Fundamentos Do Gestor
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FINANCEIRO
AULA 1 – O Gestor Financeiro
CONTEXTUALIZANDO (problematização)
O avanço constante da economia, cada dia mais digital e inteligente, o
profissional de gestão financeira tem seu papel fundamentado para a
sustentabilidade e crescimento das organizações. Sua atuação transcende a
mera execução de tarefas, adentrando o território do impacto social e ambiental,
em uma jornada pautada por princípios éticos e legais.
Comprometido com números, valores e princípios éticos, alinhado à
responsabilidade social e ambiental, em que cada decisão contribui
positivamente para o bem-estar da sociedade e a conservação do meio
ambiente. Esta abordagem não é apenas um diferencial, é uma exigência para
a prática contemporânea na área financeira.
Ainda, o Gestor Financeiro, com sua postura propositiva e colaborativa,
traz uma visão sistêmica e estratégica, essencial para o entrelaçamento das
multifacetadas dimensões organizacionais. Seu papel como agente colaborativo
destaca a importância do trabalho em equipe e da contribuição coletiva para
alcançar objetivos comuns, enriquecendo o processo com uma diversidade de
perspectivas e conhecimentos.
A reflexão crítica é outro aspecto que define o profissional de gestão
financeira moderno. Ao articular conceitos teóricos com práticas de gestão
financeira, ele deve ser capaz de avaliar modelos e instrumentos, sempre com
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questionamentos e busca constante para aperfeiçoar as estratégias e práticas
vigentes. Este senso crítico e reflexivo assegura que a gestão financeira não seja
apenas uma série de ações rotineiras, mas um processo constante de
aprendizado e inovação.
Na sua perspectiva analítica, o gestor de utiliza ferramentas
diagnósticas, permitindo-lhe entender as complexidades, comunicar com
efetividade e intervir de forma assertiva na gestão financeira. Ser analítico
também implica em uma responsabilidade de garantir a integridade e a precisão
dos dados financeiros, os quais são fundamentais para qualquer análise
significativa.
Ainda, o gestor financeiro tem o conhecimento acerca dos cenários
econômicos e a sensibilidade para as variações do mercado. A habilidade de
prever tendências e adaptar-se a mudanças não só protege as organizações das
turbulências econômicas, mas também abre caminhos para a exploração de
novas oportunidades que tais variações podem apresentar.
A Gestão Financeira trata do passado, do presente e do futuro, das
pessoas, das empresas e dos governos, necessariamente nesta ordem.
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Segundo o Ministério do Trabalho:
A Classificação Brasileira de Ocupações - CBO, instituída por portaria
ministerial nº. 397, de 9 de outubro de 2002, tem por finalidade a
identificação das ocupações no mercado de trabalho, para fins
classificatórios junto aos registros administrativos e domiciliares. Os
efeitos de uniformização pretendida pela Classificação Brasileira de
Ocupações são de ordem administrativa e não se estendem as
relações de trabalho. Já a regulamentação da profissão,
diferentemente da CBO é realizada por meio de lei, cuja apreciação é
feita pelo Congresso Nacional, por meio de seus Deputados e
Senadores , e levada à sanção do Presidente da República. (BRASIL,
2024).
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De acordo com dados da Febraban (2023), o Brasil tem ao menos 15 mil
startups em funcionamento hoje, e o setor de finanças é o segundo no ranking
de criação de empresas inovadoras. A transformação na maneira como o mundo
financeiro se relaciona com as pessoas e os negócios digitais têm levado a um
incremento cada vez maior. O surgimento de bancos digitais, fintechs, novas
tecnologias como o blockchain, big data, a inteligência artificial e as
criptomoedas estão ampliando o horizonte de atuação do gestor de finanças para
um novo patamar de conhecimentos e competências necessários ao mundo do
trabalho.
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empenham inovações, sem mudar a característica e formalidade do curso, em
meio aos critérios estabelecidos pelo Enade e pelo Catálogo Nacional de Cursos.
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• Otimização de Recursos: Tecnologias inovadoras para otimizar
operações financeiras, reduzir custos e aumentar a eficiência.
• Educação financeira: Recursos online e ferramentas de
planejamento para capacitar indivíduos a tomar decisões financeiras
informadas.
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digital cresceram consideravelmente, já que segurança, privacidade e resiliência
se tornam cada vez mais complexos em todos os negócios.
Os líderes dos serviços financeiros também devem estar preparados
para lidar com desafios e oportunidades em um cenário caracterizado por altas
taxas de juros, maior pressão regulatória e inflação moderada, mas ainda
preocupante. As tendências tecnológicas, como a IA, a transição para a nuvem,
o aumento do risco de fraude e cibernético e a fusão das linhas da indústria,
exigirão dos líderes financeiros uma agilidade muito maior.
Sem contar ainda que a globalização foi um momento do passado, O
mercado para a área financeira já é global. Assim, o mercado de trabalho para
gestores financeiros não para de se expandir e principalmente diversificar, tanto
em termos de oportunidades de emprego quanto nas habilidades e
conhecimentos exigidos, especialmente no que diz respeito à tecnologia.
Nas salas de aula de poucas décadas se dizia, “guardem seus
celulares”. Hoje, “atualizem seus aparelhos para a próxima aula”.
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TEMA 2 – INOVAÇÃO: AS FINANÇAS DIGITAIS
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• Crowdfunding: Como visto, transformou a forma como as ideias são
financiadas, permitindo que qualquer pessoa com uma conexão de
internet apoie diretamente a próxima grande inovação.
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• Pagamentos e Transferências Internacionais: O blockchain pode
simplificar e acelerar significativamente as transferências
internacionais de dinheiro, reduzindo os custos associados e o tempo
necessário para processar essas transações.
• Contratos Inteligentes: Os contratos inteligentes são programas
autoexecutáveis que são acionados quando condições predefinidas
são atendidas, sem a necessidade de intermediários. No setor
financeiro, isso pode ser usado para automatizar a execução de
contratos complexos, como empréstimos sindicalizados, seguros e
derivativos, tornando as transações mais eficientes e transparentes.
• Prova de Procedência e Autenticação de Ativos: O blockchain
pode ser usado para rastrear a origem e a propriedade de ativos
financeiros de maneira segura e imutável. Isso é particularmente útil
no rastreamento da cadeia de custódia de ativos valiosos, como
obras de arte, joias e imóveis, bem como na verificação da
autenticidade de documentos financeiros.
• Plataformas de Empréstimos Descentralizados (DeFi): As
plataformas de Finanças Descentralizadas (DeFi) utilizam tecnologia
blockchain para criar sistemas financeiros abertos e sem permissão,
onde os usuários podem emprestar, pedir emprestado e ganhar juros
em seus ativos sem a necessidade de intermediários tradicionais,
como bancos.
• Financiamento Coletivo e Emissão de Títulos: O blockchain
permite a emissão de títulos tokenizados, o que pode democratizar o
acesso ao financiamento coletivo e ao capital de investimento.
Empresas e projetos podem emitir tokens de segurança ou contratos
de dívida como forma de levantar fundos de uma comunidade global
de investidores.
• Serviços de Custódia e Armazenamento Seguro: A tecnologia
blockchain oferece uma forma segura de armazenar ativos digitais.
Isso é crucial para a gestão de riscos no setor financeiro, oferecendo
soluções de custódia que protegem contra fraudes e hacking.
• Liquidação de Transações: O blockchain pode automatizar e
simplificar o processo de liquidação de transações financeiras,
reduzindo o tempo e os custos associados. Isso melhora a eficiência
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operacional e reduz o risco de contraparte em transações de valores
mobiliários e outros instrumentos financeiros.
• Identidade Digital: Utilizando o blockchain, as instituições
financeiras podem criar e gerenciar identidades digitais seguras,
facilitando o processo de verificação de identidade (KYC) de maneira
eficiente e reduzindo a possibilidade de fraude.
• Tokenização e NFTs: A capacidade de tokenizar ativos reais e
digitais está criando novas formas de propriedade, investimento e
geração de receita, desde a arte até imóveis, abrindo novos
mercados e oportunidades de negócios.
Essas aplicações do blockchain têm o potencial de remodelar o setor
financeiro, sem dúvida, oferecendo novas formas de transparência, eficiência e
confiança nas operações financeiras.
À medida que a tecnologia amadurece e as regulamentações evoluem,
espera-se que mais inovações baseadas em blockchain sejam integradas às
finanças tradicionais, abrindo caminho para um futuro financeiro mais inclusivo
e descentralizado.
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No contexto das finanças pessoais observam-se algumas tendências e
movimentos significativos que moldam como os indivíduos estão gerenciando
seus recursos.
O advento do Pix, e futuramente o Real Digital (Drex), bem como os
conceitos de open banking, estão transformando a forma como as pessoas
administram o dinheiro.
Até pouco tempo finanças pessoais se limitava ao controle das finanças.
Hoje, tendenciosamente, as finanças estão dinamizadas acerca da colocação
profissional do indivíduo.
A exemplo disso, quantos são os influencers independentes que
necessitam administrar suas contas? O pessoal e o profissional se misturam
cada vez mais. Com isso, há uma crescente adoção de soluções digitais para o
planejamento financeiro. Os robos-advisors, por exemplo, inteligências artificiais
que orientam as pessoas em seus cotidianos financeiros.
Esse tipo de orientação está cada vez mais popular ao oferecerem
serviços de planejamento financeiro automatizados e orientados por algoritmos.
Este movimento em direção a soluções digitais também inclui um aumento no
uso de ferramentas baseadas em planilhas, como o Google Sheets, para uma
variedade de tarefas financeiras pessoais, de orçamentação a investimentos.
Além disso, o interesse em investimentos ambientais, sociais e de
governança não para de crescer, à medida que os consumidores se tornam mais
conscientes do impacto de suas escolhas de investimento na sociedade e no
meio ambiente. Há também uma ênfase crescente na literacia financeira e uma
adaptação às mudanças econômicas globais, como as incertezas inflacionárias
e os riscos geopolíticos que incentivam os investidores a diversificar suas
carteiras e buscar ativos protegidos contra a inflação.
No Canadá, por exemplo, as preocupações com uma recessão e o
aumento das taxas de juros levaram a mudanças nas estratégias de poupança
e investimento. Os consumidores estão se adaptando a um ambiente de altas
taxas de juros, buscando formas de consolidar dívidas e gerenciar empréstimos
de forma mais eficaz. O aumento da competição entre bancos e “neobancos”
(bancos digitais) está forçando os tradicionais a adotarem sistemas baseados
em nuvem para melhorar a eficiência e a oferta de serviços.
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Para enfrentar as incertezas econômicas e aproveitar as oportunidades
que surgem com as novas tecnologias, é importante que os indivíduos se
mantenham informados, busquem aprimorar suas habilidades de gerenciamento
financeiro e considerem a ajuda de profissionais financeiros quando necessário.
As tendências mostram uma indústria dinâmica impulsionada por soluções
digitais, garantindo estratégias financeiras personalizadas alinhadas com
aspirações individuais.
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Segundo o Catálogo Nacional de Cursos Superiores do Ministério da
Educação, o Gestor Financeiro é o profissional que:
1) Elabora relatórios analíticos para acompanhamento dos resultados
financeiros das empresas.
2) Elabora indicadores quantitativos para tomada de decisões. Coleta,
organiza e analisa informações gerenciais para construção de
orçamento empresarial.
3) Qualifica os diversos indicadores econômicos e financeiros para a
gestão do negócio.
4) Avalia os custos das fontes de financiamento e de produção a curto
e longo prazo.
5) Articula soluções de fluxo de caixa.
6) Avalia potenciais de captação e aplicação de recursos financeiros.
Gerencia processos financeiros.
7) Avalia e emite parecer técnico em sua área de formação.
Ainda segundo a perspectiva do Ministério da Educação, através da
Portaria 293/2022 (Dispõe sobre diretrizes de prova e componentes específicos
da área de Tecnologia em Gestão Financeira, no âmbito do Enade - Exame
Nacional Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes, edição 2022), o
perfil profissional do egresso do curso superior de Tecnologia em Gestão
financeira é ser:
I. Ético e comprometido com os princípios legais, sociais e
ambientais inerentes ao exercício profissional;
II. Propositivo e colaborativo, com visão sistêmica e estratégica;
III. Crítico e reflexivo na articulação de conceitos teóricos, de
modelos, de instrumentos e de práticas de gestão financeira nas
organizações;
IV. Analítico e responsável na utilização do instrumental para
diagnóstico, para compreensão, para comunicação e para
intervenção na gestão financeira;
V. Consciente e sensível aos cenários econômicos e aos efeitos das
suas variações nos ambientes organizacionais.
Dentro desse perfil profissional esperado pelo mercado e pelos órgãos
superiores de educação, construímos o mais completo e abrangente curso
superior de Gestão Financeira, considerando ainda o que há de mais moderno
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no conceito e nas expectativas do Enade, das quais veremos nas próximas
aulas.
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III. Integrar, ao planejamento estratégico, a execução do plano
financeiro e orçamentário;
IV. Colaborar no planejamento organizacional e trabalhar em equipes
multidisciplinares;
V. Apurar, analisar, interpretar e relatar as informações obtidas por
meio de indicadores econômicos e financeiros;
VI. Gerenciar recursos financeiros com eficácia, eficiência e
efetividade;
VII. Utilizar instrumentos e métodos quantitativos e qualitativos para
tomada de decisões em finanças;
VIII. Planejar e tomar decisões financeiras com base na análise do
ambiente econômico e das questões conjunturais;
IX. Avaliar e recomendar a composição de recursos financeiros, bem
como fontes de captaçãoe de aplicação mais adequadas às
atividades organizacionais;
X. Avaliar e gerenciar risco e retorno no âmbito empresarial e de
mercado.
Para cada competência dessa, veremos mais à frente a atuação do
Gestor Financeiro, com base nas disciplinas estudadas, dentro de cada perfil
esperado no mercado de trabalho.
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NA PRÁTICA (aplicação prática dos conteúdos da aula)
Pesquise na internet os tipos de crowdfunding disponíveis para empresas
e pessoas físicas, trazendo suas capacidades, meios e limites.
Lembre-se de aprofundar o conteúdo, uma vez que, o que se espera é um
conceito amplo e difundido acerca do exemplo.
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REFERÊNCIAS (fontes consultadas)
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SANDRONI, Paulo. Novíssimo Dicionário de Economia. 6ª Ed. São Paulo:
Best Seller, 2001.
SAVYTZKY, TARAS. Meio Ambiente e Competitividade. Juruá, 2010.
SILVA, José Pereira da. Análise financeira das empresas. 9. ed. São Paulo:
Atlas, 2008
SILVA, José Pereira da. Análise financeira das empresas. 9. ed. São Paulo:
Atlas, 2008
WESTON, J. Fred; BRIGHAM, Eugene F. Fundamentos da administração
financeira. 10. ed. São Paulo: Makron Books, 2004.
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