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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ANA BEZERRA

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1. OBJETIVOS

o Respaldar a Iinha de cuidado da Enfermagem Obstétrica no Hospital Universitário Ana


Bezerra (HUAB);
0 Normatizar a atuação profissional dos Enfermeiros Obstetras (EO);
o Orientar e uniformizar as ações da Enfermagem Obstétrica que garantam o exercício das
boas práticas de atenção à saúde da mulher e recém~nascido (RN);
0 Fortalecer a atuação dos EO, oferecendo subsídios técnico-científicos para sua atuação;
0 Estimular uma prática assistencial que garanta a segurança do paciente associada a

qualidade assistencial;
- Garantir o cumprimento do que preconiza o Ministério da Saúde (MS) através da Rede
Cegonha, Política Nacional de Humanização, entre outras.

2. JUSTIFICATIVAS
0 Mudança do paradigma na atenção obstétrica e neonatal nas últimas décadas de acordo
com as recomendações das boas práticas de assistência ao parto e nascimento favorecendo
a humanizaçãddo parto indo de encontro a violência obstétrica;
o Necessidade de valorização do parto fisiológico e natural permitindo que a experiência

do parto seja segura e positiva para as mulheres e seus familiares;


o Embasamento científíco da prática da enfermagem obstétrica conforme preconiza a
Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde;
o Alinhamento com o terceiro objetivo da Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável
da Organização das Nações Unidas (ONU) que expandiu gradualmente seu foco para além
da sobrevivência das mulheres e de seus bebês para garantir também que eles prosperem e
alcancem todo o seu pbtencial de saúde e bem-estar;
o Potencial dos enfermeiros para transformar os sistemas de saúde e atingir as metas
globa¡s, nacionais e locais de saúde - campanha Nursing Now 2019.

ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS NO EXERCÍCIO PROFISSIONAL DA ENFERMAGEM OBSTÉTRICA

A atuação da enfermagem obstétrica está associada ao uso mais eficiente de recursos


e a melhores resultados como redução das ¡ntervenções desnecessárias no trabalho de parto (TP),
melhores resultados psicossociais, aumento do espaçamento entre os nascimentos e uso de
anticoncepcionais.
O respaldo |egal da enfermagem obstétrica é baseado nas legislações que garantem a
atuação da enfermagem obstétrica no Brasil, desde a Constituição Federal de 1988, a Lei do
exercício profissional de 1986, as resoluções do Conselho Federal de Enfermagem e as Resoluções
e Portarias do MS tais qua¡s:
o Portaria 2815/GM/1998: lnclui na tabela SHI o grupo de procedimentos e os
procedimentos referentes ao parto normal sem distocia por EO inclusive a analgesia no
parto.
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o Resolução COFEN 223/1999: Dispõe sobre a atuação de enfermeiros na assistência à

mulher no ciclo gravídico-puerperal.

o Portaria SAS/743/2005: Art. 39 - Estabelecer que a emissão do Iaudo para AIH


(autorização de internação hospitalar) está restrita à responsabiüdade das seguintes
categorias profissionaisz médico, cirurgião-dentista e enfermeiro obstetra.
o Resolução COFEN 339/2008: Normatiza a atuação e a responsabilidade civiI do
Enfermeiro Obstetra nos Centros de Parto Normal e/0u Casas de Parto e dá outras
providências.
- Resolução COFEN 564/2017: Código de Ética clos Profissionais de Enfermagem -
O
Profissional de Enfermagem atua com autonomia e em consonância com os preceitos éticos

e Iegais, técnico-científico e teórico-fi|osófico; exerce suas atividades com competência para


promoção do ser humano na sua integralidade, de acordo com os Princípios da Ética e da
Bioética e participa como integrante da equipe de Enfermagem e de saúde na defesa das

políticas públicas.

ASSISTÊNClA NA ADMISSÃO DAS PACIENTES EM TRABALHO DE PARTO

4.1 Avaliação inicial


A avaliação inicial é realizada na Unidade de Pronto Socorro e Pronto Atendimento
(setor Acolhimento e Classificação de risco -
ACR). O HUAB realiza atendimentos da demanda
espontânea de pacientes provenientes do município de Santa Cruz /RN e de pacientes residentes
na 5ê Região de Saúde por meio de regu|ação através da Central de Regulação de Acesso as
Urgências (CRAU) considerando trabalho de parto (TP) de risco habitual com idade gestacional
mínima de 32 semanas e peso fetal 2 1500g considerando perfil da Unidade de Unidade de Cuidados
Intensivos e Semi-lntensivos.
Via de regra, as pacientes da região são encaminhadas para o HUAB reguladas pelo
CRAU, o que permite a organização do serviço para atender a demanda de pacientes compatível
com seu perfil de atendimento e taxa de ocupação do d¡a, no entanto, devido as fragilidades na rede
muitas vezes são recebidas pacientes sem a devida regulação.
No ACR é realizado a consulta de enfermagem pelo enfermeiro - Acolhimento com
Classificação de risco - com verificação dos sinais vita¡s. Em seguida, a paciente segue para

atendimento médico considerando o risco que foi elencado peIo enfermeiro através do Manual de
Acolhimento e Classificação de Risco em Obstetrícia emitido pelo MS no ano de 2018. As cores
vermelha, laranja, amarela, verde e azul representam em ordem decrescente o níve| de gravidade
e consequentemente tempo máximo de espera para iniciar cada atendimento.
a urgência e

Nessa oportunidade, os profissionais que atendem a gestante deverão continuar


realizando escuta qualificada em associação as demais demandas como a anamnese, a avaliação do
cartão de pré-nata|, a realização do exame obstétrico (manobras de Leopold, ausculta cardíaca fetal,
avaliação das contrações uterinas, exame especular, em caso de história de perda Iíquida e toque
vagina|) além da formulação de hipótese diagnóstica e definição de conduta.
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São essenciais para a definição da internação a presença de pelo menos duas


contrações efetivas a cada dez minutos; apagamento cervical com colo dilatado para 4 cm ou mais
ou um dos sinais anteriores associado a ruptura espontânea das membranas.
Ao ser internada, a gestante é estratificada em um dos grupos da Classificação de
Robson. A OMS adotou o sistema de Classificação Robson como um padrão global para avaliar,
monitorar e comparar as taxas de cesárias. Este sistema classifica as mulheres em 10 grupos com
base em cinco características obstétricas rotineiramente documentadas e tem sido utilizada para
analisar tendências e determinantes das taxas de cesárias.
Seguindo a admíssão no centro obstétrico Pré-parto, Parto e Pós-parto (PPP) o
enfermeiro obstetra deve iniciar o Processo de Enfermagem (PE) através da entrevista (anamnese)
e exame físico. Atentar para os registros realizados no ACR e para mudança do risco do parto ao
Iongo da sua evolução.

4.2 Condutas e exame físícolobstétríco


-
Realizar anamnese confirmando informações colhidas no atendimento inicial observando
os itens a seguirz
~/ Gestações anteriores e desfechos (partos e abortos);
\/ Realização de acompanhamento pré-nata| e exames recomendados;
/ Complicações nos partos anteriores (prematuridade, baixo peso, macrossomia,
retenção placentária, hemorragia pós-parto, entre outras);
lntercorrências durante a gestação (ITU, HAS, DM, arboviroses, entre outras);
Medicações em uso;
Alergias;
\\\\\\\
Perda de líquido amniótico - investigar tempo de início e características do Iíquido;
Sangramento vaginal - investigar tempo de início, quantidade e coloração;
Contrações - investigar tempo de iníc¡o, frequência e duração;
Investigar presença de outras queixas.
- Realizar exame físico geral e obstétrico, ausculta dos batimentos cardíacos fetais (BCF),
verificação da contratilidade uterina e toque vaginal (definição da posição do colo, dilatação,
apagamento e apresentação fetal). Consultar os quadros 1 a 4.
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Quadro 1 - Exame físicolobstétrico


Aspecto Sinal Conduta
Pele e mucosas Palidez Confrontar possível anemia.
Cianose Verificar Sp02, FC e FR.

Hidratação Questionar sobre êmese, possível


desidratação.
Edema Verificar PA e riscos para HAS gestacionaL
Lesões dérmicas Avaliar dermatoses ou violência
doméstica.
Tórax Observar expansibilidade Relacionar com sinais vitais e condição
torácica circulatória.

Aumento do volume Medir altura uterina com fita métrica.

Abdome uterino
Realizar as Manobras de Leopold
identificandoz
-
Situação (Iongitudinal, transversa ou
obhquab
-
Apresentação (cefá|ica, pé|vica ou
côrmica);
-
Posição (direita ou esquerda materna).
Ausculta do BCF Realizar ausculta fetal com sonar durante
1 minuto inteiro para determinar o BCF
adequado.
Presença de cicatrizes na Questionar sobre cirurgias anteriores.
região abdominal
Aparelho Observar a vu|va, canal Visualizar se há presença de condilomas,
geniturinário vaginal e uretral úlceras e secreções - conduta de
abordagem sindrômica e cuidados
especiais.

Toque vaginal Realizar o toque vaginaL procurando


conhecer a altura da apresentação,
variedade de posição, dilatação cervica|,

apagamento do colo e condições da bolsa


amniótica.

Membros inferiores Observar presença de Verificar PA e pesquisar história vascular.

edema e/ou varizes


*Sp02: nível de saturação de oxigên¡o; FC: frequência cardíaca; FR: frequência respiratória; PA: pressão arterial; HAS:
hipertensão arterial sistêmica.
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Quadro 2 e Ausculta cardíaca fetal intermitente.

Técnica da ayusculta Conduta


Posicionar a gestante em decúbito dorsa|, Considerarvalor de referência norma|: 110 a 160
com o tronco Iigeiramente fletido e o bpm, conforme o National Institute of Child
V
abdome descoberto; ,
Health and Human Development (NICHD) dos
Realizar a palpação obstétrica usando as EUA.
'

manobras de Leopo|d, a fim de definir a


Iocalização do polo cefálico e do dorso fetaL Quando se registra bradicardia persistente ou
Épossível perguntar a gestante em que lado desacelerações tardias, o parto deve ser
ela percebe maior movimentação feta|. O conduzido segundo normas de alto risco com
dorso fetal estará no Iado oposto; comunicação imediata ao médico obstetra que
Em seguida, deve-se segurar o Sonar deverá assumir a condução do caso.
,
Doppler perpendicularmente sobre a
'

parede abdominal da gestante, no Iocal A bradicardia Ieve, a taquicardia e as

7
determinado como foco de escuta. desacelerações variáveis são situações de
Contar os batimentos cardíacos fetais por alarme ante as quais deve-se extremar a
'

um minuto, observando ritmo e frequência. vigilância do BCF, com a paciente em decúbito


Iateral esquerdo.

*
Se existem fatores de risco, deve-se intensificar o cuidado na ausculta do BCF.

Quadro 3 - Contratilidade uterina.


Método clínico Tônus Frequência Duração Intensidade
- mão (n9 de (em
repousada contrações segundos)
sobre o abdome em 10
minutos)
Normal Palpam-se 2 a 5 20 a 60 O útero não se
partes fetais. deprime no acme da
Útero se contração.
deprime entre
contrações.
Anormal Hipertonia >7 >6O Hipersistolia -
Útero
Impossível não se deprime em
palpar partes momento algum da
feta¡s. Dor contração.
*Pode ser utilizado o método clínico com a palpação abdomina|, a cardiotocografia ou ainda da aferição da pressão
intrauterina.
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Quadro 4 - Toque vaginaL L

Técnica O que avaliar

lnspecionar os genitais externos; Sinaisde DST's;


Separar os pequenos Iábios com os dedos , Amplitude e elasticidade das partes moles;
*

polegar e anular da mão; Proporção feto-pé|vica;


Inspecionar o introito vagina|; Di|atação, apagamento e posição do co|o;

lntroduzir horizontalmente os dedos 2


Apresentação, variedade de posição e altura
indicador e médio da mão na direção do eixo (uti|¡zar a escala De Lee ou Hodge);
'

vaginaL com os dedos anular e mínimo Integridade das membranas ovulares;

erxionados e o polegar estendido; Hemorragias genitais;


,
Palpar com a superfície palmar dos dedos; , Presença de mucosidade, Iíquido ou sangue na

:
Manter o antebraço em posição horizonta|; f
|uva.

Apoiar o fundo uterino com a mão externa;


Não retirar os dedos até haver completado o
exame.

5. ASSISTÊNCIA AO TRABALHO DE PARTO VAGINAL

O parto é uma experiência permeada de significados para as mulheres, seus

companheiros e suas famílias. Sem dúvidas, é um processo singular e especial que tem um forte

potencial positivo e enriquecedor. Contudo, por outro lado, sabe-se que esse momento pode trazer
a mulher e sua família sentimentos de ansiedade, medo e insegurança. Sendo ass¡m, os profissionais

de saúde, que são coadjuvantes desta experiência, desempenham o importante papel de executar
um cuidado profissional humano e seguro nesse momento tão importante para as famílias.
Estima-se que, durante as primeiras 24 horas após o parto, ocorrem entre 25 e 45%
das mortes neonatais e 45% das mortes maternas. Desta forma, é indiscutível a necessidade de
minimizar os riscos do processo parturitivo visando reduzir a morbidade e mortalidade materna,
fetal e do recém-nascido através da avaliação criteriosa da evolução e desfecho do trabalho de
parto

e pós-parto.

ao primeiro período do parto: dilatação e apagamento


5.1 Assístência
O primeiro período do parto se inicia com a presença de contrações uterinas
dolorosas, rítmicas e frequentes (no mínimo 2 a cada 10 minutos) que promovem dilatação e
- 10
apagamento do colo uterino e finaliza quando este alcança o seu grau máximo de dilatação
cm - e consequente apagamento tota|.
Nesse sentido, durante a admissão no PPP, é importante dialogar com a parturiente,

perguntando sobre seus desejos e expectativas incluindo orientações e recomendações abaixoz


\/ Informações sobre o TP;
\/ Recomendações sobre sua participação ativa e do seu acompanhante;
\/ lmportância da posição vertical, da deambulação e exercícios para o período de
dilatação e expulsão;
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\/ Importância da hidratação oral e manutenção de dieta, de acordo com a aceitação


durante o TP, parto e nascimento;
~/ Importância do aleitamento materno na primeira hora de vida com o contato pele a
pele.
\/ Necessidade de monitorização de sinais vitais maternos e ausculta de BCF (quadro 5),'

\/ Apresentação dos métodos não farmacológicos de alívio da dor (quadro 6).

Quadro 5 - Sinais vitais maternos e ausculta de BCF.


Cuidado 0 que lntervalo ,
Observação
v
observar r › V

Monitoramento ,
FR Repetir com mais frequência na
'

materno PA A cada 4 horas presença dos sintomasz


í

Tax 7 Dispneia
É*L¡potím¡a
/Cefaleia
/Escotomas visuais
L

FC A cada :Zumbi_do
1 hora
Calafrlo
,/Sudorese
Monitoramento BCF de 1h/1h, se bolsa íntegra. Em caso de bolsa rota e na fase
Verificar o
fetal
:
mais avançada do trabalho de parto a cada 30 minutos.
Realizar dinâmica uterina de 1/1h
Avaliar junto a equipe multiprofissional o progresso do TP para decidir o
_
:
tipo de assistência adequada.
FC: frequência cardíaca; FR: frequência respiratória; PA: pressão arterial; Tax: temperatura axilan

A assistência qualificada durante o TP é fundamental para que os melhores


resultados sejam alcançados para o binômio mãe~bebê. Para tanto, os profissionais devem se
fundamentarem nas melhores evidências disponíveis e atuarem de forma multiprofissional e
harmônica buscando a integralidade da assistência materno-infanti|.
O médico(a) ginecologista obstetra (GO) deve ser acionado sempre que necessário,
em especial, para avaliações e controle de urgências e distócias além de realização de diagnósticos
diferenciais e condução dos partos de alto risco.
Sabe~se que algumas práticas, nesse período de TP, não são recomendadas de forma
rotineira como a aplicação de enemas, tricotomia pubiana e perineal assim como amniotomia
precoce associada ou não com ocitocina em pacientes que estão evoluindo bem.

5.2 Movimentação e posição da parturiente


As mulheres devem ser encorajadas a se movimentarem e adotarem as posições que
lhes sejam mais confortáveis no trabalho de parto. Atentar para o fato da deambulação ajudar na
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evolução do trabalho de parto e por isso desaconselhar a posição deitada, em especial, em decúbito

dorsaL

5.3 lnstrumentos para o acompanhamento do trabalho de parto


Toque vagina|
-

O toque vaginal é um procedimento essencial na avaliação do início e do progresso


do trabalho de parto, uma vez que permite avaliar a dilatação cervical, a altura da apresentação, a
variedade de posição, as condições da bolsa das águas e do líquido amniótico.
de toques vaginais deve ser rigorosamente limitado ao necessário, em
O número
eSpecial, no primeiro estágio do trabalho de parto e em pacientes com ruptura
prematura de
membranas ovulares. Em média, deve ser realizado um toque a cada 4h com variações, a depender

da evolução do trabalho de parto. Atentar para outros sinais de avaliação da progressão deste
período como a observação da mulher incluindo sua aparência e comportamento, contrações
uterinas, presença de amniorrexe ou outro fator que interfira na tomada de decisão.

- Partograma
O modelo padrão é aquele adotado pelo Ministério da Saúde, o qual deve-se inserir
a |¡nha de de ação, com intervalo de 4 horas entre elas, bem como todos os parâmetros
alerta e
essenciais de avaliação do trabalho de parto, em seu processo dinâmico, tais como: dilatação
cervica|, variedade de posição, altura da apresentação, BCF, contrações uterinas, bo|sa
amniótica,

aspecto do Iíquido amniótico, infusão de Iíquidos e drogas, uso de analgesia e intercorrências


clínicas.

Cada divisória corresponde a uma hora na abscissa (eixo X) e a um centímetro de

di|atação cervica| e de descida da apresentação na ordenada (eixo Y). Inicia-se o registro gráfico

quando a parturiente estiver na fase ativa. Em caso de dúvida, aguardar uma hora e realizar um
novo toque. A velocidade de dilatação de 1 cm/hora, verificada em dois toques sucessivos, confirma
o diagnóstico de fase ativa do trabalho de parto.
Por convenção, registra-se a di|atação cervica| com um triângulo e a apresentação e
a respectiva variedade de posição são representadas por uma circunferência. A dilatação
cervica|

inicial é marcada no ponto correspondente do gráfico, traçando-se na hora


imediatamente seguinte
a |¡nha de alerta e em paralelo, quatro horas após, assina|a-se a |¡nha de ação.
Deve-se atentar para o fato de que a |¡nha de alerta implica simp|esmente a
necessidade de uma melhor observação clínica. Somente quando a curva de dilatação cervica|
atinge a |¡nha de ação é que a intervenção médica torna-se necessária, na tentativa de melhorar a
evolução do trabalho de parto e corrigir possíveis distócias que possam estar se iniciando. Isto não
significa necessariamente conduta cirúrgica.

- Amniotomia
A amniotomia, ruptura da bolsa amniótica realizada propositalmente, não tem
indicação como manobra rotineira no trabalho de parto vagina| já que não existem evidências de
que esteja relacionada à abreviação de período de dilatação. Sabe-se ainda, que tal prática está

associada ao aumento na deformação da cabeça feta|, alterações na frequência cardíaca fetal e risco
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de prolapso de cordão. Por isso, seu uso reserva-se em condições onde sua prática seja claramente
benéfica.
Sendo assim, se estritamente necessária, essa prática deve ser postergada até 7-8 cm
de dilatação e quando o polo cefálico já tenha ultrapassado o plano zero De Lee, exceto nos casos
em que há alterações dos BCF e torna-se necessário a verificação da presença ou não de mecônio
no Iíquido amniótico.

V
Quadro 6 -Técnica da amniotomia.
Deve ser realizada por enfermeiro obstetra ou médico obstetra;
Higienizar as mãos;
Utilizar Iuva estéril e amniótomo;
Durante a contração uterina, as membranas devem ser rompidas através do toque bidigital;
Manter a mão bidigitaimente dentro da cérvice, até o esvaziamento do líquido amniótico com
perfeito encaixe do polo fetal no colo uterino; evitando-se, assim, o prolapso de cordão
'

umbilical;
Deve ser registrado o momento em que foi realizado o procedimento, bem como o aspecto do
líquido encontrado.

Manejo da dor no parto


5.4
Quase todas as mulheres sentem dor durante o trabalho parto, entretanto, a
resposta a essa dor varia consideravelmente. A percepção de cada mulher é influenciada pelo
ambiente do parto, suas experiências anteriores bem como pelos aspectos psicossociais e as
condições na quaI está inserida. O apoio empático dos profissionais de saúde e do acompanhante
associadas a recursos que minimizam a dor favorecem a tranquilização da paciente e a sensação de
segurança melhorando assim a experiência de par¡r.
Existem várias técnicas e métodos de alívio da dor e seu uso vai depender do
conhecimento da equipe, da cultura da mulher, do respeito a essa cultura, da disponibilidade dos
recursos e da assistência ao parto de baixo ou alto risco.
Um estudo de revisão atual concluiu que o banho quente de aspersão, a

musicoterapia, a aromaterapia e as técnicas de respiração promovem o relaxamento e a diminuição


dos níveis de ansiedade. As terapias térmicas contribuem para a analgesia Iocal de regiões afetadas
pela dor e os exercícios na bola suíça são importantes para reduzir a dor e adotar a posição vertica|,
importante na progressão do trabalho de parto.
Destacamos como opções disponíveis no HUAB: verticalização, bola suíça, banqueta,
massagem, banho, arco, espaldar, escalda pés, cromoterapia, aromaterapia e técnicas de
respiração. Conferir mais detalhes no quadro 8 e nos Procedimentos Operacionais Padrões (POPs)
institucionais -
POP.PPP.001, POP.PPP.OO4 e POP.PPP.006 na intranet e no site da instituição
(http://www2.ebserh.gov.br/web/huab-ufrn/unidade~de-atencao-a-saude-da-mu|her).
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Quadro 7 -, Métodos não farmacológicos de alívio da dor. V › ,

Di|atação Recurso terapêutico Tempo Técnica

3 - 5 cm ; Chuveiro Mínimo 20 minutos Jato de água morna na


'

região lombossacra|
e/ou baixo ventre

Mudanças de posturas 15 minutos (cada) Decúbito lateral

esquerdo, quatro
apoios, sentada,
posição ortostática

Deambulação Livre - mínimo dek30 Deambulàção


minutos r 7

Massagem Mínimo 10 minutosw à Deslizamento,


amassamento e

g
pressão entre T10-L1 e
sz-54.
_

6-7 cm Chuveiro Mínrimor 20 minutos ldem ranterior

Massagem Durante as ldem anterior

L
contrações
Mudança de posturas 15 minutos (cada) Idem anterior
Técnica respiratória Durante e entre as ReSpiração lenta e
contrações profunda, inspirando
pela nariz e expirando
pela boca
r r

Deambulação Livre - mínimo de 30 Deambulação


minutos
Relaxamento lntervalo entre as ã
Relaxamento muscular
Associação de contrações progressivo

recursos
r

8-10 cm Banho deímersãó Livre Idem anterior


Mudança de posturas V15 minutps (cada)
Técnica respiratória Durante e entre as
contrações
Relaxamento Intervalo entre as

Associação de contrações
recursos
SUS &
Í
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Nesse período do TP pode ocorrer falhas de progresso. Sendo assim, é necessário a


equipe identificar e manejar tal situação. O quadro 8 traz exemplos dessas situações com suas
respectivas condutas sugeridas que serão definidas a critério médico.

Quadro 8 - Condutas no período de dilatação.


Condição Conduta
Hiperdinamia lnibição uterina e assistência segundo normas
Vde alto risco, com comunicação imediata ao

r
V
médico obstetra responsável que assumirá a

condução do caso.
V
Hipodinamia Estimulação ocitócica, à critério médico.
Taquicardia fetal Decúbito lateral esquerdo com supervisão dos
BCF.
Bradicardia leve Controlar BCF com mais frequência.
Desacelerações variáveis Realizar Cardiotocografia, se disponível.
Desacelerações precoces Comunicar ao médico obstetra responsáve|.

Bradicardia persistente Tratamento de sofrimento fetal agudo ”in

Desacelerações tardia útero”.


Assistência segundo normas de alto risco.

Comunicação imediata ao médico obstetra


responsável que deverá assumir a condução do

V
caso.
Parto prolongado segundo partograma Reavaliar antecedentes de patologia cervical,
proporção feto-pélvica e contratilidade.
Corrigir hipodinamia, podendo utilizar a

ocitocina para condução, à critério médico,


controle em duas horas.
Se não houver progresso, amniotomia ~
controle em duas horas.
Se não evqui, conduzir segundo normas de alto
risco, comunicando o médico obstetra
responsável que deverá assumir o caso ou
realizartransferência.

Hemorragia genital Observar intensidade, aspecto, realizar


condutas no manejo das hemorragias e solicitar

avaliação médica se necessário. r


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Líquido amniótico meconial Controle mais frequente de BCF (de 15/15


minutos), com registro e comunicação a equipe.

Comunicar ao pediatra.

segundo período do parto: expulsivo


5.5 Assistência ao
O segundo período do TP se inicia com a dilatação completa (10 cm), e termina com
a expulsão fetaL Este período é definido em duas fasesz passiva e ativa. A fase inicial ou passiva se
do colo sem sensação de puxo involuntário já na fase ativa temos di|atação
refere a di|atação total
ativo. Em gera|,
total do colo, cabeça do bebê visível, contrações de expulsão ou esforço materno
nas mu|típaras até 1h
nas primíparas a fase ativa do período expulsivo dura O,5-2,5 horas e
considerando a ausência de analgesia peridural.
O parto ocorre segundo a teoria da menor resistência, a apresentação fetal tem que
se adaptar aos menores diâmetros possíveis a fim de transpor as dimensões e os
contornos mais

favoráveis que são alcançados durante o trajeto do parto. Didaticamente o mecanismo do


parto é

dividido em três tempos: insinuação, descida (rotação interna da cabeça/insinuação das espáduas)
das
e despendimento (rotação externa da cabeça/rotação interna das espáduas/desprendimento
espáduas).
São fatores maternos e fetais para um bom curso dos mecanismos do parto as
dimensões e configurações da pelve materna, a resistência do colo uterino e partes moles e a
efetividade das contrações uterina. O quadro 9 traz as condutas dessa fase do parto e o
quadro 10

as condutas na presença de anormalidades.


A parturiente deve optar pela posição que for mais confortável para s¡. As posturas

verticais são as mais indicadas tanto do ponto de vista gravitacional como no aumento dos
diâmetros pélvicos maternos tendo empromover uma retificação do canal de parto e
vista

alinhamento do feto na bacia materna maximizando os puxos expulsivos maternos e facilitando o


desprendimento feta|. Ver Figura 1.
Figura 1 - Posições de parto e métodos não farmacológícos de alívio da dor.

Fonte: www.humanization.org
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/ r
Quadro 9 - Condytras n__o período expulsivo.
Preparação Seguir estritamente as normas de anti sepsia;
Uso de roupa limpa;
'

lnstrumental estéril para assistência ao parto;


-,

Lavagem das mãos;


;
Uso de Iuvas estéreis;
Uso de equipamento de proteção individual (Avental de plástico, óculos e


máscara);
Assepsia perineal com água e sabão. Usar cIorexidina tópica diante de
realização de episiotomia;
Campos estéreis.

Puxos dirigidos Os puxos precoces reduzem a duração do período expulsivo, porém aumentam
os riscos de parto instrumental, podem acarretar Iesão do assoalho pélvico,
,
esgotamento materno e queda no BCF, portanto devem ser evitados;
Recomenda~se o puxo espontâneo;
A manobra de Kristeller não deve ser realizada.

BCF A ausculta cardíaca fetal intermitente deve ser realizada durante e após a

v
contração, por pelo menos um minuto, a cada 5 minutos;
'

O pulso materno deve ser palpado se houver suspeita de bradicardia feta|, ou


Í
qualquer outra anormalidade, para fazer o diagnóstico diferencial das duas
í

auscultas cardíaca;
Em parturientes de risco a frequência da ausculta fetal deve ser após cada
*

contração;
,
Aceita-se quedas de BCF até 100-110 bpm devido a compressão cefálica;
Uma FCF < de 100 bpm, mantida entre os puxos, sugere sofrimento fetal, o que
.
deverá ser imediatamente comunicado ao médico pIantonista ou obstetra
í

pIantonista.
Contratilidade Avaliar a dinâmica uterinaz
Frequência e intensidade a cada 30 minutos;
Utilizar da amniotomia e/ou administração de ocitocina quando necessários na
reversão de período expulsivo prolongado. Sempre com vistas à avaliação da
dinâmica uterina.
*

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A episiotomia médio-Iatera| não reduz as taxas de incontinência feca|, urinária


z

Episiotomia
de esforço e prolapso genital, prejudica o re|axamento do assoalho pélvico por
nove meses pós-parto e prejudica a função sexual dentro de doze meses pós
parto;
A OMS recomenda restringir o uso da episiotomia considerando a taxa máxima
de 10% dos partos corroborando para seu uso de forma não rotineira;
'

Algumas indicaçõesz parto pélvico, macrossomia feta|, parto pré-termo, parto


~

operatório (fórceps) ou ameaça de ruptura perineal grave;


Quando indicada, a paciente deve ser consultada, e devidamente informada da
necessidade de realizar o procedimento sob analgesia |oca|;
Recomenda-se realizar na região médio-|atera| originando na fúrcula vaginal e
direcionada para o lado direíto, com um ângulo do eixo vertical entre 45 e 609.

Quando deve ser reparada com sutura contínua com


realizada, a episiotomia

fio absorvíve|, por estar associada com menos dor no pós-parto imediato do
-

que a sutura separada. Efeitos em longo prazo não são claros.

Períneo Não se recomenda a massagem perinea|;


r

Considerar aplicação de compressas mornas no períneo;


Não se recomenda a aplicação de spray de Iidocaína para reduzir a dor perineal;
Tanto a técnica de 'mãos sobre' (proteger o períneo e flexionar a cabeça fetal)
quanto a técnica de 'mãos prontas' (com as mãos sem tocar o períneo e a
cabeça fetal, mas preparadas para ta|) podem ser utilizadas;

Se a técnica de 'mãos sobre' for utilizada, controlar a deflexão da cabeça e


orientar à mulher para não empurrar nesse momento.
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Quadro 10 - Anormalidades no período expulsivo.


Tipo :
Causa Conduta
,Hipodinamia /Rea|izar amniotomia se as membranas
Puxo materno ineficaz estiverem intactas;
_
Defeitos de rotação cefálica fEstimulação ocitócica no caso de
Desproporção céfa|o-pé|vica hipodinamia, à critério médico;
,
não diagnosticada /Estimu|ar o puxo materno espontâneo V

assinalando o momento apropriado (junto


com a contração);
/Estimu|ar uma ventilação adequada entre
as contrações para se evitar o esgotamento
Período expulsivo
materno;
prolongado
/Ava|iar a necessidade de
anaIgesia/anestesia;
/Nos casos de distócias de rotação e
2 desproporção, o parto deve ser conduzido
segundo normas de alto risco, com
comunicação ao médico obstetra
responsável;
lConsiderar o uso de parto instrumental
(vácuo-extrator ou fórceps) se não houver
segurança quanto ao bem-estar fetal ou
Á r
prolongamento do período expulsivo.
í

Lacerações do canal de parto A proteção adequada do períneo pode


*

(vagina, períneo e colo prevenir as Iacerações do canal de parto;


Vuterino);ruptura uterina. LA ruptura
V
uterina deve ser prevenida
Traumatismo fetal: evitando-se hiperestimulação ocitócica e o
Desalinhamento ósseo diagnóstico e correção oportuna de
Ícefálico parieto~fronto~ distócias de rotação e desproporção
Traumatismo :

, _
r

occi p ital caval g amento ósseo céfalo- p élvica.' '


Obstetnco *

cefálico,' bossa serosanguínea I

Tais medidas também devem ser


J
exagerada; céfalohematoma; suficientes para se evitar a maioria dos
asfixia; fraturas ósseas; casos de traumatismo fetaL
íhemorragias intracranianas;

5
paralisias; Iesões
§
tegumentares.
Lx

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5.6 Assistência ao terceiro período do parto: dequitação


O terceiro período do parto é o momento que vai desde o nascimento da criança até
a expulsão da placenta e membranas devendo ser mantida observação rigorosa da paciente. Se
quanto
houver hemorragia, retenção placentária, colapso materno ou qualquer outra preocupação
ao bem-estar da mulher, solicitar assistência do médico GO para assumir o caso, se este
não for o

profissional assistente no momento, instalar acesso venoso calibroso e informar a


paciente sobre a

situação e os procedimentos previstos.

Quadro 11 - Condutas na dequitação.


Conduta expectante Conduta ativa

Envolve a espera vigilante que prima pe|a Baseia-se na prática rotineira de ações que_

dequitação fisiológica, praticandoz visam prevenir as complicações hemorrágicas


/
Clampeamento tardio do cordão umbilical (1 do 39 estágio, empregando-se:
/
a 5 minutos ou após cessadas as pulsações); Uso profilático e rotineiro de ocitócitos;
/Sem uso rotineiro de uterotônicos; /Clampeamento e secção precoce do cordão
7Expu|são da placenta por esforço materno ou umbilical (após 1 minuto).
;

7
pela gravidade; Tração controlada do cordão umbilical após os
/lntervenção somente no tratamento das sinais clínicos de separação da placenta

complicações, caso ocorram. V


associada a pressão no fundo de útero.

No manejo da atenção durante o 39 estágio do parto é indispensável a revisão da

integridade da placenta, dos anexos e do canal do parto. A conduta ativa é recomendada


pois está

associada com menor risco de hemorragia e transfusão sanguínea contudo se uma


mulher com

baixo risco de hemorragia pós-parto soIicitar conduta expectante, apoiá-la em sua esco|ha.

Na conduta ativa, se faz necessária a administração de 10 Ul de ocitocina via

intramuscular (depois de palpar o útero para descartar possibilidade de outro feto),


após o

desprendimento da criança, antes do clampeamento e corte do cordão. Sabe-se ainda que o manejo
ativo encurta o terceiro período do parto em comparação com o modelo expectante/fisiológico
contudo é possível adaptar etapa de clampeamento do cordão umbilical aguardando alguns
a

minutos para sua secção. É prudente deve-se ser informado a paciente que está associado a
presença de náuseas e vômitos em aproximadamente 10% das mulheres. Documentar o
momento
do clampeamento do cordão tanto na conduta ativa quanto na conduta expectante.
O manejo ativo também pode ser modificado sem perder seus benefícios. Nas
mulheres que preferem uma assistência menos intervencionista, a tração controlada não é
necessária, se um uterotônico fizer parte do manejo.
Mudar da conduta expectante para conduta ativa se ocorrer hemorragia ou se a
a

placenta não dequitou 30 minutos após o parto. Verificar o manejo das hemorragias pós parto no
POP n9 9 da UASM. Após expulsão da placenta examiná-Ia para identificação de sua integridade,
descartando a possibilidade da presença de restos placentários ou de membranas na cavidade
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uterina. Deve-se observar sangramento pois perda de mais de 500 mI de sangue pode representar
risco de choque hipovolêmico. Verificar quadro 12 - Técnica da tração controlada de cordão
Proceder com a avaliação do canal de parto e realização de sutura de episiotomia ou
Iaceração de trajeto se estas estiverem presentes, sempre usando fios absorvíveis. O trauma
perineal ou genital deve ser definido como aquele provocado por episiotomia ou Iacerações que
podem ser de primeiro a quarto grau. Realizar reparo perineal com analgesia efetiva utilizando
técnica de sutura contínua com fio absorvível. Contatar médico obstetra em casos de placenta
retida, presença de restos placentários ou hemorragia não controlada e providenciar acesso venoso.

Quadro 12 - Técnica da tração controlada de cordão.


-
Clampei o cordão próximo ao períneo usando uma pinça de Foerster ou Rochester. Segure o
;
cordão campeado e o final da pinça com uma das mãos.
-
Coloque a outra mão imediatamente acima do osso púbico e estabilize o útero pela aplicação
de uma contra tração durante a tração controlada do cordão. lsto ajuda a prevenir a inversão
'

uterina.
-
Gentilmente mantenha tensão sobre o cordão e espere uma contração uterina forte (2
- 3
minutos).
-
Quando o útero se tornar arredondado ou o cordão se alongar, tracione o cordão muito
gentilmente para baixo para retirar a placenta. Continue a aplicar a contra-tração no útero com
a outra mão.
r
-
Se a placenta não descer durante 30 - 40 segundos de tração controlada (não há nenhum sinal
de descolamento), não continue a tracionar o cordão.
Gentilmente segure o cordão e espere até o útero estiver bem contraído novamente. Se
necessário, use uma pinça para clampear o cordão mais próximo do períneo enquanto eIe se
alonga;
*

-
Com próxima contração, repita a tração controlada com a contra tração.
a
-
Durante a extração da placenta as membranas podem se romper. Segure a placenta com as
duas mãos e gire-a gentilmente sobre o seu eixo até que as membranas estejam torcidas

V
(Manobra de Dub|¡n).
-
Puxe vagarosamente para completar a dequitação.
'

-
Se as membranas se romperem, examine gentilmente a porção superior da vagina e colo e
r

utilize uma pinça de Foerster para remover qualquer fragmento de membrana que estiver
presente.
-
A placenta e membranas devem ser examinadas Iogo após a sua expulsão.

5.7 Assistência ao recémcnascido saudável no parto e nascimento


Em
geraL a assistência inicial é realizada pelo pediatra ou neonatologista, mas em
situações onde não é possível a presença desses profissionais recomenda-se o atendimento de um
profissional médico ou de enfermagem adequadamente treinado em reanimação neonataL
Imediatamente após o nascimento, o RN deve ser secado com compressas. Para o
RN a termo, com ritmo respiratório e tônus normais, sem Iíquido meconial e que não necessite de
' '

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manobras de reanimação recomenda-se assegurar o contato pele a pele imediato e contínuo, com
duração mínima de 1h, mantendo o RN sem roupa sobre o abdome ou tórax da mãe, de acordo
com
sua vontade, e cobri-|o com uma coberta seca e aquecida.
Deve-se também que o posicionamento escolhido permita movimentos
garantir
°C para evitar a perda
respiratórios efetivos e manter a temperatura do ambiente em torno de 26
de calor. O profissional que estiver prestando assistência ao RN deve cIampear o cordão umbilical,
após cessadas suas pulsações (aprox¡madamente de 1 a 3 minutos).
A OMS recomenda que o aleitamento materno seja iniciado na primeira hora de vida
tendo em vista estar associado a menor mortalidade neonata|, ao maior período de amamentação,
me|hor interação mãe-bebê e ao menor risco de hemorragia materna. As mães infectadas pelo HIV
e HTLV devem ser orientadas a não amamentar devido o risco de transmissão do vírus
durante a

amamentação e, por isso, normatiza-se iniciar a supressão da Iactação e uso de substitutos do Ieite
materno.
A prática do contato pele a pe|e mantém o controle da temperatura corporal do
neonato e promove o incentivo a amamentação logo após o parto pois aproveita o primeiro período

de reatividade do RN e o pico de ocitocina materna, existente no trabalho de parto, e suas


consequências na ejeção do leite. Sendo assim, propiciam o comportamento inato do bebê de
abocanhar e sugar a mama durante a primeira hora de vida, geralmente sem requerer nenhuma
ajuda em particular.
Esse primeiro período de reatividade do RN surge Iogo após o nascimento e perdura

por cerca de 60 minutos. Nesse período existe intensa atividade e consciência de estímu|os
externos. Em geral, nesse período, o RN está alerta e atento ao ambiente, podendo exibir atividades
vigorosas como choro, frequência cardíaca e respiratória rápidas e forte desejo de sugar permitindo
a execução da "Hora Ouro” com sucesso.
Considerando a importância da "Hora Ouro”, o HUAB criou estratégias fundamentais

para favorecer o sucesso desse momento tão singular. Houve um trabalho de sensibilização e

participação da equipe multiprofissional para a implementação das boas práticas as quais estãQ
- disponível para acesso na intranet e
descritas no POP.UASM.005 - lmplementação da Hora Ouro
no site da instituição (http://www2.ebserh.gov.br/web/huab-ufrn/unidade-de-atencao-a-saude-
da-mu|her).
Destacamos também, de materiais Iúdicos que dão suporte para
a utilização

implementação da estratégia "Hora Ouro" que sãoz os pegadores para as portas informando a
evolução da "Hora Ouro”, as placas para o quadro de aviso, o carimbo para os prontuários e os selos
para fixação na caderneta de saúde das crianças.
Dando seguimento aos cuidados com o RN, é imprescindível providenciar a sua

identificação através da colocação da pu|seira, preferencia|mente no tornozelo direito. Para isso,

inicialmente, o RN deve ser cadastrado pela enfermagem no sistema Aplicativo de Gestão dos
Hospitais Universitários (AGHU) utilizando os dados de nascimento (data, hora, sexo, cor e nome do
pediatra que assistiu o RN) e, em seguida, deve ser solicitada a impressão da pu|seira utilizando o
programa próprio da instituição conectada a impressora específica para essa função.
Na pu|seira constará o nome da mãe, data, hora do nascimento e sexo. lnformar a
genitora que o RN ficará com a pu|seira durante todo o período de internamento e que em muitos
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momentos será necessário verifica-Ia objetivando promover a segurança do neonato, em especial,


antes da realização de procedimentos. Ver protocolo cIínico PRT.NSP.OO4 -
Identificação do
Paciente.
Os procedimentos de rotina como o exame físico detalhad0, administração de
vitaminaK, mensuração do peso e demais medidas antropométricas, marcação da impressão digital

do binômio (po|egar direito da mãe e pé direito do RN), vacinação e profilaxia contra a oftalmia
neonatal devem ser postergados considerando a primeira hora de vida do RN ou - se realmente
necessários - fazê-lo de forma a manter o contato pele a pele puérpera-RN.
É imprescindível também, atentar para a necessidade rotineira de alguns
procedimentos como a realização do índice de Apgar no primeiro e quinto minuto de vida (realizado
pelo pediatra) e coleta do sangue do cordão para realizar tipagem sanguínea do RN. É essencial que
o profissional descreva todo o procedimento em prontuário, identificando-se com nome Iegíve|,

assinatura e carimbo. Proceder com a atualização dos registros no AGHU (evo|ução e prescrição de
enfermagem) e acionar médico GO para realizar prescrição médica pós-parto.

5.8 Assistência ao quarto período do parto: Greenberg


O período de Greenberg compreende a primeira hora pós-parto em que ocorre
diminuição da hemorragia uterina devido o miotrombotamponamento aIém de contrações e
relaxamento do útero de forma alternada. A vigilância nesse período é essencial devido o risco de
hemorragia que pode cuIminar em óbito materno.

__Q)urad_r^o 13 - Condutas e ações no período Greenberg.


Condutas r
Ações
Eproração do canal do parto por meio do toque bidigitaL O
aumentado no pós-parto, causado
objetivo é corrigir sangramento
por retenção de fragmentos placentários.
*

Revisão manual do canal As etapas do procedimento são:


k

do parto apoiar o fundo uterino com uma das mãos e simultaneamente


realizar o toque bidigitaL explorando o canal do parto, removendo
coágulos e identificando a possível presença de fragmentos

;
placentários.

í
A atonia uterina é a ausência de contratilidade uterina e a

;
hipotonia uterina é a contratilidade uterina ineficiente. Em ambos
os eventos o útero apresenta-se amolecido, flácido e aumentado.
~'

'

A fim de corrigir hemorragia pós-parto causada por atonia ou


Correção de atonia ou
hipotonia uterina, são propostas as etapas a seguirc
hipotonia uterina
V

i
Solicitar ajuda da equipe multiprofissionaL
Avaliar a paciente, e simultaneamente, massagear o fundo uterino
até que o útero se contraia. Ocorrendo contratilidade uterina,

proceder avaliação de sua permanência a cada 15 minutos e


repetir massagem se necessário.
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' '
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Í
Explicar a paciente e sua família a conduta a ser tomada visando
f
diminuir a ansiedade e garantir~lhes a tranquilidade.
A
Certificar-se de que o útero não se tornou relaxado após a parada
L

da massagem uterina.
« Certificar-se da presença do globo de segurança de Pinard.
í
Verificar sinais vita¡s, não ocorrendo contratilidade uterina

;
satisfatória, iniciar administração endovenosa de 20 Ul de
'

ocitocina (O4 ampolas) diluída em SOOmI de ringer lactato ou


'

500ml de solução fisiológica a O,9%, correr em 10 minutos, a

í
critério médico.
_ Não havendo resposta, administrar metilergonovina na dose de
; 0,2 mg IM (droga contraindicada para mulheres hipertensas), a
r

critério médico.
Atentar para risco de choque hipovolêmico.
Solicitar Hemograma, ABO, RH e Coagulograma, para possível
transfusão sanguínea.
Ç
Laceração perineal é a ocorrência de soluções de continuidade nos
*

tecidos vaginais e/ou perinea¡s.


:

A maioria das Iacerações de primeiro grau não necessitam de

;
suturas, fechando-se espontaneamente. O EO procederá suturar
í

Iacerações de primeiro e segundo graus, e será solicitada avaliação


médica a partir do terceiro grau as quais são menos frequentes.
j_
Para reparar as |acerações seguir os seguintes passos
Oferecer encorajamento à mulher;

Examinar cuidadosamente vagina e períneo;


Utilizar fios absorvíveis;
Sutura das lacerações
,
Trocar campos e Iuvas estéreis, fazendo uso dos EPI's adequados,
vaginais e perineais
como gorro, máscara, óculos e capote;
Realizar assepsia em vulva, genitália externa e proximidades de
2 pele íntegra;
Infiltrar o Iocal com Iidocaína a 1% ou 2% sem Vasoconstrictor,
aspirando para garantir que nenhum vaso tenha sido penetrado;
a
Não injetar se houver aspiração de sanguez nesse caso,
reposicionar e tentar outra vez;
Iniciar a sutura acima da laceração;
Se houver profundidade da Iaceração, colocar uma segunda
L
camada da mesma sutura para não deixar espaço morto;
,
Revisar o trajeto certificando-se da hemostasia.
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6. ASSISTÊNCIA Ao PUERPÉRIO
O puerpério é o período que se inicia após a dequitação da placenta e tem seu
término imprevisto, pois enquanto a mulher amamentar ela estará sofrendo modificações no
organismo, não retornando seus ciclos menstruais completamente à normalidade. Divide-se
didaticamente em: imediato (19 ao 109 dia), tardio (119 ao 429 dia), e remoto (a partir do 439 dia).

Durante o internamento da puérpera (em média 48h do horário do parto), os profissionais devem
atentar para alguns fatores descritos no quadro 14.

Quadro 14 - Cuidados com a puérpera.


Hemorragiasz as hemorragias puerperais constituem a complicação mais frequente neste
'

período, aparecendo na maioria das vezes, nas primeiras horas após o parto. Quando surgem
precocemente podem estar associadas a hipotonia uterina ou presença de restos placentários.
Tardiamente estão associadas, mas comumente, com a retenção de restos placentários e/ou
infecção.

,
Hematomas de períneo, vuIva, vagina podem ser produzidas por traumas durante o parto ou
,
por hemostasia insuficiente. O tratamento consiste na aplicação de compressas frias no Ioca|,
,
abertura e drenagem se necessári0, retirada de coágulos, hemostasia cuidadosa e colocação de
drenos, se houver dificuldade na ligadura dos vasos.
Infecção puerperalz a pode se manifestar na forma de endometrite,
infecção puerperal
miometrite, endomiometrite, anexite, pelviperitonite generalizada, devendo incluir também a

V
infecção das vias urinarias. O principal sinal clínico de infecção é a febre que surge geralmente
V

nos primeiros dez dias após o parto, com exceção das primeiras 24 horas. Na presença de sinais
e sintomas a puérpera deve ser submetida a um exame clínico e ginecológico completo,

V
solicitando-se exames complementares se necessário.
Problemas com as mamas: Pega incorreta da região mami|o-areo|ar faz com que o RN não
í

consiga retirar Ieite suficiente, Ievando a agitação e choro; Fissurasz habitualmente as fissuras
'

ocorrem quando a amamentaçãocom o RN posicionado de forma errada ou quando


é praticada
a pega está incorreta É preciso manter as mamas secas, não usar sabonetes cremes ou

pomadas. Essas recomendações também ajudam na prevenção. Recomenda-se tratar as fissuras


passando Ieite materno nos mamilos no fim das mamadas, banho de sol e correção da posição
da pega.
'

Mamas ingurgitadas acontecem habitualmente do terceiro ao quinto dia após o parto na maioria
'

das mulheres. As mamas ingurgitadas são dolorosas, edemaciadas, às vezes avermelhadas e a


mulher pode terfebre. Para evitar ingurgitamento, a pega e a posição para amamentação devem
estar adequadasquando houver produção de Ieite superior a
e, demanda, as mamas devem ser
ordenhadas manualmente. O ingurgitamento é transitório e desparece após 24 a 48h.
r

Mastite é um processo inflamatório ou infecioso que pode ocorrer na mama Iactante,


habitualmente, a partir da segunda semana após o parto. Geralmente é unilateral e pode ser
consequente a um ingurgitamento indevidamente tratado. Essa situação exige avaliação médica
para o estabelecimento do tratamento.
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Quanto ao RN, algumas ações são importantes:

J Verificar a existênciada caderneta de saúde da criança e seu adequado preenchimento;


J Verificar os dados do RN ao nascer (APGAR, condições de vitalidade no nascimento, peso,
estatura);
\/ Confirmar administração de vacinas (BCG e hepatite B);
/ Observar e orientar a genitora quanto a mamada, reforçando as orientações dadas
durante o pré-natal, destacando a necessidade do aleitamento materno exclusivo até o sexto
mês de vida e complementado até dois anos ou mais conforme orientação do MS;
/ Observar e avaliar a mamada para garantia do adequado posicionamento e pega correta;
s/ Observar a criança em relação a atividade espontânea, reatividade, postura, presença de
reflexos primitivos, padrão respiratório, estado de hidratação, eliminações, características
da pele (presença de palidez, icterícia e cianose), cabeça, pescoço, tórax, abdome incluindo

coto umbilica|, genitália, extremidades e coluna vertebraL Caso seja detectada alguma
alteração não identificada anteriormente, solicitar avaliação médica imediatamente
s/ Realizar teste do coraçãozinho com 24h de vida;
s/ Orientar a genitora quanto ao teste do pezinho, olhinho, orelhinha, |inguinha e consulta
de puericultura.

7. ATRIBUIÇÕES, COMPETÊNCIAS, RESPONSABILIDADES

7.1 Atribuições do enfermeiro obstetra:


\/ Trabalhar de forma harmoniosa e ética com todos os membros da equipe
multiprofissionaL
J Liderar a equipe de enfermagem na prestação da assistência no PPP.
J Acompanhar, ensinar e supervisionar alunos residentes, especializandos e graduandos
de enfermagem
~/ Supervisionar a equipe técnica de enfermagem.
~/ Realizar atribuição dos técnicos de enfermagem de acordo com o quantitativo de Ieitos

ocupados.
~/ Proceder a passagem de plantão fornecendo a próxima equipe as informações
essenciais para a continuidade do cuidado. .

~/ Apresentar~se nominalmente e profissionalmente a parturiente e ao acompanhante.


s/ Orientar a parturiente e seu acompanhante a respeito do seu trabalho de parto.
~/ Avaliar parturientes, realizando exame obstétrico e demais condutas inerentes a sua
função, incluindo o preenchimento do partograma.
\/ Realizar cardiotocografia quando a ausculta fetal intermitente apresentar alteração e

sempre que prescrito pelomédico GO.


~/ Assistir ao parto normal sem distócia utilizando as boas práticas de assistência de forma
acolhedora e humanizada.
J Solicitar avaliação do médico GO, mediante suspeita de distócias e alterações do quadro
clínico materno ou feta¡s.
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J Solicitar a presença do pediatra na hora do parto com a antecedência adequada.


\/ Favorecer a implementação da Hora Ouro apoiando o contato pele a pele.
\/ Promover o aleitamento materno conforme os critérios da Iniciativa Hospital Amigo da
Criança.
~/ Sistematizar a assistência de enfermagem através da prescrição dos cuidados de
enfermagem no trabalho de parto, parto e puerpério normal e executando as demais fases
do processo de enfermagem.

7.2 Atribuições do técnico de enfermagem


\/ Trabalhar de forma harmoniosa e ética -com todos os membros da equipe
muItiprofissionaL
J Executar ações assistenciais de enfermagem compatíveis com seu nível de formação,
sob supervisão do enfermeiro.
~/ Cooperar com a equipe de saúde no desenvolvimento das tarefas assistenciais e de
ensino.
\/ Manter a unidade de trabalho organizada, zelando pela sua conservação, colaborando
com a manutenção dos suprimentos, comunicando ao enfermeiro eventuais problemas.
J Verificar e controlar equipamentos e materiais da unidade através dos sistemas internos
e o check-Iist do serviço.
J Conferir materiais, suprimentos do setor e solicitar abastecimento da farmácia, sempre
que necessário.
~/ Seguir fluxo de processamento e fornecimento de insumos pela Central de Material e
esterilização (CME), priorizando os itens essenciais como as caixas de partos e materiais de
urgência.
~/ Organizar e encaminhar material para Iavagem, secagem e esterilização, atentando para
registro de envio e recebimento em protocolo de controle.
\/ Realizar procedimentos referentes a admissão, alta e transferência.
~/ Executar controles e demais procedimentos técnicos, como aferição de sinais vitais,
monitorização hemodinâmica, punções venosas, entre outros.
Fazer preparo pré e pós-parto do ambiente e da paciente.
Executar os cuidados de enfermagem prescritos pelo enfermeiro.
Auxiliar os demais profissionais durante o parto, se necessário.
\\\\\\

Auxiliar o pediatra na assistência ao RN, se necessário.


Realizar banho do RN e banho da puérpera no pós-parto.
auxiliar

Executar tarefas pertinentes à área de atuação, utilizando-se de equipamentos e


programas de informática;
~/ Executar outras tarefas para o desenvolvimento das atividades do setor, inerentes à sua

m
função.
Considerando o contexto da pandemia do COVID-19 utilizar os EPl's adequados
mediante a assistência ao parto de pacientes suspeitas ou confirmadas do vírus em questão.
Seguir as demais recomendações institucionais constantes nos processos SEI da unidade e
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
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demais documentos institucionais. Conferir POP.CC|H.023 - Paramentação e


- COVID-19.
Desparamentação

s. REFERÊNCIAS

ALVES, M.V.H. et aI. Evidências científicas sobre métodos não farmacológicos para aIívio a dor do
parto. Acta pauL enferm. [Internet]. v. 32, n. 3, p. 350-357, 2019. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scie|o.php?script=sci_arttext&pid=SOlO3-21002019000300350&lng=en>.
Acesso em: 10 Julho 2020.

AMORIM, M.M.R.; PORTO, A.M.F.; SOUZA, A.S.R.; Assistência ao segundo e terceiro períodos do
trabalho de parto baseada em evidências. FEMINA, v. 38, n. 11. Nov. 2010.

AMORIM, M.M.R.; SOUZA, A.S.R. Assistência ao primeiro período do trabalho de parto baseada
em evidências. Femina. v. 38; n. 10. Out. 2010.

Aprimomaramento e inovação no Cuidado e Ensino em Obstetrícia e Neonatologia - Apice on.

[internet]. Hora ouro e equipe Ouro do HUAB. Disponível em:


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BRASIL Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria n9 2815, de 29 de maio de 1998. Inclui
na Tabela do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema
Único de Saúde (S|H/SUS) o Grupo de Procedimento e os Procedimento abaixo
relacionados, já incorporados aos valores o fator de recomposição de 25% previsto na PT/MS/GM
2.277/95. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 02jun. 1998. n9103.

BRASIL Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Portaria n9 743, de 20 de dezembro de


2005. Estabelece que a emissão do laudo está restrita à responsabilidade das seguintes categorias
profissionaisz médico, cirurgião-dentista e enfermeiro obstetra. Diário Oficial da União, Brasília, DF,
23 dez. 2005. n9124. Seção 1, pág. 124.

BRASIL. Conselho Federal de Enfermagem Resolução COFEN n9 546, de 06 de Novembro


COFEN -

de 2017. Aprova o novo Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem. Diário Oficial da União,
Brasília, 06 dez 2017. n9233. Seção 1, pág. 157.

BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria n9 1459, de 24 de junho de 2011.


lnstitui, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS -
a Rede Cegonha.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações


Programáticas Estratégicas, Departamento de Atenção Hospitalar e Urgência. Manual de
acolhímento e classificação de risco em obstetríc¡a. Brasília : Ministério da Saúde, 2018. 64 p
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Um UNIVERSIDADE FEDERAL DQ RIO GRANDE DO NORTE
HOSPITAL UNIVERSITARIO ANA BEZERRA

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Estratégicas. Atenção à saúde do recém-nascido: guia para os profissionais de saúde. 2. ed. atuaL
Brasíliaz Ministério da Saúde, 2014.

BRASIL Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas


e Estratégicas. Manual de orientações sobre o transporte neonataL Brasília: Editora do Ministério
da Saúde, 2010.

BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria GM n9 1.459, de 24 de junho de 2011.


lnstitui, no âmbito do Sistema Único de Saúde a Rede Cegonha. Ministério da Saúde. Brasí|¡a, 2011.

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Departamento de Gestão e lncorporação de Tecnologias em Saúde. Comissão Nacional de
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BRASIL. Ministério da
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COFEN Conselho Federal de Enfermagem Resolução COFEN n9 223, de 03 de dezembro de 1999.


-

Dispõe sobre a atuação de Enfermeiros na Assistência à Mulher no Ciclo Gravídico PuerperaL


COFEN, Rio de janeiro, 03 dez 1999.

COFEN ~
Conselho Federal de Enfermagem. Resolução COFEN n9 339, de 23 de Julho de 2008.
Normatiza a atuação e a responsabilidade civil do Enfermeiro Obstetra nos Centros de Parto Normal
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EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES. Hospital Universitário da Universidade Federal


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FEBRASGO - FEDERAÇÃO BRASILEIRA DAS ASSOCIAÇÕES DE GINECOLOGlA E OBSTETRÍCIA.


Associação Médica Brasileira (AMB). Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS.) Assistência ao
Trabalho de Parto. S.L: Diretrizes Clínicas na Saúde Suplementar, jan. 2018. 12 p.

Freitas Júnior et a|. (Org). Protocolo de assistência materno ínfantil do Estado do Rio Grande do
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FEMINA, v. 39, n. 1, jan. 2011.
vrrm
ÉCÇ UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
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Recomendações da Organização Mundia| de Saúde. Maternidade Segura. Assistência ao parto


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REZENDE, J.; MONTENEGRO, C. A. B. Obstetrícia. 12.ed. Rio de Janeiroz Guanabara Koogan, 2013.

9. HISTóRIco DE REVISÃo

VERsÃo DATA DESCRIÇÃO DA ALTERAçÃo

(*ltens obrigatórios apenas para os Protocolos Assistenciais)

Elaboração Data: 17/07/2020

Nomez THAÍS LORENA BARBOSA DE FRANÇA Assinatura:


S|APE: 2167498 ÚMAÃ JOWnaz Eàwoü EFhança
Funçãoz Enfermeira Assistencial

Nome: MARIA DIANE BRAGA IVIONTEIRO Assinaturaz


S|APE: 2363917
Função: Enfermeira Obstetra
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w
Revisão Data: 19/08/20 O

Nome: HERClLLA NARA CONFESSOR FERREIRA Assinat ra:

S|APE: 2675164
Função: Enfermeira da Saúde da Mulher-
Obstetrícia

Avaliador Data: / /
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J°5°
Mendes
Nome: Assinatura:
SIAPEz 47559
Função: Membro SGQVS

Validação Datazúl /J§/pé \

Nome: Assinatura:
SlAPEz
Função: Membro SGQVS

Aprovação DatazÊÚ /03/ bàL '

/) V

Nome: FLÁVIA ANDRÉIA


Função: Gerente de Atenção à Saúde
P. SOARES DOS SANTOS Assinaturazl
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Permitída a reprodução parcial ou total, desde que indícada a fonte


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