Proc Juri (Mod Aleg Finais e RESE)
Proc Juri (Mod Aleg Finais e RESE)
Proc Juri (Mod Aleg Finais e RESE)
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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JOAO CARLOS PIRES DE CARVALHO, liberado nos autos em 05/08/2020 às 21:17 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjce.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0004501-94.2011.8.06.0122 e código 7027C99.
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fls. 220
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fls. 221
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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por FRANCISCO NARDELI MACEDO CAMPOS e TRIBUNAL DE JUSTICA DO ESTADO DO CEARA, protocolado em 15/03/2021 às 18:35 , sob o número WMAU21001658370
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CAUSAS CÍ VEI S, CRI MI NAI S, ADMI NI STRATI VAS, PREVI DENCI ÁRI AS, COMERCI AI S
E ELEI TORAI S
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjce.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0004501-94.2011.8.06.0122 e código 866EAE6.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA
COMARCA DE MAURITI – ESTADO DO CEARÁ
CAUSAS CÍ VEI S, CRI MI NAI S, ADMI NI STRATI VAS, PREVI DENCI ÁRI AS, COMERCI AI S
E ELEI TORAI S
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EXCELENTÍSSIMOS SENHORES DESEMBARGADORES MEMBROS
DE UMA DAS CÂMARAS CRIMINAIS DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA
DO ESTADO DO CEARÁ
CAUSAS CÍ VEI S, CRI MI NAI S, ADMI NI STRATI VAS, PREVI DENCI ÁRI AS, COMERCI AI S
E ELEI TORAI S
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Irresignado com o decisum monocrático
exarado nos autos, aforou o RECURSO EM SENTIDO ESTRITO cujas
razões são aduzidas nos seguintes termos:
Analisando-se com acuidade as provas
carreadas para os autos, tem-se que o crime elencado na peça
vestibular deve ser desclassificado para o disposto no Art. 121 do
CÓDIGO PENAL BRASILEIRO.
Ficou confirmado pela instrução processual que
FRANCISCO AURELIANO ALVES DE QUEIROZ, “Aurélio de Cidão”,
discutira com TIAGO OLIVEIRA DA SILVA, o qual danificara uma
moto de propriedade do acusado, os ânimos se acirraram, resultando no
crime analisado nos autos.
Entende a defesa a inexistência da
qualificadora do motivo fútil.
A doutrina e a Jurisprudência informaram que
o motivo fútil se constitui uma situação que existindo não justifica a
prática de um crime, seria um motivo desproporcional, desarrazoado
para justificar a prática de um crime.
No caso dos autos, o recorrente é uma pessoa
desprovida de recursos, que milita na agricultura, sendo lógico dizer
que sua motocicleta é o único bem de que dispunha, a qual em sendo
danificada representa um fato de suma importância, uma vez que
dificilmente teria condições financeiras para sanar o dano o sofrido em
seu veículo.
Embora de um modo geral a amassadura de um
tanque de uma moto seja de sem importância para a média dos
brasileiros, o mesmo não ocorre com a população de baixa renda, onde
muitas vezes uma pessoa de sem recursos trabalha uma vida todinha
apenas para adquirir um veículo motocicleta.
A motocicleta era utilizada pelo acusado como
meio de vida, uma vez que fazia pequenas viagens, pagas, com o referido
veículo.
Desta forma, tem-se, Srs. Juízes de Segundo
Grau, que o motivo não pode ser considerado fútil, uma vez que o veículo
CONDOMÍ NI O JARDI NS BURI TI
BAI RRO BELA VI STA
63210- 000 – MAURI TI – CEARÁ
FONES: ( 88) 9 9920 7879 E ( 88) 9 9825 3752( WATSAPP)
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por FRANCISCO NARDELI MACEDO CAMPOS e TRIBUNAL DE JUSTICA DO ESTADO DO CEARA, protocolado em 15/03/2021 às 18:35 , sob o número WMAU21001658370
fls. 253
CAUSAS CÍ VEI S, CRI MI NAI S, ADMI NI STRATI VAS, PREVI DENCI ÁRI AS, COMERCI AI S
E ELEI TORAI S
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjce.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0004501-94.2011.8.06.0122 e código 866EAE6.
automotor do acusado tinha uma importância fundamental para ele, em
face do dispêndio de tempo para adquirir o veículo, bem como pelo fato
de o utiliza como meio de vida.
Ademais tem entendido os Tribunais que a
existência de discussão entre acusado e vítima antes da prática
delituosa por si só exclui a futilidade do elenco de circunstâncias
qualificadoras.
Eis o posicionamento de nossos tribunais:
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARANÁ TJ-
PR - RECURSO EM SENTIDO ESTRITO:
RSE 15864605 PR 1586460-5 (ACÓRDÃO)
DECISÃO: ACORDAM os Desembargadores
integrantes da PRIMEIRA CÂMARA
CRIMINAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO
ESTADO DO PARANÁ, por unanimidade de
votos, em dar provimento ao recurso para
afastar a qualificadora do motivo fútil,
pronunciando-se o réu nos termos do
art. 121, caput, c/c o art. 14, inc. II,
ambos do Código Penal. EMENTA: RECURSO
EM SENTIDO ESTRITO. PRONÚNCIA.
TENTATIVA DE HOMICÍDIO
QUALIFICADO POR MOTIVO FÚTIL. MOTE
DESCRITO NA PEÇA EXORDIAL QUE NÃO
SE APRESENTA FÚTIL OU FRÍVOLO.
AUSÊNCIA DE CORRELAÇÃO ENTRE A
DESCRIÇÃO DA DENÚNCIA ADITADA E A
MOTIVAÇÃO DA DECISÃO DE
PRONÚNCIA. AINDA, EXISTÊNCIA DE
PRÉVIA DISCUSSÃO ENTRE RÉU E
VÍTIMA. AFASTAMENTO DA
QUALIFICADORA. RECURSO PROVIDO.
CAUSAS CÍ VEI S, CRI MI NAI S, ADMI NI STRATI VAS, PREVI DENCI ÁRI AS, COMERCI AI S
E ELEI TORAI S
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Inexistiu, do ponto-de-vista da defesa, a
futilidade no evento criminoso onde restou sem vida TIAGO OLIVEIRA
DA SILVA.
Por outro da simples leitura da Sentença de
Pronúncia, tem-se que o Magistrado Sentenciante não demonstrou como
chegou a conclusão, amparado nas provas constantes dos autos, por que
manteve a qualificadora da crueldade, haja vista que dizer que tal
qualificadora deve ser mantida em face do número de lesões não
encontra fulcro na legislação, nem na doutrina e jurisprudência pátria.
Impõe-se, portanto, a exclusão da qualificadora
do motivo cruel.
Por último, convém esclarecer que ao arbitrar
honorários advocatícios ao Defensor Dativo, o Magistrado
simplesmente desprezou o trabalho do Advogado nomeado, uma vez que
nomeado para apresentar Alegações Finais nos autos, lhe foi arbitrada
a quantia de R$ 500,00 pela prestação do serviço, valor ínfimo pelo
trabalho desempenhado.
Impõe-se, Srs. Desembargadores, a majoração
do valor arbitrado a título de honorários devidos ao Defensor Dativo
em face das Alegações Finais apresentadas, uma vez que a quantia
arbitrada é irrisória trazendo desprestígio ao exercício da profissão.
ISTO POSTO
Requer que Vossas Excelências
DESCLASSIFIQUEM o delito de que trata a denúncia para o disposto
no Art. 121, caput do Código Penal Brasileiro, submetendo o réu
FRANCISCO AURELIANO ALVES DE QUEIROZ ao Tribunal dos
Homens Livres ocasião em que demonstrará sua versão para os fatos
analisados nos autos, devendo ser declarado ABSOLVIDO pelo
Conselho de Sentença.
Requer que Vossas Excelências majorem o valor
arbitrado a título de honorários ao defensor dativo, uma vez que o valor
constante da sentença é irrisório para o exercício do trabalho de um
operador do direito.
CAUSAS CÍ VEI S, CRI MI NAI S, ADMI NI STRATI VAS, PREVI DENCI ÁRI AS, COMERCI AI S
E ELEI TORAI S
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Requer que Vossa Excelência, nos termos do
Art. 22, parágrafo 1º da Lei NO 8.906, de 6 de julho de 1.994, arbitre
em favor do subscritor honorários advocatícios em face da atuação
recursal.
São Termos em que
P. Deferimento.
Mauriti, 15 de março de 2.021.
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Promotoria de Justiça de Mauriti
Processo nº 0004501-94.2011.8.06.0122
Nº MP 08.2021.00046666-0
Recorrente: Francisco Aureliano Alves de Queiroz
Recorrido: Ministério Público do Ceará
VÍTIMA: TIAGO OLIVEIRA DA SILVA
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjce.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0004501-94.2011.8.06.0122 e código 8EB8B47.
Promotoria de Justiça de Mauriti
Processo nº 0004501-94.2011.8.06.0122
Nº MP 08.2021.00046666-0
Recorrente: Francisco Aureliano Alves de Queiroz
Recorrido: Ministério Público do Ceará
VÍTIMA: TIAGO OLIVEIRA DA SILVA
Infração: Art. 121, § 2º, II e IV do Código Penal
I – DO RELATÓRIO
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Promotoria de Justiça de Mauriti
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Promotoria de Justiça de Mauriti
Confia Deferimento.
Mauriti, 26 de maio de 2021.
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3ª CÂMARA CRIMINAL
Processo nº 0004501-94.2011.8.06.0122 – Recurso em Sentido Estrito
Vara de Origem: Vara Única da Comarca de Mauriti
Recorrente: Francisco Aureliano Alves de Queiroz
Recorrido: Ministério Público do Estado do Ceará
Relator: Des. Henrique Jorge Holanda Silveira
I RELATÓRIO
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"Noticiam os inclusos autos de Inquérito Policial que no dia 04/01/2011,
aproximadamente as 2h, no bairro da Bela Vista, em um terreno baldio localizado
nas proximidades da Rua 04, Comarca de Mauriti, o agente supra apontado,
FRANCISCO AURELIANO ALVES DE QUEIROZ "AURÉLIO DE CIDÃO",
com manifesta intenção homicida, utilizando-se objeto pérfuro-cortante (faca),
efetuou golpes contra TIAGO OLIVEIRA DA SILVA, atingido a região torácica,
provocando-lhe, em conseqüência, os graves ferimentos que foram a causa
suficiente de sua morte.
Apurou-se que no dia em questão populares que residem nas proximidades
do local do crime ouviram um barulho estranho, logo após, algumas pessoas
saíram de suas residências e encontraram a vítima, quase sem vida, ferida com
vários golpes de faca, de acordo com a perícia 12 (doze) ações penetrantes com o
instrumento, que até o presente momento não foi apreendido.
Conforme as investigações, a vítima, na noite do crime, saiu com o acusado,
como fazia costumeiramente, e houve uma discussão que fez com que esta
amassasse o tanque da moto do denunciado, o que o irritou e foi o motivo pelo
qual desferiu os vários golpes de faca, que foram suficientes para consumação do
resultado morte.
Muito embora o acusado tenha negado a prática delituosa, as provas são
robustas contra este, primeiramente, logo após o cometimento do delito o acusado
foi a residência de Marcelo da Silva, próximo ao local do crime, altamente
nervoso dizendo que havia acabado de brigar com alguém por ter amassado o
tanque de sua motocicleta e o chamou para beberem, mas o depoente não aceitou.
Após o fato, o acusado tomou rumo ignorado por um longo período de
tempo, não atendendo sequer as notificações da autoridade policial, até ser preso
preventivamente, momento em que confirmou perante 02 policiais militares que
realmente praticou o crime e o motivo teria sido a discussão em torno do dano ao
tanque da motocicleta. Apenas depois de sua prisão, já na presença de seu
advogado, o acusado trouxe aos autos a versão de negativa de autoria.
A qualificadora do motivo fútil resta devidamente configurada devido ao fato
de a morte ter como causa unicamente o fato de a vítima ter danificado o tanque
da motocicleta do acusado, restando patente a desproporção entre os bens
jurídicos de lado o patrimônio e do outro a vida humana.
A materialidade delitiva acha-se devidamente caracterizada pelo laudo
cadavérico de fl.27/28.
A autoria mostra-se-nos indubitavelmente evidenciada pelas circunstâncias
acima relatadas. Vale destacar que o réu confessou a prática do crime na
presença de policiais militares."
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjce.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0004501-94.2011.8.06.0122 e código 2028965.
250/255, onde pleiteou o afastamento das qualificadoras e a majoração dos honorários de
defensor dativo.
II FUNDAMENTAÇÃO
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjce.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0004501-94.2011.8.06.0122 e código 2028965.
pronunciatória no que pertine à ausência de fundamentação acerca das
circunstâncias qualificadoras do delito, devendo os autos retornarem ao juízo de
origem para reforma da referida decisão. 1. O recorrente limita-se a requerer o
afastamento das qualificadoras capituladas no art. 121, § 2º, I, III e IV, do CP.
Sabe-se que para o acolhimento deste pleito é imperioso prova cabal e
convincente da sua desvinculação com o fato considerado criminoso. Nesta fase, a
dúvida soluciona-se a favor da sociedade, não em favor do réu como pretende o
recorrente. Incide, portanto, a súmula nº 03 deste eg. Tribunal de Justiça, in
verbis: "As circunstâncias qualificadoras constantes da peça acusatória somente
serão excluídas da pronúncia quando manifestamente improcedentes, em face do
princípio do in dubio pro societate". 2. Em relação ao despacho do Juízo de
primeiro grau nos termos do art. 589 do CPP, observa-se da análise dos autos a
sua ausência. No entanto, majoritário é o entendimento de que se trata de mera
irregularidade, não acarretando nulidade processual, em virtude do princípio
pas de nullité san grief. 3. Na decisão de pronúncia é necessário que sejam
apontadas concretamente, ainda que de forma resumida, as circunstâncias que
justificam a qualificação do crime, devendo constar fundamentação mínima que
forneça subsídio ao decisum, sob pena de ofensa ao art. 93, IX, da Constituição
Federal e art. 413, §1º do Código de Processo Penal. 4. Assim sendo, impertinente
é a pretensão recursal formulada de afastamento das qualificadoras. No entanto,
ex officio, é medida que se impõe o reconhecimento da nulidade parcial na
decisão de pronúncia do réu no que diz respeito à ausência de fundamentação da
aplicação das qualificadoras imputadas ao acusado. 5. Recurso em Sentido
Estrito conhecido, porém, DESPROVIDO. Ex officio, diante da ausência de
fundamentação, ainda que sucinta, no decisum vergastado acerca das
qualificadoras do delito, declara-se nula parcialmente a decisão de pronúncia –
constante às fls. 149/152, no que pertine à ausência de fundamentação acerca da
aplicação/cabimento das qualificadoras do delito, devendo os autos retornarem
ao juízo de origem para reforma da referida decisão neste ponto. -
0000146-72.2018.8.06.0000 - Classe/Assunto: Recurso em Sentido Estrito /
Homicídio Qualificado - Relator(a): SÉRGIO LUIZ ARRUDA PARENTE -
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjce.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0004501-94.2011.8.06.0122 e código 2028965.
Comarca: Crato - Órgão julgador: 2ª Câmara Criminal - Data do julgamento:
20/03/2019 - Data de publicação: 21/03/2019 (realces nossos)
Do exame percuciente dos autos, bem assim a partir das informações contidas
nas razões e contrarrazões recursais, chega-se à conclusão lógica que o recurso não merece
provimento.
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fato, devendo o magistrado evitar o aprofundamento na perquirição da prova até então
produzida, para preservar, por conseguinte, a imparcialidade dos jurados na formação do
veredicto.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjce.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0004501-94.2011.8.06.0122 e código 2028965.
prova da materialidade delitiva, resta justificada a decisão de pronunciar o réu,
em observância ao princípio in dubio pro societate, que vige nesta fase
(precedentes). Agravo regimental desprovido. (STJ. AgRg no AREsp
683.784/MG, Rel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA, julgado em
06/12/2016, DJe 14/12/2016) (realces nossos)
Porém, através do exame dos autos, verificamos que estão presentes os indícios
das referidas qualificadoras. Veja-se:
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Depoimento prestado em sede policial pela testemunha Marcelo da Silva (fls.
220/224):
"afirmou que a mesma era amigo do acusado e que ambos costumavam sair sair
juntos, inclusive na noite do crime e na qual lembra que o réu chegou na frente de
sua casa e passou a acelerar intensamente sua moto em sinal de que chamava a
vítima; que a vítima era pessoa envolvida com drogas e estava dando trabalho à
sua mãe no Estado de São Paulo, razão pela qual veio morar nesta cidade; que
ouviu comentários de que acusado e vítima, naquele noite, teriam discutido em
frente ao "Bar de Valdeci" e que lá a vítima teria amassado o tanque da moto do
denunciado, bem como de que, após o crime, uma pessoa teria ido deixar um
bilhete contendo ameaças a uma namorada da vítima; que nesse bilhete
constavam informações de que "o mesmo lhe aconteceria", referindo-se à morte
de TIAGO."
Por sua vez, conforme ressaltou o juiz a quo, os policiais militares George
Aubert dos Santos Freitas e José Cícero Gonçalves afirmaram que o réu, por ocasião de sua
prisão, confessou a autoria delitiva e admitiu que o motivo do crime seria porque a vítima
teria amassado o tanque de sua moto (motivo fútil), fato este ocorrido no momento em que
ambos ingeriam bebida alcoólica.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjce.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0004501-94.2011.8.06.0122 e código 2028965.
sendo 07 em seu tórax (Laudo Pericial de fls. 33/34), o que demonstra indícios de morte por
meio cruel.
A Defesa sustenta que o réu teria poucas condições financeiras e que o fato de a
vítima ter amassado o tambor da motocicleta lhe causara grande prejuízo, em face dos seus
parcos recursos, o que afastaria a futilidade. Argumenta, ainda, que o número de lesões na
vítima não justificaria a inclusão da qualificadora por meio cruel.
Além disso, para que seja excluída qualificadora é necessário que não haja
prova de sua existência. Resta destacar, ainda, que, havendo dúvidas sobre a existência da
qualificadora, a mesma deve ser submetida ao plenário do júri, não devendo ser excluída no
presente momento, uma vez que deve prevalecer o Princípio do in dubio pro societate.
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Interpretado, 7.ª ed., p. 915).
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjce.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0004501-94.2011.8.06.0122 e código 2028965.
constitucional da independência funcional, que o membro do Ministério Público poderá
intervir em qualquer ato judicial, desde que entenda conveniente a sua participação. A
legitimidade de definir o que é o interesse público decorre do Princípio da independência
funcional estatuído no art. 127, §1º, da Carta Maior.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjce.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0004501-94.2011.8.06.0122 e código 2028965.
2007.71.07.006486-5; RS; Primeira Turma; Rel. Des. Fed. Álvaro Eduardo
Junqueira; Julg. 05/10/2011; DEJF 13/10/2011; Pág. 62) (realces nossos)
"(...) o interesse público que justifica a atuação do Ministério Público, zelador dos
interesses sociais e individuais indisponíveis (CF, art. 127), deve decorrer de um
interesse que, embora não seja propriamente indisponível, tenha tal abrangência
ou repercussão social, que sua defesa coletiva seja conveniente à sociedade como
um todo (expressão social do interesse)" (MAZZILLI, Hugo Nigro. Processo Civil
e Interesse Público: o processo como instrumento de defesa social. Org. Carlos
Alberto de Sales. São Paulo, RT e APMP, 2003, p. 162)
III CONCLUSÃO
É o Parecer.
ESTADO DO CEARÁ
PODER JUDICIÁRIO
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA
GABINETE DESEMBARGADOR HENRIQUE JORGE HOLANDA SILVEIRA
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por HENRIQUE JORGE HOLANDA SILVEIRA, liberado nos autos em 05/10/2021 às 11:45 .
Custos Legis: Ministério Público Estadual
ESTADO DO CEARÁ
PODER JUDICIÁRIO
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjce.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0004501-94.2011.8.06.0122 e código 21B0B39.
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
GABINETE DESEMBARGADOR HENRIQUE JORGE HOLANDA SILVEIRA
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por HENRIQUE JORGE HOLANDA SILVEIRA, liberado nos autos em 05/10/2021 às 11:45 .
Rel. Min. Nefi Cordeiro, 6ª Turma, julgamento em 23.06.2020, DJe 01.09.2020).
3. Ademais, consoante já decidiu o STJ, “nos termos da jurisprudência desta Corte,
encerrando, a sentença de pronúncia, conteúdo meramente declaratório e não juízo
de certeza, esta pode ser fundamentada em elementos produzidos na fase
inquisitorial” (STJ, HC 495360/SC, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, 5ª Turma,
julgamento em 04.04.2019, DJe 16.04.2019).
4. Nesse contexto, considerando a existência de indícios suficientes de autoria e
materialidade (laudo cadavérico de fls. 33/35), afigura-se acertada a decisão de
pronúncia, a qual foi proferida em sintonia com o disposto no art. 413, § 1º, do CPP.
5. Acrescento, ainda, que se aplica, nesta fase processual, o princípio in dubio pro
societate, competindo ao Tribunal do Júri realizar aprofundada análise das provas e
examinar o mérito propriamente dito.
6. Passo a examinar as qualificadoras. O Recorrente foi denunciado (fls. 02/04)
como incurso nas sanções do art. 121, § 2º, II, do CP, havendo sido pronunciado
(fls. 220/224) pela prática do delito tipificado no art. 121, § 2º, II e III, do CP. A
qualificadora do meio cruel, prevista no art. 121, § 2º, III, do CP, além de não haver
sido apontada na exordial acusatória, não consta do laudo cadavérico de fls. 33/35
(o subscritor do laudo cadavérico, respondendo aos quesitos, afastou,
expressamente, a presença da qualificadora do meio cruel) nem tampouco pode ser
extraída da narrativa contida na delação, circunstância que impede a ocorrência de
emendatio libelli, sendo de rigor, portanto, o afastamento da qualificadora prevista
no art. 121, § 2º, III, do CP (meio cruel). Por outro lado, a qualificadora do motivo
fútil, prevista no art. 121, § 2º, II, do CP, deve ser mantida, vez que não é
manifestamente improcedente e não está totalmente dissociada do acervo
probatório constante dos autos, havendo o Juiz a quo asseverado, acertadamente,
que, “referente à qualificadora da motivação fútil, seu indícios decorrente do fato de
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que a vítima, por ocasião de uma discussão anterior entre eles travada, de causa e
circunstâncias ainda não esclarecidas, teria amassado (e não inutilizado) o tanque
da moto do agressor. Nesse ponto, relevante mencionar, que acusado e vítima, pela
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prova colhida nos autos, eram amigos e tinham bom relacionamento, inclusive com
suspeitas de que juntos já estivessem atuando no tráfico de drogas na cidade, por
ocasião daquela discussão inicial, inclusive, estando a beber juntos, situação que
torna ainda mais reprovável a ação homicida, praticada, consigne-se, em razão de
causa banal, considerando, em especial a amizade existente entre os protagonistas
e pouca gravide do suposto dano material provocado ao agressor e sequer impediu
do uso normal de seu veículo” (fls. 222/223), de modo que a qualificadora do motivo
fútil, prevista no art. 121, § 2º, II, do CP, não pode ser excluída da pronúncia, sob
pena de se invadir a competência do Tribunal do Júri, ajustando-se à espécie a
Súmula 3 do TJCE (“As circunstâncias qualificadoras constantes da peça acusatória
somente serão excluídas da pronúncia quando manifestamente improcedentes, em
face do princípio in dubio pro societate”). Dessa forma, deve ser mantida, apenas, a
qualificadora prevista no art. 121, § 2º, II, do CP (motivo fútil).
7. Passo a analisar o pedido de elevação dos honorários advocatícios fixados, pelo
Magistrado de 1º Grau, em favor do advogado dativo Francisco Nardeli Macedo
Campos (OAB/CE 17.015). O montante fixado pelo Juiz a quo (R$ 500,00) não
remunera adequadamente o trabalho desenvolvido pelo advogado dativo Francisco
Nardeli Macedo Campos (OAB/CE 17.015), o qual foi nomeado às fls. 214. O
advogado dativo Francisco Nardeli Macedo Campos (OAB/CE 17.015) apresentou
alegações finais (fls. 215/218) e interpôs o presente recurso (fls. 250/255), de
maneira que a verba honorária deve ser fixada em R$ 4.000,00 (quatro mil reais),
quantum que corresponde a, aproximadamente, 29,8 (vinte e nove vírgula oito)
UAD´s, considerando que cada UAD (unidade advocatícia) para a tabela de
honorários da OAB/CE equivale, atualmente, a R$ 134,14 (cento e trinta e quatro
reais e catorze centavos), quantia razoável e compatível com o trabalho
desempenhado pelo advogado dativo Francisco Nardeli Macedo Campos (OAB/CE
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17.015).
8. Recurso em Sentido Estrito conhecido e parcialmente provido.
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ACÓRDÃO: Vistos, relatados e discutidos estes autos, acorda a 3ª Câmara Criminal
do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará em dar parcial provimento ao Recurso
em Sentido Estrito, nos termos do voto do Relator.
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RELATÓRIO
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Aureliano Alves de Queiroz, adversando a decisão que o pronunciou pela prática do
crime tipificado no art. 121, § 2º, II e III, do CP c/c o art. 1º da Lei 8.072/1990.
É o relatório, no essencial.
fls. 289
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VOTO
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aproximadamente as 2h, no bairro da Bela Vista, em um terreno baldio localizado
nas proximidades da Rua 04, Comarca de Mauriti, o agente supra-apontado,
FRANCISCO AURELIANO ALVES DE QUEIROZ ‘AURÉLIO DE CIDÃO’, com
manifesta intenção homicida, utilizando-se objeto perfurocortante (faca), efetuou
golpes contra TIAGO OLIVEIRA DA SILVA, atingido a região torácica, provocando-
lhe, em consequência, os graves ferimentos que foram a causa suficiente de sua
morte. Apurou-se que no dia em questão populares que residem nas proximidades
do local do crime ouviram um barulho estranho, logo após, algumas pessoas saíram
de suas residências e encontraram a vítima, quase sem vida, ferida com vários
golpes de faca, de acordo com a perícia 12 (doze) ações penetrantes com o
instrumento, que até o presente momento não foi apreendido. Conforme as
investigações, a vítima, na noite do crime, saiu com o acusado, como fazia
costumeiramente, e houve uma discussão que fez com que esta amassasse o
tanque da moto do denunciado, o que o irritou e foi o motivo pelo qual desferiu os
vários golpes de faca, que foram suficientes para consumação do resultado morte.
Muito embora o acusado tenha negado a prática delituosa, as provas são robustas
contra este, primeiramente, logo após o cometimento do delito o acusado foi a
residência de Marcelo da Silva, próximo ao local do crime, altamente nervoso
dizendo que havia acabado de brigar com alguém por ter amassado o tanque de
sua motocicleta e o chamou para beberem, mas o depoente não aceitou. Após o
fato, o acusado tomou rumo ignorado por um longo período de tempo, não
atendendo sequer as notificações da autoridade policial, até ser preso
preventivamente, momento em que confirmou perante 02 policiais militares que
realmente praticou o crime e o motivo teria sido a discussão em torno do dano ao
tanque da motocicleta. Apenas depois de sua prisão, já na presença de seu
advogado, o acusado trouxe aos autos a versão de negativa de autoria. A
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lado o patrimônio e do outro a vida humana. A materialidade delitiva acha-se
devidamente caracterizada pelo laudo cadavérico de fl.27/28. A autoria mostra-se-
nos indubitavelmente evidenciada pelas circunstâncias acima relatadas. Vale
destacar que o réu confessou a prática do crime na presença de policiais militares”
(fls. 02/03).
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comentários no sentido de que o acusado e a vítima, naquela noite, teriam discutido
em frente ao Bar do Valdeci e que lá a vítima teria amassado o tanque da
motocicleta do réu, bem como de que, após o crime, uma pessoa teria ido deixar um
bilhete contendo ameaças a uma namorada da vítima, que, nesse bilhete, havia
informações de que “o mesmo lhe aconteceria”, referindo-se à morte de Tiago
Oliveira da Silva.
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Ademais, consoante já decidiu o STJ, “nos termos da jurisprudência
desta Corte, encerrando, a sentença de pronúncia, conteúdo meramente
declaratório e não juízo de certeza, esta pode ser fundamentada em elementos
produzidos na fase inquisitorial” (STJ, HC 495360/SC, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik,
5ª Turma, julgamento em 04.04.2019, DJe 16.04.2019).
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prática do indicado crime doloso contra a vida, uma vez que as
dúvidas, nessa fase processual, resolvem-se contra o réu e a favor da
sociedade, conforme o mandamento contido no art. 413 do Código
Processual Penal. 3. A jurisprudência desta Corte Superior admite
que os indícios de autoria imprescindíveis à pronúncia defluam dos
elementos de prova colhidos durante a fase inquisitorial. […] (STJ,
AgRg nos EDcl no AREsp 1613816/MT, Rel. Min. Jorge Mussi, 5ª Turma,
julgamento em 09.06.2020, DJe 17.06.2020)
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HOMICÍDIO QUALIFICADO. ART. 121, §2º, INCISOS I E IV DO CPB.
PLEITO DE DESPRONÚNCIA. IMPOSSIBILIDADE. MERO JUÍZO DE
ADMISSIBILIDADE DA ACUSAÇÃO. INDICAÇÃO DA MATERIALIDADE
DO FATO E DE INDÍCIOS SUFICIENTES DE PARTICIPAÇÃO DELITIVA.
AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO INEQUÍVOCA DE INOCÊNCIA DOS
ACUSADOS. IN DUBIO PRO SOCIETATE. RECURSO EM SENTIDO
ESTRITO CONHECIDO E IMPROVIDO. DECISÃO DE PRONÚNCIA
MANTIDA. 1- Conforme disposição expressa do art. 413 do CPP,
encerrada a primeira fase do procedimento do Tribunal do Júri, “o
juiz, fundamentadamente, pronunciará o acusado, se convencido da
materialidade do fato e da existência de indícios suficientes da
autoria ou de participação”, determinando dessa forma, o julgamento
do acusado pelo Conselho de Sentença. 2- Desta feita, na fase de
pronúncia julga-se apenas a admissibilidade da acusação, sem
qualquer avaliação de mérito da demanda, sendo desnecessário o
juízo de certeza imprescindível à condenação, importando, apenas,
que o juiz se convença da existência do crime e de indícios de
autoria, prevalecendo sempre, nesta fase, o princípio do in dubio pro
societate. 3- A materialidade do delito restou demonstrada através do
Laudo cadavérico acostado às fls. 53-58, que atesta que a morte da vítima
se deu por lesão vascular provocada por projétil único de arma de fogo
bem como considerando os demais elementos contidos nos autos. 4- Os
indícios de autoria, por seu turno, restaram suficientemente demonstrados
através dos depoimentos das testemunhas, o que autoriza o
encaminhamento dos recorrentes a julgamento pelo Tribunal Popular do
Júri. A prova judicial corroborou os elementos colhidos durante a fase
inquisitorial, que apontavam os recorrentes como possíveis autores do
delito. 5 - Ademais, caberá ao Conselho de Sentença o exame mais
aprofundado das provas e dos debates onde se buscará a verdade
diante das teses conflitantes apresentadas pela defesa e acusação,
tendo soberania para decidir acerca do mérito causa. 6- Nesse
contexto, a pronúncia somente deverá ser modificada quando, do
arcabouço probatório, ficar demonstrada, de forma incontestável, a
presença de motivos suficientes, o que não é o caso dos autos, não
havendo que se falar, por conseguinte, em despronúncia. 7- Recurso
em Sentido Estrito conhecido e improvido. (TJCE, Recurso em Sentido
Estrito 0193739-73.2012.8.06.0001, Rel. Des. Henrique Jorge Holanda
Silveira, 3ª Câmara Criminal, julgamento em 23.06.2020)
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tenazes do art. 121, § 2º, I do Código Penal. 2 – Na fase da pronúncia,
em que as dúvidas se resolvem em favor da sociedade, vislumbrando-
se indícios de autoria e constatada a materialidade do delito de
homicídio qualificado, confirma-se o ato de admissibilidade da
acusação, possibilitando-se aos jurados decidir soberanamente a
respeito das versões apresentadas pelas partes. 3 – Para que haja a
absolvição sumária em razão da legítima defesa, é imprescindível que
esta esteja seguramente delineada. Precedentes deste TJ-CE. 4 – Não
havendo comprovação estreme de dúvidas sobre a ocorrência da
legítima defesa, deve tal questão ser submetida ao Tribunal do Júri,
órgão constitucionalmente competente para o julgamento dos crimes
dolosos contra a vida. Precedentes do TJ-CE. 5 – Recurso conhecido e
desprovido. Decisão de pronúncia mantida. (TJCE, Recurso em Sentido
Estrito 0480358-90.2010.8.06.0001, Rel. Des. José Tarcílio Souza da
Silva, 3ª Câmara Criminal, julgamento em 23.06.2020)
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possível realizar, neste momento, o decote das qualificadoras quando elas
se mostrarem totalmente improcedentes e divorciadas dos elementos
colhidos (o que não é o caso dos autos), medida que se impõe é o
desacolhimento do pleito recursal, para que o mérito da demanda e a
configuração ou não das qualificadoras sejam analisados pelo Conselho
de Sentença, já que nesta fase do procedimento do júri vigora o princípio
in dubio pro societate. Aplicação da Súmula nº 03 do TJCE. RECURSO
CONHECIDO E IMPROVIDO (TJCE, Recurso em Sentido Estrito
0460420-75.2011.8.06.0001, Rel. Des. Mário Parente Teófilo Neto, 1ª
Câmara Criminal, julgamento em 16.06.2020)
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que seja – de sua incidência, a circunstância qualificadora deverá ser
submetida ao Conselho de Sentença (Súmula nº 3, TJCE). Inexiste
ofensa ao princípio da presunção de inocência quando da aplicação
do princípio do in dubio pro societate na sentença de pronuncia,
porquanto este tem por objetivo a garantia da competência
constitucional do Tribunal do Júri, sendo tal entendimento há muito
sedimentado na jurisprudência pátria. Pronúncia mantida na íntegra.
Recurso conhecido e improvido. (TJCE, Recurso em Sentido Estrito
0108273-53.2008.8.06.0001, Rel. Desa. Lígia Andrade de Alencar
Magalhães, 1ª Câmara Criminal, julgamento em 24.07.2018)
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Câmara Criminal, julgamento em 17.07.2018)
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Criminal, julgamento em 03.07.2018)
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mormente em existindo dúvida com relação á moderação dos meios
utilizados, já que a vítima foi atingida na região torácica direita, por
um tiro à queima roupa que lhe transfixara o corpo, saindo na região
lombar direita. 2. Com efeito, a sentença de pronúncia baseia-se em
juízo de suspeita, não de certeza, e, tendo sido esse devidamente
realizado pela Magistrada a quo, eventuais dúvidas resolvem-se em
prol da sociedade, por aplicação do princípio in dubio pro societate,
devendo ser dirimidas mediante análise pelo Tribunal do Júri, juízo
natural para julgamento dos crimes dolosos contra a vida.
Precedentes. 3. No que concerne ao pedido de exclusão das
qualificadoras, cumpre salientar que tais circunstâncias só poderão
ser afastadas na sentença de pronúncia quando forem
manifestamente improcedentes, o que não é o caso daquela prevista
no art. 121, § 2º, II, do Código Penal, já que o arcabouço probatória,
notadamente os depoimentos testemunhais, apontam que o motivo
do entrevero entre o réu e a vítima seriam ciúmes da então
companheira daquele. 4. Conforme entendimento sedimentado na
Súmula nº 03, desta Corte de Justiça: “As circunstâncias
qualificadoras constantes da peça acusatória somente serão
excluídas da pronúncia quando manifestamente improcedentes, em
face do princípio do brocardo “in dubio pro societate”. 5. Recurso
conhecido e desprovido. (TJCE, Recurso em Sentido Estrito
1006339-16.2000.8.06.0001, Rel. Desa. Francisca Adelineide Viana, 2ª
Câmara Criminal, julgamento em 13.06.2018)
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forma aprofundada a incidência de excludentes de ilicitude. 4. Para a
procedência do pedido de desqualificação, ou seja, retirada das
qualificadoras, exige-se improcedência manifesta da incidência. Cabe
ao Conselho de Sentença, portanto, analisar de forma aprofundada a
incidência das circunstâncias qualificadoras. 5. Recurso conhecido e
improvido. (TJCE, Recurso em Sentido Estrito
0017808-09.2013.8.06.0070, Rel. Des. Francisco Lincoln Araújo e Silva, 3ª
Câmara Criminal, julgamento em 12.06.2018)
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dúvidas, a alegada legítima defesa, impondo-se, em caso contrário, o
encaminhamento do caso a julgamento pelos jurados. Na presente
hipótese, as provas constantes nos autos não são seguras a
demonstrar, prima facie, que, no momento em que desferiu dois tiros
na vítima, acertando-lhe o braço esquerdo, o réu teria atuado em
legítima defesa. 5- Mínima que seja a hesitação a respeito das provas,
incide o princípio in dubio pro societate, impondo-se a pronúncia,
para que a causa seja submetida ao conselho de sentença, juiz
natural dos crimes dolosos contra a vida por expresso mandamento
constitucional. 6- Recursos conhecidos e desprovidos. (TJCE, Recurso
em Sentido Estrito 0012853-09.2015.8.06.0055, Rel. Des. Francisco
Carneiro Lima, 1ª Câmara Criminal, julgamento em 24.04.2018)
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para que a tese de excludente da ilicitude e a incidência, ou não, das
qualificadoras, sejam analisadas pelo Tribunal Popular do Júri.
5.Recurso conhecido e desprovido. Decisão de pronúncia ratificada.
(TJCE, Recurso em Sentido Estrito 0000048-71.2008.8.06.0151, Rel. Des.
José Tarcílio Souza da Silva, 3ª Câmara Criminal, julgamento em
27.02.2018)
ESTADO DO CEARÁ
PODER JUDICIÁRIO
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjce.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0004501-94.2011.8.06.0122 e código 21B0B39.
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
GABINETE DESEMBARGADOR HENRIQUE JORGE HOLANDA SILVEIRA
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homicida, praticada, consigne-se, em razão de causa banal, considerando, em
especial a amizade existente entre os protagonistas e pouca gravide do suposto
dano material provocado ao agressor e sequer impediu do uso normal de seu
veículo” (fls. 222/223), de modo que a qualificadora do motivo fútil, prevista no art.
121, § 2º, II, do CP, não pode ser excluída da pronúncia, sob pena de se invadir a
competência do Tribunal do Júri, ajustando-se à espécie a Súmula 3 do TJCE (“As
circunstâncias qualificadoras constantes da peça acusatória somente serão
excluídas da pronúncia quando manifestamente improcedentes, em face do
princípio in dubio pro societate”).
ESTADO DO CEARÁ
PODER JUDICIÁRIO
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julgamento em 18.09.2018, DJe 26.09.2018)
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fixados, pelo Magistrado de 1º Grau, em favor do advogado dativo Francisco Nardeli
Macedo Campos (OAB/CE 17.015).
Relator
Fortaleza, 05 de outubro de 2021
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