Metaverso SL - Proposta de Formaçãao Docentes 000862652
Metaverso SL - Proposta de Formaçãao Docentes 000862652
Metaverso SL - Proposta de Formaçãao Docentes 000862652
Porto Alegre
2012
2
Porto Alegre
2012
CIP - Catalogação na Publicação
___________________________________________________________________
Profa. Dra. Patricia Alejandra Behar – Orientadora
___________________________________________________________________
Prof. Dr. Eliseo Berni Reategui - UFRGS
___________________________________________________________________
Profa. Dra. Eliane Schlemmer – UNISINOS
___________________________________________________________________
Prof. Dr. João Augusto Mattar Neto – ANHEMBI MORUMBI
4
... a DEUS, pela vida, pela saúde, paz e tranquilidade em todos os momentos de
minha vida.
... ao meu marido Rogério pelo amor incondicional e carinho de todos os dias. Por
me fazer acreditar em meus sonhos e a me ajudar a concretizá-los. Pela
compreensão, pela amizade e incentivo, me apoiando sempre nas minhas escolhas.
... a minha mãe Vera que me proporcionou uma vida digna onde eu pudesse
crescer, acreditando que tudo é possível, desde que sejamos persistentes, honestos
e íntegros de caráter.
... à minha orientadora Profa. Dra. Patricia Alejandra Behar, pelas contribuições em
meu trabalho, pela confiança, carinho e pela oportunidade ímpar da realização de
um grande sonho.
... aos professores Eliane Schlemmer, Eliseo Reategui e João Mattar, pelas
contribuições na banca de projeto, que me orientaram a definir os rumos desta
pesquisa.
6
... ao grupo NUTED pela parceria, apoio, amizades e pela oportunidade de conviver
e aprender com pessoas fantásticas. Em especial as colegas Larissa, Ariane, Ana
Carolina e Fátima.
... às colegas e amigas Ketia Kellen Araújo da Silva e Maira Bernardi pelo incentivo,
pelas aprendizagens, passeios, conferências, parcerias, atenção, pelas risadas e
apoio nos momentos difíceis. Agradeço de coração por vocês fazerem parte da
minha vida, por estarem sempre prontas e dispostas a estender a mão. Obrigada
pela sincera amizade!
OBRIGADA!!
7
RESUMO
_________________________________________________________________________________
MARIA, Sandra Andrea Assumpção. Proposta de Formação Continuada para Docentes da
Educação Superior no Metaverso Second Life. Porto Alegre, 2012. 190f. Dissertação (Mestrado
em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação. Faculdade de Educação. Universidade
Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2012.
9
ABSTRACT
This present dissertation had as the main goal to build a proposal of continuing
education in a distance mode for higher education teachers in the Second Life
Metaverse. So, it was sought to investigate how the Second Life Metaverse can
contribute for the construction of this proposal. First, it was held a literature review of
the themes to identify publications in this field and the research current situation.
From this it was built the theoretical that covers the teachers’ themes in the higher
education and about the Second Life Metaverse. For this research development it
was opted for the methodology of study case because it is flexible and emphasizes
the exploration and the description taking into account the context where the events
occur. In this matter the research was characterized for the implementation of three
steps: the realization of activities’ observation in the Second Life Metaverse,
interviews with the research subjects, and the results obtained by the development of
a pilot course. In addition, it was built a learning object called EduVirtua, in order to
gather input on issues and facilitate educational support to the context of the
proposed pilot course and teacher training. With the support of the learning object
EduVirtua a pilot course entitled “Teacher Training: The Use of Digital Virtual Worlds
in the context of higher education” was held. This targeted practicing teachers in
higher education, graduate or linked to graduated programs Lato Sensu Graduate
and / or proper. In this pilot course the objective was to discuss about the didactic-
pedagogic preparation to function in the higher education and identify educational
opportunities from the use of Second Life Metaverse, becoming so a case study. The
data was analyzed based on the methodology of content analysis, which enabled the
definition of three analysis categories: (I) Preparation didactic and pedagogic for the
exercise in Higher Education; (II) Second Life Metaverse; and (III) Didactic-
Pedagogic strategies. Finally, the test results of the categories pointed to the
importance of the didactic-pedagogic preparation of teachers, regardless of the area.
Moreover, it was elucidated the initial difficulties of using Second Life Metaverse,
manly by the technical matter. However, it was stressed that the educational
possibilities are numerous and significant to the process of continuing education. In
turn, the didactic-pedagogic strategies present themselves as empowering
pedagogical practice. It was therefore made possible the construction of the
proposed teacher training because it is believed that for its execution it became
necessary to exploit the technology in order to know it in depth and understand how
to use it educationally.
_________________________________________________________________________________
MARIA, Sandra Andrea Assumpção. Proposta de Formação Continuada para Docentes da
Educação Superior no Metaverso Second Life. Porto Alegre, 2012. 190f. Dissertação (Mestrado
em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação. Faculdade de Educação. Universidade
Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2012.
10
LISTA DE FIGURAS
Figura 40 - Ilha College of Scripting, Music, and Science, Horsa ............................ 134
Figura 41 - Espaço para reuniões e formação ........................................................ 140
Figura 42 - Palestra realizada no SL ....................................................................... 140
Figura 43 - Palestra no SL....................................................................................... 140
Figura 44 - Aula no SL ............................................................................................ 140
Figura 45 - OA: Núcleo Celular ............................................................................... 141
Figura 46 - OA: Acessibilidade ................................................................................ 141
Figura 47 - Laboratório Virtual de Alucinações........................................................ 141
Figura 48 - Simulação de um Tsunami em um submarino ...................................... 141
Figura 49 - Museu de História Natural ..................................................................... 142
Figura 50 - África do Sul .......................................................................................... 142
Figura 51 - Espaço desenvolvido por alunos da graduação em uma disciplina que
ocorreu no SL .......................................................................................................... 142
Figura 52 - Notecard ............................................................................................... 143
Figura 53 - LandMark .............................................................................................. 143
Figura 54 - Inventário .............................................................................................. 144
Figura 55 - Foto ....................................................................................................... 145
Figura 56 - Teleporte ............................................................................................... 145
Figura 57 - Sandbox ................................................................................................ 146
Figura 58 - Hud ....................................................................................................... 146
Figura 59 - Web Browser ........................................................................................ 147
Figura 60 - Criando um Script ................................................................................. 147
Figura 61 - Busca no Metaverso SL ........................................................................ 148
Figura 62 - Proposta de Formação Continuada ...................................................... 161
12
LISTA DE TABELAS
LISTA DE SIGLAS
SUMÁRIO
1 PERSPECTIVAS INICIAIS..................................................................................... 17
2 CONTEXTUALIZAÇÃO DA PESQUISA................................................................ 22
3 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................. 29
4 FORMAÇÃO DOCENTE: PRÁTICAS E DESAFIOS NA EDUCAÇÃO SUPERIOR
.................................................................................................................................. 40
4.1 A FUNÇÃO DOCENTE E A EDUCAÇÃO ........................................................... 40
4.2 A FORMAÇÃO E O EXERCÍCIO DA DOCÊNCIA NA EDUCAÇÃO SUPERIOR 44
4.3 EDUCAÇÃO SUPERIOR NA MODALIDADE A DISTÂNCIA .............................. 54
4.4 FORMAÇÃO DOCENTE E AS POSSIBILIDADES EDUCACIONAIS NA EAD ... 58
5 TELEPORTANDO-SE AO METAVERSO SECOND LIFE ..................................... 70
5.1 CONCEITOS ....................................................................................................... 70
5.2 DIMENSÃO TÉCNICA: CARACTERÍSTICAS E REQUISITOS........................... 80
5.3 DIMENSÃO PEDAGÓGICA: LIMITES E POSSIBILIDADES .............................. 84
6 METODOLOGIA DE PESQUISA ........................................................................... 88
6.1 CAMINHOS DA PESQUISA E PERSPECTIVAS ................................................ 88
6.1.1 Metodologia de estudo de caso .................................................................... 90
6.1.2 Sujeitos da Pesquisa...................................................................................... 91
6.1.3 Objeto de Aprendizagem EduVirtua ............................................................. 93
6.2 COLETA E ANÁLISE DE DADOS ....................................................................... 99
6.2.1 Instrumentos de coleta de dados ............................................................... 100
6.2.2 Observação de Atividades no Metaverso Second Life ............................. 101
6.2.3 Entrevistas .................................................................................................... 108
6.2.4 Curso Piloto - Capacitação Docente: o Uso dos Mundos Digitais Virtuais
no Contexto da Educação Superior ..................................................................... 109
6.2.5 Metodologia de Análise de dados ............................................................... 116
6.2.6 Unidades de análise ..................................................................................... 117
7 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS .................................................. 119
7.1 CATEGORIA I - PREPARAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA PARA A DOCÊNCIA
NA EDUCAÇÃO SUPERIOR .................................................................................. 120
7.2 CATEGORIA II - METAVERSO SECOND LIFE ................................................ 126
7.3 CATEGORIA III - ESTRATÉGIAS DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS ....................... 131
16
1 PERSPECTIVAS INICIAIS
1
De acordo com Maturana (2000) os processos de formação referem-se ao desenvolvimento da
criança (ou seja, do ser humano) como pessoa capaz de ser co-criadora com outros de um espaço
humano de convivência social desejável (MATURANA, 2000, p.11).
2
Para Maia e Mattar (2007), a Educação a Distância é uma modalidade de educação em que
professores e alunos estão separados, planejada por instituições e que utiliza diversas tecnologias de
comunicação.
3
De maneira geral, o termo tendência pedagógica é usado para se referir a diferentes maneiras de
abordar a educação.
18
4
De acordo com Haguenauer et al. (2009) ambientes virtuais de aprendizagem são ambientes
criados a partir de ferramentas ou softwares especialistas (...). AVAs não existem unicamente para
auxiliar na montagem de cursos, mas sim, como o próprio nome já diz, são ambientes utilizados para
facilitar ou promover a aprendizagem.
19
5
Para Marcheti et al. (2005) nessa modalidade as disponibilidades de tempo, de espaço e da
presença do educador são interdependentes. O processo somente ocorre se todas essas variáveis
estiverem presentes e forem satisfeitas simultaneamente para o cumprimento de cronogramas de
conteúdos pré-estabelecidos.
6
A definição do conceito de Metaverso e Second Life está aprofundada no capítulo 5.
7
O termo MDV3D é detalhado no capítulo 5.
8
Neste contexto, os espaços caracterizam-se por representações onde podem ocorrer os processos
de ensino e de aprendizagem.
20
superior pelo uso do Metaverso SL. Nesse intuito, discutir e refletir sobre o potencial
pedagógico do Metaverso SL para o exercício docente na educação superior. Para
isso, foi necessário identificar estratégias didático-pedagógicas no Metaverso SL,
para reunir subsídios ao processo de formação.
Nesse contexto, entende-se por estratégias didático-pedagógicas a aplicação
de formas ou condições que agregam dinâmicas para o desenvolvimento das ações
educacionais, com vistas a atingir os objetivos propostos (ANASTASIOU e ALVES,
2004). Assim, a proposta de formação continuada foi construída considerando o
aprimoramento do curso piloto 9 e as possibilidades educacionais favorecidas pelo
Metaverso SL.
Sendo assim, essa dissertação está estruturada em oito capítulos, nos quais
são apresentadas as reflexões teóricas e metodológicas que fundamentam essa
pesquisa e seus resultados.
O capítulo dois, Contextualização da Pesquisa, busca apresentar as
temáticas partindo do relato da trajetória da autora, do levantamento do problema de
pesquisa, seus objetivos e o plano de trabalho.
O terceiro capítulo, Revisão de Literatura contextualiza sobre os principais
trabalhos relacionados. A Revisão de Literatura descreve acerca da situação atual
das temáticas dessa dissertação, possibilitando compreender o que existe de
pesquisa na área e as possíveis lacunas existentes.
Formação Docente: práticas e desafios na educação superior é o quarto
capítulo do referencial teórico. Esse aborda a função do docente da educação
superior, ressaltando a busca incessante pela valorização de sua identidade. Além
disso, traça os caminhos da educação, desde a visão de ensino tradicional até as
atuais e diversificadas concepções de educar. A partir disso, discorre sobre o
processo de formação do professor universitário no exercício da docência. Além
disso, esse capítulo agrega uma reflexão sobre a Educação Superior no contexto da
modalidade a distância e sobre o processo de formação docente para atuar nesse
segmento, bem como apresenta algumas possibilidades educacionais. Nessa seção
ainda, apresenta-se a importância da construção de um Modelo Pedagógico 10 para
nortear o planejamento das atividades na modalidade de EAD.
9
O detalhamento do curso piloto é descrito no capítulo 6.
10
A definição de Modelo Pedagógico está detalhada no capítulo 4.
21
11
Objeto de aprendizagem pode ser entendido como "qualquer material digital, como, por exemplo,
textos, animação, vídeos, imagens, aplicações, páginas web de forma isolada ou em combinação,
com fins educacionais" (BEHAR et al. 2009, p. 67).
12
O processo de construção do Objeto de Aprendizagem EduVirtua será descrito de forma
aprofundada no capítulo 6.
13
As ilhas são locais no Metaverso Second Life onde é possível explorar e interagir com o ambiente e
com os sujeitos.
22
2 CONTEXTUALIZAÇÃO DA PESQUISA
14
São instituições de ensino mantidas e administradas por pessoas físicas ou jurídicas de direito
privado.
23
16
Figura 1 - Evolução do Número de Matrículas por Modalidade de Ensino – Brasil – 2001‐2010
15
Para Maturana (2000), o processo de capacitação tem haver com a aquisição de habilidades e
capacidades de ação no mundo no qual se vive, como recursos operacionais que a pessoa tem para
realizar o que quiser viver (MATURANA, 2000, p.11).
16
Fonte: Censo da Educação Superior/MEC/Inep – 2010.
24
17
Informações sobre o grupo de pesquisa GPe-du – Disponível em: <
www.unisinos.br/pesquisa/educacao-digital/>.
18
A definição do conceito de avatar encontra-se no capítulo 5.
19
A Representação gráfica é a forma como os sujeitos que utilizam o Metaverso Second Life são
caracterizados. Nesse contexto, essa representação é denominada de avatar.
25
20
Segundo Backes (2010), a presencialidade (física ou digital-virtual) é definida pela participação e
interação, por meio da representação de suas ações no contexto onde se dá o viver e o conviver dos
seres humanos.
21
Informações sobre o grupo de pesquisa Nuted – Disponível em: <http://www.nuted.ufrgs.br/>.
26
3 REVISÃO DE LITERATURA
22
Disponível em: <http://www.capes.gov.br/servicos/banco-de-teses>.
23
Disponível em: <http://submission.scielo.br/index.php/rbedu/index>.
24
Disponível em: <http://seer.ufrgs.br/RENOTE>.
25
Disponível em: <http://www.lume.ufrgs.br/>.
26
Disponível em: <http://bdtd.unisinos.br/tde_busca/>.
27
Disponível em: <http://www.rcaap.pt/>.
28
Disponível em: <http://repositorium.sdum.uminho.pt/>.
29
Disponível em: <http://vhil.stanford.edu/>.
30
Disponível em: <http://www.ncolr.org/jiol/>.
30
at Tyler e Idaho, The Journal of Virtual Worlds Research31, Journal Teaching and
Teacher Education32 da Finlandia, entre outros.
Contudo, são destacadas apenas algumas produções e investigações,
considerando a relevância e as relações dos temas com essa busca, assim como a
extensão de publicações nas áreas.
Cumpre lembrar que o objetivo dessa dissertação visa construir uma proposta
de formação continuada, na modalidade a distância, para docentes da Educação
Superior no Metaverso SL. Desse modo, as pesquisas de literatura estão
relacionadas ao contexto da formação continuada de docentes da Educação
Superior e sobre as possibilidades educacionais favorecidas pelo Metaverso SL.
Inicialmente, são destacados trabalhos e iniciativas no que se referem ao
processo de formação continuada, especificamente inseridos no contexto da
Educação Superior.
No contexto internacional, destaca-se a investigação realizada pelas autoras
Postareff, Lindblom-Ylänne e Nevgi (2007) da University of Helsinki (Finlândia)
chamada de The effect of pedagogical training on teaching in higher education. Esta
trata do impacto que professores universitários tiveram ao realizar treinamentos
pedagógicos. A pesquisa discute sobre a necessidade de melhorar o pensamento e
as habilidades pedagógicas dos professores universitários.
Como alguns dos resultados apresentados do estudo, as autoras
identificaram que os professores tornaram-se cientes de suas limitações. Embora
não ocorram efetivamente mudanças, o treinamento fez com que eles se tornassem
cientes dos problemas que possuem em seu ensino. Salientam que esse é um
processo longo para mudar concepções. As autoras esperam que esse estudo
encoraje os professores a continuar seus estudos pedagógicos.
Em Portugal, a dissertação de Mestrado em Educação de Oliveira (2009) tem
como título Ser professor no Ensino Superior: experiências e perspectivas dos
docentes em início de carreira. A autora destaca alguns focos de investigação: a
entrada dos docentes para o Ensino Superior, o estudo do seu processo de
socialização profissional e a formação pedagógica dos docentes desse nível de
ensino. Desse modo, aborda especificamente os objetivos e missão da universidade,
as perspectivas sobre formação pedagógica e o impacto dessa na qualidade do
31
Disponível em: <http://jvwresearch.org/>.
32
Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/journal/aip/0742051X>.
31
33
A definição do conceito de Roleplay é detalhada no capítulo 5.
34
O conceito de Sandbox será definido na seção 7.4.2.12.
34
Moreira (2011). O estudo teve por objetivos: verificar se o SL pode ser utilizado
no contexto educacional, identificar as vantagens e desvantagens em usar o SL
para fins didáticos e analisar como este pode ser útil para abordar um breve
panorama do ensino das religiões monoteístas.
Para isso, foi realizado um estudo de caso envolvendo quatro turmas,
compostos por alunos de 15, 16 e 17 anos, onde esses foram convidados a
responder um questionário. A partir da análise dos resultados obtidos o s autores
confirmam a utilização de mundos virtuais como ferramenta de ensino com
potencial pedagógico. Além disso, enfatizam que as limitações encontradas
podem ser superadas a partir do uso de tecnologias avançadas. Ainda sobre
esse aspecto, ressaltam que os alunos demonstraram seriedade ao participar do
projeto e compreensão do conteúdo. Apontam como um dos fatores importantes
a dedicação de um tempo maior para possibilitar a exploração mais detalhada do
SL. Por fim, os autores destacam que há uma grande quantidade de conteúdo
sobre educação religiosa, porém os recursos existentes são escassos e,
portanto, precisam ser aprimorados.
Em nível nacional há o trabalho intitulado Vivências, Benefícios e
Limitações: Registro sobre o uso do Second Life em uma experiência
educacional, que foi desenvolvido por Silva (2009). O referido trabalho de
conclusão discorreu sobre o planejamento, desenvolvimento, execução e
resultados (benefícios e limitações) do curso “Second Life completo para
iniciantes”. Além disso, visou apresentar os principais recursos de comunicação
e interação, bem como descrever o planejamento, a execução do curso e seus
resultados.
Por sua vez, a dissertação de Mestrado em Semiótica, Tecnologias de
Informação e Educação do autor Corrêa (2009) teve como título A construção do
conhecimento nos Metaversos: educação no Second Life. Esse apresentou um
estudo da formação do sujeito contemporâneo, desenvolvidos por meio de
múltiplas interações modificadoras dos processos de interação e comunicação,
mediadas por tecnologias hipermidiáticas, como o Metaverso SL, que permitem
novas formas de construção do conhecimento.
A dissertação de Mestrado em Educação de Soares (2010) foi
denominada Complexidade e Autopoiese no Metaverso: Estratégias e Cenários
Cognitivos. O autor buscou identificar os elementos facilitadores das estratégias
35
35
Disponível em: <http://sp2010utad.intra.utad.pt/vPT/Area2/Escolas/ECT/Paginas/default.aspx>.
36
Disponível em:
<http://speaking.stanford.edu/Back_Issues/SOC75/library/SULAIR_in_Second_Life.html>.
37
Disponível em: <http://vhil.stanford.edu/>.
38
Disponível em: <http://vhil.stanford.edu/projects/>.
37
39
Disponível em: <http://www.comunidadesvirtuais.pro.br/ead/index_ead.htm>.
40
Disponível em: <http://www.ilhacabu.net/atheneia/>.
41
Disponível em: <http://www.ilhacabu.net/tese>.
42
O professor Dr. João Mattar mantém um blog onde atualiza frequentemente com notícias
relacionadas às tecnologias educacionais. Disponível em: <http://joaomattar.com/blog/>.
43
O sumário do livro pode ser visualizado no seguinte endereço:
<https://www.novatec.com.br/livros/secondlife_edu/sumario9788575221471.pdf>.
38
SL. Além disso, tem participado de vários congressos e pesquisas sobre o tema,
tanto a nível nacional, quanto internacional. Em 2011, coordenou a JOVAED -
44
Jornada Virtual ABED de Educação a Distância , um evento realizado
totalmente a distância e gratuito, que visa discutir sobre o uso educacional de
diversas tecnologias. Entre as atividades desenvolvidas, destacam-se as oficinas
e palestras sobre o uso do SL na educação.
O SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas 45
também disponibiliza um espaço no Metaverso SL. O espaço chamado, Ilha do
Empreendedor, foi desenvolvido com o propósito de realização de feiras,
encontros de negócios, estandes para a criação de lojas, palestras e aulas.
Por fim, a nível local, destaca-se o grupo de pesquisa GPe-du46 (Grupo de
Pesquisa em Educação Digital UNISINOS/CNPq) que está vinculado a linha de
pesquisa “Educação, Desenvolvimento e Tecnologias” do Programa de Pós-
Graduação em Educação da UNISINOS/RS e sob a coordenação da professora
Dra. Eliane Schlemmer. As principais temáticas investigadas pelo grupo envolve
a Educação e a Cultura Digital. Entre as principais tecnologias digitais virtuais
desenvolvidas ou utilizadas pelo grupo, destacam-se: o Ambiente Virtual de
Aprendizagem AVA-UNISINOS, a Agente Comunicativa Mariá (em parceria com
PPG em Computação Aplicada), o Mundo Virtual em 3D – AWSINOS, o
Ambiente de Competência em Contexto COMTEXT, para dispositivos móveis
(em parceria com PPG em Administração e PPG em Computação Aplicada), a
Ilha UNISINOS e Ilha RICESU no SL e o Espaço de Convivência Digital Virtual
(ECODI-UNISINOS), que integra a tecnologia de Ambientes Virtuais de
Aprendizagem, Mundos Virtuais em 3D e Agente Comunicativo.
Os trabalhos referentes à formação docente na Educação Superior e os
que abordaram o uso do Metaverso SL na educação apresentaram contribuições
significativas, tanto para a pesquisa em educação quanto para esta dissertação
de Mestrado.
Os temas tratados relacionam-se diretamente com essa pesquisa por
tratar do mesmo contexto de investigação. Embora o foco de cada trabalho
esteja relacionado com os temas desta pesquisa, cada um teve um
44
Disponível em: <http://www.abed.org.br/jovaed2011/>.
45
Disponível em: <http://www.sebrae.com.br/>.
46
Disponível em: <http://gpedunisinos.wordpress.com/>.
39
48
A sociedade industrial teve início no final do século XVIII e findou no final do século XX. Ela
caracteriza-se pela produção em grande série de bens materiais através da indústria.
42
orientação profissional. Tardif (2002) relata que são “saberes que brotam da
experiência e são por ela validados”.
A esse respeito, Cunha (2010) também corrobora com os aspectos citados
por Tardif (2002). Contudo, seu enfoque está direcionado para a área da didática.
Para a autora, os saberes necessários à prática docente são: 1) saberes
necessários à ambiência da aprendizagem, 2) saberes relacionados ao
planejamento das atividades de ensino, 3) saberes necessários à condução da aula
nas suas múltiplas possibilidades e 4) saberes relacionados à avaliação da
aprendizagem.
No que se refere aos saberes da ambiência da aprendizagem, Cunha (2010)
destaca que se trata das
[...] habilidades em incentivar a curiosidade dos alunos, de envolvimento
com a proposta de ensino e com as atividades dela decorrentes, bem como
ao conhecimento das condições de aprendizagem e das possibilidades que
articulam conhecimento e prática social (CUNHA, 2010, p.21).
Logo, Tardif (2002) ressalta que o professor deve mobilizar seus saberes de
maneira a transmitir a ideia de movimento, de construção, de constante renovação,
de valorização de todos os saberes e não somente do cognitivo.
Diante disso, percebe-se que o professor tem um papel importante frente a
seu processo formativo. Ele deve conhecer novas práticas e estratégias, de modo a
buscar o aprimoramento constante e contínuo dos seus saberes, para que
diversifique as suas aulas e possibilite aos alunos um processo de aprendizagem
mais satisfatório e efetivo.
44
Além disso, depara-se com outras situações, como a falta de incentivo por
parte de colegas para a realização de processos de formação continuada e o visível
descomprometimento com a aprendizagem dos alunos. Para alguns docentes, ainda
prevalece a opinião de que se o aluno não aprende, não é problema do docente.
Pela importância da constituição dos saberes necessários à prática
pedagógica e, principalmente pela valorização desse profissional, faz-se necessária
a criação de políticas de formação continuada para melhor preparar o docente.
Assim como, criar condições melhores de trabalho para então possibilitar uma
prática docente favorável e adequada.
orienta quanto as suas atividades, e por isso acabam por realizar sua prática de
maneira individual e solitária.
No tocante as principais atividades que devem ser realizadas pelos docentes,
pode-se destacar:
- o planejamento da(s) disciplina(s)
- o funcionamento geral e da estrutura da Educação Superior
- o conhecimento da cultura e do contexto em que o seu aluno está inserido;
- a compreensão da linha teórica de aprendizagem que vai justificar os
processos de ensino e de aprendizagem
- a seleção e utilização de estratégias didático-pedagógicas de acordo com os
objetivos propostos
- a avaliação do processo de aprendizagem dos alunos
Além disso, vivencia-se nas universidades políticas de padronização e são
nessas condições pré-estabelecidas que esse docente deve se responsabilizar pela
atuação exercida.
De modo geral, o processo de formação pedagógica, para atuar como
docente na Educação Superior, não se caracteriza como necessário, uma vez que o
objeto de trabalho dos docentes refere-se a alunos adultos. Além disso, a lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB (Lei nº 9.394/96) em seu art. 65,
não contribui para o reconhecimento da preparação pedagógica do docente, quando
estabelece que “A formação docente, exceto para a Educação Superior, incluirá a
prática de ensino de, no mínimo, trezentas e sessenta horas”.
Em razão disso, atualmente, é possível visualizar profissionais de diferentes
áreas do conhecimento, com a titulação mínima exigida, atuando como docentes na
Educação Superior. Dessa maneira, os aspectos da formação didático-pedagógica
para o exercício de seu trabalho docente, muitas vezes não é valorizado e/ou
exigido.
A esse respeito, Fernandes (1998) enfatiza que
Não se trata aqui de negar a importância de aprofundamento de seu campo
específico, mas, sim, de construir pontes que permitam travessias em outros
campos de sua prática cotidiana, numa perspectiva dialética entre a
dimensão epistemológica (a questão do conhecimento), a dimensão
pedagógica (a questão de ensinar e aprender) e a dimensão política (a
questão da escolha do projeto de sociedade e universidade que se
pretende) (FERNANDES, 1998, p.105).
46
Sendo assim, não se coloca em dúvidas que a legislação deve ser revista e
reformulada para atender a importância da preparação didático-pedagógica do
docente. Embora se tenha conhecimento dessa emergente situação, é provável que
essas mudanças demorem a serem atendidas.
Além disso, torna-se importante e necessário que as IES estabeleçam os
processos de formação continuada como um compromisso efetivo institucional.
Desta maneira, é favorecido aos docentes espaços para discutir inovações e
melhorias, visando a mobilização individual e/ou coletiva, à repensar suas práticas
pedagógicas.
No que se refere aos processos formativos individuais, Nóvoa (1991) destaca
um aspecto interessante:
[...] podem ser úteis para aquisição de conhecimentos e de técnicas, mas
favorecem o isolamento e reforçam uma imagem dos professores como
transmissores de um saber produzido no exterior da profissão. Já as
práticas que tomam como referência as dimensões coletivas contribuem
para a emancipação profissional e para a consolidação de uma profissão
que é autônoma na produção dos seus saberes e dos seus valores
(NÓVOA, 1991, p.24).
49
De acordo com Castells (2002), a revolução da tecnologia da informação e a reestruturação do
capitalismo introduziram uma nova forma de sociedade, a sociedade em rede. Esta sociedade é
caracterizada pela globalização das atividades econômicas decisivas do ponto de vista estratégico;
por sua forma de organização em redes; pela flexibilidade e instabilidade do emprego e a
individualização da mão-de-obra. Por uma cultura de virtualidade real construída a partir de um
sistema de mídia onipresente, interligado e altamente diversificado. E pelas transformações das
bases materiais da vida – o tempo e o espaço – mediante a criação de um espaço de fluxos e de um
tempo intemporal como expressão das atividades e elites dominantes (CASTELLS, 2002, p.17).
49
Desse modo, Schwartz (2010) explica que atualmente, não basta estar
incluído digitalmente, se faz necessário estar emancipado digitalmente, de maneira
que favoreça a utilização consciente, crítica e autônoma das tecnologias.
Portanto, estar emancipado digitalmente, segundo Schwartz (2010), significa
atuar, de maneira individual e/ou coletiva, no intuito de
[...] superar o marco da “sociedade da informação” para efetivamente
integrar nossa sociedade no paradigma global da “sociedade do
conhecimento”, escolas, professores e alunos precisam ir além do uso
passivo das novas tecnologias. O imperativo é formar redes, conectando
espaços de aprendizado e de vida para a construção colaborativa de
conhecimentos que ampliem as oportunidades de emprego e renda
(SCHWARTZ, 2010, p. 4).
Com isso, acredita-se que essas iniciativas tornarão sua prática mais eficaz e
inovadora. No entanto, não somente os aspectos do ensinar e do aprender
avançaram, mas principalmente os alunos. As instituições de ensino e os docentes
encontram-se em frente a uma nova geração, a geração dos nativos digitais
(Prensky, 2001).
De acordo com Prensky (2001) os nativos digitais tem contato com a
tecnologia desde o seu nascimento, então desde cedo aprendem a jogar e a
interagir pela descoberta e da experimentação, com a possibilidade de começar e
recomeçar indefinidamente. Ainda, para o autor, há nesse contexto, o papel dos
“imigrantes digitais”, o qual se refere aqueles que assistiram ao nascimento da
Internet, de outras tecnologias e, por conseguinte, se adaptaram a elas.
Embora não seja possível generalizar, a geração de “nativos digitais” termo
cunhado por Prensky vem apresentando indícios de maneiras diferenciadas no
modo como pensam e processam as informações. Entre as principais características
são destacadas algumas atitudes e ações, como por exemplo, realizar diversas
tarefas ao mesmo tempo, estar em contato com outras pessoas pelo uso das
tecnologias, receber informações com rapidez (se comparado com as informações
dadas pelos imigrantes), entre outros.
Contudo, não necessariamente a geração de nativos digitais utiliza as
tecnologias digitais para produzir conteúdo ou de forma produtiva, mesmo que essas
se encontrem com mais frequência de forma online 52 ou presente nas redes
sociais53. Além disso, há “imigrantes digitais” que se apresentam com características
da geração de nativos. Logo, podem também vir a tornar-se familiarizados com a
tecnologia.
Assim, é possível afirmar que observa-se uma nova sociedade, que segundo
Prensky (2010) “os estudantes de hoje não são mais as pessoas para as quais
nosso sistema educacional foi desenvolvido”.
Nesse sentido, se deve buscar não somente a integração das tecnologias em
sala de aula, mas proporcionar que essas sejam um instrumento de emancipação
digital, um recurso para a aprendizagem.
Contudo, Lévy (1999) destaca que
52
Significa estar conectado a internet por meio de algum sistema ou ambiente virtual.
53
Uma rede social é definida como um conjunto de dois elementos: atores (pessoas, instituições ou
grupos) e suas conexões (interações ou laços sociais) (Wasserman e Faust, 1994; Wellman, 1997).
53
Não se trata apenas [...] de usar as tecnologias a qualquer custo, mas sim
de acompanhar consciente e deliberadamente uma mudança de civilização
que questiona profundamente as formas institucionais, as mentalidades e a
cultura dos sistemas educacionais tradicionais e, sobretudo os papéis de
professor e de aluno (LÉVY, 1999 p. 172).
54
Segundo Dias (2007) o contexto é um espaço de experiência educacional, desenvolvendo-se assim
de forma dinâmica e flexível em função do quadro de referência individual e do grupo, e das
atividades realizadas ao longo do ciclo de aprendizagem. [...] este é observado na sua complexidade
social e cultural, para a qual a mediação contribui não só através da promoção da participação, mas
também da criação do conhecimento.
55
Para Hargreaves (2004) a sociedade do conhecimento é uma sociedade de aprendizagem. O
sucesso econômico e uma cultura de inovação contínua dependem da capacidade dos trabalhadores
de se manter aprendendo acerca de si próprios e uns com os outros. Uma economia do
conhecimento não funciona a partir da força das máquinas, mas a partir da força do cérebro, do poder
de pensar, aprender e inovar (HARGREAVES, 2004, p.34).
54
56
Técnicas de escrita abreviada.
55
1ª • Correspondência
Geração
2ª • Transmissão por
Geração rádio e televisão
3ª • Universidades
Geração abertas
4ª • Teleconferências
Geração
5ª • Internet
Geração
Por fim, a quinta geração, de certo modo, foi influenciada pela geração
anterior, pois foi destacada pelo uso da internet que, por sua vez, marcou o
desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicação (TICs) e dos
ambientes virtuais de aprendizagem (AVAs).
56
57
Disponível em: <http://www.mec.gov.br/>.
58
Para Palloff e Pratt (2002), "o envolvimento com a aprendizagem colaborativa e a prática reflexiva
implícita na aprendizagem transformadora é o que diferencia a comunidade de aprendizagem online".
57
59
O conceito de web 2.0 será detalhado na seção 4.5.
60
Segundo Leffa (2006), uma Ferramenta de Autoria é um programa de computador usado para a
produção de arquivos digitais, geralmente incluindo texto escrito, imagem, som e vídeo.
61
Segundo Schlemmer (2008), a Web 3D surge com uma infinidade de possibilidades no contexto do
desenvolvimento de TDVs que permite a criação de ambientes gráficos em 3D, em rede. Entre eles
podemos citar as tecnologias de Metaverso, que possibilitam criar MDV3D e os ECODIs, híbridos
entre AVAs, jogos, MDV3D, comunidades virtuais, dentre outros. No contexto educacional essas
novas possibilidades podem representar inovação significativa nos processos de EaD (Schlemmer,
2008, p.7).
62
O conceito de Metaverso é definido no capítulo 5.
63
O conceito de MDV3D é detalhado no capítulo 5.
64
O conceito de mediação pedagógica será abordado na seção 4.4.
58
Diante disso, compreende-se que o modelo pedagógico para a EAD deve ser
planejado com vistas à formação que se deseja proporcionar. Esses devem
contemplar diversos aspectos que irão nortear a abordagem educacional, como por
exemplo, os assuntos a serem trabalhados, a metodologia, a avaliação e as
tecnologias, tendo em vista os objetivos pretendidos.
Entretanto, para a construção de um Modelo Pedagógico, para um
curso/disciplina/instituição, conforme proposto por Behar (2009), faz-se necessário
conceituar alguns elementos que o compõem: as Arquiteturas Pedagógicas (AP) e
as Estratégias para sua aplicação.
Para Behar (2009) a AP é constituída da seguinte forma:
1. Fundamentação do planejamento/propostas pedagógica (aspectos
organizacionais), em que estão incluídos os propósitos do processo de
ensino-aprendizagem a distância, a organização do tempo e do espaço e as
expectativas na relação da atuação dos participantes ou da também
chamada organização social da classe;
2. Conteúdo – materiais instrucionais e/ou recursos informáticos
utilizados, objetos de aprendizagem, software e outras ferramentas de
aprendizagem;
3. Atividades, formas de interação/comunicação, procedimentos de
avaliação e a organização de todos esses elementos em uma sequência
didática para a aprendizagem (aspectos metodológicos);
4. Definição do ambiente virtual de aprendizagem (AVA) e suas
funcionalidades, ferramentas de comunicação tais como vídeo e/ou
teleconferência, entre outros (aspectos tecnológicos). (Behar, 2009, p. 25)
Elementos de um
Modelo Pedagógico
66
A comunicação síncrona se caracterizada pela simultaneidade, realizada em tempo real.
62
71
Outro AVA que se sobressai é o Rooda (Rede cOOperativa de
Aprendizagem) que foi desenvolvido pelo NUTED/UFRGS. Atualmente, é utilizado
pela instituição em cursos de extensão e nas disciplinas de Graduação e Pós-
Graduação da Faculdade de Educação.
Um dos diferenciais do AVA Rooda (figura 6) refere-se à sua fácil estrutura.
Ao acessar o ambiente é possível visualizar que no lado esquerdo ele concentra as
principais ferramentas e no lado direito o conteúdo dessas. Dentre as opções
disponíveis, destaca-se o recurso de Webfólio, que funciona como um local para
armazenar arquivos. Logo, esses arquivos podem ser trabalhos, como também
materiais pessoais.
67
A comunicação assíncrona caracteriza-se pela realização de atividades que não são determinadas
pela sincronia (relógio), isto é, podem ser realizadas a qualquer tempo.
68
Disponível em: <www.moodle.org>.
69
Trata-se de um programa de computador usado para adicionar funções a outros programas
maiores, provendo alguma funcionalidade especial ou específica.
70
Versão Moodle 2.0.
71
Disponível em: <www.ead.ufrgs.br/rooda/>.
63
Além disso, possui a opção para criar fóruns de discussão, bem como
ferramenta para o registro de auto avaliações. Do mesmo modo, possui uma área
denominada Biblioteca, que possibilita disponibilizar materiais de apoio aos alunos,
entre outras funcionalidades.
A) Redes Sociais
Figura 7 - Twitter
72
Disponível em: <www.twitter.com>.
73
Disponível em: <www.facebook.com>.
74
A hashtag se caracteriza pela utilização do símbolo # (conhecido como jogo da velha ou sustenido)
seguido de uma palavra. Essa combinação possibilita consultar ou acrescentar informações acerca
do assunto escolhido/abordado. Exemplo: #secondlife.
65
Figura 8 - Facebook
B) Conteúdo
75
Disponível em: <www.blogger.com>.
76
Disponível em: <www.youtube.com>.
66
Figura 10 - YouTube
Figura 11 - Google
77
Disponível em: <www.google.com>
78
Disponível em: <http://delicious.com>
67
Figura 12 - Delicious
Figura 13 – Meebo
Figura 14 - 4Shared
81
Disponível em: <http://br.msn.com/>.
82
Disponível em: <http://br.messenger.yahoo.com/>.
83
Disponível em: <http://www.icq.com/pt>.
84
Disponível em: <http://www.google.com/talk/>.
69
5.1 CONCEITOS
85
Em Portugal intitulado como Samurai: Nome de Código e no Brasil como Nevasca.
86
Corpos tecnologizados, segundo Lévy (1999).
71
87
O ciberespaço é um espaço de comunicação aberto pela interconexão mundial dos computadores
e das memórias dos computadores. Essa definição inclui o conjunto de sistemas de comunicação
eletrônico, na medida em que transmitem informações provenientes de fonte digitais ou destinadas à
digitalização. (LÉVY, 1999, p.92)
72
ser destacada é que os ambientes nos quais essa interação acontece podem se
referir a criações de seus próprios usuários, habitantes desse universo.
Na perspectiva de Levy (1999),
Título: Webkinz
Descrição: Os Webkinz são bichinhos de
pelúcia que trazem, cada um, um código
secreto, com o qual permite o acesso ao
mundo e a brincar com uma versão virtual do
seu bichinho.
75
Link: http://www.webkinz.com
Além disso, os sujeitos são representados por meio de um avatar, que podem
ser personalizados de maneira a identificar de forma gráfica o seu “eu digital virtual”
nesses mundos. Assim, é pelo avatar que se torna possível interagir com os demais
sujeitos (avatares) e com os demais objetos/meios que fazem parte desse ambiente.
88
Mais informações sobre a fundação Open Wonderland está disponível em:
<http://openwonderland.org/foundation/about>
89
Disponível em: <http://thesims.com>
77
Ao clicar sobre essa opção, será possível visualizar uma nova janela, que
possibilitará a digitação da mensagem, conforme apresenta a figura 18. Para enviar
a mensagem digitada, basta pressionar a tecla <Enter>.
90
Nesse contexto, o teletransporte ou teleporte envolve a desmaterialização de um avatar em um
ponto e a reconstrução do mesmo para outra localidade.
81
Sistema Operacional
Requisitos mínimos Recomendável
Windows
Conexão com a Internet: Cabo ou DSL Cabo ou DSL
Sistema operacional: XP, Vista, or Windows 7 XP, Vista, or Windows 7
(32-bit only) (32-bit only)
Processador do Pentium III ou Athlon de 1,5 GHz (XP), 2 GHz
computador: 800 MHz ou melhor (Vista) 32 bits (x86) ou
melhor
Memória do computador: 512 MB ou mais 1 GB ou mais
Resolução da tela: 1024x768 pixels 1024x768 pixels ou
superior
Placa gráfica para XP: NVIDIA GeForce 6600 Placas gráficas NVIDIA
ou melhor Série 6000:
OU ATI Radeon 8500, x2600, x2900
9250 ou melhor Série 6000:
OU chipset Intel 945 275 GTX, 295 GTX
Placas gráficas ATI
Série 6000:
8500, 8600, 8800
Série 6000:
8500, 8600, 8800
Graphics Card for Vista NVIDIA GeForce 6600 Placas gráficas NVIDIA
or Windows 7 (32-bit only) ou melhor Série 6000:
(requires latest drivers): OU ATI Radeon 9500 x2600, x2900
ou melhor Série 6000:
OU chipset Intel 945 275 GTX, 295 GTX
Placas gráficas ATI
Série 6000:
8500, 8600, 8800
Série 6000:
8500, 8600, 8800
91
Disponível em: <http://secondlife.com/support/system-requirements/?lang=pt-BR>. Acesso em: 09
jan. 2012.
83
Usar uma nova tecnologia não garante inovação, a inovação está na forma
criativa de utilizá-la, na forma como aproveitamos todas as possibilidades
para os processos de ensino e de aprendizagem, de outra forma, podemos
estar simplesmente falando de uma novidade e não de uma inovação.
(SCHLEMMER, 2008, p.12)
- Representação via avatar: o usuário que, por sua vez, é representado por
um avatar, pode proporcionar a sensação de presencialidade. Em razão disso, tanto
o usuário assim como os demais, conseguem visualizar as ações que realizam. Isso
possibilita identificar as atividades que estão sendo feitas, bem como permite
visualizar como a postura de um avatar influencia nas relações com os demais.
92
UNISINOS – Universidade do Vale do Rio dos Sinos. Disponível em: <http://www.unisinos.br>
93
UCB – Universidade Católica de Brasília. Disponível em: <http://www.ucb.br/>
85
94
Nesse contexto, híbrido significa a combinação entre diversas tecnologias.
95
Sloodle é a integração do Metaverso SL ao AVA Moodle e que possibilita a comunicação entre
sujeitos conectados nos diferentes softwares.
96
Os requisitos necessários para a utilização do Metaverso SL foram descritos na seção 5.2.
97
Significa presença a distância.
86
Com isso, pode-se perceber que não há mais a linearidade, muitas vezes
imposta pelos AVAs ou por outras ferramentas tecnológicas e sim, um ambiente
aberto e flexível que pode favorecer uma prática pedagógica significativa.
98
O inventário é um local disponível no Metaverso SL para os avatares guardarem objetos,
notecards, roupas, etc.
87
6 METODOLOGIA DE PESQUISA
99
O Objeto de Aprendizagem EduVirtua será apresentado com detalhes na seção 6.1.3.
89
100
Disponível em: <http://www.nuted.ufrgs.br/objetos_de_aprendizagem/2010/eduvirtua/>.
101
O perfil dos docentes, participantes do curso piloto, é apresentado na seção 6.1.2.
102
O modelo de relatório descritivo encontra-se disponível nos apêndices desta pesquisa.
103
O roteiro utilizado nas entrevistas pode ser visualizado na seção de apêndices.
90
104
Segundo o MEC, as pós-graduações lato sensu compreendem programas de especialização e
incluem os cursos designados como MBA - Master Business. Com duração mínima de 360 horas e ao
final do curso o aluno obterá certificado e não diploma, ademais são abertos a candidatos diplomados
em cursos superiores e que atendam às exigências das instituições de ensino. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/index.php?catid=127:educacao-superior&id=13072:qual-a-diferenca-entre-
pos-graduacao-lato-sensu-e-stricto-sensu&option=com_content&view=article>. Acesso em 11 jan.
2012.
105
Segundo o MEC, as pós-graduações stricto sensu compreendem programas de mestrado e
doutorado abertos a candidatos diplomados em cursos superiores de graduação e que atendam às
exigências das instituições de ensino e ao edital de seleção dos alunos. Ao final do curso o aluno
obterá diploma. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?catid=127:educacao-
superior&id=13072:qual-a-diferenca-entre-pos-graduacao-lato-sensu-e-stricto-
sensu&option=com_content&view=article>. Acesso em: 11 jan. 2012.
106
A mensagem de divulgação do curso encontra-se disponível na seção de apêndices dessa
pesquisa.
93
Além disso, observou-se que alguns dos sujeitos participantes das atividades
observadas também demonstraram experiências extremamente relevantes acerca
do uso do Metaverso SL.
Ao perceber que outros sujeitos poderiam colaborar significativamente com
essa pesquisa, estendeu-se a possibilidade de realizar entrevistas com outro tipo de
público. Nesse caso, os sujeitos/avatares. Assim, este público referiu-se a pessoas
que tivessem alguma experiência na utilização do Metaverso SL. Especialmente,
foram consideradas experiências voltadas para o contexto educacional, como
ministrante/mediador de atividades ou até mesmo como explorador.
107
Informações sobre o edital 12. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/sead/editais/editais-ufrgs-
ead/edital-12-2010>.
108
SEAD - Secretaria de Educação a Distância. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/sead/>.
94
109
Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/legislacao/refead1.pdf>. Acesso em: 10
jan. 2012.
95
a) Concepção:
b) Planificação:
110
Para Vargas e colaboradores (2007), o Storyboard é definido como o roteiro do objeto de
aprendizagem.
111
Segundo Novak e Gowin (1996) os mapas conceituais têm por objetivo representar relações
significativas entre conceitos na forma de proposições. Uma proposição consiste em dois ou mais
termos conceituais ligados por palavras de modo a formar uma unidade semântica (NOVAK e
GOWIN, 1996, p.31).
96
112
As temáticas foram planejadas tendo em vista o conhecimento inicial da equipe acerca dos
conceitos de MDV, MDV3D e Metaversos.
97
c) Implementação:
d) Avaliação:
113
O detalhamento da aplicação do OA EduVirtua junto ao curso piloto é apresentado na seção 6.2.4.
99
114
O modelo de relatório descritivo encontra-se na seção de apêndices.
102
A fim de apresentar uma visão geral das observações, foi construída a tabela
8, denominada Mapeamento das atividades observadas. Essa detalha o formato da
atividade, os objetivos, o semestre e o ano em que a atividade ocorreu, o público
alvo, o número de participantes e os meios tecnológicos utilizados. Logo, esse
empenho considerou as atividades observadas como fontes de evidências a serem
investigadas e examinadas.
Formato Disciplina de
Curso livre Atividade Livre Atividade Livre
da atividade graduação
Criar espaços
de Estudo de
aprendizagem conceitos e Construção Preparar uma
que favoreçam notações da Básica – Tema festa no SL
Objetivo
a integração de Análise Dia das (Manager,
TDVs na Exploratória Bruxas Host e DJ)
construção do de Dados
conhecimento
Profissionais,
professores ou
Alunos da
estudantes
graduação do
Público que atuem em Público Livre Público Livre
curso de
qualquer área
Pedagogia
do
conhecimento
Nº participantes 25 10 10 8
AVA Moodle, SL SL, Blog e
Principais Meios
e outras Lista de SL SL
Tecnológicos utilizados
tecnologias discussão
115
O Scratch se refere a uma linguagem gráfica de programação, inspirada no Logo, que possibilita a
criação de histórias interativas, animações, simulações, jogos e músicas. Além disso, é possível
compartilhar as criações na Web. Disponível em: <http://scratch.mit.edu/>.
116
O PBWorks trata-se de uma página web que pode ser construída e editada por vários usuários.
Disponível em: <http://pbworks.com/>.
117
O Youtube é um site que possibilita aos seus usuários o compartilhamento de vídeos. Disponível
em: <http://www.youtube.com>
118
Os hipertextos são páginas web em formato de texto que agregam links, imagens, sons, entre
outros.
119
Podcast são arquivos de áudio em formato digital que utiliza a Internet para sua propagação.
104
aluno precisou ter nota diferente de zero em pelo menos quatro das tarefas e ter
nota mínima de sete na média das notas do trabalho de campo, na realização dos
exercícios e presença no Metaverso SL.
A figura 32 apresenta uma foto realizada na ocasião de um dos encontros do
curso.
121
Trata-se de um evento cultural e tradicional muito comum nos EUA e Europa, celebrado no dia 31
de outubro em comemoração ao Dia das Bruxas.
122
A ilha da Academia Portucalis encerrou suas atividades no Metaverso SL dia 18 de janeiro de
2012.
107
Por se tratar de uma atividade livre não houve avaliação. A figura 33 expressa
brevemente uma das atividades realizadas.
O principal meio tecnológico utilizado pelos docentes foi o Metaverso SL. Nas
aulas foram utilizados os recursos de áudio e chat, resumindo-se em uma aula
expositiva e dialogada. Além disso, os docentes distribuíram notecards com
orientações sobre as funções dos Hosts e dos DJs.
Contudo, os docentes demonstraram as possibilidades de interação entre
grupos. Nesta ocasião, os alunos aprenderam como enviar mensagens para todos
os integrantes do grupo e anexar objetos do inventário.
Outros recursos foram destacados, como o uso de Web Browsers 125 e
Huds126, a utilização de gestos, objetos que executam ações e objetos que podem
123
Neste contexto, hosts são avatares que atuam como produtores de eventos. Auxiliam o DJ,
interagem com o público, cumprimentam e recepcionam os convidados.
124
No Metaverso SL, os DJs são responsáveis por organizar o repertório das músicas e tocá-las em
um evento/festa.
125
Os Web Browsers são painéis que simulam um navegador de internet dentro do Metaverso SL,
possibilitando o acesso à páginas web.
108
ser acoplados ao corpo dos avatares para executar uma ação. Por tratar de uma
atividade livre não houve avaliação.
A figura 34 apresenta o registro de um dos encontros do curso.
6.2.3 Entrevistas
Figura 35 - Entrevista
126
Huds são painéis que auxiliam na execução de ações para recepcionarem avatares em eventos e
para realizar enquetes.
109
6.2.4 Curso Piloto - Capacitação Docente: o Uso dos Mundos Digitais Virtuais
no Contexto da Educação Superior
O curso piloto foi planejado a partir dos elementos que constituem um Modelo
Pedagógico para EAD (BEHAR, 2009), por considerar que esses são compostos por
fundamentos essenciais para orientar as ações educacionais.
Logo, o mesmo foi ofertado no primeiro semestre de 2011 no formato de
curso de extensão universitária, através da Pró-Reitoria de Extensão127 (PROREXT)
da UFRGS. Este foi ministrado pela autora dessa pesquisa sob a coordenação de
sua orientadora, e também contou com o auxílio de uma monitora que se
responsabilizou por sanar as dúvidas técnicas dos docentes. O referido curso foi
desenvolvido em sete encontros, com carga horária de 40h, que foram distribuídas
em 6h/a semanais, na modalidade bimodal128, sendo os dois primeiros encontros e o
último presenciais e os demais a distância.
O público alvo foi composto por docentes em atuação na Educação Superior,
Pós-Graduação e/ou que estivessem vinculados a programas de Pós-Graduação.
Todo o material didático foi disponibilizado em formato digital, a partir do acesso ao
OA EduVirtua. Entretanto, também foram utilizados no curso o Metaverso SL e o
AVA ROODA, esse último auxiliou no processo de entrega de alguns trabalhos
desenvolvidos pelos docentes.
O planejamento do curso foi disponibilizado aos docentes no AVA ROODA,
no qual apresentou os objetivos de aprendizagem, a metodologia, o cronograma, a
descrição das atividades e a avaliação do curso.
Para a realização das atividades foram utilizados os desafios disponíveis no
OA EduVirtua, assim como contou com o apoio do AVA ROODA e do Metaverso SL.
Assim, as atividades consistiram na realização de leituras, participação em fóruns de
discussão, produção de textos, visitas e explorações à ilhas no Metaverso SL, entre
outras.
As atividades síncronas incidiram em encontros por meio do Metaverso SL.
Esses promoveram o debate acerca das temáticas do curso e possibilitaram um
espaço para orientações, assim como para o esclarecimento das dúvidas dos
docentes. Cada encontro síncrono teve a duração de uma hora.
Logo, apresenta-se o planejamento das atividades educacionais realizadas
durante o curso:
127
PROREXT – Disponível em: <http://www.prorext.ufrgs.br/>
128
Parte dos encontros são realizados de forma presencial e parte a distância. É também conhecida
como Blended-Learning (b-learning).
111
129
O termo de consentimento livre e esclarecido consta nos apêndices dessa pesquisa.
130
Os encontros foram realizados na Ilha RICESU – Rede de Instituições Católicas de Ensino
Superior. Disponível em: <http://slurl.com/secondlife/Ilha%20RICESU/118/115/23>.
112
- 6ª aula (Presencial Virtual): O sexto encontro a distância foi planejado com vistas
a sanar dúvidas dos docentes. Nesse dia, eles puderam realizar as atividades que
estivessem em atraso, como também preparar a apresentação do trabalho final.
DC4: “Os professores universitários hoje são mais jovens e quando se trata de professores de
universidades federais são mestres e doutores”.
DC3: “Acho que a carreira de professor de instituições públicas exige muita competência em
pesquisa e produção científica e cobra pouca dedicação às atividades de ensino e pedagógicas”.
DC5: “O professor universitário é aquele que deve estimular o trabalho e a pesquisa acadêmica para
que o conhecimento tenha a função de contribuir para o desenvolvimento da sociedade. Nas
121
DC10: “Acho correto que tenha que ter no mínimo o ME (Mestrado). O que não pode é estar
distanciado de sua realidade para ser um bom profissional”.
DS8: “A partir das experiências e dessa forma eu fui me formando enquanto professora do ensino
superior, mas uma formação muito mais por busca minha, muito mais autônoma”.
DS1: “O que aprendi não foi só da experiência, foi a partir da experiência, leituras, de conselhos e de
conversas”.
DS3: “Um professor universitário faz investigação, com sua investigação está a formar-se a si e ao
divulgar essa investigação está a formar os outros”.
DC7: “Temos poucos equipamentos, computadores, espaço adequados para o uso de recursos
virtuais”.
DC3: “Concordo, a internet que temos acesso não suporta bem as exigências de uma aula a
distância”.
DC10: “É impossível um BOM professor não usar a tecnologia em sala de aula, isso o distanciará do
seu aluno pós-moderno”.
DC8: “Eu não concordo. Preparação pedagógica não, preparação técnica na área de atuação em
que se titulou como mestre ou doutor sim”.
DC4: “Teoria e prática não podem ser concebidas como separadas... Mas é verdade que o mestrado
e o doutorado não preparam para o ensino, pois o foco está na pesquisa”.
A partir da descrição dos extratos dos sujeitos DC8, DC7 e DC4 há evidências
que indicam que a preparação didático-pedagógica não está integrada aos
Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu. A esse respeito Gil (2009) destaca:
Ainda que muitas vezes possuindo títulos como os de Mestre ou de Doutor,
os professores que lecionam nos cursos universitários, na maioria dos
casos, não passaram por qualquer processo sistemático de formação
pedagógica (GIL, 2009, p.15).
DC5: “Acho que a formação pedagógica é importante, pois infelizmente muitos entram em sala de
aula sem o devido preparo. Acho que é fundamental a preparação docente nos cursos de ME e DO,
inclusive com uma boa fundamentação metodológica...”
DS3: “eu penso que é necessário considerar que para se ser docente é preciso uma formação
específica. Não pode deixar o assunto como se fosse uma vocação e autodidata. É preciso uma
formação específica, essa formação específica é em didática, em TICs, em comunicação, há várias
áreas importantes para um docente ser docente”.
Demo (1998, p. 206) enfatiza que “o mundo mudou muito e hoje em dia
determinadas práticas já não servem como comprovação de competência, já que a
prática que interessa é aquela que se renova sempre”.
Nessa perspectiva, os sujeitos DC10, DC7, DC6 e DC3 destacam os estágios
docentes e suas relações com o processo da preparação didático-pedagógica.
DC6: “olha, eu faço mestrado em educação e não tenho nenhuma disciplina de prática docente, nem
estágio... o estágio só é obrigatório para quem tem bolsa. Acredito que o estágio é fundamental, ele
deveria andar junto à pesquisa... ainda mais se tratando de educação... não há como pesquisar
nessa área sem estar em sala de aula”.
DC3: “Acho que o currículo de mestrado e doutorado devia incluir prática docente. Quando fiz
doutorado na Universidade Y, quis fazer a prática docente lá e não deixaram porque eu "já era
professor"”.
DC4: “...a gestualidade do tradicional é a prática que se ajusta nos momentos no qual não se sabe
como proceder”.
DC9: “No cotidiano é comum escutar colegas que estão descrentes com a profissão e optam pelo
comodismo”.
124
DC6: “Comodismo sim, mas também não dá para explicar só pelo comodismo, temos que olhar as
dificuldades da profissão docente e olhar pelo lado do desgaste físico e emocional do professor”.
Além disso, são ressaltadas semelhanças com a Educação Básica, uma vez
que comparam as práticas e os conhecimentos acerca dos aspectos didático-
pedagógicos.
DC5: “Quando observamos o professor de ensino fundamental, vemos outra condição e quando
adentramos no ensino superior, a realidade é outra... Entretanto se constata que a realidade do
mundo acadêmico é bem distinta do mundo real... Eu tenho pensado bastante sobre a formação dos
professores e uma coisa que tenho aprendido a admirar é o senso didático pedagógico daqueles
professores que tem a formação de magistério, em nível médio...”.
DC3: “Mas o mundo acadêmico faz parte do mundo real. O problema que assim como no mundo
real, no acadêmico as pessoas fazem o que dá mais retorno, traduzindo, pontos no lattes... boa aula
não dá ponto no lattes”.
DC9: “Acredito que os professores de ensino superior esquecem ou não buscam saber a realidade
da sala de aula na educação básica. Muitos se prendem a teorias que são perfeitas, porém na
prática é outra. O cotidiano da sala de aula é diverso e as teorias não são receitas de bolo”.
DC3: “Acho que ainda predomina a ideia de que o conhecimento específico de cada área basta ao
professor. Insisto que cada vez menos é cobrado do professor de ensino superior capacitação
pedagógica, se ele for um pesquisador produtivo e um péssimo professor, tudo bem. Isso é muito
ruim para o aluno”.
DS8: “Quando os professores se dão conta que eles estão carentes, porque pra eles tendo
conhecimento da sua área é o que basta, porque eles foram alunos, eles aprenderam, então sabem
125
como ensinar. Eles podem ensinar assim como ensinaram a eles. E isso é muito discutido nos
processos de formação, e aí tu acha que eles aprenderam, só que chega na prática, aí a prática
deles é tradicional. Então como a questão de modelos é muito forte, porque chega na sala de aula o
que que acontece: aqueles modelos que você vivenciou! Por isso a importância do professor
vivenciar um processo formativo a partir de uma outra metodologia para conseguir mudar a sua
prática, porque aquilo que ele vivencia é sempre mais forte”.
DC4: “Isso faz parte de uma vontade, creio. Está para além de uma formação. Acho que a prática de
um professor deve estar diretamente associada a sua pesquisa, ou seja, aquilo do qual ele se
dedica, mas isso é utópico, pois um professor deve assumir outras atividades de ensino que não
estão, sempre, associadas à pesquisa, a não ser que seja um professor de pós-graduação”.
DS10: “Sim, mas menos do que para atuar nos outros níveis de ensino, em que a influência do
professor nos alunos é muito superior”.
DS2: “Acho que métodos pedagógicos ou didáticos só fazem sentido em mestrados ou doutorados
que sejam dessas áreas - que tenham o ensino como objetivo. E que é mais crítica a qualidade
científica e técnica do que a qualidade pedagógica, mas isso não quer dizer que os docentes com
sólida formação técnica não devam ou não tenham de ter uma formação pedagógica. Só que não
acho lógico impor em todos os mestrados e doutorados formação pedagógica. A questão é que não
devemos ver os cursos técnicos de mestrado ou doutorado como cursos de preparação de docentes.
São, sim, cursos de preparação de técnicos avançados e cientistas. O que falta é vontade de fazer
um bom trabalho”.
DC5: “Tudo, estou meio atrapalhado neste mundo... eu vou precisar que você me de algumas dicas
básicas senão vou me perder.... estamos aonde deveríamos estar. Agora queria aprender um pouco
a me movimentar antes da aula”.
DC5: “Eu estou me ambientando. Fiquei perdido... mas mudei meu avatar e visitei a África”.
DC13: “Eu não consegui mudar o visual! troquei a roupa, mas o cabelo e cor de pele, não!”.
DC12: “aprendi a voar! haha, o problema é que todas as vezes eu tinha acessado apenas em modo
básico e hoje me deparei com muitas funcionalidades novas.. estou realmente achando muito
interessante aliar essas ferramentas todas”.
DC4: “As dificuldades estão relacionadas com o hábito de uso desse meio. A movimentação em
especial (não só as ilhas, como também entre ilhas)”.
Os avanços também foram manifestados por meio das fotos dos avatares
realizadas pelos sujeitos, onde demonstraram as habilidades de voar e de sentar,
como pode ser observado nas figuras 37 e 38:
DC3: “Olá a todos, Gostei do primeiro encontro, ao que parece temos um mundo de recursos para
explorar e possibilidades de aplicações destes recursos nas aulas. até quarta!”
DC13: “Muito legal o primeiro encontro, penso que vou aprender muito com essa capacitação,
renderá muitos bons frutos para meu trabalho de professor. Trabalhar formas de ensino mais
interessantes para os alunos tem como resultado melhores resultados. Se é no mundo digital que os
alunos vivem, porque não fazer parte desse mundo!”
DC9: “O primeiro encontro foi bastante significativo, pois não imaginava as inúmeras possibilidades
de aprendizagem no second life. Abs, DC9 :)”.
DC13: “Visitei o laboratório de partículas, é impressionante como tem coisas interessantes, Andei até
de balão por lá! As possibilidades educacionais são praticamente infinitas, excelente para despertar
a curiosidade dos alunos em diversos assuntos. Estou tentando encontrar algo relacionado a Lógica
de Programação ou Algoritmos.”
DC8: “Oi! Nas minhas andanças, estive na Roma Antiga, numa exposição em Paris e na África.
Ainda não coordeno bem a movimentação do avatar. Na África, voei num balão. Muito legal! Como
ainda não domino os comandos, fica difícil indicar possibilidades educativas na minha área.
Entretanto, imagino que seria bem legal ter uma aula de história ou geografia passeando assim.
Abraços”.
DC9: “Olá! Identifiquei que o Second Life é uma ferramenta que poderá me auxiliar a trabalhar com
vários conceitos da Geografia, tais como Paisagem, Lugar, Espaço Geográfico, etc. Visitei muitos
lugares e vislumbrei inúmeros locais ligados à Educação. Abraço, DC9”.
DC6: “Boa tarde! Visitei diferentes lugares no second life, porém ainda não consigo mover meu
avatar adequadamente. Visitei um museu e até andei de moto. Em relação à aprendizagem, achei
muito interessante a possibilidade de interação com os outros avatares, inclusive para o aprendizado
de outras línguas, pois em um dos lugares que visitei conversei em inglês com um avatar e foi bem
129
interessante, pois não tenho domínio da língua, mas pude treinar os conhecimentos que já tinha e
buscar palavras que não recordava ou até que desconhecia para poder me comunicar... Abraços”.
DC3: “Oi colegas, Estou viajando no Second Life a medida que tenho disponibilidade de tempo e aos
poucos, muito pouco por enquanto, vou dominando os movimentos do meu avatar. Agora mesmo
estive na África Virtual e paguei um mico: estava andando por lá e encontrei um Land Rover, cliquei
nele e apareceu um comando \"drive\", pensei oba! vou dar uma volta. Quando cliquei de novo tocou
um alarme e disseram que eu estava tentando roubar o carro. Mas vamos em frente, daqui a pouco
começa a aula, até lá!”.
DS9: “Qualidade da banda larga. Problemas com som. Conversação generalizada em áudio.
Normalmente dá problemas técnicos”.
DS3: “SL não é fácil de entrar, é bastante complicado e muita gente até desiste facilmente, mas uma
vez devidamente orientado e com ajudas e com contato seguido e persistir sobretudo as pessoas
ficam satisfeitas e começam a olhar o SL com outros olhos.”
DS5: “Bem ... em termos de recursos técnicos, ainda acho o ambiente muito pesado, mas, acredito
que esse problema será resolvido rapidamente. Em termos de locais, algumas Ilhas ainda deixam a
desejar, mas, novamente, com o amadurecimento do ambiente, esse problema será resolvido”.
DC13: “Vejo como limitação apenas a questão da adaptação de usuários com pouca experiência em
computadores, mas o que pode ser vencido com o tempo e a prática”.
acreditam que a tecnologia exige um período para familiarização e que com o tempo
haverá melhorias com relação às exigências técnicas.
Da mesma forma, outro aspecto que deve ser analisado são as possibilidades
educacionais. Logo, os sujeitos avaliam o Metaverso SL como uma tecnologia
completa, que pode contemplar diversas áreas do conhecimento, porém se deve
considerar o público alvo e os objetivos pedagógicos.
A esse respeito, os sujeitos DS6, DC1 e DS3 avaliam o Metaverso SL quanto
ao potencial pedagógico:
DS6: “Claro que sim o SL tem tudo o que é preciso, eu acho permite troca, partilha e,
armazenamento de informação tem a possibilidade de interagir com os objetos com os conteúdos e
entre aprendentes, não vejo o que faça mais falta. Tenho conhecimento de outros, já entrei e criei
avatares, mas para mim qualquer um fica a léguas para não dizer anos luz do SL :-))”.
DC1: “Acredito que na área da Saúde as possibilidades de utilização do Second Life com finalidades
educacionais é ampla e na Saúde, mais especificamente pode estar associada não só a construção
do conhecimento, como também à prática de Técnicas assistenciais da Enfermagem, da Medicina,
etc. Nesse sentido, as possibilidades seriam infindáveis, de acordo com o conteúdo a ser abordado
ou a Técnica de assistência a ser praticada”.
DS3: “Depende do publico alvo e da intenção, por exemplo, uma notecard com landmarks de site
para visitar, tem a ilha do genoma pra aula de biologia, simulações, tem outro com sistema solar.
Depende do que pretende fazer, em SL tem inúmeros recursos que tem que ser otimizados para os
diversos fins”.
DS6: “Depende dos objetivos que quisesse atingir, no entanto seriam sempre atividades onde o
componente social e de interatividade estivesse presente. Não vamos usar uma ferramenta como o
SL para "dar mais do mesmo" :-) Olha, por exemplo, eu estive aqui numa ilha onde é possível
caminhar dentro de uma célula”.
132
Para ilustrar esse fato, ressaltam-se os registros dos sujeitos DS6, DC13 e
DS8:
DS6: “Há locais sandbox onde podes construir objetos sem qualquer encargo financeiro, depois de
construir o objeto tu é que defines a sua privacidade”.
DC13: “As possibilidades desta tecnologia são imensas como usuários comuns que somente
usufruem do que lá já existe, mas se levarmos em consideração que podemos construir lá, as
possibilidades são infinitas”.
131
Localização da ilha no Second Life.
133
DS8: “Você também pode representar o conhecimento também de forma gráfica, isso exige uma
outra elaboração, uma outra compreensão mais aprofundada de conceitos, muitas vezes o que
acontece, você tem que escrever sobre determinados assuntos, você lê meia dúzias de textos ou
mais e você tem que escrever, agora na hora que você tem que representar isso em uma outra
linguagem, por exemplo a gráfica, usando metáforas, é porque você compreendeu aquele conceito”.
DS5: “Acredito que são as atividades de simulação, principalmente em disciplinas que possuem um
caráter prático, meu caso, trabalho com sistemas de informação, TI ajudando ao administrador a
tomar decisões. Gostaria de construir um ambiente que trabalhasse situações reais, sim ... o formato
para a disposição de conteúdos, além do textual, a utilização de outras mídias visuais, acredito que a
criação de "mundos fantásticos" crie um outro significado para o aluno”.
DC1: “As possibilidades são ilimitadas, tendo em vista a abordagem necessária, não só à nível de
conhecimentos, mas também em relação á prática de Técnicas ligadas à Saúde, tendo em vista que,
inclusive há Hospitais e Centros de Simulação de práticas assistenciais de Medicina, Enfermagem,
etc. Abraços, DC1 :)”.
DS6: “A força da presença física do avatar e as possibilidades de interação que o SL oferece. Para
além da forte componente de socialização que comporta e que me agrada como pessoa e como
pratica pedagógica”.
DS10: “No caso da Universidade Aberta, em que as aulas são sempre online, acho que devia ser
utilizado por todos os professores, pois os alunos não se sentem tão perdidos se existir uma
plataforma virtual que os corporize, mesmo que o corpo seja apenas virtual”.
DS8: “O fato de você ter uma representação digital virtual muda muito. Com certeza seria muito
135
diferente se nós estivéssemos realizando essa entrevista via chat, ou via gtalk, etc., agora não, eu to
falando, estou te ouvindo, você está digitando pra mim eu estou digitando pra ti, eu estou vendo o
teu avatar. Eu estou em um ambiente 3D que faz como que eu me sinta nesse espaço. A
possibilidade de você ter uma identidade, isso pra mim é fundamental, junto com isso a questão das
possibilidades interação, tradicionalmente as interações tem sido via texto, aqui não, além de texto
eu posso interagir de forma oral, eu posso interagir de forma gestual, a minha própria interação por
representação gráfica, então essa possibilidade de eu estar com o meu avatar, que é essa presença
social que faz falta na EAD tradicional, eu tenho aqui. E isso muda mundo o sentimento de imersão,
de pertencimento, etc...
132
Acesso a Ilha Educação. Disponível em:
<http://slurl.com/secondlife/Ilha%20da%20Educacao/35/148/25>.
133
O Portal Educação é uma empresa que oferece cursos de formação online. Disponível em:
<http://www.portaleducacao.com.br/>.
134
Acesso a ilha Unisinos. Disponível em:
<http://slurl.com/secondlife/Ilha%20UNISINOS/122/138/51/?img=http%3A//i84.photobucket.com/albu
ms/k11/nando_tiidakun/unisl.jpg&title=Ilha%20Unisinos&msg=Seja%20bem-
vindo%20%E0%20Ilha%20Unisinos>.
137
Ilha Novatierra
A ilha Novatierra 138 refere-se a um centro
virtual de negócios compartilhado por várias
empresas que se alojam nela. Nesse espaço
é possível realizar conferências,
apresentações de produtos, exposições,
seminários, participar de simuladores, entre
outros.
135
Acesso a ilha Genoma. Disponível em:
<http://maps.secondlife.com/secondlife/Genome/119/144/53>
136
Acesso a ilha Exploratorium. Disponível em:
<http://slurl.com/secondlife/Exploratorium/146/118/21/&title=Exploratorium%20Island&msg=Visit%20E
xploratorium%20Island>.
137
Acesso ao site do projeto. Disponível em:<http://www.exploratorium.edu/>.
138
Acesso a ilha Novatierra. Disponível
em:<http://maps.secondlife.com/secondlife/Novatierra/126/129/22>.
139
Acesso a ilha Virtual Hallucionations. Disponível em:
<http://maps.secondlife.com/secondlife/Sedig/28/49/22>.
138
140
Acesso a ilha The Particle Laboratory. Disponível em:
<http://maps.secondlife.com/secondlife/Teal/180/74/22>.
141
Acesso a ilha Virtual Africa. Disponível em:
<http://maps.secondlife.com/secondlife/Virtual%20Africa/79/68/23>.
142
Acesso a ilha English Village. Disponível em:
<http://slurl.com/secondlife/English%20Village/140/138/24>.
143
Acesso a ilha Japan Tempura Island. Disponível em:
<http://slurl.com/secondlife/tempura%20island/123/42/33>
139
144
Acesso a Ilha Ricci Rosca. Disponível em:
<http://maps.secondlife.com/secondlife/Comet/90/241/111>
140
7.4.2.4 Simulações
No Metaverso SL, podem ser criados espaços para simular lugares reais ou
espaços inovadores que nunca existiram. Dessa forma, incentiva-se o trabalho
interdisciplinar com as trocas sociais, culturais e da exploração de diversas áreas do
conhecimento, favorecendo o desenvolvimento de atividades colaborativas. Além
disso, os avatares podem assumir diferentes papéis e participar de forma ativa e
envolvente nesses espaços (figuras 47 e 48).
São documentos de textos simples (figura 52) que podem ser criados e
compartilhados no Metaverso SL. Esses se tornam úteis para orientar atividades,
indicar links de locais interessantes, incluir imagens para ilustrar explicações, entre
outros.
143
Figura 52 - Notecard
7.4.2.8 LandMark
A LandMark 145 trata-se de um link para uma ilha no Metaverso SL. Além
disso, ela armazena informações da ilha, como a descrição, dados do proprietário,
localização no mapa, entre outros. Essa funcionalidade é muito utilizada para
armazenar locais interessantes, específicos para negócios, educação, lazer. As
LandMarks também podem ser compartilhadas para um sujeito ou para um grupo. A
figura 53, apresenta alguns exemplos de LandMarks e o botão pelo qual é acessada.
Figura 53 - LandMark
7.4.2.9 Inventário
145
Em português, se chama Marco.
144
gestos, entre outros. Sempre que um sujeito receber algum objeto, esse vai ser
gravado no seu inventário. No Metaverso SL há, inclusive, cursos que auxiliam a
organizar o inventário, tendo em vista a quantidade e diversidade de objetos que
podem armazenados. Os objetos guardados também podem ser compartilhados.
Figura 54 - Inventário
7.4.2.10 Foto
Figura 55 - Foto
7.4.2.11 Teleporte
Figura 56 - Teleporte
7.4.2.12 Sandbox
As ilhas possuem donos. Logo, na maioria delas não se tem permissão para
criar objetos, alterá-los, movê-los, etc. Contudo, algumas ilhas disponibilizam um
146
Figura 57 - Sandbox
7.4.2.13 Huds
Os huds (figura 58) são painéis que possuem botões com diversas funções
programadas. Esse recurso é útil para se realizar uma enquete, um questionamento,
uma ação ou até mesmo para facilitar o diálogo.
Figura 58 - Hud
pode facilitar a visualização de um site sobre o assunto de uma aula, permite assistir
vídeos, enfim, navegar como se estivesse utilizando o Browser do computador. Um
exemplo de Web Browser é apresentado na figura 59.
7.4.2.15 Scripts
7.4.2.16 Busca
7.4.3.2 Planejamento
146
Freebies são ilhas que disponibilizam itens gratuitos, como roupas, acessórios, sapatos, objetos,
entre outros.
155
147
O site SlideShare possibilita o compartilhamento de arquivos. Disponível em:
<www.slideshare.net>.
158
- Tendências Pedagógicas
- Condições de trabalho
- Didática e Metodologia
Atividades:
- O aluno deve pesquisar por ilhas que contenha
espaços que representam a escola tradicional e a
escola nova. Deve realizar o registro por fotos dos dois
lugares visitados. O aluno deve criar slides contendo
as fotos e os locais visitados. Após, deve publicar os
slides utilizando como apoio o site slideshare.net e
compartilhar o link com os colegas e professor por
meio de uma IM. Como exemplo, os alunos poderão
visitar as representações disponíveis na Ilha Unisinos.
9º Encontro Temática: Módulo III - Docência na Educação Superior
Virtual Estratégias:
- Encontro síncrono no Metaverso SL
- Discussões sobre estratégias didático-pedagógicas e
saberes docentes
- Aulas expositivas dialogadas
- Estudo de textos
- Estudo dirigido
- Construção de Portfólios
- Seminário
- Estudo de caso
- Simpósio
- Painéis
- Oficinas
- Saberes profissionais
- Saberes Disciplinares
- Saberes Curriculares
- Saberes Experienciais
Atividades:
- O aluno deverá assistir ao vídeo “Metodologias da
159
Nesse sentido, espera-se que com essa proposta seja possível acenar para
novas possibilidades educacionais e para a reflexão das ações pedagógicas no
âmbito da docência na Educação Superior.
161
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir dos dados obtidos e analisados nesse estudo, foi possível perceber
que ainda é insuficiente a preparação didático-pedagógica do docente da Educação
Superior. Embora os docentes possuam formação em nível de Pós-Graduação
Stricto Sensu esta questão dificilmente é contemplada no processo. Dessa forma,
perde-se a oportunidade de vivenciar o processo de educação em sua plenitude. A
partir do momento em que não se possibilita a construção do conhecimento em toda
a sua potencialidade, a apropriação desse é enfraquecida por carecer de
mecanismos eficazes.
O sucesso da aprendizagem está relacionada a diversos fatores. Contudo, a
mediação pedagógica, as intervenções, abordagens, metodologias e estratégias que
fazem parte da função docente, também são elementos diferenciais neste processo.
Logo, esse estudo acena para a importância dos aspectos didático-
pedagógicos, independente da área de atuação. É preciso se preparar para exercer
a docência.
Ao tratar da tecnologia de Metaverso SL, identificou-se que se trata de um
novo conceito potencialmente significativo para educação: a Web 3D. Contudo,
entende-se que ainda é uma tecnologia que não está ao alcance de todos. As
razões pelas quais o acesso é dificultado giram em torno dos requisitos técnicos que
possibilitam o seu funcionamento. Nos estudos dessa pesquisa, esse fator ficou
evidenciado.
Entretanto, em uma proporção maior, foram destacadas as possibilidades
educacionais que essa tecnologia pode favorecer. Em um primeiro momento, torna-
se necessário proporcionar um espaço para a familiarização com a tecnologia, para
então usufruí-la de outras maneiras. A partir dessa etapa, os avanços quanto a
utilização são evidentes e as dificuldades começam a perder espaço para os novos
conhecimentos.
Entre as infindáveis possibilidades educacionais são destacadas o processo
de imersão, os meios diferenciados de se comunicar e interagir, as explorações,
simulações, construções de espaços e objetos e, sobretudo, a representação via
avatar. Nessa perspectiva, a representação via avatar apresenta um grande
diferencial em relação às demais tecnologias, pois essa possibilidade pode suscitar
um sentimento maior da presença. Essa é de natureza digital virtual e que, por sua
vez, possibilita ter uma identidade, uma representação a partir de um corpo
tecnologizado (LÉVY, 1999). Assim, as interações mudam e podem ser ampliadas à
165
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185
APÊNDICES
Codificação:
Dados de identificação:
Tipo: ( ) Curso ( ) Disciplina
Nome da Disciplina/Curso:
Curso vinculado à disciplina:
Número de alunos:
Período: ___ / ___ / _____ a ___ / ___ / _____
Carga horária:
Modalidade: ( ) a distância ( ) presencial ( ) bimodal
Ementa:
Dados de identificação:
Docente do curso/disciplina:
Formação: ( )Graduação ( )Especialização ( )Mestrado ( )Doutorado ( )
Pós-Doc
Área de formação:
Carga horária (semanal):
Instituição: ( ) Pública ( ) Privada
Pré-requisitos:
- atuar na educação superior ou possuir/estar cursando especialização/mestrado/
doutorado;
- possuir um computador que atenda a demanda de hardware para o funcionamento
do Metaverso Second Life. Ver pré-requisitos de sistemas neste link:
(http://secondlife.com/support/system-requirements/?lang=en-US)
Inscrições:
Os interessados devem enviar um e-mail para [email protected] até o dia
22/04/2011 com as seguintes informações:
- Nome completo
- Endereço completo
- RG
- CPF
- Área de atuação
- Formação
- E-mail
- Telefone
- Motivos/razões que justificam sua participação no curso
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
O NUTED, coordenado pela Prof.ª Drª. Patricia Alejandra Behar, está realizando um
curso de extensão denominado CAPACITAÇÃO DOCENTE: O USO DOS MUNDOS
DIGITAIS VIRTUAIS NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR. Este faz parte da
pesquisa de Dissertação de Mestrado em Educação / UFRGS da ministrante/aluna Sandra
Andrea Assumpção Maria. O objetivo do curso visa discutir sobre os aspectos pedagógicos
do uso dos Mundos Digitais Virtuais na Educação, assim como o processo de formação
docente da educação superior nesses espaços, com vistas à coleta de dados para a referida
pesquisa.
Diante disso, busca-se oferecer uma oportunidade de formação continuada aos
professores que atuam na educação superior ou que estão cursando ou já cursaram cursos
de Pós-Graduação Lato Sensu ou Stricto Sensu.
Os dados e demais atividades individuais e/ou coletivas desenvolvidas no curso
serão protegidos por sigilo ético, não sendo mencionados os nomes dos participantes, em
nenhuma apresentação oral ou trabalho escrito que venha a ser publicado, a não ser que
o/a autor/a do depoimento manifeste expressamente seu desejo de ser identificado/a.
A participação nesta pesquisa não oferece risco ou prejuízo ao participante. Se no
decorrer da pesquisa o(a) participante resolver não mais continuar terá toda a liberdade de o
fazer, sem que isso lhe acarrete qualquer prejuízo.
Os pesquisadores responsáveis por esta pesquisa são a Professora Patricia
Alejandra Behar (DEE/FACED) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a mestranda
Sandra Andrea Assumpção Maria (PPGEDU) e Larissa Ebeling (NUTED). Elas se
comprometem a esclarecer devida e adequadamente qualquer dúvida ou necessidade de
esclarecimento que eventualmente o participante venha a ter durante o curso com relação a
coleta dos dados ou posteriormente através dos telefones (051) 3308.3901 e (051)
3308.4179.
Após ter sido devidamente informado/a de todos os aspectos à pesquisa e ter
esclarecido todas as minhas dúvidas, eu ______________________________________,
portador da identidade nº ______________________________ declaro para os devidos fins
que concedo os direitos de minha participação através das atividades desenvolvidas e
depoimentos apresentados para a pesquisa realizada na Universidade Federal do Rio
Grande do Sul (UFRGS), desenvolvida pela mestranda Sandra Andrea Assumpção Maria,
com a orientação da Prof.ª Patricia Alejandra Behar, para que sejam utilizados integralmente
ou em parte, sem condições restritivas de prazos e citações, a partir desta data. Da mesma
forma, dou permissão a sua consulta e o uso das referências a terceiros, ficando sujeito o
controle das informações a cargo destas pesquisadoras da Faculdade de Educação da
UFRGS.
Renunciando voluntariamente aos meus direitos autorais e de meus descendentes,
dou consentimento a presente declaração,
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