Midiatizando Oficinas para Uso Da Mídia
Midiatizando Oficinas para Uso Da Mídia
Midiatizando Oficinas para Uso Da Mídia
Educação Midiática
Comunicação é direito humano?
Comunicação libertadora
EVELYN CAROLINA LIMA
PAULO ARAÚJO
RODRIGO ROCHA
VOL. 1
Midiatizando:
oficinas para uso da mídia
texto:
Evelyn Carolina Lima
Paulo Araújo
Rodrigo Rocha
revisão:
Profª Drª Sofia Zanforlin
arte e finalização:
Paulo Araújo
arte da capa:
Paulo Araújo
Equipe BICC
bolsista:
Rodrigo Gomes da Silva Rocha
voluntários:
Evelyn Carolina Lima de Santana
Paulo Roberto de Araújo Tenório
orientadora pedagógica:
Profª Drª Sofia Cavalcanti Zanforlin
coordenador técnico:
Jackson Carvalho
1º EDIÇÃO
2024
OFICINA DE
COMUNICAÇÃO E
SOBRE OS
60
MÍDIAS DIGITAIS
AUTORES
A P R E S E N T A Ç Ã O
6
VOCABULÁRIO
VOCABULÁRIO
VOCABULÁRIO
VOCABULÁRIO
VOCABULÁRIO
A
AFILIADA
Emissora de rádio ou tv que tem uma cabeça
(também conhecida como geradora) da qual
maior parte do conteúdo é oriundo desta outra
empresa que tem uma outra administração e
normalmente está sediada no eixo rio-São Paulo.
As emissoras afiliadas produzem pouco conteúdo
relativo somente a sua região.
AGÊNCIA DE CHECAGEM
Veículo que tem como principal objetivo a não
propagação de notícias falsas agindo diretamente
na checagem de informações dentro e fora do
contexto da internet sendo abrangente para
notícias, discursos e outras maneiras de propagar
a informação.
ALGORITMO
Sequência de raciocínios que operado junto a
outros serviços tecnológicos permite a sites e
plataformas personalizar a experiência do usuário
durante a entrega do conteúdo fazendo com que
o indivíduo passe mais tempo fazendo uso.
8
ANSIEDADE ALGORÍTMICA
Referente a preocupação decorrente do uso
frequente e mal administrado de redes sociais que
causam preocupações acerca de que atividades
online, a exemplo de curtidas, compartilhamentos
e geração de conteúdo, sejam parâmetros para
uma boa imagem social e autoestima.
APLICATIVO
Programa de software geralmente criados para
dispositivos móveis como os smartphones com
diversas funcionalidades que vão desde listagem
prática de tarefas ao entretenimento e facilitam a
execução de atividades pelo usuário, reduzindo o
tempo para desenvolvimento.
AUDIÊNCIA
Público. Quantidade de pessoas que consome
determinado conteúdo.
A
a
A
9
B
BIG DATA
Traduzido em português como megadados ou
grandes dados, é uma área do conhecimento que
obtém informações a partir do processamento de
dados grandes e complexos. Essa ferramenta
auxilia na identificação de padrões de dados que
podem gerar relatórios com eficiência.
BIG TECHS
Gigantes da tecnologia que dominam o mercado
econômico a partir da operação da comunicação e
inovação. Enquanto entregam a população
internacional bens e serviços.
b
B B
10
C
CANCELAMENTO
Boicote a algo ou alguém motivado por uma ação
ou fala do indivíduo ou instituição. Gerando
consequências financeiras e psicológicas. Do
termo também surge a “Cultura do
Cancelamento” tratado nos artigos de opinião
deste material.
CENSURA
É a desaprovação de um conteúdo midiático
(jornalístico ou artístico) por parte de um órgão
seja público ou privado. Limitação das
liberdades de imprensa, expressão e
pensamento. Vale lembrar que a regulação não
é uma forma de censura.
CHEAP FAKE
Vídeo tirado de contexto em editores de vídeo.
Normalmente têm falhas, o que o torna mais fácil
de identificar por ter alterações perceptíveis.De
maneira geral, os desinformadores alteram a
ordem do vídeo original, rostos ou falseiam as
vozes e gestos.
11
CONGLOMERADO DE MÍDIA
Empresa ou grupo que possui diversos meios de
comunicação de massa. São responsáveis por
controlar a mídia de uma região ou país. Tais
empresas comandam as indústrias
cinematográficas e jornalísticas colocando seu
editorial como verdade absoluta da repercussão
das notícias. Fazendo assim que o público tenha
seus ideais manipulados.
CONTEÚDO
Sendo aquele que geralmente toma as atenções
para si no mundo da comunicação, o conteúdo é
nada mais do que tudo aquilo que pode ser
comunicado. Na comunicação ele pode se
apresentar de diversas formas que podem ser
audiovisual, áudio, texto e imagens por exemplo.
CONTEÚDO PATROCINADO
É o mecanismo que empresas pagam para que seus
links sejam colocados em evidência. Normalmente
c
colocados entre os primeiros nas pesquisas.
CC 12
D
DEEP FAKE
Vídeo editado por algoritmo e inteligência artificial,
com troca de rosto, voz, ou criação de todo cenário
para utilizar uma pessoa notória e propagar
desinformação. Utilizando a imagem para que
parece que o indivíduo fez ou disse algo que não fez.
DESINFORMAÇÃO
Distribuição de maneira intencional e deliberada
informações falsas (fake news) e utiliza da boa fé
das pessoas para distribuir de forma massiva.
d
D D 13
E
EDITORIAL
É a maneira que um grupo ou empresa de mídia
expressa seu ideal e opinião sobre as causas e notícias.
ENTRETENIMENTO
Conteúdo que busca entreter, divertir e distrair o
público. Na TV são programas de variedade, filmes e
séries. Na internet podem ser identificados como
streaming de vídeo e música.
ESPECTADOR
Pessoa que assiste a um programa, filme ou outro
conteúdo na TV ou streaming de vídeo ou áudio.
e
EE 14
F
FAKE NEWS
Notícias falsas. Propagação de informações
inventadas; tiradas de contexto; distorcidas;
construídas como notícia para falsear a leitura.
Com foco em criar polêmica, gerar medo,
insegurança, incitar o ódio, ou simplesmente
manjar a imagem de alguém.
FATOS
Informação baseada em evidências concretas e
verificáveis, como dados científicos, registros
históricos ou testemunhos confiáveis.
f
FF 15
G
GAP DIGITAL
Do inglês “abismo digital”. Espaço do qual um
grupo de indivíduos não têm acesso aos meios de
comunicação. No Brasil, a internet é o meio menos
presente no cotidiano da população de baixa renda.
GEOFENCING
Segmentação de público-alvo segmentado por
sua localização geográfica. Busca demarcar
hábitos de costume.
GEOTAGGING
Publicações feitas nas redes sociais em que
marcam-se a localização de uma postagem ou
g
fotografia publicada.
GG
16
I
IMPRESSÕES
Quantidade de vezes que uma postagem é
visualizada. Cada rede social possui diferentes
mecanismos para medir tal visualização.
INFLUENCIADORES DIGITAIS
(INFLUENCERS)
Pessoas que possuem muitos seguidores nas
redes sociais explorando sua imagem
apresentando seu estilo de vida, cotidiano além de
eventos e produtos para venda.
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
Campo da área da tecnologia que de forma
multidisciplinar estuda várias áreas do
conhecimento para desenvolver mecanismos que
auxiliem profissionais a melhorar a qualidade de
vida das pessoas com suas experiências com
produtos e serviços.
I
i I
17
M
MASS MEDIA
m
M M
MARKETING DE INFLUÊNCIA
É a utilização de pessoas com notoriedade na
sociedade seja por suas capacidades intelectuais ou
fama para fazer anúncio de produtos ou serviços.
MÍDIA
Conjunto de meios de comunicação. Canal em
que a comunicação é distribuída.
MÍDIA SINTÉTICA
Qualquer tipo de vídeo, imagens, objetos virtuais,
sons ou palavras produzidos por ou com a ajuda de
inteligência artificial (IA). Essa categoria inclui
conteúdo deepfake, “arte” gerada por IA com
prompt de texto, conteúdo virtual em ambientes
de realidade virtual (VR) e realidade aumentada
(AR) e outros novos tipos de conteúdo.
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N
NEWSLETTER
Um tipo de boletim informativo que funciona
como uma publicação periódica de uma empresa.
NICHO
Grupo refinado do público que gosta de consumir
um tipo de conteúdo marcado por uma temática
específica e clara.
NOTÍCIA
Gênero textual informativo que significa
“notoriedade; conhecimento de alguém; noção”.
Deve ser inédita, rápida e apresentar informações
necessárias para informar o público, do qual
indica-se ser o mais abrangente possível, podendo
em alguns casos ser de nicho.
n
N N 19
P
PAUTA
Documento que orienta um repórter a
desenvolver a reportagem. Apresenta o tema, as
fontes e as apurações gerais daquele conteúdo
a ser desenvolvido. O texto aponta o caminho
da reportagem.
PLATAFORMAS DE STREAMING
Tecnologia instantânea que permite assistir a
vídeos e escutar música sem a necessidade de
download. Ou seja, a transmissão de dados de
áudio ou vídeo é feita em tempo real do servidor
para o dispositivo, como celular, notebook ou
smart TV.
PODCAST
Produção sonora advinda do rádio expandido,
podendo por isso ser veiculado ao vivo, mas
sobretudo ficar disponível para consumo no
momento mais oportuno para o ouvinte.
Normalmente seu consumo pode ser por
computador ou dispositivo móvel por meio de
plataformas de áudio ou sites.
20
PÓS-VERDADE
É quando a sociedade reage a questões públicas
levando como critério a emoção e não os fatos
objetivos. Vale, contudo, lembrar que o conceito
de pós-verdade não deve ser confundido com o
de “fake news”.
POST-ROLL
Em tradução livre do inglês significa Anúncio Final.
No marketing é apresentado como o anúncio que
aparece após os vídeos assistidos.
PRE-ROLL
Em tradução livre do inglês significa Anúncio
Precedente. No marketing é apresentado como o
anúncio que aparece antes dos vídeos a serem
assistidos. Na internet são bem comuns e
dependendo da plataforma você tem a
possibilidade de pular após alguns segundos.
p
P P
21
R
RADIALISMO
Considerada arte por alguns, essa é a maneira
encontrada para se comunicar através das ondas
de rádio.
RÁDIO EXPANDIDO
Tendência de convergência no cenário radiofônico.
Meio de comunicação que vai além das
transmissões tradicionais em ondas hertzianas,
estendendo-se para as mídias sociais, dispositivos
móveis, TV por assinatura, portais de notícias e
plataformas de música.
REDE SOCIAL
Plataformas digitais que possibilitam a interação
com uma rede de usuários, possibilitando a
criação e compartilhamento de diversos tipos de
conteúdo, como fotos, vídeos e textos. Além disso,
servem como um meio para participar de uma
r
comunidade virtual.
RR 22
T
TRENDING TOPIC
Principais assuntos em uma plataforma de mídia
social durante um período específico. Podem ser
considerados hashtags e nomes.
TRIBUNAL DA INTERNET
Julgamento feito por pessoas aleatórias que
possuem usuários nas plataformas digitais e que
somam suas opiniões na decisão do mérito
quanto a um conteúdo, fala ou ação de uma
pessoa. Ficou conhecido como o responsável pela
cultura do cancelamento.
t
T T
23
V
VEÍCULO DE COMUNICAÇÃO
Empresa que produz e distribui conteúdo de
comunicação para a população. São as emissoras de
rádio e televisão, como também os jornais e revistas.
VIRAL
Conteúdo que repercute amplamente sendo
comentado e compartilhado por muitos usuários
se espalhando rapidamente pela internet.
VV
V 24
OFICINAS
OFICINAS
OFICINAS
OFICINAS
OFICINAS
OFICINA DE EDUCAÇÃO MIDIÁTICA
PERGUNTA NORTEADORA
15 MIN | Faça a pergunta:
27
inclui a proteção da privacidade, o combate à
desinformação, a promoção do respeito online e o
uso responsável das tecnologias de comunicação.
28
mundo, bem como a regulação prevista no país e
em outras jurisprudências. Apenas assim será
possível formar cidadãos críticos quanto ao fluxo
de informações, considerando conteúdos e
também interesses políticos e econômicos das
empresas de comunicação, não necessariamente
observáveis na análise individualizada das
produções de texto, vídeo etc (Intervozes, 2021, p.6).
29
PRODUÇÃO
30 MIN | Oriente cada grupo a produzir um conteúdo
midiático voltado para rádio, televisão ou internet
que aborde as questões discutidas pelo grupo. A
educação midiática é crucial para capacitar os
indivíduos a compreenderem e valorizarem a
diversidade de vozes e narrativas presentes na mídia.
Infelizmente, muitas vezes, a produção midiática não
reflete essa diversidade, negligenciando perspectivas
importantes e perpetuando estereótipos. Ao educar
para esses princípios de diversidade e inclusão na
mídia, é possível promover uma mudança
comportamental na sociedade.
FINALIZAÇÃO
10 MIN | Após a finalização dos projetos e
compartilhamento dos resultados, é essencial refletir
com o grupo sobre como a educação midiática pode
ser um poderoso instrumento de mudança social ao
valorizar a diversidade de vozes e narrativas. Portanto,
ao refletir sobre como a educação midiática pode
contribuir para a manutenção do estado
democrático, reforçamos não apenas a importância
da diversidade de vozes e narrativas, mas também a
necessidade de uma comunicação ética, crítica e
responsável em todos os âmbitos da sociedade.
Referências bibliográficas
FERRARI, A. C.; OCHS, M.; MACHADO, D. Guia da Educação Midiática. 1. ed.
– São Paulo : Instituto Palavra Aberta, 2020.
30
OFICINA DE MÍDIA E DIREITOS HUMANOS
PERGUNTA NORTEADORA
15 MIN | Faça a pergunta:
O que é a mídia?
32
O que é mídia?
“A palavra mídia foi um termo que se
aportuguesou de ‘media’, plural de ‘medium’, que
em inglês significa meios, e refere-se
principalmente aos meios de comunicação. Foi
aparentemente retirada da expressão "mass
media", que se tornou muito popular ao longo do
século XX, e trata de meios de difusão de
informação massiva - como imprensa, televisão,
rádio, internet, etc. Entretanto, este termo pode
designar tanto as linguagens relacionadas a estes
meios quanto aos veículos de comunicação em si
que sustentam suas respectivas linguagens e
desencadeiam uma importante discussão de
como/quanto estes agem sobre a própria
mensagem comunicada (o meio é a
mensagem!?)” (Laurentiz, 2013).
33
É necessário pensar também na mídia como
uma ferramenta não só de manutenção desses
direitos, mas também de como ela é fundamental
na promoção da democracia para a existência
dessa garantia.
34
“A sociedade brasileira só perceberá – e, mesmo
assim, gradualmente – a necessidade de
reconhecer, defender e promover os Direitos
Humanos quando estiver organizada e mobilizada.
O povo pode exigir do Estado a garantia real dos
direitos fundamentais: segurança, educação,
saúde, acesso à justiça e aos bens culturais,
moradia, emprego e salário justo, seguridade
social. Mas para isso é fundamental que os meios
de comunicação promovam uma campanha de
esclarecimento sobre os Direitos Humanos,
associados à justiça social e à democracia. E que as
escolas e outras instituições públicas assumam
um compromisso com a educação em Direitos
Humanos“ (Bevenides, 2006, p.58).
35
PRODUÇÃO
30 MIN | Oriente que cada grupo produza um
material voltado para rádio, televisão ou internet que
trate das questões refletidas pelo grupo. Nem
sempre os direitos humanos são priorizados no
cotidiano da população, mas educando para os
princípios dos direitos humanos é possível promover
uma mudança comportamental na sociedade. Essa
transformação é gradual e individual, por isso,
utilizar o poder da mídia para promover os ideais dos
direitos humanos amplifica a importância desse
debate. É fundamental não apenas ter presença na
mídia, mas também participar ativamente dos
grupos de comunicação, e quando retratado por ela,
ser representado de forma digna.
FINALIZAÇÃO
10 MIN | Após a finalização dos projetos e
compartilhamento dos resultados, reflita com o grupo
sobre a importância de uma atuação baseada nos
direitos humanos nas mídias e as possíveis mudanças
decorrentes de uma ação contínua nesse sentido.
Aborde também a questão da inclusão de outros
grupos sociais. É crucial considerar como a
comunicação baseada nos direitos humanos engloba
outras interseções e contribui para essas causas.
Referências bibliográficas
VIVARTA, Veet (Coord.). Mídia & Direitos Humanos. Pesquisa por Guilherme
Canela. Brasília: ANDI; Secretaria Especial dos Direitos Humanos; UNESCO,
2006.
36
OFICINA DE COMUNICAÇÃO ANTIRRACISTA
PERGUNTA NORTEADORA
15 MIN | Faça a pergunta:
38
O racismo pode ser identificado a partir do
momento que uma pessoa ou grupo de pessoas
passam por situações onde há constrangimentos,
discriminação e as vezes até agressão física, pelo
fato dela ser de uma raça, etnia, religião ou origem
diferente (Laurentino; Pedrosa, 2022, p.4).
39
O conceito de biosvirtual, também formulado por
Muniz Sodré, dá ênfase no espelhamento virtual
da realidade. Portanto há de fato uma defasagem
no que diz respeito à representação e valorização
das narrativas da negritude nos mais diversos
meios midiáticos, devido a grande ocupação da
dita classe dominante nesses meios.
PRODUÇÃO
30 MIN | Oriente que cada grupo produza um material
voltado para rádio, televisão ou internet que trate das
questões refletidas pelo grupo. Nem sempre o
antirracismo é a opção no cotidiano da população, mas
educando para as práticas antirracistas é possível mudar o
comportamento da sociedade. A mudança é lenta e
individual e por isso utilizar do poder da mídia para
desenvolver os ideais de luta antirracistas potencializam a
importância desse debate. Lembrando, que é
imprescindível não só se fazer presente no tempo de tela
40
como participe dos grupos de comunicação, mas
também quando retratado por ela ser colocada de
maneira decente.
FINALIZAÇÃO
10 MIN | Após a finalização dos projetos e
compartilhamento dos resultados, reflita com o
grupo a importância de uma atuação antirracista
nas mídias e as possiveis mudanças acarretadas
pela sua ação contínua. Traga também a questão
da inclusão de outros grupos sociais. É
imprescindível pensar na forma como a
comunicação antirracista abrange as demais
intersecções e colabora com tais causas. Portanto,
pensar esse artifício como forma de trazer a luz
essas outras temáticas a ela relacionada é uma
das formas de fortalecer uma produção inclusiva,
decolonial e interseccional para as mídias.
Referências bibliográficas
ADICHIE, Chimamanda Ngozi. O Perigo de uma História Única. São Paulo:
Companhia das Letras, 2019.
ALMEIDA, Silvio. Racismo estrutural. [s.l.] Pólen Produção Editorial LTDA, 2019.
41
OFICINA DE COMUNICAÇÃO E
MÍDIAS DIGITAIS
COMO A CRIAÇÃO DE
CONTEÚDOS PODE
ACONTECER
RESPEITANDO A
DIVERSIDADE?
PERGUNTA NORTEADORA
15 MIN | Faça a pergunta:
43
O Marco Civil da Internet representa uma
importante contribuição brasileira para o debate
sobre a proteção e promoção da diversidade
cultural no ambiente digital, pois regulamenta a
neutralidade, privacidade, proteção e liberdade de
expressão na rede. Seus principais pontos são:
privacidade, vigilância na web, internet livre, dados
pessoais, fim do marketing dirigido, conteúdo
ilegal, armazenamento de dados e liberdade de
expressão (Observatório da Diversidade Cultural.
Diversidade Cultural no Ambiente Digital in
Boletim do Observatório da Diversidade Cultural,
2017, p.6.)
44
Embora as minorias venham se articulando e
lutando de forma mais ativa nos últimos anos e,
por vezes, conseguido espaço para seus corpos
existirem, tanto de maneira política, quanto social
e econômica, a violência contra eles ainda é
presente e constante. (...) Nesse contexto,
podemos incluir os discursos de ódio publicados
em plataformas, como sites de redes sociais e
portais de notícias (na sessão de comentários) na
internet. Chama atenção em grande parte desses
comentários a utilização de dois mecanismos
como forma de defender e legitimar o argumento
preconceituoso: a convocação do direito à
liberdade de expressão e a experiência pessoal
como fundamento da verdade. Dois mecanismos
que, ao nosso ver, devem ser problematizados
para não se tornarem muletas discursivas e legais
a favor da opressão de minorias sociais.”
Observatório da Diversidade Cultural. Diversidade
Cultural no Ambiente Digital in Boletim do
Observatório da Diversidade Cultural. 2017 p.6
45
serem elementos fundamentais para a garantia e
a promoção do direito humano à comunicação,
noção que orienta o conjunto das reflexões
desenvolvidas aqui (...) Esse preceito também
avança em relação às ideias de liberdade de
expressão e direito à informação ao combiná-las
sob uma perspectiva coletiva e compreendendo a
sua realização no conjunto da sociedade, e não
apenas sob um prisma individual. Ou seja, o
“direito à participação, em condições de igualdade
formal e material, na esfera pública mediada pelas
comunicações sociais e eletrônicas” (Intervozes,
2018, p.45).
PRODUÇÃO
30 MIN | Oriente cada grupo a produzir um conteúdo
voltado para rádio, televisão ou internet que
abordem as questões discutidas pelo grupo. Nem
sempre uma produção baseada nas mídias digitais e
na diversidade de vozes e narrativas é priorizada no
cotidiano da população. No entanto, ao educar para
esses princípios, é possível promover uma mudança
comportamental na sociedade. Essa transformação
é gradual e individual. Portanto, utilizar o poder da
mídia para promover os ideais da diversidade de
vozes e narrativas amplifica a importância desse
debate. É fundamental não apenas ter presença na
mídia, mas também participar ativamente dos
grupos de comunicação e, quando retratado por ela,
ser representado de forma digna.
46
FINALIZAÇÃO
10 MIN | Após a finalização dos projetos e
compartilhamento dos resultados, é essencial refletir
com o grupo sobre a importância de uma atuação
baseada na diversidade de vozes e narrativas nas
mídias digitais e as possíveis mudanças decorrentes
de uma ação contínua nesse sentido. Aborde também
a questão da inclusão de outros grupos sociais. É
crucial considerar como a comunicação baseada na
diversidade engloba outras interseções e contribui
para essas causas.
Referências bibliográficas
Diversidade Cultural no Ambiente Digital in Boletim do Observatório da
Diversidade Cultural. 2017
47
DINÂMICAS
DINÂMICAS
DINÂMICAS
DINÂMICAS
DINÂMICAS
COMO IMPACTAR
À SOCIEDADE
49
Conheça e respeite a diversidade;
VERDADE OU
CONSEQUÊNCIA
MIDIÁTICA
OBJETIVO
Promover a reflexão sobre a importância da
verificação de informações e o impacto das
notícias falsas ou tendenciosas.
PREPARAÇÃO
Divida os participantes em pequenos grupos.
ESTRATÉGIAS DE VERIFICAÇÃO
Depois de revelada a veracidade das notícias,
promova uma discussão sobre as estratégias que
poderiam ter sido utilizadas para verificar a
autenticidade da informação. Incentive os
participantes a compartilharem métodos, fontes
confiáveis e passos para verificar informações online.
REFLEXÃO E COMPROMISSO
Encerre a dinâmica com uma reflexão coletiva sobre
a responsabilidade de cada um na disseminação de
informações confiáveis. Incentive os participantes a
fazerem um compromisso pessoal de verificar e
compartilhar apenas notícias verificadas.
52
CULTIVANDO SABERES
VOZES DOS
DIREITOS
HUMANOS
OBJETIVO
Explorar a relação entre comunicação e direitos
humanos, promovendo a conscientização e a
defesa desses direitos por meio da expressão
criativa.
PREPARAÇÃO
Inicie a dinâmica explicando a importância da
comunicação na promoção e proteção dos
direitos humanos.
DISCUSSÃO E REFLEXÃO
Após todas as apresentações, promova uma
discussão aberta sobre a importância da
comunicação na proteção dos direitos humanos.
Incentive os participantes a compartilharem ideias
sobre como podem usar diferentes formas de
comunicação em suas vidas para defender e
promover os direitos humanos.
54
CULTIVANDO SABERES
NARRATIVAS
RESSIGNIFICADAS
OBJETIVO
Promover reflexão sobre a importância das
narrativas e como a comunicação pode ser usada
para desafiar estereótipos e preconceitos raciais.
PREPARAÇÃO
Divida os participantes em pequenos grupos.
APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO
Cada grupo apresenta a narrativa ressignificada ao
restante dos participantes. Após cada
apresentação, promova uma discussão sobre as
mudanças feitas, o impacto dessas alterações e
como uma abordagem antirracista pode
transformar as narrativas.
56
CULTIVANDO SABERES
JORNADA PELA
COMUNICAÇÃO
DIGITAL
OBJETIVO
Explorar as diferentes fases do uso da
comunicação digital e refletir sobre suas evoluções
e impactos.
PREPARAÇÃO
Divida a dinâmica em três etapas principais:
"Passado", "Presente" e "Futuro".
58
O projeto
O Midiatizando: Educação Midiática busca
incluir no currículo de estudantes do ensino
médio a possibilidade de desenvolver o uso e
consumo da mídia. Fornecendo-os habilidades
integradas para a capacidade de explorar, avaliar,
gerar e envolver-se de forma crítica no cenário
informativo e midiático em todas as suas
manifestações, abrangendo desde mídias
impressas até as digitais.
A atividade se torna ainda mais importante
quando entendido que ao tempo em que a
educação escolar ainda não alcança sequer as
questões sociais, ambientais e antropológicas, tão
presentes na academia, quem dera a
comunicação, negada a grande parcela da
população brasileira pelo “gap digital”, pela
desigualdade e sobretudo pela falta de
letramento midiático.
Para o Midiatizando letrar midiaticamente um
jovem que vive na era da informação é garantir à
sociedade um espaço seguro, em que sabe-se
que não se vive “numa terra sem lei”. Visto que,
sendo letrados para mídia, o jovem tira melhor
proveito desse ambiente. Como também, não
aceite racismo, mortes, humor jocoso ou qualquer
forma de desrespeito aos direitos humanos sendo
disseminado por jornais, revistas, rádio, televisão,
internet, cinema, música ou qualquer outra
maneira de se comunicar pela mídia.
Sobre os
autores
Evelyn Carolina Lima
Paulo Araújo