Transtornos de Personalidade, Psicopatia

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O cérebro

Transtornos de Personalidade, psicopatia e

Catarina Fernandes - 12ºA


Colégio Nova encosta
Índice
 Introdução…………………………………………………

.………….pág. 2

 Transtornos de personalidade………………………pág. 2-

 Psicopatia…………………………….

……………………………pág.4\5

 Serial Killers…………………………..………….

……………..pág. 5\6

 Conclusão…………………………………………………

………….pág. 6

 Bibliografia…………………………………..

………………………pág. 7

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Introdução
O cérebro é o órgão mais importante de qualquer ser vivo. Trata-se de um conjunto
de tecidos, neurónios, células, responsáveis pela coordenação e funcionamento do
ser, na sua totalidade. É do cérebro que surge a capacidade de criar, a criatividade, o
movimento, o conhecimento, memória e sensações.

Para além disto, é a partir do cérebro que se forma a personalidade, a essência de


cada ser humano. O nosso comportamento é desenvolvido no cérebro, e assim,
transtornos de personalidade têm também origem neste órgão.

Um transtorno consiste numa perturbação, alteração, algo que causa desconforto.


Existem, neste contexto diferentes tipos de transtornos, tais como transtornos
alimentares (associados a uma modificação no regime alimentar, perturbação na
forma de alimentação), transtorno bipolar, transtorno obsessivo compulsivo, entre
outros. Embora a maior parte dos transtornos, se associe à faculdade mental o
conceito transtorno mental limita-se a certos problemas como por exemplo
ansiedade ou depressão.

A designação transtorno de personalidade, pode ser associada a um transtorno


mental, no entanto que se manifesta no comportamento, essência da pessoa e não a
nível patológico, algo que possa ser tratado e eliminiado.

Transtornos de personalidade

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Um transtorno de personalidade é definido a partir de um padrão comportamental
generalizado, persistente, uma forma de pensar, reagir, que causa no indivíduo, de
certa forma, sofrimento ou condiciona o modo de vida. Não se trata de uma doença,
mas de uma anomalia psiquiátrica, uma perturbação da saúde mental.

Este pode ser manifestado de diversas maneiras, no entanto a sua origem é comum.
Uma combinação de fatores genéticos e ambientais que levam à manifestação dos
transtornos. Estes transtornos aparecem graças a fatores genéticos, ambientais,
neurológicos, podendo mesmo surgir graças a traumas (normalmente durante a
infância) ou lesões cerebrais.

Os traços que demonstram de forma evidente um transtorno de personalidade


tendem a aparecer na adolescência ou início da idade adulta. Certos transtornos
tendem a atenuar com o avançar da idade, tais como o transtorno borderline ou
antissocial, no entanto transtornos como o esquizotípico ou o TOC (transtorno
obsessivo-compulsivo), são mais propícios a não desaparecer.

Segundo vários estudos,

“Cerca de 10% da população geral e até metade dos pacientes psiquiátricos em


unidades hospitalares e ambulatoriais têm transtorno de personalidade. No geral, não
há distinções claras em termos de sexo, classe socioeconómica e raça. Mas no
transtorno de personalidade antissocial, homens superam as mulheres em 6:1. No
transtorno de personalidade borderline, as mulheres superam os homens em 3:1
(mas apenas em ambientes clínicos, não na população em geral).”

https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/transtornos-psiqui%C3%A1tricos/transtornos-de-personalidade/vis%C3%A3o-geral-dos-
transtornos-de-personalidade

De entre os vários transtornos irei explorar de forma aprofundada o transtorno


antissocial (TPAS).

Este transtorno provém da genética do indivíduo, não se desenvolve somente por


fatores externos. Apesar disto, a interação com o meio ambiente tem grande
influência na manifestação do transtorno, mesmo possuindo o gene determinante que
leva ao transtorno, a sua manifestação depende de outros fatores. Na infância,
abusos e maus tratos recebidos podem causar anomalias cerebrais que conduzem a
distúrbios de atenção, agressividade ou mesmo delinquência, potenciando o
transtorno antissocial. A intensidade do transtorno está também associada aos níveis

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de certas hormonas no organismo do indivíduo (a testosterona em grandes
quantidades pode induzir à agressividade, por exemplo).

O transtorno caracteriza-se pela insensibilidade, e desarmonia da organização e


integração da vida afetivo-emocional (relacionamentos interpessoais e emoções). Tal
falta de sensibilidade leva, por vezes, ao desenvolvimento de comportamentos
criminais. Existe no comportamento impulsividade e tendência para culpabilizar outros
pelas próprias ações, irritação, irresponsabilidade social e financeira, e para a
destruição de propriedade, assédio ou roubo.

Quanto à sua evolução e identificação, é notável que a sua prevalência diminui, na


maioria dos casos, com a idade, através da consciência e mudança dos
comportamentos mal adaptativos.

Associado ao conceito de transtorno de personalidade antissocial está o conceito de


psicopatia.

Psicopatia
O conceito de psicopatia surge em comunhão com o transtorno de personalidade
antissocial

A maioria dos psiquiatras considera que a psicopatia não é propriamente uma


doença. Enquanto que numa doença mental o sucedido é inconsciente, inevitável,
um psicopata tem total conhecimento e consciência das suas ações. Caracteriza-se
pela falta de capacidade de expressar emoções, experimentá-las, os sentimentos que
expressam não são reais, mas uma reflexão do comportamento de outros indivíduos.
Outra característica que distingue psicopatia do TPAS, em geral, é a ausência de
impulsividade na primeira. Todas as ações são pensadas, conscientes,
contrariamente a outros transtornos integrados no transtorno antissocial.

Apesar do conceito ser já bem definido, certos especialistas da área ainda têm
dificuldades em identifica-lo como doença ou traço de personalidade. Por exemplo,
Ana Beatriz Barbosa, psiquiatra diz-nos: ´´Psicopatia não é uma doença, é uma
maneira de ser”, https://www.jusbrasil.com.br/artigos/psicopata-o-que-e-doenca-ou-transtorno-de-personalidade/707110585

A psicopatia será uma característica com a qual se nasce graças a um mau


desenvolvimento cerebral da região responsável pelo controlo de emoções e
impulsos, sendo ainda, por vezes, uma característica hereditária. Curiosamente, e
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sem qualquer justificação aparente a psicopatia é mais comum em homens do que
em mulheres, numa proporção aproximada de 3:1.

Apesar desta proporção, os casos de psicopatia existentes são reduzidos, a


psicopatia não é algo comum, no entanto, o número de pessoas que possuem traços
de psicopatia, certos comportamentos associados ao transtorno antissocial é já mais
elevado.

Embora um psicopata não seja na maioria dos casos um assassino, o transtorno leva
num número relativamente significativo de casos à formação de um serial killer. Este
extremismo deve-se ao modo de pensar que a psicopatia implica (desde a falta de
remorsos ao desrespeito pelas leis e tendência ao comportamento violento).

Sendo que o indivíduo tem uma mentalidade manipuladora, destrutiva, sem


sentimentos, tenta alcançar o prazer e forma interesses através de ações fora do
normal. Para isso utilizam o calculismo e procuram causar perturbações nos outros,
sem ter um limite para conseguir o desejado.

Serial Killers
Um Serial Killer é um indivíduo que de forma totalmente consciente possui e cumpre
com o desejo de assassinar. Existem diferentes causas que levam a que uma
identidade adquira o comportamento de serial killer. Assim é possível distinguir quatro
tipos de Assassinos em Série:

 Visionários – tratam-se de pessoas psicóticas ou esquizofrénicas, o


comportamento não é consciente, é adquirido por “vozes” que motivam a
pessoa a cometer os assassinatos, causado por uma doença mental,
psiquiátrica. Como é o caso de Herbert Mullin, “O esquizofrénico, paranoico
acreditava que a única coisa que impedia a Califórnia de se separar da
América do Norte e afundar no Pacífico era o número de soldados americanos
mortos no Vietnam. Desnecessário dizer que o fim da guerra foi problemático
para Mullin. Ele acreditava que uma “voz suprema” queria que ele matasse
para continuar impedindo o terremoto” https://pt.linkedin.com/pulse/todo-serial-killer-%C3%A9-psicopata-
carlos-eduardo-p-soares

 Hedonistas – motivados pela emoção que o assassinato lhes traz. Na maioria


dos casos, não se limitam a assassinar a vítima, encontram prazer na
mutilação, canibalismo ou mesmo ato sexual com a vítima. Como, por

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exemplo, Albert Fish que estrangulava as vítimas, praticava canibalismo e
automutilava-se de forma a sentir prazer.
 Missionários – têm por objetivo matar um certo grupo, classe de pessoas,
com uma missão, objetivo, melhorar o nosso mundo. Um exemplo é Gary
Ridgway O qual matou 50 mulheres associadas ao comércio sexual.
 Sádicos – o tipo de serial killer no qual se integram os psicopatas. O
comportamento não possui uma razão aparente, mas consiste num desejo do
ser, a necessidade de ter aquele comportamento como forma de controlo da
vida. O serial killer psicopata, prepara a sua ação de forma minuciosa, mas
impulsiva, tem o objetivo de causar sofrimento. De uma forma geral o
assassinato é motivado pelo desejo insaciável de controlo, poder.
O assassino sádico tem por característica recorrer a vítimas com as quais
possui afinidade.
O comportamento, estudado já por especialistas, associa-se de forma direta ao
transtorno de personalidade que o assassino possuí. Não sente, não se
aproxima, é calculista e manipulador, com um desejo de ganhar controlo de
tudo, especialmente da vida. Assim e sem noção do quão longe poderá ir para
obter este controlo, acaba por cair no extremo do assassinato, de forma
totalmente consciente e planeada.
Para este tipo de Serial Killer existem inúmeros exemplos, entre eles, um dos
mais populares foi Ted Bundy, o qual matou mais de 30 mulheres, após
controlar a sua vida durante um certo período de tempo, alcançando assim a
necessidade de controlo da vida desejada.

Conclusão
Em suma, transtornos de personalidade são problemas causados por alterações em
certas zonas cerebrais, tanto na formação do ser, como devido a traumas na infância
ou mesmo lesões cerebrais na idade adulta. Estes, podem dar origem a graves
comportamentos, tais como a psicopatia que, em alguns casos, conduz a
comportamentos extremamente errados, graças ao modo de pensar do indivíduo.
Não existe uma forma específica de minimizar o aparecimento destes transtornos,
sendo que estão muitas vezes associados a problemas genéticos, no entanto, até
certo ponto, é possível tentar minimizá-los.

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Apesar disto, os tratamentos para transtornos e problemas mentais não são muitas
vezes eficazes, não sendo possível o combate ao problema.

O conhecimento desta temática bem como de diferentes transtornos e


comportamentos associados aos mesmos é essencial a todas as pessoas, permitindo
identifica-los e mais facilmente ajudar indivíduos que sofram com estes problemas.
Ao mesmo tempo o tema permite, na área da ciência explorar a capacidade do nosso
cérebro de se modificar consoante a genética e o ambiente, manifestando em todos
os indivíduos diferentes traços de personalidade (desde a simples simpatia ou
arrogância aos transtornos que originam psicopatia ou traços antissociais).

Bibliografia
 https://neuronus.com.br/2018/01/tudo-comeca-no-cerebro/
 https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/transtornos-psiqui%C3%A1tricos/
transtornos-de-personalidade/transtorno-de-personalidade-antissocial-tpas
 https://zenklub.com.br/blog/transtornos/borderline/
 https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/transtornos-psiqui%C3%A1tricos/
transtornos-de-personalidade/transtorno-de-personalidade-borderline-tpb
 https://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/6114
 http://www.revistas.pr.gov.br/index.php/espc/edicao-2-artigo-5
 https://www.jusbrasil.com.br/artigos/psicopata-o-que-e-doenca-ou-transtorno-de-
personalidade/707110585
 https://pt.linkedin.com/pulse/todo-serial-killer-%C3%A9-psicopata-carlos-eduardo-p-
soares
 https://pt.wikipedia.org/wiki/Psicopatia
 https://www.scielo.br/j/rbp/a/mFz4QLyYLQDpwdcXBM7phzd/
 https://criminalminds.fandom.com/wiki/Herbert_Mullin
 https://www.telavita.com.br/blog/transtorno-de-personalidade-antissocial/

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