O Aluno Aprende Espanhol Brincando Na Sala de Aula

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 40

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

FACULDADE DE LETRAS

ADRIANA ALVES FERREIRA

O ALUNO APRENDE ESPANHOL BRINCANDO NA SALA DE AULA?

COMO MEDIAR ESSE APRENDIZADO COM OS ALUNOS

MACEIÓ

2020
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
FACULDADE DE LETRAS

ADRIANA ALVES FERREIRA

O ALUNO APRENDE ESPANHOL BRINCANDO NA SALA DE AULA?

COMO MEDIAR ESSE APRENDIZADO COM OS ALUNOS

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao curso de Letras –
Espanhol, da Universidade Federal de
Alagoas, como requisito parcial para
obtenção do título de Graduada em Letras.

Orientadora: Profa. Dra. Eliane Barbosa


Silva,

MACEIÓ

2020
Catalogação na fonte
Universidade Federal de Alagoas
Biblioteca Central
Divisão de Tratamento Técnico
Bibliotecária: Taciana Sousa dos Santos – CRB-4 – 2062

F383a Ferreira, Adriana Alves.


O aluno aprende espanhol brincando na sala de aula? Como mediar esse
aprendizado com os alunos / Adriana Alves Ferreira. – 2020.
38 f.

Orientadora: Eliane Barbosa Silva.


Monografia (Trabalho de Conclusão de Curso em Letras – Espanhol) –
Universidade Federal de Alagoas. Faculdade de Letras. Maceió, 2021.

Bibliografia: f. 38.

1. Língua espanhola – Estudo e ensino. 2. Jogos no ensino da língua


Espanhola. 3. Aprendizagem. 4. Educação lúdica. I. Título.

CDU: 811.134.2: 371.382


UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
FACULDADE DE LETRAS
COORDENAÇÃO DE GRADUAÇÃO PRESENCIAL

ATA DA REUNIÃO DE JULGAMENTO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

DO/AALUNO/A: ADRIANA ALVES FERREIRA


MATRÍCULA: 14114096
CURSO: (_X ) PORTUGUÊS (__)INGLÊS (__)ESPANHOL (__) FRANCÊS
TÍTULO DO TCC: O ALUNO APRENDE ESPANHOL BRINCANDO NA SALA DE AULA?
COMO MEDIAR ESSE APRENDIZADO COM OS ALUNOS.

Ao(s) 7 (sete) dia(s) do mês de dezembro do ano de 2020, reuniu-se a Comissão Julgadora do trabalho acima
referido, assim constituída:
Prof./a Orientador/a: Eliane Barbosa da Silva
1º Prof./a Examin./a: Aline Vieira Bezerra Higino de Oliveira
2º Prof./a Examin./a: Kristianny Brandão Barbosa de Azambuja
que julgou o trabalho ( X ) APROVADO ( ) REPROVADO, atribuindo-lhe as respectivas notas:

Prof./a Orientador/a: 8,5 (oito e meio)__________________________________________________


1º Prof./a Examin./a: 8,0 (oito inteiros)_________________________________________________
2º Prof./a Examin./a: 8,5 (oito e meio)__________________________________________________
totalizando, assim a média 8,3 (oito inteiros e três décimos),

e autorizando os trâmites legais. Estando todos/as de acordo, lavra-se a presente ata que será assinada pela
Comissão.

Maceió, 7 de dezembro de 2020.

__________________________________________________
Prof./a Orientador/a:

_________________________________________________________
1º Prof./a Examin./a:

________________________________________________________
2º Prof./a Examin./a:

____________________________________________________
VISTO DA COORDENAÇÃO

Campus A.C. Simões


Av. Lourival Melo Mota, s/n
Tabuleiro do Martins
CEP:57072-900
Maceió – AL
AGRADECIMENTOS

Agradeço, primeiramente, a Deus por me permitir o dom da vida e


ter chegado até aqui me dando forças para concluir este curso de Letras.

À Professora Eliane Barbosa Silva, pelas preciosas orientações dos


conceitos referentes ao ensino do espanhol na sala de aula, pelo incentivo,
colaboração e apoio na elaboração deste trabalho compartilhando ideias e
reflexões, possibilitando assim a minha formação acadêmica.

À minha família, pela dedicação, carinho e paciência nos momentos


de dúvidas e aflições acerca deste trabalho de curso, especialmente,
minha mãe Maria.
“A principal meta da educação é criar
homens que sejam capazes de fazer
coisas novas, não simplesmente repetir
o que outras gerações já fizeram.
Homens que sejam criadores, inventores,
descobridores. A segunda meta da
educação é formar mentes que estejam
em condições de criticar, verificar e não
aceitar tudo que elas se propõe.”
Jean Piaget

“Ao brincar, a criança assume papéis e


aceita as regras próprias da brincadeira,
executando, imaginariamente, tarefas
para as quais ainda não está apta ou
não sente como agradáveis na
realidade.”
Lev Vygotsky
RESUMO

O objetivo deste trabalho é discutir os possíveis benefícios através dos


jogos nas aulas de espanhol, contribuindo com a aprendizagem dessa
língua aos alunos a partir de minhas experiências nos estágios
supervisionados. Este estudo revela a importância que o lúdico
desempenha no contexto escolar, possibilitando o desenvolvimento da
compreensão e o domínio da língua espanhola nos estudantes na sala de
aula. Nessa perspectiva, considero que os jogos são métodos que podem
ser adotados pelos professores com o objetivo de estimular o processo na
construção da aprendizagem dos alunos. Analiso, neste trabalho, que o
lúdico contribui bastante com os professores e alunos no sentido do
desenvolvimento das habilidades motoras, auditivas e visuais e na
capacidade para compreender os conteúdos abordados em sala de aula,
permitindo de forma prazerosa o desenvolvimento de suas proficiências
reflexivas e críticas sobre a língua estrangeira. O trabalho é de cunho
bibliográfico e, para a discussão apresentada, tomo como base teórica
autores como Santos (2006), Silva (2009) e Vygotsky (1998).

Palavras-chave: Língua espanhola. Jogos. Mediação. Aprendizagem.


RESUMEN

El objetivo de este trabajo es discutir los posibles benefícios a través de


juegos en clases de español, contribuyendo al aprendizaje de ese idioma
a los estudiantes en mis experiencias en prácticas supervisadas. Este
estudio revela la importancia que lo lúdico desarrolla en el contexto
escolar, possibilitando el desarrollo de la comprensión y dominio del
idioma español en los estudiantes en las clases. En esa perspectiva,
considero que los juegos son métodos que pueden ser adoptados por
profesores con el objetivo de incitar el proceso en la construcción del
aprendizaje de los estudiantes. Analizo, en este trabajo, que lo lúdico
contribuye mucho con los profesores y estudiantes en el sentido del
desarrollo de las habilidades motoras, auditiva y visual y en la capacidad
de comprender los contenidos abordados en la clase, permitiendo de una
manera agradable el desarrollo de sus competencias reflexivas y críticas
sobre la lengua extranjera. El trabajo es de naturaleza bibliográfico y, para
la presente discusión, tomo como fundamento teórico autores como
Santos (2006), Silva (2009) y Vygotsky (1998).

Palabras clave: Idioma español. Juegos. Mediación. Aprendizaje.


Sumário

INTRODUÇÃO.......................................................................................................8

1. O que são Jogos? .......................................................................................... 12

2. Sobre a Língua Espanha ................................................................................ 14

3. Como mediar o aprendizado da língua espanhola através do lúdico com


os alunos ............................................................................................................ 17

4. Jogos e Dinâmicas Estimuladoras de Inteligências e Competências ............. 22

5. O brincar no desenvolvimento Intelectual dos alunos .................................... 26

6. O espaço escolar como contexto de aprendizagem ....................................... 27

7. As Diretrizes Curriculares Nacionais para o ensino Médio ............................. 28

8. A Influência das Tecnologias Lúdicas na sala de aula ................................... 32

9. A finalidade das atividades lúdicas nas aulas de língua espanhola................ 33

10. Considerações Finais ................................................................................... 34

11. Referências .................................................................................................. 35


8
INTRODUÇÃO

O presente Trabalho de Conclusão de Curso tem como objetivo


refletir sobre o ensino de espanhol através dos jogos e brincadeiras
didáticos como elemento mediador da aprendizagem dessa língua
estrangeira.

Esta pesquisa é de cunho bibliográfico e surgiu a partir das


observações realizadas na sala de aula do Estágio Supervisionado de
Língua Espanhola 1, no Centro Educacional Municipal Luiz de Amorim
Leão, situado na Praça Benedito Peixoto Camarão, s/n, no centro da
cidade de Messias.

A escola está situada na zona urbana da cidade de Messias-AL,


com número de 17.988 habitantes (IBGE, 2019) que sobrevivem da
agricultura do milho, mandioca e cana de açúcar. A escola referida no
meu trabalho é da rede municipal de ensino, possui no total 1.995 alunos,
divididos entre Ensino Fundamental 1, Ensino Fundamental 2 e EJA, não
possui Educação Indígena, tem ensino religioso e possui aulas de
Espanhol e Inglês no nível Médio e na EJA.

A partir das minhas observações nos momentos do estágio em sala


de aula, algumas questões começaram a surgir em relação aos métodos
de ensino que o docente aplicava com seus alunos nas aulas de espanhol,
pois este utilizava como metodologia de ensino apenas textos dos livros
oferecidos pela rede estadual de ensino.

Verifiquei durante várias aulas que o aluno, o professor e os


conteúdos devem se unir através da relação didática da comunicação,
seguindo suas bases em busca da aprendizagem da língua, ou seja, é
uma forma comunicativa de aprender através da prática de ensino que o
professor traz consigo por experiência, treinamento e boa formação.

Diante disso, refleti que existem diversas maneiras diferentes de


aprender uma língua, mesmo encontrando alguns obstáculos diante do
material oferecido pelo professor na sala de aula referente ao espanhol.
9
Porém, o aprendizado depende bastante da forma como o
professor passa o conteúdo para os alunos, ou seja, ele deve mediar de
uma forma clara, objetiva e mais humanista possível, pois a aprendizagem
do espanhol e de qualquer outra língua ou mesmo de outra área do
conhecimento vai depender de como o professor vai desenvolver o
processo de ensino-aprendizagem junto aos alunos.

De acordo com Martinez (2009):

Para poder nos comunicar em uma língua estrangeira e


para aprendê-la, não podemos nos limitar à estrita
descrição do sistema linguístico. Em sala, permanecer em
silêncio e não olhar o professor nos olhos não revela
obrigatoriamente que não saibamos ou que não
queiramos responder; isso pode remeter a um código
implícito. (MARTINEZ, 2009, p.19).

Durante minhas observações na turma do 6º ano “B” Fundamental,


percebi que o professor assumia uma prática dialógica inovadora com
seus alunos onde as duas partes têm que estar dispostas a falar e escutar,
em contraposição a esse restrito modelo de educação tradicional do
passado.

Freire (1978) postula uma educação baseada no diálogo, em que o


aluno e o professor são entendidos como seres em busca do aprendizado,
sempre os levando a interagir e se interessar pelas aulas de espanhol,
passando confiança, reforçando a socialização, proporcionando e
motivando a compreensão dos conteúdos na sala de aula.

Após assistir várias aulas de espanhol, verifiquei a necessidade de


um ensino pedagógico inovador, comprometido com a melhoria da
educação na sala de aula, visando uma forma diferenciada de ensinar
com um método do jogo dinâmico, motivador e criativo, com o objetivo de
melhorar o desempenho dos alunos na sala de aula.

Constatei nas aulas de estágio que alguns alunos estavam sem


participar do conteúdo abordado na aula de espanhol, sem ânimo, sem
motivação e com indisciplina, notei que eles conversavam assuntos do
próprio interesse, longe do conteúdo das aulas.
10
Durante essas aulas houve solicitações por parte do professor para
que os alunos guardassem os aparelhos de celular com a intenção de
favorecer mais a motivação e aprendizagem do assunto abordado na sala
de aula, muitos alunos atenderam o pedido com respeito e guardaram os
celulares em suas bolsas.

Nesse momento, constatei a importância do diálogo e da motivação


nas aulas, pois é imprescindível na interação dos alunos que o professor
os incentive a refletirem, a dramatizarem os assuntos abordados na sala
de aula, fazendo com que eles se sintam estimulados a aprender cada vez
mais, resultando na construção da aprendizagem.

Em outro momento, a aula de espanhol foi dedicada aos jogos


educativos, o professor solicitou que os alunos abrissem o livro de
espanhol na página 128, que abordava o “juego de la memoria deportivo”,
onde se utilizou 16 cartas de baralho com imagens de esportes colocadas
com as figuras para baixo, os participantes formaram duplas e seguiram
as regras do jogo, um aluno levantava a carta e outro falava o nome do
esporte, alguns alunos gritavam de alegria ou raiva porque outro colega
tinha feito um par de cartas iguais.

Verifiquei que a maioria dos alunos demonstravam alegria e


satisfação em jogar com os colegas de sala, houve muitas risadas, gritos
e aplausos quando um ganhava a partida, parece que nunca tinham visto
aquele tipo de jogo, para mim foi muito gratificante participar desses
momentos com os alunos.

Também durante essa aula, notei que a utilização dos jogos


contribuiu para a construção do espírito construtivo da competitividade, da
imaginação, da capacidade de sistematizar as ideias, da oralidade,
favorecendo um clima afetivo e emocional entre os alunos trazendo
harmonia e conhecimento educativo do lúdico.
11
1. O QUE SÃO JOGOS?

A palavra “Jogos” tem sua etimologia latina “ludes” que significa


“lúdico”, que se relaciona com o aprendizado de forma espontânea
individualizada através das regras que direcionam os alunos à brincadeira
livre na sala de aula.

O professor que utiliza os jogos em suas aulas ajuda aos alunos a


criarem mais entusiasmo nos conteúdos oferecidos, pois os motivam a
agir e interagir com os colegas nos momentos das atividades, pois é
possível perceber os resultados positivos na promoção da aprendizagem
nos momentos que os alunos reagem através dos estímulos e satisfação
proporcionados pelos jogos.

Esse ensino inovador está focalizado na relação dos jogos lúdicos


e o aprendizado de espanhol na sala de aula, fundamentados em visões e
concepções de pesquisadores que abordam o lúdico como processo de
ensino-aprendizagem da língua espanhola.

Os jogos e as brincadeiras utilizados nas salas de aulas


apresentam imensa importância em busca da melhoria do ensino de uma
língua estrangeira como o espanhol, podendo ser utilizado e trabalhado de
várias formas no ensino por possuir um fator determinante e facilitador no
desenvolvimento da cognição e compreensão dos alunos, estimulando
seu interesse em aprender a falar a língua espanhola. É esse o sentido de
utilizar os jogos na sala de aula como fator primordial na aprendizagem
dos discentes.

Nesse sentido, entendo que o uso constante dos jogos nas aulas
de espanhol se tornará em momentos prazerosos que irá estimular a
compreensão, a criatividade e o aprendizado desta língua estrangeira
tanto para os alunos como para os professores.

Foi perceptível, nas minhas observações, verificar que as


atividades que envolvem o lúdico na sala de aula facilitam a aprendizagem,
pois elas se adequam ao conhecimento através do estímulo, da cognição
e da reflexão na hora do jogo e da brincadeira.
12
Este trabalho se fundamenta em contribuições de autores da área
da educação, como Santos (2006), Vygotsky (1998), Silva (2009) e outros
que discorrem sobre a questão da conquista do idioma através das
práticas e do desenvolvimento da competência no uso do lúdico na sala
de aula. Conforme esses teóricos, os jogos utilizados na esfera escolar
proporcionam o desenvolvimento da cognição, da percepção e da
compreensão dos jogos e brincadeiras na sala de aula.

De fato, o caráter cognitivo desenvolvido pelo lúdico nas aulas de


espanhol irão favorecer o reconhecimento do seu emocional, da sua
capacidade de construção e do reconhecimento das suas limitações
através das regras incluídas nos jogos fornecendo resultados qualitativos.

Vygotsky (1991), aponta:

O resultado do desenvolvimento não será uma estrutura


puramente psicológica como a psicologia descritiva
considera ser, nem a simples soma de processos
elementares, como considera a psicologia associacionista,
e sim uma forma qualitativamente nova que aparece no
processo de desenvolvimento. (VYGOTSKY, 1991, p. 46).

Os jogos propiciam e motivam a aquisição do conhecimento, das


habilidades dos alunos na preparação para adquirir uma nova língua
facilitando a interação e o aprendizado na sala de aula, buscando
favorecer o processo do desenvolvimento das suas atitudes e autonomia
na tomada de decisões.

Com isso, confirmo que o lúdico é um instrumento primordial no


desenvolvimento da aprendizagem da língua espanhola que enriquece
ainda mais o conhecimento e o desenvolvimento do uso das palavras,
sentenças e conteúdos diversos abordados, contribuindo para a
compreensão dos termos funcionais dessa língua na aprendizagem dos
alunos.
13
2. SOBRE LÍNGUA ESPANHOLA

A língua espanhola é a terceira língua mais falada no mundo e nas


Américas, também conhecida como “castelhana”, é um idioma falado por
mais de 400 milhões de falantes que a utilizam como segunda língua
oficial.

O espanhol é falado na Espanha e em 43 países como: México,


Porto Rico, Guiné Equatorial, Cuba, Guatemala, El Salvador, República
Dominicana, Nicarágua, Panamá, Honduras, Costa Rica, Colômbia,
Panamá, Peru, Venezuela, Bolívia, Paraguai, Chile, Uruguai e Argentina.

Segundo Silva (2009), “a língua espanhola se tornou a segunda


mais utilizada no ramo comercial e a terceira na Internet”.

Com a Reforma Capanema, em 1942, ocorreu a introdução da


língua espanhola nas escolas públicas do nosso país, que ofertava o
estudo a todos os alunos da rede municipal e estadual.

O Mercosul (Mercado Comum do Sul) foi um tratado que ocorreu


entre os países da América do Sul que tornou viável a aprendizagem do
espanhol nas escolas brasileiras. Este mercado se iniciou em 26 de março
de 1991 através do Tratado de Assunção que fazia relação com o
mercado comum, a República da Argentina, a República Federativa do
Brasil, República do Paraguai, a Oriental do Uruguai e a República da
Venezuela.

Tinham como objetivo compartilhar os valores pluralistas e


democratas, defensores dos direitos fundamentais humanos, além de
proteger o meio ambiente, o comércio sustentável, combate à pobreza e o
acordo do desenvolvimento econômico e da proteção social em busca de
seus direitos.

Dessa forma, compreendi a significância da língua espanhola no


ensino educacional com o objetivo primordial de elevar a cultura, o nível
de conhecimento e de aprendizagem de uma língua estrangeira, pois é
14
muito útil tanto na vida escolar do aluno, como na sua vida profissional em
alcançar novas metas e novos futuros.

Além disso, a LDB 9394/96 (Lei de Diretrizes e Bases) supõe a


importância da língua estrangeira como disciplina obrigatória nos ensinos
Fundamental e Médio quando o aluno tem a opção de escolher entre o
inglês e o espanhol, as quais que possibilitam de toda forma um enorme
conhecimento das culturas estrangeiras para seu aprendizado.

Posteriormente, foi criada a Lei do Espanhol, de número 3987/00,


um projeto apresentado pelo deputado Átila Lira, no dia 15 de dezembro
de 2000, em que apresenta o projeto de lei que torna a oferta da língua
espanhola obrigatória para a escola, mas de livre escolha para o aluno.

Também foi sancionada a Lei 11.161/05, no dia 5 de agosto de


2005, que torna obrigatória a oferta da disciplina de língua espanhola nas
escolas do ensino Médio, cabendo às instituições públicas e privadas o
dever de incluírem essa disciplina em seus currículos.

Mais recentemente, o Governo de Michel Temer e o Ministro da


Educação Mendonça Filho propõem a nova reforma do Ensino Médio,
sancionada no começo de 2017. Com ela, é revogada a Lei nº 11.161 de
2005 que incluía a língua espanhola entre os conteúdos obrigatórios do
ensino médio. Antes da reforma, as escolas podiam escolher se a língua
estrangeira ensinada aos alunos seria o inglês ou o espanhol. Agora, com
a reforma, a língua inglesa passará a ser a disciplina obrigatória no ensino
de língua estrangeira, a partir do sexto ano do ensino fundamental.

Se a escola só oferece uma língua estrangeira, esta precisa ser


obrigatoriamente o inglês. A justificativa do Ministério da Educação é que
a língua inglesa é a mais disseminada e a mais ensinada no mundo inteiro.

Essa decisão foi protestada por muitos linguistas e especialistas em


educação no Brasil como um retrocesso: o argumento é que a lei nº
11.161/2005 era um grande avanço por apostar no plurilinguismo e
pluriculturalismo.
15
A Associação dos Professores de Espanhol do Estado de São
Paulo, juntamente com a Deputada Leci Brandão, protocolou na
Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo o projeto de lei nº
446/2018, que regulamenta a oferta de língua espanhola na rede pública.

O projeto de lei já teve aprovação na Comissão de Constituição,


Justiça e Redação e depois passará pela Comissão de Educação e
Cultura e também pela Comissão de Finanças. Após a aprovação nessas
comissões, o projeto será encaminhado para o plenário para votação.
Nesses próximos passos, é extremamente importante a mobilização da
comunidade, principalmente para o convencimento dos deputados sobre a
importância dessa lei para uma educação plurilinguística em nosso estado
e nosso país.

É importante salientar, ainda, que a língua espanhola é de grande


importância para a busca pela integração dos povos da América Latina,
preceito que consta no parágrafo único dos Princípios fundamentais,
artigo 4º de nossa Constituição:

A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica,


política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação
de uma comunidade latino-americana de nações.
16
3. COMO MEDIAR O APRENDIZADO DA LÍNGUA ESPANHOLA
ATRAVÉS DO LÚDICO COM OS ALUNOS?

O professor exerce um papel fundamental na aprendizagem dos


alunos favorecendo a construção dos conhecimentos educativos e críticos
através dos conteúdos abordados na sala de aula para que sejam
inseridos numa sociedade pensante, isso é fato não podemos negar sua
notável função na educação.

Mas como o professor poderá mediar o aprendizado da língua


espanhola através dos jogos na sala de aula com seus alunos? Entendo
que o professor pode utilizar algumas estratégias e métodos de ensino
para facilitar a aquisição do conhecimento através dos conteúdos a serem
aplicados na sala de aula, auxiliando na resolução dos problemas que
poderão surgir nos momentos dos jogos.

Seguramente, a intervenção do professor no processo de ensino é


fundamental para contribuir com o aprendizado do aluno. Mas para que
isso seja viável é importante que o mediador tenha a percepção, o
comprometimento e a responsabilidade de que ele irá promover
estratégias e metodologia de ensino diferenciadas para os alunos,
garantindo a construção do aprendizado.

Portanto, o educador deverá mediar o ensino buscando despertar o


interesse pelos jogos e promovendo a interação entre os alunos e a
prática pedagógica, ensinando que existem regras para jogar qualquer
jogo, seja ele com palavras, números ou objetos, pois isso é necessário
para a evolução no processo da construção do conhecimento através do
lúdico.

Martinez (2009, p.16) diz que: “Uma comunicação no campo


didático é, então, um sistema de sistemas, uma interação entre pessoas,
conteúdos, um contexto social, etc. Por isso nos parece oportuno lembrar
como podemos representar, em suas grandes linhas, o funcionamento da
comunicação”.

Todo jogo possui suas próprias regras com requisitos que devem
ser respeitados pelos jogadores, ele possui dinâmicas que favorecem
17
algum aprendizado inovador, pois no momento do jogo é possível
observar que os participantes se envolvem num clima de interação e
competitividade com os demais na sala de aula.

Certamente, a motivação em jogar nas aulas de espanhol só irá


trazer benefícios para os alunos e também para o professor mediador,
pois o ambiente se tornará palco de aprendizagem diante de métodos
descontraídos através do lúdico no ambiente escolar.

Todos nós adultos, já fomos crianças e gostávamos de brincar,


nesse contexto, o brincar possui papel fundamental na construção da
autonomia e aprendizagem da criança. É no ato de brincar que ela cria um
mundo imaginário, de faz-de-conta, cheio de significados, por meio do
qual é capaz de expressar seus sentimentos. Além disso, o ato de brincar
proporciona à criança o desenvolvimento de sua oralidade, percepção
espacial, afetividade, capacidade de socialização, competências através
das quais certamente irá aprender e construir autonomia.

Diversos autores que fundamentam a discussão desse trabalho


entendem o lúdico como elemento integrante da cultura dos povos tanto
para crianças como para adultos, sendo eles, Jogos (Johan
Huizinga,1980), Brincadeiras (Tizuko Kishimoto,1996) e Brinquedos (Gilles
Brougére,1997), os quais contribuíram bastante na área da educação
internacionalmente.

De acordo com Brougére(1997):

A cultura lúdica dispõe de certa autonomia, de um ritmo


próprio, mas só pode ser entendida em interdependência
com a cultura global de uma sociedade específica. Na
verdade, esta é diferenciada: diferença de sexos, de
gerações, até mesmo de idade, de meio social, de nações
e de regiões (1997, p.52).

Apesar de que, a brincadeira com lúdicos seja uma ação livre e


prazerosa que envolvem participantes e objetos, requer atenção às regras
impostas no contexto que envolvem esses sujeitos, ou seja, depende de
como o lúdico é visto por cada região, pela idade, pela cultura, pelos
18
membros e do meio social onde estão inseridos e que devem ser
respeitadas.

Para Kishimoto (1996):

As brincadeiras permitem o desenvolvimento das


capacidades importantes, tais como a atenção, a imitação,
a memória, a imaginação, além de favorecer a
socialização, por meio da interação, da utilização e da
experimentação de regras e papéis sociais (1996, p. 44).

De acordo com estes autores é possível entender que o ato de


brincar vai muito além do que um simples passatempo para os alunos,
pois é algo significativo para o desenvolvimento cognitivo e social e o
professor pode proporcionar isso a eles, seja em espaços escolares ou
não.

As construções feitas nesses momentos de brincadeiras e jogos


trarão para os alunos condições de desenvolvimento cognitivo que os
ajudarão como ser social, visto que o sujeito que brinca ou joga é porque
gosta, e traz um sentimento benéfico para a saúde e a aprendizagem.

Certamente, quando os alunos são estimulados a pensar por meio


das atividades lúdicas será muito mais fácil expor suas decisões, dúvidas
ou sugestões sem medo de serem criticados nas aulas com jogos, pois as
dúvidas podem ser semelhantes entre eles no momento das brincadeiras
que poderão ser elucidadas pelo professor.

O professor mediador sempre deverá incentivar seus alunos


através de leituras de textos na língua estrangeira, oferecendo bons livros,
músicas, jogos e filmes que facilitem e promovam o entendimento e o
aprofundamento dos conteúdos das aulas em espanhol, com isso o
professor estará ampliando e contribuindo para o alcance de seus
objetivos.

Entretanto, a aprendizagem é mediada pelo educador e pelos


materiais didáticos que são utilizados na sala de aula, no caso da língua
estrangeira como o espanhol, será mais fácil aprender se o mediador
utilizar outros caminhos e objetos e brincadeiras lúdicas que propiciem
19
essa aprendizagem, pois as aulas ficarão mais divertidas, dinâmicas e
interativas com os alunos.

Compreendo que, como elemento norteador da motivação, o lúdico


tem grande importância nas aulas de espanhol, pois auxiliam bastante os
alunos naqueles momentos de desmotivação, ansiedade ou desatenção
nas aulas, favorecendo as habilidades motoras, auditivas e social,
facilitando o talento intelectual e cognitivo resultando na eficácia da
produção linguística.

Nesse sentido, para Piaget (1969, p. 2), o jogo simbólico é,


simultaneamente, um modo de assimilação do real e um meio de auto
expressão, pois à medida que a criança brinca de casinha, representando
papéis de mamãe, papai e filho, ou ela brinca de escola, reproduzindo os
papéis do professor e aluno, "ela está, ao mesmo tempo, criando novas
cenas e também imitando situações reais por ela vivenciadas".

A função desse tipo de atividade lúdica, segundo Piaget (1969, p.


29), consiste em satisfazer o “eu” por meio de uma transformação do real
em função dos desejos. O jogo simbólico tem como função assimilar a
realidade, seja através da resolução de conflitos, da compensação de
necessidades não satisfeitas, ou da simples inversão de papéis.

Os jogos de regras são combinações sensório-motoras


(corridas, jogos com bolas) ou intelectuais (cartas, xadrez)
em que há competição dos indivíduos (sem o que a regra
seria inútil) e regulamentadas quer por um código
transmitido de geração em geração, quer por acordos
momentâneos. (PIAGET apud RAU, 2007, p. 75).

O que caracteriza o jogo de regras é o fato da regulamentação por


meio de um conjunto sistemático de leis que asseguram a reciprocidade
dos meios empregados.

Na teoria de Piaget (1969, p.2) o jogo de regras é uma conduta


lúdica que supõem relações sociais ou interindividuais, pois a regra é uma
ordenação, uma regularidade imposta pelo grupo, sendo que sua violação
é considerada uma falta. Portanto, essa forma de jogo prevê a existência
20
de parceiros e de “certas obrigações” comuns (às regras), o que lhe
confere um caráter eminentemente social.

Segundo Piaget (1971, p.185) as regras é a atividade lúdica dos ser


socializado e começa a ser praticado por volta dos 7 anos, quando a
criança abandona o jogo egocêntrico das crianças menores, em proveito
de uma aplicação efetiva de regras e do espírito cooperativo entre os
jogadores.

Para a criança, o jogo inicialmente, é egocêntrico e espontâneo, vai


se tornando cada vez mais uma atividade social, na qual as relações
individuais são fundamentais na aprendizagem, na escola e na sua vida
profissional.

O lúdico utilizado na sala de aula com os alunos propicia ótimos


resultados no coeficiente, na aprendizagem, na compreensão das
sentenças e das palavras mais complexas de uma língua estrangeira seja
ela qual for, pois esse método só vem favorecer cada vez mais na
educação do nosso país.

Dessa forma, verifiquei que utilizar essa metodologia de ensino


através dos jogos e dinâmicas estimula a inteligência dos alunos, promove
a aquisição de novos conhecimentos para sua carreira profissional e
social.

Segundo Gardner (1995, p. 22), parte-se do princípio de que todos


os seres humanos possuem múltiplas inteligências que são estimuladas a
partir de suas interações com o mundo, com a sociedade, e que essas
dimensões de inteligências não são estáticas, pois estão sempre se
redimensionando, se aperfeiçoando, decorrente da idade ou de estágios
de desenvolvimento.

Considero através de estudos científicos, que todo ser humano


nasce com sua própria inteligência inata, ou seja, com sua capacidade de
aprender e compreender tudo que se encontra ao seu redor, adquirindo a
capacidade de se adaptar a novos fatos e experiências vivenciados no dia
a dia, portanto quanto mais o indivíduo se desenvolve, mais ele aprende
cognitivamente e constrói de forma contínua sua inteligência.
21
Segundo Antunes (2008, p. 12) “É importante refletir sobre uma
nova concepção de inteligência que não se limita à lógica, introduzindo o
conceito de múltiplas inteligências, em detrimento de uma inteligência
unidimensional, possibilitando ao educador uma reflexão consciente e
crítica sobre o ensino aprendizagem desenvolvidos nas escolas”.

Através dos jogos e brincadeiras oferecidos na sala de aula, é que


se pretende possibilitar o desenvolvimento dos múltiplos raciocínios
linguísticos, lógico matemático, espacial, corporal, interpessoal e social
dos alunos das escolas públicas auxiliando em várias disciplinas escolares,
principalmente em línguas estrangeiras.

Dessa forma, constatei que o lúdico proporciona a construção de


hipóteses sobre determinado tema e ajuda a explorar sua criatividade
espontânea através das variadas formas de compreensão por parte do
aluno, ou seja, os jogos não são apenas uma forma de diversão, mas são
meios que irão contribuir para o desenvolvimento cognitivo e intelectual
das crianças de forma descontraída, facilitando a interação com outros
membros na sala de aula.
22
4. JOGOS E DINÂMICAS ESTIMULADORAS DE INTELIGÊNCIAS E
COMPETÊNCIAS

De modo geral, quando falamos de inteligência pensamos


imediatamente naquelas pessoas que aprendem rápido algum assunto, ou
pelo fato de conseguir notas boas na escola, mas na verdade ser
inteligente é quando o indivíduo possui a capacidade de aprender,
conhecer, compreender e resolver algum problema ou situação
inesperada.

De acordo com Silveira (2014, p. 26), “A inteligência


Comunicativa/Linguística consiste na habilidade do sujeito de interagir
com o léxico, com o significado e o sentido das palavras, apresentando
facilidade de comunicação e de utilização da linguagem.” Ou seja, é
através da interação que os alunos adquirem a competência da oralidade
onde seguirá no caminho da escrita e da leitura de forma satisfatória que
irá mediar o aprendizado.

Além disso, os alunos que adquirirem essa competência linguística


serão proprietários de habilidades que farão uso para escrever, convencer,
dialogar, compor e desenvolver conceitos e concepções sobre
determinados temas.

Segundo Silveira (2014, p. 28), no que se refere à Inteligência


Comunicativa Linguística, é necessário dividi-la em três competências e
suas habilidades, que são:

A Competência Dialógica ou Conversacional, que compreende à


intenção dos sujeitos interlocutores na comunicação, na qual os alunos
apresentam o domínio em torno das conversas, respondendo ao
interlocutor fazendo uso da linguagem verbal; A Competência
Compreensão Verbal, que inclui desde a interação do aluno com o
interlocutor de forma produtiva nos momentos de manipulação e interação
com o jogo e nas conversas entre si; e a Competência Compreensão
Escrita, que consiste na fase de desenvolvimento pré-operacional, quando
deveriam estar no estágio concreto (dos 7 aos 11 anos), pois nessa fase
eles ainda apresentam dificuldades em relação à escrita de palavras, mas
elaboram as frases com sentido, utilizam a pontuação e a leitura, porém
23
necessitando do estímulo do professor para que essa dimensão possa ser
desenvolvida por eles.

Existem vários tipos de inteligências, segundo Gardner (1995), o


ser humano é dotado de inteligências múltiplas, que se referem à:

A Inteligência Linguística ou Verbal, a qual se manifesta nos alunos


nos momentos da escrita de mensagens em que são desenvolvidas
habilidades de percepção das palavras por meio da oratória, formando
novas ideias que irão despertar emoções.

A Inteligência Lógico-matemática, que é aquela que se baseia na


habilidade do indivíduo no uso da lógica e na resolução de problemas que
surgem através de cálculos e algoritmos matemáticos, pois essa
inteligência tem um papel fundamental no desenvolvimento dos alunos.

A Inteligência Espacial, que diz respeito à percepção de mundo sob


uma visão tridimensional, física e mental nos indivíduos fazendo com que
visualizem diferentes formas, espaços e distâncias em diversos cenários
com certa facilidade.

A Inteligência Musical é um espaço sensorial representado através


da sensibilidade artística e criativa dos indivíduos que reconhecem com
facilidade a partir de sons, timbres, ritmos e notas onde irão estimular
grande criatividade para compor, apreciar e reproduzir melodias musicais.

Segundo Gardner, (1995):

O canto dos pássaros proporciona um vínculo com outras


espécies. Evidências de várias culturas apoiam a noção
de que a música é uma faculdade universal. Os estudos
sobre o desenvolvimento dos bebês sugerem que existe
uma capacidade computacional “pura” no início da
infância. Finalmente, a notação musical oferece um
sistema simbólico acessível e lúdico. (1995, p. 23).

A Inteligência Cinestésica Corporal está ligada literalmente ao


próprio corpo onde envolve várias habilidades cognitivas e capacidades
para realizar vários tipos de movimentos físicos, desenvolver a percepção
espacial sincronizada através da ação dos movimentos corporais.
24
A Inteligência Naturalista é aquela relacionada à habilidade humana
de reconhecer objetos da natureza onde o indivíduo tem a capacidade de
diferenciar animais, plantas, paisagens, rios que estão inseridos na
natureza ao seu redor onde ele percebe que tudo isso faz parte da sua
sobrevivência humana.

A Inteligência Pictórica é aquela facilidade que o indivíduo possui


em se expressar através das figuras, pinturas, desenhos e esculturas
criadas nas imagens mentais que se concretizam na linguagem das cores
e dos signos, é muito desenvolvida pelos pintores e artesãos.

A Inteligência Pessoal é a competência que possuímos através da


nossa consciência, nosso sentimento, conflitos e desejos para refletir
sobre nossas atitudes, comportamentos nos momentos de agir em certas
ocasiões que irão surgir no nosso cotidiano.

Ainda segundo Gardner, (1995, p. 21):

A teoria das inteligências múltiplas pluraliza o conceito


tradicional. A capacidade de resolver problemas permite à
pessoa abordar uma situação em que um objetivo deve
ser atingido e localizar a rota adequada para esse objetivo.

A capacidade de resolver os problemas na sala de aula também


dependerá do meio pelo qual o aluno se desenvolve, pois uma vez a qual
a capacidade de conhecer algo diferente é resultado de trocas do
organismo com o meio ambiente através de uma organização afetiva, o
ato de brincar na sala de aula favorece o desenvolvimento das cognições
e interações com todo contexto escolar.

Segundo Vygotsky (1984), o que define o brincar é a situação


imaginária criada pela criança, em que desejos irrealizáveis podem ser
realizados com a função de reduzir a tensão, e ao mesmo tempo construir
uma maneira de acomodação, conflitos e frustrações da vida real.

De fato, o brincar faz parte do processo de aprendizagem de todo


indivíduo, desde a infância até a fase adulta, pois é notável que
25
independente da idade, a brincadeira na sala de aula, pode ser inserida
como objeto do conhecimento, o que possibilita um sólido conhecimento
através do uso do lúdico na aquisição da aprendizagem.

A brincadeira com jogos na sala de aula auxilia muito na


aprendizagem dos alunos, mas cabe também ao professor oferecer a
seus alunos um espaço favorável que proporcione prazer em brincar,
interações, compreensão que envolvam aulas práticas com o ato de
brincar com o objetivo de alcançar resultados positivos com os alunos.
26
5. O BRINCAR NO DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL DOS ALUNOS

A inteligência dos alunos é um ato que se adquire


espontaneamente no dia a dia na sala de aula através dos jogos e
brincadeiras, pois é preciso que o professor planeje e organize os
conteúdos para que tudo ocorra de forma diferenciada, possibilitando aos
alunos a produção de conhecimento, favorecendo seu aprendizado.

Piaget (1975), alega que os jogos não são apenas uma forma de
entretenimento para gastar as energias das crianças, mas um meio que
enriquece o desenvolvimento intelectual.

A importância do desenvolvimento intelectual dos alunos se dá


através do conhecimento externo, ou seja, o ser humano está em
modificação constante, sempre a procura de novos obstáculos, aventuras
e conflitos que a vida proporciona para se tornar um cooperador na
construção da sociedade.

O desenvolvimento intelectual do indivíduo é conceituado como o


ápice da capacidade em compreender e decifrar o mundo, ou seja, a
ampliação da consciência, do pensar racional e cultural dentro da
sociedade.

Piaget (1995) considera que o desenvolvimento intelectual tem os


componentes afetivos e cognitivos, e o interesse mobilizado pelo “gostar”
e “não gostar”. Desta forma, percebe-se que em algumas aulas existe um
maior interesse e mais participação dos alunos, envolvendo um clima de
interação, colaboração e respeito pelas aulas e pelo professor.

O papel do professor é de suma importância no ensino escolar,


sendo este o principal meio de crescimento cultural dos alunos, através
dele é concebível adquirir sabedoria, compreensão, reflexão e progresso
nos estudos através da brincadeira.

Assim sendo, o professor poderá alcançar seus objetivos mediante


o processo de ensino-aprendizagem aplicada na vida social e intelectual
27
dos alunos, mediando conhecimentos na relação entre cidadão, escola e
sociedade.
28
6. O ESPAÇO ESCOLAR COMO CONTEXTO DE APRENDIZAGEM

O espaço escolar é reconhecido como um baú de conhecimentos e


práticas de ensino e aprendizagem que propicia o desenvolvimento social
e intelectual dos alunos favorecendo na formação do caráter, dos valores
e princípios morais.

As aulas que trabalham com jogos e brincadeiras requerem um


espaço escolar propício para que o professor e os alunos consigam
alcançar seus objetivos na sala de aula.

Diante dessa perspectiva, em sua maioria, as instituições de ensino


possuem uma estrutura planejada para acolher seus alunos, dessa forma,
é necessário que as salas de aula se tornem um ambiente organizado,
decorado e prazeroso para que os alunos se sintam confortáveis nas
aulas.

A sala de aula é considerada a segunda casa dos alunos, por ser


um ambiente de convívio diário com outros colegas onde passam a maior
parte do tempo juntos. Dessa forma, é necessário que o espaço escolar
seja um lugar de descontração, que os alunos se sintam à vontade para
exercer sua capacidade de compreensão e indagações nas aulas que
utilizem jogos e brincadeiras.

Segundo Almeida (2007, p. 27):

Já no brincar dirigido pode-se propor desafios a partir da


escolha de jogos, brinquedos ou brincadeiras
determinadas por um adulto ou responsável. Estes jogos
orientados podem ser feito com propósitos claros de
promover o acesso a aprendizagens específicas ou a
aspectos particulares do desenvolvimento.

Desse modo, é imprescindível que o professor transforme sua sala


de aula num ambiente saudável que ofereça prazer e desafios, pois é
fundamental que ele faça planejamentos das aulas, promova debates
discursivo, estimule a criatividade dos alunos, desenvolvam novos
projetos para incentivar a participação de todos, que avalie os resultados
29
obtidos nas aulas com os jogos. Portanto, é comprovado que a
intervenção do ambiente escolar na aprendizagem favorece mais
qualidade para o ensino, resulta num melhor desenvolvimento físico e
mental dos alunos, motivando-os ao interesse para aprender cada vez
mais de forma satisfatória em todo contexto escolar.
30
7. AS DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA O ENSINO
MÉDIO

Há muito tempo no Brasil se compreende os desafios da educação


dos que nela trabalham e se dedicam a sua causa, pois pensar em
educação só tem sentido na medida em que consigamos pensar no ser
humano em sua totalidade. Esta preocupação aparece nos mais recentes
documentos oficiais sobre a educação.

As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação do Ensino


Médio (BRASIL, 2018), abordam que:

> Os currículos serão compostos por formação geral básica (contemplada


pela BNCC) e itinerário formativo. A formação geral básica é composta
pelas competências e habilidades previstas na Base Nacional Comum
Curricular (BNCC) (ainda sob análise), organizadas por áreas de
conhecimento: Linguagens e suas tecnologias; Matemática e suas
tecnologias; Ciências da Natureza e suas tecnologias e Ciências
Humanas e suas tecnologias;

> A formação geral básica deve ter carga horária total máxima de 1800
horas, que podem ser divididas entre todos os anos do Ensino Médio ou
somente em parte deles (com exceção dos estudos de Língua Portuguesa
e Matemática);

> A interdisciplinaridade é reforçada em diferentes momentos. Estudos e


práticas de diferentes disciplinas (Língua Portuguesa e língua materna
para as comunidades indígenas, Matemática, Geografia, Arte, Educação
Física, História, Sociologia, Filosofia e Língua Inglesa) devem ser
contemplados, "sem prejuízo da integração e articulação das diferentes
áreas do conhecimento" (p.476).

> Língua inglesa, podendo ser oferecidas outras línguas estrangeiras, em


caráter optativo, preferencialmente o espanhol, de acordo com a
disponibilidade da instituição ou rede de ensino.

> Os temas que devem ser abordados de maneira transversal são:


respeito ao idoso, direitos das crianças e dos adolescentes, educação
31
para o trânsito, educação ambiental, educação alimentar, educação em
direitos humanos e educação digital;

> Há cinco possibilidades de itinerários formativos que podem ser


organizados pelas instituições (quatro se aprofundando em cada uma das
áreas de conhecimento e um quinto focado em formação técnica e
profissional).

> Todos os municípios devem oferecer pelo menos dois itinerários de


áreas diferentes, e diferentes instituições de ensino podem criar parcerias
para garantir a oferta de diferentes itinerários. Os estudantes poderão
optar por mudar de itinerário ao longo do Ensino Médio (desde que haja
oferta em sua escola ou rede) ou cursar mais de um de maneira
concomitante ou sequencial;

> Os itinerários formativos têm quatro eixos estruturantes: investigação


científica, processos criativos, mediação e intervenção sociocultural e
empreendedorismo. Entre esses quatro, pelo menos um deve ser indicado
para estruturar o itinerário (mas mais de um podem ser escolhidos);

> O Ensino Médio noturno continua com, no mínimo, quatro horas de aula
por dia letivo. A diferença é que, até 2022, a carga horária anual deve ser
ampliada de 2.400 horas (800 por ano) para 3.000 (a mesma carga que o
ensino diurno). Para isso, será possível aumentar os anos letivos para
mais de 3 anos;

> No Ensino Médio diurno, a carga horária deve ser ampliada


gradativamente até chegar a 1.400 horas anuais (aproximadamente 7
horas de aula por dia letivo);

> O ensino a distância pode contemplar até 20% da carga horária total do
Ensino Médio diurno e 30% do noturno. Isso equivale a 200 horas anuais
para as turmas diurnas e 300 horas para as turmas da noite. A
recomendação é que ele seja utilizado nos itinerários formativos, mas é
possível aplicá-lo na formação básica. Na Educação de Jovens e Adultos,
é possível oferecer até 80% de sua carga horária a distância, tanto na
formação geral básica quanto nos itinerários formativos (desde que,
segundo o documento, haja suporte tecnológico e pedagógico);
32
> Os sistemas de ensino podem aceitar atividades que os estudantes
realizarem fora da escola como complementares à carga horária tanto da
formação básica quanto dos itinerários. Aulas, cursos, estágios, oficinas,
atividades de extensão, pesquisa de campo, participação em trabalhos
voluntários e outras atividades, inclusive a distância, devem ser avaliadas
e reconhecidas como parte da carga horária;

> Os Profissionais com "notório saber" podem atuar como docentes do


Ensino Médio apenas no itinerário de formação técnica e profissional para
ministrar conteúdos relacionados com sua formação ou experiência
profissional;

> O Exame Nacional do Ensino Médio será reformulado para acontecer


em duas etapas: uma que terá como referência a BNCC e outra que
utilizará os Referenciais para a Elaboração dos Itinerários Formativos
(cuja elaboração está a cargo do Ministério da Educação).

De acordo com essas referências, é possível entender que o ato de


aprender vai muito além do que uma mera obrigação, pois é algo que os
jovens têm direito e é dever da nação oferecer um ensino de qualidade
nos espaços escolares do nosso país.

No que se refere às línguas estrangeiras, as Diretrizes (2018)


afirmam que:

Outras línguas estrangeiras podem ser oferecidas em


caráter optativo, assim como a oferta de outras
"competências eletivas complementares" também podem
ser oferecidas pelas redes de ensino que quiserem, como
forma de ampliar a carga horária dos itinerários;

Na continuidade desse entendimento, a Lei de Diretrizes


Curriculares para a Educação do Nível Médio Nacional (2018) afirma que
o ensino da língua estrangeira pode ser aplicado nas escolas públicas por
opção particularizada, ou seja, que as escolas têm sua própria escolha de
ensinar ou não uma língua estrangeira como forma de complementar a
carga horária complementar ou flexível.

Na realidade, a escola tem um papel de fundamental importância


na construção da identidade autônoma de cada aluno, desde a educação
33
infantil, nível médio ou superior, pois são etapas onde os indivíduos estão
disponíveis à aprendizagem, ao se identificar com o modelo de cidadão
digno que lhe é apresentado.

De acordo com as Diretrizes (2018, p.1)

A educação abrange os processos formativos que se


desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no
trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos
movimentos sociais e organizações da sociedade civil e
nas manifestações culturais.

As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação do Nível


Médio, me permite entender que é dever do Estado garantir a
universalização do Ensino Médio, diante deste é um direito social, porém o
projeto político altera-se conforme o governo vigente do momento e das
legislações nele impostas e elaboradas. Portanto, é dever das escolas
moldar o planejamento pedagógico de acordo com as diretrizes
estabelecidas pelas diretrizes nacionais, buscando adequar a metodologia
de ensino à realidade de cada fase do processo educativo de modo a
favorecer o processo de ensino-aprendizagem.
34

8. A INFLUÊNCIA DAS TECNOLOGIAS LÚDICAS NA SALA DE AULA

Na atualidade, observo que os jogos estão cada vez mais


presentes na vida dos adultos, jovens e principalmente nas crianças, pois
o lúdico vem contribuindo com o avanço e modificações dos meios sociais
de modo reflexivo e didático, instruindo os alunos a se comunicar e
interagir dentro e fora das salas de aulas.

O ensino de espanhol está ligado ao lúdico com o objetivo de


promover e facilitar o ensino-aprendizagem de forma harmoniosa e
interativa entre os alunos, facilitando a forma de pronunciar alguns
elementos, como as palavras mais complexas, os números e sentenças
lexicais.

Diante disso, percebo que os jogos interativos avançam cada vez


mais na sociedade e nas escolas em diversas disciplinas pedagógicas
como elemento norteador da aprendizagem, oferecendo mais
conhecimentos e, de tal forma, que vem se adaptando de forma positiva
nas línguas estrangeiras.

Nesse sentido, observo que as tecnologias recentes usadas nas


salas de aulas, como o uso constante do celular, em que os alunos
utilizam com rápido acesso na busca de informações, pesquisas,
divertimentos e interações entre eles. Não que seja uma forma negativa
de aprender, pelo contrário, é visto como um elemento tecnológico em
busca do aprendizado.

Praticamente, as tecnologias devem ser aproveitadas pelo


professor e aluno com o objetivo de conquistar plenamente a linguagem e
o aprendizado, porém é necessário que o professor ofereça atividades
lúdicas para complementar suas aulas com o objetivo de favorecer o
conhecimento dos assuntos nas aulas de espanhol e nas demais áreas do
conhecimento.

Nessa perspectiva, entendo que os jogos facilitam a desenvoltura


dos alunos em sala de aula, sendo um instrumento educativo motivador
35
que oferece entretenimento para os alunos e também para o professor.
Portanto, para os alunos, o lúdico utilizado na sala de aula em diversas
disciplinas e principalmente na aula de espanhol, se torna um ingrediente
muito importante na sua formação escolar e como futuro cidadão.
36
9. A FINALIDADE DAS ATIVIDADES LÚDICAS NAS AULAS DE LÍNGUA
ESPANHOLA

Nos momentos das práticas docente na sala de aula, verifiquei que


os jogos lúdicos fornecem aos alunos vários estímulos e sentimentos
diferenciados como: o prazer de jogar; o entusiasmo em tocar as peças do
jogo; a euforia individual em ganhar no jogo; sentimentos de raiva em
perder ou fracassar numa partida; a interação com outros concorrentes da
sala de aula; a alegria e o entusiasmo em receber uma recompensa pelo
ganhar a partida do jogo.

Diante dessa realidade, o professor tem plena consciência que o


jogo inserido nas suas aulas tem como objetivo favorecer ainda mais o
aprendizado dos seus alunos de maneira espontânea crítica e social, uma
vez que a proposta dos jogos lúdicos está envolvida com diversos fatores
individualizados os quais irão variar de acordo com os grupos de alunos.

Com isso, o docente fará modificações e adequações em relação


ao conteúdo que se quer ensinar para seus alunos, pois essa articulação
de teoria e prática será desenvolvida e elaborada com responsabilidade
pelo professor com o objetivo de alcançar seus objetivos no que se quer
ensinar para os alunos respeitando o nível de escolaridade que eles se
encontram na sala de aula.

Certamente, o professor pode interferir nos momentos dos jogos,


porém no momento certo estimulando os alunos a refletirem em busca do
conhecimento, da descoberta, do saber em recriar regras dentro do
mesmo jogo para que haja estrutura na aprendizagem dos conteúdos
fornecidos pelo professor.

Ressalto que a mediação do professor nas aulas com lúdicos é


essencial no momento de repassar os objetivos das aulas porque ele
domina o assunto tornando-os concreto para os alunos, desenvolvendo o
gosto do brincar na sala de aula, propondo momentos de interação e
descontração entre eles e o próprio professor, e, dessa forma,
distanciando os limites em busca da criatividade, do pensar e do aprender.
37
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Afinal de contas, o aluno aprende espanhol brincando na sala de


aula? Acredito firmemente que sim em virtude das minhas observações
nas aulas de estágios em língua espanhola e através dos estudos teóricos
sobre o assunto.

Posso afirmar que os alunos aprendem muito bem a partir dos


jogos, das brincadeiras e das atividades lúdicas em sala de aula, sendo
esse aprendizado diário muito eficaz para o desenvolvimento dos
aspectos cognitivo, social, motor e afetivo.

Procuro explicitar no meu trabalho, por meio de estudo bibliográfico,


e pelo que observei nas aulas de estágio supervisionado, que diversos
autores comprovam, de fato, que as diversas atividades lúdicas são
elementos cruciais no ensino-aprendizagem de uma língua estrangeira,
por este motivo, busco valorizar os jogos como instrumento importante
nessa mediação do conhecimento em relação à língua espanhola na sala
de aula.

Minha intenção em realizar esta pesquisa no meu Trabalho de


Conclusão de Curso foi mostrar, como ponto de partida para outros
trabalhos e pesquisa em relação às atividades lúdicas nas aulas de
espanhol, a importância dessa temática para a formação do professor e,
consequentemente, para a sua prática em sala de aula com seus futuros
alunos. Além de colaborar e promover, com as técnicas utilizadas, a
construção da compreensão dos jogos, possibilitando aos alunos a noção
das regras previstas pelos jogos, favorecendo o respeito, os limites, a
razão, o conhecimento e a interação entre eles, articulando teoria e
práticas oferecidas pelo professor na sala de aula.

Portanto, a discussão apresentada no presente trabalho me motiva


e me traz muito entusiasmo e satisfação quanto ao aprendizado adquirido
com essa temática, esperando contribuir para a prática docente e futuras
pesquisas e especialmente para o aprendizado dos alunos de língua
estrangeira, no caso, os de língua espanhola especificamente.
38

REFERÊNCIAS

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - Disponível em:


http://<www.abnt.org.br>. Acesso em 10 de agosto de
2020.

BRASIL, Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação do Nível


Médio. Secretaria de Educação Básica. Brasília: MEC, 2018.

BROUGÈRE. Gilles. O jogo e a educação. Porto Alegre: Artes Médicas,


1988.

GARDNER, Howard. Inteligência: um conceito reformulado. Rio de


Janeiro: Objetiva, 2001.

GINER, Mª A. Ponce; ONIEVA, Mª M.Gutiérrez. Qué hacer ante la


indisciplina en las aulas? Revista de Formació del Professorat, nº 4.
Octubre, La Sènia, Paiporta, 2009. INSS 1887-6250.

HUIZINGA, Johan. Homo Ludens; o jogo como elemento da cultura. 2


ed. São Paulo: perspectiva, 1980.

MARTINEZ, Pierre. Didática de línguas estrangeiras. São Paulo:


Parábola Editorial, 2009.

PIAGET. Jean. A psicologia da criança. Ed. Rio de Janeiro Bertrand


Brasil, 1988.

PIAGET. Jean. Formação do símbolo da criança. Rio de Janeiro: Zahar,


1971.

PIQUER, Mª José Labrador; MAGÁN, Pascuala Morote. El Juego en la


enseñanza de Ele. Revista electrônica internacional, p. 71-130.
Septiembre, Grecia, 2008. INSS: 1576-7809.

SILVEIRA, Nádia Mara. A persuasão no discurso argumentativo de


sala de aula. Maceió: EDUFAL, 2010.

VYGOTSKY, L. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes,


1984.

VILLALBA, Carmem Pastor. La evaluación de la comprensión oral en el


aula de Ele. Instituto Cervantes, nº 9, p. 1-37. Berlín, 2009. ISSN: 1885-
2211.

KISHIMOTO, Tizuco Morchida. (Org). Jogo, Brinquedo, Brincadeira e a


Educação. 13º ed. São Paulo: Cortez, 1996.

Você também pode gostar