Avaliação e Intervenções em Pacientes Oncológicos
Avaliação e Intervenções em Pacientes Oncológicos
Avaliação e Intervenções em Pacientes Oncológicos
005
ÍNDICE
002 apresentação
003 manifestações bucais e sintomas mais
presentes em pacientes oncológicos
006
005 mucosite se torna uma das principais
causas de abandono de radioterapia de
007
008
câncer de cabeça e pescoço
006 avaliação e intervenções odontológicas
pré-tratamento oncológico
009
trans-tratamento oncológico
008 avaliação e intervenções odontológicas
//
pós-tratamento oncológico
009 novos tratamentos e protocolos
//
terapêuticos para pacientes oncológicos
010 a importância do cirurgião-dentista na
//
equipe interdisciplinar
011 novas perspectivas no diagnóstico do
//
010
câncer oral: elixir ajuda na detecção da
doença
//
012 ENTREVISTA com Beatriz Coutens de
Menezes, cirurgiã-dentista que trabalha
diariamente com paciente oncológicos
//
REALIZAÇÃO
APRESENTAÇÃO
A segunda edição do News Estomatologia trata-se sobre a avaliação e intervenções em pacientes oncológicos,
sendo que neste semestre, o jornal apresenta assuntos pesquisados pelos acadêmicos da Turma 115, período
2019-1 na disciplina de Estomatologia da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) relacionados a real
situação de indivíduos que se submetem ao tratamento antineoplásico na região de cabeça e pescoço.
Os métodos de cura do câncer de cabeça e pescoço empregados atualmente como a cirurgia, radioterapia e
a quimioterapia geram efeitos na região que o profissional Cirurgião Dentista atua, e assim o mesmo deve
fazer o acompanhamento desses indivíduos no pré, trans e pós-tratamento oncológico e intervir de acordo
com o recomendável, diminuindo o risco de complicações e priorizando sempre a qualidade de vida do
indivíduo.
Esperamos que o conteúdo do News Estomatologia lhe proporcione novos conhecimentos nessa bagagem
que vem construindo dentro da universidade para a sua carreira profissional.
BOA LEITURA!
Liliana Barros - Estomatologista e professora do Curso de Odontologia/UFES
002
MANIFESTAÇÕES BUCAIS E
SINTOMAS MAIS PRESENTES 1
EM PACIENTES ONCOLÓGICOS
Num estudo realizado com 20 pacientes por meio de questionário pela equipe multiprofissional de saúde da Odontologia
Hospitalar no Hospital Heliópolis para pacientes em tratamento oncológico de cabeça e pescoço, estes apresentaram
efeitos adversos na cavidade oral. Entre os participantes da pesquisa, observou-se predominância do sexo masculino com
16 entrevistados e 4 entrevistadas do sexo feminino. Com relação às manifestações bucais que acometeram os pacientes
oncológicos, observou-se predominância de xerostomia (20 casos), seguido de mucosite oral (16 casos), candidíase oral (16
casos), osteorradionecrose (4 casos) e cárie de radiação (2 casos).
Já em relação aos sinais e sintomas das manifestações bucais encontradas em pacientes submetidos a tratamento
oncológico de cabeça e pescoço, dentre os sinais e sintomas que mais foram amenizados com o tratamento
odontológico, destacam-se a xerostomia com 15 pacientes, seguidos por 14 pacientes que disseram ter diminuído
o sintoma de dor. A sensação de queimação e as úlceras dolorosas foram amenizadas em 13 pacientes e 11
pacientes tiveram melhora na deglutição após o tratamento.
003
MUCOSITE
mucosa avermelhada, ulcerada e dolorosa com deslocamento
do epitélio semelhante ao observado em queimaduras orais
FONTE: Google imagens
OSTEORRADIONECROSE
geralmente é de início tardio e mais comum na mandíbula,
caracterizada pela exposição óssea que não cicatriza presente
por 6 meses após altas doses de radiação nos ossos maxilares.
Causada pela hipocelularidade, hipovascularização e isquemia
nos ossos induzidas pela radiação
004
MUCOSITE SE TORNA UMA DAS
PRINCIPAIS CAUSAS DE ABANDONO
DE RADIOTERAPIA NO TRATAMENTO2
DO CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO
FONTE: Google Imagens
A mucosite é uma das mais prevalentes reações adversas da radioterapia que atinge 40 a 100% dos
pacientes, causando extremo desconforto e comprometendo a aceitação, continuidade e intensificação do
tratamento radioterápico. Essa condição pode criar áreas ulceradas, além de dificultar a nutrição e facilitar a
implantação de processos infecciosos secundários, locais ou sistêmicos, que exacerbam a inflamação.
Um estudo realizado pela Universidade Estadual Paulista (UNESP) com amostra de 113 pacientes
oncológicos com lesões malignas na região de cabeça e pescoço, 50 completaram a radioterapia e o
acompanhamento clínico nos primeiros seis meses após a radioterapia. Desses 50 pacientes, 12 eram do gênero
feminino e 38 do gênero masculino, com idade variando de 12 a 77 anos e 90% dos mesmos eram fumantes ou
etilistas. Foram excluídos os pacientes que utilizavam bifosfonatos, que fizeram uso de medicamentos capazes
de afetar o fluxo salivar ou que possuíam doenças sistêmicas debilitantes adicionais.
Dentre os resultados, verificou-se a ocorrência de mucosite, dermatite, xerostomia, disgeusia, disfagia e
candidíase e que a frequência dessas alterações se manteve bastante elevada nesses pacientes mesmo seis
meses após a conclusão da radioterapia. A mucosite foi a principal queixa dos pacientes, sendo que, após a
radioterapia, 14% apresentavam grau I de mucosite, 20% grau II, 42% grau III e 16% tinham grau IV. Após 30 dias
da conclusão da radioterapia, esses valores caíram para 22, 22, 26 e 6%, respectivamente. E seis meses após a
conclusão da RT, 50% dos pacientes ainda apresentavam mucosite grau I e 6% mucosite grau II.
A grande maioria dos pacientes com mucosite grau III e IV apresentava higiene precária e não recebeu
quaisquer procedimentos odontológicos preventivos, pertencendo a esse grupo a quase totalidade dos
pacientes que abandonaram o tratamento.
RT = radioterapia
005
AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO ODONTOLÓGICA
3, 7
PRÉ-TRATAMENTO ONCOLÓGICO
Anteriormente ao tratamento oncológico, o Em relação à dieta, principalmente em pacientes
planejamento do tratamento odontológico deve pediátricos, é importante a orientação sobre
priorizar a orientação e o treinamento em higiene alimentos cariogênicos, já que algumas crianças
bucal para um melhor controle de possíveis lesões voltam a se alimentar por mamadeiras em função
bucais e controle das funções estomatognáticas. de inapetência, limitações na deglutição ou até
mesmo devido a regressões emocionais.
Portanto, o tratamento odontológico tem como
objetivo eliminar fontes de traumas, tais como Logo, a intervenção odontológica precoce pode
aparelhos ortodônticos, dentes e/ou restaurações levar a uma diminuição da frequência e da
fraturadas e dentes decíduos em fase de esfoliação, severidade das manifestações bucais decorrentes
evitando-se, assim, infecções de origem da terapia antineoplásica.
endodôntica e da mucosa bucal.
• Exame clínico;
• Avaliação radiográfica;
• Exodontias: técnica cirúrgica menos traumática possível, com remoção de espículas
ósseas. Deve ser realizada no mínimo 14 dias antes do início do tratamento oncológico
para que ocorra a cicatrização e se evite a osteorradionecrose;
• Tratamento endodôntico: apicectomia com restauração retrógrada;
• Selamento das lesões de cárie com ionômero de vidro;
• Troca das restaurações infiltradas;
• Correções de próteses mal adaptadas;
• Orientações por escrito para seguir durante a radioterapia, quanto à dieta, fumo,
bebidas alcoólicas ou ácidas;
• Hiperplasias, fibromas, espículas ósseas e tórus, deverão ser removidas quando
interferem no uso de próteses;
• Realizar tratamento periodontal antes da radioterapia, para permitir suficiente
cicatrização, sendo que a mesma deve ser realizada, três semanas antes da radioterapia;
• Orientação ao paciente quanto ao controle de placa, uso escovas macias, pastas
fluoretadas, uso de fio dental e escovas interproximais.
006
AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO ODONTOLÓGICA
1, 7
TRANS-TRATAMENTO ONCOLÓGICO
Durante o tratamento oncológico as drogas tos biológicos, como supressão da medula óssea, do
quimioterápicas atuam de forma mais intensa em epitélio da cavidade oral e glândulas salivares. Com
células que apresentam alto índice mitótico, como isso o atendimento interdisciplinar de um paciente
células da mucosa bucal e do tubo digestivo, ou deve incluir um Cirurgião Dentista que deve atuar
seja, sítios de maior citotoxicidade. de forma que diminua os sinais e sintomas
provocados durante o tratamento.
Os protocolos mais modernos para terapia
antineoplásica apresentam amplo espectro de efei-
• Manter higiene bucal com dentifrícios fluoretados não irritantes e uso de fio dental;
• Usar moldeira com gel fluoretado de sódio a 2% neutro;
• Bochechos com solução fluoretada contendo 0,02% de fluoreto de sódio por um minuto,
3 vezes ao dia. Não comer, beber ou lavar a boca por trinta minutos após o bochecho;
• Mucosite Oral: Soro Fisiológico a 0,9% com bochechos 4 vezes ao dia;
• Dor na mucosa: Cetoprofeno 150mg, 1 comprimido 2 vezes ao dia; Carboximetilcelulose
sódica 125mg, solução viscosa para uso oral, tomar 1 colher de sopa 3 vezes ao dia;
• Para evitar o trismo, ou diminuí-lo, o paciente deve fazer fisioterapia de abertura de
boca três vezes ao dia, com o auxílio de espátulas ou abridores de boca;
• Os pacientes cujos músculos mastigatórios estão envolvidos na irradiação devem ser
instruídos a exercitá-los, abrindo a boca tão alargada quanto possível, 20 vezes pelo
menos, três vezes ao dia. O propósito é para evitar excessiva fibrose muscular e perda do
espaço intersticial.
• Xerostomia: Cloridrato de pilocarpina a 2% (colírio), tomar via oral, 2 a 5 gotas, 3 vezes
ao dia; Gel umectante oral ou saliva artificial; Protetor labial; Cristais de gengibre;
• Candidíase oral: Miconazol a 2%, gel oral: aplicar na boca/e ou comissura labiais 4 vezes
ao dia; Cetoconazol 200mg, tomar 1 comprimido 2 vezes ao dia, por 21 dias;
• Laser de baixa potência para diminuição da severidade e duração das mucosites.
007
AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO ODONTOLÓGICA
7
PÓS-TRATAMENTO ONCOLÓGICO
Após o tratamento oncológico, a intervenção da equipe odontológica visa melhorar a qualidade de vida do
paciente, visando minimizar os efeitos adversos e o risco de aparecimento das complicações bucais
provocados pelo tratamento médico que é grande importância para eliminação da doença.
008
NOVOS TRATAMENTOS E PROTOCOLOS
TERAPÊUTICOS PARA PACIENTES ONCOLÓGICOS
8
LASERTERAPIA E QUALIDADE DE VIDA
O tratamento antineoplásico, abrangendo a radioterapia e/ou
quimioterapia, possui capacidade de induzir a danos celulares no
epitélio, na mucosa oral e nas estruturas glandulares salivares,
prejudicando as suas funções e, consequentemente, promovendo
alterações quantitativas e qualitativas, que se manifestam,
comumente, como mucosite oral.
A laserterapia em pacientes oncológicos com O laser atua na cicatrização das lesões, que
mucosite oral tem conhecida habilidade de costumam aparecer com, no máximo, uma
provocar efeitos biológicos, por meio de processos semana após a aplicação da quimioterapia, e
fotofísicos e bioquímicos, aumentando o libera endorfina. Em consequência, a sensação
metabolismo celular. Neste caso, o laser atua na de dor se vai e o paciente se sente melhor.
prevenção e tratamento desta, para que haja
manutenção da integridade da mucosa. Segundo Reolon et al. (2016), após a análise de
18 pacientes oncológicos em atendimento
À medida que estimula a atividade mitocondrial, o ambulatorial no Hospital da Cidade de Passo
laser atua como anti-inflamatório, analgésico e Fundo/RS, que passaram pela laserterapia, a
cicatrizador das lesões na mucosa. Toda a energia conclusão foi que, em relação ao escore total, a
emanada do laser é absorvida por uma fina qualidade de vida melhorou substancialmente
camada de tecido adjacente e também do ponto após as sessões;
atingido pela radiação, desencadeando a
proliferação epitelial e de fibroblastos, assim como Houve melhora nos valores dos escores de
alterações celulares e vasculares. qualidade de vida após a laserterapia nos
domínios: dor, aparência, deglutição,
Também se verifica a ocorrência de produção de mastigação, fala, paladar e salivação; Houve
colágeno e elastina, contração da ferida, aumento uma redução em algumas queixas dos
da fagocitose pelos macrófagos e da proliferação e problemas mais importantes nos últimos sete
ativação dos linfócitos, além da força de tensão dias pelos pacientes, destacando-se a dor.
que, consequentemente, acelera a cicatrização.
009
A IMPORTÂNCIA DO
CIRURGIÃO-DENTISTA EM UMA
3,6
EQUIPE INTERDISCIPLINAR
O tratamento do câncer é sempre individualizado e existem diferentes
tipos de abordagens a serem aplicados em cada paciente. Pode ser feito
por meio de cirurgia, radioterapia, de quimioterapia ou de transplante de
medula óssea. FONTE: FlatIcon
Em muitos casos, é necessário combinar mais de uma modalidade terapêutica. O desafio para os médicos
especialistas é encontrar a maneira mais eficaz de tratar a doença e amenizar os efeitos colaterais. Neste
sentido, o Cirurgião-Dentista desempenha papel fundamental antes, durante e após o tratamento oncológico.
De acordo com a pós-graduada em Odonto-oncologia pela Sociedade Brasileira de Cancerologia e mestre em
Lasers em Odontologia pelo IPEN/USP, Letícia Lang Bicudo, o ideal é que todo paciente que vai iniciar uma
quimioterapia ou radioterapia passe por uma avaliação odontológica antes de começar esses tratamentos.
O Cirurgião-Dentista que estiver capacitado para o atendimento ao paciente oncológico, ao recebê-lo antes
do início das terapias, poderá realizar uma avaliação clínica e radiográfica da sua boca para identificar e tratar
todo e qualquer foco de infecção nessa fase. É preciso remover todo processo infeccioso que possa agudizar
durante o período de baixa imunológica do paciente e levá-lo a desenvolver uma infecção sistêmica. Isso inclui
remoção de aparelho ortodôntico, tratamento de canal, quando indicado, exodontias, tratamento periodontal
e de lesões de cárie; Ou seja, uma adequação bucal do indivíduo”.
É importante que o profissional tenha conhecimento do protocolo de tratamento utilizado pela equipe médica,
a fim de avaliar o risco de alterações na cavidade bucal e as condutas propostas para o atendimento
odontológico. Para entender o papel deste profissional na assistência ao paciente oncológico, pode-se
mencionar os efeitos da quimioterapia na saúde bucal.
Uma das opções mais comuns utilizadas no combate ao câncer, a quimioterapia envolve a administração de
substâncias químicas que agem não apenas nas células doentes, mas também nas sadias. Um efeito colateral
bastante frequente do tratamento é a mucosite, inflamação que pode levar ao surgimento de úlceras na região
da boca.
010
NOVAS PERSPECTIVAS NO DIAGNÓSTICO DO CÂNCER ORAL
MÊS DA CONSCIENTIZAÇÃO
Julho é o mês de conscientização mundial sobre o câncer de cabeça e pescoço,
que possui o intuito de alertar a sociedade sobre como prevenir e não negligenciar
o atendimento odontológico, assim como reforçar o papel do dentista na
interpretação das lesões e na identificação dos sinais e sintomas do câncer.
011
ENTREVISTA DA EDIÇÃO
BEATRIZ COUTENS MENEZES é formada em Odontologia pela UFMG em
2003, Especialista em Periodontia pela FAIPE (MT) em 2014, Habilitação em
Odontologia Hospitalar pelo CEMOE (DF), em Odontologia Oncológica pelo
Sírio-Libanês, em Radiobiologia pela PUC-MINAS e em Laserterapia pela
Newton de Paiva (MG). Atualmente atua como a única dentista do CECON
(Centro Capixaba de Oncologia) por 25 horas semanais e atua em consultório
particular como referência para pacientes oncológicos.
A clínica possui vários oncologistas, um radioterapeuta, dois hematologistas, dois cirurgiões oncológicos, um cirurgião de
cabeça e pescoço, urologistas e ela como dentista. Atende em média 15 pacientes por dia, sendo esses selecionados para
passar por uma avaliação odontológica. Seu papel na clínica não é de diagnóstico do câncer, mas de prevenir, acompanhar
e tratar sintomas odontológicos consequentes do tratamento oncológico.
O foco é a prevenção de mucosite, osteorradionecrose dos maxilares, infecções fúngicas e virais, xerostomia, cárie por
radiação e outras consequências orais do tratamento oncológico. O paciente só é liberado para quimioterapia ou
radioterapia quando está livre de focos de infecção e orientado dos efeitos colaterais do tratamento do câncer.
Principalmente pacientes que iniciarão tratamento radioterápico precisam de laudo odontológico e são acompanhados
no pré, trans e pós terapia oncológica. Pacientes que serão submetidos a quimioterapia, ela define com o paciente, diante
de cada protocolo quimioterápico, qual o protocolo de acompanhamento e prevenção será feito. O objetivo da sua
atuação é estar tudo em ordem para não ter que interromper o tratamento oncológico por causa de um problema bucal.
Quando precisa de tratamento odontológico mais complexo, como de extração, cirurgia óssea por causa de
osteorradionecrose, o paciente é encaminhado para um consultório odontológico de fora da clínica, que na maioria das
vezes, devido a experiencia com pacientes oncológicos, é ela própria. Então será avaliado a necessidade de fazer esses
procedimentos antes, durante ou após o tratamento oncológico.
A extração dentária em pacientes que estão passando por tratamento quimioterápico, por exemplo, deve ser feita por um
profissional com experiência na oncologia. Esses profissionais conseguem interferir muito no prognóstico do tratamento
do paciente oncológico, pois ao interromper o tratamento, por exemplo durante uma semana, já diminui 7% na chance
de cura da doença. Então é preciso que esses profissionais ajam e façam de tudo para que não haja a interrupção do
tratamento.
012
QUAIS OS BENEFÍCIOS E DESAFIOS DE SER UMA DENTISTA EM UM AMBIENTE
PRATICAMENTE HOSPITALAR CERCADA POR MÉDICOS?
“A equipe multidisciplinar, incluindo o cirurgião-dentista, facilita o atendimento do paciente oncológico e melhora a
qualidade do atendimento. O dentista tem papel importante pois existem várias lesões em pacinete oncológicos que são
intrabucais e essa é a área de atuação do dentista.”
A presença do dentista traz até previsibilidade financeira para a clínica, pois garante que o tratamento não vai ser
interrompido e o paciente vai realizar o tratamento no tempo previsto e sem intercorrências que trariam custos maiores
para a clínica. Isso sem falar dos benefícios para o paciente e a melhora de vida do pacinete durante o tratamento
oncológico.
“Ter o reconhecimento do paciente e dos médicos mostra que estou no caminho certo.”
O mais importante é ter uma visão global desse tipo de paciente, pois é um indivíduo que pode complicar de um dia para
o outro e o profissional deve ter uma experiencia para ter uma visão geral e decidir de forma rápida e precisa o que fazer
com a complicação. A parceria com a formação de uma acadêmico em Odontologia é muito importante, como a da
Odontologia Hospitalar/UFES para inserir a experiência da com a odontologia oncológica na graduação, por meio de
estágio nesse cenário de prática.
As clinicas tem se mobilizado para ter o dentista na equipe ou um dentista de referência. Os hospitais do HUCAM e
Santa Rita também tem equipes com dentistas, mas em pouca quantidade, por isso muitas vezes sobrecarregados. Os
outros hospitais ainda estão se inserindo, valorizando, se adaptando e se mobilizando para inserir esse tipo de serviço
na assistência do paciente oncológico.
“O CECOM é a única referência que tem uma equipe não só multidisciplinar, mas também interdisciplinar.”
013
REFERÊNCIAS
de todas as notícias
1) FERNANDES, Isis Spadini; FRAGA, Cláudia Perez Trindade. 2. A importância do cirurgião-dentista nos efeitos
adversos na cavidade bucal do tratamento oncológico de cabeça e pescoço. Revista Científica UMC, v. 4, n.
1, 2019
2) JUNIOR, E. G.J. et al. Efeitos da radioterapia sobre as condições bucais de pacientes oncológicos. RPG, Rev.
pós-grad. [online]. 2011, vol.18, n.2, pp. 96-101. ISSN 0104-5695
3) LEVY, Anderson; CIAMPONI, Ana Lidia; MEDEIROS, Frederico Buhatem. Cuidados odontológicos em
pacientes oncológicos. Onco&. set/out. 2014
4) Medrado, ARAP; Dantas, JBL; Barreto, RAB. Você já ouviu falar de palifermina?. iSaúde Brasil. Disponível
em: https://www.isaudebrasil.com.br/noticias/detalhe/noticia/voce-ja-ouviu-falar-em-palifermina/ em 20 de
maio de 2019.
5) Miranda, SS; Queiroz, LS; Freitas, VS. Prevenção e tratamento das mucosites orais: uma revisão sistemática.
Revista de Saúde Coletiva da UEFS, 6(2), 66-73, 2016
6) NAOE, Aline. Dentista hospitalar melhora assistência ao paciente com câncer. Jornal da USP. São Paulo, 10
de março de 2016. Eventos. Disponível em: < jornal.usp.br/?p=1638>. Acesso em: 25 de maio de 2019
7) SANTOS, C. C., FILHO, G. A., CAPUTO, B. V., SOUZA, R. C., ANDRADE, D. M. R., GIOVANI, E. M. Condutas
práticas e efetivas recomendadas ao cirurgião dentista no tratamento pré, trans e pós do câncer bucal.
Revista J Health Sci Inst. 2013;31(4):368-72
8) SOUZA; NEIVA, Diário de Pernambuco, 2018
9) STAFF (Estados Unidos). The oral cancer Foundation: University of Cincinnati researcher studies cancer-
detecting mouthwash with help from ACS grant. 2018. Disponível em: <https://oralcancernews.org/wp/
university-of-cincinnati-researcher-studies-cancer-detecting-mouthwash-with-help-from-acs-grant/>.
Acesso em: 18 out. 2018
SEGUNDA EDIÇÃO
RESPONSÁVEIS TÉCNICOS:
ARTHUR SEGATTO LUBIANA (6° PERÍODO)
JÉSSICA VERGNA NEVES (7° PERÍODO)
Acadêmica de Estomatologia: NATASCHA RISSE GRASSI
014
ACADÊMICOS DE ESTOMATOLOGIA
NATASCHA RISSE GRASSI
CLARA MIOTTO SILVA
LARISSA NEVES DE ANGELI
AMANDA GOIS DE OLIVEIRA
RAYRA NUNES DA SILVA
LUANA DA SILVA PAIVA
LOYANE NOVAES DE SOUZA
RITIELLY SANTILHA GRIPA
KARINE SANTOS ALMEIDA
MAURÍCIO PIASSI
FERNANDA AGUIAR TEIXEIRA
NATHALIA BEATRIZ DA SILVA PEREIRA
RAYSSA GOMES MARGATO
ANA CAROLINE DE ALMEIDA PEÇANHA
OSEAIS BAUER CUNHA
MARY ELLEN ALMONFREY CUNHA
MARCELO DE OLIVEIRA SILVA JUNIOR
THAYLLINE QUAIOTO DE ARRUDA
KARLA HELLEN HERMSDORFF DE OLIVEIRA
MAYARA GAVA
LARA CARVALHO MORAES
GABRIEL GOMES OLIVEIRA SANTOS
ISABELA TRARBACH GOMES
ISABELA RAMALHO FALCÃO
MARIA GABRIELA LOPES
BRUNO VALÉRIO DA SILVA
REBECCA PEREIRA DE SIQUEIRA
ANNA KAROLINA GOMES PEREIRA
BIANCA CORADELLO MARCHEZI
NATÁLIA COUTINHO SCALSER
EMANUELY PORTO FIORIO
NATÁLIA VIEIRA FIRMINO
YASMINE DA COSTA HASSAINE
015