Instrumentais (Aula)

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Instrumentais 1

Instrumentais
Resumo da Aula

KÁSSIA MARIA SANTIAGO DE OLIVEIRA | Odontologia – UPE/FOP


Instrumentais 2

INSTRUMENTAIS
INSTRUMENTOS PERIODONTAIS
Os instrumentos visam facilitar a execução de determinados procedimentos na área que
se vai atuar.

Incas e maias, já trabalhavam com odontologia – “turbina de alta rotação”


Prepara cavidade, corta, tinham pontas abrasivas que desgastava a superfície de esmalte.
– “castas de alto poder da antiga civilização”
Provocava aquecimento do dente, mortificação pulpar, trauma.
Hoje:
o Fórceps – 12 tipos – Cada tipo se adapta melhor em cada região.
o Ponte – princípio da prótese fixa
Visam a facilitar a operacionalidade por parte de quem vai manusear
Instrumentos manuais – visam a facilitar a execução de determinados procedimentos
da área que você pretende atuar
Instrumentos rotatórios e ultra sônicos
Instrumentos de jato abrasivo
Instrumentos cirúrgicos

Ponta ativa

Haste

Cabo

INSTRUMENTOS MANUAIS
São divididos em três partes:

• Parte ativa
• Haste ou porção intermediária
o COMPRIMENTO
❖ longas - post. e ant. com recessão/bolsa profunda;
❖ Curtas - anteriores;
o ANGULAÇÃO
❖ menos anguladas - anteriores
❖ mais anguladas - posteriores
• Cabo – É ele que vai provocar um bom ou mal manuseio
Quanto mais leve o instrumental
por parte do operador, existem cabos de vários diâmetros,
maior transmissibilidade tátil esse
deve propor conforto durante a maneabilidade. instrumento vai proporcionalizar,
o Maciços
menor fadiga
o Ocos – hoje em dia indica-se o cabo oco de 8mm
(9,5 de diâmetro – Hu-frayd - sofisticado, leve,
confortável) - sensibilidade táctil

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Podem ser:

• Simples
• Duplos – podem apresentar pontas semelhantes ou pontas diferentes (funções de
trabalho diferente)

EXAME CLÍNICO
• Odontoscópio
• Sonda exploradora Nº5
• Pinça para algodão
• Sondas periodontais

SONDA PERIODONTAL
• São instrumentos que são utilizados para investigar, pesquisar, medir as possíveis
alterações que acometem o periodonto, principalmente em uma área super nobre da
periodontia, sulco gengival (área de trabalho dos instrumentos tipos sondas
milimetradas)
• Profundidade da bolsa periodontal é determinada introduzindo a sonda milimetrada
paralela ao longo eixo do dente, entre o epitélio do sulco ou da bolsa periodontal e o
dente, movendo-a suavemente até o epitélio juncional.

SONDA WHO

• Também chamada de Maryland, OMS


• Evidencia, se caracteriza por alguns detalhes que a ponta
ativa apresenta: uma esfera com diâmetro de 0,5mm.
• Finalidade: transmissibilidade tátil, não injuriar o
assoalho do sulco gengival e nem o teto do epitélio
juncional.
• Demarcações milimétricas
• Ela dá: o diagnóstico através de um código que vai de 0
a 4 (para cada código tem o tratamento específico)
• Foi desenvolvida em Maryland (A pedido da
organização mundial de saúde)
• Para cada código há um diagnóstico e um tratamento já indicado.
• Ela tem a capacidade de fazer levantamentos epidemiológicos super rápidos, pois da
diagnóstico e tratamento.
• Exemplo de levantamento epidemiológico, restringindo o universo .
• Esse levantamento é para registrar e demarcar um tipo de população.
• Ela pode detectar:
o Carie subgengival
o Calculo subgengival.

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SONDA WILLIAMS

• Sonda dupla semelhante


• Mede
o Nível de inserção periodontal
o Quantidade de gengiva ao redor do dente
o Profundidade da bolsa periodontal
o Determinar a característica da superfície do
dente.
• Demarcações milimétricas: 10mm
o 0 a 3 – normalidade
o 3 a 5 – Periodontite inicial
o > 5 – periodontite grave

SONDA PC15

• Tem maior milimetragem e por esse fato são usadas em


casos mais específicos, se fazendo mais necessária no
cotidiano de um especialista da área.
• Demarcações milimétricas: 15mm
• Indicada para avaliar a profundidade de bolsas
periodontais.

SONDA NABENS

• Podem ser milimetradas ou lisas


• Sonda para investigação em dentes multiradiculares, para
verificar se existe lesão ou comprometimento das áreas
interradiculares (lesões de furca) – dentes posteriores
• Tem extremidade ativa curta
• Serve para identificar lesão periodontal e perda óssea
entre raízes
• Investigar as possíveis alterações nas áreas de furca – que
grau essa lesão chegou (pode ser classe 0, 1, 2, 3)
• Eu posso usar a sonda de Nabens em dentes anteriores?
NÃO – apenas em posteriores.

Lesão classe 0: Quando existe o inicio da reabsorção interradicular, a sonda mal entra.

Lesão classe 1: A reabsorção óssea começou a avançar, no sentido vestíbulo lingual. Ela não
ultrapassa o diâmetro vestíbulo lingual, não chega nem na metade.

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Lesão classe 2: A sonda já entrou, passou da metade da coroa do dente, mas não saiu do
outro lado, porque ainda tem osso.

Lesão classe 3: É quando a sonda entra de um lado e sai do outro.

SONDA PERIOWISE

• Sulco saudável: 0-3mm


• Transmite informação visual
• Verde: saudável
• 1 º traço vermelho (5mm): atenção!
• 7-10 vermelho: doença instalada: diagnosticar e
tratar

SONDA HU-FRIEDY

• Cabo rosqueado (principalmente para trabalhar com


implante)
• Pontas de policarbonato de alta durabilidade autolavável
sem deformar
• As pontas para implante tem que ser plástica porque o
metal do implante (titânio) não pode ter contato com um
metal diferente de titânio. Pois haveria inversão de
polaridade, rejeição.
• Não pode usar um instrumental de aço inoxidável para
raspar implante, tem que raspar com ponta plástica.
• No mesmo dente pode ter variação de medição de
profundidade.
o Sonda-se as duas faces livres (V e P ou L) em 6
pontos, 3V e 3P/L:

PONTOS IMPORTANTES
➢ Por que as pontas quando a gente vai trabalhar em implante tem que ser de plástico ou
policarbonato? Não pode haver contato que não seja titânio com o titânio do
implante, se não o implante pode ser rejeitado.
➢ No mesmo dente você pode ter uma variação de profundidade.

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➢ Das 5 faces que o dente tem, você vai sondar as duas faces livres (vestibular e a
lingual) em três pontos (ou seja, sondagem em seis pontos)
➢ Você não pode tirar a sonda para ler.
➢ Toda sondagem é princípio do tratamento periodontal, tudo começa com as
possíveis investigações das anormalidades.
➢ A sonda vai entrar em uma estrutura chamada suco gengival, todo instrumento
periodontal tem que trabalhar com apoio, não pode trabalhar com a mão solta, tem que
estar apoiado em algum dente para que faça algum movimento, por quê? Porque se o
paciente mover a cabeça, sua mão não vai junto. O ponto de apoio tem que estar
bem próximo da área de trabalho.
➢ A sonda tem que ser inserida paralelamente ao longo eixo do dente, de uma forma
suave, essa sonda é penetrada dentro do sulco.
➢ Quando ela chega no assoalho do sulco, que é o teto do epitélio juncional, você nota que
ela para, e percebe-se uma isquemia da região.
➢ O instrumento tem que ter visibilidade, o instrumento tem que ter boa demarcação.

INSTRUMENTOS MANUAIS DE RASPAGEM


1º Instrumento manual é o tipo FOICE
• Instrumentais:
o 1-10
o 11-12
• Servem para a remoção de cálculos ou depósitos
supragengivais ou acima da gengiva;
• O que caracteriza a foice é a sua secção transversa,
em forma triangular.
• Quais os componentes que forma a ponta ativa
dessa foice?
o Face lateral (2)
o Face interna
o Dorso – linha de união das faces laterais
o Ponta
o Lâmina ou bordo cortante – vai promover a
raspagem (limite entre a face interna e a face
lateral) (2)
• A pedra de fiar tem que ser na face lateral e na face interna,
nunca no bordo cortante.
• Eu posso afiar o instrumental antes ou depois da esterilização, porém a pedra tem que ir
junto.
• Pedra de afiar sempre úmida em contato com o instrumento – soro fisiológico
• Ângulo de trabalho: 45º e 90º

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• Movimento de trabalho: tração e impulsão

CURETA UNIVERSAL OU MCCALL


• Qual a diferença de uma cureta universal para uma
foice?
o A cureta tem uma tendência a ser curva
• Áreas supragengivais – porque pode dilacerar a
gengiva
• Instrumentais:
o 13-14 (anteriores)
o 17-18 (posteriores)
• Ângulo de trabalho: 45 a 90º
• Movimento de trabalho: tração
• Tem os mesmos componentes da foice:
o Face interna
o Dorso
o Face lateral (2)
o Bordo cortante (2)
o Ponta
• Seção transversa → semi-circular

CURETAS GRACEY
• São instrumentos manuais que se caracterizam pela sua
especificidade.

• São em números de 8 – que cada uma trabalha em
uma área específica dos dentes.
• Existem dois tipos de curetas Gracey especiais:
after-five (vai além, tem um crescimento maior do que
tem 3mm de alongamento de sua haste para ter uma
acessibilidade em áreas mais profundas) e mini-five
(tem o mesmo alongamento de haste, porém sua ponta
ativa é reduzida em 50%) – para que ela consiga entrar
em áreas de reentrâncias.
• Todas as pontas da cureta Gracey são iguais, o que varia
são as hastes.
• Componentes:
o Face interna
o Dorso
o Faces laterais (2)
o Bordo cortante (1)
• Materiais:
o 1-2/3-4: anteriores
o 5-6: pre-molar e anteriores
o 7-8/9-10: faces livres (V/L/P) de posteriores
o 11-12: posteriores e faces mesiais
o 13-14: posteriores e faces distais
• Secção transversa: semi-circulo

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Curetas Gracey coloridas: a cor serve para indicar a área de


atuação.

• 1-2: vestibular dos anteriores


• 3-4: lingual ou palatina dos anteriores
• 5-6: vestibular e lingual/palatina de anteriores e pré-
molares
• 7-8: vestibular do posterior e lingual ou palatina do
posterior
• 9-10: vestíbulo-distal e face livre dos posteriores
• 11-12: posteriores
• 13-14: dentes posteriores

As cores simbolizam as áreas de


atuação;
São usados silicone atóxico
autoclavavel
Leve, macio e pesa
aproximadamente 14g

GENGIVOTÓMOS
• Kirkland (incisão primária)

Responsável pela incisão inicial numa gengivectomia ou incisão


primária.

• Orban (incisão secundária)

Depois do incisionamento inicial linear, ocorre a incisão


secundária onde você vai trabalhar nas áreas interdentais ou
interpapilar para remover todo esse retalho.

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INSTRUMENTOS CIRURGICOS
• Seringa carpule
o Infiltração ou bloqueio anestesico

• Cabo de bisturi

• Lâminas de bisturi (15C, 12 “bico papagaio”, 11) – Nº11, 12, 15, 15c
o Remoção Para enxerto gengival - lâmina dupla

• Bisturi elétrico (cauterizar vaso, artéria)


o Corta e cauteriza ao mesmo tempo

• Descolador de periósteo ou descolador gengival.


o Descolador de freer

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o Descolador de molt

• Limas para osso


▪ Limas ósseas periodontais para que elas possam desenvolver nas áreas de crista
óssea alveolar, osteotomia – altura / osteoplastia – espessura.
▪ Lima curva (schluger)

▪ Lima reta (buck)

• Cinzel
o Redução de tecido ósseo / osteotomia
o Conjunto de fedi

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• Porta agulha
▪ Com vídea – apreensão mais firme, durabilidade
e dureza.
▪ Sem vídea
▪ Mayo Hegar – tesoura
▪ Mathiue – com mola

• Tesouras
▪ Reta
▪ Íris
▪ Buck (remoção de sutura – ponta sem repuxamento do fio)
Porta agulha CASTROVIEJO
▪ Delicados
▪ Trabalhos delicados (enxertos,
cirurgias plásticas, para fios delicados
5.0)

• Microtesoura
▪ Goldman Fox
• Afastadores cirúrgicos
• Cubetas de inox
▪ Soro fisiológico
• Caixas metálicas

INSTRUMENTOS ROTATÓRIOS
• Contra ângulo
o Toda vez que se faz uma raspagem, tem que posteriormente fazer o polimento com
diversas pontas.
• Sistema EVA
o Composto por várias facas e lâminas, cujo objetivo é desgastar o material restaurador
em excesso, especialmente o amálgama, reanatomizar.
o Existem vários tipos de granulação
o O excesso de materiais restauradores, pincipalmente nos espaços interproximais,
especialmente o amálgama, já foi relacionado ao surgimento de bolsas periodontais.
• Instrumentos ultrassônicos
▪ Trabalha com vibrações sônicas através de um feixe ultrassônico onde a mola do
feixe, onde vibrações provocadas pelo aparelho, desencadeiam na ponta do
instrumento.
▪ Deve ser bastante refrigerado, porque há aquecimento.
▪ Contra-indicado para pacientes que portam marca-passo.
• Modelos conjugados de ultrassônico
▪ Ultrassônico + jato abrasivo

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Indicação do ultrassônico: remoção de cálculos supragengivais

• jatos abrasivos
o Indicação do jato abrasivo: remoção de placa e pigmentação extrínseca

Trabalha com o bicarbonato de sódio hiperatomizado, pressurizado.

o Contra-indicação: pacientes hipertensos (sal de bicarbonato)

1. Ultrassonicos: remoção de cálculos pesados


2. Curetas: refinando o trabalho do ultrassonico
3. Jato abrasivo: profilaxia

Todas as etapas são importantes e os instrumentais se complementam.

• Hidroterapia
o Jato pressurizado de água para remoção de “coisas” que ficam nos espaços
interproximais;
o Remove placa bacteriana;
o Remove matéria alba;
o É importante o manuseio correto, para correta orientação do jato, visto que pode lesionar
a papila, caso seja usado de forma incorreta.
o Saber direcionar o jato

Jato:

▪ Direto
▪ Forte
▪ Pulsátil

Toda raspagem tem que ser concluída com polimento, pois você arranha com o ultrassônico ou

os instrumentos manuais.

Usar sempre: taça de borracha + pasta profilática (pedra pomes e água)

• Sistema EVA barato (manual)


o Tiras de aço para entrar nos espaços interproximais e fazer os desgastes das
restaurações em excesso.
o Há também tiras de poliéster
o Existem várias granulações
• Afiação:

Pedra de afiar:

1. Carborundum (+ agua ou soro)


2. Vidia
3. Arkansas ( + óleo mineral fino )

• Aparelhos de laser-terapia
o Luz para trabalhar sensibilidade dentinária.
o Estimular microcirculação (pré, trans e pós operatória)
o O laser promove uma macrovascularização nas regiões de microvasos e arteríolas
e estimulam e acelera o processo de reparação tecidual e controle da dor.

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