Teoria de Campo de Kurt Lewin

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 6

Teoria de Campo de Kurt Lewin: O que é?

Conceitos e Definições
José Sergio Marcondes José Sergio Marcondes
A teoria do campo é uma teoria psicológica que examina os padrões de interação entre
o indivíduo e o campo total, ou ambiente. O conceito apareceu pela primeira vez na
psicologia com raízes na perspectiva holística das teorias da Gestalt . Foi desenvolvido
por Kurt Lewin , psicólogo da Gestalt, na década de 1940. A Teoria de Campo de Lewin
propôs que o comportamento é o resultado do indivíduo e do ambiente. Essa teoria
teve um grande impacto na psicologia social, apoiando a noção de que nossos traços
individuais e o ambiente interagem para causar comportamento.
Para Lewin, o comportamento individual não era um produto de eventos passados ou
expectativas futuras, mas era uma função da interação entre o indivíduo e seu
ambiente atual ou “campo”, como ele o denominou (Marrow, 1969).
Escrito por José Sérgio Marcondes
Postado 19/10/2021
A teoria de campo é uma Teoria comportamental que determina que todo fenômeno
psicológico ocorre em um determinado campo, “o campo vital do indivíduo”. Ela foi
formada por Kurt Lewin. É uma teoria derivada da Gestalt.
A teoria de Lewin é chamada de teoria de campo, onde campo significa o mundo
psicológico total em que uma pessoa vive em um determinado momento. Inclui
assuntos e eventos do passado, presente e futuro, concreto e abstrato, real e
imaginário, todos interpretados como aspectos simultâneos de uma situação. Lewin
afirma que cada pessoa existe dentro de um campo de forças. O campo de forças ao
qual o indivíduo está respondendo ou reagindo é denominado seu espaço vital.
Alguns objetos, pessoas ou situações podem adquirir valência no ambiente psicológico,
determinado um campo dinâmico de forças psicológicas. Os objetos, pessoas ou
situações adquirem para o indivíduo uma valência positiva (quando podem ou
prometem satisfazer necessidades presentes do individuo) ou valência negativa
(quando podem ou prometem ocasionar algum prejuízo).

Os objetos, pessoas ou situações de valência positiva atraem o indivíduo e os de


valência negativa o repelem. A atração é a força ou vetor dirigido para o objeto, pessoa
ou situação; a repulsa é a força ou vetor que o leva a se afastar do objeto, pessoa ou
situação, tentando escapar. Um vetor tende sempre a produzir locomoção em uma
certa direção. Quando dois ou mais vetores atuam sobre uma pessoa ao mesmo
tempo, a locomoção é uma espécie de resultante de forças.
Lewin utilizou uma combinação de análise topológica (para mapear o espaço vital) e
vetorial (para indicar a força dos motivos no comportamento), desenvolveu uma série
de experimentos sobre a motivação, a satisfação e a frustração os feitos da liderança
autocrática e democrática em grupos de trabalho etc. Lewin foi um profundo
inspirador dos
autores da Escola das Relações Humanas e das demais outras teorias desenvolvidas a
partir desta.

Teoria de Campo de Kurt Lewin


O que é espaço vital na Teoria de Campo de Lewin?
Um espaço de vital na Teoria de Lewin contém o próprio indivíduo, os objetivos que
ele busca (valência positiva) ou evita (valência negativa), as barreiras que restringem
os movimentos do indivíduo e o caminho que ele deve seguir para alcançar seu
objetivo. São as forças do ambiente que levam indivíduos diferentes a reagirem de
forma diferente ao mesmo tipo de estimulo. A influência dessas forças sobre o
indivíduo dependeria das próprias necessidades, atitudes, sentimentos e expectativas
do mesmo.
Fatores de Influenciam o Comportamento Humano segundo a Teoria de Campo
A teoria de campo de Lewin diz que o comportamento do ser humano deriva de dois
fatores fundamentais:
O comportamento deriva da soma total dos fatos ocorridos e coexistentes em
determinada situação, e a situação total gerada, é o que gera o comportamento nas
pessoas.
Esses fatos ocorrem de maneira dinâmica e interativa, onde cada fato influencia e é
influenciado pelos outros, e pelo todo. Esse campo dinâmico é o conhecido campo
psicológico da pessoa, e é o que ajusta e modifica o modo de ver e entender as coisas
ao seu redor.
O comportamento humano não depende somente do passado, ou do futuro, mas do
campo dinâmico atual e presente. Esse campo dinâmico é “o espaço de vida que
contém a pessoa e o seu ambiente psicológico” Lewin propõe a seguinte equação ,
para explicar o comportamento humano:

C = f (P,M)

Onde o comportamento (C) é função (f) ou resultado da interação entre a pessoa (P) e
o meio ambiente (M) que a rodeia.

Ambiente Psicológico no Contexto da Teoria de Campo


O ambiente psicológico (ou ambiente comportamental) é o ambiente tal como é
percebido e interpretado pela pessoa. Mais do que isso, é o ambiente relacionado com
as atuais necessidades do indivíduo. Alguns objetos, pessoas ou situações podem
adquirir valência no ambiente psicológico, determinando um campo dinâmico de
forças psicológicas.
Os objetos, pessoas ou situações adquirem para o indivíduo uma valência positiva
(quando podem ou prometem satisfazer necessidades presentes do individuo) ou
valência negativa (quando podem ou prometem ocasionar algum prejuízo).
Os objetos, pessoas ou situações de valência positiva atraem o indivíduo e os de
valência negativa o repelem. A atração é a força ou vetor dirigido para o objeto, pessoa
ou situação; a repulsa é a força ou vetor que o leva a se afastar do objeto, pessoa ou
situação, tentando escapar.
Um vetor tende sempre a produzir locomoção em uma certa direção. Quando dois ou
mais vetores atuam sobre uma pessoa ao mesmo tempo, a locomoção é uma espécie
de resultante de forças.
Lewin utilizou uma combinação de análise topológica (para mapear o espaço vital) e
vetorial (para indicar a força dos motivos no comportamento), desenvolveu uma série
de experimentos sobre a motivação, a satisfação e a frustração e os efeitos da
liderança autocrática e democrática em grupos de trabalho, etc. Lewin foi um
profundo inspirador dos autores da Escola das Relações Humanas e das demais outras
teorias desenvolvidas a partir desta.

Fundamentos da Teoria de Campo de Kurt Lewin


Lewin (1890-1947) conduziu experimentos no estudo do comportamento de crianças.
Ele utilizou uma elaborada configuração experimental com o objetivo de controlar o
ambiente total da criança durante o curso da investigação para obter informações
detalhadas.
Lewin enfatizou o estudo do comportamento em função da situação física e social
total. Lewin sustenta que as leis psicológicas não precisam ser formuladas apenas com
base em médias estatísticas. Em vez disso, o caso individual é igualmente importante.
Mesmo se todas as leis psicológicas gerais fossem conhecidas, ainda precisaríamos
entender o indivíduo específico e a “situação total” em que ele existe antes de
podermos fazer qualquer previsão sobre seu comportamento.

Teoria de Campo de Lewin x Aprendizagem


A teoria de Lewin considera a aprendizagem como um processo relativístico pelo qual
o aluno desenvolve novos insights ou altera os antigos. De acordo com a teoria, a
aprendizagem não é um processo mecanicista de conectar estímulos e respostas
dentro de um organismo biológico. A psicologia de campo explica o desenvolvimento
do insight como uma mudança na estrutura cognitiva do espaço vital.
Lewin classificou a aprendizagem nas seguintes categorias:
Aprender é uma mudança na estrutura cognitiva.
Aprender é uma mudança na motivação, ou seja, nas valências e valores.
Aprender é a aquisição de habilidades.
Aprender é uma mudança no pertencimento ao grupo.
Aprendizagem de todos os tipos envolve mudança na percepção. As mudanças na
estrutura cognitiva são causadas pelas forças do campo psicológico – necessidades,
aspirações e valências. Lewin pensa que o nível de aspiração depende das
potencialidades de um indivíduo e das influências do grupo ao qual ele pertence. Um
nível de aspiração muito alto ou muito alto desencoraja o aprendizado.

A seguir estão as principais implicações educacionais da Teoria de Campo:

1. Recompensa e Punição:
De acordo com Lewin, o aluno, por causa da atração por recompensas, pode recorrer
aos métodos mais curtos. Por exemplo, para obter distinção no exame (registro), o
aluno pode gostar de trapacear (método de atalho). É, portanto, necessário colocar
algumas barreiras na situação de recompensa, para evitar o acesso a métodos tão
curtos.
No caso de punição, entretanto, há uma tendência de deixar o campo por causa do
desagrado da tarefa, a menos que existam fortes barreiras para mantê-lo no campo. As
atividades de recompensa muitas vezes se tornam interessantes e são apreciadas, de
modo que a motivação não é mais extrínseca, enquanto as atividades controladas pela
ameaça de punição tendem a se tornar extremamente odiadas.

2. Sucesso e Fracasso:
A análise psicológica do sucesso do ponto de vista do aluno mostra as seguintes
possibilidades:

Alcançar uma meta constitui sucesso.


Entrar na região da meta pode ser uma experiência de sucesso.
Fazer algum progresso na direção da meta também constitui uma experiência de
sucesso.
Selecionar uma meta socialmente aprovada também é uma experiência de sucesso.
O sucesso ou fracasso psicológico depende do envolvimento do ego e do nível de
aspiração. O sucesso na tarefa fácil não é uma experiência de sucesso, uma vez que
não envolve o ego da pessoa. Da mesma forma, o fracasso em uma tarefa muito difícil
não é uma experiência de fracasso.

3. Motivação:
A repetição de uma atividade traz mudanças tanto na estrutura cognitiva quanto nos
sistemas de necessidade-tensão. Como resultado desse objetivo, a atratividade muda.
Lewin chama a atratividade de meta de valência e mudança de valência. A valência
pode mudar de qualquer uma das seguintes maneiras:

Metas atraentes podem perder a atenção se a atividade relacionada a elas for repetida
até os pontos de saciedade.
A escolha de metas é influenciada por experiências anteriores de sucesso e fracasso.

Memória:
A teoria do campo afirma o seguinte em relação à memória:
Tarefas que não têm sentido para serem concluídas não são lembradas.
Tarefas não concluídas são lembradas melhor do que tarefas concluídas devido à
tensão psicológica.
Tarefas que levam à satisfação de muitas necessidades são lembradas melhor do que
tarefas que levam à satisfação de uma necessidade.
Se você gostou do artigo e achou útil, por favor, deixe um comentário logo abaixo para
compartilhar sua opinião conosco. Ela é extremamente valiosa para mim!.

Referências Bibliográficas:
ARCHER, E. R. The myth “of motivation. The Personnel Administrator, EUA, Oec. 1978.
BENNIS, W. A formação do líder. São Paulo: Atlas, 1996.
BERGAMINI, C. Motivação no trabalho. São Paulo: Atlas, 1996.
DRUCKER, P. Fator humano e desempenho. São Paulo: Pioneira, 1977.
FAYOL, H. Administração industrial. São Paulo: Atlas, 1994.
FROMM, E. A análise do homem. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.
GOLEMAN, O. A inteligência emocional: a teoria revolucionária que redefine o que é
ser inteligente. Rio de Janeiro: Objetiva, 1995

Você também pode gostar