Introdução
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1. Conceito de avaliação
O termo avaliação é muito abrangente. A consulta ao significado de avaliação em dicionários
mostra as diferentes acepções do termo. Avaliação é o aspecto modal do processo educativo
formal: ela “... espelha ou reflete, de maneira implícita ou explícita, algum valor que
possibilita ao avaliador julgar e comparar diferentes realidades num determinado contexto
educacional “. (Vale:1979:2).
Segundo o professor Cipriano Carlos Luckesi, citado por Libâneo (1991:196) "a avaliação é
uma apreciação qualitativa sobre dados relevantes do processo de ensino e aprendizagem
que auxilia o professor a tomar decisões sobre o seu trabalho."
Para Golias (1995; p90) a avaliação é "entendida como um processo dinâmico, continuo e
sistemático que acompanha o desenrolar do acto educativo".
"Avaliação é um processo contínuo de pesquisas que visa a interpretar os conhecimentos,
habilidades e atitudes dos alunos, tendo em vista mudanças esperadas no comportamento
dos alunos, propostas nos objectivos, a fim de que haja condições de decidir sobre
alternativas de planificação do trabalho e da escola como um todo" Piletti (1986:190)
Libâneo (1991; p196) define "avaliação como uma componente do processo de ensino que
visa, através da verificação e qualificação dos resultados obtidos, a determinar a
correspondência destes com os objectivos propostos e, daí, orientar a tomada de decisões
em relação às actividades didácticas seguintes".
Nérici (1985; p449) "relaciona avaliação com a verificação de aprendizagem pois, para ela, a
avaliação é o processo de atribuir valores ou notas aos resultados obtidos na verificação da
aprendizagem".
2. Os conteúdos da avaliação
A determinação dos resultados esperados implica a consideração obvia dos objectivos de
cada programa de desciplina, capitulo e aula.No fim de um programa de desciplina, capitulo
e aula espera-se alcançar um determinado comportamento nos domínios cognitivos,
afectivos e psicomotor, usando determinados meios e com um certo padrão de medida.
Apartir dos objectivos de cada programa de disciplina, capitulo e aula o professor selecciona
os conte
Os conteúdos a serem avaliados, o que se reflete na elaboração dos tiopos de questões ou
tarefas ou actividades a colocar aos alunos.
4. Tipos de avaliação
8. Conclusão
A avaliação no seio da actividade de aprendizagem é uma necessidade, tanto para o
professor como para o aluno. A avaliação permite ao professor adquirir os elementos de
conhecimentos que o tornem capaz de situar, do modo mais correcto e eficaz possível, a
ação de estímulo, de guia ao aluno. A este último, então permite verificar em que aspectos
ele deve melhorar durante seu processo de aprendizagem.
A avaliação reflecte sobre o nível do trabalho do professor como do aluno, por isso a sua
realização não deve apenas culminar com atribuição de notas aos alunos, mas sim deve ser
utilizada como um instrumento de colecta de dados sobre o aproveitamento dos alunos.
Esta, porém, determina o grau da assimilação dos conceitos e das técnicas ou normas;
ajudam o professor a melhorar a sua metodologia de trabalho, também ajuda os alunos a
desenvolverem a auto confiança na aprendizagem do aluno; determina o grau de assimilação
dos conceitos.
A avaliação, em síntese, serve de informação para a melhoria não só do produto final, mas
do processo de sua formação. Se a avaliação falhar, não será possível dispor de orientação
sobre a relação entre o plano e os resultados obtidos. Daí resultam a frustração, a sensação
de insegurança, a falta de direção precisa.
A avaliação diagnóstica deve acontecer no início de cada ciclo ou ano letivo, pois assim fica
mais fácil detectar os erros e planejar as atividades que serão realizadas. Avaliação
formativa tem como propósito informar ao professor e aluno sobre os resultados da
aprendizagem, durante as atividades escolares. Onde possibilita a reformulação no mesmo e
assegurar o alcance dos objetivos. Tem o nome formativa, pois indica como os alunos estão
se modificando em direção aos objetivos. A avaliação somativa tem a função de classificar os
alunos ao final da unidade, semestre ou ano letivo, segundo níveis de aproveitamento
apresentados. Objetiva avaliar de maneira geral o grau em que os resultados mais amplos
têm sido alcançados ao longo e ao final de um curso.
A maioria dos professores concorda, segundo estudo de Frary, Cross e Weber (1993), que a
avaliação tem de considerar a destreza do aluno, o seu esforço e o seu comportamento.
Mas para que seja possível uma avaliação alternativa, segundo Fernandes (1993), é
necessário atribuir-se relevo aquilo que os alunos sabem, segundo o princípio da
positividade, que os instrumentos sejam diversificados, que a avaliação concorde com o
currículo, as estratégias e as metodologias de ensino, devendo existir coerência entre as
tarefas de aprendizagem e a avaliação.
Os professores deverão conhecer os tipos da avaliação que efectivamente concretizam no
seu dia-a-dia e desenvolver compromissos que se orientem para novas práticas avaliativas.
Essa consciencialização e esse compromisso implica a reflexão baseada na prática, de tal
modo que possa valorizar diferentes modalidades de avaliação pela experiência da utilidade
das mesmas. Esta componente de reflexão a partir de situações reais de avaliação, de
integração entre teoria e prática, parece-nos fundamental para garantir práticas profissionais
de avaliação de qualidade.
9. Bibliografia
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BRUNER e ZELTNER Dicionario de Psicopedagogia e psicologia Educacional.
Petropoles, vozes, 1994.
FIRME, T. P. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação. Rio de Janeiro
1994.
GADOTTI, M. Uma escola para todos os caminhos da autonomia escolar. Petrópolis:
Vozes, 1991.
LIBÂNEO, José; A Prática Pedagógica de Professores da Escola Pública. São Paulo,
1985.
LUCKESI, C.C. Avaliação da aprendizagem escolar. 14ª Ed. São Paulo: Cortez, 2002.
MELO, M. M. (org.) Avaliação na educação. São Paulo: Editora Melo, 2007.
MINED, regulamento geral do ensino básico. Maputo, 2003
PILET, Nelson; Psicologia Educacional, Editora Ática, 17ª Edição, São Paulo, 2000.