Baixar Conteúdo Desta Unidade

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 38

Análise Antropológica dos Alimentos -

Unidade III

E aí, pessoal!

Você já ouviu antes esse termo “Antropologia dos Alimentos”?

Bom, pode ser que você já tenha ouvido ou não, mas aposto que deve estar
pensando que se trata de um assunto chato, não é mesmo? Ou até mesmo se
perguntando o porquê desse conteúdo aparecer no seu curso. Mas não se
preocupe, eu garanto que ao longo dessa disciplina você vai compreender a
😍
importância desse conteúdo e poderá até se apaixonar por ele.

Vem conhecer!

Aula 1 - Alimentação e Identidade Cultural 🍝🍱


Aula 2 - Religião e Alimentação ☯ 🕎✝🛐
🍝
AULA 1 DE 2

🍱
Aula 1 - Alimentação e Identidade Cultural
Capítulo 1 – Alimentação e Identidade Étnica
Olá! Hoje vamos falar de como o alimento pode ser relacionado à identidade cultural. A
comida não é apenas uma necessidade básica, mas também uma forma de significar uma
tradição, um pertencimento a um grupo específico, uma história ou uma ligação com o
divino, ou seja, identidade cultural. Vamos trabalhar cultura e alimentação em três pilares
importantes: identidade étnica, gênero e religião. Como será que os alimentos podem atuar

como significadores de identidade étnica? Bom, podemos começar essa conversa


definindo e exemplificando o que seria identidade étnica.

imagem de pescador

🌽🍲
Videoaula 9 - Brasil Colônia: Um Banquete de História
Gastronômica
Em nossa nona videoaula, convidamos você a fazer uma viagem no tempo até o intrigante
período do "Brasil Colônia". Prepare-se para explorar as raízes profundas de nossas
tradições gastronômicas. Vamos desvendar como as ricas culturas indígena, africana e
europeia se entrelaçaram, influenciando a culinária brasileira que conhecemos hoje. Para
assistir à videoaula que vem a seguir, aperte o play e desfrute! Tenha um bom aprendizado.

12:11

A palavra etnia deriva do grego ethnos que


significa costume. O significado de etnia
seria o de povo que tem o mesmo
costume. Em antropologia a palavra etnia
é definida por um grupo de pessoas que se
diferencia dos demais por especificidades
em comum que podem englobar hábitos,
origem, idioma, história e religião.

A identidade étnica então seria a identificação de pertencimento a um grupo cultural


específico com base em características em comum, como origem geográfica, história,
língua, religião, hábitos, tradições e características físicas. Mas é importante lembrar que

etnia não significa raça, etnia é pertencimento a um grupo.

Vamos exemplificar?

Um brasileiro que fala fluentemente mandarim pode se identificar como parte da

comunidade chinesa, um exemplo de identidade étnica baseada no idioma. Uma pessoa de

descendência africana que se classifica como afro-brasileira é um exemplo de identidade


étnica baseada em origem geográfica.

A identidade étnica de uma pessoa não precisa ser a mesma ao longo de toda sua vida, ela
pode evoluir ao longo do tempo, principalmente em contextos de migração.
Pessoas de diferentes culturas e raças.

Muitos grupos étnicos possuem ingredientes específicos e técnicas culinárias que são
passadas de geração em geração. Essas receitas tradicionais se tornam símbolos
importantes de identidade étnica. Exemplos clássicos são: a massa fresca na culinária
italiana, o arroz na culinária oriental e as tortilhas de milho na culinária mexicana. 🌽😎
Tortilhas.

Mas os alimentos também podem atuar como elementos de identidade étnica em

celebrações e festas tradicionais de uma cultura, como por exemplo o matza, um tipo de

pão utilizado na Páscoa Judaica para celebrar e lembrar a libertação dos hebreus do Egito.
Homens judeus segurando matza.

E se pensarmos em identidade étnica e


alimentação brasileira? Quais alimentos
poderíamos identificar? Será que existe uma
identidade étnica alimentar brasileira ou
algumas?

Se olharmos para toda a história do Brasil desde sua colonização e olharmos para as
dimensões geográficas deste país, facilmente responderemos que não.

Conseguimos verificar diversos alimentos, não é mesmo?


Mas voltando às definições iniciais, a identidade étnica pode estar ligada a uma origem
geográfica, língua, história e religião. E no Brasil temos uma origem geográfica de grandes
dimensões, que podemos subdividir em regiões e estados para identificar alimentos de

identidade étnica ligados a essa determinada região geográfica.

Mas não podemos deixar de comentar que a cultura alimentar brasileira tem sua origem na
interação entre os hábitos alimentares indígenas e os dos portugueses bem no início da
colonização, a essa interação somaram-se ingredientes e técnicas culinárias dos escravos

africanos. Mais tarde outros grupos étnicos chegaram ao Brasil e tiveram sua contribuição
na cultura alimentar brasileira.

Podemos citar aqui que foi essa primeira interação entre indígenas, portugueses e africanos
que contribui para o clássico da cultura alimentar brasileira: feijão com arroz ou arroz com
feijão.

Aposto que agora mesmo você se lembrou da


polêmica intriga “Arroz por baixo ou feijão por
baixo?” De qual time você é na hora de
montar esse típico prato brasileiro?
O arroz com feijão é uma combinação altamente nutritiva e saborosa, que desempenha um
papel importante na alimentação do brasileiro. Uma combinação que oferece carboidratos,
proteínas, vitaminas, minerais e fibras tão bem aceita pela população não pode ficar de fora

de um planejamento alimentar saudável. Você já deve ter visto por aí dietas para
emagrecimento que acabam por excluir esse clássico da culinária brasileira, ou não?

É importante destacar aqui mais uma vez que arroz com feijão é uma combinação nutritiva e
saudável e que são alimentos que podem e devem fazer parte de uma alimentação

equilibrada em comunidades onde existe identidade étnica e cultural com esses alimentos e
mesmo em um contexto de emagrecimento eles podem continuar como constituintes do
plano alimentar.

O arroz com feijão é consumido amplamente pelo mundo e por vários grupos étnicos. É

provável que o maior responsável pelo seu amplo consumo no Brasil tenha sido a influência
africana, o que nos traz uma identidade étnica alimentar africana dentro da própria
identidade étnica alimentar brasileira.
Outro clássico da culinária brasileira que podemos associar com identidade étnica
brasileira é a feijoada, que tem uma origem complexa e de várias faces, mas uma das faces
de sua origem conta que na época da escravidão os senhores de escravos costumavam
dar a eles as partes menos nobres das carnes de porco, como os pés, orelhas, língua e
rabo. Os escravos cozinhavam essas partes com o feijão e outros ingredientes.

E você? Qual alimento se relaciona a sua


identidade étnica? Consegue citar alguns?

Você pode ser uma pessoa com descendência de


qualquer etnia de qualquer parte do mundo e
identificar alimentos típicos desse grupo étnico
específico presentes em seu dia a dia mesmo tendo
nascido em um lugar totalmente diferente e distante.
Ou você pode mudar de país e após alguns anos
começar a sentir pertencimento em um novo grupo
étnico alterando seus hábitos alimentares e
agregando novos alimentos de novas identidades
éticas.
🌿🍴
Videoaula 10 - Sabores da Região Norte: Uma
Amazônia de Delícias
Na décima videoaula, embarcaremos em uma jornada rumo à deslumbrante "Região Norte"
do Brasil. Nesse paraíso de biodiversidade, mergulharemos nos segredos dos sabores
amazônicos. Descobriremos ingredientes únicos e como a alimentação está

profundamente enraizada na vida e na cultura dessa região incrível. Inicie a videoaula


seguinte ao pressionar o play. Tenha uma ótima experiência de aprendizado.

08:40

Capítulo 2 - Gênero e Alimentação


Para iniciar esse capítulo é importante
entender o termo gênero. Diferente de sexo
que está relacionado às características
bológicas que definem machos e fêmeas, o
gênero está relacionado às construções
sociais, culturais e individuais de identidade e
expressão que vão além das categorias
tradicionais de masculino e feminino.

Dentro de uma sociedade patriarcal existe o que chamamos de hierarquia de gênero, que
nada mais é do que um sistema de poder e controle social em que um gênero é valorizado

e privilegiado em relação aos outros.


Símbolos dos gêneros masculino e feminino.

Mas o que isso tem a ver com alimentação?

Muita coisa, pois a hierarquia de gênero, além de influenciar diversas áreas da vida, também
podem levar às diferentes maneiras pelas quais as normas culturais e sociais em torno do

gênero influenciam os comportamentos e as atitudes das pessoas em relação à


alimentação e à nutrição.

Essa hierarquia geralmente envolve aspectos como expectativas de papéis de gênero,


percepções da relação entre corpo e gênero e normas de beleza. Você já pode até ter
vivenciado algo muito próximo de você ou vai lembrar de alguma situação conforme
formos pontuando aqui.

Em muitas culturas, são esperadas diferenças nas preferências alimentares e padrões de


dieta entre homens e mulheres. Por exemplo, é comum que os homens sejam incentivados a
consumir alimentos ricos em proteínas e calorias para "crescerem fortes" como carnes,
enquanto as mulheres podem ser incentivadas a escolher opções mais leves como
vegetais, folhas e frutas para manter o corpo magro e frágil ligado ao conceito de feminino.

Além disso, as normas de beleza associadas ao gênero podem levar a diferentes


abordagens em relação à restrição alimentar e dietas.

Mulheres podem ser mais propensas a se envolver em dietas restritivas em busca de um


corpo magro, enquanto os homens podem se sentir mais inclinados a aderir a dietas que

visam aumentar a massa muscular.

Fotografia de mulher Fotografia de homem


com corpo atlético. fazendo força.

E aqui uma reflexão importante: essa hierarquia de gênero na alimentação pode ser
prejudicial tanto para aqueles que se identificam com o masculino quanto com o feminino,
levando a uma busca pelas características físicas ideais que expressam o gênero ao qual
se identificam.
Você já ouviu falar em transtornos alimentares? Sim, anorexia nervosa,bulimia e vigorexia.
São transtornos alimentares desenvolvidos nessa busca pelo corpo considerado ideal e
perfeito.

Mulher amarrada por uma fita métrica

A anorexia nervosa consiste em um distúrbio alimentar caracterizado por uma restrição


severa da ingestão de alimentos, levando a um peso corporal significativamente abaixo do
normal, medo intenso de ganhar peso e uma percepção distorcida da própria imagem

corporal. Já a bulimia caracteriza-se por episódios recorrentes de compulsão alimentar


seguidos por comportamentos de punição, como vômitos autoinduzidos, uso excessivo de

laxantes ou exercícios intensos, geralmente acompanhados por uma preocupação


excessiva com o peso e a forma corporal.
E por fim, a vigorexia é uma condição em que uma pessoa tem uma obsessão por
aumentar a massa muscular e a forma corporal, muitas vezes levando a um treinamento
excessivo e uso abusivo de suplementos e anabolizantes, mesmo que já tenham um corpo

musculoso, assim como na anorexia nervosa pode haver, também,uma percepção


distorcida da própria imagem.

Fotografia de homem com corpo atlético.

Com isso você consegue perceber como a hierarquia de gênero, neste caso em especial,
pode ser prejudicial para todas as identidades de gênero?

Além disso, você já reparou que isso está presente até mesmo no marketing de alimentos?

A publicidade e o marketing de alimentos muitas vezes perpetuam estereótipos de gênero.


Alimentos considerados saudáveis podem ser comercializados de maneira diferente para
homens e mulheres, reforçando padrões de beleza e comportamento. Muitas vezes a
publicidade de alimentos considerados saudáveis são direcionados para o público que se
identifica com o gênero feminino.

No quesito comportamento alimentar em público o papel do feminino e do masculino são


esperados de maneiras diferentes pela sociedade patriarcal. Em restaurantes, por exemplo,
os homens podem ser incentivados a escolher pratos mais substanciais, enquanto as
mulheres podem ser influenciadas a optar por opções mais leves.

Mas existe ainda uma outra questão de gênero importante ligada à cultura alimentar.

Em muitas culturas, a responsabilidade pelo preparo de alimentos é frequentemente


atribuída às mulheres, refletindo a ideia de que cuidar da casa e da família é seu papel
principal. Isso pode perpetuar expectativas de que as mulheres sejam as principais
responsáveis pela alimentação saudável da família. No entanto, essas mesmas mulheres

que são responsáveis pelo cuidado da casa, dos filhos e da alimentação ainda vivem a
pressão de desenvolver uma carreira de sucesso. Essa sobrecarga feminina faz com que a
própria alimentação seja negligenciada.
Ilustração com diversas funções que uma mulher realiza em casa.

Por falta de tempo essas mulheres fazem escolhas alimentares menos saudáveis, optam

por alimentos prontos e de rápido consumo, ou seja, alimentos processados e


ultraprocessados.Ou por falta de dinheiro acabam priorizando os melhores alimentos para

os demais membros da família, fato que explica porque as mulheres estão em maior risco
de insegurança alimentar do que os homens.

Essas mesmas mulheres ainda sentem se cobradas a ter um corpo magro e a cobrança na
maioria das vezes está plantada dentro delas por toda cultura imposta pela hierarquia de
gênero.
Para finalizar esse assunto, é importante observar que
essas dinâmicas podem variar amplamente entre
diferentes culturas, regiões e grupos sociais. A
compreensão e a discussão da hierarquia de gênero na
alimentação são essenciais para abordar questões de
equidade de gênero e promover uma relação saudável
com a comida, independente do gênero. Essas discussões
precisam estar presentes no desenvolvimento de políticas
públicas de saúde e segurança alimentar.

Leitura direto da fonte


Capa do livro

Amo a mulher que sou

Olá a todos! 📖 Queremos compartilhar um capítulo importante do


livro "Amo a Mulher que Sou" da autora Linda Jarosch. Neste capítulo,

a autora nos conduz por uma reflexão sobre a relação entre as


questões bíblicas e os desafios que as mulheres enfrentam na

sociedade. 💪A leitura deste capítulo é fundamental para que


possamos compreender melhor as complexas interseções entre

questões de gênero, religião e nossa própria jornada de aprendizado.


Além disso, ele nos ajuda a refletir sobre como esses aspectos

influenciam até mesmo nossas escolhas alimentares. Preparem-se


para uma leitura enriquecedora e inspiradora! 🌟
Capítulo:Recair em padrões antigos

Acesso ao Livro na Bibliot eca Virt ual UniFECAF


Para acessar o livro e realizar a leitura clique no botão ao lado.

ACES S AR O LIVRO

Saiba mais
🌍 Vamos expandir nossos horizontes culturais explorando a rica diversidade dos hábitos
alimentares no Brasil? A Fundação Cargill nos presenteia com um artigo que destaca
alimentos típicos de cada região brasileira, permitindo-nos explorar a fascinante questão

da identidade étnica brasileira por meio da comida. Esta é uma oportunidade única de
conhecer mais sobre nossa rica herança culinária. Preparem-se para uma jornada deliciosa
pela diversidade de sabores do Brasil! 🍛🍲

FUNDAÇÃO CARGILL
Alimentação Brasileira - Cultura de Regiões -
Fundação Cargill
A alimentação brasileira tem matriz portuguesa, em associação com
culinárias indígena e africana, numa mescla encantadora. Conheça mais!
CONSULTE MAIS INFORMAÇÃO FUNDAÇÃO CARGILL 

Leitura Recomendada
Olá, estudantes! 📖🔎
Nossa próxima parada é um artigo científico que aprofunda nossa compreensão sobre a
adição de sal às refeições, explorando também as implicações de gênero nesse contexto.
🧂O artigo, intitulado "Fatores associados à adição de sal à refeição pronta," nos leva a
refletir sobre as múltiplas dimensões envolvidas em nossas escolhas alimentares. Além
disso, ele nos ajuda a compreender como as questões de gênero podem desempenhar um
papel significativo em nossos hábitos alimentares. Preparem-se para uma leitura que
estimulará o pensamento crítico! 🤔

Fatores Associados à Adição de Sal à Ref eição


Pronta.pdf
90.9 KB

Ref erência bibliográf ica do art igo


CASTRO, Raquel da Silva Assunção et al.,. Fatores associados à adição de sal à refeição
pronta. Ciências e Saúde Coletiva, 19(5), p. 1503- 1515,maio,2014.

F i na l i z a r L i ç ã o 🌮
🕎✝ 🛐
AULA 2 DE 2

Aula 2 - Religião e Alimentação ☯

🏖️🍤
Videoaula 11 - Sabor à Beira-Mar: A Gastronomia da
Região Nordeste Litoral
Já na videoaula 11, aportaremos no pitoresco "Nordeste Litoral". Aqui, vamos explorar as
delícias da costa nordestina, conhecendo pratos à base de frutos do mar e adentrando a
rica cultura culinária local. Entenderemos como o ambiente litorâneo desenha os hábitos
alimentares dessa região tão singular. Ao dar o play, você terá acesso à videoaula seguinte.
Tenha um ótimo tempo de estudos.

12:03
Capítulo 3 – Religião e Alimentação

Antes de conversarmos sobre alimentos e religião é importante reforçar que as práticas


alimentares religiosas podem variar entre diferentes grupos e níveis de observância dentro
de uma religião, ou seja, alguns grupos de uma mesma religião podem ser mais rigorosos
com relação às restrições alimentares do que outros.

Além disso, a interpretação e prática


individual das restrições alimentares podem
ser influenciadas por fatores culturais e
regionais.

Algumas religiões praticam restrições alimentares baseadas em crenças espirituais. Vamos

exemplificar algumas práticas:

No islamismo, os muçulmanos seguem as leis dietéticas halal, que determinam quais


alimentos são permitidos. Carnes de animais que foram abatidos de acordo com as

práticas islâmicas são permitidas, enquanto carne de porco e seus derivados são proibidos.

Além disso, há restrições em relação ao consumo de sangue e carne de animais mortos de


forma não ritual.
Símbolos que representam diversas religiões.

No judaísmo, os judeus seguem as leis dietéticas casher, que incluem


regras específicas para a preparação e o consumo de alimentos, há
a exigência de que os animais sejam abatidos de acordo com
práticas religiosas específicas, além da proibição de carne de porco
e seus derivados e a separação de carne e laticínios em refeições
diferentes.Além disso, há regras sobre como frutas, vegetais e outros
alimentos devem ser inspecionados e preparados. A alimentação
casher é uma parte fundamental da prática religiosa judaica e
reflete valores de pureza e obediência às leis divinas.

Fotografia de vitrais de um templo.

No hinduísmo, alguns hindus adotam dietas vegetarianas ou veganas devido à crença na

não violência (ahimsa) e na conexão entre todos os seres vivos. Para os hindus a vaca é

considerada um animal sagrado, símbolo de fertilidade, abundância e vida e por essa razão
o abate de vacas é proibido.
Fotografia de uma mesa servindo diversos alimentos separados.

Algumas tradições budistas incentivam o vegetarianismo, pois acreditam no respeito por


todas as formas de vida. No entanto, nem todos os budistas são vegetarianos.

No cristianismo muitas religiões protestantes praticam o jejum por diversas razões, entre

elas podemos citar a obediência às esculturas, o jejum aparece em várias passagens


bíblicas; busca de orientação e respostas, há a crença de que o jejum purifica para receber
uma resposta ou orientação divina; o jejum pode ser também uma expressão de
arrependimento por pecados ou o jejum pode ser uma ato de adoração e gratidão à Deus.

E ainda dentro do cristianismo alguns católicos praticam restrições alimentares durante a


quaresma, período de 40 dias que antecede a páscoa, data de celebração da ressurreição
de Jesus Cristo. As restrições alimentares da quaresma tradicionalmente se relacionam ao
consumo de carnes, mas podem se entender a alimentos de origem animal no geral ou hoje
em dia a determinado alimento que simbolize um sacrifício pessoal, como por exemplo,
uma pessoa que gosta muito de chocolate passar os 40 dias sem consumir esse alimento.

Outra religião cristã que realiza restrições alimentares são os adventistas do 7º dia, segundo
os preceitos da religião é preciso cuidado com a alimentação pois o corpo é templo do
espírito santo e somente alimentos bons e saudáveis devem ser ingeridos. Alguns
adventistas praticam o vegetarianismo, porém todos eles restringem carne de porco e
frutos do mar como camarão por serem considerados animais sujos.

Além das restrições alimentares, muitas religiões também têm alimentos que
desempenham papéis significativos em rituais, celebrações e cerimônias.

Esses alimentos podem ter um simbolismo


espiritual ou histórico especial. Vamos citar
alguns exemplos:

P ÃO E VI N H O ÁG U A E R VAS E T E M P E R O S F R U T AS E D O C E S

No cristianismo o pão e o vinho são usados na Eucaristia (ou Ceia do Senhor) em várias
tradições, incluindo o catolicismo e o protestantismo. Eles simbolizam o corpo e o sangue de
Cristo e são consumidos durante a comunhão.
P ÃO E VI N H O ÁG U A E R VAS E T E M P E R O S F R U T AS E D O C E S

A água é frequentemente considerada sagrada e pode ser usada para purificação,


bênçãos e rituais de purificação em várias religiões. No espiritismo, por exemplo, a água é
utilizada em rituais de cura espiritual, há um ritual e energização da água, que depois é
utilizada para consumo dos que buscam a cura.
P ÃO E VI N H O ÁG U A E R VAS E T E M P E R O S F R U T AS E D O C E S

Em algumas religiões espíritas, ervas, plantas comestíveis e temperos são utilizados para
banhos de purificação, como por exemplo alecrim, alho, manjericão.
P ÃO E VI N H O ÁG U A E R VAS E T E M P E R O S F R U T AS E D O C E S

No hinduísmo é comum oferecer e consumir frutas e doces como símbolo de abundância e


adoração.
Nossa conversa de hoje termina por aqui, espero que
você tenha conseguido compreender os principais
pontos relacionados à cultura alimentar,nos vídeos
continuaremos conversando sobre os principais
pontos históricos relacionados à alimentação e a
inserção de alimentos e preparações culinárias nas
diversas culturas. Espero você lá!
🌵🍽️
Videoaula 12 - Saboreando o Nordeste Sertão: Uma
Aventura Culinária
Por fim, na videoaula 12, nos aventuraremos no "Sertão Nordestino". Descobriremos como a
vida no interior nordestino cria uma culinária singular e saborosa. Vamos conhecer pratos
tradicionais que contam histórias de luta e resiliência, mostrando como a comida é uma

parte vital da cultura sertaneja. Para visualizar a videoaula seguinte, aperte o play e
acompanhe. Bons estudos a todos!

10:25

Sintonia do Saber
E aí, pessoal! 🎧 Temos um podcast interessante do "Panela de Impressão" que explora os
papéis de gênero no ato de se alimentar. Neste episódio, vocês descobrirão como e por

que, em alguns contextos, certo gênero pode enfrentar mais insegurança alimentar do que
os outros, entre outros tópicos fascinantes relacionados a comida e gênero. 🍽️
Recomendamos ouvir a partir do minuto 0:35 até 27:03 para uma imersão completa nesse
assunto relevante e revelador. Preparem-se para uma discussão estimulante! 💬

Mulher vegetal e homem carne


PREVIEW Nov 2022 · Panela de Impressão

Follow

Para mergulhar no assunto

A alimentação é um tema central em nossas vidas, e sua relação com questões de gênero é

profundamente impactante. 🍎🍳Neste texto do site Nexo Jornal, exploraremos a influência


da questão de gênero na alimentação das mulheres em 6 pontos detalhados. Cada ponto
traz uma perspectiva única sobre como nossa identidade de gênero pode afetar nossas
escolhas alimentares e nossas experiências com a comida. Preparem-se para uma leitura
esclarecedora e rica em informações! 🧐

A influência da questão de gênero na alimentação das mulheres, em 6 pontos

Texto comenta sobre a influência da questão de gênero na alimentação das mulheres, em 6 pontos
e traz detalhes de cada ponto.

Clique aqui para acessar

F i na l i z a r L i ç ã o 🍓

Você também pode gostar