Guia Pratico de Formacao de Precos - Capitulo 2 - Tributos
Guia Pratico de Formacao de Precos - Capitulo 2 - Tributos
Guia Pratico de Formacao de Precos - Capitulo 2 - Tributos
Aspectos Tributários
Nossa estrutura tributária é extremamente complexa. Por isso, é de fundamental importância que a
conheçamos, pois vários impostos são correlacionados diretamente aos preços de venda praticados.
É muito comum a dúvida sobre quais são efetivamente os impostos que incidem nos preços,
pois estes, não raro, são confundidos com os encargos sociais. Os tributos incidem sobre o
faturamento ou os lucros, e os encargos sociais incidem sobre a folha de pagamento. Portanto,
na formação de preços, como veremos mais adiante, somente os tributos, considerados custos
variáveis, devem ser levados em conta. Os encargos, ao contrário, são custos fixos, exceto os
derivados da mão-de-obra direta.
A seguir, faremos um breve relato dos tributos incidentes na formação de preços, seus fatos
geradores, suas bases de cobrança, alíquotas, finalidades e principais características.
Podem se inserir, neste regime tributário, as empresas que obtiverem uma receita bruta anual até R$
3.600.000/ ano, observando-se diversos pré-requisitos, que devem ser acompanhados através do site
da Receita Federal (WWW. receita.fazenda.gov.br)
As alíquotas variam, de acordo com o tipo de atividade econômica, variando de 4,5 % a 11,12% nos
setores comercial e industrial e de 4,5% a 17,42%, na prestação de serviços. Assim, temos, como
Quadro Resumo:
Quadro 3
Faixa de Tributação das Empresas(%)
Obs: As receitas devem ser observadas, separadamente, de acordo com o tipo de atividade
econômica desenvolvida.
Como o período de apuração é mensal, a alíquota aplicável no pagamento do tributo será
equivalente a receita dos últimos doze meses acumulados.
Além disso, existem algumas prerrogativas para o enquadramento das empresas no regime
simplificado, que devem ser avaliadas com bastante atenção. Para tanto, consulte o site da Receita
Federal, já indicado.
Alguns produtos têm alíquotas diferenciadas, seja por motivos econômicos, de interesse para o
cálculo do custo de vida, como os componentes da cesta básica (zero ou 7%), seja para os não
considerados essenciais, tais como bebidas alcoólicas, fumo, veículos especiais, armas, ou que
permitam maior tributação, como gasolina, serviços de comunicação e energia elétrica (25%, 30%,
35%).
No exemplo simples, para o cálculo do ICMS devido, numa operação dentro do próprio estado, com
produto sujeito à alíquota de 18%, temos:
Exemplo: Compra
e venda de calçados
Preço de venda:
R$100,00
Custo da
mercadoria:
R$50,00
Débito do ICMS:
R$100 18% =
(R$18,00)
Crédito do ICMS:
R$50,00 18% =
R$9,00
Saldo de ICMS a
pagar: débito –
crédito = (R$18,00)
– R$9,00 = (R$9,00)
Observe que no valor de R$50,00, relativos à compra da mercadoria, já estão embutidos R$9,00
referentes ao ICMS. Esse valor será creditado, por ocasião da apuração do débito decorrente da
venda de R$100,00.
Se a mercadoria fosse originada de outro estado, por exemplo, da região Sudeste para a região
Norte, o crédito do ICMS deste destinatário seria de apenas 7%; portanto, de R$3,50. Há casos mais
complexos na apuração do ICMS, particularmente quando envolvem produtos também sujeitos ao
IPI, do qual falaremos com mais detalhes adiante.
A regulamentação do ICMS estabelece que este tributo não considerará em sua base de cálculo o
montante do IPI, quando a operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado à
industrialização ou à comercialização, configure fato gerador dos dois impostos.
Assim, de acordo com as regulamentações, o montante do IPI:
1.
Quando não se inclui o IPI na base de cálculo do ICMS
Remetente Destinatário Finalidade
Contribuinte de IPI e ICMS Contribuinte de IPI e/ou ICMS Industrialização/ Comercialização
2.
Quando se inclui o IPI na base de cálculo do ICMS
Remetente Destinatário Finalidade
Contribuinte de IPI e ICMS Contribuinte ou não de IPI e/ou ICMs Uso ou consumo
Vamos, agora, entender e exemplificar como estas hipóteses se refletem na formação de preços de
venda (PV). Iremos considerar que o preço de venda, sem ICMS e IPI, já esteja definido e que
precisamos estabelecer o preço de venda final.
1. Quando a parcela do IPI não se inclui na base
de cálculo do ICMS
Nestes casos, para se determinar o preço de venda (base de cálculo com o ICMS embutido), basta
aplicar a seguinte fórmula:
Exemplo: Preço de
venda de produto
sem o ICMS
embutido =
R$1.000,00
Alíquota de ICMS
da operação: 18%
Preço de venda com
ICMS:
R$1.000,00/0,82 =
R$1.219,51
Alíquota do IPI da
operação: 10% =
R$121,95
Valor total da
operação:
R$1.219,51 +
R$121,95 =
R$1.341,46
Valor do ICMS: (18%
R$1.219,51) =
R$219,51
Subtraindo-se o preço de venda com ICMS do preço sem ICMS, encontramos o valor de R$219,51,
que é exatamente o que deve ser destacado no documento fiscal, a título de ICMS. Logo, verifica-se
que este valor do ICMS encontra-se embutido no preço do produto.
2. Quando a parcela do IPI se inclui na base
de cálculo do ICMS
Para os casos em que a legislação estadual determina que a parcela do IPI deve ser incluída na base
de cálculo do ICMS, temos de considerar o montante do primeiro tributo.
Assim, para determinar o valor da operação (base de cálculo com o ICMS embutido, calculado
inclusive sobre o montante do IPI), teremos de aplicar a fórmula a seguir sobre o preço líquido do
produto, conforme as alíquotas do ICMS/IPI a que estiver sujeito.
Exemplo: Produto
sujeito a ICMS de
18% e a 10% de
IPI
Preço de venda sem
o ICMS embutido:
R$1.000,00
Preço com o ICMS
embutido:
R$1.246,88
IPI: (10 %) =
R$124,69
Valor total da
operação:
R$1.246,88 +
R$124,69 =
R$1.371, 57
Valor do ICMS: (18%
´ R$1.371,57) =
R$246,88
Subtraindo-se o preço com ICMS do preço sem ICMS, encontramos o valor de R$246,88, que é o
que deve ser destacado no documento fiscal a título de ICMS. Esses valores conjugados de ICMS e
IPI podem ser mais facilmente apurados, observando-se a Tabela 1 de coeficientes de multiplicação
a seguir. Para tanto, basta multiplicar o preço sem ICMS e IPI pelo fator respectivo de tributação a
que o produto estiver sujeito e encontrar o preço de venda com ICMS.
O mais importante desta análise é entender a necessidade de estipularmos corretamente o efeito do
IPI sobre a base de cálculo do ICMS e como as margens dos produtos podem ser oneradas, caso não
se utilizem as regras acima expostas.
Tabela 1
Coeficientes de Multiplicação
IPI 7% 12% 17% 18%
3% 1,0777 1,1410 1,2123 1,2276
4% 1,0785 1,1426 1,2148 1,2303
5% 1,0793 1,1442 1,2173 1,2330
6% 1,0801 1,1457 1,2198 1,2358
8% 1,0818 1,1489 1,2249 1,2413
10% 1,0834 1,1521 1,2300 1,2469
12% 1,0851 1,1553 1,2352 1,2525
15% 1,0875 1,1601 1,2430 1,2610
20% 1,0917 1,1682 1,2563 1,2755
30% 1,1001 1,1848 1,2837 1,3055
As empresas optantes pelo Simples não teem direito a créditos de ICMS, assim, o valor total de
compra de insumos e mercadorias, é considerado como custo de mercadoria.
Substituição Tributária do ICMS
Substituição tributária ocorre quando o Estado determina que uma entidade jurídica seja
responsável pelo recolhimento do imposto por toda a cadeia comercial.
Normalmente essa responsabilidade fica com o industrial (fabricante), importador ou remetente,
localizado na própria Unidade Federativa ou outra, distinta do destinatário.
Quando a operação é sujeita a Substituição Tributária (ST) quem compra não toma crédito, e
quando vende não tem débito do ICMS.
Na ST o valor recolhido pelo fornecedor é acrescido em sua base do % do MVA ( Margem sobre
Valor Agregado), respectivo a cada segmento.
De acordo com a lei Complementar número 8, compõem a Substituição Tributária as seguintes
parcelas: Preço de venda ao consumidor + valor do frete + IPI + despesas adicionais + MVA.
Como exemplos, podemos citar as indústrias de materiais de construção , responsáveis pelo
recolhimento do ICMS de distribuidores e varejistas. A tendência de criação de substitutos
tributários, nos mais diversos ramos de negócio, é muito forte, face à enorme facilidade de apuração
do imposto devido e, particularmente, à redução nos níveis de sonegação fiscal. Portanto, caso sua
empresa opere em setor comercial ou industrial, preste muita atenção a este aspecto. As empresas
que foram substituídas não sofrem a incidência direta de ICMS na venda, não tendo também direito
a crédito em suas compras de insumos.
Para a definição do cálculo do imposto, as autoridades fazendárias definem percentuais de margens
presumidas diferenciadas (MVA), por tipo de produto. Assim, por exemplo, se o saco de cimento
for vendido a R$10, ao consumidor final, neste valor já está embutida uma parcela de débito de
ICMS do varejista, a ser cobrada e paga pelo fabricante.
Nas operações internas, nos próprios Estados, prevalece a lógica abaixo, para cálculo do preço com
ST:
preço fábrica + [(% MVA X preço fábrica) X (alíquota do ICMS interna)]
Exemplo1.
Fabricante de SP vendendo a varejista localizado em SP
Preço de venda do fabricante 100,00
Preço de venda do varejista ao consumidor1 135,00 ( MVA = 35%)
ICMS (alíquota 18%) 18,00
Base de cálculo da substituição tributária 135,00
ICMS – substituição tributária
(R$135,00 × 18% – R$18,00) 6,30
Total da Nota Fiscal 106,30
Exemplo 2.
Fabricante em SP vendendo a distribuidor em SP, que revende para varejista também localizado em
SP.
Preço de venda do fabricante 80,00
Preço de venda do distribuidor 100,00
Preço sugerido ao varejista 135,00 ( MVA = 35%)
Base de cálculo do ICMS 80,00
ICMS (R$80,00 x 18%) 14,40
Base de cálculo da substituição tributária 135,00
ICMS – substituição tributária
(R$135,00 × 18% – 14,40) 9,90
Total da Nota Fiscal ao Distribuidor 89,90
A substituição tributária também incide nas operações interestaduais. Para o cálculo do valor com
ST o Governo de São Paulo desenvolveu a fórmula abaixo, do MVA Ajustado,que é seguida pelas
demais Unidades Federativas:
onde:
1 - IVA-ST original é o IVA-ST aplicável na operação interna.
2 - ALQ inter é a alíquota interestadual aplicada pelo remetente localizado em outra
unidade da Federação.
3 - ALQ intra é a alíquota aplicável à mercadoria neste Estado.
Exemplo 4
Venda de indústria, em SP, para varejista em SP, por R$ 100 + 5% IPI
ICMS crédito: 18%
ICMS interno SP : 18%
MVA : 41,79% ( arame farpado)
Preço Fábrica com IPI =105
ICMS Fábrica = 100 X 18% = 18
Preço Varejista com ST = 105 X 1,4179 = 148,88
ICMS Varejista = 148,88 X 18% = 26,80
Preço Fábrica com ST = 105 + 26,80 – 18 = 113,80
Exemplo 5
Venda de Indústria de SP, para varejista em Minas Gerais, por R$ 100 + 5% IPI
ICMS crédito: 12%
ICMS interno MG : 18%
MVA Ajustado : 52,16% ( arame farpado)
Preço Fábrica com IPI =105
ICMS Fábrica = 100 X 12% = 12
Preço Varejista com ST = 105 X 1,5216 = 159,77
ICMS Varejista = 159,77 X 18% = 28,76
Preço Fábrica com ST = 105 + 28,76 – 12 = 121,76
O ISS pode ser cobrado tanto internamente ao preço quanto externamente, dependendo das
resoluções municipais.
Alíquotas
Geralmente de 5%, podendo variar em cada município, de acordo com seus interesses de
desenvolvimento em certas atividades.
A Emenda Constitucional número 37, de 12/06/2002, determinou que a alíquota mínima de ISS seja
de 2% e a Lei Complementar 116, de 31/07/2003, definiu a natureza dos serviços que devem ser
taxados no local em que as empresas estejam sediadas ou no município em que os mesmos foram
prestados.
Este é o tributo que gera as maiores controvérsias, pois envolve posturas municipais, que muitas
vezes discordam da Lei Federal. Por isso, recomendo fortemente que o empresário identifique a
natureza de seus serviços e procure assessoria, quanto às regras efetivamente seguidas pelos
municípios em que atue.
Observação: Não gera direito a crédito.
Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI
Esfera
Federal
Fatos Geradores
O desembaraço aduaneiro de produto de procedência estrangeira e a saída de produto do
estabelecimento industrial ou equiparado a industrial. Considera-se industrialização a operação
que modifique a natureza, o funcionamento, a apresentação ou a finalidade do produto, ou o
aperfeiçoe para consumo.
O IPI é devido independentemente da finalidade do produto e do título jurídico da operação de que
decorra o fato gerador, por exemplo, venda, consignação, transferência etc.
Incidência
Sobre o preço de venda total (imposto externo).
Alíquotas
Variáveis por produto.
Observação: Gera direito a créditos na maioria das operações com bens industriais. Se o produto
adquirido for utilizado, posteriormente, como insumo na fabricação de novo bem ou para revenda,
gerará direito a crédito, por ocasião de sua compra. Caso o produto se destine a imobilizado ou
consumo final, a parcela do IPI não gerará direito a crédito, constituindo-se em custo. Deve-se
observar atentamente a relação de produtos isentos do imposto, nas relações emitidas pela Receita
Federal.
Contribuição para o Financiamento
da Seguridade Social – COFINS
Esfera
Federal
Base de cálculo
As empresas que comercializem mercadorias e prestem serviços de quaisquer natureza estão sujeitas à
contribuição para o COFINS.
A Lei 10.833/2003, alterou as regras das contribuições da COFINS, eliminando parcialmente a
cumulatividade nas atividades industriais e comerciais, através da possibilidade do crédito da
contribuição paga na etapa anterior da produção ou comercialização. A alíquota de incidência foi
majorada de 3% para 7,60% sobre a receita bruta mensal (excluir as parcelas referentes ao IPI)
A sistemática não se aplica às pessoas jurídicas que apurem o Imposto de Renda sob o regime do
Lucro Presumido ou aos optantes do SIMPLES, ou ainda a alguns setores ( ver artigo 21 da Lei
10.685 e artigo 5, da Lei10.925), que deverão manter as regras anteriores à edição da Lei 10.833.
Para as empresas enquadráveis na nova regra, a partir de 01/02/2004, poderão ser calculados
créditos a serem deduzidos da contribuição devida, aplicando o percentual de 7,60%, sobre o valor,
entre outros itens:
1.
dos bens adquiridos no mês para revenda, exceto em relação às mercadorias e aos produtos sujeitos
à substituição tributária ou incidência monofásica.
2.
dos bens e serviços, adquiridos no mês, utilizados como insumo na fabricação de produtos
destinados à venda ou na prestação de serviços, inclusive combustíveis e lubrificantes, desde que
não tenham sido importados de outros países.
3.
incorrido no mês com a energia elétrica consumida nos estabelecimentos da pessoa jurídica.
4.
incorrido no mês com aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, pagos a pessoas jurídicas,
utilizados nas atividades da empresa.
Existem ainda outras possibilidades de recuperação do crédito da COFINS, que devem ser vistas
com a área contábil e que fogem ao objetivo deste livro.
Observação: Nas vendas referentes às exportações, a contribuição não incidirá e permitirá apuração
de crédito em relação às etapas anteriores de produção.
.
Esfera
Federal
Base
As empresas que comercializem mercadorias e prestem serviços de quaisquer natureza estão
sujeitas à contribuição para o PIS na modalidade Faturamento.
Em dezembro de 2002 foi promulgada a lei que alterou as contribuições do PIS, eliminando
parcialmente a cumulatividade nas atividades industriais e comerciais, através da possibilidade do
crédito da contribuição paga na etapa anterior da produção ou comercialização. A alíquota de
incidência foi majorada de 0,65% para 1,65% sobre a receita bruta mensal (excluir as parcelas
referentes ao IPI).
A sistemática não se aplica às pessoas jurídicas que apurem o Imposto de Renda sob o regime
do Lucro Presumido ou aos optantes do SIMPLES, ou ainda a alguns setores, (ver artigo 21 da Lei
10.685 e artigo 5, da Lei10.925), que deverão manter as regras anteriores.
Para as empresas enquadráveis na nova regra, a partir de 01/12/2002, poderão ser calculados
créditos a serem deduzidos da contribuição devida, aplicando o percentual de 1,65% sobre o valor,
entre outros itens:
1.
dos bens adquiridos no mês para revenda, exceto em relação às mercadorias e aos produtos sujeitos
à substituição tributária ou incidência monofásica.
2.
dos bens e serviços, adquiridos no mês, utilizados como insumo na fabricação de produtos
destinados à venda ou na prestação de serviços, inclusive combustíveis e lubrificantes.
3.
incorrido no mês com a energia elétrica consumida nos estabelecimentos da pessoas jurídica.
4.
incorrido no mês com aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, pagos a pessoas jurídicas,
utilizados nas atividades da empresa.
Existem ainda outras possibilidades de recuperação do crédito do PIS, que devem ser vistas com a
área contábil e que fogem ao objetivo deste livro.
Podem se enquadrar neste regime as empresas que auferirem uma receita bruta anual inferior a
R$78 milhões, além de atenderem a alguns pré-requisitos, tais como não desenvolverem atividades
de natureza essencialmente financeira, de seguros e factoring, entre outras.
Suponha, por exemplo, uma empresa que atue na atividade de compra e venda de artigos de
informática, além de prestar serviços de manutenção de microcomputadores, com os seguintes
dados trimestrais:
O valor do imposto devido deve sofrer a redução de parcelas referentes a incentivos fiscais,
apurando-se, finalmente, o imposto a pagar.
Observe a Tabela 2 e verifique o percentual de imposto de renda (IRPJ) mensal a pagar, que fará parte
de seus preços de venda:
Observação: Percentual de IRPJ = Base 15%
Tabela 2
Imposto de Renda Mensal
Atividade Base (%) Percentual de IRPJ
Venda de mercadorias 8 1,2
Revenda de combustíveis 1,6 0,24
Serviços hospitalares 8 1,2
Transporte de carga 8 1,2
Serviços de transporte 16 2,4
Prestação de serviços 32 4,8
Prestação de serviços até 16 2,4
R$120.000,00 de receita bruta anual
O adicional de 10% somente deverá ser computado, sobre as bases acima, quando houver certeza de
sua incidência. Na prática, este cálculo é complexo e de difícil mensuração.
A maior vantagem da opção pelo regime presumido é a redução da carga burocrática na
contabilidade, que ficará isenta do preenchimento de alguns livros fiscais, obrigatórios no regime de
lucro real.
Lucro real por apuração mensal: A partir da receita bruta anual de R$78 milhões, as empresas
são obrigatoriamente enquadradas no regime de lucro real. Fecha-se o balanço e a apuração dos
lucros, periodicamente, recolhendo-se o imposto de renda de acordo com a alíquota vigente.
Como o lucro real depende dos resultados auferidos no total das operações da empresa, ou seja,
independentemente de cada produto vendido ou preço de venda praticado, nesta modalidade, o
imposto de renda não deve ser tratado como uma despesa variável, ou seja, não será componente do
preço de venda.