Tecnicas de Expressao

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COMO FAZER AS ANOTACOES DE UM DISCURSO ORAL.

Segundo Castedo (2001), as anotações constituem uma síntese dos conteúdos lidos e todo o
estudante deverá conhecer e usar correctamente estas regras. As anotações são reacções ou
comentários pessoais e podem expressar-se através de formas diversificadas.

De acordo com Paulo Torres (s,d), as anotações são tomadas a partir de uma exposição oral. Seu
objetivo é registrar e conservar a informação fundamental proporcionada pela pessoa que faz a
exposição: o professor em aula, um palestrante etc. Fazer anotações implica selecionar e anotar a
informação à medida que a recebe. Isso exige um considerável esforço de atenção e de
capacidade de discriminar e resumir de forma rápida a informação relevante.

A anotação de texto oral deve ser compreendida como uma acção de apoio ao processo de
compreensão/interpretação do que está sendo explicitado por meio de um discurso oral, em
situações como: uma aula, uma palestra, uma entrevista, um seminário, um debate, um
congresso, uma reunião, uma plenária, entre outras tantas similares que demandam a capacidade
de tecer registros, enquanto se segue acompanhando uma exposição oral (Rigolon, 2019).

No que tange as anotações é muito importante saber que : seja no papel quer seja no próprio
texto de apoio e estas anotações principalmente as feitas no texto a prova do seu espírito crítico.
Enfim, as anotações são reacções ou comentários pessoais e podem expressar-se através de
formas diversificadas entre elas estão patentes algumas que já referimos na abordagem de Ruiz
(ponto de interrogação como sinal de dúvida), ponto de exclamação como sinal de surpresa ou
entusiasmo, letras diversas para fazer uma observação simples como por ex: B- bom, I-
importante ou interessante, N- não R- rever e outros; palavras que resumam o núcleo central de
um parágrafo; uma nota de referência sobre os assuntos defendidos pelo mesmo autor ou por
autores diferentes. (venguire, GERALDO, 2006, pág 20)

Como fazer as anotacoes de um discurso oral

Fazer anotações durante um discurso oral pode ajudar a capturar informações importantes e
manter o foco no conteúdo essencial. Aqui está uma abordagem clara sobre como fazer essas
anotações:
1. Escute com atenção: Preste atenção ao discurso oral e identifique os pontos-chave, ideias
principais e informações relevantes.

2. Use abreviações e símbolos: Desenvolva um sistema de abreviações e símbolos que facilite a


rápida captura de informações. Por exemplo, você pode usar "P" para pontos principais, "Ex."
para exemplos e "Q" para questões.

3. Organize as anotações: Utilize técnicas de organização, como listas com marcadores ou


esquemas hierárquicos, para estruturar suas anotações de forma clara e coerente.

4. Destaque informações importantes: Sublinhe ou destaque as informações mais relevantes e


significativas, para que possam ser facilmente identificadas durante a revisão.

5. Registre exemplos e citações: Anote exemplos concretos, citações significativas ou dados


estatísticos que fortaleçam os argumentos apresentados no discurso.

6. Faça perguntas ou observações pessoais: Se surgirem dúvidas ou reflexões durante o discurso,


anote-as para revisar posteriormente ou para levantar durante o período de perguntas e respostas,
se houver.

7. Mantenha o ritmo: Não se preocupe em registrar todas as palavras ditas pelo palestrante.
Concentre-se nos pontos essenciais e anote apenas o que for necessário para compreender o
conteúdo.

8. Revise e reorganize: Após o discurso, dedique um tempo para revisar suas anotações,
preenchendo detalhes importantes, corrigindo erros e reorganizando as informações conforme
necessário.

Técnicas a adoptar para a tomada de notas

É preciso:

· Desenvolver uma capacidade de antecipação e adquirir o hábito da concisão , isto é, uma


escrita acelerada (estilo telegráfico, frases curtas e sem verbos; utilização de abreviaturas,
sinais convencionais, siglas, símbolos e esquemas); reflectir sobre a essência do tema
tratado;
· Utilizar códigos: sublinhar, destacar a cor, enquadrar a informação de modo a destacar ou
reflectir a hierarquia ou a prioridade;
· Suprimir as palavras de ligação sem prejudicar o sentido e a compreensão;
· Ortografar de modo legível (de modo a poder facilitar a reutilização da informação);
· Adoptar uma paginação clara; Não pode usar o verso das folhas;
· Deixar muitos espaços em branco e abrir parágrafo sempre que se apresente uma nova
ideia.

Referência bibliográficas

Castedo, M. (Coord.) et al. (2001). Propuestas para el aula. Material para docentes. Programa
Nacional de Inovações Educativas. Argentina: Ministério da Educação da Rep.

Rigolon, W. (2019). Anotação de texto oral.

Discurso directo, indirecto e discurso indirecto livre

O Discurso Directo

O Discurso Directo é um meio de expressão pelo qual se reproduzem as palavras de uma


personagem tal como elas as teria proferido.

Este tipo de discurso permite um contacto mais estreito entre a situação criada e o receptor
(leitor/ouvinte); actualiza e torna mais viva a narrativa, mais espontânea, como no teatro.

No Discurso Directo as falas das personagens ganham em naturalidade, não raras vezes tocadas
pela emoção, que o emprego de exclamações, interjeições, reticências, interrogações, vocativos e
imperativo reforça.

É de salientar que o Discurso Directo pode aparecer sob a forma de monólogo interior.

O Discurso Indirecto

De acordo com RAPOSO, Eduardo Paiva (1992), “O discurso indireto é caracterizado pela
intervenção do narrador no discurso, ao utilizar as suas próprias palavras para reproduzir as falas
dos personagens.”( pág 185).
O Discurso Indirecto é o processo pelo qual o narrador informa o leitor acerca do que uma
personagem teria dito ou pensado, sem reproduzir exactamente as suas palavras.

Na transposição do Discurso Directo para o Indirecto, notam-se alterações nas categorias verbais
(modo, tempo, pessoa), nos pronomes, nos determinantes e nos advérbios.

Veja alguns exemplos de passagem do discurso dirrecto para indirecto:

Nada te acontecerá. / Ele disse que nada lhe aconteceria.

Paga-me esta conta, como é teu dever. / Ela ordenou que ela lhe pagasse aquela conta, como era
seu dever.

Conta-me tudo – pediu ele – aqui mesmo e agora.../ Ele pediu que ela lhe contasse tudo, ali
mesmo e naquele momento.

Queres vir comigo Pedro? / Ela perguntou ao Pedro se ele queria ir com ela.

Resumo, o Discurso Directo é um meio de expressão pelo qual se reproduzem as palavras de


uma personagem tal como elas as teria proferido, o Discurso Indirecto é o processo pelo qual o
narrador informa o leitor acerca do que uma personagem teria dito ou pensado, sem reproduzir
exactamente as suas palavras.

Discurso indirecto livre.

É caracterizado pela aderência do narrador ao personagem. Ou seja, além de dizer as falas de


outra pessoa, o narrador também toma o lugar dela para relatar seus sentimentos e desejos. Faz
isso ao mesmo tempo em que coloca sua própria narrativa.

No discurso indirecto livre há uma fusão dos tipos de discurso (directo e indirecto), não havendo
marcas que mostrem a mudança do discurso. Assim, podem ser confundidas as falas dos
personagens e do narrador. Exemplos:

João Fanhoso fechou os olhos, mal-humorado. A sola dos pés doía, doía. Calo miserável! (M.
Palmério)

As características do discurso indirecto Livre:


 O discurso indirecto livre mescla elementos do discurso directo e do discurso indirecto,
permitindo que os pensamentos dos personagens sejam incorporados directamente à
narrativa.
 Não há a utilização de aspas nem verbos indicando a fala directa de um personagem.
 A voz do narrador se confunde com a voz dos personagens, criando uma fusão entre os
pensamentos dos personagens e a voz narrativa.
 Permite uma maior intimidade com os pensamentos e emoções dos personagens, sem a
necessidade de seguir rigidamente as regras do discurso indirecto.
 Pode ser usado para mergulhar mais profundamente no mundo interior dos personagens e
para explorar suas motivações e sentimentos de forma mais subjectiva.

Bibliografia

RAPOSO, E. P. (1992). Teoria da Gramática: A faculdade d linguagem. Lisboa: Editorial


Caminho.

Martino, A . (2014). Português esquematizado: gramática, interpretação de texto, redação


oficial, redação discursiva. (3. Ed). São Paulo: Saraiva.

As classes de palavras

Segundo Evanildo, (2000), As classes de palavras, também conhecidas como classes gramaticais,
são categorias em que as palavras podem ser classificadas de acordo com sua função e
significado na frase.

Cunha e Cintra (2001:75) “ Palavra é uma unidade maior do que um fonema e menor do que uma
frase”.

As palavras são classificadas de acordo com o papel que exercem dentro da frase. Cada classe
tem função específica na frase. Assim, qualquer vocábulo em língua portuguesa vai ter de estar
inserido em uma dessas classes de palavras.

Substantivo - palavra variável, que designa ou dá nome a todos os seres existentes - pessoas,
objetos, animais, lugares, sentimentos, etc.
a) Concreto: pessoas, animais, vegetais, lugares, objetos. Exemplos: casa, mesa,
caderno, igreja, livro, caneta, pessoa, humanos, etc.
b) Abstratos: ações, sentimentos, estados, qualidades. Exemplos: alegria, amar, sentir,
etc.
c) Próprios: indivíduos de uma espécie. São grafados com a letra inicial maiúscula.
Exemplos: São José dos Campos, Maria, Paris.
d) Comuns: designam de forma genérica todos os seres de uma espécie: exemplos: país,
oceano, mulheres.
e) Coletivos: conjunto de seres ou objectos da mesma espécie. Exemplos: acervo,
alcateia, bando, matilha, etc.

Adjectivos - palavra variável que atribui características aos substantivos. Exemplos: A casa
colorida deu alegria ao condomínio.

Artigo - palavra variável que sempre precede o substantivo, tendo inclusive o poder de, colocada
antes de uma palavra de qualquer classe, tranformá-la em substantivo. Exemplo - o, a, os, as,
um, uma, uns, umas.

Verbo - palavra variável que informa acção, estado, facto ou fenómeno. Exemplo: Correr,
estudar, chover.

Advérbio - palavra que, realacionada ao verbo, ao adjectivo ou mesmo a outro advérbio,


modifica as circunstâncias de modo, tempo, instrumento, origem, intensidade, lugar, etc.
Exemplo: Rapidamente, muito, aqui.

Pronome - palavra variável que se refere ao substantivo ou o substitui. Ver Pessoas do discurso.
Exemplo: Meu pai chegou. — meu: pronome adjectivo, pois acompanha um substantivo.
Exemplo - Ele chegou. — ele: pronome substantivo, pois substitui um substantivo.

Numeral - palavra que indica a ideia de número, quantidade. Exem[lo: Segundo, Primeiro

Conjunção - palavra invariável que serve de elo entre as frases e orações. Exemplo: E, mas,
porque.

Referências:
· Bechara, E. (2010). Moderna gramática portuguesa. Editora Lucerna.

· Cegalla, D. P. (2009). Novíssima gramática da língua portuguesa. Companhia Editora


Nacional.

· Cunha, C. (2016). Nova gramática do português contemporâneo. Lexikon Editora Digital.

· Rocha Lima, C. (2005). Gramática normativa da língua portuguesa. José Olympio


Editora.

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