Trabalho Certo 01111
Trabalho Certo 01111
Trabalho Certo 01111
SÃO PAULO
2024
SÉRGIO RODRIGO SANTIAGO DOS SANTOS
MARIVALDA DAS GRAÇAS NERI
AMANDA MAYARA FERREIRA
DOMINIQUE DOS ANJOS MOREIRA
SÃO PAULO
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2024
“Lutem e lutem novamente, até que cordeiros se
tornem leões.”
Augusto Branco.
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RESUMO
A vacinação é uma das intervenções mais eficazes para prevenir doenças infecciosas e
promover a saúde pública em todo o mundo. No entanto, apesar dos avanços significativos
alcançados pela imunização, nos deparamos com um desafio crescente: a indecisão vacinal.
Esse fenômeno, caracterizado por dúvidas, preocupações e recusas em relação à vacinação,
tem se tornado cada vez mais proeminente, comprometendo os esforços de saúde pública e
colocando em risco a conquista de metas de erradicação e controle de doenças.
Por outro lado, a orientação fornece uma perspectiva mais prática e personalizada
sobre como os indivíduos podem aplicar essa informação em suas próprias vidas. Isso pode
incluir recomendações específicas sobre quem deve ser vacinado, quando e onde buscar
assistência médica para a vacinação, como lidar com possíveis efeitos colaterais da vacina e
como manter-se informado sobre atualizações e desenvolvimentos relacionados à vacinação
contra o HPV. A orientação ajuda os indivíduos a interpretarem a informação disponível de
maneira significativa e a tomar decisões informadas que melhor atendam às suas necessidades
e circunstâncias individuais.
A infecção pelo HPV não apresenta sintomas na maioria das pessoas. Em alguns
casos, o HPV pode ficar latente de meses a anos, sem manifestar sinais (visíveis a olho nu),
ou apresentar manifestações subclínicas (não visíveis a olho nu). A diminuição da resistência
do organismo pode desencadear a multiplicação do HPV e, consequentemente, provocar o
aparecimento de lesões. A maioria das infecções (sobretudo em adolescentes) tem resolução
espontânea, pelo próprio organismo, em um período aproximado de até 24 meses.
Existem mais de 150 tipos diferentes de HPV, dos quais podemos destacar 12 tipos
considerados de alto risco por estarem relacionados com o desenvolvimento de câncer de colo
do útero, vagina, vulva, pênis, ânus e orofaringe. Temos ainda vírus de baixo risco, que não
estão associados com o desenvolvimento de tumores.
Os 12 tipos de HPV de alto risco são os 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58 e 59.
Os vírus dos tipos 16 e 18 destacam-se por serem responsáveis pela maioria dos casos de
câncer de colo do útero identificados. Além de estarem relacionados com esse câncer, esses
vírus são responsáveis por provocar o desenvolvimento de câncer de ânus, vagina e vulva,
termo que diz respeito ao conjunto dos órgãos sexuas femininos externos.
Não podemos esquecer ainda os tipos 6 e 11, que, apesar de não serem responsáveis
por desenvolver câncer, provocam verrugas genitais (condiloma acuminado).
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As verrugas genitais causadas pelo HPV podem ou não ser vistas a olho nu, sendo
necessária, no caso de lesões muito pequenas, a utilização de equipamentos com lente de
aumento para a visualização. De acordo com dados do Ministério da Saúde, estima-se que,
aproximadamente, 10% das pessoas terão verrugas genitais ao longo de suas vidas. É
importante destacar que, além das verrugas na região genital, algumas lesões podem surgir na
cavidade oral.
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De acordo com dados atuais, estima-se que mais de 90% dos casos de câncer do colo
do útero estão associados à infecção pelo HPV. Dentre os diversos tipos de HPV, os tipos de
alto risco, como o HPV 16 e o HPV 18, são os mais frequentemente associados ao câncer
cervical. Esses tipos de HPV podem causar alterações nas células do colo do útero, levando ao
desenvolvimento de lesões pré-cancerígenas, conhecidas como neoplasia intraepitelial
cervical (NIC), que podem progredir para câncer invasivo se não forem detectadas e tratadas
precocemente.
A vacina contra HPV pode ser do tipo bivalente, que protege contra os tipos 16 e 18,
ou quadrivalente, que protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18. Os vírus 16 e 18 estão
relacionados com o surgimento de lesões que podem causar câncer de colo do útero, vulva,
vagina, pênis e ânus. Já os tipos 6 e 11 estão relacionados com o surgimento de verrugas
genitais. Desse modo, a vacina quadrivalente protege contra os principais tipos causadores de
verruga e contra os causadores de câncer. Já a vacina bivalente não protege contra verrugas
genitais.
Tanto meninas quanto meninos devem vacinar-se contra HPV. Essa vacina é
distribuída gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para meninas com idades entre
9 anos e 14 anos e para meninos com idades entre 11 anos e 14 anos. Vale destacar ainda que
adolescentes que chegaram aos 15 anos e não receberam as duas doses da vacina,
transplantados, pacientes com câncer e pessoas com idades entre 9 anos e 26 anos que vivem
com HIV também podem receber a vacina. O governo brasileiro começou as campanhas de
vacinação contra o HPV no ano de 2014.
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Utilizar camisinha em toda relação sexual. Vale destacar que, muitas vezes, observam-
se lesões em áreas que não são protegidas pela camisinha. Portanto, mesmo com a
camisinha, pode ocorrer a transmissão. Quando comparamos a camisinha feminina
com a masculina, percebemos que a feminina é mais eficiente na prevenção contra
HPV, pois ela consegue cobrir a região da vulva, diminuindo o contato direto durante
o ato sexual.
O estudo conduzido por Zilda Alves de SouzaI, Marco Antonio Moreira PugaII, Inês
Aparecida TozettiII, Marcella Naglis de Oliveira LimaIII, Milena Sonchine de SouzaII,
Marisa de Fátima Lomba de FariasIV, Estela Márcia Rondina ScandolaIII e Cacilda Tezelli
Junqueira PadovaniII (2023), para a revista de saúde pública, investigou em profundidade as
razões por trás da hesitação em relação à vacinação contra o HPV no Brasil.
Os resultados mostraram que a cobertura vacinal completa foi superior entre meninas
(73,17%) em comparação com meninos (53,85%). A adesão vacinal aumentou com a idade,
mas diminuiu no último ano de contemplação da vacina. Diversos motivos para hesitação ou
recusa à vacina foram identificados, incluindo falta de informação, medo de efeitos adversos,
desconfiança nos profissionais de saúde e crença de que a vacinação pode estimular a
atividade sexual precoce.
O estudo realizado por Isabella de Alcântara Gomes Silva, Ana Carolina Micheletti
Gomide Nogueira de Sá, Elton Junio Sady Prates, Deborah Carvalho Malta, Fernanda Penido
Matozinhos e Tércia Moreira Ribeiro da Silva, para a Revista Latino-Americana de
Enfermagem em 2022, examina as abordagens de comunicação em saúde e sua relevância no
contexto da prevalência de vacinação e das razões para não vacinação contra o papilomavírus
humano (HPV) entre alunos brasileiros. Diante do cenário atual de aumento do negacionismo
da vacina e da disseminação de desinformação sobre a saúde, é fundamental ressaltar a
importância da orientação e da informação adequadas. Utilizando dados da Pesquisa Nacional
de Saúde da Escola de 2019, uma amostra de 160.721 estudantes com idades entre 13 e 17
anos foi investigada. Observou-se que a maioria dos estudantes foi vacinada (62,9%), com
uma prevalência mais alta entre as meninas (76,1%) do que entre os meninos (49,1%). O
motivo mais comum para a não vacinação foi a falta de informação sobre a necessidade da
vacinação (46,8%). A análise também revelou disparidades na prevalência de vacinação entre
escolas públicas e privadas, assim como entre regiões do país, com as regiões Norte e
Nordeste apresentando as maiores prevalências de não vacinados. Conclui-se que é crucial
implementar abordagens eficazes de comunicação em saúde para melhorar os indicadores de
vacinação contra o HPV entre os adolescentes brasileiros. Destaca-se ainda o papel
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fundamental dos enfermeiros como educadores em saúde, auxiliando na disseminação de
informações sobre a vacinação contra o HPV para aumentar a adesão entre os estudantes.
Um estudo realizado por Maria Aparecida Paulo dos Santos, Fábia Cheyenne Gomes de
Morais Fernandes, Kenio Costa de Lima, Isabelle Ribeiro Barbosa, investiga o impacto do
negacionismo das vacinas, particularmente no contexto da vacinação contra o HPV entre
adolescentes brasileiros, com base em dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar
(PeNSE) de 2015. A análise abrange uma variedade de fatores individuais e contextuais
associados ao desconhecimento sobre essa vacinação.
Utilizando análise estatística multinível, foram ajustados modelos para avaliar o efeito
contextual das Unidades da Federação. Os resultados ressaltam a complexidade do problema e
a necessidade de abordagens integradas na promoção da conscientização sobre a vacinação
contra o HPV.
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Conclui-se que o negacionismo das vacinas afeta diretamente o conhecimento sobre a
vacinação contra o HPV entre os adolescentes no Brasil. Isso demanda a implementação de
estratégias educativas abrangentes, políticas de saúde pública eficazes e a avaliação contínua
da qualidade dos serviços de saúde, visando melhorar a conscientização, acesso e qualidade
da vacinação em todo o país.
4. CONCLUSÃO
5. REFERÊNCIAS
https://oglobo.globo.com/saude/conteudodemarca/na-protecao-contra-hpv-prevencao-
combinada-essencial-25291646
https://g1.globo.com/bemestar/viva-voce/noticia/2021/11/03/vacinacao-contra-o-hpv-
reduz-taxas-de-cancer-de-colo-de-utero-em-ate-87percent-aponta-estudo.ghtml
https://www.researchgate.net/figure/Figura-1-Numero-de-obitos-e-Taxa-de-Mortalidade-
por-Cancer-de-Colo-do-Utero-segundo-ano_fig1_355068110
https://blog.paulatostes.com.br/hpv-causas-tratamentos/
https://clinicafemina.com/hpv/
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https://hpvonline.com.br/sobre-hpv/hpv-e-especialidades/hpv-e-dermatologia/
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/hpv.htm#
https://www.paho.org/pt/topicos/hpv-e-cancer-do-colo-do-utero
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/h/hpv
https://bvsms.saude.gov.br/vacina-contra-o-hpv-a-melhor-e-mais-eficaz-forma-de-
protecao-contra-o-cancer-de-colo-de-utero/#:~:text=Estima%2Dse%20que%20haja
%20entre,algum%20momento%20de%20sua%20vida.
https://saude.rs.gov.br/hpv#:~:text=HPV%20%C3%A9%20a%20sigla%20em,outros
%20podem%20causar%20verrugas%20genitais.
https://www.scielo.br/j/csc/a/6hhtJ3bwt6yfDzzjQf4Rkbs/?lang=pt
https://www.scielo.br/j/rsp/a/qMRBfTBSmz64Zm8hLsKVd3n/?format=pdf&lang=pt
https://www.scielo.br/j/rlae/a/RdvMZL499WMSLFLfKmjYm8z/?format=pdf&lang=pt
https://www.scielo.br/j/rsp/a/4V3tQGGbPnspVypkk6qRGzf/?format=pdf&lang=pt
https://www.scielo.br/j/csc/a/6hhtJ3bwt6yfDzzjQf4Rkbs/#
Maria Aparecida Paulo dos Santos, Fábia Cheyenne Gomes de Morais Fernandes, Kenio
Costa de Lima, Isabelle Ribeiro Barbosa. Desconhecimento sobre a campanha de
vacinação contra o HPV entre estudantes brasileiros: uma análise multinível, REVISTA:
Ciênc. saúde coletiva 26 (12) • Dez 2021
Isabella de Alcântara Gomes Silva, Ana Carolina Micheletti Gomide Nogueira de Sá,
Elton Junio Sady Prates, Deborah Carvalho Malta, Fernanda Penido Matozinhos e Tércia
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Moreira Ribeiro da Silva, para a Revista Latino-Americana de Enfermagem em 2022
(Vacinação contra o papilomavírus humano em escolares brasileiros: Pesquisa Nacional
de Saúde do Escolar, 2019).
Zilda Alves de SouzaI, Marco Antonio Moreira PugaII, Inês Aparecida TozettiII, Marcella
Naglis de Oliveira LimaIII, Milena Sonchine de SouzaII, Marisa de Fátima Lomba de
FariasIV, Estela Márcia Rondina ScandolaIII e Cacilda Tezelli Junqueira PadovaniII
(2023), revista de saúde pública. (Importância da vacinação contra o papilomavírus
humano em um assentamento rural em Terenos, Mato Grosso do Sul).
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