Acidentes de Trabalho
Acidentes de Trabalho
Acidentes de Trabalho
Introdução...................................................................................................................................4
1. Acidentes de trabalho..............................................................................................................5
Conclusão..................................................................................................................................12
Referências bibliográficas.........................................................................................................13
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Introdução
Até meados do século 20, as condições de trabalho nunca foram levadas em conta, sendo sim
importante a produtividade, mesmo que tal implicasse riscos de doença ou mesmo à morte dos
trabalhadores. Para tal contribuíam dois fatores, uma mentalidade em que o valor da vida
humana era pouco mais que desprezível e uma total ausência por parte dos Estados de leis que
protegessem o trabalhador.
Este trabalho tem como tema: Acidentes de Trabalh. O mesmo tem como objetivo geral:
analisar a realização de identificação de perigos e avaliação de riscos em contexto real de
trabalho. Como objetivos específicos temos: definir os conceitos básico, apresentar as causas
que estão por detrás dos acidentes no trabalho, apresentar pedidas de prevenção dos acidentes
no trabalho, explicar a questão de doenças profissionais e qual é a responsabilidade do
empregador e como proteger os denunciantes.
É essencial que todas as empresas realizem avaliações regulares na medida em que, todos os
riscos são tidos em consideração (não apenas os que se encontram mais visíveis), é verificada
a eficácia das medidas de segurança adotadas pela empresa, é feito um registo dos resultados
da avaliação e uma proposta de métodos para possíveis melhorias. Para a realização do
trabalho usou-se o método hermenêutico que consistiu na leitura, compreensão e interpretação
de textos normativos que abordam o tema em destaque. O mesmo obedece a seguinte
estrutura lógica: parte introdutora, desenvolvimento da temática, conclusão e a sua respectiva
bibliografia.
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1. Acidentes de trabalho
1.1. Conceitos básicos
Acidente
De forma geral, a saúde e a segurança no local de trabalho melhoraram na maioria dos países
industrializados durante os últimos 20 ou 30 anos. No entanto, a situação nos países em vias
de desenvolvimento é menos clara, em grande parte devido à identificação e informação
inadequada dos acidentes e doenças, assim como à falta de atualização de registos e de
mecanismos informativos. Entretanto, considera-se acidente, de modo geral, o acontecimento
fortuito súbito e anormal devido a causa exterior e estranha à vontade das pessoas seguras
(neste caso especifico trabalhadores) e que lhes originem lesões corporais (riscos
traumatológicos) (Fernandes, 1996).
Trabalho
Desde os primórdios e ao longo dos anos o conceito de trabalho tem vindo a sofrer constantes
alterações. Com a evolução das sociedades o trabalho deixou de ser apenas uma forma de
sobrevivência, passou a ser sinónimo de realização pessoal, social e dignificação humana.
Hoje em dia o trabalho garante ao indivíduo uma perceção de utilidade social, assume uma
relevância importante na forma como a vida é estruturada, estando também associado à
capacidade de independência e estabilidade de vida (Ibdem).
Acidente de Trabalho
Entretanto, podemos interpretar a mesma definição como sendo qualquer lesão corporal,
doença profissional ou morte que ocorra como resultado direto do trabalho realizado pelo
trabalhador durante o exercício de suas funções laborais, é um acidente de trabalho.
Doravante, segundo a Lei e Artigo mencionado acima, considera-se ainda acidente de
trabalho o que ocorra:
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a) Na ida ou regresso do local de trabalho, quando utilizado meio de transporte fornecido
pelo empregador, ou quando o acidente seja consequência de particular perigo do
percurso normal ou de outras circunstâncias que tenham agravado o risco do mesmo
percurso;
b) Antes ou depois da prestação do trabalho, desde que directamente relacionado com a
preparação ou termo dessa prestação;
c) Por ocasião da prestação do trabalho fora do local e tempo do trabalho normal, se
verificar enquanto o trabalhador executa ordens ou realiza serviços sob direcção e
autoridade do empregador;
d) Outras actividades organizadas pela entidade empregadora.
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Causas subjectivas: englobam as causas que dependem da pessoa do trabalhador. São
os actos inseguros que, conscientes ou não, podem provocar algum dano a ele ou
mesmo as maquinas e aos materiais e equipamento (Fundacentro, 1980 apud
Fernandes, 1996).
1.3. Prevenção dos Acidentes
Segundo Fernandes (1996, p.89) são três os elementos, definidos no trinómio “Homem, Meio
e Máquina”, que constituem a base e o objecto de toda a actividade de prevenção e,
envolvendo pelo menos dois deles, os acidentes que uma análise efectiva desses três
elementos seja levada a efeito para, a partir daí, serem postas em práticas medidas correctivas
eficazes e objectivas. Normalmente, um acidente é o resultado imediato de uma decisão
errada, sendo que podem contribuir para esse aspecto falhas no treinamento ou planeamento,
deficiências de ordem psicológicas, ou até mesmo determinadas características individuais
que podem ocasionar uma diminuição no estado de preocupação com as situações de risco,
fazendo com que essas seja até mesmo ignorado.
Tendo em vista que as causas de acidentes se devem a falhas humanas e falhas materiais, a
prevenção de acidentes deve ser: a eliminação da pratica de actos inseguros, a eliminação das
condições inseguras. Os primeiros poderão ser eliminados inicialmente através de seleção
profissional e exames médicos adequados e posteriormente através da educação e treinamento
e as segundas, através de medidas de engenharia que garantam a remoção das condições de
insegurança no trabalho. São necessários esforços concertados, tanto a nível internacional
como nacional, para lidar com a “invisibilidade” das doenças profissionais e corrigir o
resultante défice de trabalho digno. A prevenção eficaz dos acidentes de trabalho exige uma
melhoria contínua dos sistemas de Segurança e Saúde de Trabalho, bem como dos programas
de inspecção e prevenção e dos sistemas de indemnização em todos os Estados-membros da
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Organização Internacional de Trabalho, de preferência na base de um esforço de cooperação
entre governo e organizações de trabalhadores e de empregadores. É também necessário um
maior esforço no sentido de compilar dados relevantes para melhorar as estratégias
preventivas das doenças profissionais.
A causa das doenças profissionais é muitas vezes difícil de determinar. Um dos fatores dessa
dificuldade, consiste no período de latência (o facto de poder demorar anos até que a doença
produza um efeito perceptível ou visível na saúde do trabalhador). No momento em que a
doença é identificada, pode ser demasiado tarde para qualquer intervenção em relação à
mesma, ou para descobrir os perigos perante os quais o trabalhador esteve exposto no
passado. Outros fatores, como a mudança de emprego ou os comportamentos pessoais (como
o consumo de tabaco e de álcool), aumentam ainda mais a dificuldade de interligar as
exposições do local de trabalho a uma manifestação de doença.
Entretanto, segundo Decreto-Lei n.º 13/2023 de 25 de Agosto no seu Artigo 228, considera
doenças profissionais, nomeadamente, as resultantes de:
a) Intoxicação de chumbo, suas ligas ou compostos, com consequências directas dessa
intoxicação;
b) Intoxicação pelo mercúrio, suas amálgamas ou compostos, com as consequências
directas dessa intoxicação. Entre outras circunstancias.
Podemos ver, no entanto, todas as doenças designadas doenças profissionais são lesões que
ocorrem no decurso do trabalho devido à exposição a fatores de risco existentes no ambiente
laboral. Caso a doença profissional seja manifestada após a cessação do contrato de trabalho,
a nova lei de trabalho diz o seguinte no seu Artigo 229:
Podemos constatar que as doenças profissionais são “anualmente responsáveis pela morte de
seis vezes mais pessoas do que os acidentes de trabalho, ” no entanto, por se tratarem de
doenças com sintomas silenciosos apenas detectáveis quando a doença já se encontra
instalada “permanecem em grande medida invisíveis” (Coelho 2011, p. 17).
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Este cenário é nefasto não só pelo custo humano para os trabalhadores e suas famílias, como
pelo que consome dos recursos dos sistemas de saúde e pelo que afeta da produtividade das
empresas. Existe um conjunto de fatores subjacentes à estrutura económica que potenciam a
proliferação de doenças profissionais, como é o caso da “intensificação dos fluxos
migratórios, o envelhecimento da população ativa, e o crescente número de trabalhadores
envolvidos em trabalho temporário, ocasional e a tempo parcial”, assim como, os
trabalhadores agrícolas, de pequenas e médias empresas e trabalhadores na economia
informal, cujas condições de prestação de trabalho dificultam a vigilância médica, a
monitorização dos ambientes de trabalho necessárias ao desenvolvimento de medidas
preventivas eficazes.
No âmbito da prevenção das doenças profissionais segundo o Artigo 230 da mesma Lei em
vigor diz o seguinte:
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individual. O empregador deve proporcionar aos seus trabalhadores boas condições físicas,
ambientais e morais de trabalho, informar sobre os riscos do seu posto de trabalho e instruir
sobre o adequado cumprimento das regras de higiene e segurança no trabalho.
Os mesmos também são responsáveis por garantir que as condições de trabalho atendam aos
padrões de saúde e segurança estabelecidos pela lei. Isto porque, as normas gerais de higiene e
segurança no trabalho constam de legislação específica, podendo para cada sector de
actividade económica ou social serem estabelecidos regimes especiais através de diplomas
emitidos pelos Ministros que superintendem as áreas do trabalho, da saúde e do sector em
causa, ouvidas as associações sindicais e de empregadores representativas (Decreto-Lei n.º
13/2023 de 25 de Agosto, artigo 222).
O empregador deve adoptar todas as precauções adequadas para garantir que todos os postos
de trabalho, assim como os seus acessos e saídas sejam seguros e estejam isentos de riscos
para a segurança e saúde dos trabalhadores. Sempre que necessário, o empregador deve
fornecer equipamentos de protecção e roupas de trabalho apropriados com vista a prevenir os
riscos de acidentes ou efeitos prejudiciais à saúde dos trabalhadores. O empregador e os
trabalhadores são obrigados a cumprir pontual e rigorosamente as normas legais e
regulamentares, bem como as directivas e instruções das entidades competentes em matéria de
higiene e segurança no trabalho. (Decreto-Lei n.º 13/2023 de 25 de Agosto, artigo 220).
Falta de adopção de medidas de higiene e segurança no trabalho, nas actividades com risco
excepcional, por parte do empregador, é qualificado como contravenção laboral grave e é
punida com multa e suspensão da actividade nos termos da regulamentação específica. Dentro
dos limites da lei, as empresas podem estabelecer políticas de prevenção e combate ao
HIV/SIDA e outras doenças endémicas, no local de trabalho, devendo respeitar, entre outros,
o princípio do consentimento do trabalhador para o efeito de testes de seroprevalência.
Os trabalhadores estão protegidos contra retaliação por parte dos empregadores por relatar
acidentes de trabalho ou reivindicar benefícios. A lei proíbe demissões, discriminações ou
outras formas de retaliação contra trabalhadores que exerçam seus direitos de acordo com a
legislação trabalhista.
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Conclusão
As principais causas de acidentes de trabalho podem ser agrupadas em dois blocos, a saber:
causas objectivas e causas subjectivas. Entretanto, a prevenção eficaz das doenças
profissionais exige uma melhoria contínua dos sistemas de Segurança e Saúde de Trabalho,
bem como dos programas de inspecção e prevenção e dos sistemas de indemnização em todos
os Estados-membros da Organização Internacional de Trabalho, de preferência na base de um
esforço de cooperação entre governo e organizações de trabalhadores e de empregadores. É
também necessário um maior esforço no sentido de compilar dados relevantes para melhorar
as estratégias preventivas das doenças profissionais.
Os trabalhadores estão protegidos contra retaliação por parte dos empregadores por relatar
acidentes de trabalho ou reivindicar benefícios. A lei proíbe demissões, discriminações ou
outras formas de retaliação contra trabalhadores que exerçam seus direitos de acordo com a
legislação trabalhista.
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Referências bibliográficas
Chiavenato, I. (1999). Gestão de pessoas: o novo papel dos Recursos Humanos nas
Organizações. (6ª ed.). Rio de Janeiro: Campus.
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