Resumo Parto e Disto

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OBSTETRÍCIA Prof. Ana Souza|Distocia e Partograma 2

APRESENTAÇÃO

PROF. ANA SOUZA

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Doc, você está prestes a

co
começar o estudo de um dos temas
mais relevantes para sua prova de
Obstetrícia. Sabe aquele que não
pode faltar na sua programação de
s.
revisão? Partograma e distocia são
temas assim. Você perceberá que o
diagnóstico das distocias pode ser feito pela interpretação do

registro do partograma e que, frequentemente, essa é a forma


eo
o

abordada nas provas de Residência Médica.


ub

Esse é um resumo pensado para reforçar os principais


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tópicos sobre partograma e distocia e ajudá-lo a responder à


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maioria das questões sobre esses temas, mas, se quiser aprofundar


é

seus conhecimentos sobre eles, estude pelo livro Partograma e


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Distocia.
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@profa.anasouza

/estrategiamed Estratégia MED

@estrategiamed t.me/estrategiamed

Estratégia
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Antes de começar, quero alertá-lo que muitas questões sobre partograma e distocia associam conceitos de bacia obstétrica,

co
mecanismo de parto, estática fetal e fases clínicas do parto. Por isso, sugiro que, antes de continuar, você estude esses temas nos livros
sobre bacia obstétrica, pelvimetria, estática fetal, mecanismo de parto e fases clínicas do parto. Agora, uma vez que já os tenha estudado,
é momento de prosseguirmos no entendimento da evolução do trabalho de parto e como registrá-la adequadamente.
s.
Ao concluir esse estudo, você deve ser capaz de:

• Preencher e interpretar adequadamente o partograma;



eo

• Definir o que é distocia e diagnosticar suas diferentes formas; e


o
ub

• Indicar a melhor conduta a partir da interpretação do partograma e/ou diagnóstico da distocia.


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• Vamos lá? A Residência o aguarda!


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Estratégia
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OBSTETRÍCIA Distocia e Partograma Estratégia
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SUMÁRIO

1.0 PARTOGRAMA 5
2.0 DISTOCIA 11
3.0 LISTA DE QUESTÕES 23
4.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 24
5.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS 24

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CAPÍTULO

1.0 PARTOGRAMA
• O QUE É O PARTOGRAMA?

É a forma de representar graficamente o trabalho de parto, permitindo que seja adequadamente acompanhado,
avaliado e documentado.

• QUAIS SÃO OS PARÂMETROS DO TRABALHO DE PARTO QUE PODEM SER REGISTRADOS NO PARTOGRAMA?

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O partograma permite o registro de informações, como:



Dilatação cervical.
Altura da apresentação fetal.
co
s.
• Variedade de posição fetal.
• Frequência cardíaca fetal.
• Número e intensidade das contrações.
• Características da bolsa e do líquido amniótico.

eo

• Intervenções realizadas durante assistência ao trabalho de parto, como orientação de banho, uso de ocitocina e analgesia.
o
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• COMO ESSES PARÂMETROS SÃO REGISTRADOS NO PARTOGRAMA?


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O partograma é preenchido em colunas, sendo que cada uma delas


corresponde a uma hora do trabalho de parto. As linhas associam-se aos


a

parâmetros registrados nele.


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O primeiro grande quadrado do partograma é o mais explorado nas provas


de Residência Médica, inclusive podendo aparecer sozinho, sem o restante do DE OLHO NA PROVA PRÁTICA
documento. Nele, as linhas associam-se ao registro da dilatação e da altura da apresentação
Esse é um tema importante tanto
fetal.
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A dilatação cervical é representada classicamente por um triângulo ( ) ou por um xe para sua prova teórica quanto para
sua prova prática. O examinador
registrada segundo uma escala de um a dez centímetros, localizada à esquerda do partograma.
pode solicitar que você preencha o
Já a altura da apresentação fetal é representada por uma circunferência ( ), determinada
partograma ou que o interprete.
segundo a escala dos planos de De Lee ou de Hodge, que, em geral, fica à direita do partograma.

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PLANOS DA BACIA

• Planos de De Lee são planos que dividem o canal de


parto de modo que se possa avaliar a progressão fetal
por ele. O nível das espinhas isquiáticas corresponde
ao estreito médio e é considerado o plano zero de De
Lee. Os planos acima dele são considerados centímetros
negativos e os abaixo, positivos, variando de -4 a +4.

• Planos de Hodge são quatro planos com função

m
semelhante aos planos de De Lee, mas pouco usados na
prática clínica. É importante que você saiba que o terceiro

co
plano de Hodge corresponde ao plano zero de De Lee.

Observe, na figura, a correspondência entre os dois planos. Os


números romanos à direita referem-se aos planos de Hodge, e
s.
Figura 1. Planos da bacia obstétrica.
os números arábicos à esquerda, aos planos de De Lee.

eo

A variedade de posição fetal é representada graficamente pelo ponto de referência da apresentação fetal dentro da circunferência que
o

indica a altura da apresentação. O ponto de referência fetal deve ser posicionado para a direção correspondente ao ponto de referência da
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pelve materna. Perceba que, ao conhecer a variedade de posição, você também conhece a variedade da apresentação fetal.
ro

Por exemplo, o ponto de referência das apresentações cefálicas fletidas é o lambda, que é representado por um Y, enquanto o bregma,
id
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representado por um losango ( ), se relaciona à apresentação cefálica defletida de primeiro grau. Observe abaixo os pontos de referência
da pelve materna e um exemplo da representação gráfica usada no partograma para simbolizar as variedades de posição occípito-esquerda
o

anterior (OEA) e bregma direita transversa (BDT).


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PONTOS DE REFERÊNCIA DA PELVE MATERNA E NOMENCLATURA OBSTÉTRICA


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Na figura abaixo, observe os pontos de referência da pelve materna. Note que as variedades posteriores estão
voltadas para os pontos próximos ao sacro e as anteriores, aos pontos próximos à pube. Cuidado para não
confundir direita e esquerda. Considere sempre que a gestante está em posição ginecológica a sua frente e você é
seu examinador. Esquerda e direita, anterior e posterior, sempre em relação à gestante!

ATENÇÃO, sua perspectiva do corte da bacia será o contrário ao apresentado na figura abaixo com relação aos
pontos anteriores e posteriores.

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Figura 2. Pontos de referência da pelve materna.
s.
Lembre-se, ainda, de que os espaços em branco são preenchidos pelas letras que simbolizam os pontos de
referência da apresentação fetal. Observe os exemplos de variedade de posição abaixo:

eo
o
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Figura 3. Representação gráfica utilizada no partograma para indicar as variedades de posição occípito-esquerda anterior (OEA) e bregma
a

direita transversa (BDT).


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Nos blocos seguintes do partograma, é possível registrar a frequência cardíaca fetal e o número e a intensidade das
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contrações. Vale ressaltar que os batimentos cardíacos fetais devem variar entre 110 e 160 bpm para serem considerados
normais. Quanto ao registro das contrações, quadrado totalmente preenchido ( ) representa contração forte, meio quadrado
preenchido ( ) simboliza contração moderada e apenas um traço diagonal sem preenchimento ( ) indica que a contração
é fraca.
Durante a fase de dilatação, espera-se, em média, a presença de duas a três contrações moderadas, enquanto, no período expulsivo,
a dinâmica uterina esperada é de quatro a cinco contrações fortes.
Informações, como se a bolsa das águas está íntegra, ou não, e o aspecto do líquido amniótico, também podem ser registradas no
partograma. Familiarize-se com as siglas utilizadas para registro dessas características:

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• BI – bolsa íntegra.
• BRE – bolsa rota espontânea.
• BRA – bolsa rota artificialmente (realizada amniotomia).
• LC – líquido claro.
• MEC – líquido com aspecto meconial. Pode sugerir sofrimento fetal.

No último grande quadrado, caso a parturiente esteja em uso de ocitocina e analgesia, é possível descrever a dosagem de ocitocina
utilizada e o tipo de analgesia.
Doc, esses são os elementos que compõem o partograma e permitem que informações importantes sobre a evolução de trabalho de

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parto sejam registradas e transmitidas. Observe a figura abaixo. Nela, estão destacados cada um dos parâmetros descritos até aqui. Atente-se
para o local de registro e os símbolos utilizados para cada um dos componentes avaliados no partograma.

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Figura 4. Parâmetros registrados no partograma.

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• O QUE SÃO AS DUAS LINHAS DIAGONAIS NO PRIMEIRO BLOCO DO PARTOGRAMA?

As duas linhas diagonais, paralelas uma à outra, no campo de registro da dilatação cervical e da altura da apresentação fetal são a linha
de alerta e a linha de ação. Elas têm a função de permitir que as distocias sejam prontamente identificadas, mesmo por examinadores com
pouca experiência obstétrica.
As linhas de alerta e de ação são desenhadas no partograma quando se inicia o registro da dilatação cervical. A linha de alerta é traçada
a partir da hora seguinte ao registro do primeiro toque vaginal e a linha de ação é traçada quatro horas após, ou seja, na quarta coluna à
direita da linha de alerta.
ATENÇÃO: as linhas de alerta e de ação referem-se sempre à dilatação cervical, não à altura da apresentação. De maneira prática: esteja
de olho nos triângulos (não nas circunferências) até a dilatação cervical atingir dez centímetros. Caso os triângulos ultrapassem a linha de
alerta, desconfie de parto distócico.

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ZONAS DO PARTOGRAMA
A partir das linhas de alerta e de ação, o partograma pode ser dividido em três zonas. Esse conceito raramente é
cobrado nas provas de Residência Médica, mas pode ser seu diferencial para acertar uma questão. As zonas são:
s.
• Zona I ou A – antes de atingir a linha de alerta.
• Zona II ou B – entre a linha de alerta e a linha de ação.
• Zona III ou C – após ultrapassar a linha de ação.

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Para fixar esse conceito, observe a figura a seguir:


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Figura 5. Zonas do partograma.

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• COMO AVALIAR A EVOLUÇÃO DO TRABALHO DE PARTO A PARTIR DO PARTOGRAMA?

Doc, sempre que você for avaliar um partograma, a primeira coisa que deve ter em mente é definir se é de um parto eutócico ou de
um parto distócico. Quando o parto evolui da maneira fisiológica esperada, ele é denominado de eutócico. Porém, caso a dilatação cervical,
a descida ou o desprendimento fetal não ocorram como o esperado, denomina-se parto distócico.
Nesse ponto, você deve ter percebido que avaliar a evolução do trabalho de parto registrado no partograma, assim como fazer o
diagnóstico de distocias, depende de você ter clareza sobre a evolução fisiológica do primeiro e segundo períodos do parto. Lembre-se de
que eles estão detalhados no livro digital Fases clínicas do parto, juntamente ao terceiro e quarto períodos. No quadro a seguir, destaco as
principais características de cada um deles para facilitar sua memorização.

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1º E 2º PERÍODOS DO PARTO

• O primeiro período do trabalho de parto é a fase de dilatação – espera-se dinâmica uterina de duas a três

co
contrações moderadas a cada dez minutos e que a dilatação cervical ocorra na velocidade de cerca de um
centímetro por hora.
• O segundo período é a fase de expulsão ou período expulsivo – inicia quando a dilatação cervical é completa
(dez centímetros) e termina quando o feto se desprende do corpo materno.
s.
• Intervalo de tempo tolerado para o período expulsivo:
• Parturiente NÃO analgesiada – uma hora nas multíparas e até duas horas em primíparas;
• Parturiente ANALGESIADA – duas horas nas multíparas e três horas em primíparas.

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Antes de lhe apresentar as distocias, quero que observe com atenção o


id
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partograma abaixo, uma vez que identificar o que está alterado é mais simples
o

depois que conhecemos o normal. Ele representa um parto eutócico, isto é,


um parto que evolui de modo fisiológico:


a
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Observando o partograma ao lado, perceba que a “linha de


triângulos” está paralela à linha de alerta, portanto não a
ultrapassa, o que significa que a dilatação cervical ocorreu
me

na velocidade de ao menos um centímetro por hora.


Observe ainda a descida da “linha de circunferências”,
indicando que o feto progrediu pelo canal de parto e que
os triângulos registrando dez centímetros de dilatação
demonstram que o período expulsivo não se prolongou.

Figura 6. Parto eutócico.


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É comum o avaliador apresentar um partograma de parto eutócico esperando que você fique inseguro em interpretá-lo como tal.
Cuidado com a pegadinha!
Muito bem, agora que você sabe o que é partograma e como a evolução do trabalho de parto é registrada nele, vamos iniciar o estudo
do diagnóstico das distocias e associá-lo à interpretação do partograma.

CAPÍTULO

2.0 DISTOCIA
• O QUE É DISTOCIA E POR QUE ELA ACONTECE?

Chamamos de distocia toda evolução do trabalho de parto que ocorre de forma diferente da esperada.

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Entender por que ocorre o parto distócico fica mais fácil quando se percebe que a evolução do trabalho de parto

co
depende da harmonia de três fatores:

• Motor (dinâmica uterina)


• Trajeto (características da pelve materna)
s.
• Objeto (feto)

Assim sendo, as alterações na evolução do parto podem ocorrer por alterações nessas três esferas e qualificar tipos diferentes de
distocia. É isso que explicarei nos próximos itens desta leitura.

eo
o
ub

• O QUE É DISTOCIA DE TRAJETO?


ro

O canal de parto é caracterizado tanto pelas peculiaridades das partes moles da pelve materna quanto pelas características da bacia
id
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óssea. A distocia de trajeto caracteriza-se por alterações em qualquer um desses componentes do trajeto do parto que impeçam a passagem
o

do feto.

Causas de distocia de trajeto relacionadas a alterações de partes moles que compõem o canal de parto e acarretem a obstrução da
a

passagem fetal são: miomas cervicais, estenose ou edema de colo, septos vaginais e condilomas acuminados gigantes.
dv
pi

Quanto às causas relacionadas às partes ósseas, elas geralmente são abordadas na sua prova relacionadas às características da

pelvimetria ou aos tipos de bacia obstétrica.


Quando, por meio da pelvimetria (tema que você estudou no livro sobre bacia obstétrica), a pelve é considerada incompatível à
passagem fetal, isso é denominado de vício pélvico. É um achado raro, mais frequente em gestantes adolescentes, por ainda não terem
me

completado plenamente seu desenvolvimento, e que impossibilita o parto vaginal. Sendo assim, se esse for o diagnóstico da avaliação da
gestante, deve-se indicar parto via alta, ou seja, cesariana.
Observe na tabela abaixo os achados que sugerem que a pelve seja desfavorável ao parto vaginal e aproveite para relembrar quais são
os parâmetros da pelvimetria pesquisados na avaliação do estreito superior, médio e inferior da bacia materna:

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Tabela 1. Parâmetros da pelvimetria relacionados ao diagnóstico de vício pélvico.


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Quanto aos diferentes tipos de bacia obstétrica, que, de acordo com suas características, podem favorecer ou não a insinuação e
o

progressão do feto pelo canal de parto, observe na tabela abaixo sua classificação segundo Caldwell e Moloy e, em destaque, sua relação com

possíveis distocias:
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s.
Tabela 2. Tipos de bacia obstétrica pela classificação de Caldwell e Moloy e sua relação com partos distócicos.

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• O QUE É DISTOCIA DE OBJETO?


ub

Enquanto a distocia de trajeto se relaciona às


ro

características maternas do canal de parto, a distocia


id
é

de objeto ocorre devido a características fetais que


o

impedem a progressão do feto pelo trajeto de parto


ou seu desprendimento do corpo materno. Entre essas


a

características, podemos citar:


dv
pi

• Tamanho fetal
• Apresentação fetal
me

• Variedade de apresentação fetal

Fetos grandes, em geral com mais de 4.000g ao


nascer, chamados de macrossômicos, podem acarretar
partos distócicos, uma vez que o tamanho fetal pode ser
incompatível com o espaço do canal de parto, impedindo
sua progressão por ele; ou, ainda, podem dificultar o
desprendimento de seu diâmetro biacromial.
Figura 7. Manobras obstétricas diante da distocia de ombro.

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Esse último caso recebe o nome de distocia de ombro. Trata-se de uma


emergência obstétrica grave, em que o feto não consegue se desprender do
canal de parto, pois o acrômio está impactado na pube materna, exigindo que
manobras obstétricas sejam prontamente realizadas na tentativa de desfazer
esse impacto do ombro fetal na pube materna (figura 7). A distocia de ombro
e a conduta diante dela são detalhadas no livro digital Assistência ao parto
normal.
A apresentação fetal também pode ser um fator determinante para
impedir a evolução do trabalho de parto. Em fetos de termo, por exemplo,
apresentações córmicas (figura 8) são incompatíveis com o parto vaginal,
assim como as apresentações cefálicas defletidas de segundo grau ou de fronte

m
(figura 9). Isso porque, nessas apresentações, os diâmetros fetais apresentados
ao canal de parto são muito grandes para permitir sua progressão pela pelve

co
Figura 8. Apresentação córmica.
materna.
s.
Mais uma vez, a resolução da gestação nessas situações deve seguir a indicação de
parto cesáreo, já que o feto não tem condições de progredir pelo canal de parto.

eo
o
ub

Outra causa de distocia de objeto é a


ro

variedade de posição fetal. Durante o estudo


dos mecanismos de parto, você aprendeu que a
id
é

variedade de posição occipitopúbica (OP) (figura


o

10) é a mais favorável para o desprendimento do


polo cefálico fetal, por facilitar o movimento de


a
dv

hipomóclio (figura 11). Aprendeu também que,


pi

para que o feto esteja assim posicionado ao final


da descida pelo canal de parto, deve ocorrer


a rotação interna durante sua descida. Esses
me

conceitos são abordados detalhadamente no Figura 10. Comparação das variedades de


posição fetal a um relógio de ponteiros.
livro digital Mecanismo de Parto.

Figura 9. Apresentação cefálica defletida


de segundo grau. Em destaque, o diâmetro
cefálico fetal occipitomentoniano.

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Quando a rotação interna não ocorre


completamente, ou seja, o feto não se encontra em
variedade occipitopúbica (OP) ao atingir o estreito
inferior da pelve, a variedade de posição fetal pode
impedir que o desprendimento cefálico aconteça,
o que recebe o nome de distocia de rotação.

m
co
Figura 11. Desprendimento cefálico.
s.
Observe na figura 12 um exemplo de partograma com o registro
dessa distocia. Note que a descida da apresentação fetal evoluiu

eo

normalmente, mas o desprendimento cefálico não ocorreu, apesar da


o

dinâmica uterina adequada devido à variedade de posição ser occípito-


ub

esquerda transversa (OET) ( ).


ro

Nesses casos, se o período expulsivo estiver se prolongando


id
é

devido à variedade de posição fetal ser desfavorável ao desprendimento


do polo cefálico, quem assiste a essa parturiente deve auxiliar a
o

rotação do polo cefálico, a fim de posicionar o occipício fetal sob a


pube materna.
a
dv
pi

Isso pode ser feito manualmente ou pela aplicação do fórcipe


de rotação. O único fórcipe que permite esse movimento é o fórcipe


de Kielland. Lembre-se de que é necessário haver condições para
aplicabilidade do fórcipe. Algumas delas são: a dilatação cervical ser
me

total, a bolsa estar rota, a apresentação fetal estar abaixo do plano +2


de De Lee, conhecer a variedade de posição, feto vivo e não haver sinais
de desproporção cefalopélvica. O estudo detalhado você encontra no
livro digital de Parto fórcipe.

Figura 12. Distocia de rotação.

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Figura 13. Comparação entre fórcipe de Kielland e Simpson-Braun.

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• O QUE É DISTOCIA DE MOTOR?

A distocia de motor ou distocia funcional está relacionada a alterações na contratilidade uterina, seja por excesso
ou por falta/incoordenação de contrações. A classificação de Goffi para distocias funcionais propõe que sejam divididas em:
s.
• Distocia por hipoatividade
• Distocia por hiperatividade.

eo

• Distocia por hipertonia


o

• Distocia de dilatação
ub
ro

Distocia funcional por hipoatividade é aquela em que as de cinco contrações uterinas ou mais durante o intervalo de dez
contrações uterinas são insuficientes em número ou intensidade minutos e pode ocorrer com ou sem obstrução.
id
é

para promover a dilatação cervical esperada de um centímetro por No caso das distocias por hiperatividade sem obstrução, o
o

hora. Pode ser primária, quando desde o início o trabalho de parto parto evolui muito rapidamente e é chamado de taquitócito. Esse
se desenvolve de forma lenta, ou secundária, quando o trabalho de conceito será abordado detalhadamente a seguir.
a
dv

Distocia por hiperatividade associada a um parto obstruído


pi

parto começa evoluindo como o esperado e, em algum momento,


a dinâmica uterina passa a ser ineficiente, causando a lentificação pode ocorrer, por exemplo, devido a um feto grande para a pelve

do processo. materna, que, ao não progredir pelo canal de parto, pode acarretar
Para corrigi-la, utilizam-se medidas que estimulem a atividade intensas contrações uterinas que buscam impulsioná-lo pela pelve.
me

uterina, desde medidas mecânicas, como estimular a deambulação A presença de tumores cervicais, como um mioma volumoso
da parturiente, quanto intervenções, como amniotomia ou próximo ao colo uterino, pode resultar em parto obstruído também.
prescrição de ocitocina endovenosa. Caso essa situação não seja diagnosticada e seja realizado o parto
Já a distocia funcional por hiperatividade se caracteriza por via alta, pode haver rotura uterina, especialmente em mulheres
atividade uterina maior do que a esperada para fase do trabalho com cicatriz uterina anterior.
de parto, isto é, por taquissistolia, que é definida como a presença

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Distocia por hipertonia relaciona-se ao aumento do de dinâmica uterina adequada ao primeiro período do parto, a
tônus uterino, seja por contrações uterinas tão frequentes que dilatação cervical deixa de evoluir ou passa a ocorrer lentamente.
não permitem o relaxamento adequado do útero, seja por Abordaremos melhor essa distocia a seguir.
superdistensão uterina, como nos casos de gestações múltiplas ou Doc, a classificação de Goffi não é a que geralmente aparece
polidrâmnio, ou, ainda, por descolamento prematuro de placenta, nas provas de Residência Médica. É mais comum que as questões
que classicamente se associa à hipertonia uterina e sempre deve abordem a classificação das distocias a partir da interpretação do
ser aventado diante da percepção do aumento do tônus uterino. A partograma. Porém, apresentei essa classificação a você, porque
hipertonia uterina pode acarretar sofrimento fetal por redução do esses conceitos podem ajudá-lo a compreender melhor o que
aporte de oxigênio e pode estar associada ao uso inadequado de estudaremos a seguir.
ocitocina. Antes de prosseguirmos, quero dar uma dica, acredito que
Quanto à distocia de dilatação, ocorre quando, apesar irá ajudá-lo no entendimento dos próximos itens deste livro.

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• COMO SÃO CLASSIFICADAS AS DISTOCIAS A PARTIR DA AVALIAÇÃO DO PARTOGRAMA?


A avaliação do partograma permite identificar rapidamente se o trabalho de parto não está evoluindo como o esperado e, a partir
dessa interpretação, as distocias podem ser classificadas em:
me

• Parto taquitócito ou precipitado


• Fase ativa prolongada
• Parada secundária da dilatação
• Parada secundária da descida
• Período pélvico prolongado

Essa é a classificação adotada pelo Ministério da Saúde. É com ela que você se deparará, mais frequentemente, ao resolver questões
sobre esse tema.

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A seguir, apresentarei cada uma dessas distocias associadas a seus respectivos exemplos de representação gráfica no partograma.
Considero importante que você esteja familiarizado com o “jeitão” de cada um deles para resolver com mais facilidade as questões que
encontrar sobre esse tema na sua prova.
Vamos lá?

• O QUE É PARTO TAQUITÓCITO?

No parto taquitócito ou precipitado, a dilatação cervical, a descida


do feto pelo canal de parto e o parto ocorrem em intervalo menor do
que quatro horas (figura 14). Note que, embora a maioria das distocias
represente partos que deixaram de evoluir como o esperado, o parto
taquitócito é um trabalho de parto que evoluiu muito rápido.

m
O parto taquitócito é mais comum em multíparas e está relacionado a complicações,

co
como hipotonia uterina, lesão de trajeto do canal de parto e hemorragia ventricular no
recém-nascido, por não haver tempo para acomodação dos tecidos maternos e fetais
devido ao rápido desprendimento fetal.
Diante do diagnóstico de partos taquitócitos, é importante assumir condutas que
s.
minimizem os riscos maternos e fetais e que permitam tratar precocemente possíveis
complicações. Entre elas, podemos citar:

• Evitar a realização de amniotomia, para não intensificar ainda mais a dinâmica



eo

uterina;
o

• Realizar, se possível, analgesia de parto precocemente, para tentar regularizar


ub

as contrações uterinas;
ro

• Realizar revisão do canal de parto para reparar eventuais traumas;


id
é

• Monitorar o recém-nascido, para diagnosticar e tratar precocemente se


Figura 14. Parto taquitócito.
o

houver lesões.

a
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pi

Quando você se deparar com partogramas em que a linha de dilatação, ou seja, a linha dos triângulos está

muito verticalizada à esquerda da linha de alerta, desconfie de que se trata de um parto taquitócito. Confirme
sua suspeita diagnóstica verificando se o parto ocorreu em um intervalo de até quatro horas.
me

• O QUE É DISTOCIA DE DILATAÇÃO?

Como você já sabe, a distocia de dilatação caracteriza-se por, apesar de haver contrações uterinas em número e intensidade adequadas
para a fase do trabalho de parto, não ocorrer progressão da dilatação cervical. Acredita-se que contrações uterinas incoordenadas sejam
responsáveis por esse tipo de distocia. Vale ressaltar que alterações na contratilidade uterina podem também ser chamadas de discinesia
uterina.
A distocia de dilatação pode ser classificada em fase ativa prolongada ou em parada secundária da descida.

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• O QUE É FASE ATIVA PROLONGADA?

Você lembra que, na evolução fisiológica do trabalho de parto, se


espera que o colo do útero dilate pelo menos um centímetro por hora?
Pois, então, a fase ativa prolongada caracteriza-se justamente por isso não
ocorrer, ou seja, pela dilatação cervical ser menor do que um centímetro
por hora, geralmente associada à hipoatividade uterina.
Observe o partograma da figura 15. Ele exemplifica o registro da fase ativa
prolongada. Note a horizontalização da linha de triângulos. Observe que ela ultrapassa a
linha de alerta e demonstra que a dilatação cervical não está evoluindo na velocidade de
cerca de um centímetro por hora. Perceba ainda que, enquanto no início do trabalho de

m
parto se registrava três contrações moderadas, há apenas contrações uterinas fracas na
última hora de avaliação, caracterizando a discinesia uterina associada ao quadro.

co
A conduta diante desse diagnóstico deve ser assumir medidas para otimizar
a contratilidade uterina, como estimular deambulação, amniotomia e prescrição de
ocitocina. A conduta diante de dinâmica uterina ineficiente durante o trabalho de parto
está detalhada no livro digital Assistência ao trabalho de parto.
s.
Figura 15. Fase ativa prolongada.
• O QUE É PARADA SECUNDÁRIA DA DILATAÇÃO?

eo
o

A parada secundária da dilatação caracteriza-se por dilatação


ub

cervical que não evolui em pelo menos dois toques vaginais consecutivos
ro

com intervalo de ao menos duas horas entre eles com dinâmica uterina
id
é

adequada.
o

Assim como a fase ativa prolongada, também apresentará a linha da dilatação


cervical horizontalizada, porém, para diagnosticá-la corretamente, é importante


a

observar o registro da dinâmica uterina. Note, no exemplo de partograma da figura 16,


dv
pi

que as contrações uterinas são adequadas para a fase de dilatação, não se tratando

de hipoatividade uterina, mas provavelmente de incoordenação das contrações.


me

Doc, independentemente da classificação da distocia, tenha


sempre em mente que, quando uma distocia não é corrigida
pelas intervenções clínicas realizadas e não há condições de
aplicabilidade do fórcipe, a indicação é resolução via alta, ou
seja, parto cesáreo, para assegurar que a vitalidade fetal seja
preservada.

Figura 16. Parada secundária da dilatação.

Prof. Ana Souza | Resumo Estratégico | 2023 19


OBSTETRÍCIA Distocia e Partograma Estratégia
MED

Até aqui, estudamos as distocias de dilatação. Perceba que são distocias, portanto, que ocorrem durante o primeiro período do parto,
a fase de dilatação. Nos próximos itens, estudaremos as distocias de descida.

• O QUE É DISTOCIA DE DESCIDA?

Distocias de descida caracterizam-se por partos que não evoluem como o esperado após a dilatação cervical ser total, portanto são
distocias que se relacionam ao período expulsivo. A distocia de descida pode ser classificada em parada secundária da descida ou em período
expulsivo prolongado.

m
• O QUE É PARADA SECUNDÁRIA DA DESCIDA?

co
A parada secundária da descida caracteriza-se por parada
da progressão da apresentação fetal pelo canal vaginal por mais
s.
de duas horas quando a dilatação cervical é total, ou seja, é de dez
centímetros.
Note no partograma da figura 17 que, nos casos de
parada secundária da descida, se observa a horizontalização das

eo

circunferências que representam a altura da apresentação fetal


o
ub

associada à dilatação cervical total.


ro
id
é
o

Figura 17. Parada secundária da descida.


a
dv
pi

A causa mais comum desse tipo de distocia, frequentemente abordada nas provas de Residência
Médica, é a desproporção cefalopélvica. Nesses casos, o feto não progride pelo canal de parto devido à
incompatibilidade entre os diâmetros da pelve para adequada acomodação dos diâmetros fetais, seja por
me

tamanho do feto, apresentação fetal, variedade de posição ou características da bacia obstétrica. A parada
da descida da apresentação fetal costuma ocorrer próxima do plano zero de De Lee, uma vez que esse é o
ponto mais estreito da pelve materna relacionado às espinhas isquiáticas.

Vale ressaltar que, por se tratar de um parto obstruído, muitas vezes se nota hiperatividade uterina associada, como já estudamos em
itens anteriores. O tratamento é sempre o parto cesáreo, uma vez que se trata de uma distocia não corrigível em que o feto não progride pelo
canal de parto.

Prof. Ana Souza | Resumo Estratégico | 2023 20


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• O QUE É PERÍODO PÉLVICO PROLONGADO?

O período pélvico prolongado caracteriza-se por dilatação


cervical total de dez centímetros e apresentação fetal que desce pelo
canal de parto de forma mais lenta do que o esperado, prolongando o
período expulsivo tolerado de acordo com a paridade da parturiente e
se ela está analgesiada ou não (figura 18).
Perceba que hipoatividade uterina pode estar associada ao quadro,

m
contribuindo para a descida lentificada da apresentação fetal e que, se presente,
deve ser corrigida com uso de medidas, como amniotomia ou ocitocina, para

co
otimizar a dinâmica uterina de forma que o feto seja impulsionado adequadamente
pelo canal de parto.
s.
Figura 18. Período pélvico prolongado.

eo
o
ub
ro
id
é
o

Condições fetais também podem contribuir para que o período pélvico prolongado ocorra. Fetos

macrossômicos tendem a descer mais lentamente pelo canal de parto, assim como fetos em apresentação
a

cefálica defletida de terceiro grau (figura 19) ou ainda em variedades de posição posteriores (figura 20),
dv
pi

por terem maior dificuldade de acomodação à pelve materna, podem relacionar-se a maiores intervalos

de tempo para progredirem pelo canal de parto.


me

Figura 19. Apresentação cefálica


defletida de terceiro grau ou de
face.

Prof. Ana Souza | Resumo Estratégico | 2023 21


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Figura 20. Variedades de posição posteriores da apresentação cefálica fletida. Occípito-direita posterior (ODP), occipitosacra (OS), occípito-esquerda posterior (OEP).

O assinclitismo persistente também pode dificultar a progressão fetal do estreito superior ao inferior da bacia materna. Você estudou

m
esse conceito no livro sobre Mecanismo de parto. Observe, na figura 21, a representação do assinclitismo posterior e anterior e do sinclitismo
para ajudá-lo a memorizá-los.

co
Quanto à conduta, diante do diagnóstico de período expulsivo prolongado, comumente, é mais indicado o uso do fórcipe, desde que
haja condições para sua aplicabilidade, visando auxiliar no desprendimento fetal.
s.

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Figura 21. Assinclitismo posterior, sinclitismo e assinclitismo anterior.

Prof. Ana Souza | Resumo Estratégico | 2023 22


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CAPÍTULO

4.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


1. FERNANDES C. E.; SILVA DE SÁ, M. F. Tratado de Ginecologia FEBRASGO. São Paulo: Elsevier; 2019.
2. ZUGAIB, Marcelo. Obstetrícia. São Paulo: Atheneu, 2016.
3. ZUGAIB, Marcelo (ed.). Obstetrícia Básica. Barueri, Manole, 2015.
4. BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes Nacionais de Assistência ao Parto Normal. Brasília, 2017
5. BRASIL. Ministério da Saúde. Parto, Aborto e Puerpério Assistência Humanizada à Mulher. Brasília, 2001.

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CAPÍTULO

co
5.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Doc,
Concluímos o estudo dos principais aspectos sobre partograma e distocias. Espero que este material tenha sido útil para fortalecer seus
s.
conhecimentos sobre o assunto. A chave para acertar as questões sobre esses temas é habituar-se ao “jeitão” de cada partograma e treinar!
Resolver as questões vai ajudá-lo a sedimentar esse conhecimento.
Aguardo seus comentários e possíveis questionamentos. Não subestime nenhuma dúvida, todas podem ser importantes para seu

eo

aprendizado e estou aqui para ajudá-lo.


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Estamos mais próximos da sua conquista. Vamos juntos!


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Até a próxima!
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Ana Claudia Souza.


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@profa.anasouza
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Prof. Ana Souza | Resumo Estratégico | 2023 25

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