Psicoterapia Breve

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 3

PSICOTERAPIA BREVE

Resumo
PSICOTERAPIA BREVE
Resumo

1. PSICOTERAPIAS BREVES

Foco: define-se como foco o material consciente e inconsciente do paciente,


delimitado como área a ser trabalhada no processo terapêutico por meio de
avaliação e planejamento prévios. O foco que o terapeuta deve buscar na história
de sofrimentos do paciente é o conflito crônico, que aparece em muitos dos eventos
narrados durante as sessões. O terapeuta deve basear e orientar todo o processo
terapêutico nessa direção, com vistas a fazer com que o paciente supere tais
conflitos.

Conflito focal: conflito mais superficial e atual;

Conflito nuclear: mais profundo, com origem na infância.

Apesar do trabalho concentrar-se na resolução do conflito focal, os melhores


resultados são obtidos quando o terapeuta, ao planejar o processo de terapia, inclui
aspectos básicos do conflito nuclear ou primário em sua compreensão
psicodinâmica do conflito focal.

Nas entrevistas são priorizados dois cortes na vida do paciente: um


longitudinal ou biográfico (história pessoal, familiar e patológica pregressa) e outro
transversal e atual (queixa principal do sujeito, história da sua doença atual e o
exame psíquico que dele é feito). O foco da terapia breve é a expressão atual de
conflitos primários, que se manifestam sob a forma de sintomas.

Como base psicodinâmica para a compreensão dos comportamentos e


dificuldades dos pacientes, usa-se o Modelo dos Triângulos, modificado por L.
McCullough (1998). O Triângulo do Conflito, conhecido também como Triângulo
Psicanalítico, derivou-se da Teoria Estrutural de Freud e era geralmente
interpretado sob o referencial do conflito intrapsíquico, inerente às três instâncias
da 2ª Tópica freudiana (Id, Ego, Superego). O Triângulo da Pessoa é um esquema
representativo de padrões de respostas mal adaptadas do paciente, originadas nas
relações passadas e que continuam a ser repetidas, tanto nas relações de seu
cotidiano como com o terapeuta. A “tríade de pessoas” distribuídas em 3
categorias: o “outro” do presente ou do passado recente; o outro da transferência (o
terapeuta) e o outro do passado distante - os pais / os cuidadores na infância. É da
PSICOTERAPIA BREVE
Resumo

articulação desses dois triângulos que será possível planejar as Experiências


Emocionais Corretivas (E.E.C).

Experiência Emocional Corretiva: Essencial a fim de que ocorram


mudanças internas nos pacientes. O terapeuta deve facilitar a E.E.C. tentando fazer
o paciente re-vivenciar, dentro do ambiente seguro do relacionamento terapêutico e
em circunstâncias favoráveis, situações emocionais intoleráveis no passado. O
paciente pode experimentar seus conflitos originais na relação terapêutica de uma
forma muito menos intensa do que na relação original. O terapeuta vai agir com o
objetivo de fazer o paciente compreender intelectualmente e perceber suas
distorções cognitivas, avaliando a irracionalidade e a inadequação de suas reações
emocionais. Para o bom andamento do processo psicoterapêutico torna-se
necessário que o paciente possa potencializar o efeito de suas E.E.C.s.

A prática em P.B. mostra uma influência recíproca das sessões de terapia


sobre o cotidiano do paciente e vice-versa, levando à facilitação e à potencialização
mútuas. Essa potencialização age como um mecanismo de feedback positivo,
possibilitando maior eficácia na terapêutica em prazo mais curto e com sessões
menos frequentes. Em função do mecanismo de feedback positivo podemos utilizar
determinadas condições de vida externa do paciente como aceleradores do
processo de mudança.

Efeito Carambola: Se o conflito focal for resolvido pelo paciente (seja em


níveis consciente ou pré-consciente), as consequências não vão ficar restritas ao
foco estabelecido. Existe a possibilidade de que esse fato tenha repercussões
maiores, provocando mudanças em outras áreas da vida do paciente por meio do
efeito carambola. Efeito carambola é o termo que expressa o mecanismo de
potencialização dos ganhos terapêuticos por meio da técnica focal. Se o foco
terapêutico a ser estabelecido incluir aspectos básicos do conflito nuclear dentro do
conflito focal a ser trabalhado, maiores serão as chances de haver uma irradiação
dos ganhos terapêuticos obtidos com a resolução do conflito focal para outros
setores da vida do paciente possibilitando assim uma reestruturação global da
personalidade do indivíduo.

Você também pode gostar