O livro conta a história de Zezé, um menino que sofre agressões físicas e psicológicas de sua família e encontra refúgio em sua imaginação e na amizade com o Português. Quando o Português morre em um acidente, Zezé entra em profunda tristeza.
O livro conta a história de Zezé, um menino que sofre agressões físicas e psicológicas de sua família e encontra refúgio em sua imaginação e na amizade com o Português. Quando o Português morre em um acidente, Zezé entra em profunda tristeza.
O livro conta a história de Zezé, um menino que sofre agressões físicas e psicológicas de sua família e encontra refúgio em sua imaginação e na amizade com o Português. Quando o Português morre em um acidente, Zezé entra em profunda tristeza.
O livro conta a história de Zezé, um menino que sofre agressões físicas e psicológicas de sua família e encontra refúgio em sua imaginação e na amizade com o Português. Quando o Português morre em um acidente, Zezé entra em profunda tristeza.
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Nome: Manuela Rodrigues Arend
Professoras: Edineia Werner e Iasmin Schmitt
Data: 01/05/2024 Turma: 19A
Título: “Meu Pé de Laranja Lima”
O livro “Meu pé de laranja lima” de José Mauro de Vasconcelos relata a
complicada realidade de Zezé, um menino inteligente, criativo e sensível. A primeira parte do livro mostra o desenvolvimento do lado imaginário do menino, desde fantasiar o quintal de sua casa como um zoológico até transformar um simples pé de laranja lima (no livro também chamado de Minguinho) em seu amigo confidente. Além disso, o livro retrata a agressão física e psicológica sofrida por Zezé. No primeiro capítulo da segunda parte é contada uma travessura do menino, onde, sendo desafiado por Minguinho, Zezé monta no carro do Português a fim de chegar mais rápido na escola, na qual resulta em uma dolorosa palmada. Ao chegar da escola, o menino vai brincar com seu irmão Luís, na qual costumavam brincar em lugares imaginários, que normalmente era a Europa ou um zoológico. Este momento de diversão com o irmão me fez lembrar de quando eu era menor e brincava com as minhas colegas no pátio da escola, onde fazíamos uma grande árvore do pátio ser nossa casa. Na brincadeira, costumávamos vender celulares, que eram pedaços de madeira, pagos com dinheiro, que eram as folhas da árvore. O segundo capítulo da segunda parte mostra o orgulho do menino, onde, mesmo tendo se machucado e ter que ir andando para a escola, ficou receoso de ir no carro do Português (Manuel Valadares), o seu “inimigo”, pela qual dizia que, quando crescesse, iria matá-lo. O menino aceita a carona, e o homem o leva ao hospital, onde fez pontos no seu machucado. Após o acontecido, o menino reconheceu a bondade do Português e mudou seu pensamento sobre ele, agora, o homem tinha se tornado a pessoa que Zezé mais queria bem. Isto me lembrou quando estava com dificuldade nos estudos, mas tinha muito orgulho de pedir ajuda à minha mãe. Porém, chegou um momento que precisei deixar este sentimento de lado e aceitar ser ajudada. O terceiro capítulo da segunda parte compartilha os momentos de conversa entre o menino e o Português, agora apelidado de Portuga, pois Zezé achava Português um apelido muito “Virgem Santíssima”. O desenvolvimento desta amizade começa a evoluir, e isto fazia muito bem ao garotinho, na qual disse que nunca mais queria sair de perto de Valadares, pois ele era a melhor pessoa do mundo, onde se sentia aconchegado e feliz ao seu lado. Esta situação me relembrou algumas amizades atuais, a qual eu não suportava quando era menor, mas nos dias atuais, os dois lados amadureceram e melhoraram algumas coisas em si e perceberam qualidades. Isto fez amizades de suma importância para mim, surgirem. O quarto capítulo relata um acontecimento memorável na vida do menino, na qual ele nunca se esquecerá. É detalhado duas surras que o menino levou, a primeira por sua irmã Jandira e a segunda por seu pai, Paulo. O capítulo transmite o sentimento de dor do menino, na qual dizia que era melhor nem ter nascido, que era melhor que o matasse logo. Após os acontecimentos, o menino chega a desmaiar e a ficar com a cara escorrendo sangue. Nunca senti uma dor como a do menino. Quando aprontava, o máximo que acontecia era levar uma ou duas chineladas e um longo sermão. Meus pais nunca me deram uma chinelada logo quando algo acontecia, esperavam a raiva passar, para não bater com fúria. Isto infelizmente continua acontecendo com algumas famílias, na qual os pais foram criados assim e acham isso correto. No quinto capítulo da segunda parte mostra a demonstração de carinho do Portuga para com o menino, na qual, ao vê-lo triste e desanimado, o leva para pescar em um lugar muito bonito. Depois de passado o dia, os dois se deitam debaixo da Rainha Carlota (árvore amiga de Portuga, na qual a tratava como uma majestade), onde Zezé pergunta para o seu amigo se ele não podia pedir para seu pai dá-lo para ele, ou até mesmo comprar o menino, assim ele sofreria menos. O passeio para pescar que os dois fizeram me trouxe uma lembrança de quando eu, meus pais e minha irmã saímos para pescar em um lugar muito bonito, não me recordo onde. Passamos o dia inteiro em um barco pescando os peixes. Me recordo que só consegui pegar um bem pequeno, já a minha irmã pegou um que quase não cabia em seus braços. O quinto capítulo da segunda parte relata o sentimento de tristeza do menino ao cogitar a possibilidade de Portuga se mudar para outro lugar ou até mesmo dele ter que se mudar e deixar o Pé de Laranja Lima para trás. No final deste capítulo, mostra o contentamento do menino ao ir ao cinema juntamente com seu irmão e Portuga para ver Tarzã. Isto me trouxe uma lembrança de quando eu, meus pais e minha irmã fizemos uma cabana na sala de estar para assistir este filme. Minha mãe fez pipoca e trouxe doces para a gente comer enquanto assistia. No capítulo sétimo, é evidente a tragédia que aconteceu com o Portuga, na qual se acidentou e acabou falecendo ao bater o carro contra o Mangaratiba (um trem). Zezé, ao descobrir, saiu correndo de sua escola para ver se era realmente verdade o que acabara de escutar, mas não deixaram ele chegar muito perto. O Portuga tinha falecido. O menino entrou em estado de choque, por isso passou vários dias de cama, vomitando e ardendo em febre. Depois de longos dias, ele, mesmo triste, vai brincar com seu irmão Luiz, na qual era seu irmão favorito. Este sentimento de perder alguém é muito ruim. Evidenciei isto no ano de 2019, com uma das pessoas mais importantes da minha vida, a minha avó. Estava anoitecendo quando soubemos que ela estava no hospital. Uns amigos próximos estavam em casa. Antes de recebermos a notícia, estava triste brincando de lego com meu amigo enquanto minha mãe e irmã escondiam o choro no sofá. Quando soube o que havia acontecido eu chorei a noite inteira. Mal dormi pois pegamos o primeiro voo para a cidade em que meus avós moravam. Apesar do acontecido, ficamos mais uns dias lá com meus tios e primos, na qual, mesmo estando triste, sempre arrancavam um sorriso no meu rosto. O oitavo capítulo da segunda parte, conta que o pai de Zezé conseguiu um emprego muito bom, onde se tornou gerente da fábrica onde trabalhava. Agora, nada faltaria para a família, uma vez que a mãe nem as irmãs do menino não iriam mais precisar trabalhar. Porém, teriam de mudar de casa e deixar junto a ela o Pé de Laranja Lima. No final do capítulo o pai fala que quando fossem cortar a árvore, o menino nem iria ver, mas Zezé disse que já haviam cortado a árvore mais de uma semana, querendo dizer que sua imaginação se foi junto com o Portuga, o seu fiel e melhor amigo. Não consigo imaginar e nem me colocar no lugar da criança em um momento desses. Quando perdi uma das pessoas mais importantes no mundo para mim, tive meus pais e familiares para me consolar e dizer que minha vó estava em um lugar melhor, onde eu iria um dia. Já o menino, precisou guardar este sentimento para si. Esconder da família, na qual certamente não gostaria de ouvir sobre a amizade que o menino tinha feito. O último capítulo é uma carta aberta do autor do livro para Manuel Valadares. Na qual fala que agora ele mesmo que tem que distribuir as bolas e figurinhas, atividade na qual antes fazia com seu amigo Portuga. O autor reconhece os problemas que passou através de sua criação precoce. O menino precisou se desenvolver muito cedo. Passou por diversos momentos terríveis, onde foi agredido, tanto fisicamente como psicologicamente. Não teve uma presença materna no seu dia a dia, e nem de seu pai, que fazia o menino sofrer em seu cotidiano. O refúgio de Zezé era brincar no jardim com o Pé de Laranja Lima e admirar os céus debaixo da Rainha Carlota, passeando com seu amigo Portuga, na qual se foi, juntamente com a sua imaginação e vontade de viver.