Estudo de Caso Elizangela

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Centro Universitário Central Paulista – UNICEP

Bacharelado em Psicologia -

Psicologia da Personalidade I

Estudo de Caso

Discentes: RA:

Heloisa de Mello 1701328

Micaella Silva Muniz Lopes de Menezes 1701284

Rafaella dos Santos Cavaglieri 1701036

Vinicius Ribeiro Soato 1701340

Winye Gabrielle 1701342

A análise da estruturação da personalidade de Ricardo à luz das ideias de Sigmund Freud


revela uma dinâmica complexa entre os componentes psíquicos fundamentais: o Id, o Ego e
o Superego. Através de uma investigação profunda de sua história de vida, podemos
identificar várias dimensões psicológicas que se entrelaçam e influenciam seu
comportamento e desenvolvimento.

Id: “Na infância, por volta dos sete anos, costumava brigar muito na escola. A mãe era
constantemente chamada. Ele tinha dificuldade de controlar sua agressividade.”
No que diz respeito ao Id, a presença de impulsos agressivos desde a infância é notória em
Ricardo. Seu histórico de brigas na escola e o desejo de controlar essa agressividade por
meio da prática do karatê são exemplos do conflito entre seus impulsos primitivos e o
desejo de equilibrá-los.
Ego: “Frente à isso, a mãe o colocou para fazer o karatê e ele passou a ter um destaque no
grupo e até mesmo em competições. O comportamento agressivo foi diminuindo
gradativamente.”
O Ego, como mediador entre as demandas do Id e as restrições do Superego, desempenha
um papel crucial em sua personalidade. A busca por organização e sistemática na vida de
Ricardo reflete sua tentativa de equilibrar as tendências agressivas com as normas sociais e
as pressões do Superego.

Superego: “Sua mãe sempre foi superprotetora e atenciosa, enquanto seu pai ficava pouco
tempo em casa, pois trabalhava realizando viagens constantes. Era um sujeito mais frio e
distante. Quando tinha três anos acreditava ter visto o pai violentando a mãe. Devido a sua
profissão o pai de Ricardo ficou longe da família durante quase um ano quando ele tinha
cinco anos. Quando estava em casa impunha uma disciplina muito severa e muitas vezes
bateu no filho que temia e odiava o pai.”
O Superego, que representa a internalização de regras e valores morais, foi moldado pelas
complexas relações familiares de Ricardo. Sua mãe superprotetora e seu pai distante
contribuíram para a formação de um Superego restritivo e autoritário, refletindo o medo e
aversão que ele sentia pelo pai.

Complexo de Édipo: “A relação entre os pais sempre foi marcada por diversos conflitos. Ele
se lembra que desde a infância os pais sempre brigaram muito, tanto que os mesmos se
separaram quando ele estava com sete anos.” “Durante a realização do curso, conheceu
sua atual namorada, Tânia, oito anos mais velha do que ele. Tinha tido alguns
relacionamentos mais curtos até então. Depois de algum tempo de convivência na
faculdade, os dois identificaram muitos pontos em comum e começaram a namorar.
Permanecem namorando até o tempo atual.”
A dinâmica do complexo de Édipo também é evidente em sua história, com a relação
tumultuada entre seus pais, incluindo o divórcio quando era criança. Essas experiências
podem ter desempenhado um papel na formação de seus padrões de relacionamento e na
maneira como ele se relaciona com sua namorada, que é significativamente mais velha.

Mecanismo de sublimação: “Além disso, na infância ele aspirava a ser artista, mas não tinha
muito talento.” “Quando foi pra faculdade, passou tentar a ganhar algum dinheiro buscando
exercitar o seu lado artístico vendendo cartões postais e pequenos quadros que ele
pintava.”
Além disso, o mecanismo de sublimação foi utilizado por Ricardo como uma estratégia para
canalizar seus impulsos agressivos de maneira socialmente aceitável. Sua busca por
expressão artística na venda de cartões postais e quadros é um exemplo notável desse
processo.

Relações interpessoais: “Também, não tinha muitas relações mas mantinha dois ou três
amigos com os quais costumava estudar e brincar. Sempre gostou de estudar e de ler e na
escola interagia com os colegas mais próximos, uma vez que tinha dificuldades para iniciar
e manter conversação. Entretanto, quando as pessoas o abordavam conseguia interagir.
Hoje tem relações de amizade, mas em um grupo ainda restrito.”
No âmbito das relações interpessoais, sua dificuldade em fazer amizades na infância e sua
tendência a manter círculos sociais restritos podem ser compreendidas à luz das dinâmicas
do Ego e da influência do Superego, que limitaram a expressão de sua personalidade.

Fase Oral: “Ricardo desde a infância apresentava avidez por doces e costuma chupar os
dedos quando está sozinho.”

Por fim, a ansiedade que permeia a vida de Ricardo pode ser entendida como resultado da
pressão exercida pelo Superego e reflete sua busca por uma vida futura mais satisfatória,
incluindo a constituição de uma família, como uma tentativa de equilibrar impulsos e desejos
de maneira socialmente aceitável.

Em resumo, a análise da personalidade de Ricardo à luz das teorias de Freud revela uma
complexa rede de fatores psicológicos e experiências que moldaram sua identidade. Sua
jornada de autoconhecimento e desenvolvimento ao longo da vida demonstra a influência
profunda que o inconsciente exerce sobre a formação da personalidade e as estratégias de
adaptação desenvolvidas para lidar com seus conflitos internos.

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