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Classificação, Raças e panorama produtivo

e manejo nutricional de bovinos de Leite.


O Brasil está entre os maiores produtores de leite de vaca do mundo. A cadeia produtiva do leite se distribui,
praticamente, por todo o território nacional. Apesar de, historicamente, a produção se mostrar dispersa e heterogênea no
País, torna-se fundamental verificar indicadores de concentração da atividade de forma ampla, em escala espaço-
temporal, a qual pode refletir uma dinâmica na cadeia leiteira do País e transformações em curso.

A pecuária leiteira brasileira é um setor de grande importância econômica e social para o país. A cadeia produtiva de
leite e seus derivados têm um papel muito importante na economia brasileira. De acordo com o Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (MAPA), o Brasil é o terceiro maior produtor mundial de leite, tendo uma produção de mais de
34 bilhões de litros por ano. Nossa produção é predominante em pequenas e médias propriedades, trazendo renda para
cerca de 4 milhões de pessoas.

Classificação, Raças e panorama produtivo e manejo nutricional de bovinos de Leite.


No entanto, mesmo com a alta produção, ainda pecamos em produtividade, que, de forma geral, é considerada baixa
em relação aos grandes produtores do mundo.
Como forma de resolver essa dificuldade, muitos produtores do país vêm buscando adotar novas tecnologias para
aumentar a produtividade de suas fazendas e ao mesmo tempo garantir maior bem-estar dos animais. Especialmente
as relacionadas a seleção genética dos animais, melhorias no manejo e na nutrição adequada dos rebanhos. Ou seja, o
produtor de leite enxerga que para ser rentável é necessário investir e obter a máxima produção por área.

O Sul continua na vanguarda da inovação tecnológica da pecuária leiteira, mas agora é seguido de perto por outras
importantes macrobacias, como Minas Gerais e Nordeste Oriental. Portanto, há indicativos de concentração
tecnificada da produção leiteira em regiões do território nacional, ou seja, pode estar surgindo uma perspectiva de
competitividade territorial, com formação de mão de obra, assistência técnica e todos os serviços necessários para o
desenvolvimento da produção leiteira.

Classificação, Raças e panorama produtivo e manejo nutricional de bovinos de Leite.


Quando falamos em gado leiteiro e produção de leite, um ponto que devemos levar em consideração são as diferentes
condições climáticas. O Brasil é um país com grande extensão territorial e em função disso, para cada região temos
características climáticas distintas, sendo um desafio para as raças de gado de leite não aptas ou adaptadas às regiões
em que estão inseridas.

De maneira geral, as raças de bovinos de leite são divididas em Taurinas e Zebuínas. As raças Taurinas são animais
provenientes da Europa, apresentam alta produtividade e desempenho, porém são animais com baixa rusticidade, ou seja,
animais mais sensíveis às condições climáticas e de manejo. Portanto, são animais mais adaptados a regiões onde as
temperaturas são mais amenas, como a região Sul.

As raças Taurinas mais comuns no Brasil são a Holandesa, Jersey e a Pardo Suíça. As vacas holandesas, por exemplo, são
reconhecidas pelo seu alto potencial produtivo, porém sua produção diminui significativamente nos dias mais quentes do
ano, mesmo em regiões de clima mais ameno como a região sul. A zona termoneutra (temperatura ideal), para vacas
holandesas, situa-se entre 5 e 26oC. Por esse motivo, o uso de ferramentas como ventilação e aspersão são
imprescindíveis para manter a produção de leite/animal/dia estável.

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Já as raças Zebuínas são provenientes da Ásia, são animais mais rústicos e tolerantes a clima quente, porém com
menor produção. Temos como exemplo as raças Gir, Guzerá, Sindi.

Temos também a Raça brasileira Girolando, a qual foi formada através do cruzamento entre uma raça Taurina
(Holandesa) e uma raça Zebuína (Gir), com objetivo de aliar as características produtivas e precoces da raça
Holandesa com a rusticidade e adaptação a climas mais quentes da raça Gir. É uma raça que se adapta bem a
praticamente todas as regiões brasileiras.

Por esses motivos, antes de iniciar a criação de gado de leite, é importante que o pecuarista saiba e seja muito bem
orientado por um técnico da área, sobre qual é a melhor raça para o seu sistema de produção e para as
características ambientais ao qual sua propriedade está inserida. No Brasil, as raças mais utilizadas nos sistemas de
produção leiteira são a Holandesa e a Girolanda.

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GADO DE LEITE
RAÇAS

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Vacas de leite possuem características que são intrínsecas a sua aptidão para a produção de leite. Bovinos com
aptidão para produção de carne, por exemplo, são animais mais musculosos, com peito mais aberto e posterior mais
largo, sem ossos evidentes, pois todo alimento que consomem é destinado à sua mantença e deposição muscular.
Bovinos de leite apresentam menos massa muscular, são mais angulosos, profundos e com ossos aparentes.
Diferente do que acontece com gado de corte, vacas de leite muito gordas não são boas produtoras de leite e
apresentam problemas reprodutivos.

Uma vaca de leite deve apresentar:

Boa conformação de úbere e tetos;

Boa conformação de membros locomotores e cascos fortes;

Alta produção de leite com bom percentual de gordura e proteína;

Ter boa fertilidade e facilidade ao parto;

Boa persistência a lactação;

Serem animais longevos e saudáveis, pois permanecem na propriedade por no mínimo 5 lactações.

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Raça Holandesa
A raça Holandesa, conforme já mencionamos anteriormente, é uma
raça Taurina de origem europeia especializada na produção de leite,
conhecida mundialmente com a raça de maior aptidão. Atualmente, é
a raça europeia mais espalhada pelo mundo e com maior potencial
produtivo de leite. Suas características comuns são a pelagem
branca e preta ou branca e vermelha. Também, os animais da raça
holandesa são exigentes quanto ao clima, conforto e manejo.
As novilhas podem ter a primeira cria aos 2 anos de idade, e a
produção média de leite varia de 6.000 a 10.000 kg em 305 dias de
lactação. Portanto, é uma matriz muito usada em cruzamentos
devido a sua alta capacidade de produção.

No Brasil, é bastante utilizada na região sul do país (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul). Por ser uma raça
originalmente de regiões frias, tem baixa tolerância a climas mais quentes. No entanto, como já mencionado
anteriormente, é uma raça muito utilizada em cruzamentos, melhorando os índices de produção leiteira do país como
um todo.
A produção de leite de animais da raça Holandesa varia conforme o sistema de produção e o manejo adotados na
propriedade. No Rio Grande do Sul existem registros de controle leiteiro em fazendas acompanhadas, com produção
média do rebanho de 30 a 40 litros/animal/dia.
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Raça Jersey

A Jersey é uma raça europeia mais rústica, adaptando-se facilmente com boa produção de leite, alta fertilidade e grande longevidade.
Ela é a segunda melhor raça leiteira. Os animais são de pequeno porte, com pelagem parda variando de pardo escuro ao amarelo claro. O
leite apresenta elevados teores de proteína e gordura. A primeira parição pode ocorrer entre 15 e 18 meses de idade, e a produção média
de leite é de 3.500 a 5.500 kg em 305 dias de lactação.

De origem europeia, essa raça é mais rústica, ou seja, se adapta com mais facilidade. Igualmente, o gado Jersey é eleito a segunda
melhor raça leiteira, pois, possui boa produção de leite, alta fertilidade e grande longevidade.

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Raça Pardo-
Suíça

Essa raça é uma das mais antigas do mundo e é conhecida por sua
adaptação a climas quentes. A idade das novilhas ao primeiro parto é
de 30 meses. Originadas na Europa, as vacas dessa raça podem ser
usadas para produção de carne, porém a raça é predominantemente
usada na produção leiteira. Possui uma pelagem parda clara a
cinzenta escura, são animais rústicos e com alta fertilidade e
longevidade. A princípio, a parição inicia-se a partir dos 30 meses. A
produção média de leite é de cerca de 2.500 litros em 200 dias de
lactação.

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Raças Zebu
Leiteiras
Ao contrário das raças citadas acima, as vacas zebus leiteiras têm origem indiana. Primeiramente, são conhecidas
por serem animais que se adaptam mais rápido, com grande resistência ao calor excessivo e a alta umidade do ar.

Além disso, o gado zebu destaca-se por ter eficiência produtiva mesmo com alimentos de baixa qualidade
nutricional.

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Raça Gir

É a raça indiana mais utilizada em cruzamentos. Possui grande


porte com a pelagem variada. Apresenta longevidade produtiva e
reprodutiva além de ter temperamento dócil. A idade do primeiro
parto é de aproximadamente 43 meses. Já a produção média de leite
é de mais ou menos 777 kg em 286 dias.

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Raça Guzerá

Considerada a primeira raça zebuína utilizada pelo homem, ela


possui fácil adaptação e pode ser utilizada para a produção de
leite e carne, ou seja, dupla aptidão. Uma característica
importante é a fertilidade da raça, já que se bem manejada pode
fazer um bezerro a cada 13 meses. E a produção média de leite
durante o período de lactação de 270 dias é de 2.071 kg. Além da
% de gordura do leite e sua rusticidade, a raça aceita erros de
manejos principalmente para os que iniciam na atividade sem
conhecimento do manejo correto.

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Raça Sindi

Adequados para regiões mais secas e de poucos


recursos alimentares, como no nordeste brasileiro.
Assim como o Guzerá também pode ser utilizada na
produção de leite e carne. A raça possui um porte
pequeno e a pelagem vermelha, variando do mais
escuro ao amarelo-alaranjado com pintas brancas
com a produção média de leite de 2.266 kg em 250
dias.

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Raça Girolando Raça Girolando é protagonista na pecuária leiteira do
país
A raça, que tem origem do cruzamento entre o Gir
Leiteiro e o Holandês, possui fêmeas com características
fisiológicas e morfológicas perfeitas para a produção nos
trópicos, como a capacidade e suporte de úbere, tamanho
de tetas, pigmentação, capacidade termorreguladora,
aprumos e pés fortes, conversão alimentar, eficiência
reprodutiva. Essas são características que garantem maior
produtividade e menor custo de produção, melhorando a
rentabilidade do negócio. Como diferenciais a Girolando
possui alta produtividade, rusticidade, precocidade,
longevidade e fertilidade, além da alta capacidade de
adaptação a diferentes tipos de manejo e clima.

A raça Girolando é responsável por 80% do leite produzido no Brasil. Um dos benefícios das raças mestiças é a
questão do preço comparado às raças puras, no caso do Girolando o valor é menor e a média de produção de leite é
ótima, aproximadamente 5.061 kg em 283 dias.
Por essas características, a raça Girolando é, atualmente, referência em produção de leite para países do clima
tropical e subtropical.
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Raça Girolando A raça Guzolando tem origem do cruzamento entre o
Guzerá e o Holandês, é um dos cruzamentos mais indicados
para o gado leiteiro. Esses animais conseguem se manter
férteis e produzir leite por um longo período. Unindo as
vantagens das duas raças, a forte aptidão à produção de
leite é característica do Holandês, e a sua rusticidade e
aptidão à produção de carne vêm do Guzerá.
Segundo a Associação dos criadores de Guzerá e Guzolando
do Brasil, uma Guzolando tem condições de produzir cerca
de 25 a 30kg de leite por dia quando em confinamento e
até 10 kg quando criados exclusivamente no pasto.
As fêmeas Guzolando produzem por 10 anos ou mais, com
aumento progressivo da produtividade desde a primeira
lactação. Parte dessa longevidade do Guzolando vem do
úbere herdado do Guzerá.

Outra característica transmitida pela raça zebuína é a rusticidade, garantindo um manejo mais fácil do Guzolando nas
mais diversas regiões do Brasil e custos menores de produção relacionados à sanidade e à alimentação.

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Lembrando que a escolha da raça deve levar em consideração o clima, o tipo de pastagem e o mercado
consumidor. Cada raça tem suas características específicas, e o produtor deve avaliar qual se encaixa
melhor no seu sistema de produção.
Vale lembrar que para rebanhos de alta produção, é importante que o pecuarista esteja sempre
atualizado sobre técnicas de manejo, práticas nutricionais, produção de volumoso com alta qualidade,
investir em material genético e instalações adequadas para o conforto dos animais. Afinal, são fatores
decisivos no aumento dos índices produtivos da propriedade.
Escolhas do gado leiteiro.
A escolha influencia diretamente nos lucros finais da produção de sua propriedade rural.
Primeiramente, quando se fala em melhoria de desempenho, é comum pensarmos primeiro nas
técnicas que aumentam a produtividade do gado e no treinamento da equipe que trata dos animais.
Contudo, a escolha dos bovinos do rebanho impacta diretamente na produção.

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Sendo assim, escolha animais que tenham características favoráveis às condições de sua produção. Deste modo,
antes de escolher o animal só por sua produtividade ou até mesmo por preferência pessoal, considere alguns fatores
essenciais para o sucesso dos ganhos:
O sistema de produção que será empregado,
O clima e fatores ambientais da região;
A topografia do local;

Qual será a finalidade de sua produção.

Existem várias opções de raças e cruzamentos para produção de leite. As principais são:

A. Raça europeia pura, especialmente selecionada para produção de leite, como a Holandesa (H), a Pardo-Suíça ou
Schwyz, a Jersey, a Guernsey e a Ayrshire. Dessas a mais conhecida e difundida é a Holandesa;
B. Raça europeia de dupla-aptidão (produção de leite e de carne), como a Simental, Dinamarquesa, Red Poll. Dessas a
mais conhecida é a Simental;
C. Raças Zebu Leiteiras (Gir; Guzerá; Sindi etc.) e
D. Vacas mestiças, derivadas do cruzamento de raça europeia com uma raça zebuína, em vários graus de sangue.

Uma ou a outra opção depende de vários fatores, como: sistema de produção, clima, topografia do terreno
(localização da propriedade) etc., bem como da preferência pessoal do produtor. Sem dúvida nenhuma, o sistema de
produção a ser empregado na propriedade é o item mais importante a ser considerado na escolha da raça ou do
cruzamento.
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Panorama da pecuária leiteira do Brasil

Atuante no país há muitas décadas, a cadeia produtiva do leite e seus derivados possui grande representatividade
para o agronegócio brasileiro.

Com 34 bilhões de litros por ano, com produção em 98% dos municípios brasileiros, a pecuária leiteira tem sua
predominância em pequenas e médias propriedades que empregam cerca de 4 milhões de pessoas.
As projeções do agronegócio da Secretaria de Política Agrícola, estimam que, para 2030, irão permanecer os produtores
mais eficientes, que se adaptarem à nova realidade de adoção de tecnologia, melhorias na gestão e maior eficiência
técnica e econômica.

O sistema de produção a ser adotado é decorrente do desempenho dos animais existentes e das práticas de manejo
utilizadas na propriedade. Este desempenho pode ser estimado pela média da produção de leite por lactação, produção
de leite diária, dentre outros.

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Panorama da pecuária leiteira do Brasil
Os rebanhos podem ser divididos em três níveis de produção como, por exemplo:

1. alto, que propiciam produções acima de 4.200 kg/lactação.

2) médio, com produções de 2.800 a 4.200 kg/lactação.

3) baixo, com produções abaixo de 2.800 kg/lactação.

Na escolha do recurso genético mais adequado para a propriedade em questão, de acordo com o nível de criação e
produção, deve-se considerar:

Em propriedades com médias de produção de leite acima de 4.200 kg por lactação, devem ser empregadas as raças
europeias especializadas, sendo a Holandesa a mais difundida;

Em propriedades com produções de leite entre 2.800 e 4.200 kg por lactação, têm-se como opção o cruzamento
alternado com repetição do europeu, o uso de fêmeas F1 ou o uso de vacas 3/4 Holandês x Zebu;

- para fazendas com produções de leite inferiores a 2.800 kg por lactação, deve ser adotado o cruzamento alternado
simples (Europeu x Zebu); como opção existe a raça Girolando (5/8 Holandês + 3/8 Gir) e as raças Zebu leiteiras.

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Panorama da pecuária leiteira do Brasil

A cadeia produtiva do leite é uma das principais atividades econômicas do Brasil, com forte efeito na geração de
emprego e renda. Presente em quase todos os municípios brasileiros, a produção de leite envolve mais de um milhão de
produtores no campo, além de gerar outros milhões de empregos nos demais segmentos da cadeia.

Graças a adoção de novas tecnologias foi possível um aumento significativo da produtividade dos animais, da terra e
da mão de obra e consequentemente da escala de produção das fazendas. Dessa forma, o Brasil se tornou o terceiro
maior produtor de leite do mundo, mas ainda com um grande potencial a ser explorado, principalmente em termos de
ganhos de produtividade, de modo a se tornar também um dos principais players do mercado global de leite e derivados.

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Tecnologia: Grande aliada da pecuária leiteira atual

Assim como ocorreu com outros segmentos do agronegócio brasileiro, os avanços tecnológicos foram, e continuam
sendo, essenciais para elevar a produtividade e o bem-estar dos animais.

Muitas são as tecnologias que vêm consolidando gradativamente o importante papel do setor leiteiro no agronegócio
nacional, com atuação em diferentes etapas da cadeia produtiva.

Essas tecnologias são muito além dos softwares de gestão da fazenda ou ordenhadeiras cada dia mais eficientes.
Englobam também diferentes biotecnologias e nutrição cada dia mais eficientes, o que proporciona um melhor
desempenho e crescimento do setor como um todo.

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Tecnologia: Grande aliada da pecuária leiteira atual
Principais tecnologias que vem beneficiando a pecuária leiteira:

Melhoramento genético animal;

Tecnologia de fertilização in Vitro (FIV);

Melhor capacidade de seleção de doadoras e touros;

Desenvolvimento de Tecnologia em melhoramento genético para todas as raças leiteiras do país;

Manejo sanitário, com a definição de um calendário sanitário e exames laboratoriais;

Medidores de atividades dos animais como colares, melhorando reprodução, saúde, controle de doenças, bem-estar.

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Ordenha: etapa que também evoluiu bastante nos últimos anos
O grande desenvolvimento da produção leiteira no Brasil se deve ao
progresso de vários fatores (como os já citados), mas a evolução na etapa
da ordenha também foi significativa e merece destaque.

As tecnologias que merecem destaque na etapa da ordenha são:

Equipamentos de qualidade e manutenções realizadas de forma preventiva;

Gestão de pessoas, treinamentos e qualificações para os colaboradores;

Melhoria nos procedimentos operacionais de manejo;

Adoção das ordenhas canalizadas, com extratores e lavagem automática para melhor precisão dos procedimentos e
agilidade no tempo. Hoje já existem vários tipos de ordenha, como, as tradicionais, robotizada e carrossel, com cada uma
atendendo um tipo de necessidade;

Softwares para controle zootécnicos, ajudando na reprodução e produção das vacas.

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Ordenha: etapa que também evoluiu bastante nos últimos anos
Outros avanços que, além de aumentar a produtividade, proporcionam melhor bem-estar das vacas. Entre esses
avanços, destacam-se:
Sombreamento, seja ele natural ou artificial, em pastagens ou confinado.
Resfriamento evaporativo (água e vento) corretamente dimensionado, seja na sala de espera como na pista de
alimentação do confinamento ou até mesmo em pivô central. As vacas não podem passar de 39.1º C de temperatura
retal;
Confinamentos como Compost Barn, sendo necessário usar camas de qualidade e reutilização da cama como adubo;
Tratamento da água para reutilização, reduzindo a quantidade de água utilizada.
Todos estes fatores resultarão em mais saúde, produção e reprodução dos animais em lactação da pecuária leiteira,
resultando em maiores produtividades e bem-estar.

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Importância do manejo nutricional
O manejo nutricional desempenha um papel fundamental na produção animal, pois influencia diretamente o custo de produção, a produtividade e a saúde dos animais.
Uma dieta adequada deve fornecer alimentos de qualidade e em quantidade suficiente para atender às necessidades nutricionais dos animais. Além disso, uma boa dieta
contribui para a redução de custos e melhora a produtividade.

No entanto, o manejo nutricional não se resume apenas à dieta. Outros fatores também são importantes, como a qualidade da água. A água limpa e fresca é essencial para
o consumo adequado de alimentos pelos animais, afetando a quantidade e a qualidade do leite produzido. A água também é crucial para o funcionamento adequado do
sistema digestório e outras funções vitais dos animais.

A qualidade da ração e dos suplementos também desempenha um papel importante no desempenho produtivo e reprodutivo dos animais, além de melhorar o
sistema imunológico. O espaço disponível no cocho também afeta a ingestão de alimentos, sendo importante observar se a dieta formulada está sendo
efetivamente consumida pelos animais.

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Importância do manejo nutricional
Qualidade da água: é o nutriente mais importante da alimentação das vacas. Se a água estiver suja ou contaminada isso irá
limitar a sua ingestão pela vaca, reduzindo também o consumo de alimentos. É crucial que a água oferecida para o rebanho seja
limpa, fresca e abundante. 87% da composição do leite é água e uma vaca precisa de 4l para produzir 1l de leite.

Qualidade da ração: rações e suplementos de qualidade contribuem para um bom desempenho produtivo e reprodutivo, além de
melhorar o sistema imune.

Espaço de cocho: limitações de espaço no cocho reduzem a ingestão de alimentos. É importante observar os lotes para adequar a
dieta formulada com a dieta que efetivamente está sendo consumida pelos animais.

Conforto animal: animais sob estresse térmico reduzem o consumo de alimentos e afeta a produção de leite e a reprodução.
Saúde animal: animais doentes ou debilitados não ingerem quantidades suficientes de alimento, prejudicando o seu desempenho.

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Importância do manejo nutricional
A época de seca em regiões centrais do Brasil diminui a qualidade e a disponibilidade do pasto. Para evitar baixas na
produtividade do rebanho, deve-se traçar um plano para garantir a constância nutricional ao longo do ano todo. Isso
pode ser feito com o manejo das pastagens e com a oferta de suplementação alimentar (tanto para sistemas intensivos
quanto extensivos).

A escolha da dieta nutricional do gado leiteiro


É preciso ressaltar que não existe uma fórmula mágica e pronta para a elaboração da dieta dos animais. O que existe é
uma fórmula mais adequada para cada rebanho, em cada fazenda.
Isso porque, visto que apenas 25% da sua produtividade é referente à genética — e que ela é influenciada por fatores
ambientais —, a região onde a fazenda está localizada, a espécie de forrageira oferecida e as condições de tratamento
são elementos categóricos na formulação da dieta.
Além disso, é preciso ter em mente que o déficit nutricional está atrelado à finalidade produtiva do rebanho. Ou seja,
às metas estabelecidas pelo gestor (como aumento do volume de litros de leite ou do teor de gordura, por exemplo). Isso
significa que há uma diferença entre os nutrientes que garantem as funções vitais do animal e a quantidade desses
nutrientes que ele precisa ingerir para alcançar determinada finalidade.
É exatamente a isso que se referem as exigências nutricionais dos bovinos. Como cada rebanho é único e fazendas têm
objetivos distintos, as dietas também serão exclusivas. Além disso, as demandas nutricionais são diferentes para cada
categoria produtiva, ou seja, a criação de bezerras requer outros cuidados.

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Importância do manejo nutricional
Entretanto, a nutrição para gado leiteiro deve conter um balanço entre:

Alimento volumoso — rico em fibras, importante para o bom funcionamento do rúmen, escolha a espécie de forrageira
que mais se adapta à sua região (que seja resistente à seca, encharcamento de solo ou geadas) e faça o manejo das
pastagens. O pastejo rotacionado garante a qualidade do pasto e a limitação do acesso do gado em determinados locais,
durante certa época, assegura o desenvolvimento do pasto;
sal mineral, que fornece os macros e microminerais essenciais para o funcionamento do metabolismo;
alimento concentrado, que provê a quantidade de proteína e energia necessárias para atender os requerimentos da
produção.

Além disso, os suplementos contêm nutrientes que estão em sua forma mais digerível e aditivos que mantêm a saúde
do epitélio do trato digestivo. Isso faz com que os animais absorvam melhor os nutrientes, elevando a eficiência
alimentar e evitando o desperdício. Portanto, estabeleça as suas metas produtivas e procure orientação de profissionais
especializados em nutrição animal para que, juntos, cheguem à fórmula ideal para o seu rebanho. Procure fornecedores
idôneos e que tenham produção de excelência em suplementos.
Uma vez entendido que e como os fatores externos influenciam a produção do gado leiteiro, é possível traçar estratégias
para manter ou aumentar a produtividade.

Classificação, Raças e panorama produtivo e manejo nutricional de bovinos de Leite.

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