TCC Edenirvieira Engsegtrab Rev00
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EDENIR VIEIRA
Florianópolis
2017
1
EDENIR VIEIRA
Florianópolis
2017
2
EDENIR VIEIRA
______________________________________________________
Prof. Orientador Dr. Flavio Ricardo Liberali Magajewski
Universidade do Sul de Santa Catarina
______________________________________________________
Prof. José Humberto Dias de Toledo
Universidade do Sul de Santa Catarina
3
RESUMO
ABSTRACT
The hospital units have one of their main characteristics in terms of work safety,
of presenting a high risk index, to which workers are frequently exposed in the day to
day of their work activities. Technological development of materials and equipment as
well as modern forms of work organizations and sophisticated management techniques
can become an inexhaustible source of health problems when administered without
Occupational Safety and Health (OSH).
This work consisted of an analysis of data obtained from publications of SES
SC. An analysis was performed in the period between 2013 and 2014, regarding work
accidents occurred and registered at the State Health Department of Santa Catarina. The
results of the analysis indicated that the health units managed by SES do not adopt or do
not strictly comply with an OSH management system, despite having in most cases a
real concern with their workers. This work of data analysis allowed the diagnosis of the
health and safety situation of the employees of SES SC, through the mapping of risks
identified according to their nature, chemical, physical, ergonomic, accident and
biological, to which workers are exposed in the day to day of their work activities
identifying factors triggering diseases and accidents, their respective sources and the
function of the servers most affected. The analysis of data related to the work accidents
of the SES SC servers identified the need for a better integration between the categories
involved and the top management in order to elaborate management proposals for the
OSH area and thus reduce the quantity and severity of occupational accidents. For the
terms investigated, several perceptions were manifested among the social actors that are
members of the different categories that are probably related to the sociocultural and
institutional aspects to which they are involved. An effective and effective health and
safety management system contributes greatly to minimizing the risks to SES SC
employees during or due to work activity and also to a better work environment in
Public Health Institutions in the state of Santa Catarina.
LISTA DE TABELAS
LISTA DE GRÁFICOS
Sumário
INTRODUÇÃO...............................................................................................................................9
HISTÓRICO – SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO...................................................................11
CONCEITOS DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO NO SERVIÇO PÚBLICO EM SANTA
CATARINA...................................................................................................................................13
ACIDENTE DO TRABALHO...........................................................................................................14
CAUSA DOS ACIDENTES E DOENÇAS OCUPACIONAIS.................................................................14
TIPOS DE ACIDENTES E DOENÇAS OCUPACIONAIS.....................................................................15
ACIDENTES DE TRABALHO E DOENÇAS OCUPACIONAISEM UNIDADES DE SAUDE.....................16
MEDIDAS PREVENTIVAS.............................................................................................................18
RISCOS BIOLÓGICOS...................................................................................................................20
RISCOS QUÍMICOS......................................................................................................................21
RISCOS FÍSICOS...........................................................................................................................21
RISCOS ERGONÔMICOS..............................................................................................................21
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL.............................................................................22
PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS...............................................................22
PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL................................................23
METODOLOGIA..........................................................................................................................25
RESULTADOS..............................................................................................................................26
ACIDENTES DE TRABALHO NAS UNIDADES DA SES.....................................................................26
Características cadastrais e funcionais dos acidentes da SES.................................................28
Distribuição total dos acidentes em serviço ocorridos na SES em 2013 e 2014 por função...34
Distribuição dos acidentes em serviço da SES, por período, tipo e tarefa - 2013 e 2014.......35
Acidentes em serviço da SES, por agente causador e forma de contato - 2013 e 2014.........36
Acidentes em serviço da SES, fonte causadora e natureza da lesão - 2013 e 2014................37
Acidentes em serviço da SES, partes do corpo atingidas - 2013 e 2014.................................38
DISCUSSÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS..............................................................................39
CONCLUSÃO...............................................................................................................................40
REFERÊNCIAS..............................................................................................................................42
9
INTRODUÇÃO
A adoção dessas medidas de prevenção passa por diversas etapas, desde a mudança
de alguns hábitos e rotinas dos trabalhadores até a, treinamentos e medidas de controle a
serem implantadas tanto no ambiente quando no processo de realização do trabalho.
ACIDENTE DO TRABALHO
A análise das causas dos acidentes de trabalho deve ser vista como uma maneira de
se obter conhecimentos sobre como e por que ocorrem os acidentes de trabalho. A
elaboração desta análise facilita o estudo das medidas preventivas, isto é, o estudo das
medidas que impedem o surgimento das causas e, portanto, a ocorrência de novos acidentes.
15
Os tipos de acidentes de trabalho podem ser classificados por motivo segundo as três
formas abaixo:
De acordo com dados estatais, os acidentes típicos são responsáveis por cerca de 81% do
total de acidentes de trabalho, sendo que os acidentes de trajeto e as doenças profissionais
ou do trabalho somam as duas juntas 19%. (Dataprev)
Exceções
O § 1º do art. 20 da lei 8.213/91 traz a relação das doenças que não são consideradas
doenças do trabalho. A saber:
a. Doença degenerativa;
b. Doença inerente ao grupo etário;
No que tange aos riscos com materiais biológicos, podemos destacar as doenças
infecto-contagiosas como as principais fontes de transmissão de microrganismos para os
profissionais.
Nos dias atuais, podemos verificar na grande maioria das unidades de saúde, um
grande cuidado e fortalecimento das medidas de contenção de riscos biológicos, por meio
de processos que envolvem desde a limpeza e desinfecção, a até mesmo a esterilização de
materiais e equipamentos quando indicado.
Não raro, são os casos em que os profissionais que lidam, direta ou indiretamente,
com a saúde dos pacientes, em função de promover uma assistência e bem estar ao paciente,
acabamnão se atentando aos riscos inerentes à execução de suas atividades, que podem ser
ampliados segundo a diversificação dos processos e organização do trabalho e pela
especialidade da assistência. Esses trabalhadores podem sofrer alterações de saúde oriundas
da presença da diversidade de agentes e do tempo e da intensidade do contato entre eles e os
agentes.
MEDIDAS PREVENTIVAS
servidores acabam por não utilizar, por não terem sido treinados e assim não saberem qual
nem como utilizar de forma adequada o equipamento.
De acordo com a legislação vigente, NR 6, os EPI, descartáveis ou não, deverão
estar à disposição em número suficiente nos postos de trabalho, de forma que esteja
garantido o imediato fornecimento ou reposição. Ainda acordo com a NR 6 o trabalhador
deve receber capacitação quanto ao risco biológico e sobre a utilização de EPI e vestimenta
de trabalho. A questão da não adesão às medidas preventivas é muito complexa, com
inúmeros fatores contribuindo para a vulnerabilidade do trabalhador.
As precauções padrão foram publicadas a mais de uma década, no entanto, a adesão
dos servidores tem sido um enorme desafio. Sabe-se que a adesão às medidas preventivas
deve ser estimulada durante a formação do profissional dos servidores, nos cursos de
enfermagem, de nível médio, superior e de pós-graduação e quando já fazendo parte do
quadro de servidores da SES, se estender para o seu local de trabalho, com o objetivo de
consolidar o conhecimento adquirido e permitir ao profissional ser corresponsável pela
manutenção da sua própria integridade física.
20
RISCOS BIOLÓGICOS
Classe de risco 1 - Baixo risco individual para o trabalhador e para acoletividade, com baixa
probabilidade de causar doença ao ser humano.
Classe de risco 2 - Risco individual moderado para o trabalhador e com baixaprobabilidade
de disseminação para a coletividade. Podem causar doençasao ser humano, para as quais
existem meios eficazes de profilaxia outratamento.
Classe de risco 3 - Risco individual elevado para o trabalhador e comprobabilidade de
disseminação para a coletividade. Podem causar doenças einfecções graves ao ser humano,
para as quais nem sempre existem meioseficazes de profilaxia ou tratamento.
Classe de risco 4 - Risco individual elevado para o trabalhador e comprobabilidade elevada
de disseminação para a coletividade. Apresenta grandepoder de transmissibilidade de um
indivíduo a outro. Podem causar doenças graves ao ser humano, para as quais não existem
meios eficazes de profilaxia ou tratamento.
Segundo a Sociedade Brasileira de Infectologia (2006) são vários os fatores que
podem interferir no risco de infecção em exposições ocupacionais, desde o tipo de acidente
e do material biológico envolvido, até as condições de saúde do paciente-fonte e do
profissional acidentado.
21
RISCOS QUÍMICOS
RISCOS FÍSICOS
RISCOS ERGONÔMICOS
METODOLOGIA
Este trabalho trata-se de um estudo documental, a pesquisa foi realizada nas publicações
sobre registros de acidentes de trabalho da Secretaria de Administração do Estado de Santa
Catarina, no âmbito da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina, SES-SC.
De acordo com os dados adquiridos junto a SEA-SC, no que diz respeito aos locais
onde mais acontecem acidentes de trabalho, os hospitais são as instituições onde ocorrem o
maior número de acidentes, sendo assim a Secretaria de Saúde do Estado de Santa Catarina a
campeã em acidentes, em comparação com as outras secretarias estaduais.
A partir das análises buscou-se, identificar os registros de acidentes quanto ao seu local
e número, o período em que mais se concretizavam e a tarefa executada onde, a frequência dos
acidentes era maior.
RESULTADOS
Traçando um perfil do servidor que mais sofre acidentes de trabalho, podemos dizer
que é do sexo feminino, casada, possui curso técnico profissionalizante, tem de 30 a 40
anos, esta na regional de Florianópolis, ingressou na carreira no ultimo concurso (2012), e
trabalha na área de enfermagem.
Gráfico 2 – Distribuição dos acidentes em serviço da SES por sexo 2013 e 2014
Fonte: SIGRH-DSAS-GECOB
Cerca de 80% dos acidentados são do sexo feminino, porém tal percentual se dá por
conta de a maioria dos profissionais da área são mulheres.
Gráfico 3 – Distribuição dos acidentes em serviço da SES por estado civil 2013 e 2014
Fonte: SIGRH-DSAS-GECOB
O numero de acidentados e ralação a o estado civil, varia pouco de 2013 pra 2014,
aumentando entre os casados e diminuindo entre os solteiros.
31
Gráfico 4 – Distribuição dos acidentes em serviço da SES por nível de formação 2013 e 2014
Fonte: SIGRH-DSAS-GECOB
Gráfico 5 – Distribuição dos acidentes em serviço da SES por faixa etária 2013 e 2014
Fonte: SIGRH-DSAS-GECOB
A maioria dos servidores acidentados possui entre 30 e 50 anos de idade, sendo esse
grupo de servidores o mais numeroso nos hospitais.
32
Gráfico 6 – Distribuição dos acidentes em serviço da SES por Unid. Regional 2013 e 2014
Fonte: SIGRH-DSAS-GECOB
Gráfico 7 – Distribuição dos acidentes em serviço da SES por tempo de serviço 2013 e 2014
Fonte: SIGRH-DSAS-GECOB
Gráfico 8 – Distribuição dos acidentes em serviço da SES por função 2013 e 2014
Fonte: SIGRH-DSAS-GECOB
O grupo de profissionais que mais estão expostos e sofrem a maioria dos acidentes de
trabalho, são os profissionais de enfermagem, que são responsáveis pela maioria dos
acidentes de trabalho no âmbito da SES SC.
34
Tabela 3: Distribuição de acidentes em serviço da SES por período, tipo e tarefa 2013/14.
A grande maioria dos acidentes, são acidentes típicos, acontecem durante a atividade
laboral dos servidores e acontecem no período matutino, conforme identificado na tabela
acima.
36
A grande maioria dos acidentes acontece com instrumentais, tipo agulha e ou seringa, e
acontecem na forma de batida contra o objeto, conforme identificado na tabela acima.
37
Ano
Variável Categoria Média 2013-2014 Distribuição %
2013 2014
Parte pontiaguda ou afiada obj. 142 130 136 37,88%
Outro Objeto não especificado 58 93 75,5 21,03%
Piso 58 68 63 17,55%
Sangue Humano 17 25 21 5,85%
Agente Biológico 13 1 7 1,95%
Degraus de Escada 11 4 7,5 2,09%
Parte de Maquina / equipamento 11 17 14 3,90%
Punhos 8 5 6,5 1,81%
Canto vivo saliente de móvel 6 3 4,5 1,25%
Parte externa de veiculo 6 4 5 1,39%
Objeto em movimento 5 5 5 1,39%
Obstáculo Rígido 4 2 3 0,84%
Produto Químico 4 5 4,5 1,25%
Agente Causador Embalagem / Recipiente 2 2 2 0,56%
Painel de Veículo 2 2 2 0,56%
Parte afiada de ferramenta 2 0 1 0,28%
Poeira não silicosa 2 0 1 0,28%
Campo ilegível ou em branco 1 0 0,5 0,14%
Chama / Fogo 1 0 0,5 0,14%
Dentes / Boca 1 3 2 0,56%
Hélice de Ventilador 1 0 0,5 0,14%
Pés 1 2 1,5 0,42%
Temperatura agua quente 1 1 1 0,28%
Umidade 1 0 0,5 0,14%
Utensilio de Cozinha 1 0 0,5 0,14%
Vapor dágua 0 2 1 0,28%
Vestuário / Calçado 0 1 0,5 0,14%
Perfuração 135 116 125,5 34,96%
Contusão / Hematoma 44 53 48,5 13,51%
Lesão contm. Intox. Ag. Bio. Hum. 31 47 39 10,86%
Outra natureza não especificada 28 25 26,5 7,38%
Traumatismo / Trauma 25 17 21 5,85%
Entorse / torção 19 29 24 6,69%
Ferimento 19 27 23 6,41%
Fratura 17 18 17,5 4,87%
Escoriação tira a pele 14 11 12,5 3,48%
Distensão 7 9 8 2,23%
Lesão intox. Ag. Quim. Ácido 4 4 4 1,11%
Natureza da Lesão
Ruptura 4 0 2 0,56%
Luxação osso sai fora do lugar 3 3 3 0,84%
Queimadura 3 7 5 1,39%
Campo ilegível ou em branco 2 0 1 0,28%
Esmagamento 1 5 3 0,84%
Hérnia de esforço 1 0 0,5 0,14%
Lesão contam. Intox. Fungos. Bact. 1 1 1 0,28%
Lesão por agente ergonômico 1 0 0,5 0,14%
Corpo estranho 0 1 0,5 0,14%
Incapacidade total / permanente 0 1 0,5 0,14%
Politraumatismo 0 1 0,5 0,14%
Fonte: SIGRH-DSAS-GECOB
A maioria dos acidentes acontece por perfuração no choque com a parte pontiaguda
de instrumentais, com parte do corpo dos servidores, conforme identificado na tabela acima.
38
Ano
Variável Categoria Média 2013-2014 Distribuição %
2013 2014
Mão 132 122 127 35,38%
Múltiplas loc. no tronco 32 28 30 8,36%
Nariz 31 28 29,5 8,22%
Outras partes do tronco 27 37 32 8,91%
Outras partes membro inferior 17 18 17,5 4,87%
Peito 15 17 16 4,46%
Pele e Anexos 12 12 12 3,34%
Região púbica ou pubiana 11 6 8,5 2,37%
Seio 7 5 6 1,67%
Dedo da Mão 6 6 6 1,67%
Cotovelo 6 8 7 1,95%
Joelho 5 8 6,5 1,81%
Olho 5 6 5,5 1,53%
Tornozelo 5 2,5 0,70%
Face 5 7 6 1,67%
Ombro 5 9 7 1,95%
Vertebra Lombar 5 6 5,5 1,53%
Costas 4 7 5,5 1,53%
Dedo do Pé 4 1 2,5 0,70%
Punho 3 4 3,5 0,97%
Braço 3 1 2 0,56%
Cranio 3 8 5,5 1,53%
Partes Atingidas
Outras partes não especificadas 2 1 1,5 0,42%
Pé 2 1 0,28%
Perna 2 5 3,5 0,97%
Vertebra Cervical 2 1 1,5 0,42%
Antebraço 1 1 1 0,28%
Sistema e aparelhos 1 1 1 0,28%
Coxas 1 1 1 0,28%
Outras partes cabeça / pescoço 1 0,5 0,14%
Quadril 1 2 1,5 0,42%
Orelha 1 1 1 0,28%
Outras partes membros superior 1 1 1 0,28%
Região glútea 1 0,5 0,14%
Vertebra coccigea 3 1,5 0,42%
Abdomem 1 0,5 0,14%
Multiplos loc. Cabeça / pescoço 4 2 0,56%
Multiplos loc. Membros superiores 2 1 0,28%
Outras partes coluna vertebral 1 0,5 0,14%
Pescoço 2 1 0,28%
Vertebra sacra 1 0,5 0,14%
Vertebra toraxica 1 0,5 0,14%
Viscerastoracicas 1 0,5 0,14%
Fonte: SIGRH-DSAS-GECOB
Um dado importante foi obtido nesta tabela, cerca de 35% dos acidentes tiveram com
a parte atingida do corpo como sendo as mãos, o que nos leva a sugerir um maior
comprometimento por parte dos servidores com a utilização dos EPI’S.
39
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
CUNHA, Jane Cléia Cardoso de Bittencourt; Sefrin, Silvia Rita Glinski. II BOLETIM
ESTATÍSTICO DE ACIDENTES EM SERVIÇO, Florianópolis, 1 Edição, 2016
http://www3.dataprev.gov.br/scripts10/dardoweb.cgi
Acesso em 21 Dez. 2017