Versão Final EBOOK - PROJETOS EDUCATIVOS - VOL 7
Versão Final EBOOK - PROJETOS EDUCATIVOS - VOL 7
Versão Final EBOOK - PROJETOS EDUCATIVOS - VOL 7
PROJETOS EDUCATIVOS
BEM-SUCEDIDOS NA EDUCAÇÃO BÁSICA:
vivências de professores em situações de
desenvolvimento e aprendizagem
2021
Conselho Editorial
Dr. Clívio Pimentel Júnior - UFOB (BA)
Dra. Edméa Santos - UFRRJ (RJ)
Dr. Valdriano Ferreira do Nascimento - UECE (CE)
Drª. Ana Lúcia Gomes da Silva - UNEB (BA)
Drª. Eliana de Souza Alencar Marques - UFPI (PI)
Dr. Francisco Antonio Machado Araujo – UFDPar (PI)
Drª. Marta Gouveia de Oliveira Rovai – UNIFAL (MG)
Dr. Raimundo Dutra de Araujo – UESPI (PI)
Dr. Raimundo Nonato Moura Oliveira - UEMA (MA)
Dra. Antonia Almeida Silva - UEFS (BA)
Editoração
Acadêmica Editorial
Diagramação
Danilo Silva
Capa
Acadêmica Editorial
ISBN: 978-65-88307-90-8
CDD: 370.7
Bibliotecária Responsável:
Nayla Kedma de Carvalho Santos – CRB 3ª Região/1188
DOI: 10.29327/538231
Link de acesso: https://doi.org/10.29327/538231
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO...................................................................................................
APRESENTAÇÃO ...................................................................................................7
7
CULTURA DIGITAL E ENEM: COMPARTILHANDO CONHECIMENTO
CIENTÍFICO..........................................................................................................
CIENTÍFICO .......................................................................................................... 13
Cisnara Pires Amaral
Sonaira Canterle de Oliveira
DOI: 10.29327/538231.1-1
APRESENTAÇÃO
A educação é movimento e constitui o ser humano em sua
singularidade e generalidade. Ela também é o processo pelo qual a
sociedade medeia a aquisição da essência humana em cada indivíduo. Nessa
compreensão, as práticas educativas bem-sucedidas são imprescindíveis
para o desenvolvimento e a aprendizagem dos educandos. Elas se objetivam
no contexto escolar pela mediação de diversas ações e o trabalho com
projetos educativos é uma delas.Nesse sentido, esta coletânea reúne textos
que trazem relatos de experiências e pesquisas desenvolvidas no contexto da
educação básica com foco em projetos bem-sucedidos.
A pesquisa é atividade que constitui o agir humano para criar as
condições de existência, porque o ser humano necessita conhecer os materiais
e objetos de sua ação para atingir um fim. Na produção do conhecimento
científico a pesquisa é conteúdo principal e para a pesquisa em educação
ela se constitui em sua essência, porque sem conhecer o desenvolvimento
humano com suas necessidades não criamos as mediações necessárias
para produção de conhecimento e consequentemente não alcançaremos o
desenvolvimento do pensamento teórico.
Quando não conhecemos como se organizar o ensino, ao tratarmos
da educação escolar, não criamos mediações necessárias para educação dos
indivíduos, a docência fica em sua aparência, o que pode acontecer é criar
condições de aprendizagem, mas essas não impulsionarão o desenvolvimento.
As pesquisas que compõem essa coletânea são provocativas para que
façamos pesquisas em educação e o conteúdo principal são as práticas bem
sucedidas.
Ao pensar a pesquisa como essência de práticas humanas bem
sucedidas, estamos nos referindo à realidade natural e social como fonte de
conhecimento, e considerando o que explica Bandeira (2015, p. 20) ao tratar
da relação ciência e pesquisa:
Compreender que a fonte do conhecimento e a realidade material
que influencia o ser humano e lhe causa sensações, percepções,
bem como interpretações e transformações, implica entender que
ciência e pesquisa tem como base granítica a pratica real que impõe
determinadas necessidades ao conhecimento, que exige ação
resolutiva e, em decorrência, faz o conhecimento prosperar.
Apresentação
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PROJETOS EDUCATIVOS BEM-SUCEDIDOS NA EDUCAÇÃO BÁSICA:
vivências de professores em situações de desenvolvimento e aprendizagem
Apresentação
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PROJETOS EDUCATIVOS BEM-SUCEDIDOS NA EDUCAÇÃO BÁSICA:
vivências de professores em situações de desenvolvimento e aprendizagem
Apresentação
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PROJETOS EDUCATIVOS BEM-SUCEDIDOS NA EDUCAÇÃO BÁSICA:
vivências de professores em situações de desenvolvimento e aprendizagem
REFERÊNCIA
Introdução
Metodologia
Resultados e discussão
Sim 42 100%
Em parte 0 0%
Não 0 0%
Sim 42 100%
Em parte 0 0%
Não 0 0%
Considerações finais
Referências
OS DESENHOS DA FORMAÇÃO NA
OFICINA DE DESENHO
Gilvânia Maurício Dias de Pontes
DOI: 10.29327/538231.1-2
Introdução
4 O regime de interação por contágio é uma formulação de Eric Landowski a partir do livro Da
Imperfeição de A. J. Greimas. O contágio dos sentidos ocorre no encontro entre actantes, como
corpos co-presentes que se relacionam – corpos condutores que se contagiam. Landowski
diz que nessa interação ambos os actantes são modificados em contágio. A percepção dos
sentidos não se dá apenas na dimensão cognitiva, o encontro é estesico, marcado por um
sentir que mobiliza todo o corpo ao significar. Um sentido sentido –sentido enquanto processo
de significação e sentido estesia. Na produção do sentido sentido a relação entre os actantes
é intersomática além de intersemiótica (PONTES, 2013).
Gilvânia Maurício Dias de Pontes
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vivências de professores em situações de desenvolvimento e aprendizagem
Fonte: http://lucimarbello.com.br/site/desenhos-de-comer-espaco-vitrine/
frutas, biscoitos, café, bolo, entre outros, foram dispostos em uma mesa e,
em seguida, serviram de imagens referências para produção de desenhos e
reflexão sobre estesia, estética e arte.
Figura 2 – Mesa de lanche
Referências
Introdução
Desenvolvimento
USO DE NARRATIVAS PARA O ENSINO DE ARITMÉTICA
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Lucas Silva Pires - Carlos Alberto Gaia Assunção - Marc Santos Peyrerol
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vivências de professores em situações de desenvolvimento e aprendizagem
Lucas Silva Pires - Carlos Alberto Gaia Assunção - Marc Santos Peyrerol
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vivências de professores em situações de desenvolvimento e aprendizagem
Lucas Silva Pires - Carlos Alberto Gaia Assunção - Marc Santos Peyrerol
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vivências de professores em situações de desenvolvimento e aprendizagem
Lucas Silva Pires - Carlos Alberto Gaia Assunção - Marc Santos Peyrerol
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Conclusão
Referências
Lucas Silva Pires - Carlos Alberto Gaia Assunção - Marc Santos Peyrerol
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USO DE AMOSTRAS DE
MICRORGANISMOS ENCONTRADOS NAS
RAÍZES DO MURURÉ (PISTIA
(PISTIA STRATIOTES)
STRATIOTES)
COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA NO
ENSINO REMOTO DE BIOLOGIA PARA
TURMAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA
Arilson Quaresma de Moraes
Natanael Charles da Silva
DOI: 10.29327/538231.1-4
Introdução
USO DE AMOSTRAS DE MICRORGANISMOS ENCONTRADOS NAS RAÍZES DO MURURÉ (Pistia stratiotes) COMO
FERRAMENTA PEDAGÓGICA NO ENSINO REMOTO DE BIOLOGIA PARA TURMAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA
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vivências de professores em situações de desenvolvimento e aprendizagem
Material e Métodos
Para que pudéssemos produzir o material que seria utilizado nas aulas
remotas, foi necessário inicialmente a coleta do mururé. Esta, bem como
cuidados posteriores no laboratório, foi realizada no ano de 2019 (portanto
antes do início da Pandemia), para tal, foi criado um roteiro metodológico com
a intenção de evitar quaisquer imprevistos que pudessem surgir durante a
investigação.
Este roteiro consistiu em uma pesquisa piloto do tipo exploratória,
conversas informais com moradores das proximidades, coleta do
Mururé (Pistia stratiotes), armazenamento e transporte para o local de
desenvolvimento da pesquisa laboratorial. Em seguida foi realizada a
identificação dos microrganismos através de sua morfologia, além de registro
escrito e fotografias que servirem de base para a identificação e classificação
taxonômica.
As observações foram realizadas de maneira natural, ou seja, sem
a utilização de corante ou qualquer outro elemento químico, os materiais
utilizados, foram: Microscópio Óptico, Lâmina, Lamínula, Placa Petri, Estilete,
Pipeta, Caderno de Desenho, Câmera de Celular.
USO DE AMOSTRAS DE MICRORGANISMOS ENCONTRADOS NAS RAÍZES DO MURURÉ (Pistia stratiotes) COMO
FERRAMENTA PEDAGÓGICA NO ENSINO REMOTO DE BIOLOGIA PARA TURMAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA
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Resultados e Discussão
USO DE AMOSTRAS DE MICRORGANISMOS ENCONTRADOS NAS RAÍZES DO MURURÉ (Pistia stratiotes) COMO
FERRAMENTA PEDAGÓGICA NO ENSINO REMOTO DE BIOLOGIA PARA TURMAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA
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vivências de professores em situações de desenvolvimento e aprendizagem
USO DE AMOSTRAS DE MICRORGANISMOS ENCONTRADOS NAS RAÍZES DO MURURÉ (Pistia stratiotes) COMO
FERRAMENTA PEDAGÓGICA NO ENSINO REMOTO DE BIOLOGIA PARA TURMAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA
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vivências de professores em situações de desenvolvimento e aprendizagem
Figura 6 – Nuvem de palavras expressando a reação dos alunos sobre as atividades práticas
realizadas.
Observamos com isso, que tivemos uma boa aceitação dos discentes
com relação as práticas apresentadas e que mesmo de forma remota
conseguimos atingi-los de alguma maneira, contribuindo com o processo de
ensino e aprendizagem destes alunos na disciplina de biologia.
Conclusão
Referências Bibliográficas
USO DE AMOSTRAS DE MICRORGANISMOS ENCONTRADOS NAS RAÍZES DO MURURÉ (Pistia stratiotes) COMO
FERRAMENTA PEDAGÓGICA NO ENSINO REMOTO DE BIOLOGIA PARA TURMAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA
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vivências de professores em situações de desenvolvimento e aprendizagem
USO DE AMOSTRAS DE MICRORGANISMOS ENCONTRADOS NAS RAÍZES DO MURURÉ (Pistia stratiotes) COMO
FERRAMENTA PEDAGÓGICA NO ENSINO REMOTO DE BIOLOGIA PARA TURMAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA
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vivências de professores em situações de desenvolvimento e aprendizagem
Introdução
Recursos utilizados
A regência deste dia foi realizada pela autora, com a exibição do filme
“Como as estrelas no céu, cada criança é especial” (Figura 2). O objetivo foi
proporcionar aos alunos (futuros professores) um repensar sobre o papel do
educador frente à educação especial na perspectiva da educação inclusiva
e, ainda despertar nos discentes, um olhar voltado para as potencialidades
e particularidades do aluno com necessidades de aprendizagem, a fim de
estabelecer uma estratégia para um melhor desenvolvimento do ensino-
aprendizagem na sala de aula. Na oportunidade, foi entregue à turma no início
da aula, uma lista de questões para auxiliar na reflexão sobre o filme. Ao final
da aula, os alunos verbalizaram sua percepção sobre o filme, pontuando a
importância do papel do professor diante da dificuldade apresentada pelo
seu aluno.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Taare_Zameen_Par
Referências
PEREIRA, M. C. C.; CHOI, D.; VIEIRA, M. I.; GASPAR, P.; NAKASATO, R. Libras
Conhecimento Além dos Sinais. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011.
Introdução
É muito difícil trabalhar dessa forma, sendo que são eles dois [referindo-
se alunos PAEE] e mais 28 alunos. Não tenho nenhuma capacitação para
trabalhar com esse tipo de aluno, as capacitações que aparecem são todas
pagas e caras, não temos condições de tirar do bolso e pagar. Diamante
Considerações finais
Referências
Introdução
PIBID: FORMAÇÃO CONTINUADA EM EDUCAÇÃO INCLUSIVA PARA O/A PROFESSOR/A DA ESCOLA BÁSICA
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vivências de professores em situações de desenvolvimento e aprendizagem
Estratégia metodológica
PIBID: FORMAÇÃO CONTINUADA EM EDUCAÇÃO INCLUSIVA PARA O/A PROFESSOR/A DA ESCOLA BÁSICA
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PIBID: FORMAÇÃO CONTINUADA EM EDUCAÇÃO INCLUSIVA PARA O/A PROFESSOR/A DA ESCOLA BÁSICA
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PIBID: FORMAÇÃO CONTINUADA EM EDUCAÇÃO INCLUSIVA PARA O/A PROFESSOR/A DA ESCOLA BÁSICA
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vivências de professores em situações de desenvolvimento e aprendizagem
“sala polo” para atender aos alunos das escolas próximas, como a da Escola
Municipal São Gonçalo do Retiro, que atende também alunos de mais duas
escolas municipais localizadas no mesmo bairro.
A educação inclusiva ainda encontra muitos obstáculos para sua
efetivação nas escolas públicas, sendo a formação do(a) professor(a) da
escola regular imprescindível no sentido de adquirir novos conhecimentos
e promover aprendizagens significativas para os(as) alunos(as). Importante
ressaltar que o(a) docente deve conhecer algumas especificidades das
deficiências para atender às particularidades de cada aluno(a) e desenvolver
práticas escolares que atendam às necessidades do público alvo da educação
especial (PAEE).
Acreditamos que a formação do(a) professor(a) pode influenciar de
várias formas na sua atuação em sala de aula. A partir da produção de recursos
didáticos, adequação das atividades para contribuir com a aprendizagem
do(a) aluno(a) e, principalmente, estabelecer uma relação de respeito e
confiança com a turma. O(a) professor(a) é o(a) mediador(a) na construção do
conhecimento e facilitador(a) da aprendizagem. É ele(a) que está diariamente
em contato com os(as) estudantes. Portanto, a formação do(a) professor(a) é
fundamental para aperfeiçoar e ressignificar sua práxis pedagógica.
A necessidade de uma política global de formação e valorização
dos profissionais da educação que contemple de forma articulada
e prioritária formação inicial, formação continuada e condições de
trabalho, salários e carreira, com a concepção sócio- histórica do
educador a orientá-la, faz parte das utopias e do ideário de todos os
educadores e das lutas pela educação pública nos últimos 30 anos.
(FREITAS, 2007, p.143)
PIBID: FORMAÇÃO CONTINUADA EM EDUCAÇÃO INCLUSIVA PARA O/A PROFESSOR/A DA ESCOLA BÁSICA
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vivências de professores em situações de desenvolvimento e aprendizagem
Fonte: Acervo do subprojeto Educação inclusiva na escola básica: superando limites, aco-
lhendo desafios
PIBID: FORMAÇÃO CONTINUADA EM EDUCAÇÃO INCLUSIVA PARA O/A PROFESSOR/A DA ESCOLA BÁSICA
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vivências de professores em situações de desenvolvimento e aprendizagem
Algumas considerações
Referências
MANTOAN, Maria Teresa E. Inclusão Escolar: o que é? Por quê? Como fazer?
São Paulo, Moderna, 2003.
PIBID: FORMAÇÃO CONTINUADA EM EDUCAÇÃO INCLUSIVA PARA O/A PROFESSOR/A DA ESCOLA BÁSICA
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vivências de professores em situações de desenvolvimento e aprendizagem
Introdução
5 Lei n. 11.684, de 2 de junho de 2008, altera o art. 36 da LBD/1996 (Lei n. 9.394), tornando a
Filosofia e a Sociologia disciplinas obrigatórias nos currículos do ensino médio.
6 Lei n. 5.692 de 1971, Leis de Diretrizes e Base da Educação Nacional que altera
radicalmente a organização do ensino nacional conforme era estabelecido pela LDB de 1961
(Lei n. 4.024/61).
EQUIDADE E DIREITOS HUMANOS NA ESCOLA: CONTRIBUIÇÕES DA PESQUISA EM CIÊNCIAS
SOCIAIS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA
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vivências de professores em situações de desenvolvimento e aprendizagem
Considerações finais
15 O filme de Silvio Tendler, Encontro com Milton Santos ou O Mundo Global visto do lá de
cá. Melhor filme Júri Popular do Festival de Brasília em 2006. Grande recurso pedagógico.
Adriana Franco de Queiroz
121
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vivências de professores em situações de desenvolvimento e aprendizagem
estudantes pelas gestões escolares não são meros problemas técnicos, têm
dimensão política, por reproduz a dominação da classe trabalhadora nesses
detalhes (PARO, 2012). As dificuldades administrativas das escolas públicas
são muitas, mesmo na gestão democrática com a existência de conselhos
deliberativos da escola.
A atuação docente requer conhecimentos diversos para dar conta do
ensino que demanda interdisciplinaridade e transversalidades16. A formação
dos jovens no Ensino Médio é crucial, porque para muitos desses jovens esse
ciclo educacional representa a última situação de estudo. Neste sentido, é
fundamental aproveitar esse ciclo para trabalhar conteúdos e questões
que os instrumentalize para a vida adulta. Muitos jovens nem concluem o
ensino médio, devido a inserção no mercado de trabalho por necessidades
materiais, não conseguindo assim alcançar a educação superior. Portanto
na formação básica é imprescindível tratar da transversalidade dos Direitos
Humanos na vida social demonstrando como a participação política pode
favorecer a inserção social. Esses conhecimentos os possibilita lutar pela
dignidade humana como direito adquirido, que deve ser garantida para todos
indistintamente.
A construção de sociedades mais justas, como meta da educação é
um sonho coletivo, uma utopia possível. Para atingir essa meta a pesquisa
é condição sine ne qua non na formação de professores (FREIRE, 2020) Não
se trata de formar professores pesquisadores, pois a tarefa de ensinar é por
se só muito exaustiva. Mas, de prepará-los para combater os “sistemas de
dominação – o racismo, o sexismo, a exploração de classe e o imperialismo.”
(HOOKS, 2017, p. 42). A percepção dos docentes sobre os indivíduos, assim
como suas concepções acerca do tratamento dos indivíduos na sociedade,
são cruciais para o desempenho profissional.
A educação brasileira é marcada por contradições, para reinventá-
la faz-se necessário ações integradas. O investimento em estrutura física
e tecnológica das escolas é crucial, assim como a valorização da carreira
docente. O desafio pedagógico é encontrar a justa medida de como conduzir
aulas que atendam as expectativas dos estudantes, sem ser negligente com
o ensino. Para alcançar esses objetivos os educadores precisam atuar como
intelectuais engajados na defesa da educação pública de qualidade, baseada
em princípios éticos e humanitários.
Referencias:
SCHLIEMANN, Analúcia Dias. Na vida dez, na escola zero. 11. Ed. São Paulo:
Cortez, 2001
Adriana Franco de Queiroz
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vivências de professores em situações de desenvolvimento e aprendizagem
Introdução
25
20
15 Turma 102
Turma 300
10
0
Sim Não
30
25
20
15 Turma 102
Turma 300
10
0
Sim Não
TURMA 300 7 9 5 5 6
TURMA 102 12 13 6 3
TURMA 300 11 10 3 3
“Excelente projeto! É uma pena que de fato esses projetos sofram carências
no âmbito escolar, mas vocês contribuíram bastante pro desenvolvimento
sociocultural dessa escola, uma vez que as atividades foram voltadas não
somente para a fala dos aplicadores, mas envolvendo todos. (Professor Luís,
docente efetivo da instituição).
Considerações finais
Com base nas discussões travadas até aqui, podemos concluir que é
de suma importância trabalhar temas relacionados a diversidade cultural no
âmbito escolar, uma vez que esse é um espaço “fértil” para a gênese de novos
pensamentos, onde estes sejam baseados em mentes que estejam abertas a
aceitar as diversas formas de culturas que existem e que ainda irão existir na
sociedade.
Nesse contexto, sentimos que as práticas pedagógicas aplicadas na
escola Centro de Ensino Cidade de São Luís contribuíram para uma melhor
relação entre seus alunos, e, dessa forma, afirmamos que a aplicação dessas
práticas em outros ambientes escolares contribuiria ainda mais para que
a sociedade em massa aprenda que a diversidade é fundamental para o
desenvolvimento da humanidade.
Portanto, não para concluir, mas para provocar ainda mais discussões
acerca do tema trabalhado nessa presente pesquisa, reforçamos que é
necessário que a sociedade esteja preparada para receber de forma inclusiva
as novas culturas que se configuram no seio da sociedade, bem como aceitar
as que já estão presentes. Assim, seria desencadeada uma sociedade cujos
princípios sejam baseados na diversidade cultural e no respeito.
Referências bibliográficas
LAZZARINE, Álvaro. Direito administrativo citado. São Paulo: [s. n.], 1982.
Introdução
em que podem (e devem) ser abordadas essas discussões (FELIPE, 2009), ou,
talvez, a ideia de que o silêncio é melhor para não despertar a curiosidade, ou
não ir contra o suposto modelo de educação que é ensinado na família.
Além disso, atualmente há um movimento nacional bastante
preocupante que, de forma reacionária e violenta, busca proibir as
discussões sobre gênero nas escolas. Esses grupos, pertencentes, ou não,
a representações religiosas, defendem que há a intenção de implantar uma
“Ideologia de gênero” (nome dado por eles) que acabaria com a moral, com a
ética e com as famílias brasileiras. As resistências junto aos representantes
políticos têm sido tão grandes que, em 2013, foi aprovada uma substituição
para o Plano Nacional de Educação que estava vigente, retirando-se as
referências ao conceito de gênero, que primavam pela igualdade de gênero e
pelo combate às discriminações dessa ordem, alterando, consequentemente,
muitos Planos dos estados e municípios brasileiros (BRASIL, 2012; 2014;
REIS; EGGERT, 2017). Infelizmente, o cenário nacional atual aparenta que
“a filiação a um projeto político pedagógico que obedeça a princípios não
discriminatórios parece ser entendida como uma escolha das escolas, e não
como uma obrigação constitucional” (NARDI; QUARTIERO, 2012, p. 74).
Nessa perspectiva, entendendo-se a importância da escola ser um
veículo transmissor de informações adequadas e responsáveis às crianças,
aos jovens e também às suas famílias, e no papel central que os/ professores/
as têm na difusão desse conhecimento, foi realizada uma pesquisa em uma
escola pública, fruto da tese de doutorado da primeira autora, em que se propôs
trabalhar gênero com crianças da primeira série do ensino fundamental,
através de atividades com livros infantis, concomitante à escuta de professoras
também do ensino fundamental dessa mesma instituição (BOTTON, 2017).
Neste artigo, são retratadas as entrevistas com essas professoras sobre os
atravessamentos de gênero em suas práticas cotidianas. Discussões como
essa se mostram importantes e necessárias à medida em que se inova ao
propor um trabalho sobre esses temas já no ensino fundamental, pois grande
parte da literatura mostra as abordagens sobre diversidade sexual e de
gênero no ensino médio, com adolescentes. Com isso, buscou-se identificar
os espaços que meninos e meninas têm para discutir e vivenciar questões
sobre a igualdade de gênero, sobre o empoderamento de meninas e mulheres
e sobre o respeito à diversidade sexual junto às professoras, e como essas
profissionais percebem essas temáticas no contexto escolar em que atuam.
Método
Resultados e discussão
É o tema mais atual. Acho que não tem tema mais atual que esse. Tá se
falando muito nisso e eu vejo que as pessoas estão aceitando melhor. Mas, no
ano retrasado, eu tive um caso que o menininho do primeiro ano não aceitava.
Ele dizia “a amiga da minha mãe” e a irmãzinha, que era da pré-escola, falava
abertamente: “a minha mãe está namorando, tem uma namorada”. Eu não
puxava o assunto, mas ele tratava como “a amiga da minha mãe”. Mas tu vê que
a criança tem mais facilidade para assimilar. A gente já tem aquela formação
de antigamente (Professora Cristina, 54 anos).
Assim, com os grandes eu acho fácil (falar sobre gênero). Difícil é com os
pequenos. Aqui na sala eu tenho um menino que ele é extremamente machista:
“Menina não joga futebol. Menina é pra cozinhar, pra lavar, pra passar. As
meninas são sustentadas pelos homens”. Esse é o discurso dele. Diz ele que
é a mãe que fala. Então, eu fico meio assim de falar qualquer coisa, porque
eu não sei qual é o contexto em que ele está sendo criado e porque que estão
dizendo isso pra ele. O que eu sei é que ele é criado pela mãe, e que essa mãe
tem uma companheira (Professora Carolina, 33 anos).
Não. Sobre gênero, eu não me lembro. E olha que faz anos que eu estou no
magistério e especificamente a questão de gênero, não. Não me recordo.
(Professora Joice, 43 anos)
Não, só na internet. Só cursos em sites da internet. Que tem on line, né. Mas
nada assim que fosse só direcionado às questões de gênero. Eu participo de
alguns grupos do Facebook que falam sobre questões de gênero em todas as
faixas etárias. Até porque muda o linguajar conforme eles estão crescendo (...)
E a partir disso a gente lê muita coisa né, então eu tento adaptar na sala de
aula (Professora Carolina, 33 anos).
assim, que mesmo havendo brechas para práticas que abordem tais temas,
o clima de contestação e de legitimação das resistências está presente no
país. Logo, cabe a reflexão sobre os discursos das professoras entrevistadas,
que relatam a escassez ou a ausência de discussões e informações sobre
as questões de gênero em sua formação docente básica e continuada. Com
tal cenário brasileiro, é compreensível que a realidade seja como a que foi
retratada por elas, com dificuldades e receios para trabalhar sobre isso. Nesse
sentido, demonstra-se a relevância de investimentos nessas fragilidades,
seja através de ações formais nas três esferas de governo, como de ações
pontuais, que consigam, por exemplo, aproximar a academia e suas pesquisas
através da inserção social.
Em contrapartida, uma das professoras conta que teve maior contato
com as temáticas de gênero na sua formação, e sua familiaridade em trabalhar
essas questões fica evidente no relato de suas práticas com as crianças.
Sobre gênero eu tenho a sorte de, no meu curso de formação, ter estudado
bastante. Tive em uma semana acadêmica durante o bacharelado e em uma
disciplina de gênero, que eu fiz na faculdade, só de gênero, que era uma
disciplina DCG (disciplina complementar de graduação). E no meu PIBID
(Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência), um dos projetos
é gênero e trabalho e a gente trabalhou com alunos do ensino médio. E aí,
aqui com os pequenos sempre foi através da fala e de atividades. Até, depois
de ti, outras ideias vieram para trabalhar melhor isso, mas sempre através do
discurso, né. “Ah isso é coisa de guri, isso é cor de guria” (referência ao que
normalmente ocorre), sempre trabalhando com esses pequenos detalhes com
eles, né, desconstruindo essas ideias com os pequenos (Professora Paula, 40
anos).
fazer uma outra atividade e eu misturo, aí não tem uma fila definida e eles
não têm um lugar definido. Mas é bem difícil em função da cultura escolar de
padronizar (Professora Paula, 40 anos).
Eu acho que oportunizando para as crianças, vivências que façam bem isso né,
desmistificando, tanto na parte de jogos, como atividades relacionadas a tudo.
Desde uma culinária, uma atividade desportiva que eles possam trabalhar em
parceria, de igual pra igual, mostrando que a capacidade é igual, não interessa
se é menino ou menina (Professora Joice, 43 anos).
Andressa Botton - Marlene Neves Strey - Ângelo Brandelli Costa
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PROJETOS EDUCATIVOS BEM-SUCEDIDOS NA EDUCAÇÃO BÁSICA:
vivências de professores em situações de desenvolvimento e aprendizagem
Eu acho que não tem preconceito (com relações homossexuais entre alunos/
as). Eu acho que sempre tem uma orientação assim: a supervisão chama,
orienta, pra que não tenha uma conduta muito escrachada, não negando a sua
natureza, né. Mas nenhuma conduta, entre aspas, escandalosa, que vá chocar
as pessoas, né. Respeita e orienta, acho que é mais isso. (...) Respeitando, né,
não negando, nem tentando ocultar (Professora Joice, 43 anos).
Respondi: “que bom, é sinal de saúde”. Então, tipo, se fosse uma professora
que não tivesse esse olhar, trocaria a menina de lugar. E eu não troquei e
continuo com o meu sistema (Professora Paula, 40 anos)
Ah eu acho que sobre o tema a gente deveria ser mais preparado, né. Ter
palestras, pra que a gente pudesse... pra evitar que a gente resolva as coisas de
uma maneira que, muitas vezes, pode não ser a certa. Então se a gente tivesse
um estudo mais eficiente sobre o assunto, mais palestras, seria interessante.
Porque tá se falando muito nisso (Professora Cristina, 54 anos)
Eu acho muito fácil trabalhar com as crianças. Trabalhar sobre tudo. Tudo o que
tu disser eles vão levar pra casa, vão pensar, vão conversar. (...) Eu acho que dá
pra trabalhar tranquilo, mas as professoras precisam ser muito trabalhadas,
muito trabalhadas. (...) A gente teria que ter toda uma sequência de trabalho.
Senão, chega lá e a professora vai dizer: “Não! Tu tem que usar rosa porque tu
é menina”, e assim a escola vai reforçando o que e como acha que tem que ser
(Professora Paula. 40 anos)
Considerações finais
Referências
INDICE REMISSIVO
CULTURA DIGITAL E ENEM: COMPARTILHANDO CONHECIMENTO
CIENTÍFICO
Biologia (1;2;3)
Cibercultura (1)
Conhecimento Científico (1;4;5)
Covid-19 (1;6)
Currículo (1;2)
Educação Humanizadora (8)
ENEM (1;2;3;4;8)
Pandemia (1;5;6)
Protagonismo (1;2;7)
TICs (1;2;7)
OS DESENHOS DA FORMAÇÃO NA OFICINA DE DESENHO
Educação da Infância (22, 23)
Pedagogia (22, 23)
Desenho (22, 23, 24, 27, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 34, 35)
Formação (22, 23, 24, 25, 27, 28, 35)
Interações (22, 25, 26, 27, 28, 29)
Artes Visuais (22, 23, 24, 25)
Leitura e produção de imagens (24, 25, 27, 30, 31, 34)
Experiência Estética (24, 25, 26, 27, 30, 32, 33, 34)
Prática docente (23, 24, 26, 27, 34, 35)
Semiótica Discursiva (22, 25)
INDICE REMISSIVO
170
PROJETOS EDUCATIVOS BEM-SUCEDIDOS NA EDUCAÇÃO BÁSICA:
vivências de professores em situações de desenvolvimento e aprendizagem
INDICE REMISSIVO
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PROJETOS EDUCATIVOS BEM-SUCEDIDOS NA EDUCAÇÃO BÁSICA:
vivências de professores em situações de desenvolvimento e aprendizagem
INDICE REMISSIVO
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PROJETOS EDUCATIVOS BEM-SUCEDIDOS NA EDUCAÇÃO BÁSICA:
vivências de professores em situações de desenvolvimento e aprendizagem
INDICE REMISSIVO
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PROJETOS EDUCATIVOS BEM-SUCEDIDOS NA EDUCAÇÃO BÁSICA:
vivências de professores em situações de desenvolvimento e aprendizagem
INDICE REMISSIVO