MOAI Estudo Impacto Covid Diabetes CSP

Promotor Apoio Apoio Técnico
Agenda de conteúdos
1. Enquadramento epidemiológico
2. O PRR e os desafios da diabetes em Portugal
1. Reformas preconizadas e linhas de investimento
2. Indicadores de Desempenho na Diabetes
3. Outras linhas de financiamento comunitário
4. Como financiar potenciais iniciativas?
3. Glossário de Indicadores
Fontes de dados
Análise de bibliografia nacional e internacional relevante
• Os números da Diabetes no Mundo, na Europa e em Portugal;
• Os fatores de risco, a gestão da doença e as complicações associadas à DM
• A jornada do doente diabético e o impacto da pandemia
Recolha e processamento de dados de desempenho assistencial do SNS
Observatório Nacional da Diabetes Portal BI-CSP
• Dados referentes ao relatório • Dados referentes ao período entre Março 1

de 2019 2019 – Junho 2021 3 2
• Segmentação e comparação de valores
nacionais vs ARS
• Legenda do esquema de apresentação:
1 Impacto no IDG (Índice de Desempenho Global) dos CSP
2 Descrição geral do Indicador

3 Número oficial do Indicador (Bilhete Identidade CSP)
4
4 Breve análise à tendência evolutiva dos dados
Sumário Executivo
• Existem 2,7 milhões de portugueses com diabetes ou em risco de desenvolver a patologia. A prevalência de diabetes em Portugal triplicou três vezes nos últimos 20 anos, sendo
hoje a segunda mais elevada da UE;
• Todos os anos morrem mais de 4000 pessoas devido à diabetes, sendo esta a 5ª causa de morte em Portugal. Anualmente, a diabetes é responsável por 4200 anos de vida perdidos
e representa 1,5mM€ em custos diretos com cuidados de saúde;
• 90% dos casos de diabetes diagnosticados são de tipo II, fortemente associada a um histórico de exposição a fatores de risco como a obesidade, o sedentarismo, hipertensão
arterial, baixos níveis de literacia e incapacidade financeira;
• Cegueira, amputação, doença cardiovascular e nefropatia são as principais complicações associadas à diabetes;
• Pela sua realidade epidemiológica, a diabetes é uma das doenças que representa maior carga quer para o indivíduo quer para o SNS (em particular a nível dos Cuidados de Saúde
Primários);
• O contexto pandémico veio impactar a realidade de gestão da diabetes, quer a nível de prevenção (menor atividade física e alteração de hábitos alimentares) quer a nível de
diagnóstico, vigilância e gestão terapêutica. Em dezembro de 2020, face ao mesmo período do ano anterior, registava-se:
o Uma quebra de 16,5% na cobertura de exames oftalmológicos a doentes diabéticos;
o Uma quebra de 19% na cobertura de exame aos pés;
o Uma quebra de 56% na proporção de utentes diabéticos com acompanhamento adequado;
o Uma quebra de 23% no registo de incidência (novos casos) de diabetes;
• De entre os 7 países europeus que referem intervenções na área da diabetes no âmbito dos respetivos PRR, Portugal é o que apresenta valores mais elevados de prevalência e DALY
(anos de vida ajustados à incapacidade) associados à patologia;
• A presente iniciativa pretende constituir-se como uma Plataforma de contributo e estímulo à reflexão em torno das várias necessidades objetivas na área da Diabetes, face às quais
possam ser criadas respostas inovadoras por via de potenciais oportunidade de financiamento disponíveis a nível nacional e europeu.
Enquadramento epidemiológico
As várias dimensões da Diabetes
Gestacional
Tipo 2
Tipo 1 Estado patológico caraterizado por metabolismo
A tipologia mais comum da Diabetes, estando associada anómalo da glucose, durante o período de gravidez,
Doença autoimune, na qual o sistema imunitário do a um histórico de estilo de vida pouco saudável e, em sendo mais frequente no segundo ou terceiro trimestre.
próprio indivíduo destrói as células beta do pâncreas, particular, a casos de obesidade. O seu desenvolvimento pode ser potenciado por vários
comprometendo grave ou totalmente a produção de fatores, como um valor levado de IMC e a existência de
insulina. O organismo desenvolve resistência à insulina, o que casos familiares de diabetes.
leva a uma produção insuficiente da mesma e,
A sua origem é ainda incerta, estando provavelmente consequentemente, à incapacidade de regular os níveis Normalmente dissipa após o parto, mas pode agravar o
relacionada com fatores genéticos ou de risco ambiental. de glucose no sangue. risco de desenvolvimento de diabetes tipo II.
Pode ocorrer em qualquer idade, mas é diagnosticado Ocorre geralmente após os 40 anos, mas é cada vez
geralmente em crianças ou adultos jovens. mais comum entre crianças.
8,8%
das
90% parturientes
em hospitais
do total de do SNS1
<10% casos em
do total de Portugal1
casos em
Portugal1
1. Observatório Nacional da Diabetes – Diabetes em Números 2019

A Diabetes em números
em Portugal…
2º
valor mais
elevado
da UE2
13,6% 1
28%
de prevalência Pré-diabetes
1.5 5,9%
Por diagnosticar
5ª mil milhões 7,7%
Com diagnóstico
causa de de € em
morte1 custos anuais
537 61 4200 2,7

anos de vida
milhões de doentes no milhões de doentes na milhões de Portugueses com
perdidos, por
Mundo Europa ano1 Diabetes ou em risco de
desenvolver

2. OECD. Health at a Glance 2020 – Diabetes Prevalence.
A Diabetes em números
em Portugal…
Nos últimos 20 anos, a prevalência da Diabetes aumentou quase 3 vezes;

Metas PND a 20202
Em média, são registados cerca de 60 mil novos casos de Diabetes por ano em
Portugal1; Evitar que 30.000 pessoas em risco
desenvolvam DM
O envelhecimento populacional refletiu-se num crescimento de 16,3% da
prevalência de Diabetes, nos últimos 10 anos2;
A idade média dos óbitos ocorridos por Diabetes tem aumentado, sendo hoje de 81 Diagnosticar mais 30.000 pessoas
anos. Como consequência disso, o número de Anos de Vida Perdidos associados à que têm a doença e não sabem
Diabetes decresceu 25% desde 20002;
Diminuir em 5% o número de óbitos
Ainda assim, na última década o número de internamentos em que a Diabetes surge
abaixo dos 70 anos
como diagnóstico associado cresceu quase 40% e de day cases em que surge como
diagnóstico principal quintiplicou2;
1. Ministério da Saúde, Relatório Anual – Acesso a cuidados de saúde nos estabelecimentos do SNS e entidades convencionais, 2019
Como chegámos aqui?
Factores de Risco Diagnóstico e gestão

Exposição
Fatoresade
fatores
Risco de
terapêutica
Complicações
risco
Obesidade Cegueira
A Diabetes tem uma prevalência 4x superior em A diabetes é considerada uma das principais causas
pessoas obesas (IMC ≥ 30)1. Mais de metade da de cegueira. Em Portugal, todos os anos cerca de
população é obesa ou tem excesso de peso2. 3.000 pessoas perdem a visão devido à retinopatia
diabética.4
Sedentarismo
Amputação
66% da população portuguesa não pratica qualquer
1.300 amputações anuais de um membro inferior
atividade desportiva de forma regular2.
causadas pelas diabetes, em Portugal.4
Hipertensão Arterial
Doença cardiovascular
22% dos utentes registados nos CSP têm HTA
diagnosticada. Um estudo recente concluiu que, na 1 em cada 3 portugueses internados por AVC ou
população diabética, este valor ascende a 86%3. EAM tem Diabetes1. Representa um risco 2-4 vezes
superior de morrer por doença cardiovascular. 5
Literacia e capacidade financeira
Nefropatia
A Diabetes é mais prevalente em populações com
1 em cada 3 pessoas com Insuficiência Renal
baixo nível de escolaridade e de baixos
crónica em Portugal tem Diabetes.1
rendimentos2
1. Observatório Nacional da Diabetes – Diabetes em Números 2019 4. Apifarma, O Valor do Diagnóstico para o Sistema de Saúde e para o Cidadão - O caso da Diabetes, 2019
2. INE, Inquérito Nacional de Saúde 2019 5. Raghavan, S. et al. Diabetes related and all-cause mortality in a National cohort of adults. JAHA. 2019
3. Raposo, N. et al. A Hipertensão e a Diabetes como parceiros inseparáveis do risco cardiovascular. Revista Portuguesa de
Hipertensão. 2019
Como chegámos aqui?
Comparação territorial de prevalências (valores por ACES)1
Hipertensão Arterial Obesidade Diabetes

>35% >17% >11%
25-30% 16-17% 9-10%
20-25% 8-9%
14-16%
15-20% 13-14% 7-8%
<7%
12-13%
<11%
1. Fonte: BI-CSP. Os dados exibidos correspondem aos valores territoriais de prevalência reportados pela rede CSP em Junho de 2021
Indicador sem
impacto no IDG Incidência de Diabetes Mellitus (‰)
Indicador que exprime a proporção de utentes com novo diagnóstico de Diabetes Mellitus (último ano)
236 identificados na população inscrita. Clique aqui para mais detalhes.
Nacional Por Regiões de Saúde
9 9
8 8
7 7
6 -22,88% 6
5 5
4 4
3 3
2 2
1 1
0 0
Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun mar- dez- mar- jun-
20 20 21 21
Pré-pandemia (Mar19 - Fev20) Pandemia (Mar20-Jun21) ARS Norte ARS Centro ARS LVT ARS Alentejo ARS Algarve Nacional
Denota-se uma quebra significativa na incidência de Diabetes, coincidente com o período pandémico. A partir de março 2021 denota-se uma recuperação
consistente, para níveis próximos dos pré-pandémicos.
Fonte: BI dos Cuidados de Saúde Primários (www.bicsp.min-saude.pt)

Indicador sem
impacto no IDG Incidência de obesidade (‰)
Indicador que exprime a proporção de utentes com novo diagnóstico de "obesidade" (último ano) identificados
238 na população inscrita. Clique aqui para mais detalhes.
40 40
35 35
30 30
25 25
20 20
15 -62,20% 15
10 10
5 5
0 0
20 20 21 21
Denota-se uma quebra significativa na incidência de Obesidade, coincidente com o período pandémico. A partir de março 2021 denota-se uma inversão da
tendência, embora ténue face ao decréscimo registado.

O impacto da pandemia na gestão da Diabetes
• Mais de 50% dos portugueses diminuiu atividade • Paragem nas atividades de rastreio ao pé diabético e à retinopatia;
física1; • Atrasos na resposta de reabilitação e cuidados continuados;
• 42% dos portugueses piorou os seus hábitos
alimentares1;
• Isolamento e sedentarismo decorrentes dos
Prevenção períodos de confinamento e teletrabalho;
• Prática de exercício físico • Limitação da capacidade de

• Hábitos alimentares e de Diagnóstico vigilância ativa e
consumo saudáveis monitorização nos CSP;
• Quebra no apoio à educação e
• Gestão de stress autogestão da doença;
• Análises clínicas e vigilância • Registo de aumento de peso e
médica de rotina • Vigilância multidisciplinar e valores de glicémia em doentes, bem
Avaliação de risco do
Gestão como de stress;
utente terapêutica • Adaptação à telemedicina;
• Intervenção precoce em
pré-diabéticos
• Sinalização atempada de • Adesão à terapêutica
exames para • Educação do doente Gestão de
despiste/diagnóstico • Monitorização e acesso complicações
atempado a avaliação de
parâmetros clínicos
relevantes (HbA1c, C-LDL, • Resposta integrada
PA, microalbuminúria, atempada a complicações
exame aos pés e olhos) agudas
• Acesso efetivo a
1. DGS/SPP/ISA-FMUL – Inquérito Nacional sobre Hábitos Alimentares e Atividade Física. Maio 2020 reabilitação cardíaca e/ou
motora pós-internamento
O PRR e os desafios da Diabetes
em Portugal
A recuperação europeia e a Diabetes
Dos 24 PRR disponibilizados para consulta e submetidos para aprovação da Comissão Europeia,
apenas 7 fazem referência à Diabetes. DALY (por 100.000 habitantes) 2
1 500
1 400
Referência a Status
País Foco de Intervenção1 1 300
“Diabetes” Aprovação 1 200
Croácia Enfâse no combate de doenças crónicas (cancro, diabetes e doença 1 100
1 000
5 cardiovascular), procurando alinhar a janela de oportunidade do PRR à
900
estratégia dos Programas Nacionais específicos de combate a estas patologias.
800
Dinamarca Foco em medidas de promoção de saúde e prevenção, de modo a reduzir 700
2 incidência de doenças associadas a fatores de risco modificáveis, como é o caso 600
da Diabetes.
0
Portugal Foco na gestão integrada dos cuidados prestados a doentes crónicos, 2015 2016 2017 2018 2019
3 reforçando a capacidade de rastreio e prevenção de complicações associadas à
Diabetes. Prevalência de Diabetes (%)2
Hungria 13
1 Foco genérico no combate às doenças crónicas.
12
11
França Apresentação de um plano específico para a inovação em gestão e
1 10
monitorização do doente diabético. Foco significativo na componente eHealth.
9
Roménia Melhorar os Centros de Cuidados na Comunidade, de forma a fornecer 8
1 cuidados integrados de alta qualidade, em particular a doentes crónicos, 7
prevenindo possíveis complicações e hospitalizações. 6
Polónia Foco na inovação e investimento em investigação com o intuito de desenvolver 5
1
melhores tratamentos para doenças altamente prevalentes como a Diabetes. 0
2015 2016 2017 2018 2019
1. Ëuropean Commission. Resiliency and Recovery Plans. UE Croácia Polónia Hungria

2. Global Burden of Disease – Health Data Portugal Dinamarca Roménia França
O PRR e a recuperação económica e social
2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029
PRR (16,6mM€) + REACT EU (2mM€) + FEDER/FTJ (0,5mM€)
Quadro Financeiro Plurianual (33,6mM€)
NextGeneration EU + Quadro Financeiro Plurianual 21-27 (60mM€)
Orçamentos de Estado
Os grandes pilares do Plano de Recuperação e Resiliência
Resiliência
Transição Climática Transição Digital
(onde se enquadra o SNS)
O PRR, o SNS e a Diabetes
Resiliência Transição Climática Transição Digital
C1 – SNS (1.368M€) Reformas Investimentos
RE-r01: Reforma dos Cuidados de Saúde Rúbrica Montante

Primários CSP com mais respostas 467M€
RNCCI e RNCP 205M€

Saúde Mental e Estratégia para as
88M€
Demências
RE-r02: Reforma da Saúde Mental
Equipamentos Hospitalares Seixal, Sintra e
180M€
Lisboa
Fortalecimento SESARAM 89M€
Transição Digital na Saúde 300M€
Digitalização RAM 15M€
RE-r03: Reforma dos Modelos de
Governação Hospitalar Hospital Digital Açores 30M€
Sistema Universal de Apoio à Vida Ativa 10M€
O PRR, o SNS e a Diabetes
Resiliência Transição Climática Transição Digital
C1 – SNS (1.368M€) Reformas Investimentos
RE-r01: Reforma dos Cuidados de Saúde Rúbrica Montante

Primários CSP com mais respostas 467M€
Previsão de alocação financeira (M€)

366
285
251 252
121 109 112 108

84 89
49
23
2021 2022 2023 2024 2025 2026

SNS Reforma CSP
O PRR e a Diabetes
A Reforma dos Cuidados de Saúde Primários
Aprofundar a capacidade de
rastreio, diagnóstico e resolução
atempada INVESTIMENTOS PROJETADOS
1 Alargar o rastreio da retinopatia diabética a todos os centros de saúde

“Novo Centro de Saúde”, integrado
e centrado no utente
OBJETIVOS
2 Alargar as consultas do pé diabético a todos os ACES
Uniformizar práticas clínicas e 3 Adotar o Plano Individual de Cuidados (PIC) para doentes complexos
reduzir assimetrias territoriais

Capacitação de unidades para teleconsulta e telemonitorização de doentes
4 crónicos
Transformação digital e 5 Reforçar a capacidade das Unidades de Cuidados na Comunidade (UCC)

envolvimento do cidadão
O PRR e a Diabetes
1 Alargar o rastreio da retinopatia diabética a todos os centros de saúde
• A Retinopatia Diabética é uma das principais complicações da diabetes e uma das principais
causas de cegueira em adultos1
• O número de pessoas com Diabetes abrangidas pelos Programas de Rastreio da Retinopatia

Diabética tem vindo a aumentar exponencialmente desde 20092. Ainda assim, este número
corresponde ainda a apenas 1 em cada 3 diabéticos registados nos CSP1.
• Em 2019, o Rastreio da Retinopatia Diabética estava implementado em 82% dos ACES,

abrangendo uma população de 688.394 doentes3.

2. DGS/MS. Programa Nacional para a Diabetes 2017-2020.
3. Ministério da Saúde, Relatório Anual – Acesso a cuidados de saúde nos estabelecimentos do SNS e entidades convencionais, 2019
Indicador com
impacto no IDG Proporção de utentes com exame oftalmológico último ano (%)
Indicador que exprime a proporção de utentes com diabetes com pelo menos uma referenciação para
040 oftalmologia ou pelo menos um resultado de exame à retina no último ano. Clique aqui para mais detalhes.
55 55
50 50
45 45
40 40
-16,49%
35 35
30 30
25 25
20 20
15 15
10 10
5 5
20 20 21 21
O início do período pandémico coincide com uma tendência de decréscimo generalizado deste indicador, que apenas é interrompida Fevereiro de 2021.
Para além disso, é evidente o contraste de valores entre as várias ARS.

Evolução temporal das causas de internamento por descompensação/complicações da Diabetes
nos Hospitais do SNS (em %)
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
2000 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
DM c/ Cetoacidose DM c/ Coma Diabético DM c/ Manifestações Oftálmicas DM c/ Alterações Circulatórias DM c/ outras Manifestações

Periféricas Especificadas
DM c/ Hiperosmolaridade DM c/ Manifestações Renais DM c/ Manifestações Neurológicas DM c/ Menção de Complicações DM c/ Complicações não
Especificadas
Ao longo das últimas duas décadas, destaca-se uma significativa preponderância das manifestações oftálmicas, de entre as várias descompensações
provocadas pela Diabetes.
Fonte: Observatório Nacional da Diabetes

O PRR e a Diabetes
2 Alargar as consultas do pé diabético a todos os ACES
• A Diabetes é a principal causa de amputação de membros inferiores em Portugal.1
• O número de amputações decorrentes de pé diabético tem vindo a diminuir devido à

implementação de medidas preventivas, em particular a avaliação de risco do pé diabético2.
• Em 2019, a avaliação de risco de pé diabético foi efetuada a 585.902 utentes com Diabetes2.
1. APIFARMA. O Valor do Diagnóstico para o Sistema de Saúde em Portugal – O caso da diabetes. 2020
2. Ministério da Saúde, Relatório Anual – Acesso a cuidados de saúde nos estabelecimentos do SNS e entidades
convencionais, 2019
Indicador sem
impacto no IDG Proporção de utentes com exame aos pés realizado no último ano (%)
Indicador que exprime a proporção de utentes com diabetes, com exame dos pés realizado no último ano. Clique
035 aqui para mais detalhes.
90 90
85 85
80 80
75 75
70 70
-19,14%
65 65
60 60
55 55
50 50
45 45
40 40
35 35
30 30
20 20 21 21
A tendência decrescente neste indicador inicia-se previamente ao período pandémico, acompanhando um comportamento que parece repetir-se no início
do ano civil para o registo deste indicador. Durante o ano de 2020 não se verificar recuperação deste indicador, o que acontece apenas em Março de 2021.

Indicador com
impacto no IDG Proporção de utentes com avaliação do risco de ulceração do pé no último ano (%)
Indicador que exprime a proporção de utentes com diabetes, com avaliação do risco de ulceração do pé,
261 realizado no último ano. Clique aqui para mais detalhes.
90 90
85 85
80 80
75 75
70 70
65 -17,83% 65
60 60
55 55
50 50
45 45
40 40
35 35
30 30
25 25
20 20
20 20 21 21

Indicador com
impacto no IDG Proporção de utentes vigiados, com registo de risco de úlcera no pé (%)
Indicador que exprime a proporção de utentes com diabetes, com registo do risco de risco de ulceração do pé,
265 realizado no último ano. Clique aqui para mais detalhes.
90 90
80 80
70 -16,95% 70
60 60
50 50
40 40
30 30
20 20
10 10
20 20 21 21

Indicador sem
impacto no IDG Proporção de utentes DM vigiados, com úlcera ativa no pé (%)
Indicador que exprime a proporção de utentes com diabetes, com registo de úlcera ativa no pé, realizado no
266 último ano. Clique aqui para mais detalhes.
Nacional
40 40
35 35
30 30
25 25
-1,86%
20 20
15 15
10 10
5 5
0 0
20 20 21 21
Embora não se denote impacto significativo da pandemia neste indicador a nível nacional, são notórias as discrepâncias entre as várias ARS. Em linha com
os indicadores anteriores, a um melhor desempenho na atividade de avaliação de risco corresponde um valor mais baixo de episódios de úlcera ativa.

Distribuição Regional dos Internamentos (Utentes Saídos) por episódios de Amputação nos
Hospitais do SNS (valores por 100.000 habitantes)
2016 2017 2018

15
15 15 15
12 11
10 9 10 10
9 9
8
7
7 6 6
6 6
5 5 5 5
5 5 5 5 5
5 5 4 4 5 4
4 4 4 4
3 3
3 3
2 2 2
0 0 0
Norte Centro LVT Alentejo Algarve SNS Norte Centro LVT Alentejo Algarve SNS Norte Centro LVT Alentejo Algarve SNS
Amputação Minor Amputação Major
As ARS do Alentejo e LVT destacam-se das restantes em número de episódios de amputação.

O PRR e a Diabetes
3 Adotar o Plano Individual de Cuidados (PIC) para doentes complexos
• A adoção do PIC tem o objetivo de melhorar o acesso, a qualidade e a eficiência dos cuidados
prestados a doentes complexos e com multimorbilidade1.
• Em 2018, 20% dos doentes diagnosticados com diabetes não estavam controlados2;
• Cerca 65% dos doentes com DM realiza autovigilância através da AGC, dos quais apenas 20%
atuam e modificam o seu comportamento de acordo com os resultados2.
• O fator atribuível (FA) na prevenção de complicações crónicas da diabetes através da gestão
integrada do doente foi de 35% no pé diabético e AVC e 80% na doença renal diabética2.
1. Ministério do planeamento, PRR – Recuperar Portugal, Construindo o Futuro, PART 2: Descrição das Reformas e dos Investimentos, 2021
2. APIFARMA. O Valor do Diagnóstico para o Sistema de Saúde em Portugal – O caso da diabetes. 2020
Expressão (em %) dos internamentos por Diabetes, no universo de Utentes Saídos dos Hospitais
do SNS
18
16
14 +40,87%
12
10
6
+888,89%
4
0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Internamentos - Day Cases Internamentos - S/Day Cases Internamentos - Total
Denota-se uma tendência consistente de crescimento generalizado de internamentos, em particular no número de day cases.

Principais causas de Internamento dos utentes com Diabetes nos Hospitais do SNS
(valores em %)
30
25
20
15
10
0
2009 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Doenças do Aparelho Circulatório Doenças das Glândulas Endócrinas, Doenças do Aparelho Doenças do Aparelho Doenças do Aparelho Digestivo
da Nutrição e do Metabolismo Respiratório Geniturinário
e Transtornos Imunitários
Ao longo dos últimos anos, as doenças do aparelho circulatório mantêm-se como principal causa de internamento, embora com visível tendência de
decréscimo.

Demora média dos Internamentos dos Utentes Saídos dos Internamentos com Diabetes
nos Hospitais do SNS – DIstribuição por ARS vs Nacional
Nº de dias médio de internamento - global Nº de dias médio de internamento – sem day cases
5,0 17
4,5 16
4,0 15
3,5 14
3,0 13
2,5 12
2,0 11
1,5 10
1,0 9
0,5 8
0,0 7
2016 2017 2018 2016 2017 2018
Norte Centro LVT Alentejo Algarve SNS
No que à média global de dias de internamento diz respeito, denota-se uma tendência generalizada de decréscimo em todas as regiões, provavelmente por
influência do aumento dos day cases, dado que quando retirada esta componente da equação o número médio parece assumir tendência crescente

N.º total de Dias de Internamento por Diabetes em Hospitais do SNS
150 000
107 628 106 383 104 729

100 227 101 201
100 000 92 000 88 491
79 294 78 808
63 661
50 000
10 000
0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Nº de dias de internamento
Embora o número de internamentos tenha aumentado, o número de dias total desses internamentos tem diminuído.

Indicador com
impacto no IDG Proporção de utentes com determinação de risco DM2 registado nos últimos 3 anos (%)
Indicador que exprime a proporção de utentes com 18 ou mais anos, não diabéticos e com pelo menos uma
262 avaliação de risco de diabetes tipo 2, registado nos últimos 36 meses. Clique aqui para mais detalhes.
60 60
55 55
50 50
45 45
-2,08%
40 40
35 35
30 30
25 25
20 20
Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Mar- Dec- Mar- Jun-
20 20 21 21
Denota-se uma inversão na tendência crescente do indicador, coincidente com o início do período pandémico.

Indicador sem
impacto no IDG Proporção de utentes com acompanhamento adequado (%)
Proporção de utentes com acompanhamento adequado, definido com base em registo de consultas de vigilância,
043 parâmetros clínicos e rastreios relevantes. Algoritmo detalhado aqui. Clique aqui para mais detalhes.
45 45
40 40
35 35
30 30
25 -56,05% 25
20 20
15 15
10 10
5 5
0 0
20 20 21 21
É visível o início de uma tendência de decréscimo acentuado do indicador, prévio ao início da pandemia. Segue-se uma estabilização que acaba por dar
lugar a uma dinâmica de recuperação a partir de março de 2021.

Indicador com
impacto no IDG Proporção de utentes com registo GRT (%)
Exprime a proporção de utentes com diabetes com registo da gestão do regime terapêutico (3 itens: regime
036 medicamentoso, hábitos alimentares e de exercício físico) no último ano. Clique aqui para mais detalhes.
75 75
70 70
65 65
60 60
55 55
50 -14,50% 50
45
45
40
40
35
35
30
25 30
20 25
15 20
10 15
5 10
0 5
20 20 21 21
O período pandémico leva a uma estabilização do indicador, interrompendo uma tendência de crescimento registada nos meses/anos anteriores. Este
indicador foi considerado para efeitos de contratualização apenas a partir de 2020.

Indicador com
impacto no IDG Proporção de utentes com consulta de enfermagem de vigilância no último ano (%)
Indicador que exprime a proporção de utentes com diabetes, com consulta de vigilância de enfermagem. Clique
037 aqui para mais detalhes.
90 90
85 85
80 80
75 75
70 -13,51% 70
65 65
60 60
55 55
50 50
45 45
40 40
35 35
30 30
20 20 21 21
Denota-se uma inversão na tendência crescente do indicador, coincidente com o início do período pandémico. É visível uma recuperação dos valores, com
início em março de 2021. Este indicador foi considerado para efeitos de contratualização apenas a partir de 2020.

Indicador sem
impacto no IDG Proporção de utentes com 1 registo HbA1c por semestre (%)
Indicador que exprime a proporção de utentes com diabetes, com pelo menos 2 HbA1c no último ano, desde
038 que abranjam os 2 semestres. Clique aqui para mais detalhes.
75 75
70 70
65 65
60 60
55 55
-31,28%
50 50
45 45
40 40
35 35
30 30
25 25
20 20
20 20 21 21
Decréscimo significativo, transversal a todas as ARS, dos valores registados para este indicador. Em linha com outros indicadores, denota-se uma
recuperação a partir de março de 2021.

Indicador com
impacto no IDG Proporção utentes com último registo de resultado de HbA1c ≤ 8,0% (%)
Indicador que exprime a proporção de utentes com diabetes com último resultado de HbA1c igual ou inferior a
039 8,0%. Clique aqui para mais detalhes.
70 70
65 65
60 60
55 -22,58% 55
50 50
45 45
40 40
35 35
30 30
25 25
20 20
20 20 21 21
Quebra significativa dos valores registados, coincidente com o início da pandemia. Este indicador foi considerado para efeitos de contratualização apenas a
partir de 2020.

Indicador sem
impacto no IDG Proporção utentes < 65 A, com HbA1c ≤ 6,5 %
Indicador que exprime a proporção de utentes com diabetes e idade inferior a 65 anos, com último resultado de
091 HbA1c igual ou inferior a 6,5%. Clique aqui para mais detalhes.
35 35
30 30
25 -26,10% 25
20 20
15 15
10 10
5 5
0 0
20 20 21 21
Quebra significativa dos valores registados em meados de 2020, com estabilização nos meses subsequentes e tendência de recuperação a partir do início
de 2021.

Indicador sem
impacto no IDG Proporção utentes com < 75A com última HbA1c > 8,0% (%)
Indicador que exprime a proporção de utentes, com idade inferior a 75 anos e diabetes, com último resultado de
313 HbA1c superior a 8,0%. Clique aqui para mais detalhes.
14 14
13 13
12 12
11 11
10 -21,93% 10
9 9
8 8
7 7
6 6
5 5
4 4
3 3
2 2
1 1
0 0
20 20 21 21
Quebra significativa dos valores registados, coincidente com o início da pandemia. Contudo, a recuperação deste decréscimo parece iniciar-se ainda antes
do final de 2020, numa fase mais precoce à que se verifica para a maioria dos restantes indicadores

Indicador com
impacto no IDG Proporção utentes DM com PA ≥ 140/90 mmHg (%)
Indicador que exprime a proporção de utentes com Diabetes Mellitus, com último resultado de tensão arterial
314 superior ou igual a 140/90 mmHg. Clique aqui para mais detalhes.
65 65
60 60
55 55
50 50
45 45
40 40
35 35
30 +237,55% 30
25 25
20 20
15 15
10 10
5 5
0 0
20 20 21 21
Este indicador foi considerado para efeitos de contratualização apenas a partir de 2020, podendo isso ter influência na evolução crescente dos valores
registados. Ainda assim, denota-se um aumento muito significativo da proporção de utentes com este registo clínico de risco.

Indicador com
impacto no IDG Proporção de utentes com C-LDL < 100 mg/dL (%)
Indicador que exprime a proporção de utentes com diabetes, com último resultado de C-LDL inferior a 100
315 mg/dl. Clique aqui para mais detalhes.
50 50
45 45
40 40
-8,51%
35 35
30 30
25 25
20 20
15 15
10 10
5 5
0 0
20 20 21 21
Verifica-se um ligeiro decréscimo nos valores registados, transversal a todas as ARS.

Indicador sem
impacto no IDG Proporção de utentes com microalbuminúria último ano (%)
Indicador que exprime a proporção de utentes com diabetes com pelo menos 1 microalbuminúria no último ano.
097 Clique aqui para mais detalhes.
80 80
75 75
70 70
65 65
60 -15,06% 60
55 55
50 50
45 45
40 40
35 35
30 30
25 25
20 20
20 20 21 21
Tendência de decréscimo verificada desde início de 2020, com estabilização nos primeiros meses de pandemia. A recuperação para valores pré-pandémicos
inicia-se por volta de fevereiro de 2021.

Indicador sem
impacto no IDG Índice de acompanhamento adequado utentes DM (valor entre 0 e 1)
Índice de Acompanhamento Adequado (entre 0 e 1) calculado com base em registo de consultas de vigilância,
271 parâmetros clínicos e rastreios relevantes. Clique aqui para mais detalhes.
1,0 1,0
0,9 0,9
0,8 0,8
0,7 0,7
0,6 -23,96% 0,6
0,5 0,5
0,4 0,4
0,3 0,3
0,2 0,2
0,1 0,1
0,0 0,0
20 20 21 21
Decréscimo significativo dos valores registados, contínuo ao longo de todo o ano de 2020, transversal a todas as ARS. Inversão da tendência a partir de
março de 2021.

Indicador com
impacto no IDG Rácio DDD prescrita DPP-4 e antidiabéticos orais (%)
Indicador que exprime o rácio entre o somatório de DDD prescrita com inibidores DPP-4 e o somatório de DDD
276 prescrita com antidiabéticos não insulínicos, em doentes com Diabetes Mellitus tipo 2.
42 42
40 40
38 38
36 36
34 -2,15% 34
32 32
30 30
28 28
26 26
24 24
20 20 21 21
Denota-se uma tendência de ligeiro decréscimo no indicador ao longo do tempo, sem aparente influência direta do período pandémico. A destacar, ainda
assim, os contrastes entre as diferentes ARS.

Indicador com
impacto no IDG Custo com terapêutica do doente DM (€/doente)
Exprime a despesa média com antidiabéticos não insulínicos, insulina, tiras de glicémia e agulhas de doseamento
350 de glicémia nos doentes com Diabetes Mellitus. Clique aqui para mais detalhes.
500 500
450 450
400 400
+8,22%
350 350
300 300
250 250
200 200
150 150
20 20 21 21
O período pandémico parece ter acentuado ligeiramente uma tendência de crescimento que se vinha consolidando ao longo dos últimos meses. A ARS
Alentejo, onde se verificam igualmente valores mais elevados de complicações com a Diabetes, é também a que regista um valor mais elevado com
terapêutica. A tendência de crescimento parece ter-se invertido ligeiramente em 2021.

Indicador com
impacto no IDG Custo com terapêutica do doente DM controlado (€/doente)
Despesa média com antidiabéticos não insulínicos, insulina, tiras de glicémia e agulhas de doseamento de
351 glicémia nos doentes DM controlada (registo de HbA1c no último semestre, sendo este igual ou inferior a 8.0%).
Clique aqui para mais detalhes.
500 500
450 450
400 400
+11,34%
350 350
300 300
250 250
200 200
150 150
20 20 21 21
A tendência e valores registados para a despesa com gestão de doentes diabéticos controlados parece não divergir da dinâmica que se verifica para a pool
total de doentes (indicador apresentado anteriormente)

Indicador sem
impacto no IDG Proporção utentes ≥ 14A, c/ IMC últimos 3 anos (%)
Indicador que exprime a proporção de utentes inscritos com idade igual ou superior a 14 anos com IMC registado
033 nos últimos 3 anos. Clique aqui para mais detalhes.
75 75
70 70
65 65
60 -4,31% 60
55 55
50 50
45 45
40 40
35 35
30 30
25 25
20 20 21 21
Denota-se um ligeiro decréscimo, coincidente com o início do período pandémico. É evidente o contraste significativo entre as várias ARS, não sendo ainda
percetível uma tendência de recuperação deste indicador.

Indicador com
impacto no IDG Proporção obesos ≥ 14A, c/ consulta de vigilância de obesidade a 2 anos (%)
Indicador que exprime a proporção de utentes obesos e com idade igual ou superior a 14 anos com consulta de
034 vigilância de obesidade registada nos últimos 2 anos. Clique aqui para mais detalhes.
80 80
75 75
70 70
65 65
-6,48%
60 60
55 55
50 50
45 45
40 40
35 35
30 30
20 20 21 21
Denota-se um ligeiro decréscimo, coincidente com o início do período pandémico. É evidente o contraste significativo entre as várias ARS, não sendo ainda
percetível uma tendência de recuperação deste indicador.

O PRR e a Diabetes
4 Capacitação de unidades para teleconsulta e telemonitorização de doentes

crónicos
• A pandemia veio potenciar o recurso e demonstrar as mais-valias da telemedicina. Uma das prioridades
do PRR será, por isso, reforçar a adoção deste tipo de soluções inovadoras para benefício direto para os
profissionais de saúde e os cidadãos;
• Durante a pandemia, 60% dos utentes com DM tiveram consultas virtuais referentes à Diabetes1.
• Uma análise de recetividade a ferramentas de telessaúde por parte de doentes diabéticos revelou que,
de entre os 32 países europeus em estudo, os doentes portugueses (63%) eram os que estavam mais
recetivos1.
• Uma abordagem baseada em telemedicina na gestão de doentes com DM demonstrou redução

estatisticamente significativa e clinicamente relevante da HbA1c (HbA1c ≤-0.5%)2.
1. International Diabetes Federation Europe, Living in COVID Times: Experiences from People living with Diabetes, 2021
2. Timpel ,P. et al., Mapping the Evidence on the Effectiveness of Telemedicine Interventions in Diabetes, Dyslipidemia, and Hypertension: An
Umbrella Review of Systematic Reviews and Meta-Analyses, JMIR, 2020
Indicador sem
impacto no IDG Proporção de utentes DM2 em terapêutica com insulina (%)
Indicador que exprime a proporção de utentes com diabetes tipo 2 com pelo menos uma prescrição de insulina
041 nos últimos 12 meses. Clique aqui para mais detalhes.
8 8
7 7
6 6
-8,79%
5 5
4 4
3 3
2 2
1 1
0 0
20 20 21 21
Há um ligeiro decréscimo no número de utentes com prescrição de insulina, sendo esta uma tendência constante ao longo de todo o período pandémico.

Indicador com
impacto no IDG Proporção de utentes com DM2 e indicação para insulinoterapia, em terapêutica adequada (%)
Indicador que exprime a proporção de utentes com diabetes tipo 2 e indicação para insulinoterapia, com pelo
274 menos uma prescrição de insulina nos últimos 12 meses, de entre doentes com HbA1c >9%. Clique aqui para
mais detalhes.
90 90
85 85
80 80
-8,18%
75 75
70 70
65 65
60 60
55 55
50 50
20 20 21 21
Embora o indicador aparente não ter sido impactado no imediato pelo contexto pandémico, verifica-se em 2021 uma quebra significativa dos valores que é
transversal a todas as ARS.

Indicador sem
impacto no IDG Proporção de utentes com DM não insulino dependente (%)
Indicador que exprime a proporção de utentes com "diabetes não insulino dependente" identificados na
211 população inscrita. Clique aqui para mais detalhes.
10,0 10,0
9,5 9,5
9,0 9,0
8,5 8,5
8,0 8,0
7,5 +0,91% 7,5
7,0 7,0
6,5 6,5
6,0 6,0
5,5 5,5
5,0 5,0
4,5 4,5
4,0 4,0
20 20 21 21
A dinâmica deste indicador parece manter-se relativamente constante ao longo dos últimos 2 anos. A destacar, contudo, o contraste crónico de valores
entre as diferentes ARS.

Indicador sem
impacto no IDG Proporção de utentes com DM insulino dependentes (%)
Indicador que exprime a proporção de utentes com "diabetes insulino dependente" identificados na população
212 inscrita. Clique aqui para mais detalhes.
85 85
80 80
75 75
70 70
-0,71%
65 65
60 60
55 55
50 50
45 45
20 20 21 21
A dinâmica deste indicador parece manter-se relativamente constante ao longo dos últimos 2 anos. A destacar, contudo, o contraste crónico de valores
entre as diferentes ARS.

Indicador sem
impacto no IDG Proporção de utentes DM2 em terapêutica com metformina (%)
Indicador que exprime a proporção de utentes com diabetes tipo 2 com pelo menos uma prescrição de
042 metformina nos últimos 12 meses. Clique aqui para mais detalhes.
55 55
50 50
45 45
-5,92%
40 40
35 35
30 30
25 25
20 20
15 15
20 20 21 21
Verifica-se uma tendência constante de decréscimo, ainda que ligeiro, dos valores do indicador que coincide com o início da pandemia.

Indicador com
impacto no IDG Proporção de utentes novos DM2 em terapêutica com metformina em monoterapia (%)
Indicador que exprime a proporção de utentes com novo diagnóstico de diabetes tipo 2 que iniciam terapêutica
275 farmacológica com metformina em monoterapia. Clique aqui para mais detalhes.
80 80
75 75
70 70
-6,18%
65 65
60 60
55 55
50 50
45 45
40 40
20 20 21 21
Verifica-se um decréscimo que se acentua no período pandémico, sendo percetível uma ligeira recuperação a partir de março de 2021.

O PRR e a Diabetes
5 Reforçar a capacidade das Unidades de Cuidados na Comunidade (UCC)
• As UCC têm, nos últimos anos, assumido um papel de grande mais-valia no desenvolvimento
de intervenções comunitárias no âmbito da prevenção, educação, gestão e reabilitação de
várias patologias crónicas;
• De entre as suas várias atribuições, destaca-se o potencial contributo na promoção da

literacia em saúde e da adesão à terapêutica.
O PRR e a Diabetes
O PRR assume compromissos abrangentes, mas… o que fica por fazer?
Alargar o rastreio da retinopatia

Aprofundar a capacidade de
diabética a todos os centros de saúde
rastreio, diagnóstico e resolução
atempada
INVESTIMENTOS PROJETADOS
Alargar as consultas do pé diabético a
todos os ACES
“Novo Centro de Saúde”, integrado
e centrado no utente
OBJETIVOS
… que outros desafios se

Adotar o PIC em doentes complexos
impõem na gestão da Diabetes
Uniformizar práticas clínicas e
reduzir assimetrias territoriais Capacitar unidades funcionais para
teleconsulta e telemonitorização de
doentes crónicos
Transformação digital e
envolvimento do cidadão
Reforçar a capacidade das UCC
Outras linhas de financiamento aplicáveis à
Diabetes a nível europeu
Horizon Europe1
Programa de referência da UE para a Investigação e Desenvolvimento. Foco na promoção da excelência na I&D, procurando para isso garantir
recursos e suporte essenciais aos vários players do setor de modo a que a inovação alcançada permita contribuir para uma UE mais ecológica,
saudável e resiliente.
Timeline para
Linha de financiamento Montante total
abertura
HORIZON-HLTH-2021-STAYHLTH-01-03: Healthy Citizens 2.0 - Supporting digital empowerment and health literacy of citizens 3M€ 2021
HORIZON-HLTH-2022-STAYHLTH-01-04-two-stage: Trustworthy artificial intelligence (AI) tools to predict the risk of chronic non- 60M€ 2021
communicable diseases and/or their progression
HORIZON-HLTH-2021-CARE-05-01: Enhancing quality of care and patient safety 25M€ 2021
HORIZON-HLTH-2021-TOOL-06-03: Innovative tools for use and re-use of health data 30M€ 2021
1. European Commission. Next-Gen EU financing framework.

Outras linhas de financiamento aplicáveis à
Diabetes a nível europeu
EU 4 Health1
O maior programa de financiamento para a Saúde alguma vez concebido na história da UE, que agrega agora uma componente crítica de
recuperação pós-COVID. O programa assume quatro objetivos fundamentais, alicerçados na promoção transversal de uma abordagem “One
Health”: promover os níveis de saúde da UE; proteger as populações de ameaças sanitárias transfronteiriças; reforçar o acesso a
medicamentos, dispositivos médicos e outros produtos de saúde relevantes e, por fim, fortalecer os sistemas de saúde nacionais.
Timeline para
Linha de financiamento Montante total
abertura
EU4Health - DP-G-07.1.1 – Prevention of non-communicable diseases and related risk factors 7M€ 2021
1. European Commission. Next-Gen EU financing framework.

Linhas prioritárias e programas de
financiamento disponíveis
Linha de Investimento PRR Horizon Europe EU4Health
• Rastreio da retinopatia diabética
• Consultas de pé diabético
• Adoção de Plano Individual de Cuidados (PIC)
• Capacitação de unidades para teleconsulta e telemonitorização de

doenças crónicas
• Reforço das Unidades de Cuidados na Comunidade (UCC)

Como financiar potenciais iniciativas no âmbito
do PRR?
Etapas gerais a percorrer no âmbito de candidaturas ao PRR (www.recuperarportugal.gov.pt)
(critérios específicos definidos por aviso de concurso, ainda não disponíveis para as linhas específicas da área da Saúde)
Apresentação
Admissão e Seleção final e Assinatura de
de propostas
Publicação de Aviso seleção inicial preparação contratos e
de
de Concurso de dos contratos- início de
manifestação
candidaturas programa execução
de interesse
~2 meses ~2 meses
~6 meses
Clique aqui para regressar ao slide anterior
Glossário de Indicadores
Designação Numerador Denominador Unidade
Utentes inscritos que têm o diagnóstico de "Diabetes Mellitus"

236 Incidência de Diabetes Mellitus
registado na lista de problemas e iniciado no último ano.
Utentes inscritos. /1.000
Utentes inscritos que têm o diagnóstico de "obesidade" registado na

238 Incidência de obesidade
lista de problemas e iniciado no último ano.
Utentes inscritos. /1.000
Utentes inscritos com diabetes com pelo menos uma referenciação

Proporção de utentes com exame
040 oftalmológico último ano
para oftalmologia ou pelo menos um resultado de exame à retina no Utentes inscritos com diabetes. %
último ano.
Proporção de utentes com exame aos pés Utentes inscritos com diabetes com exame dos pés realizado no
035 realizado no último ano último ano.
Utentes inscritos com diabetes. %
Proporção de utentes com avaliação do risco Utentes inscritos com diabetes, com avaliação do risco de ulceração
261 de ulceração do pé no último ano do pé, realizado no último ano.
Utentes inscritos com diabetes e com

Proporção de utentes vigiados, com registo de Utentes inscritos com diabetes, com compromisso de vigilância e com
265 risco de úlcera no pé registo do risco de ulceração do pé, realizado no último ano.
compromisso de vigilância no programa de %
diabetes
Utentes inscritos com diabetes, com compromisso de vigilância e com Utentes inscritos com diabetes e com
Proporção de utentes DM vigiados, com úlcera
266 ativa no pé
registo de diagnóstico de enfermagem de "úlcera de pé", ativo, no compromisso de vigilância no programa de %
último ano diabetes.
Proporção de utentes com determinação de

Utentes com 18 ou mais anos, não diabéticos e com pelo menos uma Utentes com 18 ou mais anos e sem
262 risco diabetes tipo 2 registado nos últimos 3
avaliação de risco de diabetes tipo 2, registado nos últimos 36 meses. diabetes.
%
anos
Utentes inscritos com diabetes com acompanhamento adequado.

Proporção de utentes com acompanhamento
043 adequado
Para detalhes dos critérios de acompanhamento adequado, clique Utentes inscritos com diabetes. %
aqui.
Utentes inscritos com diabetes com registo da gestão do regime

036 Proporção de utentes com registo GRT
terapêutico (3 itens) no último ano.
Proporção de utentes com consulta enf. Utentes inscritos com diabetes com consulta de vigilância de
037 vigilância no último ano enfermagem.
Proporção de utentes com 1 registo HbA1c por Utentes inscritos com diabetes com pelo menos 2 HbA1c no último
038 semestre ano, desde que abranjam os 2 semestres.
Proporção utentes com último registo de Utentes inscritos com diabetes com último resultado de HbA1c igual
039 resultado de HbA1c ≤ 8,0% ou inferior a 8,0%.
Utentes inscritos com diabetes e idade inferior a 65 anos, com último Utentes inscritos com diabetes com idade
091 Proporção utentes < 65 A, com HbA1c ≤ 6,5 %
resultado de HbA1c igual ou inferior a 6,5%. inferior a 65 anos.
%
Proporção utentes com < 75A com última Utentes inscritos, com idade inferior a 75 anos, diabetes e último Utentes inscritos, com idade inferior a 75
313 HbA1c > 8,0% resultado de HbA1c superior a 8,0%. anos e com diabetes.
%
Utentes inscritos, com Diabetes Mellitus e com último resultado de

314 Proporção utentes DM com PA ≥ 140/90 mmHg
tensão arterial superior ou igual a 140/90 mmHg.
Utentes inscritos e com diabetes. %
Utentes com diabetes e último resultado de C-LDL inferior a 100

315 Proporção de utentes com C-LDL < 100 mg/dl
mg/dl.
Proporção de utentes com microalbuminúria Utentes inscritos com diabetes com pelo menos 1 microalbuminúria
097 último ano no último ano.
Somatório do "score de acompanhamento" determinado para cada

utente com Diabetes Mellitus inscrito. O "score de
Índice de acompanhamento adequado acompanhamento" de cada utente com Diabetes Mellitus inscrito Escala
271 utentes DM pode variar entre 0 e 1 de acordo com o número e qualidade dos
Utentes inscritos com diabetes.
entre 0 e 1
procedimentos realizados e com a ponderação definida para cada
procedimento. Algoritmo detalhado aqui.
Somatório do Preço de Venda ao Público (PVP) dos antidiabéticos não

350 Custo com terapêutica do doente DM insulínicos, insulina, tiras de glicémia e agulhas de doseamento de Utentes inscritos com diabetes . € / UTE
glicémia prescritos aos doentes com Diabetes Mellitus.
Glossário de Indicadores BI-CSP

Somatório do Preço de Venda ao Público (PVP) dos antidiabéticos não

Custo com terapêutica do doente DM
351 controlado
insulínicos, insulina, tiras de glicémia e agulhas de doseamento de Utentes inscritos com diabetes. € / UTE
glicémia prescritos aos doentes com Diabetes Mellitus controlada..
Proporção utentes ≥ 14A, c/ IMC últimos 3 Utentes inscritos com idade igual ou superior a 14 anos e com IMC Utentes inscritos com idade igual ou superior
033 anos registado nos últimos 3 anos. a 14 anos.
%
Proporção obesos ≥ 14A, c/ consulta de Utentes inscritos obesos com idade igual ou superior a 14 anos e com Utentes inscritos obesos com idade igual ou
034 vigilância de obesidade a 2 anos consulta de vigilância de obesidade registada nos últimos 2 anos. superior a 14 anos.
%
Proporção de utentes DM2 em terapêutica com Utentes inscritos com diabetes tipo 2 e com prescrição de insulina nos
041 insulina últimos 12 meses.
Utentes inscritos com diabetes tipo 2. %
Proporção de utentes com DM2 e indicação Soma de utentes inscritos com DM2 e prescrição
Utentes inscritos com diabetes tipo 2 e com prescrição de insulina nos
274 para insulinoterapia, a fazer terapêutica
últimos 12 meses.
de insulina e de utentes com DM2, sem %
adequada prescrição de insulina e HbA1c superior a 9% .
Proporção de utentes DM2 em terapêutica com Utentes inscritos com diabetes tipo 2 e com pelo menos uma
042 metformina prescrição de metformina nos últimos 12 meses.
Utentes inscritos com diabetes tipo 2. %
Utentes inscritos com novo diagnóstico de

Proporção de utentes novos DM2 em Utentes inscritos com novo diagnóstico de diabetes tipo 2 que iniciam
275 terapêutica com metformina em monoterapia terapêutica farmacológica com metformina em monoterapia.
diabetes tipo 2 e a quem foi iniciada %
terapêutica farmacológica.
Glossário de Indicadores BI-CSP

Proporção de utentes com DM não insulino Utentes inscritos com registo de diagnóstico de “diabetes não insulino
211 dependente dependente” na lista de problemas
Utentes inscritos %
Proporção de utentes com DM insulino Utentes inscritos com registo de diagnóstico de “diabetes insulino
212 dependentes dependente” na lista de problemas
Utentes inscritos %
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Recolha e processamento de dados de desempenho assistencial do SNS

Observatório Nacional da Diabetes Portal BI-CSP

• Dados referentes ao relatório • Dados referentes ao período entre Março 1

1 Impacto no IDG (Índice de Desempenho Global) dos CSP

2 Descrição geral do Indicador

1. Observatório Nacional da Diabetes – Diabetes em Números 2019

537 61 4200 2,7

1. Observatório Nacional da Diabetes – Diabetes em Números 2019

Nos últimos 20 anos, a prevalência da Diabetes aumentou quase 3 vezes;

Factores de Risco Diagnóstico e gestão

Comparação territorial de prevalências (valores por ACES)1

Hipertensão Arterial Obesidade Diabetes

25-30% 16-17% 9-10%

Nacional Por Regiões de Saúde

Fonte: BI dos Cuidados de Saúde Primários (www.bicsp.min-saude.pt)

Nacional Por Regiões de Saúde

Fonte: BI dos Cuidados de Saúde Primários (www.bicsp.min-saude.pt)

• Prática de exercício físico • Limitação da capacidade de

1. Ëuropean Commission. Resiliency and Recovery Plans. UE Croácia Polónia Hungria

2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029

PRR (16,6mM€) + REACT EU (2mM€) + FEDER/FTJ (0,5mM€)

Quadro Financeiro Plurianual (33,6mM€)

NextGeneration EU + Quadro Financeiro Plurianual 21-27 (60mM€)

Os grandes pilares do Plano de Recuperação e Resiliência

Os grandes pilares do Plano de Recuperação e Resiliência

Resiliência Transição Climática Transição Digital

C1 – SNS (1.368M€) Reformas Investimentos

RE-r01: Reforma dos Cuidados de Saúde Rúbrica Montante

RNCCI e RNCP 205M€

Os grandes pilares do Plano de Recuperação e Resiliência

Resiliência Transição Climática Transição Digital

C1 – SNS (1.368M€) Reformas Investimentos

RE-r01: Reforma dos Cuidados de Saúde Rúbrica Montante

Previsão de alocação financeira (M€)

121 109 112 108

2021 2022 2023 2024 2025 2026

A Reforma dos Cuidados de Saúde Primários

1 Alargar o rastreio da retinopatia diabética a todos os centros de saúde

2 Alargar as consultas do pé diabético a todos os ACES

reduzir assimetrias territoriais

Transformação digital e 5 Reforçar a capacidade das Unidades de Cuidados na Comunidade (UCC)

1 Alargar o rastreio da retinopatia diabética a todos os centros de saúde

• O número de pessoas com Diabetes abrangidas pelos Programas de Rastreio da Retinopatia

• Em 2019, o Rastreio da Retinopatia Diabética estava implementado em 82% dos ACES,

1. Observatório Nacional da Diabetes – Diabetes em Números 2019

Nacional Por Regiões de Saúde

Fonte: BI dos Cuidados de Saúde Primários (www.bicsp.min-saude.pt)

DM c/ Cetoacidose DM c/ Coma Diabético DM c/ Manifestações Oftálmicas DM c/ Alterações Circulatórias DM c/ outras Manifestações

Fonte: Observatório Nacional da Diabetes

2 Alargar as consultas do pé diabético a todos os ACES

• A Diabetes é a principal causa de amputação de membros inferiores em Portugal.1

• O número de amputações decorrentes de pé diabético tem vindo a diminuir devido à

Nacional Por Regiões de Saúde

Fonte: BI dos Cuidados de Saúde Primários (www.bicsp.min-saude.pt)

Nacional Por Regiões de Saúde

Fonte: BI dos Cuidados de Saúde Primários (www.bicsp.min-saude.pt)

Nacional Por Regiões de Saúde

Fonte: BI dos Cuidados de Saúde Primários (www.bicsp.min-saude.pt)

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