CP EO MAT b1 P7 Internet SC PDF
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MÓDULO BÁSICO 1
CURSO DE MATEMÁTICA
Copyright © Instituto do Grêmio Politécnico para
Desenvolvimento da Educação, 2014
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Unidade Bela Vista
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Caso estejam com os créditos incorretos, solicitamos que entrem em contato para a correção por esta instituição.
Sumário
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Ferramentas fundamentais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Frações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
Números decimais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
Porcentagem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
Equações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
Estudo Orientado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
FRAÇÕES
POLISABER 3
APRESENTAÇÃO
Jamais considere seus estudos como uma obrigação, mas como uma oportuni-
dade invejável para aprender a conhecer a influência libertadora da beleza do
reino do espírito, para seu próprio prazer pessoal e para proveito da comunida-
de à qual seu futuro trabalho pertencer.
Albert Einstein
Neste grupo de aulas vamos rever alguns conceitos básicos de matemática. Dizer que são conceitos básicos não
significa que são fáceis de entender tampouco que sejam simples. São, na verdade, como bases de uma estrutura maior.
Dominar esses conceitos certamente facilitará o seu entendimento no curso de matemática.
Para isso, também é necessário o domínio da linguagem usada em matemática. Escrever e interpretar textos mate-
máticos ou mesmo compreender e traduzir enunciados de problemas de matemática esbarra na transposição entre
duas linguagens: a natural (que você usa no dia a dia) e a linguagem matemática. Essa última é carregada de símbolos,
proposições, argumentos e conclusões.
Cada uma das palavras ou dos símbolos empregados na matemática busca um significado preciso e não ambíguo.
Na oralidade podemos ter ambiguidade, por exemplo, em “O dobro de três ao quadrado” fala-se em 18 ou em 36?
Escrevendo matematicamente não haveria dúvidas do que se pede, veja: 2 . 32 ou (2 . 3)2 têm significados completamente
diferentes.
Mas como dominar esta linguagem? O texto a seguir dá luz ao assunto:
A Matemática é objetivada por meio de sua linguagem, que é regida por uma sintaxe que segue regras matemá-
ticas; porém essa linguagem quando traduzida para a linguagem natural passa também a seguir regras gramaticais.
Nesse processo de tradução de uma linguagem à outra, a sintaxe deve ser compreendida para que a semântica se complete.
Os significados do texto podem ser encontrados nas diferentes formas de uso dos símbolos matemáticos e os sentidos
variam de acordo com o contexto no qual eles estão sendo empregados. (...) A tradução da linguagem matemática para
a linguagem natural exige a compreensão dos símbolos matemáticos que estão inseridos no texto. A Matemática não
dispõe de seus objetos, e sim apenas de suas representações, pois o objeto matemático não é visível e não podemos
imaginar aquilo que não vemos e, por esse motivo, o objeto precisa de uma representação.
Complemento ainda que a prática é uma grande aliada para o domínio. Muito treino e também paciência para não
desistir no meio do caminho. Muito de matemática se aprende fazendo. Costumo dizer que para estudar matemática se
gasta mais borracha que lápis, ou seja, o erro vai fazer parte do seu aprendizado. Considere o erro e a dúvida como
aliados; para isso, procure sempre corrigir seus erros e sanar suas dúvidas.
O autor
MATEMÁTICA – SISTEMA DECIMAL DE NUMERAÇÃO
Números concretos:
Sistema decimal de
numeração
A contagem e os sistemas de
numeração
São diversas as situações em que precisamos contar:
vamos à padaria e pedimos certa quantidade de pães;
no mercado, compramos pacotes de açúcar, café, arroz,
feijão e outras situações cotidianas.
Você já parou para pensar em como a contagem
acontecia há milhares de anos, quando o homem ainda
se organizava em pequenos grupos? De onde vem esta
necessidade de contar?
É preciso ter alguma ideia do modo de vida das pessoas
naquela época e quais eram suas necessidades. Os se- Quipo de indígenas peruanos: número de pessoas
res humanos, no processo de formação das sociedades, (censo) registrado por nós em cordas. Os nós
deixaram de ser nômades e passaram a se organizar em maiores são múltiplos dos menores, além disso, as
cores utilizadas diferenciam homens de mulheres.
pequenos grupos que, à medida que se tornam maiores,
necessitaram de formas mais eficientes para obtenção
de alimentos e territórios. Surgiu, então, a agricultura, a Os registros mostram que no pastoreio era comum
criação de animais e a organização política. usar pedrinhas para contar as ovelhas, estabelecia-se
Independentemente da forma que se organizaram, uma relação “um a um” – uma pedra, uma ovelha – e o
todos esbarraram em uma necessidade: contar. pastor podia manter preso à sua cintura uma pequena
“Quanto de território cabe a cada um?” bolsa com pedrinhas em quantidade igual ao número
“Quanto alimento é preciso?” de ovelhas permitindo que a conferência pudesse ser
“Quantas ovelhas há no pasto?” realizada a qualquer momento.
A palavra cálculo, por exemplo, vem do latim calculus
Registros históricos indicam que de maneira geral, o que significa “pequenas pedras”.
homem resolveu seus problemas de contagem usando a Carregar pedras se torna inconveniente por vários
correspondência “um a um” entre elementos de nature- motivos, como por exemplo, quando havia grandes
zas completamente distintas: desde marcas em ossos a quantidades. Perceberam que era necessário criar mé-
nós em cordas (uma marca ou um nó poderia significar, todos mais eficientes para este controle. Surgiu a ideia
por exemplo, um carneiro ou uma pessoa). de agrupamento, por exemplo: “uma pedrinha significa
uma ovelha, e dez pedrinhas significa um graveto”. Ain-
da assim poderia não ser algo prático; seria necessário
registrar as quantidades de forma mais efetiva. Foi então
que surgiu a escrita numérica: símbolos que representam
quantidades.
Diversas foram as escolhas de agrupamento, de doze
em doze, de sessenta em sessenta, de dois em dois, de
dez em dez etc. Diversas também foram as formas de
escrita (algarismos indo-arábicos, romanos, hieróglifos).
Os algarismos que hoje utilizamos são os algarismos
Osso de Ishango, com mais de 8000 anos. Encontrado indo-arábicos para registro e nosso agrupamentos é de
às margens do lago Edward no Zaire. Os números estão dez em dez – o sistema decimal.
0014
POLISABER 5
MATEMÁTICA sistema decimal de numeração
1 ∩∩
um bastão vertical
Unidades, dezenas, centenas,
milhares são chamadas classes
10 ∩∩ uma ferradura decimais.
dm m c d u
Símbolos (hieroglíficos) egípcios para representação de
unidades
números. Já apresentava o princípio aditivo, assim, por
exemplo, o número 123 (3 + 10 + 10 + 100) era represen- dezenas
tado da seguinte maneira: centenas
unidades de milhar
∩∩ dezenas de milhar
5 milhares = 5 000
Resumindo
5 353 = 5 000 + 300 + 50 + 3
10 unidades = 1 dezena = 10
10 dezenas = 1 centena = 100 Outro grande avanço no sistema indo-arábico é o
10 centenas = 1 milhar = 1 000 “nada” representado pelo símbolo 0 (zero) que até então
10 milhares = 1 dezena de milhares = 10 000 não existia.
6 POLISABER
Sistema decimal de numeração MATEMÁTICA
POLISABER 7
MATEMÁTICA sistema decimal de numeração
8 POLISABER
MATEMÁTICA – FERRAMENTAS FUNDAMENTAIS
Neste grupo de aulas reestabeleceremos o contato livros e internet sempre que precisamos ou podemos.
com ferramentas fundamentais da aritmética. Relem- Na escola ou em exames de admissão, de uma maneira
braremos as quatro operações (adição, subtração, geral, somos proibidos de utilizar estes recursos. É ne-
multiplicação e divisão), seus significados e alguns cessário repensar o que se deseja de fato no ensino da
contextos de aplicações, bem como alguns dos seus Matemática.
desdobramentos: múltiplos, divisores, mínimo múltiplo É comum ainda, associar rapidez em cálculos com
comum, máximo divisor comum, números primos e domínio em Matemática, mas isso não necessariamente
números compostos. acontece. A rapidez vem com a prática e com a repetição.
Não há nenhuma dúvida que o caminhar pela Mate- Já o domínio dos conceitos vem do entendimento pleno.
mática encontra aqui passos que são fundamentais para Ressaltamos que a velocidade em cálculos é algo positivo,
o bom entendimento e operacionalização dos demais desde que haja também o domínio dos conceitos. Não se
conceitos que serão apresentados posteriormente,
preocupe em ser rápido sem antes se preocupar com o
portanto não se intimide frente às possíveis dúvidas
entendimento. Não é feio contar nos dedos! Depois de
e/ou curiosidades que podem surgir. Para tentar saná-las
entender o que é a tabuada é bom que você a decore e
insista na compreensão dos conceitos: leia e releia o
isto lhe poupará tempo.
texto; pesquise em outras fontes; procure seu professor
Agora leia atentamente os quatro problemas a seguir
ou um colega. A dúvida e a curiosidade só são ruins se
e decida qual operação deve ser utilizada em cada um
você não tentar, até conseguir, esclarecê-las.
dos casos.
Antes de prosseguirmos com nossa revisão, gostaría-
• Se eu tenho 375 reais e recebo outros 43 qual quantia
mos de ressaltar que situações do seu dia a dia também
estão repletas de Matemática. Isso não faz necessário eu acumulei?
que seu estudo esteja preso a estas situações. Veja por • Um rolo de tecido tem 50m de comprimento, se for
exemplo as duas situações a seguir: vendido 32m deste tecido quanto sobrará neste rolo?
1) Em uma mesa, há 15 laranjas; destas, apenas 1 dúzia • Uma caixa de lápis de cor de 12 cores tem um lápis de
são próprias para consumo e as demais, podres. cada cor, quantos lápis há em 15 caixas como estas?
Quantas devem ser descartadas? • Um pacote de balas de 500g tem 125 balas, quanto
2) Em um sítio, criam-se galinhas para venda. De um lote pesa cada bala?
de 15 destes animais, 12 foram vendidos. Quantas
galinhas deste lote retornaram ao sítio?
POLISABER 9
MATEMÁTICA números inteiros – ferramentas fundamentais
Uma maneira bem conveniente de representar os equilíbrio, nós devemos realizar transações de forma
números inteiros é utilizar uma reta, fazendo com equivalente no outro prato.
que pontos da reta estejam associados aos inteiros.
Observe: Resumindo: para manter a igualdade verdadeira,
o que fazemos de um lado devemos fazer do outro.
indica o sentido
de crescimento Podemos então, estabelecer as seguintes propriedades:
zero: origem
Sendo A, B e C números inteiros, temos:
A igualdade
Vamos nos atentar na igualdade, representada pelo
Relembrando as quatro
símbolo igual “=”. operações
Se um número A é igual a um número B escrevemos
a sentença A = B para representar esta igualdade. Os Em se tratando de uma revisão, optamos pela
números A e B recebem o nome de membros da equação. abordagem destes assuntos em forma de exemplos
e/ou situações problemas sem um aprofundamento em
A = B formalizações matemáticas. A resposta dos exercícios
propostos a seguir pode ser facilmente conferida com
uso de uma calculadora; mas insistimos: conhecer e
membros
dominar os métodos manuais são importantes para alu-
nos que se submetem a exames/avaliações ou mesmo
situações cotidianas que não nos permitem o uso destes
ropriedades fundamentais da
P convenientes aparelhos.
igualdade Vamos agora rever a nomenclatura utilizada em cada
uma das quatro operações fundamentais.
Podemos pensar em uma igualdade como uma balança
de dois pratos em equilíbrio.
10 POLISABER
números inteiros – ferramentas fundamentais MATEMÁTICA
POLISABER 11
MATEMÁTICA números inteiros – ferramentas fundamentais
dezembro 287
Note que em ambos os casos há a adição de parcelas
novembro 190
iguais. Multiplicar tem seu sentido inicial baseado nestes
outubro 210
tipos de situação. Os exemplos anteriores podem ser
setembro 120
agosto 90 reescritos como:
julho 80
junho 79 • 8 + 8 + 8 + 8 = 4 x 8 = 32
maio 70 • 4 + 4 + 4 + 4 + 4 + 4 + 4 + 4 = 8 x 4 = 32
abril 67
março 86
fevereiro 100 É essencial saber a tabuada! Se
janeiro 87 você ainda tem dificuldades com
ela, não se intimide! Faça uma
agora pra você e a mantenha por
I. Há claramente um aumento significativo no último perto.
trimestre. Como você justificaria tal fato?
12 POLISABER
números inteiros – ferramentas fundamentais MATEMÁTICA
POLISABER 13
MATEMÁTICA números inteiros – ferramentas fundamentais
b) Na lanchonete “Sandubas” Amanda recebeu a seguinte informação para montar seu lanche:
Primeiro decida pelo tamanho de seu pão: Pouca fome? 15 cm. Muita fome? 30 cm. Em seguida escolha uma das
opções de tipo de pão.
Chegou a hora de escolher o recheio, escolha um dos deliciosos sabores! Temos agora 6 opções de salada, escolha
3 e finalmente decida quais os dois molhos que vão dar ainda mais sabor ao seu lanche!
Qual o tamanho
Qual seu pão?
da sua fome?
• francês
15 cm • ciabata
• italiano
30 cm • parmesão
molhos
• quatro queijos
C!
NHA
• italiano
• mostarda
• vinagrete
Quantos lanches distintos podem ser escolhidos pela Amanda seguindo-se as instruções da lanchonete?
14 POLISABER
números inteiros – ferramentas fundamentais MATEMÁTICA
1 2 3 4
das nossas opções de
Caros colegas, a execução deste projeto nos obriga à análise
desenvolvimento no futuro
das nossas metas
a complexidade dos cumpre um papel essencial
Por outro lado, financeiras e
estudos efetuados na formulação
administrativas
a expansão de nossa exige precisão e a dos conceitos de
Assim mesmo
atividade definição participação geral
Não podemos esquecer a atual estrutura da auxilia a preparação e a das atitudes e das
que organização estruturação atribuições da diretoria
Esse quadro é o “Guia de discurso para tecnocratas principiantes”. Segundo o autor, basta combinar qual-
quer expressão da primeira coluna com expressões das outras colunas, observando sempre a ordem 1, 2,
3 e 4, para falar durante certo tempo, sem dizer absolutamente nada.
Suponha que sejam necessários 12 segundos, em média, para proferir cada combinação possível dessas
expressões. Nesse caso, um tecnocrata “enganador” poderá fazer um discurso “vazio” durante:
a) 4 horas
b) 10 horas
c) menos de 30 horas
d) mais de 30 horas
POLISABER 15
MATEMÁTICA números inteiros – ferramentas fundamentais
Dizemos ainda que se resto da divisão for zero, o nú- 15. Um comerciante compra caixas de mangas, que
mero A é divisível por B ou ainda que a divisão de A depois agrupa em bacias para revender. Saben-
por B é exata. do que cada caixa contém 40 mangas e custa ao
comerciante R$ 10,00 e que cada bacia com 4
dividendo A B divisor
mangas é vendida a R$ 3,00, determine:
resto R Q quociente
a) o número de bacias por caixa.
b) o custo de uma manga para o comerciante.
Exemplo:
c) o lucro obtido na venda de uma bacia.
17 5 ⇔ 17 = 5 · 3 + 2
d) o lucro obtido na venda de 10 caixas.
2 3
16 POLISABER
números inteiros – ferramentas fundamentais MATEMÁTICA
POLISABER 17
MATEMÁTICA números inteiros – ferramentas fundamentais
1 9 Generalizando:
h) 235 : 232 =
18 POLISABER
números inteiros – ferramentas fundamentais MATEMÁTICA
Generalizando:
Múltiplos e divisores de um
número inteiro
EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO
Por exemplo:
Os múltiplos de 12 são: 0, 12, 24, 36, 48, 60, 72... O que vamos apresentar aqui é o chamado crivo de Eras-
Escrevemos esse conjunto da seguinte maneira: tóstenes: um método para a obtenção dos números primos.
M(12) = {0, 12, 24, 36, 48, 60, 72...} Aqui, vamos obter os números primos menores que 50:
POLISABER 19
MATEMÁTICA números inteiros – ferramentas fundamentais
• Escreva os números naturais de 2 até 50: Então, os primos menores que 50 são: 2, 3, 5, 7, 11, 13,
17, 19, 23, 29, 31, 37, 41, 43 e 47.
2 3 4 5 6 7 8 9 10
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 Número “primo”? Filho da minha tia?
20 POLISABER
números inteiros – ferramentas fundamentais MATEMÁTICA
EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO
POLISABER 21
MATEMÁTICA números inteiros – ferramentas fundamentais
Obtenção direta do mdc 30. Dois rolos de barbante devem ser cortados em
Para obter o mdc entre dois ou mais números, não é pedaços de mesmo tamanho. Sabendo que um
preciso escrever os conjuntos dos múltiplos. Basta fazer a rolo tem 70 metros e o outro, 42 metros, deter-
fatoração conjunta dos números. Acompanhe o exemplo: mine o maior tamanho possível de cada pedaço
e a quantidade de pedaços obtidos.
Determinar: mdc (24 e 36)
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
Em ambos os casos, trabalhamos com a ideia de pro-
duto de fatores iguais, ou seja, a ideia de potenciação.
E como determinar o lado de um quadrado, conhecendo
28. Usando o algoritmo anterior, determine:
sua área, ou determinar a aresta de um cubo conhecendo
a) mdc(32, 12) d) mdc (35, 12)
seu volume?
b) mdc (25, 125) e) mdc (21, 49, 14)
Usaremos uma ideia contrária à da potenciação – a
c) mdc (43, 36) f) mdc (32, 36, 48)
da radiciação.
É muito provável que você já tenha ouvido as expres-
29. Em um terminal, três linhas de ônibus vão para sões “raiz quadrada” ou “raiz cúbica”. Será que alguma
o centro. O primeiro ônibus sai de 15 em 15 mi- planta tem uma raiz assim? É claro que não. Essas ex-
nutos, o segundo sai de 21 em 21 minutos e o pressões têm origem no latim. Veja:
terceiro, de 35 em 35 minutos. Sabe-se que as
saídas são regulares e que às 5h00 as linhas co-
radix quadratum 25 aequalis 5
meçam a funcionar simultaneamente.
Depois de quantos minutos os ônibus das três
linhas sairão juntos novamente? A que hora do Essa frase significa: “o lado do quadrado de área 25
dia? é igual a 5”.
22 POLISABER
números inteiros – ferramentas fundamentais MATEMÁTICA
Em símbolos:
POLISABER 23
MATEMÁTICA números inteiros – ferramentas fundamentais
(a R, n N | n é ímpar, b R+)
Lê-se: "a pertence aos reais, n pertence aos 36. Com base nas regularidades observadas no pro-
naturais, tal que n é ímpar e b pertence aos reais." blema 6, resolva os produtos que seguem, regis-
trando os resultados como radicais.
a) 7√25 · 7√12
atenção: Nas raízes de índice n ímpar, √a é um nú- b) 3√2 · 3√42
mero real, mesmo que o radicando a seja negativo. c) √10 · √5
d) 5√32 · 5√2
e) √2 · √2 · √8
Exemplos:
3
√8 = 2, pois 23 = 2 · 2 · 2 = 8
3
√– 8 = –2, pois (–2)3 = (–2) · (–2) · (–2) = –8 Generalizando:
5
√32 = 2, pois 25 = 2 · 2 · 2 · 2 · 2 = 32 Na multiplicação de raízes de mesmo __________
o resultado é igual à enésima raiz do ____________
dos radicandos.
Em símbolos:
aiz cúbica
R
√a · n√b ⇔ n√a · b
n
24 POLISABER
números inteiros – ferramentas fundamentais MATEMÁTICA
Generalizando:
n
39. Associe conforme o exemplo, depois responda √a ± n√b ≠ n√a ± b
às perguntas que seguem:
√64 –8 √16
= –4 O segundo caso é um absurdo, pois, se admitirmos
√4 2
√4 = ±2, temos que admitir √4 = +2 e também que
3
√–512 8 3√–64
=4 √4 = –2, o que levaria a 2 = –2, o que é claramente
3
√8 2
incorreto.
√625 4 3√8
=2
√25 2
Isso também pode ser verificado observando-se a
3
√64 25 √25
=5 definição de radiciação de índice par
3
√8 5
n
√a = b ⇔ bn = a, se n é par, a e b 0
• É possível perceber uma relação entre os elementos
correspondentes da primeira e da terceira coluna?
Explicite-a.
41. Associe conforme o exemplo, depois responda
à pergunta que segue:
40. Com base nas regularidades observadas do pro- 3 6
blema 10, resolva as divisões que seguem, re- 16 8=2 729
3 6
gistrando os resultados como radicais. 64 4=2 64
3 4 4
a) 7√25 : 7√5 729 81 = 3 6 561
4 3 4
3
b) √20 : √10 3 6 561 27 = 2 16
√10
c)
√2 • É possível perceber uma relação entre os elementos
d) 5√8 : 8√2 correspondentes da primeira e da terceira coluna?
e) √21 : √7 Explicite-a.
POLISABER 25
MATEMÁTICA números inteiros – ferramentas fundamentais
26 POLISABER
MATEMÁTICA – REVENDO FRAÇÕES
1
2 meios um meio
2
Conceito inicial e 2
3 terços dois terços
representação 3
3
O conceito de fração está inicialmente ligado à ideia 4 quartos três quartos
4
de divisão de um todo em partes iguais. Por exemplo, se
3
temos uma pizza e a dividimos em 8 partes iguais, cada 5 quintos três quintos
5
parte é uma fração da pizza.
De maneira geral uma fração é representada por duas 1
6 sextos um sexto
partes (termos); o numerador que representa a quanti- 6
dade de partes consideradas e o denominador que diz
3
a natureza das partes iguais em que o todo foi dividido. 7 sétimos três sétimos
7
Em outras palavras, uma parte numera (diz quantos) e a
5
outra denomina (dá o nome).
8 oitavos 8
cinco oitavos
a 2
ou a/b 10 décimos dois décimos
b 10
(a e b inteiros e b 0) 2 dois centési-
Em que a é chamado numerador e b é chamado 100 centésimos mos
100
denominador.
3
1 000 milésimos três milésimos
10000
1
A leitura de uma fração é feita da seguinte forma: 12 doze avos um doze avos
12
lê-se o numerador e, em seguida, o denominador, de
trinta e nove 2 dois trinta e nove
acordo com uma nomenclatura específica. Veja alguns 39 avos 39 avos
exemplos a seguir:
a
II. Uma fração pode também ser lida como “a dividido
b
por b” ou como “a sobre b”.
2
Por exemplo, a fração pode ser lida como “dois sobre
* A divisão por zero não é possível. Pense em uma divisão por zero, por exemplo, 5 : 0,
certamente não há possibilidade de encontrar um número que multiplicado por zero
39
resulte em 5. trinta e nove” ou “dois dividido por trinta e nove”.
POLISABER 27
MATEMÁTICA frações
Estendendo o conceito
De posse da informação de que uma fração possui 1
uma parte que numera e outra que denomina, podemos 2
estender esse conceito para além de partes de um todo
4 7
e encontrar significado em frações do tipo , etc., nas
3 2
quais o numerador é maior que o denominador *. Podemos
então entender que uma fração representa simplesmente
4
“quantos de quê”, assim no exemplo temos quatro 4
3
“coisas” que são chamadas de terços. 8
Todos os números inteiros podem ser escritos na forma
de fração; basta considerar que seu denominador é 1 ou
ainda que a fração representa uma divisão exata.
Exemplos:
2
5 100 4
5= = = ...
1 20
−12 12 −24
−12 = =− = = ...
1 1 2
10 −20 Observe que todas as frações representam metade da
10 = = = ...
1 −2 figura, mas têm representações diferentes. Esse exem-
plo nos leva a crer que existem frações que expressam
a mesma quantidade mesmo que escritas de maneiras
EXERCÍCIO RESOLVIDO diferentes. Essas frações são ditas equivalentes e são
obtidas utilizando o princípio fundamental das frações,
que enuncia:
Dê a representação de cada uma das frações
correspondentes à parte hachurada de cada
Uma fração não terá seu valor alterado se multipli-
uma das figuras, sabendo que elas foram divi-
carmos (ou dividirmos) o seu numerador e seu deno-
das em partes iguais.
minador por um mesmo número diferente de zero.
Ou de maneira simbólica:
28 POLISABER
frações MATEMÁTICA
POLISABER 29
MATEMÁTICA frações
assim:
6 32 45 1 8 5 Exemplos:
< < ä < <
36 36 36 6 9 4
1 2 7 1− 2 + 7 6
− + = =
Observação: O uso do m.m.c. para isso é facultativo; 5 5 5 5 5
qualquer múltiplo comum pode ser utilizado.
3 6 17 3 + 6 − 17 −8 8 1
+ − = = =− =−
16 16 16 16 16 16 2
6 − 8 + 63 61
= =
36 36
No exemplo anterior:
Para somar ou subtrair frações de
mesmo denominador basta manter 1 2 7
este denominador e operar os − + m.m.c. (6, 9, 4) = 36
6 9 4
numeradores.
* Algoritmo é uma sequência de passos finita e não ambígua, uma espécie de “receita”.
30 POLISABER
frações MATEMÁTICA
6 4 9
1 2
O significado de de
1 – 2 + 7 = 61–42+9 7 = 3 5
6 9 4 36
1/3
= 6 – 8 + 63 = 61 2/5
36 36
1/3
Nota-se que o todo foi dividido em 15 partes (5 partes
Multiplicando frações na base e 3 partes
2/5na altura), logo a fração assinalada
2
Na Matemática, a preposição “de” indica, na maioria 3 épartes
de .
15
das vezes, uma multiplicação.
1/15 1/15
Por exemplo:
2/5
a c a×c
⋅ =
1/3 b d b×d
2/5
1/3
2/5
POLISABER 31
MATEMÁTICA frações
1 1
EXERCÍCIO RESOLVIDO O inverso de
34
é 34, pois
34
× 34 = 1.
1 1
O inverso de 5 é , pois 5 × = 1.
Calcule: 5 5
2 3 1 1
a) ⋅ O inverso de –9 é , pois –9 × = 1.
3 9 −9 −9
Resolução: 3 4 3 4
O inverso de é , pois × = 1.
4 3 4 3
2 3 2×3 6 :3 2
⋅ = = =
3 9 3 × 9 27 : 3 9
Note que se a’ é inverso de a, então a é o inverso de a’.
Note que a multiplicação poderia ter sido simplificada:
2 3 2 × 3/ 1 2 1 1
⋅ = = Exemplo: 2 é inverso de e é inverso de 2.
3 9 13/ × 9 9 2 2
32 POLISABER
frações MATEMÁTICA
7
4 1 7 35 1
= + = ⋅ + =
6 3 4 6 3
35
245 1 245 + 8
= + = =
24 3 24
253
=
24
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
POLISABER 33
MATEMÁTICA frações
3 1 5 1 1 7 2 8
3. Represente as frações , , , , , e e) com denominador 10
8 4 16 2 6 8 3 5
nas figuras dadas.
2
f) com denominador 4
8
7
g) com denominador 1 000
8
3
a)
9
31
b)
961
8
c)
48
25
d)
100
17
e)
289
48
f)
144
81
g)
99
990
h)
810
1300
i)
90
90
j)
25
13
k)
169
230
4. Use o princípio fundamental das frações para l)
460
escrever frações equivalentes, conforme se
pede.
1
a) com denominador 32 6. Em cada caso, coloque as frações em ordem
8
crescente de seus valores.
2
b) com numerador 1
10 1 3 17
a) , ,
8 9 12
3
c) com denominador 81
9
8 7 17
17 b) , ,
d) com denominador 100 5 8 25
25
34 POLISABER
frações MATEMÁTICA
8 1 4
a) + –
5 5 5
8 7 1
b) + –
5 5 15
8 7 1
c) ⋅ −
5 5 5
8 7 1
d) ⋅ −
5 5 5
7 1 1
e) − ⋅
2 5 3
7 1 1
f) − ⋅
2 5 3
7 1
−
2 5
g)
2
3⋅
5
7 2
h) − 1 + 3 ⋅ + 2
2 5
7 2
− 1+ 3 ⋅ + 2
2 5
i)
7 1 1
− ⋅
2 5 3
8 7 1
⋅ −
5 5 5 4 4 1
j) + − ⋅
7 3 5 3
−1
2
POLISABER 35
MATEMÁTICA – NÚMEROS DECIMAIS
36 POLISABER
números decimais MATEMÁTICA
POLISABER 37
quociente 10 e sobram 3.
118 : 100
324 32
118 Dividindo 40 décimos por 32, –32 10,1
1000 obtemos 1 décimo e sobram 8 décimos. 040
–32
0,3 8
0,05 324 32
Esses 8 décimos podem ser –32 10,1
0,1253 transformados em 80 centésimos, e 040
prosseguimos com a conta. –32
1,253 80
12,53 324 32
–32 10,12
125,3 Dividindo 80 centésimos por 32, 040
obtemos 2 centésimos e sobram –32
16 centésimos. 80
– 64
16
Voltando às divisões
324 32
Quando estudamos as operações fundamentais, –32 10,125
Transformando os 16 centésimos em 040
passamos pela divisão entre números inteiros e depois –32
160 milésimos e, em seguida, dividindo
vimos que as frações também podem ser entendidas 80
por 32 , teremos 5 milésimos
– 64
como divisões. e resto zero. 160
Quando efetuávamos divisões no universo dos nú- – 160
meros inteiros, muitas vezes elas não eram exatas, ou 0
seja, sobrava o resto. Usando as ideias já apresentadas,
podemos continuar muitas daquelas divisões até obter
o resto igual a zero. Acompanhe este exemplo:
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
53 : 5 53 5
3 10
Armando e efetuando a conta, temos
quociente 10 e sobram 3. 3. Efetue as divisões a seguir até obter resto igual
a zero.
Mas sobraram 3 o quê? 3 unidades! Como 53 5
a) 58 : 4 e) 324 : 400
prosseguir? Como dividir três unidades por 30 10
b) 92 : 5 f) 324: 4 000
cinco? Ora, podemos transformar
essas três unidades em 30 décimos. c) 92 : 50 g) 180 : 25
d) 324 : 40 h) 153 : 15
Prosseguindo após a conversão, teremos 53 5
38 30 décimos
POLISABER divididos por 5, que são 6 30 10,6
décimos. Para pôr esse resultado no 0
quociente, devemos lembrar que os
números decimais MATEMÁTICA
POLISABER 39
MATEMÁTICA números decimais
40 POLISABER
números decimais MATEMÁTICA
entre números inteiros e, até aqui, já aplicamos muitas Quando escrevemos quilômetro, significa que o
vezes esse conceito. E como podemos efetuar divisão metro foi multiplicado por 1.000, então
entre decimais? Analogamente à multiplicação, podemos
transformar os decimais em frações e prosseguir com a 1 quilômetro = 1000 3 metro = 1000 metros.
operação entre elas.
Podemos também lembrar da propriedade fundamental
das frações, que permite multiplicarmos o numerador
(dividendo) e o denominador (divisor) por um número
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
diferente de zero. Assim, podemos eliminar as vírgulas
e nosso problema volta a ser entre inteiros.
15. Converta conforme segue:
a) 1 metro equivale a 0,001 quilômetro.
O sistema decimal e alguns prefixos 16. Com pedaços de arame de 27,80 cm e de 15,60 cm,
foi construído o “esqueleto” de um bloco retan-
gular, como se vê na figura. Quantos metros de
Certamente você já ouviu falar em quilograma, quilôme- arame foram utilizados?
tro, miligrama, decímetro, mililitro... Essas palavras, muito
recorrentes no dia a dia, são formadas assim: prefixo +
unidade. Cada um dos prefixos significa uma operação re- 15,6
alizada com a unidade em questão. Conheça os principais:
POLISABER 41
MATEMÁTICA números decimais
42 POLISABER