoglobina glicada é realizado para avaliar o controle glicêmico,
ou seja, o controle de açúcar no sangue e reflete os níveis glicêmicos dos últimos 3 a
4 meses da hemoglobina HbA1C e revela o controle do diabetes (DIRETRIZES DA
SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES 2019-2020, 2019).

6. Tratamento

O objetivo do tratamento do DM é a normalização dos níveis glicêmicos e


metabólico, segundo Villas Boas et al. (2012) o paciente com DM precisa ser orientado
a seguir a prescrição de medicamentos e as mudanças de estilo de vida, que
compreendem hábitos alimentares saudáveis e a prática de atividade física.
Para Bertonhi e Dias (2018) existem duas opções de tratamento com
medicamentos: os antidiabéticos orais que são substâncias que, quando ingeridas,
têm a finalidade de baixar a glicemia e mantê-la dentro dos valores normais
geralmente usados quase em sua totalidade, por pessoas com diabetes tipo 2 e em
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alguns casos raros e específicos sendo usados por quem tem diabetes tipo 1, e a
insulinoterapia que é a aplicação intramuscular de insulina exógena diária para a
manutenção dos níveis glicêmicos, podendo ser prescrita tanto para pessoas com DM
tipo 1 ou 2 que possuem resistência insulínica ou comprometimento nas células β.
Os antidiabéticos orais segundo a OMS (2018) são classificados de acordo com
o seu mecanismo de ação em: fármacos que estimulam a secreção pancreática de
insulina (sulfonilureias e glinidas), aqueles que diminuem a absorção de glicídios
(inibidores das alfaglicosidases), os que diminuem a produção hepática de glicose
(biguanidas) e aqueles que aumentam o uso periférico da glicose (glitazonas). O
Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza, na atenção básica, os seguintes
medicamentos orais: cloridrato de metformina; glibenclamida e gliclazida.
Outra opção de tratamento segundo a OMS (2018) é a insulinoterapia, o SUS
disponibiliza as insulinas regular (de ação rápida) e NPH (de ação intermediária), bem
como insumos necessários, como glicosímetros, fitas reagentes para medida da
glicemia capilar, seringas e agulhas para aplicação de insulina.
Além das insulinas disponibilizadas pelo SUS, atualmente também se
encontram disponíveis no mercado, as insulinas análogas de ação ultra-rápida
(asparte, lispro e glusilina), ação prolongada (glargina, detemir e degludeca), as
insulinas biossimilares da glargina Lantus® (Basaglar® e Glargilin®), além de pré-
misturas que contêm associações entre estas diversas opções. Em relação à forma
de administração, além da administração periódica das insulinas por injeção
subcutânea que utilizam seringas, existem as canetas aplicadoras e também o
sistema de infusão contínua de insulina, que é feito através do uso de bombas de
infusão (OMS, 2018).
Os antidiabéticos orais segundo Bertonhi e Dias (2018) são medicamentos que
possuem por finalidade diminuir a glicemia plasmática e mantê-la em níveis normais.
Esta terapia é indicada para pessoas com DM tipo 2, quando a dieta e a atividade
física não forem capazes de obter o controle adequado da glicemia. Associado ao
tratamento medicamentoso, sempre há a necessidade de seguir uma dieta e a
atividade física, que são fatores que contribuem significativamente para o controle da
doença, principalmente no DM tipo 2.
De acordo com a SBD (2019) nem sempre é necessário o uso de
medicamentos por longos períodos, no caso do DM tipo 2, a mudança no estilo de
vida pode ser suficiente. O tratamento do DM tipo 1, historicamente, segue a tríade
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composta por insulina, alimentação e atividade física, de acordo com as diretrizes da


SBD 2019-2020 (2019) o tratamento com insulina deve ser iniciado o mais rápido
possível após o diagnóstico, pois a doença se caracteriza por produção insuficiente
de insulina. A frequência com que o paciente recebe a insulina depende de quanto o
seu corpo ainda produz e de como o médico pretende controlar o seu nível glicêmico.
Neste contexto, percebe-se a importância dos profissionais da saúde em
repassar orientações para os pacientes, diabéticos ou não, a fim de ajudarmos os
pacientes a cuidarem da saúde para não desenvolverem a doença e/ou realizarem o
tratamento de forma correta para não acarretar em complicações futuras.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O DM é uma doença que desafia a medicina, pois representa uma doença


crônica de difícil diagnóstico precoce e de evolução silenciosa. Os profissionais da
saúde encontram grande dificuldade em convencerem os portadores da doença em
aderirem ao tratamento, além disso, é uma doença que ainda não tem cura. As
principais causas da doença estão ligadas aos hábitos de vida, alimentação e
sedentarismo que tem preocupado profissionais da área da saúde.
A partir dos estudos expostos, conclui-se que as pessoas portadoras de DM
podem ter uma vida normal, entendendo e aceitando a doença e seguindo orientações
profissionais.
É importante a orientação para pré-diabéticos e pessoas pré-dispostas a
desenvolverem a doença, pois com hábitos saudáveis é possível evitar que a doença
se desenvolva. Para os portadores da doença é fundamental o acompanhamento
médico e o uso de medicamentos, que auxiliam no controle do nível de glicose no
sangue evitando complicações.
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REFERENCIAS:

AGUIAR, Daniela Aparecida Tavares. Diabetes mellitus e assistência


odontológica: uma estreita relação- Revisão de Literatura, 2011. Trabalho de
conclusão de Curso apresentado ao Curso de Especialização em Atenção Básica
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ASSUNÇÃO, Maria Cecília Formoso. Fatores relacionados ao controle do


Diabetes Mellitus em pacientes atendidos na rede de atenção primaria à
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FARIA Heloisa Turcatto Gimenes. Fatores relacionados à adesão do paciente


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LUCENA, Joana BS. Diabetes mellitus tipo 1 e tipo 2., 2007. [Monografia]. São
Paulo (SP): Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas, 2007.

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Centro Universitário IBMR/Laureate International Universities, 2016.

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de mar. de 2023.

SMELTZER, Suzanne C.; BARE, Brenda. G. Histórico e Tratamento de pacientes


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SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES (SBD). Diagnóstico e Tratamento.


2019. Disponível em: SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES (SBD). Diagnóstico
e Tratamento. 2019. Disponível em:
https://www.diabetes.org.br/publico/diabetes/diagnostico-e-tratamento. Acesso 25
de mar. de 2023.

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