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LICENCIATURA EM ARTES VISUAIS

PRÁTICA DE ENSINO: INTEGRAÇÃO ESCOLA X COMUNIDADE (PE:IEC)

POSTAGEM 2: ATIVIDADE 2

PROJETO DE INTEGRAÇÃO ENTRE A ESCOLA E A COMUNIDADE

RAQUEL FIGUEIREDO PEREIRA CARDOSO


RA 1906561

LONDRINA
2024
RAQUEL FIGUEIREDO PEREIRA CARDOSO
RA 1906561

POSTAGEM 2: ATIVIDADE 2
PROJETO DE INTEGRAÇÃO ENTRE A ESCOLA E A COMUNIDADE

Projeto apresentado à Universidade Paulista - UNIP do curso de


ARTES VISUAIS, como um dos requisitos para a obtenção da nota na
disciplina Prática de Ensino: Integração Escola x Comunidade,
ministrada pela Profa. Nancely Huminhick Vieira

LONDRINA
2024
Universidade Paulista -
UNIP EaD Coordenadoria de Estágios em
Educação (CEE) Prática de Ensino:
Integração Escola X Comunidade

CARTA DE APRESENTAÇÃO

LONDRINA, 20 de ABRIL de 2024

Prezado gestor escolar,


O(a) aluno(a) RAQUEL FIGUEIREDO PEREIRA CARDOSO, RA:1906561, portador do RG
nº 130506020, regularmente matriculado(a) no curso de Licenciatura em Artes Visuais da
Universidade Paulista - UNIP EaD, no Polo Londrina, no 6 semestre, está cursando a
disciplina Prática de Ensino: Integração Escola X Comunidade, a qual solicita como forma
de avaliação a elaboração das seguintes atividades:
1) Relatório de caracterização da escola e da comunidade em que ela se insere;
2) Projeto de integração entre a escola e a comunidade (com base nas necessidades e
nas expectativas observadas no relatório anterior).
Vale ressaltar que para a realização das atividades desta disciplina, no contexto
específico das atividades de ensino-aprendizagem, será necessário que o estudante ingresse
diretamente em uma unidade escolar. As atividades previstas exigem sua permanência por
um curto período de tempo dentro da escola, para a observação de diversos aspectos.
Dessa forma, o estudante dará início à sua inserção no ambiente escolar, podendo
compreender melhor a realidade do seu futuro campo de atuação e entender como
programar suas futuras atividades.
O projeto não deve ser aplicado neste semestre, no entanto, caso o estudante realize o
estágio supervisionado nessa escola posteriormente e deseje aplicá-lo (com autorização da
direção), será uma experiência importante para todos os envolvidos. O aluno poderá
reduzir sua carga horária de estágio e poderá beneficiar tanto a escola como a
comunidade.
A UNIP agradece pele receptividade ao nosso estudante, uma vez que certamente está
contribuindo para uma melhor qualificação desse futuro docente.
Cordialmente,

______________________________
Prof. Wanderlei Sérgio da Silva
Coordenador de Estágios em
Educação
PROJETO DE INTEGRAÇÃO ENTRE A ESCOLA E A COMUNIDADE:
COLÉGIO INTERATIVA DE LONDRINA E BAIRRO VILA NOVA

INTRODUÇÃO

O projeto aqui apresentado se propõe a fortalecer os laços entre a comunidade


escolar do Colégio Interativa de Londrina (estudantes, professores e familiares) e o
bairro no qual a escola está situada, Vila Nova e as localidades circunvizinhas que a
escola procura servir. O conceito de comunidade adotado nesta disciplina
corresponde à “população que vive num dado lugar ou região, ligada por interesses
comuns” (HOUAISS, 2009, p. 509).
Sabe-se que a escola, muitas vezes, “se fecha” em si mesma (às vezes, a
própria arquitetura contribui para isso), de modo que a comunidade pode não a
reconhecer como parte integrante do seu contexto. Especialmente no bairro em
discussão, que é frequentado pelos estudantes diariamente e a grande maioria não
reside nas proximidades.

Objetivos:
Este projeto pretende estimular os alunos e suas famílias a se compreenderem
como pertencentes ao bairro Vila Nova, para que valorizem a história local e a
importância do bairro para a economia da cidade. Também é esperado que a
sequência de intervenções ampliem o conhecimento dos estudantes sobre
arquitetura, os elementos do texto teatral e a história das famílias pioneiras de
Londrina.

Justificativa:
A escola deve atender a sua função social como educadora dos estudantes e à
função social de participante da comunidade. Para isso, é necessária que seja vista
como um espaço de todos para todos, pelo qual todos se responsabilizam e do qual
todos cuidam. A inserção da comunidade na escola exige do professor práticas que
venham a romper com o isolamento da escola em seus modelos pedagógicos.
Nesse contexto, a pŕopria BNCC, ou LDB n. 9394/1996, em seu artigo 13, inciso VI,
define o papel do professor nessa integração declarando que os “docentes
incumbir-se-ão de colaborar com as atividades de articulação da escola com a
família e a comunidade” (BRASIL, 1996).
Conforme Freire (1996), ensinar exige reflexão crítica sobre a prática e
compreender que a educação é uma forma de intervenção no mundo. Além do seu
papel específico de docência na disciplina, o professor também tem algumas
responsabilidades, entre as quais participar das atividades que envolvem a
comunidade, sejam elas cívicas, culturais ou recreativas (LIBÂNEO, 2004).

DESENVOLVIMENTO

Referencial teórico
A comunidade e a escola devem assumir uma postura de colaboração
responsável, reconhecendo sua influência mútua e o impacto que têm na formação
dos indivíduos. Juntas, podem fortalecer ou desafiar as expectativas uma da outra. É
fundamental que trabalhem em conjunto para superar obstáculos, desenvolvendo
“uma identidade coletiva e promovendo o crescimento integral dos alunos por meio
da educação” (SZYMANSKI, 2001, p.14).
Entende-se que vivenciar a cidade, suas memórias e temporalidades relaciona
os indivíduos às suas múltiplas faces e potencialidades educativas, produzindo
novos olhares e saberes sobre ela. Rüsen (2001) afirma, também, que o
conhecimento construído historicamente adquire significado à medida que responde
às carências existentes no contexto da vida prática, de maneira que os interesses
individuais ou coletivos configuram-se, mediante as pesquisas, no próprio
conhecimento histórico. Nessa perspectiva, as saídas escolares possibilitam leituras
e interpretações da cidade e dos grupos que a constituem por meio das fontes
produzidas em diferentes temporalidades, bem como a problematização do presente
em relação ao passado, inserindo o público na história local, fortalecendo a
identidade, o sentimento de pertença e a responsabilidade em relação à elaboração
de novas experiências e narrativas.

Método
Inicialmente, o projeto tem como objetivo oportunizar às crianças do Ensino
Fundamental Anos Finais do Colégio Interativa mais o conhecimento do espaço
considerado centro urbano e especificamente do bairro onde a escola se localiza:
Vila Nova. Pretende-se fazer uma aula itinerante pelo bairro a pé e, em um segundo
encontro, com um microônibus, visitar alguns pontos importantes da cidade. À
medida que se passava pelos lugares, aspectos históricos e geográficos da cidade
eram apresentados aos estudantes durante o percurso e nos locais de parada, como
Marco Zero, Aeroporto, entorno da Secretaria de Cultura e Museu Histórico de
Londrina.
Os estudantes devem fotografar os lugares visitados e criar um “blog” turístico,
no qual escrevem, como jornalistas, uma breve descrição do local, sua importância
histórica e motivos para visitá-lo. Depois, elaboraremos um mural com as fotos dos
edifícios arquitetônicos mais icônicos da cidade. Os estudantes pesquisarão sobre
Vilanova Artigas e Oscar Niemeyer e apresentarão os elementos da arquitetura
moderna em suas obras. Por fim, o ciclo de estudos de arquitetura terminará com a
construção de uma maquete sobre o Museu de Arte de Londrina, projetado por
Artigas.
A segunda fase do projeto versará sobre a história de Londrina, do bairro Vila
Nova e do Grupo Proteu de Teatro da UEL. Iniciaremos trazendo para a escola um
pioneiro de Londrina, Ossamu Nonaka para contar um pouco sobre como foi o início
da cidade. Depois no Sesc Cadeião cultural, um dos prédios mais históricos da
cidade, faremos a visita guiada e assistimos ao documentário “Pioneiras de
Londrina”, trabalho de Conclusão de Curso da faculdade de Jornalismo da
Universidade Estadual de Londrina da estudante Katia Peruzi.
Nas aulas de artes, os estudantes lerão trechos selecionados do livro Bodas de
Café, de Sônia Pascolati que transcreve o espetáculo do Grupo Proteu, peça teatral
de 1970 que tem como tema a fundação da cidade de Londrina, contada a partir
daqueles à margem da sociedade, pequenos agricultores, posseiros, os quais
também contribuíram para que Londrina fosse o que se pode verificar hoje.
Em contato com o texto teatral, os estudantes dividirão os papéis da primeira e
última cena do livro para criar duas cenas que apresentação para a comunidade
escolar.
Resultados esperados:

Espera-se que este projeto pedagógico proposto consiga estreitar os laços dos
alunos e suas famílias com o bairro Vila Nova, promovendo o entendimento da
importância histórica e econômica da região. Através de aulas itinerantes e visitas a
pontos históricos, os estudantes compreenderão o contexto urbano em que vivem,
registrando suas experiências em um "blog" turístico e um mural de fotografias,
compartilhando assim o rico patrimônio arquitetônico da cidade.
Especialmente na segunda fase do projeto, espera-se que os alunos sejam
imersos na história de Londrina e do Grupo Proteu de Teatro da UEL. Por meio de
encontros com pioneiros locais e visitas a locais históricos como o Sesc Cadeião
cultural, terão acesso a relatos autênticos que contextualizam o desenvolvimento da
cidade. Ao explorarem o texto teatral "Bodas de Café" e encenarem para a
comunidade escolar, os alunos desenvolverão habilidades artísticas, fortalecendo
sua identidade cultural e laços com a comunidade.

Considerações finais:
Esse estudo identificou a importância da escola ver a si mesma como parte
integrante da comunidade, e, reciprocamente, reconhecer a escola como uma
instituição sua, da qual pode participar e cuidar. Uma vez que a cidade aparece no
currículo dos Anos Finais, ampliando as complexidades — que vão desde as
relações em comunidade até a formação do município —, pensa-se que, para
ensinar sobre a cidade, é preciso experienciá-la e, assim, aprender com e sobre ela.
Um dos pontos altos do projetos é possibilitar que os estudantes percebam a
diversidade de pessoas e de culturas que iniciaram e que ainda marcam a cidade,
evidenciando as histórias de tantas famílias que imprimem sua marca na cidade em
meio aos processos migratórios, às relações de trabalho, socioculturais e afetivas.

Referências bibliográficas
BRASIL. Lei Federal n. 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Brasília, 1996.
Disponível em: https://bit.ly/3ACuIaq. Acesso em: 21 nov. 2022.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa.
São Paulo: Paz e Terra, 1996.
HOUAISS, A. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro:
Objetiva, 2009.
LIBÂNEO, J. C. Organização e gestão da escola: teoria e prática. 5. ed.
Goiânia: Alternativa, 2004
SZYMANSKI, Heloisa. A relação família/escola: desafios e perspectiva.
Brasília: Editora Plano, 2001.

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