El Asceta

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EL ASCETA

El Asceta é um quadro de autoria de Pablo Picasso,


feito em 1903.

Figura 1- El Asceta Figura 2- Pablo Picasso


Tem como base, a tranferência do sentimento de
tristeza e solidão por parte de um homem em tons de
azul.
A chamada "obra de arte" poderá ter várias
interpretações de pessoa para pessoa, sendo difícil
chegar a um consenso para esta definição.
O que nos leva à necessidade de responder ao seguinte
problema:
- O que faz com que uma obra específica,
nomeadamente El Asceta, seja considerada arte?
A Arte como
expressão
ROBIN GEORGE COLLINGWOOD
R. G. Collingwood, propõe-se a responder à
questão: "O que é arte?". A sua resposta é das mais
conhecidas versões da teoria expressivista da arte,
sendo esta:
Figura 3- Collingwood
Algo é arte se, e só se, é expressão imaginativa de
emoções

PERSPETIVA DE COLLINGWOOD
1. Collingwood estabelece uma distinção entre
"arte em sentido próprio" e "arte em sentido
impróprio". Isto porque para ele a palavra
arte é muitas vezes usada num sentido
impróprio em situações que não passa de um
ofício.
2. Um ofício é uma atividade em que uma
matéria-prima é transformada num produto
previamente concebido, através de certa
técnica
3. Para Collingwood arte em sentido próprio
não pode ser considerada um ofício, se assim
fosse a arte não passaria disso. Ou seja, a
arte não é estimulação de emoções
4. Concluindo assim que a arte é expressão de
emoções, tendo em conta que assim, não
poderá ser considerado um ofício

LIEV TOLSTÓI
Liev Tolstói, constitúi outra versão para esta
teoria. A sua resposta pode ser formulada por:
Uma obra é arte se, e só se, isso foi produzido por
alguém com o intuito de exprimiras emoções ou
sentimentos do artista demodo a contagiar as
outras pessoas com o mesmo sentimento.
Figura 4- Tolstói
A Arte como
expressão
PERSPETIVA DE TOLSTÓI
1.O artista tem de sentir emoção.
2.O público tem de sentir a emoção do artista.
3.As emoções do público e do artista têm de ser as mesmas, o que se
confere neste quadro.
4.Tem de haver autenticidade da parte do artista (emoções verdadeiras).
5.O artista tem de ter a intenção de provocar emoções.

RELAÇÃO COM ESTA OBRA DE ARTE


Esta obra foi desenvolvida no chamado "período azul de picasso", que
simboliza a fase mais deprimente da sua vida devido à morte de um amigo.
Picasso expressava e transmitia sua tristeza a partir de uma cor azul frio,
melancólico e de figuras deprimentes, como é o caso da obra El Asceta.
Concluindo assim que a perspetiva de Tolstói se encaixa perfeitamente na
situação de Pablo Picasso e sua obra.

OBJEÇÕES À TEORIA
1- É demasiado restrita porque exclúi do domínio da arte alguns dos
exemplos mais paradigmáticos. Ou seja, partindo desta teoria, pressupõe-
se que a arte tem de necessáriamente ter de haver com a emoção, sendo
que várias correntes artísticas não têm conteúdo emocional, por exemplo
a arte aleatória ou arte perceptiva

2- Incorre à "falácia intencional", já que pela teoria de Collingwood, a arte


depende das intenções do artista na criação, e na melhor das hipóteses
apenas o próprio artista sabe das suas intenções na produção da obra.
Muitos críticos apelidaram de falácia intencional a apreciar a arte através
de intenções, quando a arte deveria ser apreciada por si só independente
das intenções do artista quando a concebeu

BIBLIOGRAFIA
FARIA, Domingos; GAMA, Ana; VERÍSSIMO, Luís (2021), Como pensar tudo
isto? Filosofia -11.º Ano, Lisboa, Asa Editora.
Beltrão, C (2019). O rosa e o azul de Picasso. Disponível em:
http://www.artenarede.com/o-rosa-e-o-azul-de-picasso/, consultado a
7/04/2023.
Frazão, D (2020) Biografia de Leon Tolstói. Disponível em:
https://www.ebiografia.com/leon_tolstoi/, consultado a 07/04/2023.

Filosofia 11º B Gabriel Araújo nº 14

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