Estudo de Caso de Implantação de Um Sistema de Energia Solar Fotovoltaica em Uma Instituição Pública de Educação Superior

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

RAVENA ALMEIDA DE SOUZA

ESTUDO DE CASO DE IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE


ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA EM UMA INSTITUIÇÃO PÚBLICA
DE EDUCAÇÃO SUPERIOR

CAMPO MOURÃO
2019
RAVENA ALMEIDA DE SOUZA

ESTUDO DE CASO DE IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE


ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA EM UMA INSTITUIÇÃO PÚBLICA
DE EDUCAÇÃO SUPERIOR

Trabalho de Conclusão de Curso de


Graduação apresentado à Disciplina de
Trabalho de Conclusão de Curso 2, do Curso
Superior em Engenharia Civil do
Departamento Acadêmico de Construção
Civil – DACOC - da Universidade Tecnológica
Federal do Paraná - UTFPR, para obtenção
do título de bacharel em engenharia civil.

Orientador: Prof. Evandro Luis Volpato

CAMPO MOURÃO
2019
Ministério da Educação
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Câmpus Campo Mourão
Diretoria de Graduação e Educação Profissional
Departamento Acadêmico de Construção Civil
Coordenação de Engenharia Civil

TERMO DE APROVAÇÃO

Trabalho de Conclusão de Curso

ESTUDO DE CASO DE IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE ENERGIA SOLAR


FOTOVOLTAICA EM UMA INSTITUIÇÃO PÚBLICA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR
por
Ravena Almeida de Souza
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi apresentado às 15h30min do dia 18 de dezembro
de 2019 como requisito parcial para a obtenção do título de ENGENHEIRO CIVIL, pela
Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Após deliberação, a Banca Examinadora
considerou o trabalho aprovado.

Prof. Me. Adalberto Luiz Rodrigues de Profª. Drª. Vera Lucia Barradas Moreira
Oliveira
( UTFPR ) ( UTFPR )

Prof. Evandro Luis Volpatp


(UTFPR)
Orientador

Responsável pelo TCC: Prof. Me. Valdomiro Lubachevski Kurta

Coordenador do Curso de Engenharia Civil:


Prof. Dr(a). Paula Cristina de Souza

A Folha de Aprovação assinada encontra-se na Coordenação do Curso.


AGRADECIMENTOS

Não foi fácil chegar até aqui, nem estar longe da família durante anos para
conseguir concluir uma faculdade de excelência. Portanto, eu agradeço e dedico este
trabalho a minha família que sempre me amou e me apoiou nos momentos mais
difíceis e que tanto anseia por minha graduação.
Agradeço ao Grupo de Pesquisa, especialmente aos Professores Rafaelle
Romero e Adriano Romero que acreditaram no meu trabalho como pesquisadora e
me convidaram mesmo eu sendo de Engenharia Civil e eles de Licenciatura em
Química. Com o incentivo deles comecei a produzir trabalhos acadêmico científicos,
fazer publicações que foram premiadas.
Ao meu amigo Marlon da Silveira que me ajudou a manipular os dados desse
trabalho.
Agradeço a minha amiga e colega de moradia Carolina Barros que durante
alguns anos esteve ao meu lado ajudando nos estudos e em tudo mais que pode.
Ao meu orientador Evandro Luis Volpato pela orientação, dedicação,
resignação e pela amizade ao longo do processo.
Por fim, são muitos os nomes que poderiam estar aqui, mas me concentrei
naqueles que fizeram parte desse trabalho. Foi graças ao incentivo de todos vocês
que estou concluindo mais uma etapa de muita importância na minha vida.
RESUMO

SOUZA, R. A. ESTUDO DE CASO DE IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE


ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA EM UMA INSTITUIÇÃO PÚBLICA DE
EDUCAÇÃO SUPERIOR. 2019. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) Curso
superior de Engenharia Civil. Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campo
Mourão, 2019.

Com o aumento da preocupação com meio ambiente, há uma busca por energias
renováveis e alternativas para o planejamento energético do país. O trabalho consiste
na investigação da eficiência energética entre placas de Silício Monocristalino, Silício
Policristalino e Telureto de Cádmio, implantados na Universidade Tecnológica Federal
do Paraná. Foram registradas a produção de energia por cada um dos modelos
durante um mês, em determinados intervalos de tempo. A partir das potências
geradas por cada um dos sistemas, foi possível concluir as vantagens e desvantagens
dessas placas e estimar um tempo de retorno sobre o investimento de
aproximadamente cinco anos e seis meses.

Palavras-chave: Energia fotovoltaica; eficiência energética; radiação solar.


ABSTRACT

SOUZA, R. A. CASE STUDY OF IMPLEMENTATION OF A SOLAR

PHOTOVOLTAIC POWER SYSTEM IN A PUBLIC INSTITUTION OF HIGHER

EDUCATION. 2019. Course Conclusion Paper (Undergraduate) Degree in Civil

Engineering. Federal Technological University of Paraná, Campo Mourão, 2019.

With increasing concern for the environment, there is a search for renewable energy

and alternatives for the country's energy planning. The work consists of the

investigation of energy efficiency between Monocrystalline Silicon, Polycrystalline

Silicon and Cadmium Telluride slabs, implanted at the Federal Technological

University of Paraná. Energy production by each model was recorded for one month

at specified time intervals. From the powers generated by each of the systems, it was

possible to conclude as advantages and advantages of these boards and to estimate

the return on investment time of approximately five years and six months.

Keywords: Photovoltaic energy; energy efficiency; solar radiation.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Curva de corrente-tensão do comportamento de uma célula ......................................... 7


Figura 2 – Camadas de material de uma célula .................................................................................. 8
Figure 3 – Esquema de sistema interligado à rede elétrica ............................................................... 9
Figure 4 – Inversor da Estação Solarimétrica da UTFPR ................................................................. 10
Figura 5 - String Box da Estação Solarimétrica da UTFPR .............................................................. 11
Figura 6 – Localização do município de Campo Mourão no estado do Paraná ............................ 12
Figura 7 – Vista aérea do Campus Campo Mourão da UTFPR ........................................................ 13
Figure 8 – Vista aérea do local de instalação do sistema fotovoltaico .......................................... 13
Figura 9 – Vista aérea da estação solarimétrica ............................................................................... 14
Figura 10 – Estação Solarimétrica da UTFPR ................................................................................... 19
LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Análise da Potência (W) durante um dia com intervalos de 1 hora .......................... 17
Gráfico 2 – Análise da Potência (W) média entre as tecnologias ................................................. 18
Gráfico 3 – Análise da Potência (W) entre as tecnologias em dias chuvosos ............................ 20
Gráfico 4 – Relação entre Temperatura e Corrente........................................................................ 22
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Módulos Fotovoltaicos ...................................................................................................... 14


Tabela 2 – Potência média nos Inversores ........................................................................................ 20
Tabela 3 – Potência nos Inversores em dias chuvosos ................................................................... 21
LISTA DE SIGLAS

Aneel Agência Nacional de Energia Elétrica


CA Corrente Alternada
CC Corrente Contínua
CdTe Telureto de Cádmio
CIGS Disseleneto de Cobre, Índio e Gálio
EE Eficiência Energética
FV Fotovoltaico
m-Si Silício Monocristalino
On-Grid Sistema Fotovoltaico Conectado à Rede Elétrica
Off-Grid Sistema Fotovoltaico Isolado da Rede Elétrica
p-Si Silício Policristalino
ROI Retorno do Investimento
UTFPR Universidade Tecnológica Federal do Paraná
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................3
2 OBJETIVOS .........................................................................................................5
2.1 Objetivo Geral ..................................................................................................5
2.2 Objetivos Específicos .....................................................................................5
3 JUSTIFICATIVA...................................................................................................6
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...........................................................................7
4.1 Energia Solar Fotovoltaica .............................................................................7
4.1.1 Silício Monocristalino ......................................................................................8
4.1.2 Silício Policristalino .........................................................................................8
4.1.3 Telureto de Cádmio ........................................................................................9
4.2 Sistemas Fotovoltaicos Conectados à Rede Elétrica (On-grid) ..................9
4.3 Inversores ........................................................................................................10
4.4 String Box ........................................................................................................11
5 METODOLOGIA DE PESQUISA .........................................................................12
5.1 Descrição do Local..........................................................................................12
5.2 Área de Instalação dos Painéis e Orientação Geográfica............................12
5.3 Módulos Fotovoltaicos ...................................................................................14
5.4 Levantamento dos Custos de Aquisição e Instalação .................................15
5.4 Estudo de Viabilidade Econômica .................................................................15
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO ...........................................................................16
6.1 Eficiência e Comparação entre os diferentes tipos de placas ....................16
6.2 Excitação Térmica ...........................................................................................21
6.3 Estudo de Viabilidade Econômica .................................................................22
REFERÊNCIAS .......................................................................................................25
3

1 INTRODUÇÃO

A busca por energias renováveis está aumentando, já que a humanidade tem


se preocupado cada vez mais com a preservação do meio ambiente. Além disso
houve um aumento da demanda por energia elétrica.
Praticamente restrita a aplicações em pequenos sistemas de eletrificação
instalados em localidades não atendidas pela rede de energia elétrica, desde o ano
de 2012 a energia solar fotovoltaica tornou-se uma importante de complementação
energética para o Brasil, tendo sua inserção na matriz energética nacional garantida
com a aprovação da resolução normativa nº 482 da Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel), que incentiva e regulamenta a geração de eletricidade com fontes
renováveis de energia em sistemas conectados à rede elétrica de distribuição
(VILLALVA,2015).
A energia solar é infinita e inesgotável o que torna a implantação de um sistema
fotovoltaico excelente, principalmente para um país como o Brasil que possui uma alta
incidência solar. Segundo o Atlas Solarimétrico da Cepel a radiação solar média que
incide sobre a superfície do país é de até 2300 quilowatt-hora por metro quadrado
(kWh/m²). Esse sistema não produz ruídos, portanto, não é incomodo ao usuário, além
de exigir pouca manutenção durante anos e alta vida útil do sistema, geralmente
superior a 20 anos.
Em 2014, o Brasil sofreu com uma crise hídrica, a falta de água afetou
principalmente a região Sudeste. Essa escassez afetou diretamente a produção de
energia, consequentemente os preços foram elevados e houve redução da
disponibilidade de energia. Esse fator deve ser levado em consideração, um sistema
fotovoltaico possui independência, ou seja, não depende de um recurso que possa
ser extinto ou que sofra variações com as estações.
Sistemas conectados à rede estão em crescente expansão muito em virtude
da aprovação da normativa 482/2012 da ANEEL em 17 de abril de 2012, e modificada
pelas Resoluções Normativas ANEEL no 687/2015 e no 786/2017, que permite aos
consumidores instalar geradores de pequeno porte em suas unidades consumidoras
e utilizar o sistema elétrico da Copel para injetar o excedente de energia, que será
convertido em crédito de energia válido por 60 meses. Créditos, estes, que serão
consumidos em situações em que o sistema não produz energia suficiente para
4

atender a demanda do estabelecimento, como à noite, ou em dias nebulosos (ANEEL,


2014).
Em abril de 2015, o Convênio ICMS 16 do Conselho Nacional de Política
Fazendária (CONFAZ) abriu a possibilidade dos estados isentarem a tributação do
ICMS na eletricidade gerada pelo sistema fotovoltaico e injetada na rede de
distribuição. Essa medida permitiu diminuir o valor da conta de luz nas residências
com placas solares. A participação de cada estado é voluntária e deve ser manifestada
de forma independente. O estado do Paraná não aderiu a tal medida (COLAFERRO,
2017). Na Figura 1 observa-se o número de instalações fotovoltaicas já realizadas por
estado.
Esse trabalho tem irá analisar a eficiência de um sistema fotovoltaico, através
da utilização e implantação de três tecnologias em módulos fotovoltaicos on-grid a
serem instalados na Universidade Tecnológica Federal do Paraná no Campus de
Campo Mourão.
5

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Analisar a eficiência de um sistema fotovoltaico, através da utilização e


implantação de três modelos fotovoltaicos na UTFPR no Campus de Campo Mourão
no Paraná.

2.2 Objetivos Específicos

 Confrontar a eficiência dos modelos fotovoltaicos instalados;


 Verificar o investimento necessário com equipamentos e instalação das placas
fotovoltaicas;
 Investigar o período de recuperação do investimento.
6

3 JUSTIFICATIVA

Este trabalho apresenta-se em um momento importante de pesquisas,


discussões e aprofundamentos no tema do meio ambiente e em um momento em que
soluções estão sendo buscadas para conciliar um ambiente global, desenvolvido, com
a sustentabilidade dos recursos naturais.
Desta forma, há um estudo vasto no mundo sobre o desenvolvimento
sustentável e que está em constante ascendência, assim, este trabalho abrange
vários princípios e conceitos.
Com a implantação de um Sistema de Energia Fotovoltaica na Universidade
Tecnológica Federal do Paraná, campus Campo Mourão, foi possível pesquisar a
eficiência energética de três tecnologias em placas fotovoltaicas, pautadas nos dados
dos equipamentos, podendo assim compará-las, além de verificar o quanto esse
sistema será capaz de produzir em energia e calcular o tempo de retorno desse
investimento.
7

4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

4.1 Energia Solar Fotovoltaica

Para Zilles (2012) a obtenção da energia solar fotovoltaica, há uma conversão


direta da luz solar em energia elétrica, isso ocorre por causa do efeito fotovoltaico. Os
módulos fotovoltaicos, que são compostos por várias células fotovoltaicas, feitas de
materiais semicondutores, podem ser em grandes quantidades e conectados em série
ou em paralelo.
Uma das principais características dos sistemas fotovoltaicos é que só
produzem eletricidade quando recebem a luz do sol, isso é o que diferencia esse
sistema das outras fontes de energia. Além disso, a quantidade de energia gerada é
diretamente proporcional a irradiação solar que incide na superfície das placas.
Existem dois tipos de sistemas fotovoltaicos: os conectados à rede,
chamados On-Grid e os isolados da rede ou autônomos, Off-Grid. Para este trabalho
o foco será em sistemas conectados à rede.
O material mais empregado em módulos fotovoltaicos atualmente é o silício e
pode ser do tipo monocristalino e policristalino. São considerados com eficiência
significativa na conversão da radiação solar em energia elétrica, bem difundidos e
consolidados no mercado (PINHO E GALDINO, 2014).
Na figura 2 é possível observar o comportamento da curva de corrente-tensão
de uma célula.

Figura 1 – Curva de corrente-tensão do comportamento de uma célula

Fonte: Wenham et al. (2009)


8

De acordo com Nascimento (2014) enquanto houver incidência de luz sobre a


célula fotovoltaica há um fluxo de elétrons no circuito, portanto uma célula fotovoltaica
não é capaz de armazenar energia elétrica. Para isso é necessário um método para
armazenamento dessa energia. A maioria das células solares comerciais é feita de
silício monocristalino, que são tipicamente do tipo “n sobre p” (PAULA, 2015). Na
figura 3 é possível observar a camada fina de material tipo n e a camada de material
tipo p.

Figura 2 – Camadas de material de uma célula

Fonte: Nascimento (2004)

4.1.1 Silício Monocristalino

Este tipo de célula fotovoltaica possui rendimento elétrico razoavelmente


elevado, apesar de possuírem uma complexidade para a produção e serem caras,
chegam a gerar aproximadamente 16%.
Por utilizarem materiais muito puros, é necessário em sua fabricação uma
grande quantidade de energia.

4.1.2 Silício Policristalino

As células policristalino apresentam um rendimento elétrico inferior, quando


comparado ao monocristalino, entre 11% e 13%. Essa redução de rendimento é dada
pela imperfeição do cristal. Por necessitarem de menos energia para fabricação, o
custo de produção é inferior.
9

4.1.3 Telureto de Cádmio

Possui eficiência entre 9% e 11%, além de ter um bom custo/benefício. É


geralmente utilizado em grandes campos, como em usinas de energia solar.

4.2 Sistemas Fotovoltaicos Conectados à Rede Elétrica (On-grid)

O objetivo principal dos sistemas fotovoltaicos conectados à rede elétrica é


maximizar anualmente a produção de energia elétrica produzida no país.
É necessário que o sistema fotovoltaico esteja conectado à rede de distribuição
de energia, além de um inversor, que terá a função de converter a corrente contínua
(CC) em corrente alternada (CA), e sincronizar o sistema com a rede pública. Esse
Sistema não possui dispositivo de armazenamento, por esse motivo, toda energia
excedente gerada - que não é consumida pelo usuário - é enviada para a rede de
distribuição e é convertida em créditos de energia elétrica, figura 4.

Figura 3 – Esquema de sistema interligado à rede elétrica

Fonte: CRESESB (2009)


10

4.3 Inversores

Os inversores, figura 5, são dispositivos eletrônicos que fornecem energia


elétrica em corrente alternada a partir de uma fonte de energia elétrica em corrente
contínua (PINHO & GALDINO, 2014).
Esses inversores, são necessários para sistemas on-grid, pois a corrente que
é utilizada pela rede de distribuição de energia é a corrente alternada e o sistema
fotovoltaico gera energia em corrente contínua, portanto é preciso que haja essa
conversão de corrente para que o excedente de energia elétrica das placas seja
injetado na rede elétrica.

Figura 4 – Inversor da Estação Solarimétrica da UTFPR

Fonte: Autoria própria (2019)


11

4.4 String Box

A String Box quando conectada ao lado das correntes contínuas, protege tanto
a instalação quanto as placas solares das descargas elétricas recebidas ou geradas
pelo campo magnético dos fios. Devendo ser conectada ao inversor de frequência da
placa de energia solar e também ao quadro de proteção da rede elétrica, protegendo
a instalação contra as eventuais descargas atmosféricas, ilustrado na figura 6.

Figura 5 – String Box da Estação Solarimétrica da UTFPR

Fonte: Autoria própria (2019)


12

5 METODOLOGIA DE PESQUISA

5.1 Descrição do Local

O local de estudo dos módulos de energia solar fotovoltaica é o Campus Campo


Mourão da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, na mesorregião centro-
ocidental do Estado do Paraná, como pode ser visto na figura 7.

Figura 6 – Localização do município de Campo Mourão no estado do Paraná.

Fonte: Instituto Brasileiro De Geografia E Estatística (2019)

A população da cidade de Campo Mourão é de 87.194 habitantes, com


densidade demográfica de 115,05 hab/km² (INSTITUTO..., 2019).

5.2 Área de Instalação dos Painéis e Orientação Geográfica

Quando a luz do sol bate no painel solar, células


trabalham produzindo eletricidade, portanto a implantação de um sistema fotovoltaico
13

em uma região sombreada não é eficiente. Na figura 8 pode-se observar o Campus


da UTFPR e na figura 9 o local em que foram implantadas a placas solares.

Figura 7 – Vista aérea do Campus Campo Mourão da UTFPR

Fonte: Memorial Descritivo do Campus da UTFPR de Campo Mourão (2019)

Figura 8 – Vista aérea do local de instalação do sistema fotovoltaico

Fonte: Memorial Descritivo do Campus da UTFPR de Campo Mourão (2019)


14

5.3 Módulos Fotovoltaicos

A estruturação apresentada na tabela 1, indicam os modelos fotovoltaicos bem


como as especificações utilizadas para a análise da energia gerada no sistema
fotovoltaico.

Tabela 1 – Módulos Fotovoltaicos.


TIPO DE Telureto de Disseleneto de Silício Silício
MÓDULO Cádmio Cobre, Índio e Monocristalino Policristalino
FOTOVOLTAICO (CdTe) de Gálio (CIGS) (m-Si) (p-Si)
filmes finos
QUANT. 18 12 14 14
FABRICANTE Calyxo Solibro QCells QCells
MODELO modelo CX3 Solibro SL2 Q.Peak L- Q.Power L-
85 CIGS G5.0.G G5
POTÊNCIA 85 140 365 335
NOMINAL (Wp)
DIMENSÃO 1200x600x6,9 1190x789,5x7,3 1960x991x35 1960x991x35
(mm)
PESO UNIT. (kg) 12,0 16,5 22,5 22,5
Fonte: Memorial Descritivo do Campus da UTFPR de Campo Mourão

Na figura 10 encontra-se um esquema de como as diferentes tecnologias foram


implantadas em uma vista aérea da estação solarimétrica e, de cima para baixo, as
14 placas de Silício Monocristalino e Silício Policristalino, as 12 de Disseleneto de
Cobre, Índio e Gálio e for fim as 18 placas de Telureto de Cádmio, respectivamente.
Para esse trabalho serão analisadas as placas de Silício Monocristalino, Silício
Policristalino e Telureto de Cádmio.

Figura 9 – Vista aérea da estação solarimétrica

Fonte: Memorial Descritivo do Campus da UTFPR de Campo Mourão (2019)


15

Todos os módulos foram instalados sobre suportes de aço galvanizado, com


altura inicial de 0,80 m a partir do solo, voltados para o norte com uma inclinação igual
à latitude de Campo Mourão, ou seja, 24 graus, e terão todos a mesma exposição. Os
sistemas de fixação da estrutura têm proteção contra intempéries e resistem a rajadas
de vento, com velocidade de até 120 km/h.
A conexão com a rede lógica e a interligação com o sistema elétrico foram feitas
por meio dos quadros de proteção e de automação.

5.4 Levantamento dos Custos de Aquisição e Instalação

Para levantamento dos custos de aquisição foi montada uma planilha com os
valores das placas e equipamentos necessários.
Os gastos relacionados aos serviços de instalação giram em torno de 25% do
valor do final do sistema fotovoltaico (RÜTHER, 2004), esse valor foi acrescentado ao
final do levantamento.

5.4 Estudo de Viabilidade Econômica

Para investigar a viabilidade econômica da instalação do sistema fotovoltaico


calcularam-se os indicadores econômicos ROI e Payback, que para estudos de longo
prazo são tomados como padrão nas análises de investimento. Os cálculos foram
realizados com base nos índices de irradiação solar da região de Campo Mourão e
nas faturas dos últimos 25 meses das contas de energia.
O Payback calcula o tempo de retorno do investimento em anos, já o ROI, o
retorno do investimento é dado por uma porcentagem e mede o ganho ao investir.
Desse último indicador pode-se ter um controle do quanto à implantação dos sistemas
fotovoltaicos ajudam a diminuir custos.
O valor da energia elétrica não é fixo, sofre aumentos ao longo dos anos, e
para realização dos cálculos de Payback e ROI, considerou-se uma estimativa para a
inflação.
Para estimar uma média anual de economia considerou-se o produto entre a
geração de energia em kWh/mês, o valor médio da tarifa energética em R$/kWh e os
12 meses do ano.
16

O retorno do investimento (ROI) foi calculado a partir da seguinte formula:

𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑎𝑛𝑢𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑒𝑐𝑜𝑛𝑜𝑚𝑖𝑎


ROI= ∙ 100 (1)
𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑖𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜

O payback foi calculado da seguinte maneira:

𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑖𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
Payback= (2)
𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑎𝑛𝑢𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑎𝑐𝑜𝑛𝑜𝑚𝑖𝑎

6 RESULTADOS E DISCUSSÕES

6.1 Eficiência e Comparação entre os diferentes tipos de placas

A partir dos dados gerados pelos modelos fotovoltaicos, analisou-se os


rendimentos e a eficiência energética (EE) das placas.
Através dos resultados obtidos diariamente pelo Sistema durante um mês, foi
possível comparar a eficiência energética gerada pelo conjunto.
O gráfico 1 apresenta um comparativo da potência produzida pelas placas em
Watts, ao longo de um dia, com intervalos de uma hora, iniciando às 8 horas e indo
até às 18 horas. A temperatura mínima nesse dia foi de 17,8°C e máxima de 33,5°C.
17

Gráfico 1 – Análise da Potência (W) durante um dia com intervalos de 1 hora

POTÊNCIA GERADA AO LONGO DE UM DIA


2500,000

2000,000

1500,000

1000,000

500,000

,000
8h 9h 10h 11h 12h 13h 14h 15h 16h 17h 18h

INVERSOR 1 INVERSOR 2 INVERSOR 3


INVERSOR 4 INVERSOR 5

Fonte: Autoria própria (2019)

Continuando no gráfico 1, é possível observar a curva da potência, de forma


clara percebe-se que a produção de energia durante um dia acontece gradativamente
formando uma parábola, potência por hora.
Os inversores 1 e 2 estão conectados às placas de silício monocristalino
enquanto que as placas de silício policristalino, aos inversores 3 e 4, já o inversor 5
conectado às placas de telureto de cádmio. Sabendo disso, pode-se observar no
gráfico 2 a potência gerada em diferentes períodos do dia, conforme os horários
indicados. Percebe-se que nos horários de menor incidência solar a variação na
produção de energia entre as placas é pequena, enquanto que nos horários de maior
incidência de radiação solar a variação entre as tecnologias tem maior destaque,
nesses períodos a eficiência de ambos os modelos entram em evidência.
18

Gráfico 2 – Análise da Potência média (W) entre as tecnologias

POTÊNCIA NOS INVERSORES

1327,6
1277,3

1269,8

1239,8
1139,4

1130,1
1067,70

1135
1054,7
1065

971,1
983
887,5

790,5

630,5
455,40

480,9
471,1

464,4

313,3

83,8
80,4
76,9

54,5

30
INVERSOR 1

INVERSOR 2

INVERSOR 3

INVERSOR 4

INVERSOR 5

INVERSOR 1

INVERSOR 2

INVERSOR 3

INVERSOR 4

INVERSOR 5

INVERSOR 1

INVERSOR 2

INVERSOR 3

INVERSOR 4

INVERSOR 5

INVERSOR 1

INVERSOR 2

INVERSOR 3

INVERSOR 4

INVERSOR 5

INVERSOR 1

INVERSOR 2

INVERSOR 3

INVERSOR 4

INVERSOR 5
8H00 10H00 12H00 15H40 17H40

Fonte: Autoria própria (2019)

Fazendo uma análise entre as placas eletrovoltáicas de silício monocristalino


(inversores 1 e 2) e as de silício policristalino (inversores 3 e 4), nos intervalos de 10h,
12h e 15h40, onde há maior radiação solar, é perceptível uma diferença no valor das
potências, os módulos de silício monocristalino possuem maior eficiência, isso ocorre
devido a composição do substrato de silício usado para compor as células. Vê-se
ainda que as placas de telureto de cádmio (inversor 5), que são de filme fino, possuem
a eficiência por m² inferior quando comparado com as placas de silício monocristalino
e policristalino, contudo são placas esteticamente mais bonitas, visível na figura 11, e
possuem um menor valor de mercado.
19

Figura 10 – Estação Solarimétrica da UTFPR

Fonte: Autoria própria (2019)

Em dias chuvosos a eficiência da produção de energia é reduzida e podemos


observar esse fenômeno através do gráfico 3, que seguiu as mesmas condições do
gráfico 2, contudo, nesse dia, às 15h40 estava chovendo. Confrontado os gráficos 2
e 3, pode-se estimar que houve uma queda de 68,6% a 76,2% da potência gerada
pelos inversores, calculado a partir das tabelas 2 e 3.
Ainda analisando os gráficos 2 e 3, notou-se que os módulos de Telureto de
Cádmio, em dias chuvosos, sofreram menos com a redução da incidência solar, desse
modo, podemos afirmar que este modelo é o menos impactado quando temos uma
redução na radiação solar. Em regiões que possuem menos dias de céu limpo durante
o ano, como a cidade de Curitiba no Paraná, este modelo pode ser mais adaptável
por sofrer menos com a variação da incidência solar.
20

Gráfico 3 – Análise da Potência (W) entre as tecnologias em dias chuvosos

POTÊNCIA NOS CONVERSORES

1818,2

1796,7

1657,8
1615,5
1390,5

1256,20
1388

1261,2

1109,2
853,2
376,80

380,7

360,4
332,2

259,3

248,6
240,4

261

168,5
245

91,1
75,1

25,8
63

46
INVERSOR 1

INVERSOR 2

INVERSOR 3

INVERSOR 4

INVERSOR 5

INVERSOR 1

INVERSOR 2

INVERSOR 3

INVERSOR 4

INVERSOR 5

INVERSOR 1

INVERSOR 2

INVERSOR 3

INVERSOR 4

INVERSOR 5

INVERSOR 1

INVERSOR 2

INVERSOR 3

INVERSOR 4

INVERSOR 5

INVERSOR 1

INVERSOR 2

INVERSOR 3

INVERSOR 4

INVERSOR 5
8H00 10H00 12H00 15H40 17H40

Fonte: Autoria própria (2019)

Tabela 2 – Potência média nos Inversores

Telureto de
Tecnologias Silício Monocristalino Silício Policristalino
Cádmio
Fotovoltaicas
Inversor 1 Inversor 2 Inversor 3 Inversor 4 Inversor 5

Horário PCA (W) PCA (W) PCA (W) PCA (W) PCA (W)
8h 455,40 471,10 464,40 480,90 313,30
10h 1065,00 1139,40 1054,70 1067,70 887,50
12h 1277,30 1327,60 1269,80 1239,80 790,50
15h40 1135,00 1130,10 983,00 971,10 630,50
17h40 76,90 54,50 80,40 83,80 30,00
Fonte: Autoria própria (2019)
21

Tabela 3 - Potência nos Inversores em dias chuvosos

Tecnologias Telureto de
Silício Monocristalino Silício Policristalino
Fotovoltaicas Cádmio

Inversor 1 Inversor 2 Inversor 3 Inversor 4 Inversor 5

Horários PCA (W) PCA (W) PCA (W) PCA (W) PCA (W)

8h 376,80 380,70 332,20 360,40 240,40


10h 1388,00 1390,50 1261,20 1256,20 853,20
12h 1818,20 1796,70 1615,50 1657,80 1109,20
15h40 259,30 261,00 245,00 248,60 168,50
17h40 63,00 46,00 75,10 91,10 25,80
Fonte: Autoria própria (2019)

6.2 Excitação Térmica

Segundo Fadigas (1993) materiais semicondutores são caracterizados por


possuírem uma banda de valência totalmente preenchida por elétrons e uma banda
de condução totalmente vazia a temperaturas muito baixas.
Desta forma, pode-se observar no gráfico 4, à medida que a temperatura das
placas fotovoltaicas se eleva há também uma elevação na corrente do sistema, isso
acontece porque com o aumento da temperatura os elétrons excitados são coletados,
gerando uma corrente útil.
22

Gráfico 4 – Relação entre Temperatura e Corrente

Fonte: Autoria própria (2019)

6.3 Estudo de Viabilidade Econômica

Com base na localização da UTFPR em Campo Mourão, o nível de irradiação


solar é de 5,29 kWh/m², segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE).
Analisando as faturas de energia da Universidade Tecnológica Federal do
Paraná, em 25 meses, no período de novembro de 2017 a novembro de 2019, o valor
médio da tarifa é de R$0,80/kWh.
Avaliando a geração das placas ao longo de um mês, o valor médio produzido
de energia somando os três modelos fotovoltaicos é de aproximadamente 1.466,25
kwh/mês.
Para estimar o investimento total, foram realizados três orçamentos em sites
de empresas e feita uma média dos valores encontrados. Para esse orçamento foram
considerados os preços das placas, dos inversores, da String Box, das eletroferragens
e para mão de obra e serviços um custo de 25% do total.
23

A estimativa da média anual de economia encontrada foi de R$16.005,60.


Enquanto que o investimento total foi de R$88.000,51.
Calculando o retorno do investimento (ROI) encontramos uma rentabilidade de
18,2% ao ano.
Nessas condições, o tempo aproximado para se ter um retorno financeiro ao
investir em módulos fotovoltaicos é de cinco anos e seis meses. Lembrando que a
vida útil das placas é de 25 anos, podendo chegar a mais de 40 anos, com as devidas
manutenções.
24

7 CONCLUSÃO

O uso de Sistemas Fotovoltaicos Conectados à Rede Elétrica é uma alternativa


para a diversificação da produção de eletricidade no país.
Com a implantação do Sistema Fotovoltaico na Universidade Tecnológica
Federal do Paraná, foram encontrados diferentes cenários, após as análises.
Relacionando as diferentes tecnologias, foi possível averiguar a viabilidade de
cada um dos sistemas. As placas de Silício Monocristalino foram as que apresentaram
maior eficiência energética, consequentemente, são mais caras, já as placas de Silício
Policristalino têm eficiência um pouco menor que as de Silício Monocristalino e são
mais baratas. Os módulos de Telureto de Cádmio são os que possuem menor
eficiência energética, porém são esteticamente mais bonitas.
A implantação de sistemas fotovoltaicos é uma alternativa para economia de
energia, pois além de reduzirem impactos ambientais, o tempo de retorno do
investimento é rápido, quando comparado com seu ciclo de vida.
Para trabalhos futuros, pode-se sugerir o estudo incluindo as placas de
Disseleneto de Cobre, Índio e Gálio, a influência das estações do ano na produção de
energia e verificar o efeito do sombreamento em módulos fotovoltaicos.
25

REFERÊNCIAS

ANEEL. Agência Nacional de Energia Elétrica. Resolução Normativa nº482.


Disponível em: <http://www.aneel.gov.br/cedoc/ren2012482.pdf>. Acesso em: Junho
de 2019.

ANEEL, C. T. Micro e minigeração distribuída. Sistema de Compensação de Energia


Elétrica. Brasília, DF, Brasil: Centro de Documentação–Cedoc, 2014.

Atlas Solarimétrico do Brasil. Disponível em:


<http://www.cresesb.cepel.br/publicacoes/download/Atlas_Solarimetrico_do_Brasil_2
000.pdf>. Acesso em: Novembro de 2019.

CRESESB. Centro de Referência para Energia Solar e Eólica Sérgio de Salvo Brito.
Energia Solar: Princípios e Aplicações. Disponível em:
<http://www.cresesb.cepel.br>. Acesso em: Junho de 2019.

COLAFERRO, L. Energia Solar no Brasil. Blue Sol, 2017. Disponível em:


<https://blog.bluesol.com.br/energia-solar-no-brasil-panorama/>. Acesso em:
Novembro de 2019.

FADIGAS, E.AF.A Dimensionamento de fontes fotovoltaicas e eólicas com base no índice


de perda de suprimento e sua aplicação para atendimento à localidades isoladas.
Dissertação de Mestrado. Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo,
1993, 162p.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Cidades:


Campo Mourão. Disponível em:
<http://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?codmun=410430> Acesso em: Novembro
de 2019.

LABENS. Laboratório de Energia Solar. Memorial Descritivo do Campus da UTFPR


de Campo Mourão. Curitiba, 2019.

NASCIMENTO, C. Princípio de Funcionamento da Célula Fotovoltaica.


Dissertação de Mestrado apresentada à Escola de Engenharia da Universidade
Federal de Lavras, Lavras, 2004. 23 f.

PAULA, S. E. A. Estudo do Ganho de Energia Elétrica em Painéis Fotovoltaicos


Usando Rastreamento Solar Baseado em Sistemas Embarcados. São Paulo,
2015.
26

VILLALVA, M. G. Energia Solar Fotovoltaica: Conceitos e aplicações. Editora


Erica, São Paulo, 2015.

WENHAM, S. R. et al. Applied photovoltaics. 2 ed. Australia: Centre for hotovoltaic


Engineering of UNSW, 2009.

ZILLES, R.; MACÊDO, W. N.; GALHARDO, M. A. B.; OLIVEIRA, S.H.F. Sistemas


Fotovoltaicos Conectados à Rede elétrica. São Paulo: Oficina de Textos, 2012.

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