Aula - Introdução À História
Aula - Introdução À História
Aula - Introdução À História
✓ O que é História?
✓ Porque estudá-la?
✓ Para que serve o saber histórico?
“A história pode ser compreendida como a ciência que estuda as ações do
homem no tempo”.
A palavra história vem do grego antigo historie, que em dialeto jônio significa “investigação”, e está
relacionada a outras duas palavras: o substantivo istor, “testemunho”, e o verbo istorein, “informar-
se”. Esse é o sentido usado pelo viajante grego Heródoto (século V a.C.), que escreveu uma história
das guerras dos gregos contra os persas com base em testemunhos dos acontecimentos. Para
Heródoto, o objetivo da história é produzir um discurso ou relato verdadeiro dos fatos, separando-o
dos mitos, fábulas e lendas.
Até o advento do mundo moderno, surgiram muitas outras formas de encarrar a história. Somente
no século XVI, contudo, foram criados métodos para orientar a análise das fontes históricas,
distinguindo os testemunhos falsos dos testemunhos verdadeiros sobre o passado. Por meio dos
contatos diretos com as fontes e do desenvolvimento do método crítico, os historiadores
procuravam compreender toda a diversidade de usos e costumes entre os povos.
Novos rumos da história
A história, no entanto, ainda era considerada um gênero literário, no qual importava mais a
elegância da escrita do que a objetividade do conhecimento. Isso mudaria no século XIX,
quando a história passou a ser considerada uma ciência e tornou-se uma disciplina acadêmica,
ensinada em escolas e universidades. Ao mesmo tempo que a história se afirmou como
disciplina científica, surgiu a preocupação em preservar o patrimônio documental e material do
passado, principalmente o das nações. Para conservar e divulgar a memória nacional, foram
criadas instituições como museus, escolas, arquivos, institutos históricos e associações
arqueológicas.
Todos os vestígios deixados pelas gerações passadas são fontes históricas que podem ser analisadas pelos
historiadores para produzir conhecimento histórico.
Esses vestígios podem ser registros escritos, monumentos, fotografias, pinturas, instrumentos de trabalho,
joias, vestimentas, entre muitos outros objetos feitos pelo trabalho humano, que servem como base para a
construção do conhecimento histórico.
No século XIX, quando a história tornou-se uma disciplina acadêmica e o ofício do historiador uma profissão
reconhecida, só se considerava fonte histórica os documentos escritos, especialmente os registros oficiais
produzidos pelos Estados, como tratados diplomáticos, narrativas de batalhas, documentos administrativos
etc.
“As fontes escritas são registros em “As fontes não-escritas são registros da atividade
forma de inscrições, cartas, letras de humana que utilizam linguagens diferentes da
canções, livros, jornais, revistas e escrita, tais como: pinturas, esculturas, vestimentas,
documentos públicos dentre outros”. armas, músicas, discos fonográficos, filmes,
utensílios”.
“Outro tipo de fonte histórica não-escrita é o depoimento de pessoas sobre aspectos da vida social e
individual. Esses depoimentos, que podem ser colhidos a partir de entrevistas gravadas pelo próprio
historiador, servem para registrar a memória (individual e coletiva) e ampliar a compreensão de um
passado recente ou da história que se está construindo no presente. É o que se chama de história oral”
(COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral. São Paulo: Saraiva, p. 10, 2005).
É através da análise e interpretação dessas fontes históricas que o historiador têm acesso ao passado.
“As fontes não falam por si e não trazem a verdade pronta: é preciso que o pesquisador interrogue o
contexto em foram produzidas, que grupo ou valores representam, de que maneira abordam e
retratam os diferentes grupos sociais. Essas perguntas são geradas pelos interesses do historiador e
pelas questões de sua época. Por isso, diferentes perguntas revelarão diferentes respostas de um
mesmo documento, ou levarão a outros documentos” (DORIGO, Gianpaolo; VICENTINO, Cláudio. História: Geral e do
Brasil. São Paulo: Editora Scipione, p. 09, 2010).
Ou seja, um mesmo fato histórico pode ser analisado e interpretado de diferentes maneiras.
Ainda de acordo com (DORIGO, Gianpaolo; VICENTINO, Cláudio. P. 12, 2010), é importante entender
que a História não é uma narrativa única e definitiva de tudo o que aconteceu. Ela é construída com
base em vestígios e fontes, e grande parte dessas informações tem autores e intenções.
Também é importante destacar que os estudos históricos não conseguem abarcar e resgatar a
totalidade do passado.
BONS ESTUDOS!