Cartilha Iniciação À Pesquisa Na Escola FIM

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

SECRETARIA DA EDUCAÇÃO DO RIO GRANDE DO SUL


ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO SANTA RITA

Iniciação à
pesquisa na
Escola

Apoio:
Realização:
Ficha Catalográfica:

Título da Cartilha: Iniciação à pesquisa na Escola


Realização: Escola Estadual de Ensino Médio Santa Rita (EEEMRS) e
Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência da Universidade
Federal de Pelotas (PIBID/UFPEL).

Autoria:
Alisson Batista (Bolsista Física)
Bruno dos Santos Pastoriza (Coordenador)
Cristiane dos Santos Silveira (Supervisora)
Cristiane Oliveira Cardozo (Bolsista Geografia)
Daniela Grillo de Azevedo (Supervisora)
Emerson Oliveira Rodrigues (Bolsista Ciências Sociais)
Emilene Portugal Oliveira (Supervisora)
Fábio André Sangiogo (Coordenador)
Felipe Aurélio Euzébio (Bolsista Ciências Sociais)
Felipe Ferreira Ribeiro (Bolsista Física)
Guilherme Cavalvanti Pinto Ferreira (Bolsista Química)
Guilherme Fontana (Bolsista Geografia)
Kevin Retzlaff dos Santos (Bolsista História)
Maria Camila da S. Brum (Bolsista Filosofia)
Mariana da Rocha Manke (Bolsista Matemática)
Michele P. Barcelos Alves (Supervisora)
William Amaral Nunes (Bolsista Filosofia)

Organizado pela coordenação do projeto Interdisciplinar.

Pelotas, 2016.

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ..................................................................................................... 5
CARTA AO LEITOR .................................................................................................. 8
CAPÍTULO 1 ........................................................................................................... 10
A Pesquisa e o Projeto de Pesquisa: Elementos Básicos ....................................... 10
1.1. Mas, afinal, o que é pesquisa? ................................................................ 10
1.2. O tema no projeto de pesquisa: ............................................................... 12
1.3. O problema no projeto de pesquisa: ........................................................ 14
1.3.1. Como formular um problema de pesquisa? .......................................... 15
1.4. A hipótese no projeto de pesquisa .......................................................... 16
1.5. Os objetivos no projeto de pesquisa ........................................................ 17
1.6. A justificativa no projeto de pesquisa ...................................................... 18
1.7. A metodologia no projeto de pesquisa..................................................... 19
1.8. O referencial teórico no projeto de pesquisa ........................................... 20
1.9. As referências no projeto de pesquisa..................................................... 23
1.10. O cronograma no projeto de pesquisa..................................................... 24
CAPÍTULO 2 ........................................................................................................... 26
Como Estruturar um Projeto de Pesquisa ............................................................... 26
2.1 A capa......................................................................................................... 26
2.2. Sumário......................................................................................................... 28
2.2.1 A introdução no projeto de pesquisa: .......................................................... 29
CAPÍTULO 3 ........................................................................................................... 30
Como Apresentar os Resultados da Pesquisa ........................................................ 30
3.1 Estrutura do artigo ......................................................................................... 30
3.2 Estrutura de um relatório................................................................................ 32
3.3 Relato de experiência .................................................................................... 34
CAPÍTULO 4 ........................................................................................................... 36
Estudando e Pesquisando com Resumos e Resenhas........................................... 36
4.1 Estrutura de resumo....................................................................................... 36
4.2 Resenha......................................................................................................... 38

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CAPÍTULO 5 ........................................................................................................... 40
Normas de Citação e Referenciação....................................................................... 40
CAPÍTULO 6 ........................................................................................................... 47
A Importância da Ética na Pesquisa........................................................................ 47
CAPÍTULO 7 ........................................................................................................... 49
A Formatação de Texto e de Trabalho Final ........................................................... 49
REFERÊNCIAS CONSULTADAS ........................................................................... 53

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_______________________

APRESENTAÇÃO
Este material tem origem no contexto do trabalho colaborativo entre a
Escola Estadual de Ensino Médio Santa Rita e a Universidade Federal de
Pelotas (UFPEL), mediante a atuação no Programa Institucional de Bolsa de
Iniciação à Docência (PIBID), uma ação do Governo Federal para aperfeiçoar
e valorizar a formação dos professores da Educação Básica, financiado pela
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). O
Programa conta com a atuação de bolsistas (estudantes da graduação),
supervisores (professores da escola) e coordenadores (professores da
universidade).
Os objetivos do Programa estão disponíveis no Art. 3 do Decreto que
dispõe sobre o PIBID:
I - incentivar a formação de docentes em nível superior para a
educação básica; II - contribuir para a valorização do magistério; III -
elevar a qualidade da formação inicial de professores nos cursos de
licenciatura, promovendo a integração entre educação superior e
educação básica; IV - inserir os licenciandos no cotidiano de escolas
da rede pública de educação, proporcionando-lhes oportunidades de
criação e participação em experiências metodológicas, tecnológicas e
práticas docentes de caráter inovador e interdisciplinar que busquem
a superação de problemas identificados no processo de ensino-
aprendizagem; V - incentivar escolas públicas de educação básica,
mobilizando seus professores como coformadores dos futuros
docentes e tornando-as protagonistas nos processos de formação
inicial para o magistério; e VI - contribuir para a articulação entre teoria
e prática necessárias à formação dos docentes, elevando a qualidade
das ações acadêmicas nos cursos de licenciatura. (BRASIL, 2010, p.
4).

A atuação do grupo se constituiu a partir da reestruturação curricular


instituída pelo Ensino Médio Politécnico (SEDUC/RS, 2011) que tem como
objetivo retomar o pensar crítico do estudante em todas as suas relações, seja
no mundo, no trabalho e na escola. A reestruturação do Ensino Médio aponta
a necessidade de uma mudança de paradigma em toda a comunidade escolar
e, também, na organização do currículo, assim como na prática pedagógica
(MAIA; TOMAZETTI, 2014).

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O principal foco dessa reestruturação curricular está no trabalho
interdisciplinar e, esse começa a partir das grandes áreas do conhecimento
(ciências da natureza, ciências humanas, linguagens e matemática). Assim
como permeia os outros itens da reorganização, como a relação entre a teoria
e a prática, a pesquisa como pauta do processo de construção da
aprendizagem através das áreas e do Seminário Integrado, a avaliação
baseada em conceitos e menções, na importância do trabalho e da politecnia
como estrutura do currículo, no planejamento coletivo e interdisciplinar, entre
outros itens (JELVÉZ, 2014). Porém, todas essas mudanças serão percebidas
e implementadas ao longo do tempo, pois são necessárias uma série de
adaptações nas escolas que, segundo Jelvéz (2014), essa reestruturação está
em processo permanente de construção coletiva. A proposta prevê uma
formação interdisciplinar que busca, além de melhorar os índices de evasão e
reprovação, apresentar ao ensino médio a possibilidade da “construção de
projetos de vida pessoais e coletivos que garantam a inserção social e
produtiva com cidadania” (SEDUC/RS, 2011, p. 4). Neste projeto, assume-se
a compreensão de que a interdisciplinaridade
Se origina no diálogo das disciplinas, no qual a comunicação é
instrumento de interação com o objetivo de desvelar a realidade. A
interdisciplinaridade é um processo e, como tal, exige uma atitude que
evidencie interesse por conhecer, compromisso com o aluno e
ousadia para tentar o novo em técnicas e procedimentos.
(SEDUC/RS, 2011, p. 19).

Com a intenção de propor práticas com viés interdisciplinar entre


graduandos e professores de diferentes áreas do conhecimento a Escola
Estadual de Ensino Médio Santa Rita e a Universidade Federal de Pelotas, na
parceria entre escola e universidade, planejam e desenvolvem projetos
interdisciplinares, com vistas a abranger os objetivos que compõem o PIBID.
Um dos grupos de Pibidianos, coordenado pelo Professor Fábio Sangiogo, em
encontros semanais na escola, desde o final do ano de 2014, iniciou
discussões para se pensar a realização de uma ação interdisciplinar que
abrange as práticas no componente curricular de Seminário Integrado da
escola. Isso com vistas a contemplar demandas oriundas do Ensino Médio
Politécnico e dos professores da escola. Com base no exposto, o Projeto
contou com as ações dos professores no âmbito do Seminário Integrado, em
turmas do 1º, 2º e 3º ano do Ensino Médio, bem como com projetos de
pesquisa planejados e desenvolvidos pelos alunos da escola em 2015 e, por
consequência, contribuindo na formação inicial e continuada ao pensar e
colocar em prática demandas oriundas das orientações nacionais e do Estado

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do Rio Grande do Sul, como a interdisciplinaridade e a pesquisa a nível do
Ensino Médio.
No ano de 2016, com a intenção de contemplar continuidade de uma das
atividades previstas nas ações do Projeto Interdisciplinar “Seminário
Integrado” (desenvolvido em 2015), o grupo, constituído por bolsistas da
graduação, supervisoras da escola e professores da universidade, atuaram na
elaboração de uma “cartilha”, que tem objetivo de servir de instrumento pelos
professores da Escola em orientações que envolvem a elaboração de algumas
atividades de pesquisas desenvolvidas na escola, pelos estudantes. Um dos
grandes desafios do grupo foi tentar transformar a linguagem técnica, em uma
linguagem e formato mais próximo da possibilidade de leitura e estudo por
parte dos estudantes. A ideia do material é que o mesmo seja constantemente
atualizado, com base em experiências vividas pelos professores que orientam
e desenvolvem atividades de pesquisa com os alunos.

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_______________________

CARTA AO LEITOR
Olá!
Na sua frente está um material que foi pensado com muito carinho para
você. Esta cartilha foi produzida pelo grupo de pibidianos do projeto
interdisciplinar na Escola Santa Rita.
Neste material, você encontrará vários elementos que auxiliarão na
construção de uma atividade de pesquisa na escola. A proposta é que tanto
alunos, quanto professores possam utilizar o que há nesta cartilha para bem
desenvolver os trabalhos investigativos.
Com esta cartilha, esperamos auxiliar você a se introduzir no famoso
“mundo da pesquisa”. Sabemos que você não é “cientista”, pois, estando na
escola, as especificidades dos seus estudos são diferentes, mas acreditamos
que alguns elementos básicos de “como”, “por quê”, “de que modo” e “para
quê” realizar uma pesquisa na escola podem ajudar você em sua formação
(atual e futura).
Este material está dividido em diferentes capítulos, de modo que, seja
você professor ou estudante, terá liberdade de transitar entre os capítulos
conforme a necessidade do desencadear da pesquisa, seja ao seu
planejamento, estudo, forma de apresentar o texto ou escrita dos resultados
da pesquisa.
No capítulo 1, você encontrará uma breve e importantíssima descrição,
bem como uma diferenciação entre conceitos de “pesquisa” e “projeto de
pesquisa”. No capítulo 2, traremos uma apresentação e descrição dos itens
que compõem o Projeto de Pesquisa. No capítulo 3, discutimos diferentes
modos de se apresentar uma pesquisa, quais sejam: a estrutura de artigo, de
um relatório e de um relato de experiência. No capítulo 4, há uma
apresentação de alguns elementos que compõem a estrutura de um resumo
de estudo, resumo de pesquisa e de uma resenha. Nos capítulos 5, 6 e 7,
respectivamente, há a apresentação das normas de citação e referenciação,
são levantadas algumas questões que dizem sobre a ética na pesquisa e são
apresentadas algumas normas para formatação do projeto de pesquisa e
textos com resultados apresentados. Esses itens têm o objetivo de

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instrumentalizar você a pesquisar e compartilhar os resultados de sua
pesquisa, ou seja, dar elementos para o planejamento e a escrita dos
resultados.
Embora, para alguns, a realização de uma pesquisa possa ser difícil,
esperamos que, com esta cartilha, você perceba o quão simples ela se torna,
principalmente, se for seguida com atenção e dedicação.
Desejamos sucesso nas pesquisas que venha a organizar, e que este
material possa ajudá-lo nesse processo, pois pensamos especialmente em
você.
Bom trabalho!

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_______________________

CAPÍTULO 1
A Pesquisa e o Projeto de Pesquisa: Elementos Básicos

1.1. Mas, afinal, o que é pesquisa?

Para que possamos conhecer sobre determinado assunto devemos nos


empenhar na tentativa de descobrir tudo sobre ele, não é mesmo? Pois bem,
uma forma de adquirir e produzir conhecimentos é a pesquisa. Imagine que
boa parte do que se conhece hoje, foi fruto de um processo de pesquisa. Você
já se perguntou, por exemplo, como ocorreram as descobertas sobre a origem
da raça humana? Elas são fruto de pesquisas, em diferentes áreas. São os
pesquisadores, como os historiadores, os arqueólogos, os antropólogos, os
peritos, que se detêm em vestígios, tais como, pegadas, resquícios e
quaisquer sinais que, associados, produzem uma combinação de
circunstâncias e disposições – ainda que desordenadas – para montar o
quebra-cabeça sobre a forma de vida dos antepassados do Homem.
Foi por meio da pesquisa e da cooperação entre as pessoas que se
passou a conhecer de modo mais profundo os fatos cotidianos, suas
circunstâncias, os acontecimentos gerais cujas explicações de porque
aconteciam eram desconhecidas. Entretanto, devemos observar que, para
uma pesquisa ter êxito, é necessário responder a alguns questionamentos, ou
seja, uma pesquisa sempre surge a partir de um levantamento de questões
relacionadas a determinado assunto sobre o qual nos
move a investigar. Vejamos um exemplo:
Imagine o seguinte caso: Rita e João são
irmãos gêmeos e caçulas de uma família de nove
irmãos. Eles nasceram em meio a um universo digital
e com todas as tecnologias que temos à disposição
hoje. A partir de sua convivência diária com seus
amigos e colegas do Ensino Médio Politécnico,

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ambos passaram a se perguntar: Como seriam as
relações, sobretudo as de amizade, se não fossem
as redes sociais que temos hoje? Será que a forma
de interagir socialmente seria diferente? Como seria
conversar, conhecer melhor o outro, combinar
atividades de lazer, etc., sem os recursos das redes
sociais? Os jovens antes das redes sociais sabiam
menos sobre seus amigos? Saiam juntos com
menos frequência? Conversavam menos abertamente e/ou com mais
dificuldades?

Após muitas reflexões, finalmente Rita e João, decidem fazer uma


pesquisa para saber mais sobre o assunto. Entretanto, há muitas incertezas,
sobretudo no que diz respeito ao modo como essa pesquisa deve ser pensada
e organizada. A partir disso se questionam: Qual plano devemos seguir para
a realização de uma pesquisa?

A dúvida de João e Rita será utilizada por nós para aprender um pouco
mais como fazer e qual a função do Projeto de Pesquisa, pois é através dele
que se dará a organização dos estudos.
É importante ressaltar que o Projeto de Pesquisa é a primeira etapa de
uma pesquisa. Será por meio dele que o pesquisador (no caso, você), deverá
explicar as ações e etapas que serão desenvolvidas no decorrer do estudo.
O Projeto de Pesquisa possui etapas que podem ser divididas de formas
variadas. Isso quer dizer que os Projetos de Pesquisa não seguem um modelo
único, muito embora eles devam ter suas etapas bem definidas, de acordo
com o perfil da sua pesquisa.
Como este material foi preparado pensando em você, elencamos as
etapas que consideramos as mais importantes na elaboração de uma
pesquisa. São elas:

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1. Escolha do Tema da Pesquisa
2. Construção dos Problemas ou Problema
3. Elaboração de Hipóteses
4. Organização dos Objetivos
(Geral e Específicos)
5. Escrita das Justificativas
6. Explicitação da Metodologia
7. Verificação dos Recursos
(Suprimentos, Equipamentos, Custo do Projeto)
8. Elaboração do Cronograma
9. Busca e Organização dos Referenciais Teóricos

Perceba que essas etapas não necessitam ser seguidas na ordem exata,
mas essa decisão você somente conseguirá ter após saber melhor como cada
uma delas funciona. Para isso, acreditamos que valha a pena você
experimentar seguir conosco a sequência acima e, depois, de acordo com a
sua habilidade e familiaridade com o ato de construir uma pesquisa, você vai
elegendo seu processo particular de produzir as investigações – mas tenha
sempre em mente que as etapas acima são as mais básicas para a realização
de um bom trabalho.

1.2. O tema no projeto de pesquisa:

Para entendermos o Tema de um projeto de pesquisa, é necessário


compreendermos a diferença entre: “assunto” e “tema”.
Veja você, que a palavra assunto responde à pergunta: “o quê?” Ou
seja, o que se deseja pesquisar. Um assunto pode ter vários temas
associados, mas que acabam sendo escolhidos por meio de afinidades, de
experiências anteriores e de leituras que fazemos para descobrir mais sobre
o que pesquisar. As leituras que antecedem a elaboração do projeto são, sem
dúvida, uma oportunidade de você se apropriar de informações necessárias
que darão suporte para seguir e ampliar sua pesquisa.

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Já o Tema corresponde a um “recorte” do assunto, isto é, um ponto de
vista sobre ele. Logo, o assunto é mais amplo, engloba mais coisas, inclusive
o seu Tema de pesquisa.
O tema deve ser adequado às aptidões, vocação e interesse de quem
vai pesquisá-lo. Por exemplo, não adianta você desejar pesquisar um tema
que depende de investigação bibliográfica, se você detesta ler,
compreendeu? Além disso, é fundamental que o Tema tenha relevância, ou
seja, que o estudo que você fará tenha alguma utilidade, importância prática
ou teórica para sociedade.
Para que você possa delimitar o tema, quer dizer, fazer o “recorte” do
que quer estudar em relação a determinado assunto, é indispensável você se
cercar de conhecimento e informações. Para isso, você poderá fazer suas
indagações por meio de “pesquisa exploratória”, isso quer dizer, que você fará
pesquisas em artigos de revistas, documentários, websites, livros, etc. No
decurso de sua busca, você acabará por escolher um aspecto do assunto,
para que seja analisado e abordado com a necessária profundidade e de
acordo os métodos e tecnologias utilizados para a elaboração do trabalho.
O tema deve ser preciso, determinado e específico. Para melhor
compreender o que isso quer dizer, retomamos o exemplo de Rita e João:
A curiosidade inicial, que motivou a pesquisa de Rita e João, se apoiou
na seguinte indagação: “como seriam as relações interpessoais, sobretudo as
de amizade, se não fossem as redes sociais que os aproximam?”
Qual seria o assunto e o tema deles em uma pesquisa para a escola?

Assunto
As relações interpessoais
Tema
O impacto das redes sociais nas
relações interpessoais

Você, com toda certeza, se pergunta sobre várias coisas. Aproveite o


momento e organize com seus colegas um projeto de pesquisa com seus
colegas. Para isso, inicie com a busca de um assunto e um tema que vocês
desejem pesquisar.

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1.3. O problema no projeto de pesquisa:

O problema de pesquisa é derivado do assunto e do


tema selecionado para o estudo e corresponde a uma
dificuldade (ou simplesmente, a uma curiosidade) encontrada
sobre o tema. Podemos também chamar o problema de uma
dificuldade teórica ou prática, no conhecimento de alguma
coisa de real importância, para a qual se deve (ou se deseja) encontrar uma
solução. O problema de pesquisa deve envolver variáveis que possam ser
pesquisadas, testadas e manipuladas de acordo com os recursos disponíveis
para o desenvolvimento do trabalho.
Neste momento você pode estar se perguntando:
O que é uma variável de pesquisa?
Para esclarecer este ponto, retornamos ao exemplo da Rita e do João,
que agora já possui um tema: “As relações de amizade na era digital”.
Entre os vários problemas possíveis, isto é, entre uma variedade de
dificuldades e curiosidades que podem fazer parte do tema que eles
escolheram, há uma, em especial, que chama a atenção dos irmãos,
formulada da seguinte maneira: “como seriam as relações entre os amigos se
não houvesse as redes sociais?”
As variáveis de pesquisa, neste caso, podem ser as diferentes questões
colocadas pelos irmãos a fim de investigar o problema por eles definido, como
por exemplo:
- Será que a interação entre os amigos seria diferente sem as redes
sociais?
- Como ocorrem os diálogos, conversas, o saber mais sobre o outro?
- É mais difícil combinar atividades de lazer, etc.?
- Entre outras...
E tais variáveis devem, necessariamente, possuir condições de serem
investigadas, seja por meio de pesquisa teórica, ou através das pesquisas de
campo, experiências, ou como também se chama, pesquisas empíricas.
Porém, o fato é que uma variável cuja averiguação não é possível, torna
inviável a resposta ao problema que é apresentado na forma de pergunta.

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1.3.1. Como formular um problema de pesquisa?

Existem algumas condições que facilitam a formulação de um problema de


pesquisa: uma delas é o estudo prévio do assunto a ser pesquisado, por meio
de leituras e trocas de informações com sujeitos que tenham algum vínculo de
experiência com assunto.
Pensando na relevância que o Problema de Pesquisa tem, elencamos
algumas “regras” práticas que ajudam na formulação do Problema de
Pesquisa, vejamos:

a) O problema deve ser formulado como pergunta;


b) Deve ser claro e preciso; (você tem de conseguir fazer com que
as pessoas identifiquem facilmente o que você vai pesquisar)
c) Deve ser empírico; (você tem de pesquisar algum “material”:
documentos, pessoas, locais, dados tabelados, etc.)
d) Deve ser susceptível de solução; (você tem que conseguir
responde-lo no tempo que tens disponível)
e) Deve ser limitado a uma dimensão viável. (você tem de
contemplar aspectos passíveis de análise).

Um problema de pesquisa deve responder às questões:


O quê?
Como?
No exemplo que estamos adotando o Problema de Rita e de João
poderia ficaria da seguinte forma:

Como seriam as relações interpessoais - entre os


amigos - se não houvessem as redes sociais?

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1.4. A hipótese no projeto de pesquisa

Hipóteses. Você sabe o que significa? Elas são respostas provisórias ao


problema da pesquisa. E é por isso que se diz que elas funcionam como uma
verdadeira bússola para o seu trabalho. Seu maior desafio, durante o
desenvolvimento da pesquisa será o de verificar a validade das suas
“respostas provisórias”, seja para confirmá-las ou para refutá-las (desmenti-
las). A(s) hipótese(s) deve(m) ser formulada(s) de forma afirmativa. Tenha
bastante cautela para não cair na armadilha dos preconceitos, de modo que
suas hipóteses impeçam de conhecer algo mais.
Diante da indagação de Rita e João, temos o seguinte tema: “o impacto
das redes sociais nas relações interpessoais”, logo adiante precisamos de um
problema e, relacionado a este é que poderemos levantar as hipóteses (que
pode ser uma ou mais).
Vejamos, então, a partir do exemplo de Rita e João, qual a melhor
maneira de levantar hipóteses sobre o problema (elaborado em forma de
pergunta).
Rita e João ao estabelecer como problema “como seriam as relações
interpessoais entre os amigos se não houvesse as redes sociais?”, querem
responder ao longo da pesquisa “qual é o impacto causado pelas redes sociais
nos relacionamentos interpessoais?”. Vale lembrar que não existe resposta
certa ou errada para essa pergunta, você pode concordar ou não com o
impacto das mídias nas relações interpessoais. Inclusive, as pesquisas podem
ter questões controversas, ou seja, envolvem propostas ou perguntas sobre
as quais há divergências entre teorias e opiniões.
Sendo assim, para levantar a hipótese, procure responder a pergunta
formulada para o problema que você estabeleceu. Deste modo, no caso dos
irmãos, Rita e João, poderíamos ter a seguinte hipótese:

As relações interpessoais, entre os amigos, se dão de forma diferenciada


para aqueles que utilizam as redes sociais (como os alunos da sua escola) e
para aqueles que não as utilizam (como alguns pais dos alunos da sua escola).

Tenha em mente que a hipótese definida para o problema de Rita e de


João é apenas uma dentre inúmeras hipóteses, que poderiam estar
envolvidas nesse problema. Por isso, a(s) hipótese(s) que você escrever será

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a sua tese, isto é, seu argumento utilizado durante a pesquisa, e que devem
além de estar relacionados a ela e concordar com ela, caso ela se confirme.
Ademais, se, durante a pesquisa, você optar por argumentos contrários
à hipótese para responder seu problema, você “cairá” em contradição, o que
é péssimo para a pesquisa. Além de se saber que argumentos contraditórios
não podem ser levados a sério, não é mesmo? Então tome cuidado para que
sua Tese (argumentos), não seja desqualificada em razão dos equívocos
externados.

1.5. Os objetivos no projeto de pesquisa

Definir os objetivos é outro passo importante para uma pesquisa. Afinal,


é por meio deles que se procura explicar “o que se quer/se pretende com a
pesquisa”. Isto é, quando estabelecemos os objetivos procuramos responder
a “tal pergunta”. É muito importante que você saiba que os objetivos estão
relacionados ao problema e quanto mais claros estiverem, mais fácil será a
execução do trabalho.
Dentro da estrutura de um projeto de pesquisa, os objetivos são,
habitualmente, apresentados na seguinte ordem: objetivo geral e objetivos
específicos. Mas para quê, afinal, serve cada um deles?
O objetivo geral está relacionado aos resultados mais abrangentes
(amplos) cujo projeto pretende contribuir. Deste modo, o objetivo geral, pode
se dizer, corresponde ao resultado final que o pesquisador deseja atingir em
sua pesquisa.
Já os objetivos específicos significam os resultados parciais, que se
deseja atingir. Entretanto é necessário observar que eles precisam contribuir
para que o objetivo mais amplo seja efetivamente alcançado. Eles devem
definir, por assim dizer, exatamente o que você espera atingir até o final do
trabalho.
Ao estabelecer os objetivos, você deve ter cuidado para não prever algo
muito grandioso, universal ou genérico demais, porque o trabalho, seja ele de
graduação interdisciplinar ou de conclusão de curso, é monográfico, quer
dizer, é sobre um só tema, um só problema. Os objetivos específicos, mais
limitados em termos de abrangência podem ser atingidos com mais facilmente,
enquanto objetivos amplos ou genéricos podem resultar em algo pouco
significativo, vago, incerto, etc. Fique ligado!

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Portanto, se é importante deixar claro os objetivos, também é
fundamental sabermos escrevê-lo. Para ajudar você, selecionamos abaixo
uma lista de verbos que podem te guiar na formulação os objetivos, visto que
eles sempre são construídos com um verbo de ação.

Verbos para objetivos:

Verbos de:
Conhecimento Compreensão Aplicação Análise Síntese Avaliação

Apontar Descrever Aplicar Analisar Coordenar Apreciar


Assinalar Discutir Demonstrar Calcular Conjugar Aquilatar
Citar Explicar Empregar Comparar Construir Avaliar
Definir Expressar Esboçar Contrastar Criar Calcular
Escrever Identificar Ilustrar Criticar Enumerar Escolher
Inscrever Localizar Interpretar Debater Esquematizar Estimar
Marcar Narrar Inventariar Diferenciar Formular Julgar
Relacionar Reafirmar Operar Distinguir Listar Medir
Registrar Revisar Praticar Examinar Organizar Selecionar
Relatar Traduzir Traçar Experimentar Planejar Validar
Sublinhar Transcrever Usar Investigar Reunir Valorar

Fonte: Brasil Escola, http//monografias.brasilescola.uol.com.brrgras-abnt/objetivos-gerais-objetivos-


especificos.htm

1.6. A justificativa no projeto de pesquisa

Repare que, aos poucos, nos empenhamos em explicar qual a


relevância de cada elemento contido na estrutura de um Projeto de Pesquisa,
buscando, além de desenvolver conceitos ou mesmo de lhes atribuir juízo de
valor, procuramos ajustá-los a realidade dos exemplos aqui expostos
(pesquisa de Rita e João).

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Tragam sempre à memória que a justificativa deve responder a seguinte
questão: “Por que fazer esta pesquisa?” A justificativa deve convencer o
leitor sobre a importância e a contribuição da pesquisa que será desenvolvida.
Indo mais além, a justificativa necessita defender a pesquisa a ser
desenvolvida como algo relevante, que pode apresentar algum tipo de
contribuição, resposta ou resultado.
Desta forma, devemos explicar:
a) A Importância da pesquisa: Você deve fazer menção a relevância e
a importância prática e intelectual que a pesquisa tem, sugerindo, desde já, o
modo como os resultados obtidos podem contribuir nesses aspectos.
b) Suas contribuições: Neste item, cabe a você, que é o pesquisador,
apontar de que maneira a pesquisa poderá oferecer os resultados. É neste
momento que você, pesquisador, tentará convencer, apoiado por argumentos
sólidos (no caso, o seu orientador, professor, etc.) de que sua indagação é
pertinente, isso quer dizer, que seu Projeto de Pesquisa é viável e, por isso,
deve ser realizado.
c) O estágio de desenvolvimento do tema: O diálogo com autores ou
comentadores (pessoas que já estudaram este tema) deve ser um dos pontos
mais importantes para dar credibilidade ao seu argumento da justificativa. Este
“diálogo” garante a base de estudos sobre o tema em questão, e assim, se
você utilizar boas fontes (estudiosos do tema que já possuem credibilidade) a
pesquisa, sem dúvidas, adquirirá um caráter mais sério e, consequentemente,
mais qualificado.
Portanto, se recorde que a Justificativa deve focar na importância do
tema a ser estudado e na necessidade de se levar adiante o projeto de
pesquisa.

1.7. A metodologia no projeto de pesquisa

A metodologia é o tópico do projeto de pesquisa que abrange maior


número de itens, pois responde às seguintes questões: Como? Com quê?
Onde? Quando? (LAKATOS; MARCONI, 2003, p. 221).
Assim, na hora de escrever o projeto, você deverá:
• Descrever resumidamente o tipo de pesquisa a ser abordada
(bibliográfica, documental, de campo, etc.).

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• Apontar a delimitação e descrição (se necessário) dos instrumentos e
fontes escolhidos para a coleta de dados: entrevistas, formulários,
questionários, legislação e etc.
• Indicar o procedimento para a coleta de dados, que deverá acompanhar
o tipo de pesquisa selecionado, isto é:
a) para pesquisa bibliográfica: indicar proposta de seleção das
leituras (seletiva, crítica ou reflexiva, analítica);
b) para pesquisa experimental; indicar o procedimento de coleta
ou produção de dados e de testagem;
c) para a pesquisa descritiva: indicar o procedimento da
observação: entrevista, questionário, análise de documentos,
entre outros.
• Listar bibliotecas visitadas até o momento do projeto e outras a serem
visitadas durante a elaboração do trabalho final.
• Indicar outros recursos: jornais, periódicos, Internet.
Atenção! É importante que cada escolha metodológica seja justificada,
lembrando que a metodologia escolhida tem de permitir responder ao teu
problema de pesquisa.
Se os seus objetivos gerais e específicos estiverem claramente definidos
será muito mais fácil elaborar a metodologia de seu projeto, pois você precisa
atendê-los.

1.8. O referencial teórico no projeto de pesquisa

Em qualquer pesquisa que façamos ou que nos


solicitem a fazer, temos de nos preocupar com a questão
do referencial teórico. Entretanto, para falar disso,
surgem algumas perguntas básicas:
 O que significa utilizar um referencial teórico?
 Para quê ele serve?
 O que é, efetivamente, isso?
Para aqueles que não são “iniciados” no campo da investigação, ou que
estão nele ingressando, pode parecer estranho a utilização de referenciais.

20
Uma crítica que você provavelmente já pode ter feito ao pensar sobre
isso é:

Porque eu não posso afirmar nada sem dizer que alguém


disse? Por acaso eu não sei de nada?

Fora essas questões, você ainda pode estar pensando outras, que têm
relação com a escolha de um referencial teórico:
- Para quê dizer que usei tal método de tal referencial? Eu nem
mesmo sei se isso que utilizei é uma metodologia ou se vem de algum
referencial...”.
Embora as suas questões sejam muitas, e genuínas, vamos tentar
compreender as coisas um pouco mais.
Vamos pensar que Rita e João têm de realizar a sua pesquisa a respeito
do impacto das mídias nas relações interpessoais.
Rita, ao desenvolver a investigação, analisa dados estatísticos, busca
estudos que analisam a quantidade de utilizadores de redes sociais em
relação à quantidade de encontros presenciais entre amigos, etc. em termos
globais.
João, por sua vez, realiza uma pesquisa com seus colegas. Ele faz uma
série de entrevistas, elabora questionários, conversa com seus amigos e faz
ações muito mais locais.
A questão é: as duas pesquisas se desenvolveram de modo igual?
Com pouco esforço você pode notar que não, não são pesquisas
iguais. Uma delas é “bem numérica”, a outra é “menos numérica”. Isso implica
em dizer que uma pode ser considerada como pesquisa quantitativa,
enquanto a outra como pesquisa qualitativa.
Partindo dessas diferenças, será que Rita e João poderão analisar do
mesmo modo seus dados?
Novamente, a resposta mais clara é: não!
E como analisar esses dados?
Eis então a necessidade do referencial teórico!

21
Quando nós vamos analisar algo, devemos pensar como fazer isso.
Buscar um referencial é justamente buscar ideias de outras pessoas que já
fizeram pesquisas parecidas com as nossas e utilizaram tanto métodos
quanto referenciais para fazer um bom trabalho.
Um bom trabalho tem suas análises bem elaboradas, e fazer análises
elaboradas é buscar nas experiências de outros pesquisadores os melhores
modos de fazermos a nossa pesquisa, partindo dos acertos e erros deles.
Perceba que qualquer pessoa pode organizar uma pesquisa e analisar,
sozinha, os dados, contudo, fazer isso sem referencial teórico significará
fazer uma pesquisa a partir do zero, acertando e errando sozinho.
Quando elaboramos nossa pesquisa com base em outros, trazemos a
ela uma melhor qualificação! E isso é ótimo, pois todos nós queremos fazer
bons trabalhos!
Se pensarmos bem nisso, veremos que tudo fica melhor ainda quando
antes de organizar os dados e sua produção, já delineamos nosso projeto
e previamente já escolhemos um referencial a seguir. Por exemplo, João e
Rita podem, previamente, optar por um referencial quantitativo ou qualitativo.
Para cada uma das possibilidades, haverá melhores formas de obter dados
confiáveis e “bons” para analisar. Apoiando-se em referenciais teóricos,
tanto Rita quanto João poderão fazer uma pesquisa que não parte do “zero”,
mas que já “nasce” qualificada pelas investigações de outros! Fantástico,
não?!
Para finalizar nossa conversa sobre o referencial teórico, perceba agora
a importância que ele tem para desenvolvermos boas pesquisas! Veja,
ainda, o quão importante é para quem vai ler ou conhecer nossa pesquisa,
poder identificar quais referenciais que utilizamos.
Por exemplo, se eu percebo que João utiliza determinado tipo de
referencial teórico, eu farei a leitura do trabalho dele enfatizando o modo
qualitativo de análise (e não poderei exigir dele questões de ordem
quantitativa), e o inverso vale para a pesquisa de Rita.
É por isso que você aprenderá logo mais a realizar a explicitação dos
referenciais teóricos da pesquisa por meio das referências bibliográficas
(ou às vezes chamadas somente de “Referências”), que aparecem ao final
do trabalho. Ali, você poderá indicar em quais experiências de outras
pesquisas você se pautou para fazer a sua. Você fará isso indicando o

22
trabalho consultado (título do trabalho, se é de uma revista, de um livro ou
outro...), o(s) autor(es) dele e trazendo outras informações que tanto ao longo
do texto, quanto no final, nessas referências bibliográficas, as pessoas
que estão lendo a sua pesquisa possam saber em quê elementos você se
inspirou.

1.9. As referências no projeto de pesquisa

Obviamente, você já deve ter notado que, quando falamos em


referências, seguidamente aparecem normas padrão para colocar elas no
trabalho.
Perceba que esse modo padrão tem a finalidade de tornar mais fácil para
qualquer um que ler o trabalho identificar quais autores citados, quais títulos
dos trabalhos, em qual local ele está disponível, etc.
Embora possa parecer complicado, não se engane! Não é nenhum
pouco complicado! Basta você seguir regras simples, as quais já, já,
apresentaremos.
Para adiantar o serviço, acreditamos ser importante e útil que você
conheça algumas formas de agilizar e facilitar o trabalho na hora de “fazer”
as referências bibliográficas. É por isso que compartilhamos com você dois
links bem interessantes.
Um deles refere-se ao portal MORE: mecanismo online para
referências. Nele você conseguirá elaborar quase que automaticamente as
referências conforme o “padrão” adotado da ABNT. O link do tutorial desse
portal é: http://novo.more.ufsc.br/tutorial/index.
Outra possibilidade é utilizar um plugin específico para o editor de
textos Word®. Com a ajuda desse plugin, você poderá gravar e editar as
referências diretamente no seu computador. Para saber como baixar e
utilizar esse plugin, acesse os links abaixo:
- Vídeo no Youtube que ensina a baixar o plugin:
https://www.youtube.com/watch?v=QlDEPsw5lkQ
- Página que traz tudo explicado por escrito:
http://www.techtudo.com.br/dicas-e-tutoriais/noticia/2011/06/como-
adicionar-normas-da-abnt-no-word-2007.html

23
1.10. O cronograma no projeto de pesquisa

Por fim, se já falamos de uma pesquisa e sua organização pela


elaboração dos problemas, das hipóteses, da justificativa, objetivos,
referenciais teóricos e apresentação das
referências, vale destacar algo que será
fundamental para toda a pesquisa, o
cronograma. Basicamente, temos de nos
perguntar:
- Qual a importância de um
cronograma?
- Quais são os requisitos básicos de
um cronograma?
- Qual o tempo de uma pesquisa?
Sobre essas questões, vamos pensar: se nós não nos organizarmos no
tempo, provavelmente teremos problemas no desenvolvimento de nossa
pesquisa. Sendo assim, elaborar um cronograma significa olharmos para o
futuro e pensarmos qual o tempo que temos para completar as atividades
necessárias para completar a pesquisa. Desse modo, se tivermos várias
etapas, deveremos organizar essas etapas no tempo que tivermos. Ou seja:

O cronograma é fundamental.

Em termos dos requisitos, um cronograma deverá ter, no mínimo, cada


atividade planejada, seu tempo de duração e o momento que ela passará a
ser realizada no tempo total da pesquisa.
Feito isso, veremos que o tempo da pesquisa é sempre relativo a
algumas condições. Por exemplo, quando deveremos finalizar a pesquisa?
Há um limite máximo? Portanto, se tivermos, teremos de organizar nosso
cronograma a esse tempo. Caso nosso tempo seja mais flexível, poderemos
pensar em cada etapa da pesquisa e projetar o tempo total necessário.
Contudo, destacamos que, usualmente, há um tempo limite para realizarmos
nossas pesquisas, sendo que devemos planejar cada etapa segundo esse
tempo limite.

24
Viu como não é complicado pensar na questão do referencial teórico,
nas referências bibliográficas e no cronograma?
Enfim, não se esqueça de que todos esses itens que compõem um
Projeto de Pesquisa precisam seguir os princípios de ética na pesquisa, as
normas de citação e de referenciação, segundo Capítulos 6 e 7 desta
“cartilha”.

25
_______________________

CAPÍTULO 2
Como Estruturar um Projeto de Pesquisa

2.1 A capa
Todo trabalho deve ter uma apresentação visual, no caso de um projeto
de pesquisa não é diferente. Neste caso, você deve fazer uma capa, a
exemplo do que consta abaixo.

ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO SANTA RITA


(limite da margem superior -- Fonte 12, CAIXA ALTA, sem negrito, ARIAL)

TÍTULO e SUBTÍTULO
(título: fonte 12, em negrito, se houver subtítulo deve ser precedido de : , fonte 12,
sem negrito, CAIXA ALTA, ARIAL)

NOME(S) DO(S) AUTOR(ES)


(Fonte 12, CAIXA ALTA, sem negrito, ARIAL)

PELOTAS, 2016
(limite da margem inferior - Fonte 12, CAIXA ALTA, ARIAL)

26
Além da capa, você irá contar com outros elementos, que são essências
na composição estrutural de um Projeto de Pesquisa. Deste modo, observe
atentamente aqueles itens que são obrigatórios, bem como aqueles que
ficarão a critério do pesquisador, isto quer dizer, de você. Assim, vejamos:
Organização e formatação do texto:

PARTE EXTERNA
1 CAPA (obrigatório)

PARTE INTERNA
ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS
SUMÁRIO (obrigatório)

ELEMENTOS TEXTUAIS
TEMA E PROBLEMA DE PESQUISA (obrigatório)
HIPÓTESES (obrigatório)
OBJETIVOS: gerais e específicos (obrigatório)
JUSTIFICATIVAS (obrigatório)
REFERENCIAL TEÓRICO (obrigatório)
METODOLOGIA (obrigatório)
CRONOGRAMA (obrigatório)

ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
REFERÊNCIAS (obrigatório)
APÊNDICE (opcional)
ANEXO (opcional)

27
2.2. Sumário

Bem, o projeto de pesquisa demanda de uma organização, para que


essa organização seja facilmente visualizada pelo leitor, você também deverá
realizar um sumário. O sumário permite a fácil localização dos itens que
compõem o projeto de pesquisa e suas respectivas páginas, a exemplo do que
consta abaixo:

SUMÁRIO
(escrito na margem superior, fonte 12, negrito)
(espaçamento 1,5 entre linhas)

1 TEMA E PROBLEMA DE PESQUISA*......................... 04

2 HIPÓTESES .................................................................. 06

3 OBJETIVOS .................................................................. 07
3.1 OBJETIVO GERAL**................................................... 09
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS....................................... 10

4 JUSTIFICATIVAS ......................................................... 12

5 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................ 14

6 METODOLOGIA ........................................................... 15

7 CRONOGRAMA ............................................................ 17

REFERÊNCIAS ................................................................ 18
(espaçamento simples entre linhas e separadas entre si por
um espaço simples em branco)

* Sessão primária (títulos dos capítulos): CAIXA ALTA, fonte


12, negrito.
** Seção secundária (subtítulos): CAIXA ALTA, fonte 12 e
sem negrito.

28
2.2.1 A introdução no projeto de pesquisa:

Podemos entender o papel da Introdução no projeto de pesquisa como


uma forma de apresentação do trabalho que se dá com um texto dissertativo,
que precisa conter as seguintes características:
a) Anunciar o tema do trabalho, esclarecendo-o de maneira simples e
objetiva;
b) Dar ideia do que se pretende fazer realmente como procedimento de
análise e avaliação durante o desenvolvimento do tema;
c) Apontar os objetivos do trabalho de forma resumida;
d) Evidenciar a relevância do tema abordado no trabalho.
Aconselha-se que a introdução do Projeto de Pesquisa seja elaborada
durante ou até mesmo após as etapas finais do projeto, uma vez que visa
descrever o tema e também seu desenvolvimento, o que só poderá ocorrer
após um determinado amadurecimento dos estudos e o amadurecimento do
pesquisador quanto ao Tema de pesquisa.

29
_______________________

CAPÍTULO 3
Como Apresentar os Resultados da Pesquisa

Vencidas as etapas relativas à estrutura do projeto de pesquisa,


voltamos nosso olhar para os possíveis caminhos a serem adotados, após a
obtenção dos resultados de uma pesquisa, que podem ser apresentados na
forma de artigo, relatório ou relato de experiência.
Vejamos a organização de cada um deles.

3.1 Estrutura do artigo

Qual o objetivo e um artigo? Para divulgar resultados parciais de um


estudo ou na intenção de receber sugestões para qualifica-lo.
Assim como acorre em um projeto de pesquisa, que deve possuir uma
estrutura, ainda que mínima, o artigo também precisa trazer suas “partes”
organizadas. Por isso, dispomos para você, quais os elementos que não
podem deixar de serem apresentados, durante a elaboração de um artigo.
Vejamos:
Título: Você deve ser fiel ao conteúdo do artigo, ou seja, o título deve
permitir ao leitor ter uma ideia geral sobre o que trata o texto.

Resumo: É necessário que seja fiel ao texto e costuma ter de 4 a 10


linhas, devendo destacar os objetivos, métodos e conclusões. É nesse
momento que o leitor decide se segue lendo o seu artigo ou não, então,
capriche aí!

Palavras-chave: Geralmente são três palavras que tentam abranger a


totalidade do tema tratado no texto. As palavras vêm separadas por ponto e
vírgula (;) veja o exemplo: relações interpessoais; redes sociais; amigos.

Corpo do artigo: Deve ser dividido em:

30
1) Introdução: É na introdução que você (pesquisador) informa ao leitor
sobre o tema que o artigo irá tratar e apresenta uma justificativa para a sua
realização, demonstrando a importância do estudo. A introdução apresenta o
assunto e delimita o tema, analisando o problema que será investigado,
definindo conceitos e especificando os termos adotados a fim de esclarecer o
assunto.

Na introdução de um artigo devem constar os objetivos da pesquisa, o


problema e as hipóteses de trabalho ou as questões norteadoras (quando for
o caso), além da justificativa da sua escolha e a breve anunciação da
metodologia utilizada durante o desenvolvimento da pesquisa, com base no
referencial teórico pesquisado.

2) Desenvolvimento: procura retratar com aprofundamento e análise


detalhada, os aspectos mais importantes do assunto estudado. Você
apresentará o percurso metodológico desenvolvido, os resultados de
pesquisa, situados dentro de um determinado procedimento metodológico,
onde você amplamente debaterá as ideias e teorias que sustentam o tema,
com a análise dos resultados de pesquisas de campo, de relatos de casos e
dados obtidos a partir do material empírico analisado, dentre outros. Muitas
vezes o desenvolvimento pode ser dividido em títulos e subtítulos.

Cuide para não usar certas palavras ao iniciar o desenvolvimento,


evite utiliza termos como:
Por causa disso...
Baseado nisso...
Com isso...
Dessa maneira... e etc.

Preste a atenção neste detalhe, o título dessa seção, quando for


utilizado, não deve conter a palavra “desenvolvimento” nem “corpo do
trabalho”, devendo ser escolhido um título geral que englobe todo o tema
abordado na seção, e subdividido conforme a necessidade.

No desenvolvimento são detalhados itens como: tipo de pesquisa,


população e amostragem, instrumentos (questionários, entrevistas, etc.),
técnica para coleta de dados, dados estatísticos, análise dos resultados,
argumentos e dados que permitem fazer algumas afirmações ou
possibilidades, entre outros, podendo ser enriquecido com gráficos, tabelas e
figuras, que precisam ser discutidos.

31
3) Conclusão: A conclusão deve limitar‐se a explicar brevemente as
ideias que predominaram no texto como um todo, sem muitas polêmicas ou
controvérsias, incluindo, no caso das pesquisas de campo, as principais
considerações decorrentes da análise dos resultados. O pesquisador/autor
pode nessa ocasião, em conformidade com o tipo e objetivo da pesquisa,
incluir no texto algumas recomendações gerais acerca de novos estudos,
sensibilizar os leitores sobre fatos importantes, sugerir decisões urgentes ou
práticas mais coerentes de pessoas ou grupos, dentre outras considerações
finais ou que indicam a necessidade de novas pesquisas.

4) Referências: A referência bibliográfica é um conjunto de dados da


obra utilizada para a pesquisa, veja melhor nos exemplos do capítulo 6 desta
“cartilha”. Lembre-se que eles devem ser apresentados em ordem
alfabética.

Explicitar as referências é muito importante! Por isso recomendamos que você sempre anote de
onde tirou as informações que utilizou na pesquisa!

3.2 Estrutura de um relatório

Como você deve ter percebido no caso do projeto de pesquisa e da


escrita do artigo, os textos com apresentação seguem uma estrutura. No caso
do relatório não é diferente. Seguem algumas partes consideradas essenciais
em um relatório. A capa e o sumário podem seguir as mesmas regras do
projeto de pesquisa.

Na próxima página há um esquema das partes importantes de um


relatório.

32
Parte 01
Capa
Expõe o título do relatório, nome do(s) autor(es), nome da instituição, local e data (dia, mês e ano).
Sumário
Identifica os tópicos tratados, com a indicação das páginas.
Introdução
Breve apresentação das atividades que serão relatadas, a relevância das mesmas e os objetivos
pretendidos
.
Parte 02
Desenvolvimento:
Pode ser organizado em etapas ou fases. Deve vir numa sequência lógica e cronológica, apontar
facilidades e dificuldades e mencionar suas impressões pessoais sobre a atividade.
Objetivo:
Descrição do objetivo da prática. Pode haver mais de um objetivo. Normalmente os objetivos
são apresentados como ações “obter”, “extrair”, “observar”, “analisar”, “caracterizar”, etc.
Materiais e Métodos:
Descrição do material e dos procedimentos (que são os métodos) utilizados.
Resultados e Discussões:
Apresentação e descrição dos resultados obtidos...
Discussão crítica...
Sugere-se o uso de referenciais teóricos...
... com as atividades/práticas relatadas.

Parte 03
Considerações finais / Conclusão:
Constatações finais, impressões gerais sobre as atividades, sugestões e/ou proposições.
Referências
Cita em ordem alfabética as referências utilizadas, citadas ou não durante o relatório.
Anexos
Imagens, tabelas, gráficos, etc. Que não se incluem diretamente no desenvolvimento e relato das
atividades.

33
3.3 Relato de experiência

O relato de experiência é um texto que


apresenta um período de experiência que foi
relevante para sua área de atuação. Mas aí você
pensa:
Será que eu descrevo tudo exatamente o que aconteceu nesse período?

Quase isso, mas é importante que o relato não fique apenas no nível de
descrever uma situação, mas sobretudo, que traga reflexões sobre a
vivência relatada, oferecendo considerações significativas para o campo de
estudos em questão. O relato deve ser elaborado de maneira contextualizada,
com objetividade e suporte teórico. Mas o que viriam a ser esses dois
itens?
Antes da escrita ser produzida, primeiramente, você deve refletir sobre
alguns aspectos, como:

Qual é o tema do relato?


Que gênero textual fica mais adequado utilizar?
O que desejo escrever aos leitores?
Quem são eles?

Considerando todas as questões acima, você deve compreender que o


texto deve dialogar com o leitor, para isso, você deve fazer uso de adjetivos
e pronomes pessoais que expressem os sentimentos vividos. Por exemplo,
sentimentos de uma autora: “(senti-me) desafiada, (sinalizam-me)
contraditórias, (sou a) única”.
O período relatado nunca é solitário, portanto, algumas marcas de
diálogo podem aparecer, como conversas com outros sujeitos que
participaram da experiência, citando diretamente ou indiretamente o que
disseram. Marcando sempre as citações diretas com aspas (“ “), dois pontos (
: ) ou travessões ( - ), e as indiretas com o uso de verbos como, por exemplo:
“ele disse...”, “a diretora da escola observou...”

34
O relato de experiência se organiza de acordo com o lugar que será
publicado, ou mesmo de acordo com a necessidade de quem o solicitou, mas
normalmente está estruturado em três partes, da seguinte forma:

Parte 01

Pré-textual: Ou seja, antes do texto em si, está a capa e resumo em língua portuguesa, com uso de
palavras-chave.

Parte 02

Parte Textual: Onde você irá colocar o seguinte:


Introdução - Deve-se apresentar o problema como parte de uma experiência concreta/vivida,
buscando o nível de generalização, assim como uma teoria que fundamenta (as referências
bibliográficas atuais); a pertinência do tema proposto; finalizando com os objetivos do trabalho;
Metodologia - Inicialmente você deve apresentar uma descrição contextual (espaço e tempo) de onde
foi realizada a experiência, sendo possível acrescentando outros elementos. Em seguida, descreve-
se os procedimentos utilizados durante a observação dos dados: situando a teoria, bem como sua
adequação para as observações coletadas na experiência;
Discussão e Reflexões - Relata-se a experiência e reflexões, embasadas na experiência relatada e no
seu respectivo embasamento teórico. É esperado que tais experiências possam contribuir para
outros pesquisadores da área, ampliando o efeito da sua experiência, como potencial de exemplo para
outros estudos e vivências;
Conclusão - Síntese das conclusões mais relevantes.

Parte 03

Pós-textual: Que são as referências que você consultou ou não para o relato, em ordem alfabética e
os anexos e/ou apêndices.

35
_______________________

CAPÍTULO 4
Estudando e Pesquisando com Resumos e Resenhas

4.1 Estrutura de resumo

O resumo... o melhor amigo do estudante! Como viver sem ele? Com


grande quantidade de matérias que necessitam ser compreendidas e
assimiladas em pouco tempo, revisar todo o conteúdo pode ser muito difícil e
trabalhoso. Mas, surge então, o nosso amigo resumo, que nos ajuda a
relembrar o que é mais importante saber de cada conteúdo.
Que bacana, não é? Por isso elaboramos alguns passos para ajudar
nessa tarefa.

1. Leitura atenta

O primeiro passo é ler e reler o texto que será resumido. Você precisa
entender que fazer um resumo é, também, uma forma de estudar, de conhecer
e de aprofundar o conteúdo estudado.

2. Busque conceitos-chave

Depois que você leu o texto algumas vezes, será mais fácil identificar os
conceitos-chave, ou seja, as ideias mais importantes presentes no texto.
Vamos imaginar que Rita tenha que fazer um resumo de física sobre
termologia (o estudo do calor), por exemplo, as palavras-chave podem ser:
calor, termologia, temperatura, dilatação, estudo dos gases, escala Kelvin.

36
3. Organize as ideias principais

Agora é hora de organizar as ideias principais do texto. Para isso, tente


responder a duas perguntas: 1. O que está sendo dito no texto? 2. Como você
explicaria este assunto para alguém? De posse das palavras-chave e tendo
as respostas a estas perguntas, fica mais fácil fazer o esboço e orientar o
resumo.

4. Escreva o texto com suas palavras

Pessoal, um resumo deve ser sempre feito com suas próprias palavras.
Não adianta simplesmente copiar trechos do texto, porque você não estará
absorvendo nada. É bom lembrar, que um resumo não é um apanhado de
frases soltas. As ideias devem ser apresentadas em ordem lógica, ou seja,
tendo uma relação entre elas.
Mãos à obra! É hora de escrever. Você já leu e releu o texto, destacou
as palavras mais importantes, já listou os tópicos... deve estar dominando o
assunto. Depois de tudo isso, escrever vai ficar moleza.

5. Leia atentamente seu resumo

Ao ler atentamente seu resumo, observe principalmente se não houve


adição de comentários pessoais que não sejam do autor do texto-base
(evitando o plágio).

Pronto! Com todas essas dicas vai ficar mais fácil escrever um resumo.
Bom trabalho!

37
4.2 Resenha

Agora que você já possui dicas imprescindíveis para fazer seu resumo,
veja nesta sessão, como fazer uma Resenha.

Resenha = análise crítica e avaliativa

A resenha é um documento criado pelo leitor/observador que apresenta


uma análise minuciosa e descritiva por meio de uma avaliação completa
sobre determinado assunto. Ao fazer uma resenha, você estará inserindo seu
ponto de vista crítico e sua contribuição.
Perceba que é fundamental você conhecer sobre o assunto antes de
criticá-lo.
A crítica pode ser definida como: Exame ou análise minuciosa dos
méritos de obra científica artística ou literatura, julgamento do mérito de um
trabalho qualquer destacando virtudes e defeitos (SACCONI, 2009, apud,
CAJOEIRO, 2012 p.33).

Passos para construção da resenha:


1º passo: Elementos identificadores
Devem ser apresentados os elementos de identificação da obra, filme ou
documento que está resenhado. Exemplos:
 Resenha bibliográfica, ou de algum texto, deve-se indicar:
Autor(es), título do texto, órgão e local de publicação do texto ou
do livro e dados de catalogação – a referência bibliográfica.
 Resenha de um evento, congresso, curso ou palestra, deve-se
indicar: nome do palestrante, nome, data e local do evento,
organização responsável pela organização do evento, entre outros
dados identificadores.

2º passo: Relato do conteúdo


Apresentação da sinopse do documento. Descrevendo as passagens e
os pontos em destaque do conteúdo e suas características.

38
3º passo: Avaliação do documento
Apresentação da análise técnico-textual (linguagem, formato de
divulgação, qualidade do texto/ documento, entre outros), incluindo sua
análise crítica.
Compreendidas as etapas anteriores sobre a importância e o momento
adequado de uso, de cada uma das etapas, passamos adiante, para o
entendimento de mais três etapas, que tanto precisam ser superadas, no
decorrer do desenvolvimento de uma pesquisa, bem como durante a
elaboração, por exemplo, do resumo, da resenha, ou mesmo de outros
trabalhos. São elas: as normas de citação, a referenciação e a Importância da
ética na pesquisa.

39
_______________________

CAPÍTULO 5
Normas de Citação e Referenciação

O você entende por referenciação? Tem familiaridade com esta palavra?


Alguma vez já se deparou com ela?
As referenciações podem ser definidas como um conjunto padronizado
de elementos descritivos, retirados de um documento (texto, vídeo, etc.), que
permite sua identificação individual. Ela pode parecer assustadora e
complicada num primeiro momento, mas a prática ajuda na elaboração.
Para que você possa ter a dimensão da importância do significado da
referenciação para um documento, fique atento ao exemplo abaixo:
Imagine que, Rita e João, ao indagarem “Como seriam as relações
interpessoais - entre os amigos - se não houvesse as redes sociais?”, partem
ao rumo de uma pesquisa e, para além de entrevistas, saídas de campo e
visitas incansáveis às redes sociais de pessoas, necessitariam recorrer a
outros recursos de informação como, por exemplo, as bibliografias. Vencida
essa fase do processo da pesquisa, será necessário que Rita e João, ao
escreverem o todo da pesquisa, dariam conhecimento ao leitor, de onde
retiraram suas informações.
Não parece a você algo justo e necessário? Além do que, ao fazer ao
referenciar um documento, estamos divulgando e valorizando o trabalho do
autor que o escreveu.
Cada documento é único e precisa ser corretamente referenciado para,
que se outras pessoas quiserem dele fazer uso, possam encontrá-lo.
É importante saber, que a referenciação segue ordenação numérica
(ordem de citação no texto) ou alfabético (por autor).

Existem vários modos de se fazer referenciação, então fique atento às dicas!

40
Nesta seção serão mostrados os tipos de referenciações possíveis e o
modo como devem ser feitas. Será apresentado o modelo, conforme
documento a ser referenciado) e em seguida um exemplo utilizando-o.

 Livro
Ao usar um livro como referência, inicialmente, sempre procure as
informações da ficha catalográfica, preenchendo os campos referente a:
Autor, título, subtítulo (se houver), edição, local, editora e data de
publicação.
Exemplo:
GUERRINI, D.P. Instalações elétricas prediais. São Paulo; Érica, 1993.

o Se não constar o local de publicação, utilizar [S.I.]


o Se não constar a editora, utilizar [s.n.]
o Se não constar o ano, utilizar [s.d.]
o Se não constar o local de publicação, nem a editora, utilizar
[S.I.:s.n.]
o 2 autores: SILVA, J.M.; SOUZA, C.B.
o 3 autores: SILVA, J.M.; SOUZA, C.B.; GERMANO, H.L.
o Mais de 3 autores – SILVA, J.M. et al.

Esses são elementos básicos, mas podem ser necessários outros:


 Livros traduzidos
Autor(es), título: subtítulo (se houver), tradutor (se houver), edição (se
houver), local, editora e data de publicação.
Ex: STOKER, H.S.; SEAGER, S.L. Química ambiental: contaminación del aire y del
agua. Tradução de Ramos Navarro. Barcelona: Blume, 1987.

 Nova edição de livro:


Deve-se acrescentar o número da edição antes do local de edição.
Ex: MACYNTYRE, A.J. Bombas e instalações de bombeamento. 2.ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 1987.

41
Como fazer a referenciação de parte de um Livro? Afinal, nem
sempre li ele todo! Ou todo ele serve como referência ao meu texto.
Elementos essenciais: autor, título da parte, subtítulo (se houver),
seguidos da expressão “In.” e da referência completa da publicação, número
de páginas ou volume.
Exemplo de referenciação de um capítulo de livro:
RAMOS, Maurivan G; MORAES, Roque. A avaliação em Química: contribuição aos
processos de mediação da aprendizagem e de melhoria do ensino. In. SANTOS, Wildson
L.; MALDANER, Otavio A. (Orgs.) Ensino de Química em Foco. Ijuí: Unijuí, 2010. p. 313-
330.

 Documentos oficiais nacionais/estaduais


Ex1: BRASIL. Orientações Curriculares para o Ensino Médio: Ciências da
Natureza, Matemática e suas Tecnologias/Secretaria de Educação Básica. V. 2, Brasília:
MEC/SEDUC, 2006.

Ex2: SEDUC/RS - Secretaria de Educação do Estado do Rio Grande do Sul.


Proposta pedagógica para o ensino médio politécnico e educação profissional
integrada ao ensino médio - 2011-2014. SEDUC/RS: Porto Alegre, 2011.
Ex3: Medida provisória online

BRASIL. Medida provisória nº 621, de 8 de julho de 2013. Institui o Programa Mais


Médicos e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil,
Poder Executivo, Brasília, DF, 9 jul. 2013. Seção 1, p.1. Disponível em:
<http://www.in.gov.br/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=1&data=09/07/2013>.Acesso
em: 27 ago. 2013.

 Filmes
TÍTULO DO FILME. Indicação de responsabilidade. Outras indicações
de responsabilidade. Local: Produtora, ano. Duração em minutos. DVD/ ou
Disponível em: <>. Acesso em: nov. 2012.
Ex: Blade Runner. Direção: Ridley Scott. Produção: Michael Deeley. Interpretes:
Harrison Ford; Rutger Hauer; Sean Young; Edward Ward; James Olmos e outros. Roteiro:
Hampton Fancher e David Peoples. Música: Vangelis. Los Angeles: Warner Brothers, 1991.
DVD (117MIN).

42
 Vídeos do Youtube:
A ABNT ainda não fala nada sobre eles, mas podemos fazer algumas
adaptações ao formato.
TÍTULO DO FILME. Indicação de responsabilidade. Outras indicações
de responsabilidade. Local: Produtora, ano. Duração em minutos. Disponível
em: <>. Acesso em: nov. 2012.
Ex: Criança a Alma do Negócio. Direção: Estela Renner. Produção: Marcos Nisti.
Documentário, 49’13". Disponível
em: <https://www.youtube.com/watch?v=KQQrHH4RrNc>. Acesso em novembro de 2012.

 Documentos online
Livro: GUERRINI, D.P. Instalações elétrica prediais. São Paulo: Érica, 1993.
Disponível em: <http://www._______________>. Acesso em: 16 abr. 2004.

Revista: CARVALHO, Lizete M.; MARTINEZ, Carmem L. Avaliação Formativa: a


auto-avaliação do aluno e a autoformação de Professores. Ciência & Educação. v. 11, n. 1,
p. 133-144, 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ciedu/v11n1/11.pdf>. Acesso
em 30 de ago. 2012.

Jornal: SILVA, I.G. Pena de morte para o nascituro. O Estado de São Paulo, São
Paulo, 19 set. 1997. Caderno 1, p.3. Disponível em:<http://www.______________>.
Acesso em: 20 fev. 2004.

Como apresento a referência de outros conteúdos disponíveis na


Internet?
Muitos textos disponíveis na Internet não têm numeração de página ou
mesmo autoria indicada. Arrabal (2010) alerta que, antes de citar um
conteúdo disponível na WEB, você deve avaliar o texto em relação a sua
qualidade e credibilidade. No entanto, caso seja necessário, o autor orienta
que se proceda da seguinte forma a refereciação:

Texto de site ou blog com autor, título e data:


ARRABAL, Alejandro Knaesel. Publicação de artigos científicos. Prática da
Pesquisa, set. 2010. Disponível em:
<http://www.praticadapesquisa.com.br/2010/09/publicacao-de-artigos-cientificos.html>.
Acesso em: 9 out. 2011

43
Na hipótese de não ter autor nem responsável, pense 10 vezes antes de
utilizar este conteúdo (ARRABAL, 2010).

Texto de site ou blog sem autor e data:


ALGUMAS dicas para escrever bem. Disponível em:
<http://www.pucrs.br/famat/viali/orientacao/leituras/textos/Escrever.pdf >. Acesso em: 9
out. 2011.

A referenciação tem regras, basta segui-las. Para isso sempre é


importante ter essas regras por perto, para não “perder” referências que
ajudam na sua pesquisa.
Mas para quais materiais eu faço a referenciação? A respostas é
simples: para aqueles que foram citados no meu texto.

Mas o que é uma citação e como faço?


A Citação pode ser definida como sendo a transcrição literal ou
interpretação parcial de algum texto ou referencial teórico consultado.
Dependo se realizamos transcrição literal do texto ou a
interpretação de uma ideia, podemos ter diferentes modos de se fazer a
citação no texto:
• Citação direta: transcrição literal do texto. Indicada pelo sobrenome
do autor, ano de publicação e número da página.
• Citação indireta: interpretação de partes do texto. Indicada pelo
sobrenome do autor e ano de publicação.
• Citação de citação: citação de obra a qual não se obteve acesso
físico.
• Indicada pelo sobrenome do autor que escreveu 1º, ano e página
(se for o caso) seguido da expressão apud (ou citado por),
sobrenome do autor da obra que você leu, ano de publicação e
número da página.

44
Citação direta
 Até 3 linhas iguais ao texto original:
Não precisa recuo, o trecho fica dentro do texto entre aspas. Precisa
colocar autor(es), ano e página.
Exemplos:

Ex. 1: Segundo Magalhães (2001, p. 18), as “relações Interpessoais são as trocas,


as comunicações, os contatos entre as pessoas”, o que permite dizer que as redes sociais
e o convívio com amigos de fora de escola têm impacto nas amizades.

Ex. 2: As “relações Interpessoais são as trocas, as comunicações, os contatos entre


as pessoas” (MAGALHÃES, 2001, p. 18).

Perceba que as citações são referentes a recortes de trechos do livro


que é referenciado como:
MAGALHÃES. Lucilla R. Aprendendo a lidar com a gente: relações interpessoais
no cotidiano. 2. ed., Salvador: Casa da Qualidade, 2001.

Devem ser indicadas as supressões, comentários, ênfase ou destaques,


do seguinte modo: supressões: [...], interpolações, acréscimos ou
comentários: [ ], ênfase ou destaque: grifo, negrito ou itálico, etc...;

 Mais de três linhas iguais ao texto original:


Recuo de 4 cm da margem esquerda. Não usar aspas, letra menor e
entrelinhas simples.
Exemplo:
Segundo Magalhães (2001, p. 18):
Relações Interpessoais são as trocas, as comunicações, os contatos entre as
pessoas. Uns interagindo com os outros nas mais diferentes situações que
fazem parte da existência humana. Enfim, eu diria, sem considerar maiores
implicações, que é uns fenômenos corriqueiros, prosaicos e simplórios de
gente lidando com gente.

45
Citação indireta
Incluída no texto, sem aspas. Número da página é opcional. Observe
que neste caso você reescreve ou utiliza-se de ideias do autor, sem fazer cópia
literal de trecho do texto original.
Ex.: Com base no conceito de relações interpessoais de Magalhães (2001) podemos
afirmar que redes sociais e roda de amigos são espaços privilegiados para as interações
entre pessoas, como aquelas entre amigos.

Citação de citação
Pode ser direta ou indireta, respeitando a formatação das mesmas.
Ex.: As relações interpessoais dependem do contexto social, histórico e cultural em que as
pessoas acabam perpassando, portanto elas tem significados distintos para diferentes
sujeitos (VIGOTSKI, 2001, apud MAGALHÃES, 2001).
Apud = citado por
Observe que a autora com sobrenome Magalhães fez citação indireta do
texto do Vigotski. No caso, você não leu o texto do Vigotski (2001), mas
apenas da Magalhães (portanto, é citação de citação). Ou seja, a afirmação
de Magalhães tem como referencial teórico o escrito de Vigotski.

Citação de texto de site ou blog


Você deve apresentar a primeira palavra do título do texto em letras
maiúsculas, seguida de reticências e do ano (caso tenha a informação).
Ex.: “Desnecessário faz-se empregar estilo de escrita demasiadamente rebuscado,
segundo deve ser do conhecimento inexorável dos copidesques. Tal prática advém de
esmero excessivo que beira o exibicionismo narcisístico.” (ALGUMAS..., 2011).

46
_______________________

CAPÍTULO 6
A Importância da Ética na Pesquisa

Por que eu preciso fazer citação e


referenciação no meu texto?

Para não cometer o crime de plágio!

O tema do plágio gera crescentes inquietações quanto à ética e


honestidade na escrita. O plágio é um desvio de autoria, pois consiste na
apropriação indevida de ideias ou palavras sem que se dê crédito ao autor
original; ele desrespeita, de um lado, o direito do autor de ser reconhecido por
seu trabalho e, de outro, a expectativa do leitor de acessar um texto inédito
(DINIZ e MUNHOZ, 2011).
Acreditamos que você não queira passar vergonha, não é mesmo?
O plágio acadêmico se configura quando um aluno retira, seja de
livros ou da Internet, ideias, conceitos ou frases de outro autor (que
as formulou e as publicou), sem lhe dar o devido crédito, sem citá-lo
como fonte de pesquisa. Trata-se de uma violação dos direitos
autorais de outrem. Isso tem implicações cíveis e penais. E o
“desconhecimento da lei” não serve de desculpa, pois a lei é pública
e explícita. (NERY, et al., s.d., p.1).

No Brasil, a preocupação ética com esse tema tem inspirado ações de


distintas entidades. Recomendação: “Que as instituições do país [...]
conscientizem os alunos que o plágio é uma violação acadêmica, seja no
ensino fundamental, ensino médio ou universitário. O plágio, além de violação
acadêmica, é uma prática ilegal”. (DCIP/BRISPE, 2012, p. 556), conforme
consta na figura abaixo:

47
Fonte: http://www.noticias.uff.br/arquivos/cartilha-sobre-plagio-academico.pdf.
Imagem cedida pelos autores.

48
_______________________

CAPÍTULO 7
A Formatação de Texto e de Trabalho Final

Bem, você que está fazendo um trabalho de acordo com as normas da


ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – e utiliza o Microsoft
Word®, com certeza terá muito mais facilidade para deixar tudo exatamente
como precisa ser feito, sem risco de cometer algum erro, seguindo os passos
deste resumo, pois as configurações oferecidas pelo Word são fáceis de
serem realizadas e podem ser aplicadas a qualquer documento.

Na realização do seu trabalho, você terá duas opções de fontes que


poderão ser utilizadas. Ambas estão de acordo com a ABNT, ficando ao seu
critério escolher a fonte que desejar, sendo elas: Arial e a Times New Roman;
e independente da fonte que selecionar, no texto produzido, seu tamanho
usualmente será de 12 pontos (12 pt).

O “Recuo” e o “Espaçamento” também precisam de atenção para serem


configurados de forma correta. Na opção “Parágrafo” do programa, que fica na
aba “Início”, você vai escolher a opção para abrir a janela de “Parágrafo” e no
campo “Alinhamento” deixar selecionada a opção “Justificada”. Em seguida,
configure da seguinte forma: nível do tópico – com corpo do texto.

Na opção “Recuo” vá em área especial e selecione a primeira linha, sem


seguida escolha 1,25 cm. E para que o “Espaçamento” fique exatamente como
determina a ABNT, é preciso escolher no campo “espaçamento entre linhas”
a opção “1,5 linhas”.

Quando chegar no “Modelo de Capa” utiliza o alinhamento


“Centralizado”, inserindo em maiúsculo o nome da instituição, bem na primeira
linha. O “autor” você insere entre 2 e 4 espaços utilizando 1,5 de entrelinhas e
se for vários autores, eles deverão ficar um em cada linha.

O “título” vem depois de 12 a 15 espaços de 1,5 entrelinhas e o “local” e


o “ano” depois da última linha com o nome do título. Releia algumas vezes

49
todas estas normas acima e vai configurando aos poucos que você não
encontrará dificuldades.

Formato

O formato pode ser entendido como a formatação geral de apresentação


do trabalho, e geralmente segue as normas abaixo:

 Tamanho do papel: A4 (21,0 cm x 29,7 cm);


 Margens: 3cm superior e esquerda, 2 cm inferior e direita.
 Cor da fonte: preta em todo o trabalho
 Tamanho da fonte do corpo do texto: 12
 Tamanho da fonte de tamanho 10 para:
o Citações longas;
o Notas de rodapé;
o Legendas;
o Paginação;
 Espaçamento entre linhas 1,5 para todo corpo do texto e de 1,0 (simples)
para:
o Citações diretas (mais de 3 linhas);
o Notas de rodapé;
o Legendas dos elementos especiais (gráficos, figuras, quadros e
tabelas)
o Referências Bibliográficas
 Recuo de primeira linha dos parágrafos: 2 cm;
DICA: Não se esqueça de ir em aba “Papel” do Word e marcar a
opção “A4” para o formato da folha, com as medidas 21,0 X 29,7 cm.

Paginação

 A numeração deve aparecer a partir dos elementos “textuais”, ou seja,


da introdução até o final do trabalho.
 As páginas pré-textuais são contadas, mas não numeradas.

50
 A posição da paginação deve ser à 2 cm da borda superior da folha.

Títulos e Subtítulos

 São separados do texto que os precede e sucede por 1 espaço de 1,5


 A indicação é que o destaque destes elementos é feito utilizando-se
negrito, itálico, maiúsculas e sublinhado.
 O alinhamento deve seguir a posição horizontal da 1º letra caso haja
mais de 1 linha compondo o título ou subtítulo.

Indicativo numérico

 Normalmente, a numeração dos títulos e subtítulos é feita iniciando-se


pela introdução e terminando-se na conclusão.
 A numeração é feita em algarismos arábicos e separadas do texto por
um espaço em branco (sem ponto ao final do número).

Títulos sem indicativo numérico

Existem alguns títulos que não recebem numeração e, por esta razão,
são centralizados na página. São eles:

 Agradecimentos;
 Resumo;
 Listas (figuras, gráficos, tabelas, quadros);
 Sumário;
 Referências;
 Apêndices e Anexos.

OBS: Apesar deste padrão, alguns orientadores pedem para não se


numerar a introdução.

Figuras, gráficos, quadros e tabelas


A legenda de qualquer desses elementos deve aparecer na parte
superior das mesmas, precedido pela designação correspondente e respectivo
número consecutivo.

51
Na parte inferior, indicar a fonte (referência) de onde a mesma foi obtida.
Caso o próprio autor do trabalho tenha “construído” o elemento em
questão, citar a fonte como: “do autor”.

Notas de rodapé
As notas são separadas do texto por uma linha de 5cm, alinhada à
margem esquerda do documento;
Seguem alinhamento padronizado dos caracteres tendo-se por base a
posição vertical da primeira letra.

Apesar das normas serem claramente definidas, cada instituição\orientador


estabelece suas próprias normas, as quais apresentam pequenas variações
destas. A orientação é que você estudante pesquise para se informar das
normas a serem seguidas. A orientação geral é a de seguir o que o
orientador coordenar.

52
_______________________

REFERÊNCIAS CONSULTADAS

ABNT. Disponível em: <http://www.abnt.org.br/>. Acesso em: 05 jun.


2016.
ARRABAL, Alejandro Knaesel. Como apresentar citações de conteúdos
disponíveis na Internet?. Prática da Pesquisa, set. 2010. Disponível em:
<http://www.praticadapesquisa.com.br/2011/10/como-apresento-citacoes-de-
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BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica.
Diretoria de Currículos e Educação Integral. Diretrizes Curriculares
Nacionais Gerais da Educação Básica. Brasília: MEC/SEB/DICEI, 2013.
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de janeiro de 2012. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino
Médio (DCNEM). Diário Oficial da União, Brasília, 31 de janeiro de 2012.
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o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID e dá outras
providências. Diário Oficial da União. Brasília, 2010. Disponível em:
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Parâmetros Curriculares Nacionais Ensino Médio. Brasília: MEC/SEB,
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BRASIL. PIBID: Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à
Docência / Ministério da Educação – Fundação Capes. Disponível em:
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<http://pt.slideshare.net/JerfsonAbreuBrito/slide-relatrio-estrutura>. Acesso
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CAJUEIRO, Roberta Liana Pimentel. Manual para elaboração de
trabalhos acadêmicos: guia prático do estudante. Petrópolis/RJ: Vozes,
2012.
DCIP/BRISPE. Declaração Conjunta sobre Integridade em Pesquisa:
II Encontro Brasileiro de Integridade em Pesquisa, Ética na Ciência e em
Publicações. Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre: BRISPE, 2012, p. 555-
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Disponível em:
<http://www.cesed.br/portal/documentos/posgraduacao/roteiroelaboracaorela
toexperiencia.pdf>. Acesso em: 11 mai. 2016.
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UNICEUB. 34 slides. Color. Disponível em:
<http://www.formatacao.com/ABNT.ppt.ppt>. Acesso em: 10 mai. 2016.

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