Introduçã1

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Introdução

A amostra considera-se material biológico, líquidos, secreções, excreções, fragmentos de


tecido obtidos do corpo humano e que possam ser analisados, sendo o sangue o mais
utilizado.

Do ponto de vista da sua constituição, o sangue é considerado como um sistema complexo e


relativamente constante, constituído de elementos sólidos (células sangüíneas), substância
líquida (soro ou plasma) e elementos gasosos (O eCO ).

A coleta apropriada e o manuseio correto das amostras são de vital importância para prevenir
os numerosos erros inerentes a esta fase.

Os erros pré-analíticos podem ter numerosas origens como: identificação incorreta do


paciente, ordem dos tubos incorreta durante a coleta, utilização do aditivo inadequado, erros
de rotulação, tempo decorrido entre a coleta e a realização do teste e erros burocráticos.

Muitas causas dos chamados “erros de laboratório” estão relacionados a fatores não-analíticos
como a forma de coleta, manuseio e transporte da amostra. Fatores não-biológicos como
erros na identificação do paciente e fatores biológicos como postura do paciente e o tempo
decorrido entre a coleta e a realização dos testes também contribuem para o “erro
laboratorial” total.

A sala de coleta deve estar localizada em um local limpo, tranquilo e apresentar algum grau de
privacidade. No caso de coletas infantis, algum isolamento acústico pode ser considerado. A
sala deve conter local apropriado para a lavagem das mãos preferencialmente com água e
sabão. Em casos onde a água corrente não esteja disponível, géis antissépticos a base de álcool
podem ser utilizados eventualmente
Equipamentos e Suprimentos

Cadeiras de coleta

As cadeiras de coleta devem proporcionar o máximo de conforto e segurança aos pacientes.


O conforto ergonômico e acessibilidade do paciente e do flebotomista devem ser
considerados. A cadeira deve possuir braços de apoio ajustáveis em ambos os lados tanto para
facilitar a coleta como para prevenir a queda do paciente em caso de desmaio.

Móvel auxiliar

O carro ou mesa auxiliar de coleta deve ser de fácil higienização e resistente aos processos de
limpeza, descontaminação e desinfecção. É desejável que seja capaz de armazenar os
materiais necessários à coleta.

Suprimentos

Agulhas e scalps de vários calibres devem estar disponíveis para a coleta. Os procedimentos de
descarte seguro de agulhas devem ser observados imediatamente após a coleta utilizando-se
recipientes apropriados ao descarte de pérfuro-cortantes.

Tubos de coleta são manufaturados de forma a receber volumes pré-determinados de sangue.


Informações acerca dos tipos de tubos e aditivos utilizados para as diversas dosagens devem
estar disponíveis nas áreas de coleta.

Antissépticos – álcool etílico ou isopropílico a 70%; antissépticos a base de iodo de 1 a 10%;


antissépticos sem álcool como clorexidina.

Compressas de gaze (2cm x 2cm) devem estar disponíveis. A gaze é preferível ao algodão pois
este último pode deslocar o tampão plaquetário formado no local da punção.

Recipiente para material pérfuro-cortante, de acordo com as recomendações sanitárias deve


estar disponível para descarte de agulhas contaminadas. Estes recipientes devem exibir o
símbolo de material contaminado.

Outros suprimentos são: Pinça, Pipetas, Pasteur Etiquetas para identificação de amostras
Caneta, Recipiente de boca larga com parede rígida e tampa,garrete, contendo hipoclorito de
sódio a 2%, Avental e máscara, Luvas descartáveis, Estantes para tubos.

Coleta de sangue

Recepção do Paciente

No momento em que o paciente é chamado, a identidade deve ser conferida fazendo-lhe uma
ou duas perguntas e confirmada através da ficha de entrada (no caso de laboratórios) ou no
caso de pacientes hospitalizados a informação poderá ser verificada pela pulseira de
identificação ou pelo 4, 13 formulário médico. O paciente deve ser recebido de forma cortês e
segura. Profissionalismo é importante para que a paciente tenha uma boa primeira impressão.
Sorria, seja amigável, mas seja profissional. Falando com o paciente, dedicando atenção e
explicando os procedimentos de coleta que serão realizados, ele se sentirá mais seguro e
confiante, facilitando o contato e o processo em si.
1.Posicionamento do braço

O braço do paciente deve ser posicionado em uma linha reta do ombro ao punho, de maneira
que as veias fiquem mais acessíveis e o paciente o mais confortável possível. O cotovelo não
deve estar dobrado e a palma da mão voltada para cima.

2.Garroteamento

O garrote é utilizado durante a coleta de sangue para facilitar a localização das veias,
tornando-as proeminentes. O garrote deve ser colocado no braço do paciente próximo ao local
da punção (4 a 5 dedos ou 10 cm acima do local de punção), sendo que o fluxo arterial não
poderá ser interrompido. Para tal, basta verificar a pulsação do paciente. Mesmo garroteado, o
pulso deverá continuar palpável. O garrote não deve ser deixado no braço do paciente por
mais de um minuto. Deve-se retirar ou afrouxar o garrote logo após a venipunção, pois o
garroteamento prolongado pode acarretar 4, 5 alterações nas análises (por exemplo: cálcio)

3.Seleção da região de punção

A regra básica para uma punção bem sucedida é examinar cuidadosamente o braço do
paciente. As características individuais de cada um poderão ser reconhecidas através de exame
visual e/ou apalpação das veias. Deve-se sempre que for realizar uma venipunção, escolher as
veias do braço para a mão, pois neste sentido encontram-se as veias de maior calibre e em
locais menos sensíveis a dor.

A punção deve ser feita perpendicularmente à superfície da pele e não de outra forma, pois
poderá causar inflamações.

Punção no calcanhar: posicionar o calcanhar entre o polegar e o indicador e introduzir a


lanceta de forma perpendicular na face lateral interna ou externa do calcanhar, evitando a
região central.

Desprezar a primeira gota, por conter maior quantidade de fluidos celulares do que sangue.
Colher a amostra a partir da segunda gota. Nem sempre os neonatos sangram imediatamente;
se a gota de sangue não fluir livremente, efetuar uma massagem leve para se obter uma gota
bem redonda (esta massagem no local da punção não deve ser firme e nem causar pressão,
pois pode ocorrer contaminação).

As gotas de sangue são captadas pelo funil ou tubo-capilar;

Quando o microtubo estiver com o seu volume completo, troque-o pelo subseqüente, na
seqüência correta de coleta.

Obs: ao coletar amostras com capilar, o tubo de EDTA (ethylenediamine teraacetc acid ou
ácido etilenodiamino tetra-acético) sempre deve ser o primeiro e em seguida o de sorologia
(Esta seqüência é oposta ao da coleta tradicional para sangue venoso, mas minimiza o efeito
de influência da coagulação nos resultados de análise).
Após a coleta do último microtubo, o funil ou tubo-capilar deve ser removido e descartado.
Agora o microtubo pode ser gentilmente homogeneizado. NOTA: Agitar vigorosamente pode
causar espuma e hemólise. Nos microtubos com anticoagulante, homogeneização inadequada
pode resultar em agregação plaquetária e/ou microcoágulos.

Após a coleta, pressionar o local da punção com gaze seca estéril até parar o sangramento.
Descartar todo o material utilizado na coleta nos descartadores apropriados.

Técnica para microcoleta de sangue capilar

Antes de iniciar uma microcoleta, certificar-se de que o material abaixo será de fácil acesso:

1. Microtubos necessários à coleta;

2. Etiquetas para identificação do paciente;

3. Luvas;

4. Swabs de algodão embebida em álcool etílico a 70%;

5. Gaze seca e estéril;

6. Lancetas;

7. Bandagem, esparadrapo;

8. Descartador de material pérfuro-cortante. Antes de iniciar a punção: - Acoplar o microtubo


ao tubo carregador ou de transporte. - Manter o microtubo conectado ao tubo carregador
numa estante de sustentação. - Introduzir o funil ou tubo capilar através da tampa de
borracha.

Após o material estar preparado, iniciar a punção:

1. Verificar quais os exames a serem realizados;

2. Aquecer a falange distal ou o calcanhar a ser puncionado usando uma bolsa de água-quente
ou friccionando o local da punção para estimular a vascularização;

3. Lavar e secar as mãos;

4. Calçar luvas;

5. Fazer antissepsia do local com algodão embebido em álcool etílico a 70%;

6. Secar o local da punção com uma gaze estéril;

7. Selecionar a lanceta;

8. Segurar firmemente o neonato ou bebê, para evitar movimentos imprevistos. 8.1) Punção
digital: posicionar o dedo e introduzir a lanceta de forma perpendicular na face lateral interna
da
As veias são tubos nos quais o sangue circula, da periferia para o centro do sistema
circulatório, que é o coração. As veias podem ser classificadas em: veias de grande, médio e
pequeno calibre, e vênulas. De 1 acordo com a sua localização, as veias podem ser superficiais
ou profundas. As veias superficiais são subcutâneas e com freqüência visível por transparência
da pele, sendo mais calibrosas nos membros. Devido à sua situação subcutânea permitir
visualização ou sensação 11, 13 táctil, são nessas veias que se fazem normalmente à coleta de
sangue.

As veias mais usuais para a coleta de sangue são: Veia Cefálica, Veia mediana cubital, Veia
mediana, cefálica Veia longitudinal (ou antebraquia ), Veia basílica Veia Cefálica, Veia mediana
cubital, Veia mediana cefálica, Veia longitudinal (ou antebraquial), Veia mediana basílica, Veia
do dorso da mão, Veia marginal da mão.

Escolher uma região de punção envolve algumas considerações: Selecionar uma veia que é
facilmente palpável;

• Não selecionar um local no braço ao lado de uma mastectomia;

• Não selecionar um local no braço onde o paciente foi submetido a uma infusão intravenosa;

• Não selecionar um local com hematoma, edema ou contusão;

• Não selecionar um local com múltiplas punções. TENTE ISTO, se tiver dificuldade em localizar
uma veia:

• Recomenda-se utilizar uma bolsa de água quente por mais ou menos cinco minutos sobre o
local da punção e em seguida garrotear;

• Nos casos mais complicados, colocar o paciente deitado com o braço acomodado ao lado do
corpo e garrotear com o esfigmomanômetro (em P.A. média) por um minuto. NUNCA aplicar
tapinhas no local a ser puncionado, principalmente em idosos, pois se forem portadores de
ateroma poderá haver deslocamentos das placas acarretando sérias conseqüências. D) Técnica
para coleta de sangue a vácuo Antes de iniciar uma venipunção, certificar-se de que o material
abaixo será de fácil acesso:

01. Tubos necessários à coleta;

02. Etiqueta para identificação do paciente;

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