PDF 20120025
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Faz saber que a Câmara Municipal de Vereadores aprovou e eu sanciono e promulgo a seguinte Lei:
TÍTULO
Art. 1º Esta Lei Complementar institui I - DAS
o Regime DISPOSIÇÕES
Jurídico PRELIMINARES
dos Servidores Públicos do Poder Executivo e Legislativo do
Município de Canela.
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, servidor público é a pessoa legalmente investida em cargo público.
Art. 3º Cargo público é o criado em lei, em número certo, com denominação própria, com vencimento padronizado,
remunerado pelos cofres municipais, ao qual corresponde um conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas
ao servidor público.
Parágrafo único. Os cargos públicos serão de provimento efetivo ou em comissão.
Art. 4º A investidura em cargo público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou provas e títulos,
de acordo com a natureza e a complexidade do cargo, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargos
em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração.
§ 1º A investidura em cargo do magistério municipal será por concurso público de provas e títulos.
§ 2º Somente poderão ser criados cargo de nomeação em comissão para atender encargos de direção chefia,
assessoramento, e seu provimento, nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei.
Art. 5º Função de confiança, identificado como função gratificada, é a instituída por lei para atender encargos de
direção, chefia ou assessoramento, sendo privativa de servidor detentor de cargo de provimento efetivo, integrante do
Quadro do Município ou posto a sua disposição, observados os requisitos para o exercício.
Parágrafo único. A carga horária, atribuições e demais requisitos para o exercício da função gratificada serão
definidos na lei municipal de criação das respectivas funções.
Art. 6º É vedado cometer ao servidor atribuições diversas das de seu cargo, exceto encargos de direção, chefia ou
assessoramento e comissões legais.
Seção
Art. 10. O concurso público será de provas ou II - Do eConcurso
de provas Público o disposto no§ 1º do art. 4º desta Lei.
títulos, ressalvado
§ 1º As normas gerais para realização de concurso serão estabelecidas e regulamentadas por decreto.
§ 2º Além das normas gerais, os concursos serão regidos por instruções especiais, constantes nos editais
respectivos, observadas as disposições legais.
Art. 11. O prazo de validade do concurso será de até 02 (dois) anos, prorrogável, uma vez, por igual período.
Seção III - Da Nomeação
Art. 13. A nomeação em caráter efetivo obedecerá à ordem de classificação obtida pelo candidato e ao prazo de
validade do concurso, ressalvada a hipótese de opção do candidato por última chamada.
Art. 16. Nos casos de reintegração e aproveitamento, o prazo de que trata o § 1º do artigo anterior será contado da
data do ciente por parte do interessado.
Art. 18. O início, a interrupção e o reinício do exercício serão registrados no assentamento individual do servidor.
Seção V - Da Estabilidade
Seção V efetivo
Art. 19. O servidor nomeado para cargo de provimento - Da Estabilidade
em virtude de concurso público adquire estabilidade após
três anos de efetivo exercício, na forma desta Lei.
Parágrafo único. O servidor estável só perderá o cargo:
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa e o contraditório;
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada a
ampla defesa e o contraditório; ou
IV - para cumprimento dos limites da despesa com pessoal, nos termos doart. 169 da Constituição Federal e da
legislação correlata.
Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório
por período de 03 (três) anos, durante o qual a sua aptidão, capacidade e desempenho serão objetos de procedimento
de avaliação realizada pelos avaliadores designados para esse fim, enquadrados no quadro de provimento efetivo ,
com vista à aquisição da estabilidade, observados os seguintes quesitos:
I - assiduidade;
II - pontualidade;
III - disciplina;
IV - eficiência;
V - responsabilidade;
VI - cooperação.
§ 1º A avaliação será realizada em conjunto com a chefia através de boletins de desempenho, cada um deles
abrangendo o período de 03 (três) meses de exercício.
§ 2º Três meses antes de findo o período do estágio probatório, será submetida à homologação do Chefe do Poder a
avaliação do desempenho do servidor, realizada de acordo com o que dispuser o regulamento, sem prejuízo da
continuidade de apuração dos quesitos enumerados nos incisos I a VI deste artigo.
§ 3º Verificado, em qualquer fase do estágio, seu resultado totalmente insatisfatório em 03 (três) avaliações, será
processada a exoneração do servidor, observado o disposto na legislação específica, sendo-lhe garantido o direito a
mais ampla defesa e o contraditório.
§ 4º Sempre que se concluir pela exoneração do servidor em estágio probatório, ser-lhe-á dada a possibilidade de ter
vistas do processo, pelo prazo de 10 (dez) dias úteis para apresentar defesa e indicar as provas que pretenda produzir,
sendo dispensado de suas funções sem prejuízo de seu vencimento. A defesa, quando apresentada, será apreciada
em relatório conclusivo, por Comissão Especial, podendo também ser determinadas diligências e ouvidas testemunhas.
§ 5º O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo
anteriormente ocupado, observado o disposto no art. 23 desta Lei.
§ 6º Decorrido o prazo de defesa, e atendidas as diligências eventualmente requeridas e determinadas, o Chefe do
Poder decidirá após ouvida a Comissão de Especial, no prazo de 15 (quinze) dias em ato motivado, pela exoneração
do servidor, ou sua manutenção no cargo, continuando, neste caso sob observação, respeitando o período máximo do
estágio probatório.
Art. 21. A avaliação do servidor ocorrerá no efetivo exercício do cargo para o qual foi nomeado.
§ 1º Todo e qualquer afastamento do efetivo exercício do cargo suspendem a avaliação do estágio probatório.
§ 2º Cessada a causa suspensiva a avaliação será retomada.
Art. 22. Durante o processo de avaliação o servidor deverá ter vista de cada boletim de estágio, podendo se manifestar
sobre os itens avaliados pelas(s) respectiva(s) chefia(s), devendo apor sua assinatura.
Art. 23. O servidor que não preencher algum dos requisitos do estágio probatório deverá receber orientação adequada
para que possa corrigir as deficiências.
Art. 24. Nos 03 (três) primeiros meses o Município poderá proporcionar a adaptação e treinamento do servidor em
estágio probatório.
Parágrafo único. O servidor em estágio probatório, quando convocado deverá participar de todo e qualquer curso
específico referente às atividades de seu cargo.
Art. 25. Nos casos de cometimento de falta disciplinar, o estagiário terá a sua responsabilidade apurada através de
sindicância ou processo administrativo disciplinar, independente da continuidade da apuração do estágio probatório.
Art. 26. O servidor em estágio probatório não poderá ser cedido ou permutado.
Seção VI - Da Recondução
Seçãoao
Art. 27. Recondução é o retorno do servidor estável VI cargo
- Da Recondução
anteriormente ocupado.
§ 1º A recondução decorrerá de inabilitação em estágio probatório em outro cargo municipal de provimento efetivo.
§ 2º A hipótese de recondução de que trata o parágrafo anterior, será apurada nos termos dos parágrafos doart. 20
desta Lei.
§ 3º Inexistindo vaga, serão cometidas ao servidor as atribuições do cargo de origem, assegurados os direitos e
vantagens decorrentes, até o regular provimento.
Seção
Art. 28. Readaptação é a investidura do servidor em VII - DadeReadaptação
cargo atribuições e responsabilidades, habilitação e nível de
escolaridade compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, verificada em junta
médica designada pelo Município.
§ 1º A readaptação será efetivada em cargo de igual nível de vencimento ou inferior.
§ 2º Realizando-se a readaptação em cargo de padrão inferior, ficará assegurado ao servidor a irredutibilidade do
vencimento.
§ 3º Inexistindo vaga serão cometidas ao servidor as atribuições do cargo indicado, até o regular provimento.
Art. 29. Definido o cargo, serão cometidas as respectivas atribuições ao servidor em período experimental, pelo órgão
competente, por prazo de até 90 (noventa) dias, mediante acompanhamento a ser realizado pela chefia, conforme
regulamentado por decreto.
§ 1º Verificada a aptidão do servidor para o exercício das atribuições do cargo, será formalizada sua readaptação, por
ato da autoridade competente.
§ 2º Constatada a inaptidão do servidor para o exercício das atribuições do cargo, observado o disposto doart. 19
desta Lei, serão ao readaptando cometidas atribuições de outro cargo, iniciando-se novo período experimental.
Seção por
Art. 30. Reversão é o retorno do servidor aposentado VIII invalidez
- Da Reversão
à atividade no serviço público municipal, verificado,
em processo, que não subsistem os motivos determinantes da aposentadoria.
§ 1º Inexistindo vaga, serão cometidas ao servidor as atribuições do cargo de origem, assegurados os direitos e
vantagens decorrentes, até o regular provimento.
§ 2º Em nenhum caso poderá efetuar-se a reversão sem que, mediante junta médica, fique provada a capacidade
para o exercício do cargo.
§ 3º Somente poderá ocorrer reversão para cargo anteriormente ocupado ou, se transformado, desde que compatíveis
os requisitos de investidura com os do cargo originário.
Art. 31. Será tornada sem efeito a reversão e cassada a aposentadoria do servidor que não entrar no exercício do
cargo para o qual haja sido revertido, salvo motivo de força maior, devidamente comprovado, no dia imediatamente
posterior à data da publicação do ato, acompanhada da ciência do servidor.
Art. 32. Não poderá reverter o servidor aposentado que já tiver completado 70 (setenta) anos de idade.
Seção IX - Da Reintegração
Seção efetivo
Art. 33. A reintegração é a reinvestidura do servidor IX - Dano
Reintegração
cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de
sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de
todas as vantagens e direitos.
Parágrafo único. Reintegrado o servidor e não existindo vaga, aquele que houver ocupado o cargo será reconduzido,
nos termos do art. 27 desta Lei, sem direito à indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade,
temporariamente, até a criação de vaga.
Seção
Art. 34. Extinto o cargo ou declarada X - desnecessidade,
a sua Da Disponibilidade e do Aproveitamento
o servidor estável ficará em disponibilidade remunerada,
até seu adequado aproveitamento em outro cargo.
Art. 35. O aproveitamento do servidor em disponibilidade dar-se-á em cargo equivalente por sua natureza e retribuição
àquele de que era titular, dependendo de prévia comprovação de boa saúde física e mental.
§ 1º Verificada a incapacidade definitiva para qualquer função, por junta médica oficial, o servidor em disponibilidade
será encaminhado ao órgão de previdência para com requerimento de aposentadoria por invalidez.
§ 2º No aproveitamento, terá preferência o servidor que estiver há mais tempo em disponibilidade e, no caso de
empate, o que contar mais tempo de serviço público municipal.
Art. 36. Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o servidor não entrar em exercício no
dia imediatamente posterior a data da publicação do ato e sua cientificação, salvo doença comprovada por junta
médica designada pelo Município.
Seção XI - Da Lotação
Seção
Art. 37. Lotação é a distribuição dos servidores nas XI - Da Lotação
Secretarias e Departamentos que devam exercer suas funções.
§ 1º A indicação da Secretaria e ou Departamento atenderá sempre que possível à relação entre as características
demonstradas pelo servidor, às competências do cargo e as atividades da Secretaria.
§ 2º A lotação, no caso de nomeação em cargo em comissão ou designação para função gratificada, será
compreendida no próprio ato.
CAPÍTULO II - DA VACÂNCIA
Art. 40. A abertura de vaga ocorrerá na data da publicação da lei que criar o cargo ou do ato que formalizar qualquer
das hipóteses previstas no art. 38 desta Lei.
Art. 41. A vacância de função gratificada dar-se-á por dispensa, a pedido ou de ofício.
Art. 43. O substituto fará jus ao vencimento do cargo em comissão ou do valor da função gratificada, proporcional aos
dias de efetiva substituição.
CAPÍTULO II - DA RELOTAÇÃO
CAPÍTULO
Art. 44. Relotação é o deslocamento do servidor de umaII para
- DA outra
RELOTAÇÃO
repartição, mediante ato da autoridade competente.
Parágrafo único. A relotação poderá ocorrer:
I - a pedido, atendida a conveniência do serviço;
II - de ofício, no interesse da Administração Municipal;
III - por permuta entre órgãos do mesmo poder, a qual será precedido de requerimento firmado por ambos
interessados.
CAPÍTULO
Art. 45. A permuta entre órgãos será precedida III - DA PERMUTA
de requerimento/ofício firmado por ambos interessados e só será
deferida se atendidos os interesses da Administração Municipal.
§ 1º Somente poderá ser autorizada permuta de servidores estáveis.
§ 2º A permuta será com ou sem ônus para o órgão de origem.
§ 3º O servidor permutado poderá ser designado para o exercício de função gratificada.
CAPÍTULO
Art. 46. O exercício IV - DO
de função deEXERCÍCIO
confiança, a DE
ser FUNÇÕES GRATIFICADAS
exercida exclusivamente por Eservidor
CARGOS EM COMISSÃO
público titular de cargo de
provimento efetivo e estável, ocorrerá sob a forma de função gratificada.
Art. 47. A designação para o exercício da função gratificada, que nunca será cumulativa com o cargo em comissão,
será feita por ato expresso da autoridade competente.
Art. 48. O valor da função gratificada será percebido conjuntamente com a remuneração do cargo de provimento
efetivo.
Parágrafo único. É facultado ao servidor efetivo do Município, quando nomeado para o exercício de cargo em
comissão, optar pela designação para o exercício da função gratificada correspondente.
Art. 49. O valor da função gratificada continuará sendo percebido pelo servidor que, sendo seu ocupante, estiver
ausente em concessões, licenças e afastamentos previstos em lei, nas quais o servidor continua com direito ao
vencimento normal, como se em exercício estivesse.
Art. 50. Será tornada sem efeito a designação do servidor que não entrar no exercício da função gratificada no dia
imediatamente posterior ao da publicação do ato de designação, sendo reduzido a termo.
Parágrafo único. O servidor designado para função gratificada deverá assinar a posse e o exercício nos termos dos
arts. 14 e 15 desta Lei.
Art. 51. A designação para o exercício de função gratificada poderá recair a servidor ocupante de cargo efetivo de outra
entidade pública, posto à disposição do Município, sem prejuízo de seus vencimentos na origem, vedada eventual
acumulação, conforme o art. 37, XVI e XVIII da Constituição Federal.
Art. 52. Poderá o servidor efetivo ao assumir uma função gratificada optar por exercer na sua integralidade o cargo
equivalente na forma de cargo em comissão, percebendo o valor global do vencimento deste.
Art. 53. O servidor que tiver exercido função gratificada terá esta gratificação incorporada aos vencimentos, por
requerimento, proporcionalmente, em razão do decurso do tempo, na proporção de: (redação original)
Art. 55. A carga horária de cada cargo ou função é a estabelecida na legislação específica, não podendo a duração do
trabalho normal ser superior a 08 (oito) horas diárias e 44 (quarenta e quatro) horas semanais.
Art. 56. Atendendo à conveniência ou à necessidade do serviço e mediante acordo com a entidade representativa dos
servidores, poderá ser instituído sistema de compensação de horário, hipótese em que a jornada diária poderá ser
superior a oito horas e a carga horária semanal superior a 44 (quarenta e quatro) horas, sendo o excesso de horas
compensado pela correspondente diminuição em outro dia.
Parágrafo único. A compensação de que trata o caput deverá ocorrer no prazo máximo de três meses, salvo se
declarado estado de calamidade pública, quando o prazo poderá ser prorrogado mediante acordo com a entidade
representativa dos servidores. (NR) (redação estabelecida pelo art. 1º da Lei Complementar nº 087, de 23.04.2020)
Art. 57. Conforme necessidade do serviço e se houver previsão nas atribuições do cargo, poderá ser instituída escala
de plantão, mediante decreto, observado o disposto no art. 56 desta Lei.
Art. 59. O órgão de pessoal será responsável pelo controle e fiscalização do ponto de todos os servidores do
Município, podendo efetuar apontamentos, mensalmente, sempre que necessário.
Art. 60. Excepcionalmente, até o limite de 10 (dez) faltas no ano, poderá o servidor requerer à chefia
imediata/Secretário da pasta, através de requerimento, a recuperação de ausências ao serviço.
§ 1º Para efeitos do que dispõe este artigo, considera-se causa justificada de ausência ao serviço o fato que, por sua
natureza e circunstância no âmbito pessoal, possa razoavelmente constituir-se em escusas do não comparecimento ao
serviço.
§ 2º Ao chefe da repartição, ressalvado o caráter de excepcionalidade, caberá decidir pelo acolhimento ou não do
requerido e, em caso positivo, determinar os dias para recuperação, vedados qualquer outra forma de abono de faltas.
§ 3º Acolhida à justificativa da falta, o chefe imediato deverá determinar os dias para a recuperação determinando
suas tarefas conforme suas atribuições, encaminhando o respectivo expediente ao órgão de pessoal para os devidos
registros, junto com o boletim de efetividade, observadas as seguintes condições:
I - o requerimento de ausência previsto neste artigo deverá ser apresentado no prazo máximo de até 03 (três) dias
úteis após o afastamento, observado o fechamento da efetividade.
II - não serão aceitas propostas de recuperação anteriores à data de afastamento, exceto quando a ausência e a
compensação tiverem sido previamente autorizadas e ocorrerem dentro do mesmo período de efetividade. (NR)
(redação estabelecida pelo art. 3º da Lei Complementar nº 092, de 11.11.2021)
III - a recuperação poderá ser realizada inclusive no período de intervalo do servidor, devendo ser respeitado o
intervalo de 60 (sessenta) minutos.
IV - o horário mínimo para recuperação não poderá ser inferior a 30 (trinta) minutos diários consecutivos.
V - a recuperação deverá ocorrer até o prazo máximo de 02 (dois) meses a contar do afastamento.
§ 4º A investidura em novo cargo ou função pública no mesmo ano não implicará em reinício da contagem de dias de
falta prevista neste artigo.
Art. 60.
II - não serão aceitas propostas de recuperação retroativas à data do afastamento;(redação original)
Art. 62. A prestação de serviços extraordinários somente poderá ocorrer por expressa determinação da autoridade
competente, mediante solicitação fundamentada da chefia do servidor, sob pena de nulidade do ato e desconsideração
das horas extras.
§ 1º O serviço extraordinário será remunerado por hora de trabalho que exceda o período normal da carga horária,
com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) e de 100% (cem por cento) em domingos e feriados, em relação a hora
diária.
I - A hora extra será calculada da seguinte forma:
a) o vencimento do cargo dividido pela carga horária mensal, acrescido de 50% (cinquenta) ou 100% (cem por
cento) quando ocorrer em domingos e feriados, multiplicados pelas horas efetivamente realizadas;
b) a carga horária semanal e mensal é definida no Plano de Carreira dos servidores do Município.
§ 2º Salvo casos excepcionais, devidamente justificados, não poderá o trabalho extraordinário exceder a 02 (duas)
horas diárias.
§ 3º O serviço extraordinário será contado se for igual ou superior a 15 (quinze) minutos consecutivos, imediatamente
antes ou após o horário normal de expediente.
§ 4º As horas extras serão pagas mediante registro do ponto do servidor.
§ 5º Não será pago hora extra sem comprovação de registro de ponto.
§ 6º Ponto facultativo e suspensão de expediente exclui pagamento de horas extras, exceto ao horário que exceder a
carga horária diária.
§ 7º O servidor que for convocado para serviço extraordinário em sábados, domingos e feriados, deverá fazer intervalo
de no mínimo 01 (uma) hora quando estas horas forem superiores 06 (seis) horas.
§ 8º O período de tempo que o servidor estiver em curso de qualificação profissional, incluindo deslocamento, não
importará em pagamento de serviço extraordinário, nem tampouco para compensar horários.
§ 9º Ao servidor detentor de cargo em comissão ou designado para o exercício função gratificado não será pago
serviço extraordinário.
Art. 63. Os servidores de provimento efetivo, de provimento em comissão ou designados para função gratificada não
tem direito à folga, exceto os servidores que realizam suas funções sob forma de plantão, não tendo direito à mesma se
estiverem recebendo o sábado, domingo ou feriado como serviço extraordinário ou outra forma de compensação.
CAPÍTULO
Art. 64. O servidor tem direito a repouso III - num
remunerado, DO REPOUSO
dia de cadaSEMANAL
semana, preferencialmente aos domingos, bem
como nos dias de feriados civis e religiosos.
Parágrafo único. A remuneração do dia de repouso corresponderá a 01 (um) dia normal de trabalho.
Art. 65. Perderá a remuneração do repouso o servidor que tiver faltado ao serviço, durante a semana, sem motivo
justificado, mesmo que em apenas 01 (um) turno.
Parágrafo único. São motivos justificados as concessões, licenças e afastamentos previstos em lei, nas quais o
servidor continua com direito ao vencimento normal, como se em exercício estivesse.
Art. 66. Atendendo à conveniência ou à necessidade do serviço, poderá ser exigido o trabalho nos dias feriados civis e
religiosos, hipótese em que as horas trabalhadas serão pagas com acréscimo de 100% (cem por cento) da hora normal,
salvo a hipótese de compensação, nos termos do art. 56 desta Lei.
CAPÍTULO
Art. 67. Pelo cumprimento da carga horária IV - de
semanal DOsegunda
SÁBADO COMPENSADO
à sexta-feira, o servidor adquire direito ao sábado
compensado.
Parágrafo único. Perderá o direito à remuneração do sábado compensado, o servidor que faltar ao serviço
injustificadamente de segunda à sexta-feira.
Art. 69. Remuneração é o vencimento acrescido das parcelas pecuniárias incorporadas ou não, excluídas aquelas de
natureza indenizatória.
Parágrafo único. O pagamento da remuneração de todos os servidores será efetuado até o 5º (quinto) dia do mês
subsequente, em parcela única.
Art. 70. Nenhum servidor poderá perceber mensalmente, a título de remuneração ou subsídio, importância maior do
que a fixada como limite pela Constituição Federal, nos termos do art. 37, inciso XI.
Art. 71. Em qualquer hipótese, o total dos valores percebidos como remuneração, em espécie, a qualquer título, por
servidor público municipal, não poderá ser superior aos valores percebidos como remuneração, em espécie, pelo Chefe
do Poder Executivo.
Art. 72. A menor remuneração atribuída a cargo público não poderá ser inferior ao salário mínimo nacional.
Parágrafo único. Quando a remuneração for inferior ao salário mínimo nacional, o Município efetuará pagamento na
forma de complementação aos servidores que se enquadrarem nessa situação.
Art. 74. O período em que o servidor estiver em reclusão não computará para fins de:
I - prêmio assiduidade;
II - férias;
III - gratificações temporais.
Art. 75. Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, nenhum desconto incidirá sobre a remuneração ou provento.
§ 1º Mediante autorização do servidor, poderá haver consignação em folha de pagamento a favor de terceiros, a
critério do órgão de pessoal e com reposição de custos, até o limite de 40 % (quarenta por cento) da remuneração.
§ 2º No cálculo da margem para fins de liberação de desconto em folha de pagamento, contar-se-á vencimento,
avanços, gratificação adicional de tempo de serviço, gratificação por escolaridade, incorporação pelo exercício de
função gratificada, incorporação da gratificação de função de membro do controle interno, parcelas decorrentes de
sentença judicial transitada em julgado e o valor fixo dos proventos de aposentadoria e pensão, descontado o valor
pago pelo Regime Geral de Previdência Social. (NR) (redação estabelecida pelo art. 1º da Lei Complementar nº 092, de
11.11.2021)
§ 3º Será desconsiderado no cálculo previsto no parágrafo anterior, os descontos legais para a previdência social e
para a Receita Federal, bem como pensão alimentícia.
§ 4º É assegurado ao Sindicato da categoria descontar em folha de pagamento, as mensalidades de seus associados
e demais parcelas a favor da entidade, desde que aprovadas em Assembleia Geral, respeitando o limite máximo legal
do parágrafo anterior e condicionado autorização quando necessário.
Art. 75.
§ 2º No cálculo da margem para fins de liberação de desconto em folha de pagamento, contar-se-á apenas
vencimento, avanços e gratificação adicional de tempo de serviço. (redação original)
Art. 76. As reposições devidas à Fazenda Pública poderão ser feitas em parcelas mensais, corrigidas monetariamente
e mediante desconto em folha de pagamento.
§ 1º O valor de cada parcela não poderá exceder a 20% (vinte por cento) da remuneração do servidor.
§ 2º O servidor será obrigado a repor, de uma só vez, a importância do prejuízo causado à Fazenda Pública em
virtude de alcance, desfalque, ou omissão de efetuar o recolhimento ou entradas nos prazos legais.
Art. 77. O servidor em débito com o erário, que for demitido, exonerado ou que tiver a sua disponibilidade cassada, terá
de repor a quantia de uma só vez.
Parágrafo único. A não quitação do débito implicará em sua inscrição em dívida ativa e cobrança judicial.
CAPÍTULO
Art. 78. Além do vencimento, poderão ser pagas II - DAS
ao servidor as VANTAGENS
seguintes vantagens:
I - gratificações e adicionais;
II - avanços;
III - prêmio por assiduidade;
IV - auxílio para diferença de caixa.
Parágrafo único. Salvo nos casos expressamente previstos nesta lei, as vantagens não se incorporarão aos
vencimentos.
Art. 79. As vantagens pecuniárias não serão computadas nem acumuladas para efeito de concessão de quaisquer
outros acréscimos pecuniários ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fundamento.
Art. 80. Todas as vantagens serão concedidas através de ato administrativo, atendendo solicitação formal do
requerente e /ou Secretário da pasta que estiver lotado, devidamente justificado, com exceção daquelas concedidas de
forma automática.
Subseção
Art. 82. A gratificação natalina corresponderá a 1/12I -(um
Da doze
Gratificação
avos) daNatalina
remuneração a que o servidor fizer jus no mês
de dezembro por mês de exercício, no respectivo ano.
§ 1º Os adicionais, as gratificações (inclusive as previstas nos planos de carreira), o auxílio para diferença de caixa, o
valor de função gratificada, as horas extras, as horas noturnas, a convocação para trabalhar em regime suplementar,
serão computados proporcionalmente, observados os valores atuais, a razão de 1/12 (um doze avos) de seu valor
vigente, por mês de exercício.
§ 2º A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias de exercício no mesmo mês será considerada como mês integral.
§ 3º Para o cálculo de horas noturnas e horas extras será utilizada a média aritmética do total anual.
§ 4º O servidor exonerado ou cujo contrato for rescindido perceberá a gratificação proporcionalmente aos meses de
efetivo exercício, calculado sobre a última remuneração.
Art. 83. A gratificação natalina será paga até o dia vinte do mês de dezembro de cada ano.
Parágrafo único. No mês de maio de cada ano, o Município pagará, como adiantamento da gratificação referida, de
uma só vez, 40% (quarenta por cento) da remuneração do mês vigente, observadas as proporcionalidades previstas no
art. 82 desta Lei.
Art. 84. Em caso de falecimento, licença para tratar de interesses particulares ou aposentadoria, a gratificação natalina
será devida proporcionalmente aos meses de efetivo exercício, calculada sobre a última remuneração.
Art. 85. A gratificação natalina não será considerada para cálculo de qualquer vantagem pecuniária.
Subseção
Art. 86. O adicional por tempo de serviço II - DoaoAdicional
é devido por Tempo
servidor efetivo de de
à razão Serviço
15% (quinze por cento) ao completar
15 (quinze) anos de efetivo exercício prestado ao Município, incidente sobre o valor do vencimento e a razão de 1%
(um por cento) a cada ano subsequente.
§ 1º Para cômputo do tempo de serviço para esta gratificação, somente levar-se-á em conta a subordinação ao
regime jurídico estatutário.
§ 2º O servidor fará jus ao adicional a partir do mês em que completar o direito.
§ 3º A gratificação de que trata este artigo será concedida automaticamente.
Art. 87. Suspendem a contagem do tempo para período aquisitivo as seguintes ocorrências, reiniciando a mesma após
o retorno às atividades:
I - os afastamentos para tratamento de saúde, salvo se decorrentes de acidente em serviço ou moléstia profissional,
quando o total de todos os dias no período aquisitivo exceder 90 (noventa) dias, dentro do período aquisitivo do
adicional, em período igual ao número de dias excedentes;
II - os afastamentos para acompanhar familiar adoentado, quando o total de todos os dias no período aquisitivo
totalizar 30 (trinta) dias;
III - licença para o serviço militar obrigatório;
IV - condenação a pena privativa de liberdade por sentença definitiva;
V - penalidade disciplinar de suspensão;
VI - licença para tratar de interesses particulares por qualquer período;
VII - falta.
Art. 88. Quando o servidor apresentar falta, o mesmo deverá compensar em atividade 30 (trinta) dias para cada
ocorrência.
Art. 90. O exercício de atividade em condições de insalubridade assegura ao servidor a percepção de um adicional,
respectivamente, de 40% (quarenta por cento) 20% (vinte por cento), ou 10% (dez por cento), segundo a classificação
nos graus máximos, médio ou mínimo.
Art. 91. Os servidores que executarem atividades perigosas farão jus a um adicional incidente sobre o valor do seu
vencimento.
Art. 93. As atividades insalubres e perigosas serão definidas em laudo técnico regulamentado por decreto desde que
previstas nas Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego e suas alterações, emitido por
profissional habilitado.
§ 1º O laudo técnico das atividades insalubres e perigosas deverá ser renovado, no mínimo, a cada ano pela
Administração Municipal.
§ 2º O pagamento dos adicionais cessará com a eliminação das condições ou riscos que lhe deram causa.
§ 3º É obrigatório o fornecimento e uso de EPI (Equipamento de Proteção Individual).
Art. 94. Os adicionais de insalubridade e periculosidade não são acumuláveis, cabendo ao servidor optar por um deles,
quando for o caso.
Subseção
Art. 95. O serviço noturno prestado em horário IV - Do Adicional
compreendido entre 22 Noturno
(vinte e duas) horas de um dia e 05 (cinco)
horas do dia seguinte, terá o valor-hora acrescido de 30% (trinta por cento).
§ 1º Para cálculo do valor-hora, tomar-se-á como base o vencimento dividido pela carga horária mensal.
§ 2º Nos horários mistos, assim entendidos os que abrangem períodos diurnos e noturnos, o adicional será pago
proporcionalmente às horas de trabalho noturno.
Subseção
Art. 96. Aos detentores de cargos que exerçamVatividades
- Da Gratificação de Risco
ou encargos de Vida
em circunstâncias potencialmente perigosas à
sua integridade física, será concedido gratificação de risco de vida, na forma estabelecida no Plano de Carreira dos
servidores municipais.
Seção II Efetivo
Art. 98. O servidor do Quadro de Cargos de Provimento - Dos Avanços
terá direito a um avanço no valor de 5% (cinco por
cento) do vencimento do cargo em que estiver lotado, que se incorpora à remuneração e será concedido
automaticamente, a cada triênio de vínculo com o Município.
Parágrafo único. O servidor só perceberá o valor correspondente aos avanços quando estiver percebendo o
vencimento do cargo em que for titular.
Art. 99. Os acréscimos de remuneração resultantes de avanços, não serão acumulados para fins de acréscimos
ulteriores nos termos do que dispõe o inciso XIV do art. 37 da Constituição Federal.
Art. 101. O prêmio à assiduidade, a pedido do servidor, poderá ser gozada integral ou parcialmente, atendido o
interesse da Administração Municipal.
§ 1º O servidor não poderá ser convocado para retornar do gozo do prêmio à assiduidade.
§ 2º No caso de parcelamento, nenhuma parcela poderá ser inferior a 15 (quinze) dias.
Art. 102. A conversão em dinheiro de que trata o art. 100 desta Lei poderá ser pago de forma integral ou em parcelas
mensais, que não poderá ser inferior a 15 (quinze) dias.
Art. 103. Não se concederá prêmio à assiduidade ao servidor que, no período aquisitivo afastar-se do exercício do
cargo por qualquer período em virtude de:
I - licença para tratar de interesses particulares;
II - condenação a pena privativa de liberdade por sentença definitiva;
III - ter sofrido penalidade de suspensão.
§ 1º Nas hipóteses previstas nos incisos anteriores, o novo período aquisitivo iniciará no 1º (primeiro) dia de retorno
do servidor às suas atividades.
§ 2º As faltas ao serviço retardarão a concessão da licença prevista neste artigo, na proporção de 30 (trinta) dias para
cada falta.
§ 3º No caso de afastamentos consecutivos ou não dentro do período aquisitivo, por motivo de doença em pessoa da
família que totalizem mais de 30 (trinta) dias ou para tratamento da própria saúde que totalizem mais de 90 (noventa)
dias, ficará suspensa a contagem do tempo, reiniciando-se a mesma após a retorno às suas atividades, devendo-se
compensar os dias afastados.
§ 4º Nas hipóteses dos §§ 2º e 3º deste artigo, as ocorrências dentro do período de compensação serão avaliadas
somente no próximo período aquisitivo.
Art. 104. O número de servidores em gozo simultâneo do prêmio à assiduidade não poderá ser superior a 1/3 (um
terço) da lotação da respectiva unidade administrativa do órgão ou entidade.
Seção IV - Do Auxílio para Diferença de Caixa
Seção I - competente,
Art. 107. Ao servidor que, por determinação da autoridade Das Diárias se deslocar do Município no desempenho de
suas atribuições, ou em missão de estudo de interesse da Administração Municipal, serão concedidas, além de
transporte, diárias para cobrir as despesas de alimentação, pousada e locomoção urbana.
§ 1º As diárias serão pagas antecipadamente, quando requerido pelo servidor, devendo este prestar contas das
mesmas em até 3 (três) dias úteis da data do retorno do deslocamento.
§ 2º As diárias vencidas e não recebidas antecipadamente serão pagas à vista de requerimento do servidor
interessado, instruído pela documentação comprobatória da viagem e da autorização do chefe da repartição em que o
servidor estiver lotado.
§ 3º O valor das diárias será estabelecido por decreto.
Art. 108. O servidor que receber diárias antecipadas e não se afastar do Município, por qualquer motivo, fica obrigado a
restituí-las integralmente no prazo de 3 (três) dias.
Parágrafo único. Na hipótese do servidor retornar ao Município em prazo menor do que o previsto para o seu
afastamento, restituirá as diárias recebidas em excesso, em igual prazo.
Seção II - Do Transporte
Seção
Art. 109. Conceder-se-á indenização de transporte II - Do Transporte
ao servidor que realizar despesas com a utilização de meio próprio
de locomoção para a execução de serviços externos, por força das atribuições próprias do cargo, nos termos de lei
regulamentado por decreto.
Seçãoalimentação
Art. 110. Conceder-se-á indenização de auxílio III - Do Auxílio
para Alimentação
subsidiar as despesas com refeição dos servidores
nos termos da lei, regulamentado por decreto.
Art. 112. Após cada período de 12 (doze) meses ininterruptos da relação laboral com o Município, o servidor terá direito
à férias na seguinte proporção:
I - trinta dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de cinco dias;
II - vinte e cinco dias corridos, quando possuir de seis a dez dias de falta;
III - vinte dias corridos, quando possuir de onze a quinze dias de falta;
IV - quinze dias corridos, quando possuir de dezesseis a vinte dias de falta;
V - dez dias corridos, quando possuir de vinte e um a vinte e cinco dias de faltas.
§ 1º É vedado descontar do período de férias as faltas do servidor ao serviço.
§ 2º O servidor perderá o direito a férias quando possuir mais de 25 (vinte e cinco) faltas ao serviço dentro dos 12
(doze) meses do período aquisitivo.
Art. 113. Não serão consideradas faltas ao serviço às concessões, licenças e afastamentos previstos em lei,
observadas as ressalvas legais.
Art. 114. O tempo de serviço anterior será somado ao posterior para fins de período aquisitivo de férias nos seguintes
casos:
I - licença para o serviço militar obrigatório;
II - penalidade de suspensão aplicada em decorrência de apuração disciplinar;
III - quando o servidor exonerar-se à pedido ou não, mesmo exercendo cargo em comissão, para tomar posse em
cargo de provimento efetivo através de concurso público ou para desempenhar outro cargo em comissão.
Art. 115. Perderá o direito à férias o servidor que dentro do período aquisitivo apresentar qualquer uma das seguintes
ocorrências:
I - licença para acompanhar tratamento de saúde de familiar por mais de 06 (seis) meses;
II - licença para tratamento da própria saúde por mais de 06 (seis) meses, embora descontínuas;
III - licença para tratar de interesses particulares.
Parágrafo único. Iniciar-se-á o decurso de novo período aquisitivo no 1º (primeiro) dia em que o servidor retornar ao
trabalho, após a ocorrência de uma das hipóteses previstas nos incisos deste artigo.
Art. 117. A concessão das férias, mencionando o período de gozo, será participada por escrito ao servidor, cabendo a
este assinar a respectiva notificação.
Art. 118. A concessão do período de gozo de férias dependerá da concordância da chefia imediata.
Art. 119. Vencido o prazo mencionado no art. 116 desta Lei, sem que a Administração Municipal tenha concedido às
férias, incumbe ao servidor, no prazo de 10 (dez) dias, requerer o gozo das férias.
§ 1º Recebido o requerimento, a autoridade responsável terá de despachar no prazo de 15 (quinze) dias, marcando o
período de gozo das férias, dentro dos 60 (sessenta) dias seguintes.
§ 2º Não atendido o requerimento pela autoridade competente no prazo legal, o servidor poderá ajuizar ação, pedindo
a fixação, por sentença, da época do gozo das férias.
§ 3º No caso do parágrafo anterior, a remuneração será devida em dobro, sendo de responsabilidade da autoridade
infratora a quantia relativa do valor devido, a qual será recolhida ao erário, no prazo de 05 (cinco) dias a contar da
concessão das férias nestas condições ao servidor.
Art. 123. No caso de aposentadoria, será devida a retribuição correspondente ao período de férias cujo direito o
servidor tenha adquirido nos termos do art. 112 desta Lei.
Art. 124. Em caso de demissão decorrente de penalidade administrativa o servidor perderá a retribuição relativa à
férias.
Seçãolicença
Art. 126. Poderá ser concedida II - Da Licença porpor
ao servidor, Motivo dede
motivo Doença
doençaem
doPessoa
cônjugeda
ouFamília
companheiro(a), do pai ou da
mãe, de padrasto ou de madrasta, de filho(a) ou enteado(a), de irmão(ã) ou de parentes reconhecidos judicialmente,
mediante declaração expressa do requerente, com apresentação de laudo médico indicando a necessidade de
acompanhamento.
§ 1º A licença será concedida sem prejuízo da remuneração, até 01 (um) mês, e após, com os seguintes descontos:
I - de 1/3 (um terço), quando exceder a 01 (um) mês e até 02 (dois) meses;
II - de 2/3 (dois terços), quando exceder a 02 (dois) meses até 05 (cinco) meses;
III - sem remuneração, a partir do 6º (sexto) mês até o máximo de 02 (dois) anos.
§ 2º Se a necessidade de afastamento for por apenas 01 (um) turno da jornada diária, os períodos acima serão em
computados em dobro, até o máximo de 2 (dois) anos.
Seção VMunicipal
Art. 129. A critério da Administração - Da Licença para
poderá serTratar de Interesses
concedida ao servidorParticulares
estável, licença para tratar de
assuntos particulares, pelo prazo de até 02 (dois) anos consecutivos, sem remuneração.
§ 1º A licença poderá ser interrompida a qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse do serviço.
§ 2º Não se concederá nova licença antes de decorridos 02 (dois) anos do término ou interrupção da anterior.
§ 3º Não se concederá a licença a servidor nomeado, lotado ou relotado, antes de completar 03 (três) meses de
exercício no novo cargo ou repartição.
§ 4º Após a solicitação a autoridade competente autorizará o referido afastamento num prazo de 15 (quinze) dias a
contar da data do requerimento mediante manifestação do órgão de pessoal.
§ 5º O afastamento somente poderá após a emissão de ato administrativo.
Seção
Art. 131. É facultado ao servidor VII - Da
estável Licença
dentro de 30Especial para
(trinta) dias doFins de Aposentadoria
ato que tiver sido protocolado o requerimento de
aposentadoria junto a entidade previdenciária, licença especial remunerada, podendo afastar-se de suas atividades,
salvo se antes tiver sido cientificado da concessão.
§ 1º O pedido de aposentadoria de que trata este artigo somente será considerado após terem sido averbados todos
os tempos para esse fim.
§ 2º O período de duração desta licença será considerado como tempo de efetivo exercício para todos os efeitos
legais.
§ 3º A referida licença não poderá ser concedida no caso de aposentadoria compulsória.
SeçãooVIII
Art. 132. Configura acidente em serviço, - Da
dano Licença
físico por Acidente
ou mental emservidor
sofrido pelo Serviçoe que tenha nexo causal com as
atribuições do cargo exercido.
Parágrafo único. Equipara-se o acidente em serviço o dano:
I - decorrente de agressão sofrida e não provocada pelo servidor no exercício do cargo;
II - sofrido no percurso da residência para o trabalho e vice-versa.
Art. 133. O acidente em serviço deverá ser comunicado ao órgão de pessoal em 24 (vinte e quatro) horas do evento,
para fins de emissão de Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT).
Art. 134. Após o profissional de saúde que estiver assistindo ao servidor preencher os campos da CAT, esta deverá ser
enviada ao órgão previdenciário competente que fará o registro do acidente.
Art. 135. Será licenciado com remuneração integral, até 15 (quinze) dias, o servidor acidentado em serviço.
§ 1º Decorridos 15 (quinze) dias do acidente ocorrido, será o servidor encaminhado ao órgão de previdência,
cessando a remuneração de que trata o caput deste artigo.
§ 2º Uma vez cessada a remuneração integral, receberá o servidor, proventos iguais a diferença de como se em
exercício estivesse.
Art. 136. O servidor acidentado em serviço que necessite de tratamento especializado poderá ser tratado em instituição
privada à conta de recursos públicos.
Parágrafo único. O tratamento de que trata este artigo deverá ser diagnosticado através de laudo médico.
Art. 137. Quando o acidentado necessitar de assistência médica imediata, não atendida por órgão público de saúde,
será o mesmo indenizado das despesas realizadas, incluindo medicação, exames e equipamentos, mediante laudo
médico, comprovações fiscais e negativas oficial do órgão citado.
Art. 140. O servidor licenciado para tratamento de saúde não poderá dedicar-se a qualquer outra atividade
remunerada, sob pena de ser cassada a sua licença, sem prejuízo das sanções disciplinares.
Art. 142. À servidora adotante ou que obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança, será concedida licença
maternidade pelo seguinte prazo, de acordo com a idade da criança:
I - até 01 (um) ano completo, por 120 (cento e vinte) dias;
II - a partir de 01 (um) ano até 04 (quatro) anos completos, por 60 (sessenta) dias;
III - a partir de 04 (quatro) anos até completar 08 (oito) anos, por 30 (trinta) dias.
§ 1º O afastamento é devido à servidora independentemente de a mãe biológica ter recebido o mesmo benefício
quando do nascimento da criança.
§ 2º Para a concessão do afastamento será indispensável que conste da nova certidão de nascimento da criança ou
do termo de guarda, o nome da servidora adotante ou guardiã, informando que trata-se de guarda para fins de adoção,
não sendo devido o benefício se contiver no documento apenas o nome do cônjuge ou companheiro.
§ 3º Quando houver adoção ou guarda judicial para mais de uma criança, é devido um único salário-maternidade
relativo à criança de menor idade, observando que no caso de acumulação lícita de cargos, empregos ou funções, a
servidora fará jus ao afastamento, concomitantemente, relativo a cada vínculo funcional.
Art. 143. A remuneração devida à servidora, em razão dos afastamentos citados nos arts. 141 e 142, será suportado
pelo Município ou pelo regime de previdência correspondente, conforme dispuser a lei.
Art. 144. A licença prevista no caput do art. 141 poderá ser prorrogada por até 60 (sessenta dias), sem prejuízo da sua
remuneração, nos valores iguais aos devidos no período de percepção do salário-maternidade pago pelo Regime Geral
de Previdência Social.
Parágrafo único. A prorrogação será garantida à servidora municipal mediante requerimento efetivado até o final do
2º (segundo) mês após o parto e concedida imediatamente após a fruição da licença de que trata o caput do art. 141.
Art. 145. A servidora que entrar em licença maternidade perceberá como remuneração o valor correspondente à média
das quantidades recebidas em folha de pagamento nos 06 (seis) meses anteriores ao início da referida licença.
§ 1º O vencimento, os avanços e a gratificação adicional por tempo de serviço serão sempre computados
integralmente.
§ 2º Na apuração dos valores referentes à gratificações, convocações e demais adicionais, será considerada como
integral a fração igual ou superior a 15 (quinze) dias de exercício no mesmo mês.
§ 3º Excluem-se do cálculo referido no caput deste artigo, os valores percebidos a título de prêmio por assiduidade,
adicional de férias, salário-família, gratificação natalina e verbas indenizatórias.
Art. 146. A licença paternidade será de 05 (cinco) dias, a contar da data do nascimento do filho ou da adoção ou
guarda de menor, sem prejuízo da remuneração.
Art. 147.
§ 2º
I - No horário especial de estudante será exigida a compensação de horários na repartição, respeitada a
duração mensal de trabalho. (redação original)
Seção
Art. 148. Nos termos do disposto no art. XIIConstituição
38 da - Do Exercício de Mandato
Federal Eletivoao servidor do quadro de
, será concedida
provimento efetivo licença para o exercício de mandato eletivo.
§ 1º A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser prorrogada no caso de reeleição.
§ 2º Havendo incompatibilidade de horário, e o servidor optar pelo exercício do cargo eletivo, não perceberá
remuneração do cargo efetivo, sem prejuízo das demais vantagens.
Seção
Art. 149. O servidor pai XIII ou
ou mãe - Da Licença para
responsável por Atender
portador Portador de Necessidades
de necessidades Especiais
especiais, física ou mental, em
tratamento, fica autorizado a se afastar do exercício do cargo, quando necessário, mediante requerimento, por período
de até 50% (cinquenta por cento) de sua carga normal diária de serviço, sem prejuízo de sua remuneração.
§ 1º Quando o pai ou mãe ou responsável pelo portador de necessidades especiais forem servidores municipais, o
direito ao afastamento de um exclui o de outros.
§ 2º O afastamento poderá ser consecutivo, intercalado, alternado ou escalonado, conforme necessidade e ou
programa de atendimento pertinente.
§ 3º O requerimento de que trata este artigo deverá ser acompanhado de laudo médico detalhado, expedido pelo
mínimo 02 (dois) profissionais habilitados.
CAPÍTULO VI - DA CEDÊNCIA
CAPÍTULO
Art. 150. O servidor ocupante de cargo de provimento VI - DA
efetivo CEDÊNCIA
e estável poderá ser cedido, mediante sua concordância,
para ter exercício em outro órgão ou entidade dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
ou entidades privadas, nas seguintes hipóteses:
I - para exercício de cargo em comissão ou função gratificada;
II - em casos previstos em leis específicas;
III - para cumprimento de convênio.
§ 1º Na hipótese do inciso I deste artigo, a cedência será sem ônus para o Município e, nos demais casos, conforme
dispuser a lei ou o convênio.
§ 2º O tempo em que o servidor estiver cedido, será computado integralmente para fins de contagem de tempo de
serviço de que trata esta lei.
§ 3º É vedado colocar à disposição servidor do quadro de cargos do Magistério Público Municipal.
Art. 151. Sem qualquer prejuízo, poderá oCAPÍTULO VII - DAS CONCESSÕES
servidor ausentar-se do serviço, a partir da data do evento, devidamente
autorizado e mediante comprovação, por:
I - até 01 (um) dia, por motivo de:
a) situação que ocasione registro policial de qualquer natureza;
b) para se alistar como eleitor ou para serviço militar;
c) para acompanhar funeral de pessoa íntima;
d) doação de sangue;
II - até 02 (dois) dias consecutivos em caso de sinistros e/ou fenômenos da natureza;
III - até 03 (três) dias consecutivos por motivo de falecimento de avô ou avó, sogro ou sogra, tios e netos;
IV - até 07 (sete) dias consecutivos, por motivo de:
a) casamento;
b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos ou enteados, irmãos ou de menor sob
guarda;
V - pelo tempo que se fizer necessário:
a) para realização de consultas e/ou exames na área de saúde, próprios ou de familiares citados noart. 126 desta
Lei;
b) comparecimento em reunião escolar representando dependente;
c) integrar júri no Poder Judiciário;
d) para matrícula própria ou de dependente em estabelecimento de ensino oficial ou reconhecido;
e) atender intimação policial/judicial;
f) marcação de consulta na rede pública de saúde;
g) para frequentar curso de aperfeiçoamento profissional;
h) para renovação de registro junto à entidade de classe profissional, no caso de detentores de cargos que o
preveem como exigência de provimento;
i) para renovar Carteira Nacional de Habilitação, no caso de detentores de cargos que a preveem como exigência
de provimento.
CAPÍTULO
Art. 152. A apuração do tempo de serviço VIII
será feita em- DO
diasTEMPO DE SERVIÇO
e convertidos em anos, considerados 365 (trezentos e
sessenta e cinco) dias a cada ano.
Parágrafo único. Os dias de efetivo exercício serão computados à vista dos comprovantes de pagamento ou dos
registros funcionais.
Art. 153. Além das ausências ao serviço previstas nesta lei, são considerados como de efetivo exercício os
afastamentos em virtude de:
I - férias;
II - prêmio à assiduidade, quando gozada;
III - licenças previstas no art. 125 desta Lei;
IV - concessões previstas no art. 151 desta Lei;
V - cedência;
VI - afastamento preventivo;
VII - disponibilidade remunerada;
VIII - período de afastamento do cargo, que anteceder a reintegração;
IX - penalidade de suspensão, quando convertida em multa ou em caso de provimento de pedido de recurso,
reconsideração ou revisão.
Art. 154. O tempo de afastamento para exercício de mandato eletivo será contado na forma das disposições
constitucionais ou legais específicas.
CAPÍTULO
Art. 157. É assegurado ao servidor o direito IX - DOpedir
de requerer, DIREITO DE PETIÇÃO
reconsideração, recorrer e representar, em defesa de
direito ou de interesse legítimo.
Parágrafo único. As petições, salvo determinação expressa em lei ou regulamento, serão dirigidas ao Chefe do
Poder e terão decisão final no prazo de 30 (trinta) dias.
Art. 158. O pedido de reconsideração deverá conter novos argumentos ou provas suscetíveis de reformar o despacho,
a decisão ou o ato anterior.
Parágrafo único. O pedido de reconsideração, admitido uma única vez, será submetido à autoridade que houver
prolatado o despacho, proferido a decisão ou praticado o ato.
Art. 159. Caberá recurso ao Chefe do Poder, como última instância administrativa, sendo indelegável sua decisão.
Parágrafo único. Terá caráter de recurso o pedido de reconsideração quando o prolator do despacho, decisão ou ato
houver sido o Chefe do Poder.
Art. 160. O prazo para interposição de recurso ou do pedido de reconsideração é de 30 (trinta) dias, a contar da data
da ciência do interessado da decisão, mediante notificação pessoal ou da publicação do despacho.
Parágrafo único. Os pedidos de recurso e de reconsideração não terão efeito suspensivo e, se providos, seus efeitos
retroagirão à data do ato impugnado.
Art. 161. A representação será dirigida ao chefe imediato do servidor que, se a solução não for de sua alçada, a
encaminhará a quem de direito.
Parágrafo único. Se não for dado andamento à representação, dentro do prazo de 05 (cinco) dias, poderá o servidor
dirigi-la direta e sucessivamente às chefias superiores.
Art. 162. É assegurado o direito de vista do processo ao servidor ou ao seu representante legal pelo prazo de 10 (dez)
dias.
Art. 165. É lícito ao servidor criticar atos do Poder Público do ponto de vista doutrinário ou da organização do serviço,
em trabalho assinado, respondendo, porém, civil ou criminalmente na forma da legislação aplicável, se de sua conta
resultar delito ou dano moral de qualquer ordem.
CAPÍTULO
Art. 167. O servidor responde civil, penal IV - DAS RESPONSABILIDADES
e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições.
Parágrafo único. As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si.
Art. 168. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao
erário ou a terceiros, apurada mediante processo administrativo.
§ 1º A indenização de prejuízo causado ao erário poderá ser liquidada na forma prevista noart. 76 desta Lei.
§ 2º Tratando-se de danos causados a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em ação
regressiva.
§ 3º A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada, até o limite do valor da
herança recebida.
Art. 169. A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputados ao servidor, nessa qualidade.
Art. 170. A responsabilidade administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado por servidor investido no
cargo ou função pública.
Art. 171. A responsabilidade civil ou administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue
a existência do fato ou a sua autoria.
CAPÍTULO
Art. 172. São penalidades disciplinares aplicáveis V - DAS após
ao servidor, PENALIDADES
procedimento administrativo que lhe seja
assegurado o direito de defesa:
I - advertência;
II - suspensão;
III - demissão;
IV - cassação de disponibilidade e aposentadoria;
V - destituição de função de confiança.
Art. 173. Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da infração cometida, os danos
que dela provierem para o patrimônio e o serviço público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os
antecedentes.
Art. 174. Não poderá ser aplicado mais de uma pena disciplinar pela mesma infração.
Parágrafo único. No caso de infrações simultâneas, a maior absorve as demais, funcionando estas como agravantes
na gradação da penalidade.
Art. 175. Observando o disposto nos artigos precedentes, as penas serão sempre aplicadas pelo Chefe do Poder,
podendo ser delegada a outrem, conforme previsto na Lei Orgânica, na inobservância de dever funcional previsto em
lei, regulamento ou norma interna e nos casos de violação de proibição.
Art. 177. Será aplicada ao servidor a pena de demissão nos seguintes casos, após apuração em processo
administrativo disciplinar:
I - crime contra a Administração Municipal;
II - abandono de cargo;
III - indisciplina ou insubordinação grave ou reiterada;
IV - inassiduidade ou impontualidade habitual;
V - improbidade administrativa;
VI - incontinência pública ou conduta escandalosa;
VII - ofensa física contra qualquer pessoa, cometida em serviço, salvo em legítima defesa;
VIII - aplicação irregular de dinheiro público;
IX - revelação de segredo apropriado em razão do cargo;
X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio municipal;
XI - corrupção e peculato;
XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções;
XIII - transgressão do art. 164, incisos X a XXV desta Lei;
XIV - percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrente dosarts. 40, 42 e 142 da Constituição Federal,
com a remuneração de cargos, empregos ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma do art. 166
desta Lei, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração.
Art. 178. A demissão nos casos dos incisos V, VIII, X e XI do art. 177 desta Lei implica em indisponibilidade de bens e
ressarcimento ao erário, sem prejuízo da ação penal cabível.
Art. 179. Configura abandono de cargo a ausência intencional ao serviço por mais de 30 (trinta) dias consecutivos.
Art. 180. A demissão por inassiduidade ou impontualidade somente será aplicada quando caracterizada a
habitualidade de modo a representar séria violação dos deveres e obrigações do servidor, após anteriores punições por
advertência ou suspensão.
§ 1º Constatadas as primeiras faltas, deverá o chefe imediato, sob pena de se tornar corresponsável, comunicar o
fato ao órgão de apoio administrativo da repartição que promoverá as diligências necessárias à apuração da
ocorrência.
§ 2º Quando o número de faltas não justificadas ultrapassar a 30 (trinta) consecutivas ou 60 (sessenta) intercaladas
durante 01 (um) ano, a Administração Municipal promoverá sindicância investigatória e à vista do resultado dela será
proposto:
I - solução, se provada a existência de força maior, coação ilegal ou circunstância ligada ao estado físico e psíquico
do servidor, que contribua para não caracterizar o abandono do cargo ou que possa determinar a justificabilidade das
faltas;
II - a instauração de sindicância disciplinar, se inexistirem provas das situações mencionadas no inciso anterior, ou
existindo, forem julgadas insatisfatórias.
§ 3º No caso de ser proposta a demissão, será instaurado processo administrativo disciplinar.
§ 4º Para aferição do número de faltas, as horas serão convertidas em dias.
Art. 181. A acumulação de que se trata o inciso XII do art. 177 desta Lei acarreta a demissão de um dos cargos,
empregos ou funções, dando-se ao servidor o prazo de 05 (cinco) dias úteis para opção.
§ 1º Verificada a acumulação, será concedido ao servidor o prazo de 10 (dez) dias úteis para apresentar opção por
um dos cargos, empregos ou funções, mediante comprovação do requerimento de desligamento.
§ 2º Na hipótese do não exercício da opção pelo servidor, será determinada instauração de processo administrativo
disciplinar.
§ 3º Se comprovado que a acumulação se deu por má-fé, o servidor será demitido de ambos os cargos que detém no
Município.
§ 4º Na hipótese do § 3º, sendo um dos cargos, empregos ou funções exercido na União, nos Estados, no Distrito
Federal ou em outro Município, a demissão será comunicada ao outro órgão ou entidade onde ocorre acumulação.
Art. 184. Ao servidor demitido ou destituído da posição de confiança é devida apenas a remuneração pelos dias
trabalhados.
Art. 185. A pena de destituição de posição de confiança implicará a impossibilidade de ser investido em funções dessa
natureza durante o período de 05 (cinco) anos a contar do ato de punição.
Art. 186. O ato de imposição de penalidade mencionará sempre o fundamento legal e a identificação da sindicância ou
processo administrativo disciplinar que serviu de base.
Parágrafo único. As penalidades aplicadas ao servidor serão registradas em sua ficha funcional.
Art. 188. A demissão por infringência aoart. 164, incisos XII, XIII, e art. 177, incisos I, V, VIII, X e XI, incompatibilizará o
ex-servidor para nova investidura em cargo, emprego ou função pública do Município, pelo prazo de 05 (cinco) anos.
Art. 189. A ação disciplinar é obrigatória, não podendo ser relevada pela autoridade competente, ainda que o implicado
não mais pertença aos quadros da Administração Municipal.
Art. 190. Se, ao término da ação disciplinar, for reconhecida a culpa do acusado que não mais gozar da condição de
servidor público, a autoridade competente deverá:
I - nos casos puníveis com advertência e suspensão, determinar a baixa e arquivamento do feito, com as anotações
pertinentes na ficha funcional e com a determinação, quando for o caso, de responsabilização civil;
II - na hipótese de pena de demissão ou destituição da posição de confiança, determinar o ressarcimento das verbas
recebidas pelo servidor a título de exoneração.
Art. 193. As penalidades disciplinares terão seus registros cancelados, mediante requerimento do servidor, após o
decurso de:
I - 03 (três) anos para a penalidade de advertência;
II - 05 (cinco) anos para a penalidade de suspensão, demissão, cassação da aposentadoria e disponibilidade e
destituição da posição de confiança.
§ 1º Interrompe o decurso dos prazos a prática pelo servidor de nova infração disciplinar.
§ 2º Na hipótese do parágrafo anterior, o prazo recomeçará a contar no dia imediatamente posterior ao da
interrupção.
§ 3º O cancelamento do registro da penalidade não surtirá efeitos retroativos.
Art. 195. As irregularidades e faltas funcionais serão apuradas em processo regular com direito à plena defesa, por
meio de:
I - sindicância investigatória, quando não houver dados suficientes para sua determinação ou para apontar o servidor
faltoso;
II - sindicância disciplinar, quando a ação ou omissão torne o servidor passível de aplicação das penas de advertência
e suspensão;
III - processo administrativo disciplinar, quando a gravidade da ação ou omissão torne o servidor passível de
demissão, cassação da aposentadoria ou da disponibilidade.
Seçãodecorrentes
Art. 196. Nas infrações disciplinares II - Da Suspensão Condicional
da infringência do Procedimento
dos deveres funcionais previstos noart. 163 desta Lei,
a comissão poderá propor a suspensão do processo administrativo disciplinar ou da sindicância de que trata os arts.
204 a 244 desta Lei, desde que por manifesto e fundado interesse público, pelo prazo de 03 (três) anos, e desde que o
servidor não tenha sido condenado por outra infração disciplinar nos últimos 02 (dois) anos.
§ 1º Formulada a proposta, em audiência, a comissão especificará as condições a que se subordina a suspensão,
pelas quais deverá o servidor beneficiado:
I - nas infrações que não importem em ressarcimento ao erário, contribuir com o valor de 01 (uma) a 03 (três) cestas
básicas, de acordo com a falta disciplinar cometida e com as condições financeiras do processado, à entidade
beneficente do município, devendo a comprovação ser juntada ao processo em, no máximo, 30 (trinta) dias da data da
homologação da proposta;
II - autorizar o desconto em folha dos valores devidos com relação à indenização do dano experimentado pelo
Erário, inclusive quando decorrerem de indenização a terceiros;
III - prestar compromisso de observar os deveres do art. 163 e não infringir as proibições previstas no art. 164,
ambos desta Lei.
§ 2º Aceita a proposta, o servidor firmará documento autorizando o desconto em folha das prestações devidas à
Fazenda Pública, de acordo com o disposto no art. 76 desta Lei.
Art. 197. Recebido o procedimento previsto no artigo precedente, por parte do Chefe do Poder, a decisão sairá no
prazo de 05 (cinco) dias, podendo:
I - homologar a proposta, determinando a suspensão do procedimento administrativo;
II - alterar fundamentadamente as condições estabelecidas para a suspensão, observado o disposto nesta seção;
III - mediante fundamentação, quanto a não aplicação da suspensão condicional, determinar o prosseguimento do
procedimento disciplinar, até decisão final.
Art. 198. A suspensão condicional do processo será automaticamente revogada caso o servidor, no curso de seu
prazo, descumprir as condições estabelecidas ou vier a ser processado por outra falta, hipótese em que o procedimento
disciplinar será retomado.
Art. 199. Expirado o prazo da suspensão e satisfeitas suas condições, a autoridade julgadora declarará extinta a
punibilidade.
Parágrafo único. A suspensão condicional do procedimento disciplinar somente poderá ser novamente proposta ao
servidor beneficiado, depois de declarada a extinção da punibilidade.
Art. 200. Não correrá prescrição durante o prazo de suspensão condicional do processo.
Art. 202. O servidor fará jus à remuneração integral durante o período de afastamento preventivo.
Seção V por
Art. 204. A sindicância disciplinar será conduzida - Dacomissão
Sindicância
de 03Disciplinar
(três) servidores efetivos e estáveis, designada
pela autoridade competente, que indicará o seu presidente, podendo ser dispensados de suas atribuições normais até a
apresentação do relatório.
§ 1º A comissão efetuará as diligências necessárias ao esclarecimento dos fatos, apresentando, no prazo de 30
(trinta) dias, relatório a respeito, podendo o prazo ser prorrogado por mais 30 (trinta) dias, por solicitação da comissão
sindicante, com justificação do motivo.
§ 2º Preliminarmente, deverá ser ouvido o denunciante e após o servidor sindicado, passando-se, após, à instrução.
§ 3º O sindicado será intimado pessoalmente da instalação da sindicância e da audiência para seu interrogatório, com
antecedência de, no mínimo, 48 (quarenta e oito) horas.
§ 4º Na audiência, a comissão promoverá o interrogatório do sindicado, concedendo-lhe, em seguida, o prazo de 05
(cinco) dias úteis para oferecer alegações escritas, requerer provas e arrolar testemunhas, até o máximo de 03 (três).
§ 5º Havendo mais de 01 (um) sindicado, o prazo será comum e de 10 (dez) dias úteis, contados a partir do
interrogatório do último deles.
§ 6º A comissão promoverá a tomada de depoimentos, acareações, investigações e diligências cabíveis, objetivando
a coleta de prova, recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos de modo a permitir a completa elucidação dos
fatos.
§ 7º Concluída a instrução, o sindicado será intimado para apresentar defesa final no prazo de 05 (cinco) dias úteis.
Havendo mais de 01 (um) sindicado, o prazo será comum e de 15 (quinze) dias úteis, contados a partir do
interrogatório do último deles.
§ 8º Reunidos os elementos apurados, caberá à comissão elaborar relatório conclusivo, indicando:
I - a irregularidade ou transgressão, o seu enquadramento nas disposições estatutárias e a penalidade a ser
aplicada;
II - a abertura de processo administrativo disciplinar quando a falta apurada sujeitar o servidor à aplicação de
penalidade de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade ou destituição da posição de confiança; ou
III - o arquivamento da sindicância.
Art. 205. A autoridade, de posse do relatório, acompanhado dos elementos coletados na instrução, decidirá, no prazo
de 05 (cinco) dias:
I - pela aplicação de penalidade de advertência ou suspensão;
II - pela instauração de processo administrativo disciplinar; ou
III - pelo arquivamento da sindicância.
§ 1º Entendendo a autoridade competente que os fatos não estão devidamente elucidados, devolverá o processo à
comissão, para ulteriores diligências, em prazo certo, não superior a 10 (dez) dias úteis.
§ 2º De posse do novo relatório e elementos complementares, a autoridade decidirá no prazo docaput deste artigo.
Art. 206. Aplicam-se, supletivamente à sindicância disciplinar, as normas de processo administrativo disciplinar previsto
nesta lei.
Seção
Art. 207. O processo administrativo VI - Do
disciplinar Processo
será Administrativo
conduzido por comissãoDisciplinar
de 03 (três) servidores efetivos e estáveis,
designada pelo Chefe do Poder que indicará, dentre eles, o seu presidente e desde que tenham, no mínimo, a mesma
escolaridade.
Parágrafo único. A comissão terá como secretário, 01 (um) dos membros que será designado pelo presidente.
Art. 208. A comissão processante, sempre que necessário e expressamente determinado no ato de designação,
dedicará todo o tempo aos trabalhos do processo, ficando os membros da comissão, em tal caso, dispensados dos
serviços normais da repartição.
Art. 209. O processo administrativo será contraditório, assegurada ampla defesa ao acusado, com a utilização dos
meios e recursos admitidos em direito.
Art. 210. Quando o processo administrativo disciplinar resultar de prévia sindicância, o relatório desta integrará os
autos, como peça informativa da instrução.
Parágrafo único. Na hipótese do relatório da sindicância concluir pela prática de crime, a autoridade competente
oficiará à autoridade policial, para abertura de inquérito, independente da imediata instauração do processo
administrativo disciplinar.
Art. 211. O prazo para a conclusão do processo não excederá 60 (sessenta) dias, salvo motivo justificado, contados da
data da reunião de instalação da comissão, admitida a prorrogação por mais 30 (trinta) dias, quando as circunstâncias o
exigirem, mediante autorização da autoridade que determinou a sua instauração.
Art. 212. As reuniões da comissão serão registradas em atas que deverão detalhar as deliberações adotadas.
Art. 213. Ao instalar os trabalhos da comissão, o Presidente determinará a autuação da portaria e demais peças
existentes e a expedição do mandado de citação ao indiciado, designando dia, hora e local para o seu interrogatório.
Art. 214. A citação do indiciado deverá ser feita pessoalmente mediante contra recibo, com pelo menos, 48 (quarenta e
oito) horas de antecedência em relação à audiência inicial e conterá dia, hora, local, qualificação do indiciado e a falta
que lhe é imputada com descrição dos fatos.
§ 1º Caso o indiciado se recuse a receber a citação, deverá o fato ser certificado, com assinatura de, no mínimo, 02
(duas) testemunhas.
§ 2º Estando o indiciado ausente do Município, se conhecido seu endereço, será citado por via postal, em carta
registrada, juntando-se ao processo o comprovante do registro e o aviso do recebimento.
§ 3º Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido, será citado por edital, divulgado como os demais atos do
Município e publicado pelo menos uma vez em jornal de circulação, no mínimo na região a que pertence o Município,
com prazo de 15 (quinze) dias.
Art. 215. Em caso de revelia, caracterizada pelo não comparecimento ao interrogatório após regular citação, o
presidente da comissão processante designará, de ofício, 01 (um) servidor para atuar na defesa do indiciado, dando-se
preferência a servidor que seja formado em curso de Ciências Jurídicas, quando possível.
Art. 216. O indiciado poderá constituir advogado e/ou solicitar defensor dativo para fazer a sua defesa.
Art. 217. Na audiência marcada, a comissão promoverá o interrogatório do indiciado, concedendo-lhe em seguida o
prazo de 05 (cinco) dias úteis, com vista do processo na repartição, para oferecer alegações escritas, requerer provas e
arrolar testemunhas, até o máximo de 05 (cinco).
§ 1º Havendo mais de 01 (um) indiciado, o prazo será comum e de 10 (dez) dias úteis, contados a partir da tomada
de declarações do último deles.
§ 2º O indiciado, seu advogado ou defensor dativo terão vista do processo na repartição, podendo ser fornecida cópia
gratuita de inteiro teor mediante requerimento.
Art. 218. A comissão promoverá a tomada de depoimentos, acareações, investigações e diligências cabíveis,
objetivando a coleta de prova, recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos de modo a permitir a completa
elucidação dos fatos.
Art. 219. O indiciado tem o direito de, pessoalmente ou por intermédio de procurador, assistir aos atos probatórios que
se realizarem perante a comissão, requerendo à medida que julgar convenientes.
§ 1º De todos os atos probatórios deverão ser intimados, com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas, o
indiciado e seu procurador.
§ 2º A intimação relativa à audiência de inquirição deverá conter o rol de testemunhas.
§ 3º O presidente da comissão poderá indeferir pedidos considerados impertinentes, meramente protelatórios ou de
nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos.
§ 4º Será indeferido o pedido de prova pericial, quando a comprovação do fato independer de conhecimento especial
de perito.
Art. 220. As testemunhas serão intimadas a depor mediante mandado expedido pelo Presidente da comissão, devendo
a segunda via, com o ciente do intimado, ser anexada aos autos.
Parágrafo único. Se a testemunha for servidor público, a expedição do mandado será imediatamente comunicada ao
chefe da repartição onde serve, com a indicação do dia, hora e local marcados para a inquirição.
Art. 221. O depoimento será prestado oralmente e reduzido a termo, não sendo lícito a testemunha trazê-lo por escrito.
§ 1º A comissão inquirirá as testemunhas separada e sucessivamente; primeiro aquelas referidas na denúncia ou
arroladas de ofício e por último as do indiciado, de modo que uma não ouça o depoimento das outras, com prévia
intimação do indiciado ou de seu procurador.
§ 2º Na hipótese de depoimentos contraditórios ou que se infirme, proceder-se-á a acareação entre os depoentes.
§ 3º Antes de depor, a testemunha será qualificada, declarando o nome por inteiro, a profissão, a residência e estado
civil, bem como se tem relações de parentesco com o indiciado ou interesse no objeto do processo.
§ 4º É lícito ao indiciado contraditar a testemunha, arguindo-lhe a incapacidade, o impedimento ou a suspeição. Se a
testemunha negar os fatos que lhe são imputados o indiciado poderá provar a contradita com documentos ou com
testemunhas, até 03 (três), apresentadas no ato e inquiridas em separado. Sendo provados ou confessados os fatos, a
comissão dispensará a testemunha, ou lhe tomará o depoimento, independentemente de compromisso.
Art. 222. Ao início da inquirição, a testemunha prestará o compromisso de dizer a verdade do que souber e lhe for
perguntado.
Parágrafo único. O Presidente da comissão advertirá à testemunha que incorre em sanção penal quem faz a
afirmação falsa, cala ou oculta a verdade.
Art. 223. O Presidente da comissão inquirirá a testemunha sobre os fatos, concedendo em seguida a oportunidade
para que o indiciado ou seu procurador, formule perguntas tendentes a esclarecer ou complementar o depoimento.
Parágrafo único. Mediante requerimento do indiciado ou de seu procurador as perguntas indeferidas serão
transcritas no termo.
Art. 224. Concluída a inquirição de testemunhas, poderá a comissão processante, se julgar útil ao esclarecimento dos
fatos, reinterrogar o indiciado.
Art. 225. Ultimada a instrução do processo, o indiciado ou seu procurador será intimado por mandado, por carta postal
ou ciência nos autos, pelo presidente da comissão para apresentar defesa escrita, no prazo de 15 (quinze) dias úteis,
assegurando-se-lhe vistas do processo na repartição, ou concedendo-lhe cópia dos autos gratuitamente.
§ 1º O prazo de defesa será comum e de 15 (quinze) dias úteis se forem 02 (dois) ou mais indiciados.
§ 2º Fica estabelecido o prazo de 24 (vinte e quatro) horas para requerer diligências, cuja necessidade e conveniência
se originem de circunstâncias ou de fatos apurados na instrução.
§ 3º Não havendo requerimento do indiciado, ou concluídas as diligências, será concedido prazo de 10 (dez) dias
para apresentação de defesa escrita, assegurando-se vista do processo na repartição e sendo fornecida cópia de
inteiro teor, mediante requerimento.
Art. 226. Após o decurso do prazo, apresentada a defesa ou não, a comissão apreciará todos os elementos do
processo, apresentando o relatório, no qual constará em relação a cada indiciado, separadamente, as irregularidades
de que foi acusado, as provas que instruíram o processo e as razões de defesa, propondo, justificadamente, a
absolvição ou punição do indiciado, indicando a pena cabível e seu fundamento legal.
Parágrafo único. O relatório e todos os elementos dos autos serão remetidos à autoridade que determinou a
instauração do processo, dentro de 10 (dez) dias, contados do término do prazo para apresentação da defesa.
Art. 227. A comissão ficará à disposição da autoridade competente, até a decisão final do processo, para prestar
esclarecimento ou providência julgada necessária.
Art. 229. Da decisão final, o recurso disciplinar sempre terá efeito suspensivo e terá prazo de 10 (dez) dias a contar da
intimação da penalidade.
§ 1º Com as razões do recurso o processo será encaminhado à Assessoria Jurídica para análise dos pressupostos
que remeterá após a autoridade prolatora da decisão ou ao Chefe do Poder.
§ 2º Recebido o recurso a autoridade poderá reconsiderar a decisão, atenuá-la ou prover o recurso cassando a
penalidade.
Art. 230. As irregularidades processuais que não constituem vícios substanciais insanáveis, suscetíveis de influírem na
apuração da verdade ou na decisão do processo, não lhe determinarão a nulidade.
Art. 231. O servidor que estiver respondendo a processo administrativo disciplinar só poderá ser exonerado a pedido
do cargo, ou aposentado voluntariamente, após a conclusão e o cumprimento da penalidade, caso aplicada.
Parágrafo único. Excetua-se o caso de processo administrativo, instaurado apenas para apurar o abandono de
cargo, quando poderá haver exoneração a pedido, a juízo da autoridade competente.
Seçãodisciplinar
Art. 232. A revisão do processo administrativo VII - Da Revisão dorequerida
poderá ser Processoa qualquer tempo, a pedido ou de ofício,
uma única vez, quando:
I - a decisão for contrária ao texto de lei ou à evidência dos autos;
II - a decisão se fundar em depoimentos, exames ou documentos falsos ou viciados;
III - forem aduzidas novas provas, suscetíveis de atestar a inocência do interessado ou de autorizar diminuição de
pena.
§ 1º A simples alegação de injustiça da penalidade não constitui fundamento para a revisão do processo, que requer
elementos novos, ainda não apreciados no procedimento originário.
§ 2º Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do interessado, qualquer pessoa da família poderá
requerer a revisão do procedimento.
§ 3º No caso de incapacidade mental do interessado, a revisão será requerida pelo respectivo curador.
Art. 233. Requerimento de revisão do procedimento será dirigido à autoridade competente, que, verificando o
cumprimento de uma das condições estabelecidas no art. 232 desta Lei, determinará a designação de comissão
processante, na forma do art. 207 desta Lei.
Parágrafo único. Na petição inicial, o requerente indicará as provas que pretende produzir.
Art. 235. A comissão processante terá 60 (sessenta) dias para a conclusão dos trabalhos, admitida a prorrogação por
mais 30 (trinta) dias quando as circunstâncias o exigirem, mediante ato da autoridade que determinou a revisão.
Art. 236. O julgamento do processo de revisão caberá à autoridade que aplicou a penalidade.
Parágrafo único. O prazo para julgamento será de 20 (vinte) dias, contados do recebimento do processo, no curso
do qual a autoridade julgadora poderá determinar diligências.
Art. 237. Julgada procedente a revisão, será declarada sem efeito a penalidade aplicada, restabelecendo-se todos os
direitos do servidor, exceto em relação à destituição da posição de confiança, que será convertida em exoneração ou
dispensa, conforme o caso.
Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultar agravamento de penalidade.
Art. 239. O processo de revisão será realizado por comissão designada segundo os moldes das comissões de
processo administrativo e correrá em apenso aos autos do processo originário.
Art. 240. As conclusões da comissão serão encaminhadas à autoridade competente, dentro de 30 (trinta) dias, devendo
a decisão ser proferida, fundamentalmente, dentro de 10 (dez) dias.
Art. 241. Julgada procedente a revisão, será tornada insubsistente ou atenuada à penalidade imposta, restabelecendo-
se os direitos decorrentes desta decisão.
Art. 245. O Município manterá Regime Geral com a Previdência Social - RGPS, mediante contribuição patronal e
do servidor, com vistas aos benefícios instituídos pelo Instituto Nacional do Seguro Social, observado o art. 201
da Constituição Federal, complementando-os nos casos previstos neste Estatuto. (redação original)
Art. 245-A. Fica garantido, nos termos do § 15 do art. 37 da Constituição Federal, as complementações de
aposentadorias e pensões concedidas até a data de entrada em vigor da Emenda Constitucional nº 103, de 12 de
novembro de 2019. (AC) (acrescentado pelo art. 2º da Lei Complementar nº 091, de 30.08.2021)
Art. 246. Os servidores efetivos, quando aposentados pelo Regime Geral de Previdência Social, desde que
também presentes os pressupostos constitucionais, nos termos do art. 40 da Constituição Federal, perceberão
do Município provento no valor igual a diferença entre o valor de sua remuneração fixada no ato da
complementação de aposentadoria e o provento de aposentadoria estabelecido pelo Regime Geral de
Previdência Social, se o requerimento solicitando a complementação tiver sido apresentado ao órgão de pessoal
até 12 de novembro de 2019.
§ 1º A remuneração do servidor estável para fins de apuração do valor da complementação de proventos de
aposentadoria de que trata o caput deste artigo, é constituído de:
I - vencimento;
II - avanços;
III - gratificação adicional de tempo de serviço;
IV - gratificação adicional por serviço de atividades insalubres ou perigosas;
V - gratificação adicional por serviço noturno;
VI - auxílio para diferença de caixa,
VII - gratificação de risco de vida;
VIII - incorporações previstas em lei.
§ 2º As gratificações previstas nos incisos IV, V, VI VII e VIII do parágrafo anterior serão calculadas de forma
proporcional aos anos completos de exercício com percepção da vantagem.
§ 3º A compensação do nível de remuneração de que trata este artigo aplica-se também à servidores estáveis
em Licença para Tratamento de Saúde, Licença por Acidente em Serviço ou por doença profissional. (NR)
(redação estabelecida pelo art. 2º da Lei Complementar nº 088, de 25.09.2020)
Art. 246. Os servidores efetivos, quando aposentados pelo Regime Geral de Previdência Social, desde que
também presentes os pressupostos constitucionais, nos termos do art. 40 da Constituição Federal, perceberão
do Município provento no valor igual a diferença entre o valor de sua remuneração fixada no ato da
complementação de aposentadoria e o provento de aposentadoria estabelecido pelo Regime Geral de
Previdência Social. (redação original)
Art. 247. A complementação de proventos de aposentadoria pela regra da paridade será revista na mesma data
e proporção, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade.
Parágrafo único. São estendidos aos inativos com direito a paridade quaisquer benefícios ou vantagens
posteriormente concedidos aos servidores em atividade, inclusive quando decorrentes da transformação ou
reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria e posterior complementação. (NR) (redação
estabelecida pelo art. 3º da Lei Complementar nº 088, de 25.09.2020)
Art. 247. A complementação de proventos de aposentadoria será revista na mesma data e proporção, sempre
que se modificar a remuneração dos servidores em atividade.
Parágrafo único. São estendidos aos inativos quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidos
aos servidores em atividade, inclusive quando decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou
função em que se deu a aposentadoria e posterior complementação. (redação original)
Art. 248. Aos aposentados com direito a complementação de proventos de aposentadoria será paga a
gratificação natalina, na forma dos arts. 82 a 85 desta Lei. (redação original)
Art. 249. Para ser devida a complementação de proventos de aposentadoria, os servidores devem implementar,
na data da concessão da aposentadoria, os requisitos necessários para aposentadoria conforme regras
previstas na Constituição Federal e suas emendas. (redação original)
Art. 250. O valor pago à título de complementação de aposentadoria será custeado pelo Município. (redação
original)
Seção
Art. 251. (Revogado pelo art. 1º da LeiIIComplementar
- Da Complementação
nº 091, dede Proventos de Pensão
30.08.2021).
Art. 251. A complementação de pensão pode ocorrer quando o servidor falecido tiver sido contribuinte do
Regime Geral de Previdência Social e tiver com isso garantido a seus dependentes o direito de receber pensão
pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, concedida até 12 de novembro de 2019. (NR) (redação
estabelecida pelo art. 4º da Lei Complementar nº 088, de 25.09.2020)
Art. 251. A complementação de pensão pode ocorrer quando o servidor falecido tiver sido contribuinte do
Regime Geral de Previdência Social e tiver com isso garantido a seus dependentes o direito de receber pensão
pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS. (redação original)
Art. 252. O Município poderá complementar a pensão com a diferença entre o valor da pensão paga pelo INSS e
o valor que os beneficiários perceberiam caso fosse concedida pelo Município, observados os critérios
estabelecidos na Constituição Federal. (redação original)
Art. 252-A. Aos dependentes com direito a complementação de pensão será paga a gratificação natalina, na
forma dos arts. 82 a 85 desta Lei. (AC) (acrescentado pelo art. 5º da Lei Complementar nº 088, de 25.09.2020)
Art. 253. O valor pago à título de complementação de pensão será custeado pelo Município. (redação original)
Art. 253-B. Consideram-se como de necessidade temporária de excepcional interesse público, as contratações que
visam a: (AC) (Artigo acrescentado pelo art. 1º da Lei Complementar nº 042, de 16.07.2014)
I - atender a situações de calamidade pública;
II - prestar assistência a emergências em saúde pública;
III - substituir servidores, nas seguintes situações:
a) licença-maternidade ou adotante;
b)licença para tratamento de saúde ou auxílio-doença;
c) substituir servidor, temporariamente afastado; e (NR) (redação estabelecida pelo art. 1º da Lei Complementar nº
071, de 31.08.2018)
d) suprir a falta de Profissional, com formação superior ou técnica na área de atuação da Secretaria.(NR) (redação
estabelecida pelo art. 1º da Lei Complementar nº 071, de 31.08.2018)
IV - atender outras situações de emergência que vierem a ser definidas em lei específica.
§ 1º Nos casos dos incisos I a III a contratação deverá ser justificada em procedimento administrativo próprio e, em
quaisquer casos, ser precedida de processo seletivo simplificado.
§ 2º Fica vedada a realização de processo seletivo quando existir concurso público válido, com lista de aprovados
para a mesma função objeto da contratação.
§ 3º Os prazos das contratações devem ser definidos caso a caso, com base na situação que está ensejando a
contratação, cabendo à lei específica, que autorizar a contratação temporária, fixar o prazo máximo pelo qual poderá
perdurar.
Art. 253-B. (...): (AC) (Artigo acrescentado pelo art. 1º da Lei Complementar nº 042, de 16.07.2014)
III - substituir servidores, nas seguintes situações:
c)substituir Profissional do Magistério, temporariamente afastado; e
d) suprir a falta de Profissional do Magistério. (redação original)
Art. 253-C. A contratação a que se refere a letra "d" do artigo 253-B somente poderá ocorrer quando não for possível a
convocação de outro profissional, com formação superior ou técnica na área de atuação da Secretaria para trabalhar
em regime suplementar ou complementar. (NR) (redação estabelecida pelo art. 2º da Lei Complementar nº 071, de
31.08.2018)
Art. 253-C. A contratação a que se refere a letra "d" do artigo 253-B somente poderá ocorrer quando não for
possível a convocação de outro Profissional do Magistério para trabalhar em regime suplementar ou
complementar.(AC) (Artigo acrescentado pelo art. 1º da Lei Complementar nº 042, de 16.07.2014) (redação
original)
Art. 253-D. É vedado o desvio de função de pessoa contratada ou atribuição de encargo não previsto no contrato,
assim como receber atribuições ou ser nomeado ou designado, ainda que a título precário ou em substituição, para o
exercício de cargo em comissão, sob pena de nulidade do contrato e responsabilidade administrativa e civil da
autoridade contratante. (NR) (redação estabelecida pelo art. 1º da Lei Complementar nº 077, de 28.11.2018)
Art. 253-D. É vedado o desvio de função de pessoa contratada ou atribuição de encargo não previsto no
contrato, assim como receber atribuições ou ser nomeado ou designado, ainda que a título precário ou em
substituição, para o exercício de cargo em comissão, bem como a recontratação do profissional, antes de
decorridos 6 (seis) meses do término do contrato anterior, sob pena de nulidade do contrato e responsabilidade
administrativa e civil da autoridade contratante. (AC) (acrescentado pelo art. 1º da Lei Complementar nº 042, de
16.07.2014)
Art. 253-E. Os contratos serão de natureza administrativa, ficando assegurados os seguintes direitos ao contratado:
(AC) (Artigo acrescentado pelo art. 1º da Lei Complementar nº 042, de 16.07.2014)
I - vencimento equivalente ao percebido pelos servidores em início de carreira, de igual função no quadro permanente
do respectivo poder no Município;
II - jornada de trabalho, serviço extraordinário, repouso semanal remunerado, adicional noturno, gratificação natalina
proporcional, nos termos desta Lei;
III - férias proporcionais, ao término do contrato; e
IV - inscrição no Regime Geral da Previdência Social.
Art. 253-F. Ao contratado por tempo determinado, aplicam-se, no que couber, as disposições referentes ao regime
disciplinar de que trata o título VI dessa Lei. (AC) (Artigo acrescentado pelo art. 1º da Lei Complementar nº 042, de
16.07.2014)
Art. 253-G. O contrato por tempo determinado extinguir-se-á: (AC) (Artigo acrescentado pelo art. 1º da Lei
Complementar nº 042, de 16.07.2014)
I - pelo término do prazo contratual; ou
II - antecipadamente, por iniciativa de qualquer uma das partes contratantes.
§ 1º A extinção do contrato por iniciativa do contratado deverá ser comunicada com a antecedência mínima de 15
(quinze) dias, sob pena de desconto da remuneração correspondente ao período.
§ 2º A extinção do contrato por iniciativa do contratante, decorrente do interesse público e devidamente motivada,
importará no pagamento da remuneração dos dias trabalhados, das férias proporcionais e da gratificação natalina
proporcional.
§ 3º Excetua-se do previsto nesse artigo a extinção do contrato decorrente do cometimento de infração disciplinar
punível com demissão, hipótese em que será devida apenas a remuneração pelos dias trabalhados.
Art. 255. Os atuais servidores detentores de função gratificada terão incorporados os valores do período que estiveram
em exercício, computados na forma prevista do artigo 53, na data de implantação desta Lei.
§ 1º Os percentuais previstos no caput deste artigo serão aplicados sobre o valor da função gratificada definida na
forma do parágrafo anterior, baseado nos valores da tabela abaixo:
Valor
Código de
Função
Identificação
Gratificada
01 R$ 200,93
02 R$ 251,40
03 R$ 326,75
04 R$ 376,98
05 R$ 502,56
06 R$ 628,14
07 R$ 753,96
08 R$ 879,54
R$
09
1.005,12
R$
10
1.507,92
§ 2º Os valores incorporados serão reajustados na mesma forma dos valores previstos no quadro de cargo de
servidores do executivo de acordo com lei específica.
Art. 256. Fica estabelecido o mês de janeiro para a revisão geral anual, que dispõe oart. 37, X, da Constituição Federal
de 1988.
Art. 257. Os prazos previstos nesta Lei terão sua contagem iniciada em dia útil e serão contados corridos.
CAPÍTULO
Art. 258. As disposições desta II - DAS
Lei aplicam-se aosDISPOSIÇÕES
servidores dos TRANSITÓRIAS E FINAIS
Poderes Executivo e Legislativo.
Art. 259. Os regulamentos previstos nesta Lei deverão ser editados até 30 (trinta) dias da data da publicação desta Lei.
Art. 260. Fica revogado o artigo 3º da Lei Municipal nº 1.848, de 4 de fevereiro de 2002 e as Leis Municipais nº 1.645,
de 9 de março de 1999, 2.610, de 27 de março de 2007,2.846, de 13 de fevereiro de 2009,2.884, de 21 de julho de
2009, 2.952, de 22 de dezembro de 2009.
Constantino Orsolin
Prefeito Municipal
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