05 Termometria

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Brasília, ____ de ___________ de 2.

023
Aluno(a):_______________________________________________________________________________
Disciplina: Física • Professor: Glauco • Conteúdo• Termometria, Calorimetria e Dilatação

1 - TERMOMETRIA É o instrumento utilizado, mais comumente, para medir a


temperatura dos corpos. A funcionalidade do termômetro segue o
1. Conceitos Fundamentais da Termologia principio da lei zero da termodinâmica pois a avaliação da
temperatura de um sistema ocorre após um tempo de contato entre
o sistema e o termômetro, pois o s dois adquirem a mesma
1.1. Temperatura temperatura; isto é, alcançam o equilíbrio término.
A graduação de um termômetro é feito escolhendo-se duas situações
É um parâmetro físico que mede o grau de agitação das partículas de de um sistema que possam ser muito facilmente reproduzidos. Essas
um corpo. duas situações são denominadas de PONTOS FIXOS do sistema.
Quanto maior a temperatura, maior o grau de agitação das Assim:
moléculas. – Primeiro ponto fixo (ponto do gelo): representa a fusão do gelo sob
pressão normal (1 atm) → chamaremos aqui de θg.
1.2. Calor – Segundo ponto fixo (ponto do vapor): representa a ebulição da
água sob pressão normal (1 atm) → θv
É a energia térmica em trânsito, em movimento. A condição
necessária para que haja troca de calor entre dois corpos é que eles 3.1. Escalas Termométricas
estejam a diferentes temperaturas. Esta condição é conhecida como
a lei zero da termodinâmica. O calor será TRANSFERINDO do corpo Dependendo dos valores Arbitrados para θg e θv teremos
mais quente para o corpo mais frio. Com o tempo o corpo quente irá denominações diferentes para cada escala. As mais utilizadas e não
abaixar sua temperatura e o mais frio terá a sua temperatura únicas são:
aumentada, até que as duas temperaturas se tornem iguais.
(EQUILÍBRIO TÉRMICO) a) Escala Celsius → θg = 0ºC e θv = 100ºC
b) Escala Fahrenheit → θg = 32ºF e θv = 212ºF

Em 1848, o físico William Thomson, também conhecido por Lorde


Kelvin, elaborou um estudo a respeito da agitação térmica dos
corpos. Empiricamente, Lorde Kelvin constatou um abaixamento de
1/273 da pressão inicial de um gás, mantido a volume constante,
quando a sua temperatura mudava de 0ºC para –1ºC. Desta forma
1.3. Equilíbrio Térmico para cessar totalmente a agitação térmica de um gás e atingir
pressão nula, a temperatura deveria ser de –273ºC. A esse limite
Ocorre quando todos os corpos de um sistema estão em uma inferior de temperatura, INATINGÍVEL na prática, damos o nome de
mesma temperatura. Zero Absoluto. Dessa forma Kelvin criou uma escala absoluta por
medir VERDADEIRAMENTE o grau de agitação de um sistema. Para a
2. Estados de Agregação da Matéria escala Kelvin os pontos fixos são definidos pelas temperaturas de
273K (θg) e 373 k (θv).
- Estado sólido, as forças de coesão entre as moléculas são intensas e
só permitem a elas vibrações ligeiras em torno de posições médias.
Desse modo, as moléculas dispõem-se com regularidade, formando 3.2. Relações Matemáticas entre as escalas
uma rede cristalina. Assim, os sólidos apresentam forma e volume
bem definidos.

- Estado líquido, as distâncias médias entre as moléculas são maiores


que no estado sólido. As forças de coesão, no entanto, ainda são
apreciáveis e a liberdade das moléculas é restrita, havendo apenas o
deslizamento de umas em relação às outras. Em conseqüência, os
líquidos apresentam volume definido, mas a forma é variável,
adaptando-se à do recipiente.

- Estado gasoso ou vapor, as forças de coesão entre as moléculas são


extremamente fracas, permitindo livre movimentação.
Conseqüentemente, os gases (e vapores) têm a propriedade de se
difundir através de todo o espaço que lhes é oferecido, não Basta usar o teorema de Tales da Geometria:’’
apresentando forma nem volume definidos.

3. Termômetros

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Fórmula:

Af = Ao + ∆A Ao = área inicial
Ao ∆A = Ao . β . ∆θβ = coef. de
A0

dilatação superficial
3.3. Relações entre variações obs.: β = 2α∆θ = variação
de temperatura
Entre os pontos fixos de cada escala temos as seguintes
variações: ∆A

Celsius → θv – θg = 100 Chapas com Orifício


Fahrenheit → θv – θg = 180
Kelvin → θv – θg = 100 • Deve-se observar que o orifício também CRESCE, caso a
temperatura da chapa aumente. A impressão que alunos têm é
Isso mostra que: de que o orifício diminui. NÃO CONFUNDAM, “pelo amor de
Deus”!
1) Para uma variação de 100 graus na Celsius há uma • O raciocínio que devemos ter é que o orifício está totalmente
variação de 180 graus na fahrenheit e para saber pleno de material e o “raio” do orifício sofre uma dilatação linear.
qualquer outra variação basta fazer uma regra de três
simples ∆R = Ro . α . ∆θ
2) As variações na escala Celsius e kelvin são idênticas ou
seja, para cada alteração unitária na celsius, haverá a
mesma alteração unitária na kelvin
1.3. Dilatação Volumétrica
Resumindo:
Analisa a dilatação das três dimensões de um corpo. Analisa
∆ºF = 1,8 . ∆ºC e ∆ºC = ∆K
a dilatação do volume de um corpo.

4. Problemas clássicos de prova:

Tome cuidado com as relações termométricas dadas por


meio de gráficos. A EsPCEx e AFA, já utilizaram inúmeras
vezes esse tipo de exercício.
Veja o número 2 da lista a seguir.

Quadro resumo
DILATAÇÃO TÉRMICA
Dilatação Valor final
O aumento da temperatura acarreta geralmente, nos
Linear ∆L = Lo . α . Lf = Lo + ∆L
sólidos e líquidos, aumento em suas dimensões. a diminuição da
temperatura acarreta uma contração no tamanho do corpo. ∆θ
Superficial ∆A = Ao . β . Af = Ao + ∆A
∆θ
1. Tipos de Dilatação dos Sólidos Volumétrica ∆V = Vo . ɣ . Vf = Vo + ∆V
∆θ
1.1. Dilatação Linear:
Problemas com “cara” de prova
Analisa a dilatação de uma dimensão do corpo.
Fórmula por processo empírico temos: a) Chapas com Orifício → dilatação superficial – lembrar que o
orifício crescerá se a chapa for aquecida e diminuirá se a chapa
for resfriada. Para calcular a dilatação do raio do orifício, use a
dilatação linear e adote o orifício pleno de material da placa.

∆R = Ro . α placa . ∆θ
∆A = Ao . β placa . ∆θ

Exemplo: Considere uma chapa de ferro circular, com um orifício


-------- circular concêntrico. À temperatura inicial de 30 ºC, o orifício tem um
diâmetro de 1,0 cm. A chapa é então aquecida a 330 ºC.
1.2. Dilatação Superficial
Qual a variação do diâmetro de furo, se o coeficiente de dilatação
Analisa a dilatação de duas dimensões do corpo sendo linear do ferro é 12 . 10–6 ºC–1?
assim; analisa a dilatação de uma superfície.

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A variação do diâmetro de furo depende do diâmetro da chapa
Vejamos:
b) Pontes

Em exercícios que abordem pilares de pontes, devemos sempre


mostrar que todos os pilares devem sofre a mesma dilatação. (?)
Conclui-se que se os pilares forem do mesmo tamanho deverão ter o
mesmo coeficiente de dilatação e se não forem do mesmo tamanho,
quanto maior o seu tamanho, menor será o seu coeficiente de
dilatação.
Pelo desenho temos a impressão de que o líquido dilatou 05ml.
Veja: A plataforma abaixo é apoiada pelos pilares A e B de tamanhos Devemos lembrar que o frasco também dilatou e que essa dilatação
diferentes e para que ela fique sempre na horizontal as dilatações de foi totalmente preenchida pelo líquido. Desta forma a REAL dilatação
A e B devem ser iguais e então: do líquido é formada pela dilatação do frasco somada à dilatação
aparente do líquido. Assim:

∆VREAL = ∆Vdo frasco + ∆VAPARENTE

VoL. ɣR . ∆θ = VoL . ɣF . ∆θ +VoL . ɣap . ∆θ onde

VoL=
VoF=
ɣR=
Agora conclua o que deve acontecer se LoA for igual ao LoB . (??) → ɣF=
Resp ⇒ αB = αA ɣap=

1. Exemplo: Uma plataforma P encontra-se apoiada na posição Exercícios de dilatação volumétrica dos líquidos
horizontal sobre duas colunas, A e B, a uma certa temperatura inicial
t0, sendo a altura da coluna A o dobro da altura da coluna B. Para 1- Um certo frasco de vidro está completamente cheio, com 50
que a plataforma P permaneça na posição horizontal em qualquer cm3 de mercúrio. O conjunto se encontra inicialmente a 28 ºC. No
temperatura t, a relação entre os coeficientes de dilatação linear α A caso, o coeficiente de dilatação médio do mercúrio tem um valor
e αB das colunas A e B deve ser: igual a 180 . 10–6 ºC–1 e o coeficiente de dilatação linear médio do
vidro vale 9 . 10–6 ºC–1. Determine o volume de mercúrio extravasado
quando a temperatura do conjunto se eleva para 48 ºC.

2- Um recipiente tem a 0 ºC capacidade (volume interno) de 1.000


cm3, seu coeficiente de dilatação cúbica é 25 . 10–6 ºC–1 e ele está
completamente cheio de glicerina. Aquecendo-se o recipiente a
100ºC, há um extravasamento de 50,5 cm3 de glicerina. Determine:

a) O coeficiente de dilatação aparente da glicerina.


b) O coeficiente de dilatação real da glicerina.
a) αA = 0,2 . αB d) αA = 1,5 . αB
b) αA = 0,5 . αB e) αA = 2,0 . αB 3- A 0 °C, um recipiente de vidro tem capacidade de 700 cm3. Qual
c) αA = 1,0 . αB o volume de mercúrio que deve ser colocado a 0 °C no recipiente
para que, aumentando-se a temperatura, não se altere o volume da
c) Crescimento linear de uma barra com ambas as extremidades parte vazia? O coeficiente de dilatação cúbica médio do vidro é
livres. 1 1
ºC–1 e o mercúrio, ºC–1.
Neste caso entenda que o ∆L calculado pela fórmula ∆L = Lo . α . ∆θ é
38.850 5.550
todo o crescimento de uma barra, de seu comprimento. Estando
4- Um recipiente cujo volume é de 1.000 cm3 a 0 ºC contém 980
ambas as extremidades livres em cada ponta o crescimento será de
cm3 de um líquido à mesma temperatura. O conjunto é aquecido e, a
∆L/2.
partir de uma certa temperatura, o líquido começa a transbordar.
Sabendo-se que o coeficiente de dilatação cúbica do recipiente vale 2
Exemplo: O coeficiente médio de dilatação térmica linear do aço é
. 10–5 °C–1 e o do líquido vale 1 . 10–3 °C–1, qual a temperatura em que
1,2 . 10–5 ºC–1. Usando trilhos de aço de 8,0 m de comprimento um
ocorre o início de transbordamento do líquido?
engenheiro construiu uma ferrovia deixando um espaço de 0,50 cm
entre os trilhos, quando a temperatura era de 28 ºC. Num dia de sol
Exercícios de Fixação
forte os trilhos soltaram-se dos dormentes. Qual a mínima
temperatura que deve ter sido atingida pelos trilhos?
1) O vidro pirex apresenta maior resistência ao choque térmico do
que o vidro comum, porque:
2. Dilatação Volumétrica dos Líquidos
a) possui alto coeficiente de rigidez
Neste tópico, observaremos um erro que podemos cometer ao b) tem baixo coeficiente de dilatação térmica
analisarmos líquidos. É a sua dilatação aparente que é “aquilo que c) tem alto coeficiente de dilatação térmica
parece ter dilatado o líquido”. Devemos lembrar que todo o líquido d) tem alto calor específico
está confinado dentro de um recipiente, e ele também dilata. e) é mais maleável que o vidro comum

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2) Na construção de uma estrada de ferro, foram utilizados trilhos
de 20m de comprimento, de liga de ferro com coeficiente de 8) Uma chapa metálica feita de um material cujo coeficiente de
dilatação linear de 12.10-6 ºC-1. Eles são assentados a 20º C e a dilatação superficial vale β = 2 x 10–5 ºC–1 apresenta um orifício
máxima separação admissível entre dois trilhos é 2 cm a -30º C. A circular de área igual a 1000 cm2. Quando a chapa é aquecida e
separação máxima entre eles no momento do assentamento deve sua temperatura varia 50 ºC, a área do orifício, em cm2, passa a
ser: ser:
a) 8 mm a) 999 b) 1000 c) 1001 d) 1010
b) 12 mm
c) zero
9) Um recipiente de vidro de 200 m  de volume, está
d) 32 mm
completamente cheio de mercúrio, e ambos se encontram a
e) 4 mm
30°C. Se a temperatura do sistema líquido-recipiente sobe para
3) Considere uma chapa metálica de material homogêneo, com a 90 °C, qual é o volume de mercúrio, em m  , que transborda
forma de um quadrado e tendo um orifício circular. Se a chapa for do recipiente?
aquecida de modo uniforme e o seu lado aumentar de 1%, então a Dados: γHg = 1,8 x 10–4 °C–1
área do orifício: γvidro = 3 x 10–5 °C–1
a) aumentará de 1%
b) diminuirá de 1% a) 1,8 b) 2,6 c) 5,0 d) 9,0
c) aumentará de 2%
d) diminuirá de 2% 10) A figura abaixo mostra um recipiente que está com 95% de
e) permanecerá a mesma volume ocupado por um líquido, inicialmente a 10ºC. Sendo os
coeficientes de dilatação linear do recipiente e volumétrico do
4) Em Mamirauá, a farinha de mandioca é torrada sobre um tipo líquido, respectivamente, iguais a 1,7 . 10–5 ºC–1 e 5,8 . 10–4 ºC–1,
de tacho que é aproximadamente esférico e disposto sobre um forno pode-se afirmar que o
de barro de forma cilindrica. De acordo com as leis da a) recipiente estará completamente cheio a 110 ºC.
termodinâmica, tem-se que, para pequenas variações de b) volume da parte vazia não se altera.
temperatura ∆T, a dilatação linear – L – em um sólido de c) recipiente estará com 98% de seu volume ocupado a
comprimento inicial L0 é determinada pela expressão: L = L0 (1 + 110 °C.
α∆T), em que α é uma constante que depende do material. A partir d) recipiente só estará completamente cheio a 220 °C.
dessas informações, julgue o item subseqüente.
11) Um recipiente apresenta 80% de sua capacidade ocupada por
5) Uma rampa para saltos de asa-delta é construída de modo que um líquido. Verifica-se que, para qualquer variação de
uma das pilastras de sustentação (II) tenha a 0 0C, comprimento três temperatura, o volume da parte vazia permanece constante.
vezes maior do que a outra (I). Os coeficientes de dilatação de (I) e (II) Pode-se afirmar que a razão entre os coeficientes de dilatação
são, respectivamente, α1 e α2. Para que a rampa mantenha a mesma volumétrica do recipiente e do líquido vale:
inclinação a qualquer temperatura, é necessário que a relação entre a) 0,72 b) 1,00 c) 0,92 d) 0,80
α1 e α2 seja:
a) α1 = α2. b) α1 = 2α2. c) α1 = 3α2.
d) α1 =1/3 α2. e) α1 =1/2 α2.

6) Suponha um recipiente com capacidade de 1,0 litro cheio com


um líquido que tem o coeficiente de dilatação volumétrica duas vezes
maior que o coeficiente do material do recipiente. Qual a quantidade
de líquido que transbordará quando o conjunto sofrer uma variação
de temperatura de 30° C?
Dado: coeficiente de dilatação volumétrica do líquido = 2 . 10-5
°C-1.

a) 0,01 cm3 b) 0,09 cm3 c) 0,30 cm3


d) 0,60 cm3 e) 1,00 cm3 CALORIMETRIA

7) A figura apresenta o gráfico que descreve a dilatação linear do 2.1 Definição


alumínio em função da temperatura.
É a parte da termologia que estuda a medida do calor trocado
pelos corpos.
A unidade utilizada para medir esta quantidade e a caloria (cal) ou
joules (J):

1 cal = 4,18J
2.2 Tipos de Calor

Dependendo do tipo de calor absorvido ou liberado, uma


substância pura poderá ter sua temperatura ou o seu estado
físico mudado. Vejamos o quadro abaixo.

A partir das informações apresentadas, calcule o coeficiente de


dilatação do alumínio.

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SENSÍVEL (Qs) LATENTE (QL) 2.6 Etapas de um aquecimento ou resfriamento de
uma substância
* Muda * Ñ muda
temperatura temperatura Já sabemos que um corpo, formado por uma substância pura,
* Ñ muda o estado * Muda o estado pode mudar a sua temperatura ou o seu estado físico durante uma
físico do corpo físico do corpo troca de calor. Nunca os dois ao mesmo tempo pois trata-se de
substâncias puras. (Lembrar em química a diferença entre substância
pura e mistura !). As mudanças de estado são representadas por um
PATAMAR no gráfico calor versus temperatura. Neste mesmo gráfico
o aquecimento ou resfriamento do corpo é representado por um
Características segmento de reta com uma certa inclinação em relação ao eixo do
Básicas calor. Vamos ao gráfico:

Fórmulas básicas Qs = m.c .∆θ QL= m. L

Conclusões:
Onde:
M = massa do corpo em Gramas (g) – Nos patamares ocorre a mudança de fase e apesar da troca de calor
∆θ = Variação da temperatura do corpo (°C) com o meio, o sistema não altera a sua temperatura. O calor trocado
C = Calor específico da substancia que forma o corpo (cal /g °C) é o LATENTE → Q = m . L
L = Calor latente da mudança física (cal / g) – Nos demais trechos do gráfico ocorrem mudança de temperatura
do sistema sem que ocorra mudança no estado físico. O calor trocado
é o SENSÍVEL → Q = m. c . ∆θ
2.3 Significado do “c” – Calor específico de uma
substância EXEMPLO DIDATICO DAS ETAPAS DE UM AQUECIMENTO:

É a quantidade de calor que se deve fornecer ou retirar de uma Um pedaço de gelo a –5 °C será transformado em vapor a 150 °C.
massa unitária da substância, para variar de 1°C a
sua temperatura. Substâncias de pequeno calor Vejamos as etapas
específico aquecem-se ou resfriam-se mais rápidas do
que outras de maior calor especifico. • 1ª – O gelo é aquecido até 0 °C → sem mudança de fase.
• 2ª – O gelo entra em fusão e manterá sua temperatura
de 0 °C até derreter totalmente. O resultado será água
liquida a 0 ºC.
• 3ª – A água será aquecida de 0 °C até 100 °C → sem
mudança de fase.
• 4ª – A água a 100 °C será vaporizada totalmente,
2.4 Significado do “L” – Calor latente de uma produzindo vapor de água a 100 °C.
substância • 5ª – O vapor a 100° C será aquecido até a temperatura
desejada de 150 °C.
É a quantidade de calor que se deve fornecer ou retirar de uma
massa unitária da substância para fazê-la mudar de fase. Por meio do gráfico θ x Q

2.5 Capacidade Térmica (ℂ)


θ(ºC)
A capacidade térmica de um corpo pode ser definida como a 150
quantidade de calor que se fornece ou se retira do corpo, para que a
sua temperatura varie de um (1) grau Celsius. Como há uma variação 100
na temperatura do corpo, o calor envolvido é o sensível. Assim:

Q 0 Q(cal)
Q = m.c. ∆θ → = m. c = ℂ Dessa forma conclui-se que a
∆θ Q1 Q2 Q3 Q4 Q5
capacidade térmica do corpo pode ser calculada por meio do produto –5
entre a massa do corpo e seu calor específico. ℂ = m . c No eixo do calor trocado devemos observar:

Exemplo: Um corpo de 50g de ferro, cujo o calor específico é 0,1 cal/g°C, Q1 = Calor sensível para aquecer de –5 °C até 0 °C
terá uma capacidade térmica de: Q2 – Q1 = Calor latente para fundir todo o gelo.
Q3 – Q2 = Calor sensível para aquecer a água de 0 °C até 100
Solução: ℂ = m . c → ℂ = 50 . 0,1 → ℂ = 5 cal/°C °C

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Q4 – Q3 = Calor latente para ebulir toda a água. positivo. Assim sendo: Qrecebido = – Qcedido , porém para fins didáticos é
Q5 – Q4 = Calor sensível para aquecer o vapor de 100 °C até mais simples: QR + QC = O.
150 °C. Se houver mais de dois corpos, para efeito didático, apenas o
Q5 = Calor total trocado no processo global mais quente de todos irá doar calor para os demais, até que todos
atinjam a mesma temperatura.

2.7 Bizu padrão Glauco Leyser: Observação: Um calorímetro nada mais é do que um recipiente
dentro do qual os corpos que compõem o sistema irá trocar calor até
2.7.1 O significado da cotangente do ângulo de cada que o equilíbrio térmico seja atingido. O calorímetro ideal é aquele
que não participa das trocas de calor, não é computado como parte
trecho onde ocorre mudança de temperatura (calor do sistema do contrário, o calorímetro deve ser parte do sistema e
sensível) é? sua participação deve estar presente na equação da calorimetria por
meio de sua capacidade térmica e sua variação de temperatura.
Vejamos:
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM

1) Um broche de prata de massa 20 g a 160 °C é colocado em 28 g


de água inicialmente a 30 °C. Qual a temperatura final de
equilíbrio térmico, admitindo trocas de calor apenas entre a
prata e a água? Dados: calor específico da prata = 0,056 cal/g .
°C; calor específico da água = 1,0 cal/g . °C.

Assim a cotangente do ângulo α é numericamente igual a capacidade 2) Num calorímetro de capacidade térmica 8,0 cal/°C inicialmente
térmica do corpo no estado físico analisado. Lembre-se de que o a 10 °C são colocados 200 g de um líquido de calor específico
calor especifico do corpo varia de acordo com o estado físico. 0,40 cal/g . °C. Verifica-se que o equilíbrio térmico se
estabelece a 50 °C. Determine a temperatura inicial do líquido.
Teste o seu conhecimento
3) No interior de um calorímetro de capacidade térmica 6 cal/°C
1) Faça a curva de aquecimento de uma substância X inicialmente encontram-se 85 g de um líquido a 18 °C. Um bloco de cobre de
a –20 °C até atingir a temperatura final de 200 °C. (Ponto de massa 120 g e calor específico 0,094 cal/g . °C, é colocado
fusão de – 2 °C e ponto de ebulição de 90 °C) dentro do calorímetro. O equilíbrio térmico se estabelece a 42
°C. Determine o calor específico do líquido.
2) Faça a curva de resfriamento de uma substância Y, inicialmente,
a 70 °C até atingir – 10 °C. (ponto de fusão de 10 °C e de 4) Num calorímetro cuja capacidade térmica é 5,0 cal/°C,
ebulição a 150 °C) inicialmente a 10 °C, são colocados 300 g de um líquido de calor
específico 0,20 cal/g . °C na temperatura de 41 °C?
2.7.2 Estados físicos existentes em cada ponto da a) A que temperatura se estabelece o equilíbrio térmico?
curva de aquecimento/resfriamento. b) A seguir, coloca-se calorímetro um bloco metálico de massa 500
g a 200 °C e o novo equilíbrio térmico se estabelece a 60 °C.
A ==Sólido Qual o calor específico do metal de que é feito o bloco?
B ==Sólido Fundente
C ==Líquido 5) Na determinação do calor específico de um metal, aqueceu-se
D ==Líquido(início da ebulição) uma mostra de 50 g desse metal a 98 °C e a amostra aquecida
E ==Vapor foi rapidamente transferida para um calorímetro de cobre bem
F ==Vapor isolado. O calor específico do cobre é 0,093 cal/g . °C e a massa
de cobre no calorímetro é de 150 g. No interior do calorímetro
há 200 g de água, cujo calor específico é 1,0 cal/g . °C. A

6) temperatura do calorímetro e da água antes de receber a


amostra aquecida era de 21,0 °C. Após receber a amostra, e
restabelecido o equilíbrio térmico, a temperatura atingiu 24,6
°C. Determine o calor específico do metal em questão

7) Temos inicialmente 200 gramas de gelo a – 10 °C. Determine a


Obs 1: Este gráfico já esteve presente inúmeras vezes em provas da
quantidade de calor que essa massa de gelo deve receber para
EsPCEx
se transformar em 200 g de água líquida a 20 °C. Trace a curva
de aquecimento do processo.
Obs 2: Este gráfico é de fundamental importância na resolução de
(Dados: calor específico do gelo = 0,5 cal/g . °C; calor específico
questões mais elaboradas de calorimetria.
da água = 1cal/g . °C; calor latente de fusão do gelo = 80 cal/g.)

3 Equação da Calorimetria 8) Uma pedra de gelo a 0 °C é colocada em 200 g de água a 30 °C,


Dois corpos*, com temperatura diferentes, quando colocados num num recipiente de capacidade térmica desprezível e isolado
calorímetro, trocam calor entre si até atingirem o equilíbrio térmico. termicamente. O equilíbrio térmico se estabelece em 20 °C.
Desta forma o calor cedido (pelo corpo de temperatura mais alta) Qual a massa da pedra de gelo?
será exatamente igual ao calor recebido (pelo corpo de temperatura (Dados: calor específico da água c = 1,0 cal/g . °C;
mais baixa), porém de sinais contrários; o corpo que perde calor fica calor latente de fusão do gelo L = 80 cal/g.)
com sinal negativo (menos calor) e o corpo que recebe, com sinal

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9) Colocam-se 40 g de gelo a 0 °C em 100 g de água a 20 °C
contidos num calorímetro de capacidade térmica desprezível.
Ao ser atingido o equilíbrio térmico:

a) Qual a temperatura?
b) Qual a massa de água existente no calorímetro?
(Dados: calor específico da água c = 1,0 cal/g . °C; calor
latente de fusão do gelo L = 80 cal/g.)

10) Quantas calorias são necessárias para transformar 100 g de


gelo, a –20 °C, em água a 60 °C? O gelo se funde a 0 °C, tem
calor específico 0,5 cal/g . °C e seu calor latente de fusão é 80
cal/g. O calor específico da água é 1 cal/g . °C. Construa a curva
de aquecimento do sistema.

11) Uma fonte térmica que fornece 100 cal/min leva uma hora para
fundir, à temperatura de fusão, um sólido de calor latente de
fusão igual a 150 cal/g. Determine a massa do sólido.

12) Num recipiente há uma grande quantidade de água a 100 °C,


sob pressão normal. Ao se colocar nela um bloco metálico de
500 g a 270 °C, qual a massa de vapor que se forma em virtude
da troca de calor entre o bloco e a água? Suponha não haver
perdas de calor para o ambiente e adote Lv = 540 cal/g (calor
latente de vaporização da água) e c = 040 cal/g . °C (calor
específico do metal).

13) Um bloco de gelo de massa 500 g a 0ºC é colocado num


calorímetro de capacidade térmica 9,8 cal/ºC. Faz-se chegar
então, a esse calorímetro, vapor de água a 100ºC em
quantidade suficiente para o equilíbrio térmico se dar a 50ºC.
Sendo LF = 80 cal/g o calor latente de fusão do gelo de LC = –
540 cal/g o calor latente de condensação do vapor a 100ºC,
calcule a massa de vapor introduzida no calorímetro.
(Dado: cágua = 1,0 cal/g . °C)

14) Dois recipientes de material termicamente isolante contêm


cada um 10 g de água a 0ºC. Deseja-se aquecer até uma mesma
temperatura os conteúdos dos dois recipientes, mas sem
misturá-los. Para isso é usado um bloco de 100g de uma liga
metálica inicialmente à temperatura de 90ºC. O bloco é imerso
durante um certo tempo num dos recipientes e depois
transferido para o outro, nele permanecendo até ser atingido o
equilíbrio térmico. O calor específico da água é dez vezes maior
que o da liga. A temperatura do bloco, por ocasião da
transferência, deve então ser igual a:

a) 10°C b) 20°C c) 40°C d) 60°C e) 80°C

“DISCIPLINA, ISSO SEPARA OS BONS DOS MELHORES !!!”


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