Ed2 anoVI
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Nesta Edição
EM TEMPOS DE COVID-19
Os coronavírus são uma grande família de vírus que podem causar doenças em animais e
humanos. Em humanos, provocam infeções respiratórias que variam desde um resfriado comum
até doenças graves, tais como a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS, do inglês
“Middle East Respiratory Syndrome”) e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS, do
inglês “Severe Acute Respiratory Syndrome”). O novo coronavírus, descoberto recentemente
(2019-nCoV) é o agente viral transmissor da COVID-19.
No final de 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) foi informada sobre um surto
de pneumonia com etiologia* desconhecida em Wuhan, na China. Tendo ligações ao Mercado
Atacadista de Frutos do Mar, que também vendia animais vivos, sugerindo a transmissão de
animal para humano, mas, a transmissão de humano para humano foi logo confirmada. O
patógeno foi prontamente identificado como um novo coronavírus pertencente aos
betacoronavírus da linhagem B, que também inclui o coronavírus da síndrome respiratória
aguda grave (SARS-CoV), causador de uma pandemia na China em 2002/2003 (JIANG; XIA;
YING et al., 2020). Os dados estatísticos apontados por estes autores estão resumidos no
Quadro 1 a seguir, com tradução JQI:
* Etiologia (https://www.dicio.com.br/): Ramo do conhecimento que se dedica ao estudo e à pesquisa acerca
daquilo que pode determinar as causas e origens de um certo fenômeno (ou de qualquer coisa).
Quadro 1: Dados estatísticos apontados por Jiang; Xia; Ying et al. (2020) sobre surtos infecciosos no mundo.
Ainda segundo estes autores, o novo coronavírus foi designado "2019-nCoV" pela
OMS (https://www.who.int/emergencies/diseases/novel-coronavirus-2019) enquanto que a
pneumonia Wuhan foi nomeada, por cientistas chineses, como "nova pneumonia infectada
por coronavírus (NCIP)". Estes pesquisadores propõe renomear a pneumonia NCIP como
“síndrome respiratória associada à pneumonia (PARS)” e 2019-nCoV como “coronavírus
PARS (PARS-CoV)”, semelhante ao SARS-CoV para manter a terminologia equivalente.
Pg. 03 Em tempos de COVID-19
Segue a entrevista:
OBSERVATÓRIO - Como ocorreu a adequação da rotina do laboratório à chamada
emergencial para elaboração de um plano de ação para o enfrentamento da Covid-19?
Entrevista
capacidade de contaminação individual e ambiental deste patógeno. Deste modo, a UFPE
estabeleceu como condição operacional que as ações de detecção viral, via RT-PCR, e de
sequenciamento genômico sejam desenvolvidas por pesquisadores e técnicos com sólida
formação em biologia molecular e que recebam treinamento específico para o manuseio de
amostras de SARS-Cov-2. E, finalmente, a instituição também determinou que todos os
procedimentos realizados com amostras do vírus sejam conduzidos em laboratórios com níveis
de biossegurança adequados.
Balbino - Por ainda não dispor de plataformas de sequenciamento de nova geração (NGS), que
permitem a “leitura” de bilhões de bases em um curtíssimo intervalo de tempo, os
pesquisadores da UFPE buscaram o apoio logístico do Instituto Aggeu Magalhães – IAM
(unidade técnico-científica da Fundação Oswaldo Cruz sediada no Recife, no campus da
UFPE). A primeira etapa a ser cumprida diz respeito à transferência de tecnologia entre as
instituições, que será materializada nas próximas semanas através do treinamento da equipe da
UFPE, à semelhança do que vem sendo praticado em relação aos métodos de detecção viral
através da RT-PCR. Em paralelo, o processo de aquisição dos insumos necessários ao
sequenciamento do genoma viral já foi deflagrado pela UFPE, sendo este um importante
gargalo a ser vencido em função da intensa procura destes itens por pesquisadores de
instituições nacionais e internacionais. Estamos em frequente contato com as empresas
fornecedoras, visando estabelecer uma logística que permita que os reagentes sejam
disponibilizados no menor intervalo de tempo possível. Levando em conta estes dois fatores,
consideramos como sendo muito provável que a etapa de sequenciamento possa ser concluída
em até 45 dias.
Balbino - Tão logo a Covid-19 passou a ser tema de recorrente preocupação dos órgãos de
saúde nacionais, a UFPE deflagrou um intenso processo de busca ativa de pesquisadores nela
lotados que pudessem auxiliar na definição de temas de pesquisa que pudessem ser
prontamente aplicados no enfrentamento da doença. A adesão dos pesquisadores ao
chamamento institucional foi surpreendente (em função das medidas de isolamento social
adotadas no Estado de Pernambuco, que resultaram na suspensão das atividades acadêmicas da
UFPE), revelando o já conhecido compromisso dos nossos pesquisadores com o
desenvolvimento de trabalhos que resultem na melhoria das condições de vida da população
pernambucana. O processo institucional de definição de soluções aplicáveis na minoração dos
efeitos da Covid-19 na sociedade está sendo conduzido com transparência, eficiência e
seriedade, deixando-nos motivados com a possibilidade de atuarmos nas diferentes frentes de
trabalho que serão viabilizadas pela UFPE.
Pg. 10 Seção Entrevista
Entrevista
Balbino - A UFPE desempenhará um papel muito importante neste momento de grave comoção
nacional, ao colocar à disposição da sociedade os múltiplos saberes dos seus pesquisadores,
técnicos e estudantes de graduação e de pós-graduação. Espera-se que, ao final desta fase tão
conturbada, saíamos todos mais fortes e ainda mais comprometidos com o bem comum. Para a
sociedade brasileira, ficarão certamente várias lições, entre elas: a percepção de que o Sistema
Único de Saúde é um bem público de valor incalculável e que deve, portanto, ser valentemente
defendido por todos nós. Esperamos também que a sociedade brasileira pós-pandemia passe a
ver com mais atenção e respeito o trabalho sério e abnegado que é conduzido nas universidades
e institutos de pesquisa e que abracem, definitivamente, a nossa causa, que tem como maior
objetivo o crescimento econômico sustentado do nosso país, mas sem abrir mão do seu
elemento mais valoroso: o cidadão, todos eles, tratados como iguais e dignos de muito respeito
e cuidado por parte dos nossos gestores. Fiquemos em casa, dando ouvidos à voz da ciência e
do bom-senso, e cuidemos uns dos outros.
Figura 2: Imagem obtida com microscópio eletrônico de varredura do novo coronavírus atacando célula humana.
Figura 3: Imagem obtida com microscópio eletrônico de varredura Esta imagem do microscópio eletrônico de
varredura mostra SARS-CoV-2 (amarelo) - também conhecido como 2019-nCoV, o vírus que causa o COVID-19 -
isolado de um paciente nos EUA, emergindo da superfície das células (azul / rosa).
Figura 4: Escala de tamanhos discernidos pela visão humana, pelo microscópio ótico e eletrônico.
Este mesmo referencial (p. 9) cita a contribuição importante do físico francês Louis de
Broglie para a formulação da teoria da mecânica quântica ao postular, em sua tese de
doutorado, o dualismo onda-partícula relacionando o comprimento de onda (λ) com a
quantidade de movimento (p) de uma partícula. Por conseguinte, o comprimento de onda
de um elétron é função de sua energia que “pode de ser comunicada a uma nova partícula
carregada por meio de um campo elétrico acelerador”. Dessa forma voltagens
suficientemente elevadas (da ordem de 50 kV) podem produzir elétrons de comprimento de
onda extremamente curto (λ=0,005Å) e, portanto, com poder de resolução potencialmente
elevado como uma fonte de iluminação. Além disso os elétrons, devido às suas cargas,
podem ser focalizados por campos eletrostáticos ou eletromagnéticos e são capazes de
formar imagens. Sendo assim estas partículas têm as características necessárias a um
microscópio de alta resolução. Como resultado do desenvolvimento científico e tecnológico
estão disponíveis, atualmente, aparelhos modernos que permitem aumentos da ordem de
300.000 vezes ou mais.
O MEV é um
aparelho que pode Sua utilização é comum em
fornecer rapidamente nas diversas áreas do
informações sobre a conhecimento, tais como:
morfologia e Biologia, Odontologia,
identificação de Farmácia, Engenharia,
elementos químicos Química, Metalurgia, Física,
de uma amostra Medicina e Geologia.
sólida.
Fonte dos dados: Elaboração nossa com dados de Dedavid; Gomes; Machado (2007, p. 9)
A principal vantagem na utilidade do MEV é a resolução elevada que pode ser obtida
quando amostras são observadas com este equipamento. Valores da ordem de 2 a 5
nanômetros são geralmente apresentados por instrumentos comerciais, enquanto que os
instrumentos de pesquisa avançada são capazes de alcançar uma resolução melhor que 1 nm.
Outra característica importante do MEV é a aparência tridimensional das imagens obtidas,
resultado direto da grande profundidade de campo. Permite o exame de amostras com
pequenos aumentos e grande profundidade de foco, o que é extremamente útil, pois a
imagem eletrônica complementa a informação dada pela imagem óptica (DEDAVID;
GOMES; MACHADO, 2007, p. 9).
Pg. 15 As dimensões macroscópica e microscópica da ciência
Segundo Dedavid; Gomes; Machado (2007, p. 11), a maioria destes instrumentos usa
como fonte de elétrons um filamento aquecido de tungstênio (W), operando com tensões de
aceleração na faixa de 1 a 50 kV. O feixe é acelerado pela alta diferença de potencial criada
entre o filamento e o ânodo para, em seguida, ser focalizado sobre a amostra por uma série de
três lentes eletromagnéticas. O feixe ao interagir com a amostra produz elétrons e fótons que
podem ser coletadas por detectores adequados e convertidas em um sinal de vídeo. Quando o
feixe primário incide na amostra, parte dos elétrons difunde-se e constitui um volume de
interação cuja forma depende principalmente da tensão de aceleração e do número atômico da
amostra. Neste volume, os elétrons e as ondas eletromagnéticos produzidos são utilizados
para formar as imagens ou para efetuar análises físico-químicas.
Mas... Qual a importância desta tecnologia em tempos de Covid-19?
No início de fevereiro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a chamar oficialmente a
doença causada pelo coronavírus SARS-CoV-2 de COVID-19. Segundo a Fundação Oswaldo
Cruz (FIOCRUZ) “COVID” significa Corona Virus Disease (Doença do Coronavírus),
enquanto “19” se refere ao ano de 2019, quando os primeiros casos da doença surgiram em
Wuhan, na China, e foram divulgados publicamente pelo governo chinês no final de dezembro
deste ano. Ainda segundo esta Fundação, esta “denominação é importante para evitar casos de
xenofobia e preconceito, além de confusões com outras doenças”. Uma infecção por
coronavírus geralmente ocorre como infecção pulmonar, incluindo alguns casos com sintomas
semelhantes ao resfriado, ou intestinal que causa diarreia.
Imagens obtida por Microscopia Eletrônica de Varredura são importantes para análise
estruturais dos coronavirus. Sabe-se que o coronavírus SARS-CoV-2, responsável pela COVID-
19, é muito semelhante, geneticamente, aos demais coronavírus respiratórios humanos: SARS-
CoV (coronavírus relacionado à síndrome respiratória aguda grave) e MERS-CoV (coronavírus
da síndrome respiratória do Oriente Médio), cujas imagens obtidas com a técnica de
microscopia eletrônica estão reproduzidas nas Figuras 5 e 6, respectivamente:
Figura 5: Imagem de microscopia eletrônica do virus SARS Figura 6: Partículas de MERS-CoV vistas através de um
microscópio eletrônico.
Fonte: Fonte:
https://en.wikipedia.org/wiki/Severe_acute_respiratory_syndro https://en.wikipedia.org/wiki/Severe_acute_respiratory_syndro
me_coronavirus me_coronavirus
Pg. 16 As dimensões macroscópica e microscópica da ciência
➢ De acordo com este estudo, realizado com cerca de 56 mil pacientes na China: (i) 80%
dos infectados desenvolvem sintomas leves (febre, tosse e, em alguns casos,
pneumonia). (ii) 14% apresentaram sintomas graves (dificuldade em respirar e falta de
ar). (iii) 6%, quadros críticos (insuficiência pulmonar, choque séptico, falência de órgãos
e risco de morte).
➢ Entre os sintomas apresentados pelos pacientes, os mais comuns foram: febre (cerca de
88% dos casos), tosse seca (quase 68%), fadiga (38%), dificuldade de respirar (cerca
19% dos pacientes), dor de garganta e dor de cabeça (cerca de 13%), diarreia (apenas
4% destas pessoas).
➢ No entanto, um levantamento com mais de 2 mil pacientes chineses publicado na revista
científica Pediatrics indica que os sintomas digestivos, como diarreia, vômitos e dores
abdominais, apareciam com frequência em crianças infectadas pelo coronavírus.
Fontes dos dados: Camilla Costa da BBC News Brasil em Londres:
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-51946693 .
➢ Toda infecção por coronavírus começa com uma partícula viral − com estrutura de concha
esférica protegendo uma única cadeia longa de material genético − sendo inserida numa
célula humana. O material genético instrui a célula a produzir cerca de 30 partes diferentes
do vírus, permitindo a sua reprodução.
➢ As células que o SARS-CoV-2 prefere infectar possuem uma proteína (denominada de
ACE2) no seu exterior, que é importante na regulação da pressão sanguínea. A infecção
começa quando as proteínas de pico (spike) da partícula viral se “agarra” à proteína ACE2
da célula se reconfigurando para quebrar a partícula viral e a célula abrindo um canal a
partir do qual a cadeia de material genético viral pode entrar na célula.
Pg. 17 As dimensões macroscópica e microscópica da ciência
➢ O SARS-CoV-2 é de maior gravidade que o vírus da gripe sazonal, em parte porque tem
muito mais formas de impedir que as células chamem o sistema imunológico para obter
ajuda. Por exemplo, uma maneira pelas quais as células tentam responder à infecção é
fabricando interferon, a proteína de sinalização de alarme. O SARS-CoV-2 bloqueia isso
por uma combinação de camuflagem, cortando marcadores de proteína da célula que
servem como sinalizadores de perigo e, finalmente, destruindo quaisquer instruções
antivirais que a célula faz antes de poder ser usada. Como resultado, o COVID-19 pode,
por um período de um mês, causar um pequeno dano a cada dia, enquanto a maioria das
pessoas supera um caso de gripe em menos de uma semana.
➢ Atualmente, a taxa de transmissão do SARS-CoV-2 é um pouco mais alta que a do vírus
influenza H1N1, responsável pela pandemia em 2009, no entanto é cerca de 10 vezes
mais mortal que H1N1. A partir dos dados disponíveis até o momento, o COVID-19 se
assemelha muito com a síndrome respiratória aguda grave (SARS), embora seja menos
provável a sua maior gravidade apesar do seu potencial de contágio maior .
Segundo Nuño Domínguez (El PAÍS, 2020), uma equipe de cientistas chineses
apresentou uma descrição detalhada sobre a porta de entrada do novo coronavírus nas células
humanas. O estudo, publicado em março de 2020 na revista Science (2020, vol. 367, Issue
6485, pp. 1444-1448), permite transpor a dimensão macroscópica e visível aos humanos e
adentrar na escala de domínio dos vírus e das bactérias, com dimensões da ordem de 2,9
angstrom − unidade equivalente a um décimo de bilionésimo de metro − visando estudar a
proteína humana ACE2 que desempenha um papel fundamental na infeção causada pelo novo
coronavírus. O coronavírus SARS-CoV-2 utiliza a proteína spike, em forma de agulha, para
acoplar-se à proteína ACE2 da célula, segundo o modelo chave-fechadura, como representado
esquematicamente na Figura 7, a seguir:
Esta proteína, que está presente nos pulmões, no coração, nos rins e nos intestinos cuja
ausência provoca doenças cardiovasculares, tem um papel fundamental na produção da
substância “Angiotensina”, responsável pelo controle da pressão sanguínea. A estrutura
molecular desta substância química pode se vista na Figura 8, com seus aminoácidos
constituintes: Você é capaz de identifica-los nesta estrutura molecular?
Fonte: https://www.researchgate.net/
Esta equipe de cientistas chineses (Renhong Yan; Yuanyuan Zhang; Yaning Li; Lu Xia;
Yingying Guo; Qiang Zhou) do Instituto Westlake de Estudos Avançados, em Hangzhou e da
Universidade Tsinghua de Pequim são pioneiros na descrição exata da estrutura da proteína
humana ACE2. Os resultados alcançam um nível de detalhe que, em algumas regiões,
equivalem a 0,00000000035 metro. A este trabalho soma-se a outro, publicado em fevereiro de
2020 por uma equipe de cientistas norte-americanos, que apresenta uma descrição equiparável
da proteína S (a chave viral que se encaixa na ACE2). Juntos, estes dois estudos oferecem uma
descrição molecular bem detalhada do primeiro passo desta infecção viral que possibilitará o
desenvolvimento de anticorpos que possam se unir à proteína S do vírus ou à proteína ACE2
das células humanas, bloqueando a infecção (NUÑO DOMÍNGUEZ, El PAÍS, 2020).
Segundo Nuño Domínguez (El PAÍS, 2020), estes pesquisadores consideram que este
estudo “não só joga luz sobre a compreensão do processo infeccioso como também contribui
para o desenvolvimento de novas técnicas para detecção do vírus no corpo humano e para o
desenvolvimento de compostos terapêuticos antivirais pois descreve as várias mutações −
mudanças na sequência de unidades formadoras das proteínas do vírus, observação JQI − que
aumentam a capacidade e a força com a qual o vírus se une às células humanas e outras que as
diminuem. Trata-se de um conhecimento básico para entender a natureza do novo vírus e de
como ele se compara com outros similares, como o SARS. Portanto, fornecem informações
importantes sobre as bases moleculares para o reconhecimento e a infecção por coronavírus”.
Encerramos esta seção apresentado, a seguir, ilustrações dos sintomas da COVID-19 e de
outras infecções para uma análise comparativa do nosso leitor.
Pg. 21 As dimensões macroscópica e microscópica da ciência
Pg. 22 As dimensões macroscópica e microscópica da ciência
Poesia em tempos de COVID-19:
“O sabão” de Monteiro Lobato
❑ Chama a atenção que A PELE É UMA SUPERFÍCIE IDEAL PARA UM VÍRUS, pois
é um material orgânico cujas proteínas e ácidos graxos das células mortas na camada
superficial deste órgão interagem com o vírus por meio de ligações de hidrogênio e
de interações hidrofílicas semelhantes às da gordura.
❑ EM SEGUIDA ESCLARECE: Quando você toca, por exemplo, uma superfície de aço
com uma partícula de vírus depositada nela, ela irá grudar na sua pele transferindo-
se para as suas mãos. “MAS VOCÊ AINDA NÃO ESTÁ INFECTADO”! No entanto,
se você tocar em seu rosto, o vírus pode ser transferido de suas mãos e para o seu
rosto ficando perigosamente próximo das suas vias aéreas e das membranas (tipo
mucosas) na boca e nos olhos para que possa entrar e PRONTO... VOCÊ ESTÁ
INFECTADO! A menos que seu sistema imunológico inative o vírus. Se o vírus
estiver em suas mãos, você pode transmiti-lo apertando a mão de outra pessoa.
“Beijos, bem, isso é bastante óbvio” ... “Também não é preciso dizer que se alguém
espirrar bem na sua cara, você corre serio risco de contaminação” (com adaptação e
tradução JQI).
Adaptado de https://bodell.mtchs.org/OnlineBio/BIOCD/text/chapter6/concept6.2.html
Pg. 28 A profilaxia do sabão
COMO FUNCIONA O SABÃO: Lavar com água e sabão é uma maneira eficaz de destruir e
desalojar muitos micróbios, incluindo o novo coronavírus. No nível molecular, o sabão
quebra as coisas. No nível da sociedade, ajuda a manter todos unidos
(FERRIS JABR, New York Times, com tradução do JQI). Crédito da imagem:
https://www.nytimes.com/2020/03/13/health/soap-coronavirus-handwashing-germs.html
Como o vírus 2019-nCoV é detectado usando
a técnica RT-PCR em tempo real?
Crédito da imagemhttps://www.iaea.org/newscenter/news/how-is-the-covid-19-virus-detected-using-real-time-rt-pcr
EQUIPE EDITORIAL:
✓ Jane Maria Gonçalves Laranjeira ✓ Luís Henrique Raimundo
✓ Roberto Araújo Sá ✓ Magdalena Laurence Tavares Omena
✓ Aline Mayara Viana do Nascimento ✓ Marcelo Fabrício Araújo
✓ Daniel Sobral de Oliveira ✓ Maria Izabel da Silva Cavalcanti
✓ Edclecia de Vasconcelos Silva ✓ Thais de Sá Tenorio
✓ Lucimário Edilson Gomes Lisboa ✓ Vladimir Cavalcanti da Silva Junior