Desafios Da Educação
Desafios Da Educação
Desafios Da Educação
DESAFIOS DA EDUCAÇÃO:
A importância da tecnologia e inclusão na prática
2022
© Dos Organizadores - 2022
Editoração e capa: Schreiben
Imagem da capa: Alisa_Rut - Freepik.com
Revisão: os autores
Conselho Editorial (Editora Schreiben):
Dr. Adelar Heinsfeld (UPF)
Dr. Airton Spies (EPAGRI)
Dra. Ana Carolina Martins da Silva (UERGS)
Dr. Deivid Alex dos Santos (UEL)
Dr. Douglas Orestes Franzen (UCEFF)
Dr. Eduardo Ramón Palermo López (MPR - Uruguai)
Dr. Enio Luiz Spaniol (UDESC)
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Dr. Guido Lenz (UFRGS)
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Dr. João Carlos Tedesco (UPF)
Dr. José Antonio Ribeiro de Moura (FEEVALE)
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Dr. Klebson Souza Santos (UEFS)
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Dra. Marciane Kessler (UFPel)
Dr. Marcos Pereira dos Santos (FAQ)
Dra. Natércia de Andrade Lopes Neta (UNEAL)
Dr. Odair Neitzel (UFFS)
Dr. Valdenildo dos Santos (UFMS)
Dr. Wanilton Dudek (UNIUV)
Esta obra é uma produção independente. A exatidão das informações, opiniões e conceitos
emitidos, bem como da procedência das tabelas, quadros, mapas e fotografias é de exclusiva
responsabilidade do(s) autor(es).
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PREFÁCIO...................................................................................................6
Deivid Alex dos Santos
A SEQUÊNCIA FEDATHI COMO METODOLOGIA APLICADA
AO ENSINO DOS OBJETOS DE CONHECIMENTOS DO TEOREMA
DE PITÁGORAS..........................................................................................7
Emanuel Adeilton de Oliveira Andrade
A QUALIDADE DA EDUCAÇÃO EM DEBATE: UM BALANÇO
DA PRODUÇÃO ACADÊMICA SOBRE O PROGRAMA
INTERNACIONAL DE AVALIAÇÃO DE ALUNOS (PISA).....................20
Ana Luisa Rocha Castro
TECNOLOGIA E O CURSO DE DIREITO: A TECNOLOGIA
DA INFORMAÇÃO E A DIGITALIZAÇÃO MUDARAM
DEFINITIVAMENTE A FORMA COMO AS PESSOAS TRABALHAM,
ESTUDAM E SE COMUNICAM...............................................................33
Simone Helen Drumond Ischkanian
Rafaela Rebeca da Silva
Solange Teodozio da Silva
Gabriel Nascimento de Carvalho
Abraão Danziger de Matos
TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS: UM CONCEITO QUE DIZ
RESPEITO À UTILIZAÇÃO DE RECURSOS DAS TÉCNOLOGIAS
ATIVAS PARA FINS PEDAGÓGICOS.......................................................44
Simone Helen Drumond Ischkanian
Regina Daucia de Oliveira Braga
Diogo Rafael da Silva
Rita de Cássia Soares Duque
Jakeline Barbosa da Silva
GAMIFICAÇÃO, TECNOLOGIAS E EDUCAÇÃO:
COMO PRINCÍPIOS NORTEADORES PARA TRANSFORMAR
OS PROCESSOS DE ENSINAR E APRENDER........................................54
Simone Helen Drumond Ischkanian
Ana Cinthya Rufino Mororó
Antônio Hitallo Regis Gonçalves Lima Paiva
Regina Daucia de Oliveira Braga
Abraão Danziger de Matos
TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO:
DÁ PARA INOVAR EM UM CENÁRIO EDUCACIONAL
PRESSIONADO POR TANTAS DEMANDAS BÁSICAS URGENTES?...64
Simone Helen Drumond Ischkanian
Sandro Garabed Ischkanian
Diogo Rafael da Silva
Solange Teodozio da Silva
Abraão Danziger de Matos
PSICOPEDAGOGIA: A APLICAÇÃO DAS TECNOLOGIAS
INOVADORAS NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA.............72
Simone Helen Drumond Ischkanian
Eliana Drumond
Jakeline Barbosa da Silva
Abraão Danziger de Matos
Maria Deusina Barros de Sousa
EDUCAÇÃO: O DESAFIO DO ESTUDANTE NAS PRODUÇÕES
ACADÊMICAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO VISUAL.........83
Rosimery Mendes Rodrigues
Ana Patrícia Vasconcelos Bezerra Almeida
Gladys Nogueira Cabral
Isaac Elias Fernandes Cohen Junior
O OBSTÁCULO À TECNOLOGIA ASSISTIVA NA EDUCAÇÃO
PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA.........................................................92
Talicelly dos Santos Santana
Claudemir Sousa
TECNOLOGIA EDUCACIONAL E INCLUSÃO: VANTAGENS E
DESVANTAGENS NA APLICAÇÃO E PRÁTICA EDUCACIONAL.....105
Simone Helen Drumond Ischkanian
Rita de Cássia Soares Duque
Diogo Rafael da Silva
Regina Daucia de Oliveira Braga
Kátia Fernandes da Cunha Lourenço
A TECNOLOGIA COMO ELEMENTO DINAMIZADOR E
LIBERTADOR NO AMBIENTE ESCOLAR............................................114
Antônio Fernando Santos
Izomar da Silva Oliveira
João Fernando Costa Júnior
Norberto Huber
ROBÓTICA SUSTENTÁVEL: DA RECICLAGEM À EDUCAÇÃO
TECNOLÓGICA DO FUTURO PARA PRESERVAÇÃO DO
MEIO AMBIENTE...................................................................................128
Simone Helen Drumond Ischkanian
Gladys Nogueira Cabral
Regina Daucia de Oliveira Braga
Taynan Alécio da Silva
Sandro Garabed Ischkanian
PROFESSOR MEDIADOR: CONSTRUINDO ESTRATÉGIAS
NO ENSINO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM AULAS DE
CIÊNCIAS - ANOS FINAIS......................................................................138
Viviane de Moura Cassal
Patrícia de Andrade Paines
DESAFIOS DO PROCESSO DE INCLUSÃO ESCOLAR DA
CRIANÇA AUTISTA................................................................................155
Elizaine Vaz Santos
Ana Caroline Nascimento do Espírito Santo
Jiordana Silva Ramos Nascimento
Veronice Vaz Santos
TECNOLOGIAS DIGITAIS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO:
POTENCIALIZANDO O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO
CONHECIMENTO..................................................................................163
Chane Basso Benetti
OS ORGANIZADORES............................................................................171
PREFÁCIO
Prezados,
Os desafios que os educadores enfrentam em suas salas de aulas são inúme-
ros, em contrapartida, as possibilidades podem reduzir esses desafios e promover
ambientes de ensino e aprendizagem adequados para quem ensina e para quem
aprende. As tecnologias aliadas à educação emergem a partir da fusão de dois cam-
pos de estudo: o da Educação e da Tecnologia da Informação. Em meio a inúmeras
informações e à geração de estudantes que já nascem conectados a tecnologia de-
sempenha um importante papel no processo de aprendizagem, isso não se trata de
tornar as aulas diferenciadas, mas sim, de transformar a maneira de ensinar.
Quando pensamos no ensino inclusivo, sabemos que as tecnologias po-
dem favorecer ainda mais o processo de educação. isso porque elas podem au-
xiliar no processo de ensino e aprendizagem de professores e de seus alunos.
Práticas favorecedoras do uso de tecnologias e que contribuem para a educação
podem favorecer a educação e tornar os ambientes educacionais mais atualiza-
dos e concomitantemente mais inclusivo. Neste contexto, emerge a proposta
deste e-book intitulado: Desafios da Educação: a importância da tecnologia e
inclusão na prática.
Este e-book, portanto, reuniu obras que descrevem resultados de estudos
de cunho teóricos e práticos com abordagens quantitativa, qualitativa e quan-
ti-qualitativa que descrevem propostas, abordagens e provocações em diversas
áreas do conhecimento, dentro das grandes áreas: educação, tecnologias e in-
clusão. As obras apresentadas têm em comum um núcleo integrador: apresentar
estudos teóricos e práticos que discorrem de temas diversos da educação, sobre
o uso de tecnologias e a promoção da inclusão em sala de aula. Temáticas extre-
mamente relevantes no contexto atual, e que podem nortear as práticas pedagó-
gicas que orienta a todos nós, educadores e pesquisadores.
Convidamos você prezado leitor, a experienciar cada capítulo conosco.
Capítulos estes, que foram cuidadosamente confeccionados com muita dedica-
ção e empenho por cada um dos autores que compõem os capítulos. É desejo
dos organizadores e dos autores, que estes capítulos possam proporcionar vi-
vências, práticas e experiências únicas, que provoquem novas reflexões sobre a
teoria e a prática visando à transformação da realidade educativa.
Preparados? Ótima Leitura!!!
Deivid Alex dos Santos
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A SEQUÊNCIA FEDATHI COMO METODOLOGIA
APLICADA AO ENSINO DOS OBJETOS DE
CONHECIMENTOS DO TEOREMA DE PITÁGORAS
Emanuel Adeilton de Oliveira Andrade1
1. INTRODUÇÃO
3. METODOLOGIA
Primeira etapa
No primeiro dia aplicação da sessão didática com base na SF, iniciou-se
pela tomada de posição, no qual, foram distribuídas para os alunos da turma a
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DESAFIOS DA EDUCAÇÃO:
A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA E INCLUSÃO NA PRÁTICA
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sala de aula bem proveitosa também pelos outros grupos e por fim uma animação
foi apresentada, um vídeo apresentado sobre a solução do problema e observar se
o processo adotado pelos alunos para resolução estava correto.
4.3 A TERCEIRA DEMONSTRAÇÃO – A equipe formada por cinco estudantes
resolveu a situação problema na lousa, na tomada de posição o integrante δ, que
fora escolhido pelos demais, foi quem propôs a solução. O mesmo, dirigiu se
para o quadro com uma solução proposta pela sua equipe. Na fase de maturação
da possível resolução os alunos apresentaram discutiram bastante, o aproveita-
mento nessas indagações por eles entre si e nas reflexões expostas na tentativa
de recordar outro teorema muito importante para o ensino de matemática, que
nesse caso o teorema de tales trouxe uma surpresa. Já, que essa demonstra-
ção também necessita de bastante reflexão sobre esses saberes matemáticos.
Na sequência, já na solução a demonstração que justificou o teorema utilizado
para resolver a situação problema proposta inicialmente se deu muito observa-
do pelo mediador a equipe participou ativamente da atividade com muita de
vontade de realizar a tarefa e chegar a uma solução. Aprova foi feita de forma
muito caprichada, bem desenhada e elaborada pelos componentes. A demons-
tração em si ficou a cargo do δ, que fora escolhido por eles, nesse momento de
prova o capricho e o cuidado dado ao se desenvolver as etapas, o modo como se
apresentava as passagens e s relações no triangulo ficaram muito boas. Toda a
equipe se desempenhou grande mente seu papel.
4.4 QUARTA DEMONSTRAÇÃO - A equipe formada por cinco estudantes. Na
tomada de posição o integrante φ, escolhido pelos demais componentes, uma
curiosidade é que esses estudantes a responderam à questão sem apresentar
dificuldades e todos os estudantes eram do sexo feminino. A fase de maturação
quase que já foi direta para a de resolução havendo pouquíssimas discussões
sobre como resolver a situação problema uma postura muito satisfatória. Na
sequência, a resolução foi apresentada também com muita praticidade, apre-
sentando a relação pitagórica e fazendo as substituições na fórmula matematica
para se chegar ao resultado. Outro ponto muito cativante veio no momento da
prova onde essas alunas se propuseram a construir um modelo muito engenho
construído por caixas de CD. Essa demonstração do teorema que justificou a
resolução da situação problema foi muito boa e os alunos se saíram muito bem.
4.5 QUINTA DEMONSTRAÇÃO – Nessa última apresentação os alunos opta-
ram por finalizar a apresentação da solução da situação problema por meio de
Recorte de papelão em triângulos e quadriláteros. Na tomada de posição a equi-
pe era composta de 5 de cinco alunos, foi proposto que os estudantes a partir dos
recortes mostrasse feito por eles para mostrar o teorema de Pitágoras discutisse
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BEZERRA, A. M. A. O Plateau como elemento de reflexão e melhoria das
práticas escolares. In: BORGES NETO, H. (Org.). Sequência Fedathi: Funda-
mentos. Curitiba: Crv, 2018.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fun-
damental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Terceiro e Quarto Ciclos do
Ensino Fundamental: Matemática (5ª a 8ª séries). Brasília: MEC/SEF. 1998.
GIOVANNI JÚNIOR, JOSÉ Ruy. A conquista da matemática : 9º ano : ensi-
no fundamental : anos finais / José Ruy Giovanni Júnior, Benedicto Castrucci.
— 4. ed. — São Paulo : FTD, 2018.
LORENZATO, S. (Org): O laboratório de ensino de matemática na formação
de professores. Campinas, SP: Autores Associados, p. 113-134. 2006.
MAGALHÃES, E. B. A Sequência Fedathi na Deficiência Visual. Mestrado
em Ensino da Matemática/Universidade Federal do Ceará, 2015.
MENEZES, Daniel Brandão. O ensino do cálculo diferencial e integral na
perspectiva da Sequência Fedathi: caracterização do comportamento de um
bom professor. 2018. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educa-
ção, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2018.
OLIVEIRA, Adriane de Souza. A importância do uso de material concreto
para a aplicação de conteúdos matemáticos. 2019.
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A QUALIDADE DA EDUCAÇÃO EM DEBATE:
UM BALANÇO DA PRODUÇÃO ACADÊMICA
SOBRE O PROGRAMA INTERNACIONAL DE
AVALIAÇÃO DE ALUNOS (PISA)
Ana Luisa Rocha Castro1
1 INTRODUÇÃO
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DESAFIOS DA EDUCAÇÃO:
A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA E INCLUSÃO NA PRÁTICA
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4 Também sobre suporte parental, Benetti et al. (2016) mencionam os resultados do Pisa
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DESAFIOS DA EDUCAÇÃO:
A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA E INCLUSÃO NA PRÁTICA
Soares e Nascimento (2012) indicaram que o Pisa seria uma boa fonte para
pesquisadores, mas que a cultura da reprovação e a evasão elevadas tenderiam a
afunilar o sistema educacional. Afirmaram desigualdades educacionais refletem-se
em avaliações de larga escala como o Pisa, demonstrando que é preciso esforços
para combater as desigualdades no âmbito das dificuldades de cada aluno, já que
um sistema educacional não pode ser bom se seus piores alunos pouco aprendem.
Também mencionando sobre as desigualdades sociais, Crahay e Baye
(2013) afirmaram que os dados dos questionários socioeconômicos do PISA
podem ajudar a conhecer mais sobre as desigualdades entre jovens de diversos
países. Para os autores, a qualidade da educação evoca a redução da repetên-
cia, porque alunos que são considerados fracos e que não repetem progrediriam
mais que os alunos fracos que repetem.
Acerca da repetência, Matos e Ferrão (2016), investigando esse fenômeno
no Brasil e em Portugal, consideraram o Pisa como uma boa fonte de dados
sobre repetência escolar. Indicaram a necessidade do acompanhamento de re-
sultados e recuperação dos alunos em risco de repetência e a importância de que
as famílias usem o seu capital social a favor da educação.
Nos artigos acima citados e nos demais que compõem a base de dados
deste estudo, a discussão sobre a qualidade da educação leva em consideração as
relações entre desigualdades sociais e educacionais e avaliações de larga escala.
A seguir, descreve-se como esta discussão se relaciona às temáticas atinentes ao
fracasso escolar nos artigos que apenas mencionam o Pisa. No conjunto dos
artigos que trata da Educação Infantil, evidencia-se a preocupação dos autores
com as políticas voltadas para a avaliação de sua qualidade (MELHUISH, 2013;
CAMPOS, 2013; TAGGART et al., 2013).
Melhuish (2013) indicou que a performance escolar aos 15 anos é mais alta
quando uma maior porcentagem da população teve acesso à Educação Infantil
por mais tempo. A Educação Infantil não seria apenas um meio para desenvolvi-
mento educacional e social, mas também para o desenvolvimento da economia.
Campos (2013) chamou a atenção para a necessidade de se adotar tanto no âmbito
das políticas quanto no cotidiano escolar da Educação Infantil ações que corres-
pondam “às demandas e necessidades dos diversos grupos sociais, culturais e étni-
cos” (CAMPOS, 2013, p. 25). A autora, ademais, menciona que Brasil como um
país emergente economicamente lida com as últimas posições no PISA.
Ademais, em relação às ações oficiais para a Educação Infantil, Taggart
et al. (2011) também afirmaram as avaliações de larga escala funcionaram como
um alerta para vários governos e que alimentaram o debate sobre o ensino
2009 para afirmar que os alunos de quinze anos de idade aos quais seus pais leram livros
com eles, alcançam pontuações melhores.
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DESAFIOS DA EDUCAÇÃO:
A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA E INCLUSÃO NA PRÁTICA
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ALVES, F. Políticas educacionais e desempenho escolar nas capitais brasileiras.
Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 38, n. 134, p. 413-440, maio/ago. 2008.
Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/cp/v38n134/a0838134.pdf>.
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DESAFIOS DA EDUCAÇÃO:
A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA E INCLUSÃO NA PRÁTICA
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TECNOLOGIA E O CURSO DE DIREITO:
A TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E A
DIGITALIZAÇÃO MUDARAM DEFINITIVAMENTE
A FORMA COMO AS PESSOAS TRABALHAM,
ESTUDAM E SE COMUNICAM
Simone Helen Drumond Ischkanian1
Rafaela Rebeca da Silva2
Solange Teodozio da Silva3
Gabriel Nascimento de Carvalho 4
Abraão Danziger de Matos5
1. INTRODUÇÃO
futuros advogados, visto que quase todos são adultos e estão em busca de um
aprendizado técnico e pessoal para uma vida profissional, repleta de possibilida-
des transcendentes. Assim, vale debates promover globalizantes, entre todos os
educadores advogados, para questionar quais as técnicas de metodologias ativas
seriam mais interessantes e efetivas para modificaria a educação bancaria linear,
ainda presente em muitos cursos de direito do país.
2. DESENVOLVIMENTO
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2.1 O que são metodologias ativas de aprendizagem que podem alavancar o ensino
nos cursos de direito e projetar profissionais competentes para a sociedade?
Na verdade, é uma metodologia que visa olhar para os problemas de novas ma-
neiras, utilizando da lógica, imaginação e intuição, bem como materialização da
solução por meio da prototipagem e testagem.
Cultura maker no curso de direito: É uma metodologia ativa de aprendi-
zagem coesa, a cultura maker é baseada nos princípios do “do it yourself” ou “faça
você mesmo“ tudo que os futuros advogados necessitam para desenvolver habili-
dades acadêmicas pertinentes a futura profissão. Na prática, quando falamos da
cultura maker na educação global de um advogado, falamos da apresentação
de problemas e recursos para resolvê-los. Assim, de maneira intuitiva, os futu-
ros advogados, devem criar as soluções por si só, utilizando os conhecimentos
aprendidos dentro e fora da sala de aula.
Aprendizado por problemas no curso de direito: A aprendizagem baseada
em problemas permite que os futuros advogados exerçam o aprendizado a partir
de desafios. Ao encarar situações em determinados conceitos, é necessário traba-
lhar com criatividade e reflexão. Os cenários podem sugerir problemas técnicos ou
subjetivos, em que diferentes habilidades podem ser necessárias. Sejam técnicas
ou emocionais, elas dificilmente são assimiladas por meio de livros ou manuais.
Estudo de casos no curso de direito: Com estudos de casos, os futuros
advogados são expostos a problemas reais, de modo que possam analisá-los por
inteiro (como uma situação real) e, entre si, discutir as possibilidades de solu-
cioná-los. Esses casos são relatos construídos de tal modo a estimular o pen-
samento analítico e sistêmico. São como exercícios em uma prova, mas mais
contextualizados e abrangentes.
Aprendizado por projetos no curso de direito: A aprendizagem baseada
em projetos trata de um mecanismo que propõe aos futuros advogados identi-
ficarem uma situação que não necessariamente é um problema, mas pode ser
melhorada, criando uma solução que segue uma linha de raciocínio de “o quê?”,
“para quem?”, “para quê?” e “de que forma?” Complementando a aprendiza-
gem por problemas, essa abordagem estimula o trabalho em equipe e possibilita
a descoberta de aptidões que podem ser um diferencial para o empreendedoris-
mo e o mercado de trabalho.
Sala de aula invertida no curso de direito: A sala de aula invertida é uma
das metodologias ativas de aprendizagem que contam com o auxílio da tecnolo-
gia, transformando qualquer ambiente em um espaço dedicado ao estudo. Seja
em casa, na rua, ou nos meios de transporte, por exemplo, é possível acessar o
conteúdo previamente, disponibilizado nas plataformas de ensino. Dessa for-
ma, o tempo da aula pode ser usado para discussões e debates sobre o tema, em
vez de somente a transmissão do conteúdo. Os professores dos cursos de direi-
to, podem complementar as aulas com vídeos, demonstrações visuais e práticas
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A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA E INCLUSÃO NA PRÁTICA
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(O rganizadores )
2.4 O que diz a OAB sobre o Direito EAD: A Ordem dos Advogados do Brasil
(OAB) questionou a oferta da graduação em Direito EAD.
mil, segundo o Censo da Educação Superior 2019, feito pelo Instituto Nacional
de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) do MEC. Esses fu-
turos bacharéis estão distribuídos em 1502 cursos (todos presenciais), número
que torna o Brasil o país com o maior número de faculdades de Direito no mun-
do. A OAB avaliou 1212 graduações e deu um selo de recomendação para ape-
nas 161. É importante ressaltar que, para a entidade, o problema não é o ensino
online em si, mas, sim, a qualidade dos bacharelados oferecidos.
41
DESAFIOS DA EDUCAÇÃO:
A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA E INCLUSÃO NA PRÁTICA
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
DORIGON, A.; SOUZA, H. A. de. A efetividade das técnicas de metodo-
logias ativas no ensino do curso de direito. Rev. Ciênc. Juríd. Soc. UNIPAR.
Umuarama. v. 22, n. 1, p. 23-47, jan./jun. 2019.
42
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(O rganizadores )
43
TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS:
UM CONCEITO QUE DIZ RESPEITO À UTILIZAÇÃO
DE RECURSOS DAS TÉCNOLOGIAS ATIVAS PARA
FINS PEDAGÓGICOS
Simone Helen Drumond Ischkanian1
Regina Daucia de Oliveira Braga2
Diogo Rafael da Silva3
Rita de Cássia Soares Duque 4
Jakeline Barbosa da Silva5
1. INTRODUÇÃO
2. DESENVOLVIMENTO
45
DESAFIOS DA EDUCAÇÃO:
A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA E INCLUSÃO NA PRÁTICA
Fonte: https://www.passeidireto.com/arquivo/104783711/prancha-de-madeira-estruturar-
para-atividades-pedagogicas-autora-simone-helen-dr
47
DESAFIOS DA EDUCAÇÃO:
A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA E INCLUSÃO NA PRÁTICA
AQUISIÇÃO ARMAZENAMENTO
RECUPERAÇÃO
DO DO
DO CONHECIMENTO
CONHECIMENTO CONHECIMENTO
Fonte: Autores (2022)
2.3 Como as tecnologias podem ser aplicadas nas práticas pedagógicas do ensinar
e aprender?
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A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA E INCLUSÃO NA PRÁTICA
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DESAFIOS DA EDUCAÇÃO:
A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA E INCLUSÃO NA PRÁTICA
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ISCHKANIAN, Simone Helen Drumond. Prancha de Madeira Estruturar
para atividades pedagógicas, com foco na Tecnologia Assistiva do Método
de Portfólios Educacionais SHDI. Disponível em: https://www.passeidireto.
com/arquivo/104783711/prancha-de-madeira-estruturar-para-atividades-peda-
gogicas-autora-simone-helen-dr Acesso em: 29 jun. 2022.
MEDEIROS, João Bosco. Redação científica: a prática de fichamentos, resu-
mos, resenhas. In: Redação científica: a prática de fichamentos, resumos, rese-
nhas. 2004.
MICHALET, Charles-Albert. O que é mundialização? São Paulo: Edições
Loyola, 2003.
SILVA-FILHO, J. C. L. O Papel das ONG’s na Difusão de Inovações Tecno-
lógicas Ambientais. Anais do Seminário Latino Iberoamericano de Gestion
Tecnologia, Valencia, Espanha, 1999.
WALSH, James P. and UNGSON, Gerardo Rivera. The Academy of Manage-
ment Review. Vol 16, Nº 1 (Jan 1991), pp. 57-91.
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GAMIFICAÇÃO, TECNOLOGIAS E EDUCAÇÃO: COMO
PRINCÍPIOS NORTEADORES PARA TRANSFORMAR
OS PROCESSOS DE ENSINAR E APRENDER
Simone Helen Drumond Ischkanian1
Ana Cinthya Rufino Mororó2
Antônio Hitallo Regis Gonçalves Lima Paiva3
Regina Daucia de Oliveira Braga 4
Abraão Danziger de Matos5
1. INTRODUÇÃO
55
DESAFIOS DA EDUCAÇÃO:
A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA E INCLUSÃO NA PRÁTICA
Figura 3: Abordagens educativas que os educadores podem utilizar na escola que contém
elementos de jogos.
2. DESENVOLVIMENTO
2.1 A gamificação e as tecnologias são elementos transformadores.
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Os jogos não são mais vistos como distrações. Eles são canais que estimu-
lam o contato visual e intelectual que facilitam os processos de aprendizagens e
tornam o conhecimento mais dinâmico e rápido.
Novos métodos de ensino como o ensino híbrido estão surgindo, por isso, é
importante que as escolas fiquem atentas a essas alternativas ao ensino tradicional.
Como as metodologias de ensino-aprendizagem estão em constante mudança e de-
senvolvimento, os pais procuram nas instituições as melhores opções para os filhos.
Por isso, as instituições que implementam a gamificação em suas rotinas
estão à frente de suas concorrentes que ainda não fazem essa prática.
A gamificação na educação colabora com o desenvolvimento escolar e
traz dinamismo às aulas. Ela pode ser aplicada em todo tipo de aula, utilizando
ferramentas simples para reavivar o interesse dos alunos.
Elementos da gamificação no ensino que podem ser usados em atividades
na sala de aula, incentivando o engajamento e melhorando a motivação dos
alunos para o processo de aprendizado.
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Compartilhamento de conhecimentos
Placar classificatório - Placares classifica-
-Compartilhar conhecimento oferece aos
tórios são um recurso visual para mostrar o
estudantes uma maneira de compartilhar o
progresso dos alunos em alguma atividade.
que aprenderam com seus colegas.
Evidência quem está indo melhor e motiva
Além de ser uma das melhores formas de
os outros a desempenhar.
aprender.
Fonte: Autores (2022)
61
DESAFIOS DA EDUCAÇÃO:
A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA E INCLUSÃO NA PRÁTICA
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BUSARELLO, R. I. et al. A gamificação e a sistemática de jogo. In: FADEL,
L. M. et al. (Org.). Gamificação na educação. São Paulo: Pimenta Cultural,
2014.
FILATRO, A. Design instrucional na prática. São Paulo: Pearson, 2008.
HUIZINGA, J. Homo Ludens: O jogo como elemento da cultura. 6. ed. São
Paulo: PERSPECTIVA, 2010.
ZICHERMANN, G.; CUNNINGHAM, C. Gamification by Design: Imple-
menting Game Mechanics in Web and Mobile Apps. 1 edition ed. Sebastopol,
Calif: O’Reilly Media, 2011.
63
TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E
COMUNICAÇÃO: DÁ PARA INOVAR EM UM
CENÁRIO EDUCACIONAL PRESSIONADO POR
TANTAS DEMANDAS BÁSICAS URGENTES?
Simone Helen Drumond Ischkanian1
Sandro Garabed Ischkanian2
Diogo Rafael da Silva3
Solange Teodozio da Silva4
Abraão Danziger de Matos5
1. INTRODUÇÃO
2. DESENVOLVIMENTO
2.1 O direito à educação de qualidade.
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DESAFIOS DA EDUCAÇÃO:
A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA E INCLUSÃO NA PRÁTICA
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DESAFIOS DA EDUCAÇÃO:
A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA E INCLUSÃO NA PRÁTICA
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BARRETO, Marcilia Chagas; MAIA, Dennys Leite. Tecnologias digitais na
educação: uma análise das políticas públicas brasileiras. Educação, Formação
& Tecnologias, p.47‐61, maio 2012. Disponível em <file:///C:/Users/pedro/
Downloads/Dialnet-TecnologiasDigitaisNaEducacao-5021345%20(3).pdf >.
Acesso em: 12 jun. 2022.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Guia de
tecnologias educacionais 2009. Organização: ANDRÉ, Cláudio Fernando.
Brasília: 2009, p. 84.
HEFZALLAH, Ibrahim Michail. The new educational technologies and learn-
ing: empowering teachers to teach and students to learn in the Information Age.
United States: Charles C. Thomas Publisher, 2ª ed., 2004. (Nossa livre tradução).
SATTER, Almir & TEIXEIRA, Renato. Tocando em Frente, Disponível em:
(www.cifras.com.br). (1992). Acesso em: 13 jun. 2022.
71
PSICOPEDAGOGIA: A APLICAÇÃO DAS
TECNOLOGIAS INOVADORAS NO CONTEXTO
DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA.
Simone Helen Drumond Ischkanian1
Eliana Drumond2
Jakeline Barbosa da Silva3
Abraão Danziger de Matos 4
Maria Deusina Barros de Sousa5
1. INTRODUÇÃO
evidenciamos que existe também o fato de que, quando as novas tecnologias são
usadas adequadamente para fins educacionais, ela traz ótimos resultados, fazendo
com que os processos de ensino-aprendizagem sejam mais eficazes.
Urge a necessidade construir outra configuração educacional, que integre
os novos espaços de conhecimento em uma proposta de renovação dos espa-
ços psicopedagógicos. Nessa nova configuração, o conhecimento não pode estar
centralizado no profissional (psicopedagogo), nem no espaço físico e nem no
tempo utilizado no espaço educacional ou clinico, mas deve ser visto como um
processo em permanente transição, progressivamente construído, conforme o
enfoque da teoria piagetiana.
Garcia e Bizo (2011) observam que, no uso de recursos tecnológicos no
auxílio dos processos de aprendizagem psicopedagógicos, alguns profissionais
utilizam os recursos vindos da tecnologia, porém qual a relação das tecnologias
digitais com a intervenção da Psicopedagogia? As Tecnologias Digitais Virtuais
(TDVs) trazem novas possibilidades de interação, comunicação e representação,
possibilitando um leque cada vez maior de aplicações no campo psicopedagógi-
co, pois podem tornar-se instrumentos para a investigação das vinculações ina-
dequadas que ocorrem no processo de aprendizagem.
Quanto às competências que os indivíduos podem alcançar na aprendi-
zagem, Costa et al. (2013), ressalta que elas podem ser melhoradas quando o
psicopedagogo utiliza métodos relacionados às Tecnologias da Informação e
Comunicação (TICs), no entanto os mesmos devem estar integrados na perspec-
tiva pedagógica do PEI – Plano Educacional Individualizado, para que o uso da
tecnologia seja proveitoso e adequado.
2. DESENVOLVIMENTO
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DESAFIOS DA EDUCAÇÃO:
A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA E INCLUSÃO NA PRÁTICA
Fonte: https://autismosimonehelendrumond.blogspot.com/2021/05/as-tecnologias-touch-
e-o-metodo-de.html)
Fonte: https://autismosimonehelendrumond.blogspot.com
77
DESAFIOS DA EDUCAÇÃO:
A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA E INCLUSÃO NA PRÁTICA
Fonte:http://autismosimonehelendrumond.blogspot.com/search/label/PECS%20
%28COMUNICA%C3%87%C3%83O%29
78
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(O rganizadores )
- Desenhos;
- Jogos online que possam ser jogados em dupla;
- Contação de histórias;
- Leitura;
- Música (canto, campeonato de karaokê);
- Atividades do Método de Portfólios Educacionais SHDI;
- Apresentação da casa e de seus brinquedos, coleções, material escolar,
canto de estudo;
79
DESAFIOS DA EDUCAÇÃO:
A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA E INCLUSÃO NA PRÁTICA
80
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(O rganizadores )
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BOSSA, Nadia A, A Psicopedagogia no Brasil. Porto Alegre, Rio Grande do
Sul: Artes Médicas Sul, 2007.
COSTA, Carolina; ALVELOS, Helena; TEIXEIRA, Leonor. Motivação dos
alunos para a utilização da tecnologia wiki: um estudo prático no ensino
superior. Educ. Pesqui. São Paulo, vol. 39, jul./set. 2013. Disponível em <
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1517-97022013000300014&script=s-
ci_arttext >. Acesso em: 06 jun. 2022.
GARCIA, Paulo Sérgio; BIZZO, Nelio. Formação contínua a distância: Ges-
tão da aprendizagem e dificuldades dos professores. Cad. Pesqui. São Paulo,
vol. 43, mai./ago. 2011. Disponível em < http://www.scielo.br/scielo.php?s-
cript=sci_arttext&pid=S0100-15742013000200014 >. Acesso em: 09 jun. 2022.
ISCHKANIAN, Simone Helen Drumond. PECS (comunicação). Disponível
em: http://autismosimonehelendrumond.blogspot.com/search/label/PECS%20
%28COMUNICA%C3%87%C3%83O%29. Acesso em: 28 jun. 2022.
ISCHKANIAN, Simone Helen Drumond. Jogos para inclusão. Disponível em:
http://autismosimonehelendrumond.blogspot.com/search/label/JOGOS%20
ON%20LINE%20E%20PARA%20BAIXAR. Acesso em: 25 jun. 2022.
NASCIMENTO, Solange Rejane Sá. A Psicopedagogia e Tecnologia. Disponí-
vel em: https://www.webartigos.com/artigos/ (2013). Acesso em: 13 jun. 2022.
82
EDUCAÇÃO: O DESAFIO DO ESTUDANTE NAS
PRODUÇÕES ACADÊMICAS DE INFORMAÇÃO
E COMUNICAÇÃO VISUAL
Rosimery Mendes Rodrigues1
Ana Patrícia Vasconcelos Bezerra Almeida2
Gladys Nogueira Cabral3
Isaac Elias Fernandes Cohen Junior 4
1. INTRODUÇÃO
O estudante ao chegar ao meio acadêmico encontra novidades, e novas
atividades com o uso da informação e comunicação visual, então surge o ques-
tionamento do desafio de como realizar essas atividades sem um conhecimento
prévio? Quais as estruturas básicas? Qual a ferramenta digital a ser utilizada?
Desse modo, abre um leque nas práticas educativas do professor acadêmico,
que ao criar seu planejamento pedagógico observa a necessidade de propiciar ao
estudante acadêmico o conhecimento de ferramenta digital, que desenvolvam os
conteúdos de informação e comunicação visual, visando novos conhecimentos.
Desse modo, a importância do uso da tecnologia digital de informação e
comunicação com representação de design gráfico nas abordagens dos conteú-
dos educacionais, que tratam de maneira integrada conceitos e procedimentos
advindos tanto de técnicas tradicionais de copiar, colar, recortar, agrupar como
as de inovação quanto à utilização da tecnologia digital Canva.
Nesta perspectiva, o professor apresenta aos estudantes o Canva que é uma
ferramenta digital de design gráfico, que permite ao estudante o desenvolver da
2. DESENVOLVIMENTO
2.1 O ESTUDANTE E AS PRODUÇÕES ACADÊMICAS
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Fonte: https://www.canva.com/pt_br/modelos/
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DESAFIOS DA EDUCAÇÃO:
A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA E INCLUSÃO NA PRÁTICA
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3. METODOLOGIA
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
5. REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Fernando dos Santos. Francisco Antônio Fialho. Conceito em
construção: considerações sobre a definição oficial de Design Gráfico ao
longo dos anos. Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC. Londrina,
2017.Disponivel em: < https://www.uel.br/revistas/uel/index.php/projetica/
article/view/28728> Acesso em: 10 de maio de 2022.
CASTELLS, M. A era da informação: economia, sociedade e cultura. vol.3.
São Paulo: Paz e Terra, 1999.
COUTINHO, Solange Galvão, VANDERLEI, Patrícia Baía. Analise gráfica
das mensagens visuais. Brasília: ANPAP-Associação Nacional de Pesquisado-
res em Artes Plásticas, 2003. <http://www.adobe.com/br/products/flash/>.
Acesso em 05 de julho de 2022.
PLATAFORMA CANVA. Disponível em: Canva.com. Acesso em: 05 de julho
de 2022.
FRASCARA, Jorge. Diseño gráfico y comunicacion. Buenos Aires: Infinito,
2000.
ICSID - INTERNATIONAL COUNCIL OF SOCIETIES OF INDUSTRIAL
DESIGN. Apud. ALMEIDA, Fernando dos Santos, FIALHO, Francisco An-
tônio. Conceito em construção: considerações sobre a definição oficial de
Design Gráfico ao longo dos anos. Londrina, 2017.
KENSKI, Vani Moreira. Tecnologias e ensino presencial e a distância. 2. Ed.
Campinas: Papirus, 2004
LÉVY, P. O que é o virtual? Tradução de Paulo Neves. São Paulo: Ed. 34,
1996.
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O OBSTÁCULO À TECNOLOGIA ASSISTIVA NA
EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA1
Talicelly dos Santos Santana2
Claudemir Sousa3
INTRODUÇÃO
salas de aula, na escola. Mas a ampliação do seu acesso, não garante, por si só,
o seu uso adequado por parte do docente que, muitas vezes, não tem formação
para utilizar tais ferramentas de ensino.
Assim, este trabalho analisa e faz uma breve discussão acerca da utili-
zação de tecnologias assistivas com alunos deficientes visuais na Educação
Profissional e Tecnológica (EPT), para avaliar a existencia de tecnologia assisti-
va em um Centro de Educação Tecnológico, situado no município de Tabatinga,
estado do Amazonas.
A pesquisa foi realizada através de entrevista com um docente da instituição,
que não será nomeado por uma questão de ética. Avaliou-se a existência de tecno-
logia assistiva no curso técnico de informática da insitituição. A EPT é uma moda-
lidade educacional prevista na LDB (BRASIL, 1996, p.20) com objetivo principal
de preparar “para o exercício de profissões”, contribuindo para que o cidadão possa
se inserir e atuar no mundo do trabalho e na vida em sociedade. Ela abrange cursos
de qualificação, habilitação técnica e tecnológica e de pós-graduação, que estão or-
ganizados de modo a propiciar o aproveitamento contínuo e articulado dos estudos.
A educação técnica é ofertada em diferentes formas. Há uma articulada
ao ensino médio, que se dá na forma integrada, em que os cursos ocorrem na
mesma instituição, e na forma concomitante, em que ocorrem ou na mesma
instituição ou em instituições distintas, e há também a forma subsequente, em
que o aluno realiza a formação profissional após ter concluído o ensino médio
regular. Há também casos de articulação da EPT com a EJA.
É importante discutir sobre o tema, pelo fato de que, no Brasil, apesar
de ter muitas leis, como por exemplo, a Lei 7.853 de 24 de outubro de 1989
(BRASIL, 1989), que ampara a acessibilidade aos portadores de deficiências vi-
suais, sua integração ao mercado de trabalho e educação adequada e adaptada,
não se tem esse amparo prático em muitos lugares.
Os recursos inclusivos para pessoas com deficiência visual, ou qualquer outra
deficiência, são necessários em qualquer instituição educacional e, mesmo assim,
ainda há a falta desses recursos em muitas delas. Nesse sentido, sentiu-se a necessi-
dade de explanar sobre o tema, para discutir como seria possível adquirir recursos
tecnológicos, para que o aluno com deficiência visual possa estudar e se tornar téc-
nico de informática e, assim, auxiliar outras pessoas com deficiência visual também.
Este trabalho está organizado como descrito adiante: na próxima seção,
será discutido o referencial teórico que norteia essa discussão, o qual é referente
à tecnologia assistiva para educação especial. Depois, será feita uma explanação
da metodologia empregada neste estudo. Em seguida, apresenta-se as análises
da entrevista feita com o docente que atua na EPT. Finalmente, traremos as
considerações finais.
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DESAFIOS DA EDUCAÇÃO:
A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA E INCLUSÃO NA PRÁTICA
da sala de aula com os demais alunos, mas são poucos, fato que torna percep-
tível que ainda falta informação, mas que, com o passar do tempo, é esperado
que esse número aumente e que todos estejam cada vez mais nas faculdades, nos
cursos técnicos, e tomando seu lugar perante a sociedade, pois
Contrariando a concepção sistêmica da transversalidade da educação espe-
cial nos diferentes níveis, etapas e modalidades de ensino, a educação não se
estruturou na perspectiva da inclusão e do atendimento às necessidades edu-
cacionais especiais, limitando, o cumprimento do princípio constitucional
que prevê a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola
e a continuidade nos níveis mais elevados de ensino (BRASIL, 2007, p. 09).
Ainda sobre esse tema, verifica-se acima que o Decreto nº 6.094/2007 es-
tabelece, dentre as diretrizes do Compromisso Todos pela Educação, a garantia
do acesso e permanência no ensino regular e o atendimento às necessidades edu-
cacionais especiais dos alunos, fortalecendo a inclusão educacional nas escolas
públicas. Uma das maneiras de se garantir isso é pela TA.
Por intermédio da tecnologia assistiva é possível encontrar diversas pos-
sibilidades, não somente para os alunos, mas para toda a sociedade, que pode
entender que, com a educação, é possível ampliar o conhecimento e promover a
inclusão de pessoas em um ambiente de trabalho ou escolar. Assim, “tecnologia
Assistiva (TA) é um termo ainda novo, utilizado para identificar todo o arsenal
de recursos e serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades
funcionais de pessoas com deficiência e consequentemente promover vida inde-
pendente e inclusão” (BERSCH & TONOLLI, 2006 p 35).
Pode-se, nesse sentido, definir como uma evolução tecnológica que cami-
nha para um cotidiano mais “fácil” ou prático, com aparelhos que facilitem e es-
tejam assimilados à rotina. Cook & Hussey (1995, p. 345) definem a TA citando
o conceito do American With Disabilities Act (ADA), como “uma ampla gama de
equipamentos, serviços, estratégias e práticas concebidas e aplicadas para mi-
norar os problemas funcionais encontrados pelos indivíduos com deficiências”.
A TA deve ser entendida como um auxílio que promoverá a ampliação
de uma habilidade funcional deficitária ou possibilitará a realização da função
desejada e que se encontra impedida por circunstância de deficiência ou pelo
envelhecimento. Aqui, é necessário discutir sobre a inclusão digital e a inser-
ção educacional e social das pessoas com deficiência visual. Para nortear este
enfoque, alguns conceitos são necessários, tais como “recursos tecnológicos”,
“tecnologia da informação e comunicação” e “deficiência”.
Primeiramente, destaca-se a importância dos novos recursos tecnológicos
para o atendimento especializado de pessoas com cegueira e com baixa visão,
algo que se torna um meio facilitador na aproximação, interação e participação
de todos, com ou sem deficiência.
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DESAFIOS DA EDUCAÇÃO:
A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA E INCLUSÃO NA PRÁTICA
problemas podem ser encontrados, mas que seriam resolvidos, não somente com a
qualificação dos professores, mas também a ajuda do governo, que deve se atentar às
leis e proporcionar ensino de qualidade para os cidadãos que precisam e querem es-
tudar, tais como direitos igualitários, que devem ser encaixados dentro da sociedade.
Quando se analisa a primeira resposta do professor ao questionário, o
olhar já muda em relação a não ter alunos com deficiência visual nessa insti-
tuição, o que pode ser acarretado por muitos motivos, não somente na parte
estrutural e quadro de professores, mas a falta de oferta de vagas para alunos
com deficiência visual.
Pode-se levantar questões que muitas vezes passam despercebidas.
A Lei 7.853 de 24 de outubro de 1989 (BRASIL, 1989) ampara a acessibilidade
aos deficientes visuais para integração ao mercado de trabalho e à educação
adequada e adaptada, ou seja qualquer instituição de ensino ou trabalho deve
estar preparada para o recebimento de deficientes visuais, possibilitando então a
integração desses dentro de uma sociedade igualitária.
Nota-se falhas dentro da intuição, a começar por não ter profissionais quali-
ficados para atender a alunos com deficiência visual, tanto no quadro profissional
de professores preparados com cursos de braile, conhecimento de programas de
computador e acesso à tecnologia assistiva, como também a falta de profissionais
para atentar a questão de saúde como um enfermeiro, psicólogo, uma assistente
social, para entender a realidade do aluno dentro da sociedade. Isso faria com que
não somente os alunos com deficiências sejam acolhidos, mas todos os demais.
Para sanar isso, é necessário ofertar cursos de formação continuada aos
professores. A instituição deve preparar seus profissionais e organizar o quadro
de especialistas para área da saúde, psicológica e social, de modo a garantir o
atendimento multiprofissional (BRASIL, 2008) aos alunos com deficiência.
No caso específico dos alunos cegos, deve-se fazer uma capacitação com
os professores da área de técnico de informática para explicar e saber usar os
softwares, independe de qual, for tanto o dosvox como os demais JAWS, Virtual
Vision, para que esse professor tenha capacidade de orientar seus alunos e, assim,
receber alunos com deficiência visual dentro da instituição. Para isso aconte-
cer, se não houver um profissional no município, poder-se-ia tentar trazer de
Manaus, tanto um para a orientação sobre os softwares, quanto um professor de
braile, para orientar os professores da instituição com um curso básico. Assim, a
instituição, além destacar-se no município, também abriria novas vagas e opor-
tunidades para deficientes visuais.
Os cursos de formação continuada são importantes para que os profissio-
nais em exercício sejam capacitados e preparados para lidar com a diversidade
da sociedade. Não somente a capacitação profissional, mas, também, a preparação da
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
O trabalho que hora finaliza fez uma discussão sobre a utilização de re-
cursos assistivos para alunos com deficiencia visual na educação profissional
e tecnológica. A tecnologia assistiva representa inclusão social e liberdade de
pessoas com deficiência. A discussão deste trabalho foi fundamentada em leitu-
ras relacionadas à tecnologia assistiva e leis que orientam a educação inclusiva.
Além disso, foi necessária um conversa com um professor da EPT, com o qual
foi realizada um entrevista e, de acordo com as análises de suas respostas, perce-
beu-se que os professores não recebem formação inicial e continuada para atuar
com alunos com deficiencia visual.
Os recursos de Tecnologia Assistiva constituem-se como mediadores e po-
tencializadores da interação social da pessoa com deficiência no mundo e podem
ser considerados como um instrumento estimulador na construção de novas pos-
sibilidades de aprendizado e desenvolvimento aos alunos com deficiência, permi-
tindo que possam interagir, relacionar-se e competir em seu meio com ferramentas
(GALVÃO, 2009). Mas eles não são suficientes pos si só. Profissionais preparados
e um ambiente estruturado são condições fundamentais para o aluno com defi-
ciência aprender e desenvolver uma qualificação de qualidade.
As conclusões a que chegamos apontam para uma falta de formação para
receber pessoas cegas na instituição e para a necessidade de uma EPT mais in-
clusiva. Assim, é necessário superar a falta de recursos assistivos e de qualifica-
ção de profissionais de educação para lidar com alunos com deficiência visual
para que haja uma educação inclusiva no âmbito da EPT.
REFERÊNCIAS
BECK, F. L. A informática na educação especial: interatividade e representa-
ções sociais. In: Cadernos de Educação, FaE/PPGE/UFPel, n.º28, janeiro/
junho, 2007. p.175-196. Disponível em: http://www.ufpel.edu.br/fae/caduc/
downloads/n28/artigo07.pdf. Acesso em: 10 jan. 2022.
BERSCH, R.; TONOLLI, J. C. Introdução ao conceito de Tecnologia Assistiva
e modelos de abordagem da deficiência. Bengala Legal, Porto Alegre, 06 de
103
DESAFIOS DA EDUCAÇÃO:
A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA E INCLUSÃO NA PRÁTICA
104
TECNOLOGIA EDUCACIONAL E INCLUSÃO:
VANTAGENS E DESVANTAGENS NA APLICAÇÃO
E PRÁTICA EDUCACIONAL
Simone Helen Drumond Ischkanian1
Rita de Cássia Soares Duque 2
Diogo Rafael da Silva3
Regina Daucia de Oliveira Braga 4
Kátia Fernandes da Cunha Lourenço5
1. INTRODUÇÃO
Por sua vez, a adoção de metodologias que utilizam a tecnologia torna o apren-
dizado mais horizontal e incentiva o protagonismo dos alunos, pois todos têm
liberdade para compartilhar as suas impressões sobre a disciplina e o educador
passa a atuar como mediador do processo de aprendizado.
2. DESENVOLVIMENTO
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DESAFIOS DA EDUCAÇÃO:
A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA E INCLUSÃO NA PRÁTICA
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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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(O rganizadores )
REFERÊNCIAS
CAMARGO. Guilherme. Como usar a tecnologia para inovar em sala de aula.
Disponível em: https://sejunta.com.br/educacao/como-usar-a-tecnologia-pa-
ra-inovar-em-sala-de-aula. Acesso em: 02 jun. 2022.
MORAN, J. M. Novas tecnologias e mediação pedagógica. Campinas. SP:
Papirus, 2000
PONTE, J. P. Tecnologias de Informação e Comunicação na Formação de
Professores: Que Desafios? Revista Iberoamericana de Educación, 24, set/
dez: 63-90, 2000.
113
A TECNOLOGIA COMO ELEMENTO DINAMIZADOR
E LIBERTADOR NO AMBIENTE ESCOLAR
Antônio Fernando Santos1
Izomar da Silva Oliveira2
João Fernando Costa Júnior3
Norberto Huber4
1. INTRODUÇÃO
outra maneira. Por outro lado, esta mesma tecnologia causa anseios gerados
pelo atual sistema capitalista em que estamos imersos, constituindo assim, vá-
rios desafios. Neste contexto é importante entendermos como tais aspectos e
mudanças afetam e modificam o papel do professor, da escola e do estudante,
sobretudo no que se refere à participação efetiva destes três atores nos processos
de ensino e aprendizagem. É necessário entender que educar não é uma função
exclusivamente escolar, é a associação dos diferentes agentes formadores do uni-
verso do estudante, passando pela família e círculos de amizades. Estes, por sua
vez, estão inseridos em universos virtuais e redes sociais as quais o educando
acaba sendo agregado naturalmente.
Saber lidar com tais aspectos digitais e tecnológicos, numa visão inclusi-
va, tendo o estudante como o centro do processo de ensino e aprendizagem deve
ser nossa meta principal, em busca de uma formação adequada, multidisciplinar
e que prepare este mesmo estudante para a vida.
Para a construção deste trabalho, serviu-se da técnica de agrupamento de
informações, através do método da pesquisa bibliográfica, a partir da aborda-
gem qualitativa exploratória, a fim de reunir algumas abordagens significativas
e reflexões sobre autores contribuintes com o tema por meio de artigos, livros de
autores renomados e periódicos científicos da atualidade.
Segundo Rodrigues, 2011, p. 60,
“A pesquisa bibliográfica é realizada com o objetivo de explicar um proble-
ma através de referenciais escritos. Pode constituir-se como um trabalho
em si mesmo ou como parte da pesquisa descritiva ou explicativa. Ela deve
ser elaborada obedecendo a normas oficializadas e procedimentos meto-
dológicos e possibilitar o pensar crítico, reflexivo, analítico e sistemático”.
Para Gil (1999), “considera que a pesquisa exploratória tem como obje-
tivo principal desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias, tendo em
vista a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para
estudos posteriores”. Segundo o autor, estes tipos de pesquisas são os que apre-
sentam menor rigidez no planejamento, pois são planejadas com o objetivo de
proporcionar visão geral, de tipo aproximativo, acerca de determinado fato. No
que se refere à formatação deste trabalho, utilizamos as regras estabelecidas pela
Associação Brasileira de Normas e Técnicas - ABNT.
2. DESENVOLVIMENTO
na sua relação ativa com o meio natural e social, num determinado con-
texto de relações entre grupos e classes sociais, visando a formação do ser
humano. A educação é, assim, uma prática humana, uma prática social,
que modifica os seres humanos nos seus estados físicos, mentais, espiri-
tuais, culturais, que dá uma configuração à nossa existência humana indi-
vidual e grupal.” (LIBÂNEO, 2001, p. 160).
Deste modo, a educação também pode ser definida como sendo o proces-
so de socialização dos indivíduos. Elementar, uma vez que existe troca, inter-
câmbio e um ‘vai e vem’ de informações e conhecimentos.
CHARLOT (2000), ao ser indicado por LIBÂNEO (2005), declara que a
educação é o processo por meio do qual um certo membro da espécie humana,
desprovido de instintos e capacidades que lhe permitiria sobreviver rapidamente
sozinho, se apropria, graças à mediação dos adultos, de um patrimônio huma-
no de práticas, saberes, formas subjetivas e obras. Tal apropriação lhe permite
torna-se, ao mesmo tempo e no mesmo movimento, um ser humano, membro
de uma sociedade e de uma comunidade, e um indivíduo singular, considerado
absolutamente um ser original. Deste modo, a educação é um triplo processo
de humanização, socialização e singularização. Importante ressaltar, ainda, que
esse triplo processo só é possível mediante a apropriação de um patrimônio hu-
mano. Dito isso, pode-se afirmar que a educação é cultura, em três sentidos que
não podem ser dissociados. (CHARLOT, 2000 Apud LIBÂNEO, 2005, p. 23).
Outra definição para a educação e sua função social é feita por um dos
fundadores da Sociologia, Émile Durkheim (1858-1917), em seu livro Sociologie
et éducation, publicado postumamente, em 1922:
A educação é a ação exercida pelas gerações adultas sobre aquelas que ainda
não se encontram preparadas para a vida social; tem por objeto suscitar e
desenvolver na criança um certo número de estados físicos, intelectuais e
morais reclamados pela sociedade política, no seu conjunto, e pelo meio es-
pecial a que a criança, particularmente, se destina. (...) No homem [diferen-
temente do que acontece entre os animais], as aptidões de todo o gênero que
a vida social pressupõe são muito complexas para (...) materializar-se sob a
forma de predisposições orgânicas. Disso se depreende que elas não podem
ser transmitidas de uma geração a outra por meio da hereditariedade. É pela
educação que se faz a transmissão. (Durkheim [1922], 1978, p. 41)
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Neste viés, a presença da tecnologia torna a sociedade cada vez mais glo-
balizada, a escola e o professor tendem a adequar-se às mudanças decorrentes
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(O rganizadores )
da mesma e faz-se imperativo o uso delas no ambiente escolar, apesar das limi-
tações, conforme aponta Costa:
Este cenário de não utilização das TICs se deve a múltiplos fatores, dentre
os quais podemos destacar: (1) formação continuada baseada na raciona-
lidade técnica; (2) excesso de trabalho, sobrando pouco tempo para refletir
sistematicamente e, sobretudo, para experienciar inovações tecnológicas
na prática escolar – o que dá muito trabalho de planejamento e de pre-
paração do material e do ambiente para que tudo funcione; (3) contexto
não-colaborativo de trabalho na escola; (4) cultura profissional tradicio-
nal, sendo que a utilização das TICs implicaria uma ruptura com esta cul-
tura; (5) falta de condições técnicas (computadores funcionando, acesso à
Internet). (COSTA, 2008, p. 157-158)
A autora observa, entretanto, que de certa forma até existe esforço dos
professores muitas vezes de modo independente em adotar tecnologia, já que
muitos postam conteúdos, materiais, aulas e tarefas na internet, sendo comum
assim, estenderem suas relações nas redes sociais como forma de aumentar a in-
teração fora do ambiente escolar. Conforme a autora, existem pesquisas sobre o
assunto e estas sempre evidenciam que de nada adianta o ambiente escolar estar
equipado com tecnologia se os educadores não souberem usá-las, já que a tec-
nologia em si não se transforma em sozinha em aprendizagem e a informação,
também por si só, não promove o senso crítico (PRADO, 2015, p. 13).
O fato é que não basta distribuir aparelhos. A tecnologia será fundamental
na educação do futuro e esta será cada vez mais personalizada e híbrida, com
o uso de plataformas online e espaços para interações sociais, conforme mostra
reportagem do jornal O Estado de São Paulo sobre pesquisa da Fundação Catar
(SANTOS; VIEIRA, 2014).
Os jornalistas destacam que no Brasil já existem experiências inovadoras
na área da educação, tendo como foco a personalização do ensino. É destacado,
porém, que o grande problema é a reprodução destes modelos em larga escala.
Entre os desafios que foram apontados na pesquisa estão a fragmentação das
políticas educacionais, a falta de estrutura e a dificuldade em fazer com que os
professores (grande parte das vezes formados em uma perspectiva mais tradicio-
nal), adaptem-se às transformações (SANTOS; VIEIRA, 2014).
Ao mesmo tempo amplia-se a formação de redes ao articular os distintos
espaços físicos por meio das TIC, no que Castells (1999, p. 55) denominou de
“era da informação ou era do conhecimento”, na qual evidencia-se alterações
na maneira em que as pessoas se comunicam e pela valorização crescente da
informação, à medida que a circulação de informações flui a velocidades e em
quantidades até então inimagináveis. Assim, conforme Castells:
Uma série de episódios marcados pelo incremento das Tecnologias
da Informação e da Comunicação (TICs), pelo aperfeiçoamento da
Comunicação Mediada por Computador (CMC), surgimento da rede
Internet e do ambiente virtual ou ciberespaço, tem alterado significati-
vamente a organização dos sistemas sociais, políticos e econômicos em
âmbito mundial. No campo cultural, o impacto tecnológico refletiu na
constituição de uma nova cultura, a cibercultura, e de uma nova forma
de estabelecimento de relações sociais por meio da rede, a sociabilidade
(CASTELLS, 1999, p. 55).
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3. CONCLUSÃO
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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2012 (No prelo).
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longo caminho a percorrer. In: Governo Federal, Inclusão Digital. Brasília,
2006. Disponível em: Acesso em: 21 de agosto de 2022, às 20:50.
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FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. 9. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
1998.
125
DESAFIOS DA EDUCAÇÃO:
A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA E INCLUSÃO NA PRÁTICA
127
ROBÓTICA SUSTENTÁVEL: DA RECICLAGEM À
EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO FUTURO PARA
PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE
Simone Helen Drumond Ischkanian1
Gladys Nogueira Cabral2
Regina Daucia de Oliveira Braga3
Taynan Alécio da Silva 4
Sandro Garabed Ischkanian5
1. INTRODUÇÃO
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DESAFIOS DA EDUCAÇÃO:
A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA E INCLUSÃO NA PRÁTICA
ser escritor de ficção científica, muito do que Asimov falava em sua época era
considerado um absurdo, apenas fantasia de uma mente criativa.
No entanto, o autor previu o surgimento de várias tecnologias utilizadas
nos dias de hoje. Em 1988, o autor deu uma ideia de como seria a propagação
do conhecimento no futuro. O modelo descrito por ele nada mais é do que a in-
ternet como conhecemos hoje. Nas palavras do autor: “[...]uma vez que tenhamos
computadores em casa, cada um deles ligado a bibliotecas enormes, qualquer pessoa pode
fazer perguntas e ter respostas, obter materiais de referência sobre qualquer assunto em que
esteja interessada em saber.”.
Quais são as leis da robótica? Os robôs estão presentes em centenas de
notícias espalhadas pela internet. A cada dia, novos humanoides são apresen-
tados, os quais estão cada vez mais aptos de realizar atividades que antes eram
consideradas exclusivamente humanas. Asimov previu o surgimento de robôs
com a aparência de pessoas.
Em seu livro, “Eu, Robô”, o autor apresentou as três Leis da Robótica,
as quais ditam as regras básicas para que robôs e seres humanos convivam de
forma pacífica.
- 1ª lei: Um robô não pode ferir um ser humano ou, por ócio, permitir que
um ser humano sofra algum mal.
- 2ª lei: Um robô deve obedecer às ordens que lhe sejam dadas por seres
humanos, exceto nos casos em que tais ordens contrariem a Primeira Lei.
- 3ª lei: Um robô deve proteger sua própria existência, desde que tal prote-
ção não entre em conflito com a Primeira e Segunda Leis.
Algum tempo depois, Asimov criou uma quarta lei (chamada Lei Zero),
a qual diz: “Um robô não pode fazer mal à humanidade e nem, por inação, permitir que
ela sofra algum mal”. Mesmo que não pareçam muito úteis no momento, as três
Leis da Robótica são levadas à sério por muitos pesquisadores da área.
Embora o cinema e a literatura insistam em histórias com teorias conspi-
ratórias, nas quais as máquinas se rebelam e tentam dominar os seres humanos,
o respeito a esses princípios faz com que, na prática, seja pouco provável que
algo do gênero possa acontecer em um futuro muito próximo.
Como a sustentabilidade pode estar inserida na robótica? O Método de
Portfólios Educacionais SHDI destaca em suas atividades pedagógicas que a
Robótica Sustentável contribui com a diminuição do impacto ambiental no mo-
mento que reutiliza o lixo eletrônico, além de ser uma atividade de baixo custo.
Qual é o objetivo da robótica educacional? Como metodologia ativa de
aprendizagem, a robótica educacional tem como objetivo formar alunos mais
proativos, que assumam a responsabilidade por seu processo de aprendizado.
O que é a robótica educacional e quais são os ganhos para o aprendizado?
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2. DESENVOLVIMENTO
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A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA E INCLUSÃO NA PRÁTICA
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A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA E INCLUSÃO NA PRÁTICA
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DESAFIOS DA EDUCAÇÃO:
A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA E INCLUSÃO NA PRÁTICA
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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no Ensino Médio: Ambiente, Atividades e Resultados. In: Anais do XXVII
Congresso da SBC - XV Workshop de Informática na Escola, Bento Gonçal-
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da Robótica no Ensino de Física: Análise de Atividades numa Perspectiva
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special issue – v. 14, p. 32-36.
137
PROFESSOR MEDIADOR: CONSTRUINDO
ESTRATÉGIAS NO ENSINO DA EDUCAÇÃO
AMBIENTAL EM AULAS DE CIÊNCIAS - ANOS FINAIS
Viviane de Moura Cassal1
Patrícia de Andrade Paines2
1. INTRODUÇÃO
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1. Conceitos Relativos ao Meio Ambiente
139
DESAFIOS DA EDUCAÇÃO:
A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA E INCLUSÃO NA PRÁTICA
conceito de Meio Ambiente, ou seja, da natureza com todos os seres vivos e não
vivos que nela habitam e interagem relacionados com a vida na Terra. É tudo
aquilo que nos cerca, como a água, o solo, a vegetação, o clima, os animais, os
seres humanos, dentre outros. Essas questões ambientais envolvem o conceito de
sustentabilidade, termo abrangente que engloba também o planejamento da edu-
cação, economia e cultura para gerar uma sociedade saudável e justa.
Em consonância com a PNEA (BRASIL, 1999) - instituída pela Lei nº
9795/1999 - o conceito de Educação Ambiental, decorrente dos dois primeiros,
corresponde aos processos pelos quais o indivíduo e a coletividade constroem
valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas à
conservação do meio ambiente.
Cabe ressaltar dois conceitos importantes relacionados às questões ambien-
tais: a) Seres bióticos (vivos): basicamente, compostos por seres produtores (autó-
trofos) como plantas e algas; seres consumidores (heterótrofos) como herbívoros
e carnívoros; e seres decompositores como fungos e bactérias (LOPES, SANTO;
2019); e b) Seres abióticos (não vivos): são os fatores físico-químicos presentes em
um ecossistema, como a água, os nutrientes, a umidade, o solo, os raios solares, o
ar, os gases, a temperatura, entre outros (LOPES, SANTO; 2019).
Segundo Zasso (2014) as relações entre os processos bióticos e abióticos
e, especificamente, as interações entre humanos e formas diferenciadas de vida
que ocorrem em um fluxo contínuo nos ambientes naturais, já é capaz de des-
pertar no aluno a curiosidade motivadora para que aprenda a observar e efetivar
a aprendizagem de tais conteúdos. No Quadro 1, outras definições importantes
acerca da temática ambiental, a saber:
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3. METODOLÓGIA DA PESQUISA
3.1. Classificação da Pesquisa
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DESAFIOS DA EDUCAÇÃO:
A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA E INCLUSÃO NA PRÁTICA
No caso desta pesquisa, a escala Likert foi eleita como ferramenta porque,
além de poder medir a probabilidade de realização de ações futuras, mensura
também o nível de importância atribuído a uma determinada ação e a frequên-
cia desta. Também serve como um “indicador de opiniões”, uma vez que dife-
rentes sentimentos são transmitidos através das respostas obtidas apartir de 18
afirmativas que compõe o questionário, conforme Quadro 2.
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Por ser extremamente visual, e ter alta adesão no meio digital, o entrevistado
compreende facilmente a lógica da escala, ressaltando sua eficiência. Na sequência,
foram respondidas as questões pelos 23 alunos, individualmente, a fim de identificar
impressões pessoais sobre a problematização do contexto, conforme Tabela 1.
147
DESAFIOS DA EDUCAÇÃO:
A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA E INCLUSÃO NA PRÁTICA
Neste item serão apresentadas as análises dos dados coletados, bem com a
demonstração dos resultados obtidos na aplicação do questionário aos participan-
tes na forma impressa pelo professor. O índice de aceitação dos alunos quanto à
participação na pesquisa foi total, ou seja, os 23 alunos foram unânimes em con-
ceder o seu aceite. Na Tabela 2 são monstrados os seguintes resultados, em separa-
do, com as respectivas análises concernentes às dimensões e índices pesquisados.
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Afirmativa 12 1 1 3 11 7 23
Afirmativa 13 0 2 0 7 14 23
Afirmativa 14 1 2 3 13 3 23
Afirmativa 15 0 1 2 9 11 23
Afirmativa 16 0 2 5 7 9 23
Afirmativa 17 1 4 3 8 7 23
Afirmativa 18 0 1 5 9 8 23
Fonte: Autores.
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DESAFIOS DA EDUCAÇÃO:
A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA E INCLUSÃO NA PRÁTICA
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A presente pesquisa logrou êxito ao alcançar seu objetivo geral, ou seja, des-
tacar as abordagens de ensino da Educação Ambiental utilizadas como ferramentas
nas aulas de Ciências do Ensino Fundamental - Anos Finais. A partir dos resultados
obtidos, pôde-se perceber que, apesar de haver evidências de que alguns professores
desenvolvem atividades que possibilitam a formação de um aluno capaz de analisar
a realidade e intervir nela de forma crítica, parece não haver uma relação entre a
proposição de tais atividades com um processo consciente de Educação Ambiental.
Outras atividades descritas pelos professores parecem limitar a participação do alu-
no a uma postura de espectador ou executor de atividades que parecem não favore-
cer a formação de valores, comportamentos e atitudes necessárias para a construção
de uma nova postura perante a atual problemática ambiental.
Um ponto parece estar bem colocado: os tipos de atividade propostas pe-
los professores para uma Educação Ambiental estão relacionados tanto com as
concepções que eles têm sobre a Educação Ambiental e a formação da cidadania
ambiental como com as concepções gerais sobre educação e formas de ensinar
construídas em outros contextos ou situações diferentes daqueles relacionados
à Educação Ambiental.
Com o objetivo de desenvolver no ser humano a consciência sobre o meio
ambiente, como sendo um lugar para as futuras gerações no exercício de sua
cidadania é que a Educação Ambiental faz-se presente nos conteúdos curricula-
res. O papel desempenhado pelo professor, como mediador do conhecimento na
visão da Didática, proporciona ao profissional da educação um posicionamento
crítico e reflexivo quanto às questões da educação ambiental.
O diálogo deve ser o argumento principal nesse processo de conscienti-
zação. Trabalhar a disciplina Educação Ambiental é um grande desafio para
qualquer escola. As escolas trabalham geralmente com atividades formais, com
temas geradores predominantemente como lixo, proteção do verde, degrada-
ção dos mananciais, para fazer acontecer à interdisciplinaridade, mas, o que se
pretende com a Educação Ambiental na escola, é que ela seja um processo de
permanente aprendizagem, que valoriza as diversas formas de conhecimento e
constitua cidadãos com consciência local e uma visão do planeta, com ativida-
des muito além das formais.
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GUILHERME, L. S.; SANTOS, P. S.; GUILHERME, M. F. S.; OLIVEIRA,
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153
DESAFIOS DA EDUCAÇÃO:
A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA E INCLUSÃO NA PRÁTICA
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DESAFIOS DO PROCESSO DE INCLUSÃO
ESCOLAR DA CRIANÇA AUTISTA
Elizaine Vaz Santos1
Ana Caroline Nascimento do Espírito Santo2
Jiordana Silva Ramos Nascimento3
Veronice Vaz Santos4
1. INTRODUÇÃO
2. DESENVOLVIMENTO
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A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA E INCLUSÃO NA PRÁTICA
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Incluir a criança com autismo vai além de colocá-la em uma escola co-
mum, em uma sala sem estudantes com deficiência, é preciso proporcionar a essa
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REFERÊNCIAS
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DESAFIOS DA EDUCAÇÃO:
A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA E INCLUSÃO NA PRÁTICA
162
TECNOLOGIAS DIGITAIS DA INFORMAÇÃO E
COMUNICAÇÃO: POTENCIALIZANDO O PROCESSO
DE CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO
Chane Basso Benetti1
1. INTRODUÇÃO
2. DESENVOLVIMENTO
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A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA E INCLUSÃO NA PRÁTICA
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
estudantes, espera-se que ao fazer uso das TDICs essa prática dê suporte para
promover a construção de conhecimentos e aprendizagem.
Há a expectativa que os alunos, ao participarem ativamente do processo
de conhecimento, executando as tarefas, testando na base de tentativas erros e
acertos (favorecidas pelo uso das tecnologias), desenvolvam competências neces-
sárias básicas para uso e apropriação das TDICs nas diversas práticas pessoais e
profissionais. Espera-se que haja desenvolvimento tanto da cultura digital e do
pensamento computacional quanto da tecnologia digital. Além disso, espera-se
que esse projeto estimule os demais docentes a utilizarem as TDICs em suas
aulas, desenvolvendo com maior êxito o seu trabalho pedagógico e, consequen-
temente, a melhoria no processo de ensino e aprendizagem da instituição.
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DESAFIOS DA EDUCAÇÃO:
A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA E INCLUSÃO NA PRÁTICA
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OS ORGANIZADORES
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A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA E INCLUSÃO NA PRÁTICA
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