Administrativo Ii
Administrativo Ii
Administrativo Ii
ADMINISTRATIVO II – AULAS
26Fev2019
Aula Teórica
Ideia de que a OJ tem de ponderar outros valores, tais como de natureza pública
(segredo de Estado, segurança, sigilo fiscal...) ou natureza privada (reserva
privada da vida pessoal, segredo da propriedade intelectual...);
Será que o cônjuge tem dto de acesso aos documentos médicos respeitantes
aos outros cônjuges?
Art. 161º, nº2, k) CRP – são nulos os atos q criem obrigações pecuniárias não
previstas na lei
Pressupostos:
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Constança C. Neto
Faculdade de Direito de Lisboa
Limites:
Art. 3º, nº2 CRP – legalidade excecional – é um espaço de ação com um dto especial.
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Constança C. Neto
Faculdade de Direito de Lisboa
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Constança C. Neto
Faculdade de Direito de Lisboa
08Março2019
Aula Prática
Caso Nº2
Voluntários;
Naturais.
O GOV não tem poder de superintendência, logo o diretor fez bem em pedir instruções
ao presidente.
Mero facto jurídico – em relação ao espirro – não foi motivado por uma causa –
automatismo, ou seja, foi um ato voluntário, mas não doloso-
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Constança C. Neto
Faculdade de Direito de Lisboa
12Março2019
Aula Teórica
1. Voluntariedade da conduta
A conduta pode ser por ação ou por omissão, isto é, tanto produz efeitos jurídicos aquilo
q resulta de um agir como aquilo q resulta da omissão de um dever de agir.
Por outro lado, as decisões administrativas podem ter como destinatários 1 ou várias
pessoas determinadas – ato não normativo.
Contrariamente, se há uma pluralidade indeterminável de destinatários estamos perante
um ato normativo.
No entanto, existem casos mistos, ou seja, parcialmente têm destinatários determináveis
e outros indeterminados.
Nem sempre a vontade administrativa é suficiente para produzir efeitos, isto é, nem
sempre um mero agir da AP produz a modificação da realidade.
Formas:
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Constança C. Neto
Faculdade de Direito de Lisboa
Existem atos jurídicos regidos pelo Dto Público e outros regidos pelo Dto Privado –
nem toda a atividade administrativa se rege pelo Dto Público.
Podem ser atos externos (qd passam para fora da AP) ou internos;
Regulamento;
Ato administrativo;
Meras declarações negociais;
Contratos administrativos;
Convénios administrativos;
Atos processuais da AP.
Destas 6 formas existem algumas q são cruzadas como regulamentos cruzados com
contratos, atos cruzados com contratos e atis cruzados com regulamentos.
I. REGULAMENTO
Tipos:
6
Constança C. Neto
Faculdade de Direito de Lisboa
A matéria dos regulamentos está disciplinada no CPA – particularidade: Art. 135º CPA
– exclui a aplicação do Código aos regulamentos internos.
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Constança C. Neto
Faculdade de Direito de Lisboa
11Março2019
Aula Prática
12Março2019
Aula Teórica
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Constança C. Neto
Faculdade de Direito de Lisboa
Atos cujo objeto é passível de ser um contrato (Ex. concessão) // Atos q não
podem ser contratos
Regime dos Atos Administrativos: desde q sejam atos externos, o regime está no
CPA. Quanto aos atos internos, para o Regente a solução é inconstitucional, pois deixou
de estar regulada – analogicamente aplicável.
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Constança C. Neto
Faculdade de Direito de Lisboa
Art. 148º CPA – conceito de ato administrativo. O Código de forma incoerente veio
regular, por exemplo, a delegação de poderes q é um ato interno, entre outros.
A AP pode ter uma conduta individual q não goza de autotutela declarativa, isto é, não
define unilateralmente o Dto no caso concreto, para tal acontecer o particular tem de
concordar.
Se a AP teimar em aplicar pela força esta definição de Dto q não goza de autotutela
declarativa levará ao dto de resistência por parte do particular, sendo q padece do vício
de usurpação de poder.
!!! Nem todos os contratos da AP são administrativos, ela também pode celebrar alguns
regidos pelo Dto Privado:
V. CONVÉNIOS INTERRGANICOS
Estamos perante vínculos jurídicos / acordos entre dois ou mais órgãos / serviços de
uma mesma entidade pública. Visam regular a organização e regulamento ou o
exercício de poderes.
!!! Não são contratos, pois o contrato pressupõe dois sujeitos e aqui estamos perante um
único sujeito.
Não estão sujeitos nem ao CPA nem ao Código dos Contratos Públicos – estão numa
“zona de ninguém”.
Código de Processo Civil; Código de Processo dos Tri Adm; Lei de Arbitragem
Voluntária (LAV).
Toda esta atuação processual da AP tem sempre de ter um título jurídico de Dto
Público, sendo q tem de existir coerência entre a atuação processual e substantiva da
AP, sob pena de ser violado o princípio da boa-fé.
15Março2019
Aula Prática
18Março2019
Aula Prática
Caso Nº3
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Constança C. Neto
Faculdade de Direito de Lisboa
O facto de a Presidente colocar num cesto verde ou vermelho conforme a decisão é uma
declaração expressa.
Estamos perante uma omissão relativa a uma situação individual, neste caso, relativa ao
pedido de licenciamento urgente de obra – Art. 13º CPA – princípio da decisão a AP
está vinculada a decidir as pretensões q lhe são colocadas pelos cidadãos.
Art. 52º, nº1 CRP – fundamento do princípio procedimental do dever de decidir a cargo
da AP.
Ao não obter resposta por parte da AP, temos aqui uma violação do dever de decisão,
logo uma inércia de base pretensiva – traduz um silêncio-incumprimento – dto de
resposta constitucionalmente garantido – art. 268º, nº6 CRP.
Art. 129º CPA – incumprimento do dever de decisão – ato tácito de indeferimento (?),
dado q, Carlota formulou um pedido à AP tendo decorrido o tempo previsto sem q esta
se pronunciasse sobre o assunto em questão.
Prazo Art. 128º, nº1 CPA – 90 dias – a AP Adotou uma conduta implícita
verificando-se uma situação de inércia – Art. 67º, nº1, a) CPTA:
“1 - A condenação à prática de ato administrativo pode ser pedida quando, tendo sido
apresentado requerimento que constitua o órgão competente no dever de decidir:
Deste modo, segundo o Art. 184º, nº1, b), Carlota pode reagir contra a omissão da AP
em sede de objeto de reclamação.
O recurso hierárquico não era admissível, pois a Presidente não tem ninguém acima de
si.
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Constança C. Neto
Faculdade de Direito de Lisboa
Ato da Presidente – Art. 199º, nº1, b) CPA – O administrado pode recorrer ao plenário
da própria CM.
O administrado tem ainda uma garantia jurisdicional – ação de condenação à prática de
ato devido – 66º CPA.
18Março2019
Aula Teórica
Contratos de Dto Privado – o seu regime substantivo é regulado pelo Dto Privado,
enquanto q os contratos públicos são regulados pelo Dto Adm.
Regime Procedimental:
O contrato atribui vantagens a alguém, sendo q o seu objeto pode ser passível
de ato ou contrato adm continua a reger-se pelo CCP ou lei especial – Art.
1º, nº3 CCP;
Não atribui vantagens estão sujeitos ao CPA – Art. 202º, nº2.
O contrato não tem uma prestação submetida à concorrência, mas tb não atribui
uma vantagem CPA – Art. 202º, nº2 CPA.
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Constança C. Neto
Faculdade de Direito de Lisboa
Nem sempre a atividade adm envolve a prática de atos jurídicos – a atuação adm não se
esgota na produção de atos jurídicos.
Toda essa atividade alicerça-se sempre numa norma jurídica – não há atuação adm
sem previa norma jurídica habilitante;
Mesmo a atuação não jurídica pode gerar efeitos jurídicos colaterais, tal como RC.
Modalidades:
Estas não são uma declaração jurídica, mas delas pode-se sempre extrair uma
conduta com relevância jurídica.
A atuação material é o produto de uma anterior decisão adm, mas pode acontecer q
por vezes não exista essa declaração material, ou seja, por vezes a atuação material
pode ser aquilo a q se chama uma “via de facto” atuação material sem prévio
título jurídico ou cujo título jurídico é nulo ou inexistente.
Onde é podemos encontrar o regime das OM? Art. 2º, nº3 CPA; existem ainda
diferentes garantias contenciosas.
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Constança C. Neto
Faculdade de Direito de Lisboa
Atuação Informal
A atuação adm nem sempre envolve procedimentos rígidos, mas muitas vezes esta ideia
de adaptabilidade da respetiva atuação.
Praeter legem;
Contra legem – se reiterada ao longo do tempo pode gerar uma normatividade
adm não oficial, q vigora paralelamente à oficial.
Aplica-se às atuações informais o Art. 2º, nº3 CPA e os princípios do Art. 266º CRP.
A atuação informal não pode ser exigida judicialmente, mas pode gerar RC por violação
da tutela da confiança.
Ex. O Professor diz q no exame não sai o capítulo Y e depois o exame é todo à base do
referido capítulo.
Atuação Política da AP
19Março2019
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Constança C. Neto
Faculdade de Direito de Lisboa
Aula Teórica
Tipos de Inércia:
Ex. Greve
Omissão regulamentar:
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Constança C. Neto
Faculdade de Direito de Lisboa
Total.
Qual é a regra geral? Art. 129º CPA – ato tácito negativo (silêncio vale como
indeferimento).
Requisitos do indeferimento:
Non entanto, a lei pode atribuir ao silêncio o significado de deferimento – Art. 130º
CPA – exceção.
1. Competência
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Constança C. Neto
Faculdade de Direito de Lisboa
22Março2019
Aula Prática
Caso Nº 4
Art. 135º CPA – norma jurídica geral e abstrata q visa produzir efeitos jurídicos
externos.
Logo, o regulamento aprovado pelo Conselho Nacional de Saúde é inválido, nos termos
do Art. 143º, nº1 CPA.
Art. 18º, nº3 CRP – não é permitido restringir um dto fundamental, muito menos com
base num regulamento.
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Constança C. Neto
Faculdade de Direito de Lisboa
contrato feito por ajuste direto – pode-se escolher quem contrata sem ter de se
considerar outros concorrentes.
Art. 69º ss
No entanto, atendendo ao 150º, nº1 CPA, o ato adm tem de ser praticado por escrito,
dado q devido às circunstâncias do caso não lhe pode ser aplicada a exceção prevista no
referido Art.
Art. 161º, nº2, d) – violação do dto de propriedade – ato nulo – o funcionário tem dto de
resistência em relação a estes atos.
Parecer -?
25Março2019
Aula Prática
Art. 53º CPA – o procedimento adm inicia-se com a solicitação dos interessados.
Art. 82º, nº1 CPA – dto à informação – o funcionário tem o dever de prestar
informações a Delfina e o facto de a chefe de serviço não se encontrar a trabalhar não o
impede de o fazer.
Assim, estamos perante uma to de inércia adm de base pretensiva, dado que houve uma
ausência de resposta face a um assunto apresentado por um cidadão – Art. 13º, nº1 CPA
– desrespeito pela legalidade.
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Constança C. Neto
Faculdade de Direito de Lisboa
26Março2019
Aula Teórica
Muitas vezes coloca-se o problema de saber se não é excessiva a clausula pela qual se
licencia certo projeto urbanístico, mas impõe-se ao autor deste q sejam construídos os
passeios?
A cláusula acessória pode por vezes não ser acessória, isto é, pode ser para quem
decidiu um motivo determinante da sua atuação, de tal modo q se esta no for aceite ou
for invalido se pode discutir se há uma redução ou anulação da respetiva decisão.
Requisitos de validade:
Possibilidade;
Determinabilidade;
Legalidade do objeto.
1. O objeto tem de ter uma possibilidade de facto (pode ter a ver com o destinatário do
ato ou pode ter a ver com a matéria sobre a qual incide o objeto do ato) e jurídica.
Contudo, a impossibilidade pode ser material, ou seja, tem a ver com o objeto em si.
Esta pode ser objetiva (qd diz respeito a todas as situações) ou subjetiva (qd diz
respeito a uma pessoa em concreto).
Pode ainda ser originária ou superveniente.
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Constança C. Neto
Faculdade de Direito de Lisboa
As decisões nulas são irrevogáveis e não podem ser anuláveis por falta de objeto
jurídico.
3. A atuação dm não pode violar normas injuntivas gera nulidade – 161º, nº2 CPA.
A atuação adm q se rege por Dto Privado e sempre q violar a legalidade o desvalor
jurídico é a nulidade.
Requisitos de eficácia:
Ninguém pode ser sancionado por não cumprir um ato q não foi objeto de
notificação, ou se esta foi incompleta.
Aceitação do destinatário;
Realização de um referendo.
Interpretação e integração:
@ PO – podem mudar para o futuro, mas dificilmente pode modificar, com efeitos
lesivos para os cidadãos, retroativamente viola a inconstitucionalidade.
Em regra, sim, pois não há obrigatoriedade de lei material, com exceção da matéria
com restrições sobre dtos fundamentais.
O GOV não pode por via de decreto-lei modificar atuações adm de natureza
declarativa.
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Constança C. Neto
Faculdade de Direito de Lisboa
@ PO – sempre q está em causa um ato lesivo dos cidadãos (impõe sanção, priva da
propriedade ou lesa a liberdade), a fundamentação é um dto fundamental dos
cidadãos a sua falta equivale a violação do núcleo essencial e o ato é nulo.
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Constança C. Neto
Faculdade de Direito de Lisboa
Forma luminosa ou usando símbolos sem texto (Ex. Sinais de transito, incluindo os
semáforos);
Forma gestual (Ex. Polícia sinaleiro);
Acústica;
Comportamentos factuais concludentes.
A carência absoluta de forma determina a nulidade dos atos – 161º, nº2, g) – as restantes
situações de preterição da forma geram anulabilidade.
05Abril2019
Aula Prática
Caso Nº6
Este princípio não exige q os requerentes do acesso aos arquivos, neste caso Albertino,
tenham em curso um procedimento q lhes diga diretamente respeito – 17º, nº1 CPA.
Contudo, este princípio não é ilimitado e é preciso haver uma ponderação com outros
direitos, assim, relativamente ao parecer jurídico q versa sobre uma situação de alegado
assédio sexual, é necessário ter em conta o dto à reserva da intimidade da vida privada,
consagrado pelo Art. 26º, nº1 CRP, das pessoas a cujo parecer jurídico diz respeito.
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Constança C. Neto
Faculdade de Direito de Lisboa
Nesse sentido, parece-me lógico q sejam entregues todos os documentos pedidos, com
exceção do parecer jurídico q versa sobre a situação acima referida.
Assim, neste cenário de colisão, o relevo da garantia em risco fará ceder o dto
procedimental previsto no 268º, nº2 CRP e no 17º CPA.
Art. 16º, nº1 Lei 26/2016 – a decisão da CADA não é vinculativa. O órgão adm não está
obrigado a seguir o relatório desta.
08Abril2019
Aula Teórica
REGULAMENTOS
Validade e eficácia:
Art. 137º CPA – norma supletiva – qd uma lei carece de execução por regulamento qual
é o prazo em q o regulamento deve ser emanado para dar execução à lei? O prazo é
aquele q a lei fixar.
E se a lei não fixar? Solução está no 137º, nº1 – 90 dias.
Invalidade:
Revogação:
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Constança C. Neto
Faculdade de Direito de Lisboa
ATOS ADMINISTRATIVOS
Há uma dicotomia q separa os atos constitutivos dos atos declarativos: (ver folha
resumo)
09Abril2019
Aula Prática
Caso Nº7
Há partida um órgão adm só pode agir se a lei lhe conferir competência para o efeito, no
entanto, há exceções tal como o Estado de Necessidade.
09Abril2019
Aula Teórica
Atos secundários:
o Atos Integrativos:
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Constança C. Neto
Faculdade de Direito de Lisboa
Aprovação;
Caráter saneador:
o Procedimentais;
o Natureza substantiva – 57º, nº3 e 77º, nº4 CPA.
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Constança C. Neto
Faculdade de Direito de Lisboa
@ PO – sim.
Atos declarativos:
Certificação.
10Abril2019
Aula Prática
Caso 8
* Dispõe de competência limitada a uma área territorial restrita e funciona sob a direção
dos correspondentes órgãos centrais.
Art. 44º, nº3CPA – delegação de poderes entre Luísa e Belinda – ato constitutivo
primário e permissivo (permite / habilita o respetivo destinatário a adotar uma conduta
q, em princípio, lhe estaria vedada).
Art. 21º, nº4, i) do Regulamento interno Escola Emídio Navarro A diretora tem
competência para a execução das obras.
Logo é uma delegação hierárquica, pois esta emite ordens no âmbito do poder
hierárquico.
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Constança C. Neto
Faculdade de Direito de Lisboa
Art. 46º, nº1 CPA – Belinda pode subdelegar as competências q lhe tenham sido
delegadas...
2§ - Contrato de empreitada – Art. 343º CCP – contrato oneroso q tem por objeto quer a
execução quer conjuntamente, a conceção e a execução de uma obra pública q se
enquadre nas subcategorias previstas no regime.
Falta de publicação do ato de delegação de Belinda à funcionária – Art. 47º, nº2 CPA
+ 159º CPA.
Art. 167º, nº1 CPA – insuscetível de revogação, pois deste ato adm resulta uma
obrigação legal (cumprimento do contrato).
Art. 42º, nº2 CPA – pode ser ela a assinar (regra supletiva na falta de designação).
Como já foi dito, o ato não pode ser revogado logo é anulável, segundo o 163º, nº1 +
165º, nº2 + 76º, nº1 CPA.
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Constança C. Neto
Faculdade de Direito de Lisboa
* Não é reclamação, pois não é junto do autor do ato, mas sim perante o gabinete da
Ministra da Presidência e da Modernização Adm.
Visto que tanto a Escola como o Gabinete são Adm direta aplica-se o Art. 193º, nº1, a)
– recurso hierárquico.
Art. 201º, nº2, a) CRP – compete aos ministros executar a política do seu ministério.
Como o pedido de alteração foi apresentado perante a Ministra acima referida, o ato é
nulo, atendendo ao disposto no Art. 161º, nº2, b) CPA – incompetência absoluta (apesar
de não serem PC distintas, são centros de imputação do poder distintos).
Ilegalidade – constatação q um determinado ato viola uma norma legal vício do ato
adm.
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Constança C. Neto
Faculdade de Direito de Lisboa
23Abril2019
Aula Teórica
Pelo contrário, se esta tem como razão questões q se prendem com a inconveniência /
razões de mérito estamos perante uma revogação.
1. Revogação
A revogação permite diferenciar 2 atos: o ato revogado (aquele cujos efeitos foram
cessados) e o ato revogatório (aquele q faz cessar os efeitos de um anterior ato) é
sempre um ato secundário, pois incide sobre um ato anterior.
Tipos:
Efeitos:
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Constança C. Neto
Faculdade de Direito de Lisboa
Revogação ab-rogatória (ex nunc) – apenas para o futuro – regra: 171º, nº1.
Propósito retroativo (ex tunc) – efeitos para o passado.
Art. 44º, nº5 CPA – os atos praticados pelo delegado valem como se tivessem sido
praticados pelo delegante ou subdelegante.
Assim, a quem são imputados os efeitos do ato do delegado?
Existem atos de revogação impossível – 166º, nº1 – não se podem revogar atos
nulos, anulados contenciosamente nem aqueles revogados retroativamente;
Os atos válidos são livremente revogáveis com fundamento em razões de mérito –
167º a contrario – princípio justificante: princ. da boa administração, pois é sempre
possível encontrar uma melhor solução para o IP.
Os atos constitutivos de dtos válidos não podem ser revogados – a sua revogação
consubstancia uma violação de lei exceções: 167º, nº2.
29Abril2019
Aula Prática
Caso Nº7
Art. 44º CRP – liberdade de circulação + Art. 38º CRP – liberdade de imprensa.
Será q é uma proibição excessiva? Art. 18º CRP – alínea a) do caso – princípio da
proporcionalidade (adequação – a medida tem de ser apta a defender o bem colocado
em causa; necessária – medida menos lesiva das várias q estão em conflito).
Confisco dos bens conflito de dtos (dto à propriedade privada em confronto com
estes dtos):
Art. 124º CPA – apenas admite a ausência de audiência prévia e não de todo o
procedimento.
Se o Exército tem material próprio não necessita de proceder ao confisco dos bens dos
particulares.
03Maio2019
Aula Prática
Caso Nº9
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Constança C. Neto
Faculdade de Direito de Lisboa
07Maio2019
Aula Teórica
Responsabilidade civil
Alicerces:
Temos aqui uma estrutura dualista: Art. 22º (norma geral) e 62º (norma especial).
Pode ter na base condutas regidas pelo Dto Privado ou Dto Público.
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Constança C. Neto
Faculdade de Direito de Lisboa
Pode ser institucional ou pessoal (titular do órgão) dto de regresso (271º, nº4 CRP).
Se dois titulares dos órgãos colegiais se insultam no exercício de funções qual é o tipo
de responsabilidade? Zona cinzenta.
Esta amplitude da RC q pode ser subjetivada num dto fundamental suscita os limites à
RC – problema de gestão dos recursos financeiros, pois é através de impostos ao recurso
ao crédito público q se satisfazem as indemnizações há um dever fundamental de não
conduzir o Estado à ruina financeira – não estamos perante um dto fundamental
ilimitado.
Lei 67/2007:
Sistemática da Lei:
Justificação da ilicitude;
Medo ou situação de erro ou desculpabilidade da respetiva conduta (Ex. Estado de
necessidade adm);
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Constança C. Neto
Faculdade de Direito de Lisboa
10Maio2019
Aula Prática
Caso Nº10
Será q o vereador do ambiente tem competência para mandar remover o cartaz? Nos
termos do Art. 11º do Regulamento de Publicidade da CML a licença para fixação
depende de requerimento dirigido ao Presidente da Câmara.
Assim, a competência do vereador do ambiente carece de lei habilitante que lhe permita
decidir o que outro órgão pode exercer.
Nos termos do Art. 3º, nº1 do Regulamento de Publicidade da CML que a afixação de
cartazes publicitários carece de prévia licença.
13Maio2019
Aula Prática
Caso Nº11
Art. 111º. Nº2 CRP – as competências q a CRP atribui aos órgãos constitucionais, não
podem ser alvo de delegação, salvo casos excecionais.
Art. 232º, nº1 CRP – a Assembleia Regional tem competência regulamentar das leis da
República.
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Constança C. Neto
Faculdade de Direito de Lisboa
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Constança C. Neto