Bioética E Distanásia Thiago Bosetti Santiago, Pedro Humberto Campelo Matos Junior
Bioética E Distanásia Thiago Bosetti Santiago, Pedro Humberto Campelo Matos Junior
Bioética E Distanásia Thiago Bosetti Santiago, Pedro Humberto Campelo Matos Junior
Resumo: A prática médica sofreu diversos avanços, principalmente no Século XX, no entanto os
mesmos avanços que proporcionam melhor qualidade de vida em certos casos levam ao
prolongamento desnecessário, a partir de tratamentos dispensáveis, com excessivas intervenções
terapêuticas, gerando um processo agonizante de postergação da morte. A palavra distanásia trata-
se de um neologismo composto pelo prefixo grego dys, que significa ato defeituoso, e thanatos,
morte, referindo-se ao prolongamento da morte de forma exagerada, configurando em uma morte
lenta, ansiosa e sofrida. Nas últimas décadas, a bioética/estudiosos de diversas áreas, vem
discutindo sobre os limites das intervenções médicas para se evitar a distanásia. No entanto, é
conclusivo que a distanásia fere os princípios da bioética por estender um processo de sofrimento
tanto para o paciente como para a família, em contrapartida os cuidados paliativos permitem um
processo de morte justo, sem causar danos e buscando o bem estar nos momentos finais da vida.
1 - INTRODUÇÃO
A prática médica sofreu diversos avanços, principalmente no Século XX, essas melhorias,
especialmente nas áreas terapêutica, cirúrgica, de reanimação e de anestesia e no campo da
tecnologia, têm produzido um aumento significativo na saúde dos seres humanos, especialmente em
relação ao controle ou à eliminação de doenças (FELIX, 2013).
Se, por um lado, os avanços proporcionam melhor qualidade de vida e conduzem ao aumento
da expectativa de vida, devido à diminuição da mortalidade, por outro, em certos casos o
prolongamento ocorre de modo desnecessário, a partir de tratamentos dispensáveis, com excessivas
intervenções terapêuticas. Esse processo acaba transformando o modo de ver a vida, atribuindo a ela
uma forma quantitativa e biologizada, onde todos os recursos disponíveis para manutenção da vida
são investidos, mas a qualidade do viver é minimizada. E isso, inclusive, fere o princípio da não-
maleficência, pois se gera um processo agonizante de postergação da morte (FORTES, 2007).
Dessa forma, o presente estudo objetiva traçar considerações sobre um tema cada dia mais
angustiante, a distanásia, examinando o que é vida e morte, aferindo a existência do direito de morrer
com dignidade e estabelecendo sua relação com os princípios da bioética.
2 – METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão bibliográfica, com busca ativa de artigos, resoluções e publicações
em bases de dados como Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), no Portal Capes, na Revista Bioética e
Scielo, utilizando os termos bioética, distanásia, ética, medicina no mecanismo de pesquisa.
Para inclusão foram considerados os seguintes critérios: artigos publicados em português,
disponíveis na integra e que apresentassem como termos principais distanásia ou bioética. Já os
critérios de exclusão foram: artigos duplicados, em idiomas estrangeiros e que não abordavam o
tema. Seguindo esses critérios, foram selecionados 19 publicações entre artigos e resoluções.
Com base nas publicações reunidas, foi possível realizar a caracterização de conceitos, bem
como a interpretação e a análise, tornando-se possível alcançar os objetivos estabelecidos.
Ao longo dos séculos, pensadores e cientistas, como o grego Aristóteles e o americano Carl
Sagan, se debruçaram sobre o dilema da definição da vida. Cada intelectual desenrola uma definição
a depender de sua área de interesse.
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IV Jornada de Iniciação Científica do UNIFACIG – 07 e 08 de novembro de 2019
Existem duas maneiras de explicar a questão da vida: a primeira é o discurso parenético, no
qual remete-se ao âmbito sacral da vida. Este bem (vida) foi dado ao homem para que ele apenas
gerenciasse, pois a sua propriedade é um valor absoluto que só a Deus pertence; dessa forma, o ser
mortal não tem nenhum direito sobre sua vida ou à vida do outro. O embasamento argumentativo
principal se dá pela sacralidade da vida, assentada em três dimensões fundamentais: a razão de sua
origem, a razão de sua natureza e a razão do seu destino. A segunda maneira se dá pelo discurso
científico, no qual tem seu princípio fundamental a valorização qualitativa da vida, sendo o homem o
protagonista (JUNGUES, 1993).
No que tange à qualidade de vida, o interesse por este conceito na área da saúde é
relativamente recente e é resultante de novos conceitos adotados nesta área, em que a qualidade de
vida passou a ser um resultado esperado decorrente de práticas, passando a ser usado também,
como indicador para a avaliação da eficácia, eficiência e impacto de determinados tratamentos.
Entretanto, o fundamentalismo deste princípio cita que uma vida sem qualidade não vale a pena ser
vivida, abrindo brechas para atentados contra esta (SEIDL; ZANNON, 2004).
Abordaremos a definição de Jungues (1993) que diz que “a vida é um dom (ninguém pode
dar a vida a si mesmo); mas, que uma vez recebido, fica à disposição daquele que o possui, sendo a
vida um bem em si mesmo e por si mesmo, sem referência a outro bem ou valor porque é a base de
todos os outros”.
Contemporaneamente, a definição de vida ainda continua polarizada, uma vez que, como o
supracitado, essas definições vão de acordo com crenças, culturas, paradigmas e afins, que
exacerbam o discurso retórico. Todavia, isso não quer dizer a que a sacralidade e a qualidade da vida
precisam ser oponentes; o autor francês Doucet (2000) ressalta que:
Para a ética, enviesada pela área científica, a vida é caracterizada como um bem, sendo este
um princípio pré-moral, logo, deve ser valorizada de maneira igual, independente de circunstâncias e
situações (JUNGUES, 1993).
4 - A MORTE
Antigamente o processo da morte era visto como um acontecimento espontâneo, tanto pelo
doente como pela família, sendo, na maioria das vezes, concretizada dentro da própria casa e era
tida como algo natural. O doente presidia o seu processo de morte, recebia as pessoas em casa, era
visto no leito de morte, se despedia e falava como queria seu enterro etc. Mas com o decorrer do
tempo, fatores como a religião, cultura da sociedade e valores éticos vêm mudando esse conceito. A
morte é então institucionalizada, sendo consumada dentro do hospital, e passa a ser uma “ameaça” à
função médica, em que muitos desses profissionais se veem responsáveis por esse processo,
tornando o hospital um meio para a cura do paciente (ROMANO, et al, 2006).
Uma pessoa era considerada morta quando havia interrupção dos sinais vitais, ou seja, as
funções cardiológicas e respiratórias eram cessadas, seguindo assim com fim da função do corpo e
da mente. Em virtude dos avanços tecnológicos, e com o advento dos transplantes de órgãos e
tecidos, as funções fisiológicas passam então a ser controladas por meio artificial, e assim a morte
deixa de ser considerada como um processo súbito e terminal, e passa a ser um processo evolutivo,
dinâmico e complexo (XAVIER, et al, 2014; PESSINI, 2004).
Pensando nessa mudança de conceito, surge na França o termo coma depassé, que se
referia a um estado de coma, em que o paciente apresentava flacidez, ausência de reflexos, falta de
respiração autônoma, irresponsividade e dificuldade de regulação térmica. Porém, devido a outros
estágios de coma, essa expressão causava ambiguidade e assim vários países, inclusive o Brasil,
passou a utilizar o termo “morte encefálica”. Na morte encefálica todas as funções neurológicas são
interrompidas de forma permanente e irreversível, e em resposta a agressão sofrida pelo cérebro o
sangue que vem do corpo e supre o cérebro é bloqueado, desencadeando a falência do sistema
nervoso central (BRASIL, 2008).
5 - DISTANÁSIA
A palavra distanásia trata-se de um neologismo composto pelo prefixo grego dys, que
significa ato defeituoso, e thanatos, morte. Refere-se ao prolongamento da morte de forma
exagerada, configurando em uma morte lenta, ansiosa e sofrida; é conhecida também como
“obstinação terapêutica”, “futilidade médica” e “tratamento inútil”. Autores defendem que essa atitude
médica de querer salvar a vida do paciente a todo custo, não prolonga a vida, mas sim o processo de
morrer, e que manter o paciente em um tratamento invasivo quando não há possibilidade de
recuperação pode causar sofrimento físico e psicológico, além de ser um desrespeito com o seu
momento de morrer (ROMANO, et al, 2006).
Quando se discute sobre a distanásia, cabe uma reflexão sobre “até quando a vida deve ser
prolongada?” Vale a pena manter pacientes não recuperáveis em máquinas, com suporte de vida
indefinido? E para analisar essas questões é necessário que se entenda sobre os diferentes tipos de
tratamento. Designa tratamento fútil aquele em que o quadro do paciente é irreversível e não há
possibilidade em manter ou restaurar sua vida, aliviar seu sofrimento e garantir seu bem estar. O
profissional quer recuperar a vida do paciente de forma insistente, podendo gerar desconforto físico e
emocional. Esse tratamento também é referido como tratamento extraordinário. Já o tratamento
ordinário refere-se aos meios necessários e obrigatórios para salvar a vida do paciente, deve
proporcionar alívio e controle de seus sintomas (KOVACS, 2003).
Distanásia segundo: Legislação A questão da distanásia vai muito além do avanço
tecnológico e da opinião do médico, ela ultrapassa os limites da bioética, atinge a ordem normativa.
De acordo com a Constituição Federal, Art. 5º -III, “Ninguém será submetido a tortura nem a
tratamento desumano ou degradantes”. Dessa forma, a distanásia fere a lei ao fomentar um
tratamento fútil ao paciente, sem assegurar o bem estar do paciente.
Distanásia segundo: Religião As religiões têm papel importante na vida das pessoas,
oferece amparo nos momentos de sofrimento e auxilia na tomada de decisão. Segundo censo IBGE
de 2010 (publicado em 2012), 92% da população brasileira tem uma religião, sendo que 65%
católicos, 22,4% evangélicos, 2,0% espíritas e 0,3% de religiões afrodescendentes. Diante desses
dados, vale ressaltar que a opinião dos religiosos sobre o prolongamento da vida é considerável.
Albert Einstein dizia que “a ciência sem religião é paralítica; a religião sem a
ciência é cega”. O cientista Francis Collins, que estudou o genoma humano
disse ser a ciência o único caminho para entender a natureza, sendo que se
bem utilizada permite conhecer muitos detalhes da existência material.
Porém a ciência ainda não foi capaz de responder algumas perguntas como
o que acontece após a morte, qual o objetivo da existência terrena. Nesse
espaço, a religião traz uma satisfação ao ser humano, ao dar uma
explicação aceitável aos fenômenos que a ciência não explica. Ambas
trabalham juntas para gerar conhecimento e tranquilidade entre os seres
humanos (XAVIER, et al, 2014).
Sendo assim, muitas vezes o médico abusa da tecnociência para desviar de uma sensação
de impotência e/ou pelo receio de acusação de omissão de socorro. Nesse protagonismo médico,
prioriza-se a conservação da vida em detrimento da qualidade de vida do doente (ALBUQUERQUE;
DUNNUNGHAM, 2013). Surge, então a obrigação moral e ética profissional de parar com a
obstinação terapêutica e se concentrar no conforto do processo de morrer (PESSINI, 2009).
Negar a distanásia não reflete uma desistência do paciente, contrariamente, é parte essencial do
processo de cuidado profissional-paciente, como afirma Pessini (2009):
7 - ÉTICA
8 - BIOÉTICA
9 - BIOÉTICA E A DISTANÁSIA
Nas últimas décadas, a bioética/estudiosos de diversas áreas, vem discutindo sobre os limites
das intervenções médicas para se evitar a distanásia. Enfatizando que o progresso das ciências
biomédicas aumentou o poder de “prorrogação da morte”, à custa, muitas vezes, de prolongado e
desnecessário sofrimento para os indivíduos e suas famílias (FORTES, 2007).
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IV Jornada de Iniciação Científica do UNIFACIG – 07 e 08 de novembro de 2019
O Conselho Federal de Medicina brasileiro publicou no ano de 2006 a resolução nº 1.805, que
proferiu autorização ao médico limitar ou suspender procedimentos e tratamentos que prolonguem a
vida do doente em fase terminal, respeitando a vontade da pessoa ou de seu representante legal. A
resolução deu um passo extremamente importante para uma futura normatização legislativa sobre o
tema (CFM, 2006).
Já no presente ano de 2019 tivemos a publicação da resolução nº 2.232, que estabeleceu
normas éticas para a recusa terapêutica por pacientes e objeção de consciência na relação médico-
paciente (CFM, 2019). O que, dentre tantas outras interpretações, permite aferir como o processo de
tomada de decisão por parte do paciente acerca dos procedimentos aos quais será submetido, vem
tomando um lugar cada vez mais alto no tocante da prática médica e também no respeito e
legitimação da recusa médica, quando quaisquer das decisões têm caráter antagônico aos seus
preceitos.
A bioética procura avaliar e buscar o que é mais importante, neste caso em relação à
distanásia, e para isso ela é atenta às possíveis consequências das descobertas e suas aplicações,
baseando-se nos seus princípios: autonomia, beneficência, não-maleficência, justiça-equidade
(DELBIANCO, 2015)
Sendo assim podemos relacionar os princípios da bioética com a distanásia, da seguinte
forma:
● Autonomia: garante ao indivíduo, quando em momento de lucidez, o direito tomar suas
decisões. Sendo que no caso de distanásia, a decisão do paciente no fim ou manutenção do
tratamento deve ser respeitada sem contestação.
● Beneficência: refere-se à obrigação ética de maximizar o benefício e minimizar o prejuízo. Um
médico deve analisar se determinado procedimento irá realmente promover a qualidade de
vida do paciente ou se ele apenas irá postergar o sofrimento e conduzir à morte, em um
período muito próximo.
● Não-maleficência: estabelece que a ação do médico sempre deve causar o menor prejuízo ou
agravos à saúde do paciente. Fazer com que o paciente sofra em um tratamento que não
surtirá efeito, e que servirá apenas para conformar familiares, é uma prática de distanásia.
● Justiça-equidade: obrigação ética de tratar cada indivíduo conforme o que é moralmente
correto e adequado. Mas sem ferir a autonomia do paciente, ou propor tratamentos inúteis
que prorrogam o processo de morte.
11 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
É fato que a medicina avança com o passar das décadas com o propósito de cuidar e
resguardar a vida, o conhecimento médico e as tecnologias de saúde serviram, também, para tornar
o morrer mais problemático. Deste modo, esbarramos em dois paradigmas, o de curar e o de cuidar:
o paradigma de curar é aquele que depende de tal tecnologia e entende que a morte deve ser o
último resultado esperado; já o cuidar, compreende que a morte é parte da vida humana.
O elo entre o cuidar e o “bem morrer” são os cuidados paliativos, os quais têm conquistado
espaço no cenário médico gradativamente. Assim, sendo esta uma alternativa mais digna em relação
à distanásia é preciso que haja mobilização política e social, com o intuito de criar políticas públicas
que introduzam de forma mais ampla e efetiva os cuidados paliativos, bem como oferecer o suporte
educacional aos profissionais sobre essas práticas, para que assim elas ofereçam bem-estar ao
paciente, de maneira integral e digna no seu processo de morte.
Portanto, conclui-se que a distanásia fere os princípios da bioética por estender um processo
de sofrimento tanto para o paciente como para a família. Em contrapartida os cuidados paliativos
permitem um processo de morte justo, sem causar danos e buscando o bem estar nos momentos
finais da vida.
12 - REFERÊNCIAS
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<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/146morte_encefalica.html>. Acesso em: 29 de setembro de
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<https://jus.com.br/artigos/44282>. Acesso em: 29 de setembro de 2019.
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