1º Simulado de Língua Portuguesa Rpronto
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O DESCOBRIDOR
A professora pergunta para o Jorge:
- Onde fica a América?
E o Jorge responde apontando no mapa.
A professora então pergunta para o Pedrinho:
- Quem descobriu a América?
E Pedrinho responde:
- Foi o Jorge, professora!
“Eu sou de uma terra que o povo padece 3. Quando escreveu “Sou cabra da Peste”, o autor
Mas não esmorece e procura vencer. quis dizer que o nordestino é
Da terra querida, que a linda cabocla a) amigável.
De riso na boca zomba no sofrer b) briguento.
Não nego meu sangue, não nego meu nome c) destemido.
Olho para a fome, pergunto o que há? d) preguiçoso.
Eu sou brasileiro, filho do Nordeste,
Sou cabra da Peste, sou do Ceará”.
Patativa do Assaré
Leia o texto a seguir.
As Amazônias
Esse tapete de florestas com rios azuis que os astronautas viram é a Amazônia. Ela cobre mais da metade do
território brasileiro. Quem viaja pela região, não cansa de admirar as belezas da maior floresta tropical do mundo.
No início era assim: água e céu.
É mata que não tem mais fim. Mata contínua, com árvores muito altas, cortada pelo Amazonas, o maior rio do
planeta. São mais de mil rios desaguando no Amazonas. É água que não acaba mais.
SALDANHA, P. As Amazônias.
4. No texto, o uso da expressão “É mata que não tem mais fim” revela
a) admiração pelo tamanho da mata.
b) desânimo pela riqueza da região.
c) medo da extensão da mata.
d) surpresa pela variedade da fauna.
A arte da perfumaria iniciou-se logo que o homem primitivo aprendeu a fazer o fogo e descobriu que certas plantas
desprendiam fragrâncias agradáveis quando queimadas. O nome “perfume” deriva do latim per fumum ou pro
fumum, que significa “através da fumaça”. Isso vem demonstrar a mais antiga aplicação da mistura de fragrâncias de
plantas aromáticas, que eram utilizadas como oferendas. Durante séculos, centenas de culturas desenvolveram atos
simbólicos e religiosos onde plantas raras e resinas aromáticas, queimadas nos altares dos templos, eram oferecidas
como sacrifícios, em busca do favor dos deuses. Com este objetivo eram utilizados o sândalo, a casca de canela, as
raízes de cálamo e vetiver, bem como substâncias resinosas como mirra, incenso, benjoim e cedro do Líbano. Poucas
composições aromáticas da época foram transmitidas por escrito. Entretanto, uma está registrada no livro do Êxodo,
capítulo 30. A composição utilizava quatro ingredientes naturais, muito empregados nos dias de hoje, mas de
forma mais refinada: mirra, cássia, cortiça de árvore de canela e óleo de cálamo aromático.
A estranha passageira
– O senhor sabe? É a primeira vez que eu viajo de avião. Estou com zero hora de voo – e riu nervosinha,
coitada.
Depois pediu que eu me sentasse ao seu lado, pois me achava muito calmo e isto iria fazer-lhe bem.
[...]
Madama entrou no avião sobraçando um monte de embrulhos, que segurava desajeitadamente. [...]
Depois não sabia como amarrar o cinto e eu tive que realizar essa operação [...].
Afinal estava ali pronta pra viajar. Os outros passageiros estavam já se divertindo às minhas custas, a
zombar do meu embaraço ante as perguntas que aquela senhora me fazia aos berros, como se estivesse
em sua casa, entre pessoas íntimas. [...]
Olhava para trás, olhava para cima, mexia na poltrona e quase levou um tombo, quando puxou a alavanca
e empurrou o encosto com força, caindo para trás e esparramando embrulhos para todos os lados.
O comandante já esquentara os motores e a aeronave estava parada, esperando ordens para ganhar a
pista de decolagem. Percebi que minha vizinha de banco apertava os olhos e lia qualquer coisa. Logo veio a
pergunta:
– Quem é essa tal de emergência que tem uma porta só pra ela?
Expliquei que emergência não era ninguém, a porta é que era de emergência, isto é, em caso de
necessidade, saía-se por ela. Madama sossegou e os outros passageiros já estavam conformados com o
término do “show”.
Mesmo os que mais se divertiam com ele resolveram abrir jornais, revistas ou se acomodarem para tirar
uma pestana durante a viagem.
Foi quando madama deu o último vexame. Olhou pela janela (ela pedira para ficar do lado da
janela para ver a paisagem) e gritou:
– Puxa vida!!!!!
Todos olharam para ela, inclusive eu. Madama apontou para a janela e disse:
– Olha lá embaixo.
Eu olhei. E ela acrescentou:
– Como nós estamos voando alto, moço. Olha só... o pessoal lá embaixo até parece formiga.
Suspirei e lasquei:
– Minha senhora, aquilo são formigas mesmo. O avião ainda não levantou voo.
A função da arte
Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que descobrisse o mar.
Viajaram para o Sul. Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando.
Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar
estava na frente de seus olhos. E foi tanta a imensidão do mar, e tanto fulgor, que o menino ficou mudo de
beleza.
E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai:
– Me ajuda a olhar!
Servidão Humana
A maior migração forçada da História começou lentamente e acompanhou a expansão européia de conquista e
comércio. Os primeiros escravos africanos chegaram ao Novo Mundo em 1509, mas foram poucos até 1530, quando
Portugal, primeira nação européia a negociar com os reinos negros da África Ocidental, começou a mandar escravos
para as plantações de cana-de-açúcar no Brasil. O sofrimento da travessia era imenso. Arrancados às famílias,
acorrentados e levados a pé até o litoral, amontoados em barracões para o embarque, a degradação dos escravos
não tinha fim. Ficavam semanas, meses, acorrentados em porões de navios, lado a lado com doentes e agonizantes,
sem saber que destino teriam.